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wi ‘at fiers revere. she ages cv bc Capertee FAS montis poke A bo cones Am 8 ao Flows (2 by. FMLA ith EA OO EA Oe + Fee 21 RAN TA TH Brencih mdi hopes ce piveitiedadan te pride: juotind! sie ‘Piopan pal nr 289 casero Printed acral eS raat 6 w BREVE GRAMATICA DO PORTUGULS CONTEMPORANEO no estudo de certos pormenores nfo indispenséveis para uma iniclaglo na antlise da estrutara da Ungua poderiam eventualmente ascustar e afastar. objectivos essenciais desde 0 inicio do projecto nna descrigio da lingua, fornecer, do pudesse servir na aprendizagem da normative © uma aplicagio pedagdgica. Vincimos até que essu caracteristica deliberadamente « afestava de outras graméticas de canicter essencialmente especulativo, Que esta obra, na sua versio brev factor no ensino que contri- iea ¢ africana de lingua oficial aprenda a melhorar a sua,escrita © o seu filar da Ungua portuguesa ¢, sem divida, a maior aspiragio dos autores ¢ editor ¢ a melhor recompensa possivel para o trabalho feito ¢ aqui apresentado. Setembro de 1985. Os Autores Indice geral Apresentagio, IIT Capitulo Capitulo, Gapitulo, Capfralo 1 4 Concerros GERATS, F Linguagem, lingua, discusso, estilo x Lingua © sociedade: varlagio € conservasio linguistica, 2 Diversidade geogrifica da lingua: dialecto ¢ falar, 3 ‘A nogio de corzecto, 5 Dominio actuaL DA Lincua roRTUGUESA, 5 g ‘Acento ténico, 42 Oxrocnara, 47 vu BREVE ORAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO A rog Capfenlo 5 CLASSE, ESTRUTURA E FORMAGKO.DE PALAVRAS, 57 Capitulo 9 Anrico, 277 Palayra © morfemia, 57 Astigo definido e indefiide, 155 Focnaglo de peavey Formas do artigo, 196 eshte nd? Valores do artigo, 139 Capitulo 6 Dznrvagio & compostgio, 6 Eaperge do artigo indet Derivagio prefital, 63 Omistio do artige indenido, 177 Detivacio sual,’ 6¢ Derivagio regresciva, 7 Derivagao imprépria, 76 Capitulo 10 Apjzcrivo, 180 Comporisto, 77 Flexdes dos adjectivos, 18 Compostos exuditos, 79 Nowecco, 78s Hibcidismo, 4 an Seemann, 4 Grau, 186 Abreviaglo vocabulas, 45 Emprego do adjectivo, 193 Concordicia do adjectivo com o substantivo, 196 Adjectivo adjunto adnominal, 196 Capitulo 7 Frasz, onagio, mniopo, 47 ‘Adjectivo predicativo de sujeito composto, 19 Capftalo 11 Pronomns, 200 Pronomes substantivos ¢ pronomes adjectives, 200 Pronomes pessonis Emprego dos pronomes rectos, 207 Pronomies de teatamento, Emprego dos pronomes ‘obliquos, 274 Pronomes possessivos, 227 Pronomes demonstrat. Pronomes relatives, Vocativo, #17 Pronomet intexrogativos, 246 Colocagto dos termos na oragio, 117 Pronomes indefinidos, 249 Entoagio orscional, 122 24 Capftulo 12 Nowenats, 275 Capiulo 8 Sunsrannivo, 130 apc de uments 29 Glassifcagio dos substantivos, 130 Flexto dos numerais, 256 Flexdes dos substantivos, 133 Namero, 133 + Rormagto do plush 134 Capftulo 13 Venxo, 263 enero, 4 Po: do feminino, 743 Noses preliminares, 263 empos simples 27 gmrliares € 0 sex emprego, 278 Gonjugesfo dan ves regulates, 247 Conjugagio da vor passiva, 287 Substantivos uniformes, 148 Grau, 17 Emprego do substantivo, 152 Captrulo 14 Captialo 15 Capitulo 16 Capttulo 17 BREVE GRAMATICA DO rORTUGUES CoNTEMPORANEO Conjugacio dos verbos icregulares, 290 Verbos cora alternincia vocilica, 297 Outros tipos de irregulatidade, 299 Verbos de particlpio irregular, 374 Verbos abundantes, 319 Verbos impessoais, tnipessoais ¢ defectivos, 327 Sintaxe dos modos e dos tempos, 325 Modo indicative, 327 tivo, 342 Emprego do gerindio, 347 Emprego do particpio, 346 Concordireis verbal, 34é Regras gens, 349 Gasos particnazes, 350 Regéacia, 360 Sintaxe do’ verbo Aaver, 362 Apvérsio, 365 Classificagio dos advérbios, 366 Gradagio dos advérbios, 372 Palavzas denotativas, 372 Prevosigho, 374 Fangio des proposighes, 374 Significagso das preposigdes, 375 Contesido signi € fungio relacional, 377 ‘Valores das preposigies, 30 Conjunto, 390 Conjungio coordenativa e subordinativa, 390 Conjungdes coordenativas, 397 Conjungées subosdinativas, 392 Loeugto conjuativa, 397 Terengercio, 396 inpice Capitulo 18 Capitolo 19 Capitulo 20 Capitulo 2x Capteslo 22 Indice © meriopo # sua consraugio, 392 Periodo simples e periodo composto, 398 Coordenacio, yoo Sabordinagio, 402 Oragdes redusidas, 402 FIGURAS DE SINTAXE, 474 Elipse, 474 Zeagma, 416 Hipérbato, arf DiscURSO DIRECTO, DISCURSO INDIRECTO © DISCURSO INDIRECTO LIVRE, 423 Discurso directo, 423 Discurso indirecto, 427 Discurso indiretto livre, 424 Ponruagho, 429 Sinais pausais e sinais melédicos, 429 Sinais que marcam sobrermdo pass, 429 Sinais que marcam sobretudo a melodia, 434 ‘Nogéss pe venstescacio, 442 Estrutusa do vero, 442 “Tipos de verso, 470 Arima, 439 Estrofacdo, 464 ‘Poemas de forma fixa, 46d ELENCO E DESENVOLVIMENTO DAS PRINCIPAIS ADREVIATURAS, 471 Conceitos gerais Linguagem, lingua, discureo, estilo. 1. Lixcuacear é «um conjuato complexo de processos — resultado de ‘uma certa actividade psiquica profundamente determinada pela vida social — que torna possivel a aquisigio ¢ 0 emprego concreto de uma Lincua qualquer». Usa-se também 0 termo pata designar todo o sistema de sinais * que serve de meio de comunicagio entre 0s individuos. Desde que se atti- ‘bua valor convencional a determinado sinal, existe uma tancvacze, A lin- goistica interessa pacticularmente uma espécie de LINGUAGEM, ou seja a LINGUAGEM FALADA OU ARTICULADA. 2. xfyaua & um sistema gramatical pertencente a um grupo de meio por que ela concebe o mundo que a cerca € social da facuidade da linguagem, criagio da sociedade, nfo pode ser imuts- vel; 20 contricio, tem de viver em perpérua evolugio, paralcla & do orga- aismo social que a criou, 3. DIscuRso € 4 lingua no acto, na execugio individual. B, como cada individuo tem em si um ideal linguistico, procura cle extrair do sis- tema idiomético de que se serve as formas de cnunciado que melhor lhe exptimam 0 gosto e o pensamento. Essa escolha entre os diversos meios de expresso que Ihe oferece 0 rico repertério de possibilidades, que € a agua, denomina-se esrix02, 2 BREVE GaAMATICA pO PORTUGUES CoNTEMPORANEO CONCEITOS GERAIS 3 jcam-se a aspectos diferentes, mas aio opostos, do fenémeno extremamente complexo que € a comunicagio humana. ‘Lingua e sociedade: variagio e conservacio linguistica, inis, linguagem dos homens, linguagem das mulhetes, etc.). Condicionada de forma consistente dentro de cada grupo social e parte integrante da competéncia linguistica dos seus membros, a variagio é, pois, inerente ao sistema da lingua e ocorre em todos os nlvels: fonético, fonolé- prejudica as suas condigées fu ‘Todas as variedades linguisticas sio estruturadas, ¢ correspondem a facto de estar 2 lingua fortemente ligada 2 esteut de valores da sociedade conduz a uma avaliasio das caracteristicas das suas diversas modalidades diatépicas, dinstréticas c ditfisicas, A lin- gua padslo, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, € sempre a mais prestigiosa, porque actus como modelo, como norma, como ideal lingulstico de uma comunidade. Do valor normativo decorre 2 sua fungio coercitiva sobte as outeas variedades, com o que $e torna uma ponderivel forga contrésia A variagio, Numa lingua existe, pois, 20 lado da forga centslfuga da inovacio, a forga centripeta da conscrvagio, que, contta-tegrando 2 primeira, garante a superior unidade de um idioma como o portugués, falado por povos que se distribuem pelos cinco continentes, social ¢ aos sistemas | pai 961, Diversidade geogrifica da lingua: dialecto e falar. As formas caracterlsti minam-se Dtaz&cros. Alguns linguistas, porém, distinguem, entre as vatiedades diatépicas, TO. que uma lingua assume regionalmente deno- com uma conctets delimitagio geo- gio diante dos outros da mesma ori- também chamar dialectos «as estruturas linguisticas, simuleineas de outsa, que niio alcangam a categoria de lingua», Fanag seria a peculintidade expressiva prépria de uma regio ¢ que no apresenta 0 grau de coeréncia alcancado pelo dialecto, Caracterizar-se-is, do ponto de vista discrénico, segundo Manuel Alvar, por ser um dialecto cempobrecido, que, tendo abandonado a lingua escrita, convive apenas com 28 + manifestugdes orais. Poderse-iam ainda distinguir, dentso dos rananns que, para o mesmo linguista, correspon- ‘ide tragos ponco diferenciados, mas com onal a que pertencem ¢ cajos usos esto limitados a pequenas circunscrigses geogrificas, normalmente com catécter administrativor4. No entanto, & vista da dificuldade de camcterizar na peitica tais modalidades diatépicas, empregaremos neste livro —e pasticularmente no capitulo seguinte — 0 tetmo Dtaczcro no sentido de variedade regional da lingua, ndo importando o sex maior ou menor distanciamento com referén- cia & lingua padrio, REGIONAIS, 05 FALARES 1L0CAI deriam a subsistemas idior ‘A nogio de correct. ‘Todo o nosso comportamento social esti regulado por nosmas a que devemos obedecer, se quisermos ser correctos. © mesmo sucede com a lingua, apenas com a diferenga de que as suas normas, de um modo geval, sio mais complexas ¢ mais coercitivas. Por isso, e para simplifcar as coisas, Jespersen define 0 elinguisticamente correcton como aquilo que 2 Manet Alvar. Hci los conceptes de lengun, dialect y hablat, Nato Rei de Fusegte exigido pela comunidade lingustca 2 que se pertence. O que difere & 0 2. ingusticacor incortcoos. Ge, com Sone paivsan: elon rac siguiGca © falar que a comunidade espera, ¢ erro em linguagem equivale a desvios desta norma, sem relagio alguna com o valor interno das palavzas ou for- noe 4. ce, porém, que, independentemente disso, eexiste uma valo- Dominio actual da lingua on qual © atu vilor eo mde mn sfetnce-x ere ideal jt formagio colsbors efiexzmente a eférmula energética portuguesa mam dentro das possiblidades de tealizagdes de um Tindede o divecidade de Kagus pormguces, Mas —pondern Bugénio Coseriu, 0 Nicido mestze de Tubingen — se «é tum sistema de stugues apcesenta- |) -se como qualquer lingua viva, intemamente diferenciado em variedades que | divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto & prontincia, A gra- mitica ¢ a0 vocabulirio, Embora seja inegivel a existéncia de tal diferenciacio, no é ela sufi- | ciente para impedir a superior unidade do nosso idioma, facto, als, salien- tado pelos dialectélogos. Exeeptuando-se 0 caso especial dos crrouros, que estudaremos adiante, ifvel coesio entre as suas vatiedades por mais afastadas que se enconteem no espago, ‘A diversidade interna, contudo, existe € dela importa dar uma visio tanto quanto possivel or 5 © meio de comunicagio ¢ expressio, nos dias que correm, de mais de cento € cinquenta milhées de individuos. | Os dialectos do portugués europeu. | A fiaixa ocidental da Peninsula Tbérica ocupada pelo galego-portuguts apresenta-nos um conjunto de piauEcros que, de acordo com certas carac- 6 BRNVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO texlsticas diferenciais de tipo fonético, podem ser classficados em trts gran- des grupos: @) DraEcros GALEGOS; }) DIAnECTOS PoRTUGUSSES sETENTRIONAIS; 4) DIALECTOS PORTUGUESES CENTRO-ACIRIDIONAIS?, ‘Bria classficagio parece set apoiada pelo sentimento dos falantes eomuns do portugués padriio europen, isto é, dos que seguem a NORMA ou conjunto dos usos lingufsticos das classes cultas da regito Lisbos-Coimbra, ¢ que | distinguisio pela fala um natural da Galiza, um homem do Norte ¢ un homem do Sul. i i A distingio entze trés grupos funda-se principalmente no sistema das} 1. Nos dialectos galegos no existem as sonoras /2/ nem [a]: rosa atticula-se com a mesma sibilante [5] 0 ) de prsso; fazer, com a mesma sibilante [6] ot [8] (surda) de cage. Nio existe tambémn'a fri. cativa palatal sonora /s/, grafada em poctugués / ou g (antes de ¢ on i). Fm # galego 56 hi a fricativa [j] (surda) do portugues exxada, lalectos portugueses setentrionais existe a sibilante Apico- idéntica A do castelhano F oulidade dos dialectos galego: poMINIO ACTUAL DA LixGUA PORTUGUESA z 3 Nos dialectos portugueses centro-meridionais s6 aparecem as sibi- Jantes predorso-dentais que caracterizam a Ungua padrto As fronteiras entre as trés zonas mencionadas atravessam a fixe galego- portuguesa de oeste a leste, ou, mais precisamente, no caso da fronteica entte dialectos portugueses setentrionais e centro-meridionais, de noroeste a sueste, ‘Mas bA outros tragos importantes em que a referide distingio se funda- menta, sem que, no entanto, as suas fronteims coincidam perfeitamente com as das caracteristicas jf indicadas. Sao cles: 2) & prontincia como [b] ou [f] do » grifico proniincia padro © na centro-mesidional) 1a m tugueses setentrionais ¢ na totalidade dos dial vinho, avi }) a prontincia como africada palatal [tf] do eb da grafia (emitido como ‘cativa [J] a pronincia padsfo -metidionais) na maior parte d tongacio ou nio monotongagio dos ditongos [ © [e] desses ditongos (por exemplo: dra por o proniincia padtfo, perante os dialectos pormgueses seten- trionais e 08 dialectos galegos4, ‘Merecem mengio especial —mesmo numa apresentaci dos dislectos portugueses— trés regides em que, a par ‘que ncabamos de apontat, aparece: catacteristicas fonétics afastam muito vincadamente os dialectos nelas falados de todos os outros do mesmo grupo. ‘Trata-se, em primeito lugar, de uma regito (denteo da zona dos dia is) em que se observa regularmente a ditongacio de [e] Ribeine, A propésito de Ares ny BAF, 21, 1965) F vitios tipos, e os dlalectos £ powshtt0 ACTUAL DA LINGUA PORTUGUESA u : ples por peso, pworto por pore. Abtange uma grande parte Douro Litoral (incluindo o falar popular da cidade do Posto arredotes). Em segundo lugar, temos uma extensa area da Beim-Baixa ¢ do Alto- -Aleatejo (compreendendo uma faixa pertencente 20s dialectos setentrionais, edo: que s fegista ume profunda alteragio do timbre das mais salicntes sio: 4) a articalaglo do » ténico como 4 francts), por exemple #4, rela, por Ia, mm fado om pot [é] (também por exemplo: pica por Tugares da mencionada zona da Beiri-Baixa ¢ Alto- reais frequents « passagem, cm determinados apts por copo, copes; tui(s) por tudo, sragos fonéticos que permitem opor os diversos ', jf no que se refere & distribuigdo do léxico podemos observar, ainda sectores © casos, cerns regularidades. Nao & da oposigio aliwe | sora {do queijo), ainda mais frequente seja 2 oposigio lexical entre os dialectos orocste € centro-nofte, que, como 0 galegos, } ponito Acruat, DA LINGUA PORTUGUESA 8 2 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO se distinguem pelo conservadorismo, pela manutengio de termos antigos 2a lingua. 18 0 caso da oposigio de ordenher a moger, mir © amojar; ic amnjo a sbere; de borrego a cordsire © a anbo; de chibo a eabrito; de magaroca a espiga (de milho), ete. Ai por fim, que em relagto 2 muitas outras nogées é grande a inologica na faixa galego-portuguesa, sem que se observe este ou qualquer outro esquema regular de distribuicio. Hi que a distribu. | ‘Glo dos tipos lexicais depende de sume factores, no s6 lingui ticos, mas sobretudo histérico-culturais ¢ sociais, que variam de caso para caso, A rogularidade atrés observada parece depender, em alguns casos, da | acgio de um mesmo factor histérico: a reconquiste 20s moutos do Centro |} e do Sul do territério portagué i entre uma Galiza c um Pormgel do Noroeste (¢ parte do Oeste) mais conserva- ores, porque de povoamento antigo, ¢ um Portugal do Nordeste, Bste ¢ Sul mais inovador, justameate 0 que foi repovoado em consequéncia daquele acontecimento histérico’. que se pode chamar a norma imezo de tragos No que se refere nile; D) © antigo ditongo ox pronuncia-se como eende paza 0 aberto [3]: quase bota por bata; d) a vogal final grafada -0 cai eeple), eops)s, tds), pOk(2), por capo, copes, tude, pours, da Madeira, 05 seus dislectos apresentam caructeristicas 86 esporadicamente (¢ no todas) aparecem em dis- i itongado em Os dialectos das ihas atfinticas, Os dialectos falados nos arquipélagos atldnticos dos Agotes ¢ da Madeira | 0% “ialectos brasileiros. representam — como era de esperar da histéria do povoamento destas ils, desertas no momento em que o& portugueses as descobriram — um prolon. gamento dos dialectos poctugueses continentais. Considerando 2 maior parte das caracteristicas fonétices que ales se cisto, que prolongam 0 grupo dos enconteam nos dialectos em a nevtrilizagio de lectos serentrionais do ° crescentes [ov] [ej observam-se as mesmas tendéncias da lingua padcio: o ditongo [ow] reduz-se ormalmente a fo], mas a redugio de fej} a [e] € fendmeno esportdicos sé ocorre como norma naitha de Sto Miguel relagio ao extensissimo territério bras 4 insuficiéneia de informagées tigorosamente cient de natureza fonstica, morfo-sintéctica ¢ lexical que regionais nele existentes no permite classifics-| que foram adops classifcagio dos dialectos do portaguts curopou Deve-se zeconhecer, contudo, que a publicagto de dois atlas prévios regio- mais —o do Estado da Bahia’ ¢ 0 do Estado de Minas Gert laboragio de algumas monografias dialectais sio passos importantes no sentido de suptit a lacuna apontada, Ate gb flrs bi, Bo Be Jai, MECN, 1 Si i Tage & a G32 oh BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES conmmroRANEo |) AMAZONICO | \ SalANO posto A “fl Mucuti, entre Esp! Jai DA LINGUA PORTUGUESA 5 remy PA rinoua ronmuoussa ty centes, fundada em obscrvagdes pessoais colhidas nas suas viagens por todos 08 Estados do pals. A base desta proposta reside — como no caso do portugués europen— em difereagas de promincia De acordo com Antenor Nascentes, é possivel distinguir dois grupos de dialectos10 brasileios — o do Norte ¢ o do Sul —, tendo em conta dois tcagos fundamentais: 4) a sbertura das vogais preténicas, nos dialectos do Norte, em pala- ‘yras que oo sejam diminutivos nem advésbios em mente: par por pegar, cirrer or correr; 2) © que cle chama um tanto impressionisticamente a ecadéncia» da fala: fala eeantada» no Norte, fale edescansada» no Sul. A fronteien entze 08 dois gruvos de dialectos passa por «uma zona que cups uma posigio mais ox menos equidistante dos extremos setenttional ¢ meridional do pais, Esta zona se estende, mais ou menos, da foz do tio Santo ¢ Bahia, até a cidade de Mato Grosso, no Estado do mesmo nomes!}, Emm cada grupo, distingue Antenor Nascentes diversas vatiedades a que chama susPALARES. E enumem dois no grupo Norte: 2) 0 AMAZONICO, © NORDESTINO, E quatro no grupo Sul: @) BALANo, £) 0 PLUMERENSE, serene, d) 0 SULISTA, Ascinale-se, por fim, que as condigSes peculiates da formagio linguistica do Brasil revelam uma dialectalizagio que nio parece tio vatiads e tio intensa como a portuguese. Revelam, também, estas condigdes que a referida die | lectalizagio € muito mais instivel que a curopeia é saan onanica no wort commsroninao] POSS ACH oA theo ronoomss ” so E———e—eeee oo . fb) ode Macau, mesatsta ou macanenbo, ainda falado por al; fami © portugués de Africa, da Asia e da Oceania, [ ss de Hong-Kong; ‘Bumas ©) 0 de Sti-Lanka, falado por familias de Vaipim ¢ Batticaloa; No estudo das formas que veio a as A 08 de Chaul, Tellicherry, Cananor e Cochim, no territério a Asia ¢ na Ocetnia, & necessirio. distingni de variedades: a5 CRIOULAS € 28 NKO-CRIOULAS. ‘As variedades cnromas resultam do contacto que o sistema linguistic portugués estabeleceu, a partir do século XV, com sistemas linguisticos is igencs, Talver todas elas derivem do mesmo PROTO-cRIOULO ou LINGUA Na Ocelinia, sobrevive ainda 0 ctioulo de Tugu, localidade perto de Jacarta, na itha de Jeva}2, Quanto 4s variedades NKo-cRrounas, hé que considerar no s6 a pre- de meio de comunicagio entre as populagies locais os navegadotes, ‘Verde, da Guiné-Bissau, de Mogambique ¢ de Sio Tomé ¢ Principe, mas SCA que, durante of primeiros séculos da expansio portuguesa, serviu " ERANGA qi B on ‘gues i senga do portugués que é a lingua oficial das repiblicas de Angola, de Cabo dh Aribia, da Persia, da India, da Malisi, da China © do Japfo. Aparecem | Ma Gen Teowt Fe cna Soe he nee a -n0s, actualmente, como resultados muito diversiticados, mas com algumas¥ 4°. portugués com base na vatiedsde curopeia, potém mais ou menos modi- caracteristicas comuns —ow, pelo menos, paralelas—, que se manifestamy feado, sobretado pelo emprego de um vocabulétio proveniente das linguas stoma profunda transformagio da fonologia e da morfo-sintaxe do vat, ea que nfo faltam algummas caracteristicas proprias no aspecto fon, tugués que lbes dew origem. O grau de afastamento em selagio & Ungua gramatical mile é hoje de tal ordem que, mais do que como DIALECTOS, 0s crioulos devem tas caracteristicas, no entanto, que divergem de regio pare regifo, ser considerados como xinuas derivadas do porugues. da no foram suficientemente obscrvadas e desctitas, embora muitas Os crioulos de origem portuguesa em Africa, que sio os de maior vite’) delas taansparecam na obra de alguns dos modesnos esetitores desses palses 13, lidede, podem ser distribuidos espacialmente em ‘8s grupos: x, Crioulos do Arquipélago de Cabo Verdc, com as duas varie-} dades: 4) de Batlavento, ao Sio Nicolau, Sal e Boavista; 2) de Sotavento, 20 sul, utillzada as ilhas de Santiago, Maio, Fogo) e Brava, wad nas ilhas de Santo Anti, Sio Vicente f 2. Griowlos das ilhas do Golfo da Guiné: (ba que pertence 2 Guiné Equatorial). 3+ Crioulos continentais: ecido pelas denominagies de papid , malaguene, sera, babasa goragan e porluguds bas} 3. Fonética ¢ fonologia OS SONS DA FALA s sons da nossa fala resultam quase todos da acgio de certos 6rgios sobre a corrente de ar vinda dos pulmées. Para a sua produsio, trés condigées se fazem necessirias 2) acostente dear; 2) um obsticulo encontrado por essa cortente de at; ¢) uma caixa de ressonancia, Estas condigSes sio criadas pelos onGKos DA rans, denominados, em seu conjunto, APARSLHO FONADOR. © aparetho fonador. B constituido das seguintes partes: a) 05 PULMBES, of BRENQUIOS € 2 TRAQUEIA — drgios respitat ‘que fornecem a corsente de ar, matériacprima da fonagio; 2) a nantNor, onde se locallzam as coRDAS vocals, que produzem energia sonora utilizada na fala; 4) 5 CAVIDADES SUPRALARINGEAS (FARINGE, BOCA ¢ FOSSAS NASAIS), que fancionam como ctixas de fessonincia, sendo que a cavidade bucal | pode variar profundamente de forma ¢ de volume, gracas aos movimeatos |, dos drgios activos, sobretudo da Lingua, que, de tio importante na fonagio, se tornou sindnimo de «idioma. Foncionamento do aparelho fonador. © at expelido dos rurn®xs, pot via dos nndquios, penetra na TRA | Quara ¢ chega a LARINGE, onde, ao atravessar a GLOTE, costuma encontrar © primeito obsticulo & sua passagem. [ores mais variados, gragas 4 maior ou menor separagio dos da 9 powtTIGA 5 FONOLOSIA Actors, que fica na altura da chamada mapide-adéo, pomonde-addo ou, no Brasil, oe, €a abertura entre duas pregas musculares das pacedes superio. ses da LARINGE, conhecidas pelo note de coRDAS VocAIs. O fluxo de ar pode encontri-la fechada on aberta, em virtude de estarem aproximados ou afastados 08 bordos das conpas vocats. No primeito caso, o ar forga a passagem através das CORDAS VOCATS retesadas, fazendo-as vibrar e produ- ie o som musical caracteristico das articulagses sononas. No segundo caso, Jaxadas 8 CORDAS VOCAIS, 0 ar escapa-se sem vibragées lasingeas. AS asticulagbes produzidas denominam-se, eatio, suRDAS. ‘A distinglo entre sonona e sURDA pode ser clacamente percebida na proniincia de duas consoantes que quanto a0 mais se identificam. Assim: Jb] [= soxono] | p/ [= svnmo] Ao sai da Lanmce, a corrente expiratéria entra na CAvIDAE rant eA, uma encruzilhada, que Ihe oferece duas vias de acesso a0 exterior: (0 CANAL BUCAT € 0 NASAL. Suspenso no entrecruzar desses dois canais fica 0 vit PALATINO, érgio dotado de mobilidade capaz de obstruir ou no fo ingtesso do at na CAVIDADE NASAL e, consequentemente, de determinar a natorezt ORAL ou NASAL de um som. Quando levantado, 0 vu PALATINO cola-se a parede posterior da FARINGE, deixando livre apenas. 0 CoNDUTO BuCAL. As atticulagées assim obtidas denominam-se onats (adjectivo derivado do latim os, eris «a boca), Quando absixado, o viv razarmNo deixa ambas as passagens livres. A cor- ente expiratéria entio divide-se, ¢ uma parte dela escoa-se pelas rossas NASAIS, onde adquire a ressomincia caractetistica das articulagées, por este motivo, também chamadas NASAIS, Compare-se, por exemplo, a pronéncia das vogais: Ja] [~ onan] 4) [= wasan] em palavtss como: 1/1 mato / manto B, porém, na CAVDADE BUCAL que se produzem os movimentos fons BOCHECHAS ¢, sobretudo, & mobilidade da xixcua ¢ dos LAD105. 17. maxlat inlrior goal woxtnica m FooLOGts a SOM E FONEMA Nem todos 05 sons que pronunciamos em portugués tém o mesmo valor no funcionamento da nossa lingua Alguns server para diferenciar palavras que no mais se identificam, Por exemplo, em: a diversidade de timbre (fechado ou aberto) da vogal t6nica é sulicieate | para cstabelecer uma oposicao entre substantivo ¢ verbo. i n tevela gue cada um ente, Essa unidade recebe 0 nome de Cortespondem, pois, a FoNeMAS diversos os sons vocélicos € conso- icos diferenciadores das palavras atris meacic A disciplina que estuda minuciosamente os sons da fala, as miitiplas ‘A parte da gramética que esuuda © comportamento dos rowEas noma lingua denomina-se FONOLOGTA, FONEMATICA ou FONEMICA. | Deserigda fonética e fonolégica. || Adesczigio dos sons Da PALA (puscrigko rowénica), para ser completa, sempre: como eles so produzidoss 3) como sfo transmitidoss @) como sto percebidos. Aparelho fonador (a Iatinge ¢ as cavidades supralneingess) Sobre a impressio auditiva deveria concentrar-se intetesse maior a BREVE GRAMATICA DO voRTUGUES CONTEMPORANEOf poxETICA E FONOLOGIA 23 J —porugués normal de Portugal e do Brasil: pé, ferro —portugués normal de Portugal e do Brasil: mede, saber portugués normal do Brasil: reger, sedento —portugués notmal de Portugal: sede, corre, regar, sedeato — portugues notmal de Pormgal ¢ do Brasil: pé, cola —portgués normal de Portugal e do Brasil: morro, forja portagués normal do Brasil: correr, morar —portugués normal de Portugal ¢ do Brasil portugués normal do Brasil: sede, corre —portugués normal de Portugal e do Brasil: bambo, sal, caro portugués normal de Portugal: correr, morar da desctigio, pois é cla que nos deisa perceber a vaticdade dos sons ¢ 0 sea fancionariento em teptesentagio dos FONEMAS. A DESCRIGAO FONOL6cICA mal se compreende que nfo seja de base acistica, cesitos © classificados em fungio das suns catacteristicas articulatérias, embora se note, modetnamente, uma tendéncia de associar a descrigio actstica 4 fisiolégica, ou de sealizi-tas parilelamente. ir, bico ‘Transcrigio fonética ¢ fonolégica. " Semivogais: - portugués normal de Portugal e do Brasil: pai, feito, ndrio —portugués aormal de Portugal e do Brasil: pau, dgua Pata simbolizar na escrita a prontincia eal de um som usa-se um alf eto especial, 0 ALFANETO roNérico. Os sinais fonéticos so colocados entre colchetes: []. ww], prontincia popular catioca, [‘kal], pronincia brasileira do Rio Grande do Sul, para a palawm ser Consoantes: portugués normal de Portugal ¢ do Brasil: bravo (I), ambos portugués normal do Brasil: 0 bei, aba, barba, abrir — portugués normal de Portugal aba, barbs, abrir — portugues normal de Portugal e do Brasil: dar (1), andar pormgués notmal do Brasil: fda, espada —portugués normal de Portugal: ¢ dar, ida espada "] —portugués do Rio de Janeiro, de Sio Paulo ¢ de extensas zonas do Brasil: dia, sede |] —portugués popular do Rio de Janeiro e de algumas zonas préximas: dia, sede pre esctita eal. Os fonemas transcrevem-se entre barsas obliquas: //. Alfabeto fonético utilizado. Empregamos nas nossas transcrigées fonéticas, sempre que possiv © Alfabeto Fonético Internacional. ‘Tivemos, no entanto, de fazer cettus adaptagbes © actescentar alguns sinais necessérios para a transctigdo de sons de variedades da Ungua portuguesa para os quais nfo existe sinal prépric ‘naquele Alfabeto , Bis 0 elenco dos sinsis aqui adoptados: ialectal curopeu de zonas fronteitigas muito restritas a mal de Portugal € do Brasil: guards (1), frango ‘agrado caprina 1 Vogais: fa] —pormugués normal de Portugal e do Brasil: py gale portugués normal do Brasil: pedra, fager @ ee nese Bonet cana, cama, pedra, fager; Rio de Janciro, de Séo Paulo ¢ de extensas zonas do isboa: fei, Je portugués normal do Brasil: cama, cana —portugués de extensas zonas do Norte de Portugal & de teas nfo dclimitadas de Mato Grosso e segides convizinhas, no Brasil: 1 Nessa adapapiet actescentamenios seguimos, em geal oallbeto fonética utiliado | jormgués popular do Ri ito ¢ de algurnaé’ zones préinas: blo grupo do Canta de Liogustcn ds Univtide de Lion, cocregedo do dsbocate fo! Pormgués popular do Rio de Janeiro ¢ de algumas zomas préximas ‘ils Ragia-nincgiic de Pttgel «de Gale tio, sete rowiviC FONOLOGIA s [k] —pormgués normal de Portugal e do Brasil: casa, parco, que Im] —portugues normal de Portugal e do Brasil: mar, amigo [a] —portugués notimal de Portugal ¢ do Brasil: nada, cano In] —portugués normal de Portugal ¢ do Brasil: sinha, caminho [1] —porrugnés normal de Portugal e do Brasil: lama, calo [) —portugnés normal de Portugal ¢ de certas zonas do Su! do Brasil; alto, Brasil —portugués normal de Pormgal ¢ do Brasil: tho, the —portugués normal de Portugal ¢ do Brasil: cato, cxtes, daz —portugués normal de varias cegides de Portugal, do Rio Grande do Sui e outras regides do Brasil: ada, catto [R] —portugués normal de Portugal (principalmente de Lisboa), do Ri de Janeiro e de varias zonas costeiras do Brasil: rode, catso —portugués normal de Postugal e do Brasil: filho, afiar —postugués sormal de Portugal e do Brasil: vinbo, svi —portagués cormal de Portugal e do Brasil: saber, fosso, ofu, caga —portagnés normal de Portugal e do Brasil: azar, case —portugnés de certas zonas do Norte de Portugal: saber, posso; noutras zonas, também: of, cuga Iz] —pormgués de certas zonas do Norte de Portugal: zonas, também: azar [0] —galego normal: ed, facer (port. fazer), eaza (port. capa), azar | [] —postagués normal de Pormgal e do Brasil: chavs, xarope al sempre ma cavidade bucal obsticulo & passagem da cozrente expiratéria, Quanto 2 fangio —outto ctitério de distingio— cabe salientar que, na nossa lingua, as vogais so sempre centro de silaba, n0 ppasso que as consoantes sfo fonemas marginais: sé aparecem na silaba justo 3 uma vogal. Semivogais. Entre as vogais ¢ as consoantes situam-se as semivogais, que sto os foremss jij € /a/ quando, juntos a uma vogal, com ela formam silaba. Fone- ticamente estas vogais assilébicas transcrevem-se {j] ¢ [Ww]. Exemplificando: Em dito {'dita] ¢ vis ['viw] fundamentalmente portagués normal de Portugal, do Rio de Jancito e de algumas zo costeicas do Brasil este [3] —portugués normal de Portugal ¢ do Bras portugués normal de Portugal, do Rio de costeitas do Brasil: mesaze | 8) quanto 20 gram de abertura CLASSIFICACAO DOS SONS LINGUISTICOS Os sons lingulsticos clas ©) quanto a0 papel das cavidades bucal e nasal { vocats. SE CM VOGAIS, CONSOANTES © SEMI H de base actstien a elassifcagao em: Vogais e consoantes. 4) quanto intensidade { {ine x. Do ponto de vista articulatério, ss vogais podem ser consideradai sous formadoe pela vibmgio dar cordss vocals & modifcados segon 4 2. Tem-se difundido recentemente uma classifiagio das vogais com base em certo némero de tragos que sio wdistintivosy numa perspectiva ica ou fonemitica, isto é, que apresentam carctetisticas capazes por si s6 de opor um segmento fénico a ourto segmento fénico. SSS forma das cavidades supra-laringeas, que devem estar sempre abertas 0: entreabertas & passagem do ar. Na proniiacia das consoantes, ao contri 26 nar ceawincs po ronrucuts covmmmronded| yoyirich ¥ roxoroora # Por cxemplo: 0 teago distintivo ABERTURA, adiante com mais pormenos), do ponto de vista fsio clevagio ow altura da lingua no momento da articulaglo, opde s6 por ai ‘peso (aubstantive) 2 peso (Forma verbal) a pivo (substantivo ou verbo). A pre] Senga ou a auséncia de cada traco é, neste tipo de classificagio, assinalady emiticos (+) © (-). Assim: je de peso (verbo) serif duos regides (anterior © posterior), as vogais [a] ¢ [a}, articuladas com a de peso (substantivo) seri [- sito], mas também [— baixo] ij,cua baixa, em posigao de repouso, 840 etal dain ou CENTRAIS. de pn sch [4+ at). = De acordo com a classificagio mais recente, devem ser inclufdas entre as ido (como veremos] 4o.a do véu palatino, produzimos a série das vogais pOsrERIORES OU VELA- icagio tradicional, que considera a boca dividida cm [+f RECUADAS], Também im a posigio assur nda, Podem cles 10 elemento distintivo na articulagio das vogsis labios durante a pa: ser: fh + des petra Posigio quase de repouso, ¢ te sétie ds tae on petmanecer numa posicio quase » € texemos a série das vogais @) qeanto & maior ou menor elevagio da lingua ae fp anaxbonpéDas]: eu (@ fl a. 2) quanto 20 reco on avengo da setictlasto Timbre, ©) quanto ao artedondamento ou no azredondamento doe Idbior { Para a distinglo do visas das vogais — qualidade actistica que resulta je uma composigio do tom fundamental com os harménicos— é ainda lewcrminante, do ponto de vista articalatério, a forma tomada pela cavi dade faringea ¢, sobretudo, pela cavidade bucal, que funcionam como tubo de ressondncia, | A maior largura do tubo de ressoniincia, provocada principalmente pela menor elevagio do dorso da lingua em direcsio a0 pelato (quer duro, quer mole), produz as vogais chamadas ABERTAS € SBMt-aMERTAS [+ BATKAS}: aszara: [a] sesa-auneas: [e), [5] Axticulagio. sidade de tal movimento, |) O eestreitamento do tubo de tessonincia, causado principalmente pela maior elevagio do dorso da lingua, produz as vogais chamadas seat- Assim: ‘Ao devammos 4 tlngua nt pute antesor de cvihds bucd, sproxt) cxapas [~ NIN]: mando-a do palato duro, produsimos a séxie das vognis avnuaioms ot BADER, PALATATS, ou seja -RECUADAS] {eh [eh (0) t | ememapaS [+ Auras: 8 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEg | yowiixIcA ¥ FONOLOGTA 9 Intensidade ¢ acento. Bxemplos: ° A nvrEnsipAnr € 2 qualidade fisica da vogal que depende da forga expi.| i]s, peso (s.) | peso (v.), pé/ pa, sac0 | s0c0, pora | possa, todo | tudo, satésli ¢, portanto, da amplitude da vibragko das cordas vocais, As vogais| «que se encontram mas slabas pronunciadas com maior intensidade chamarl] Gyeeagho: se TOwIGAS, porque sobre elas recai 0 ACKWTO TONICO, que fe caracteriza em ssbapacies ni : oo Yo postagués casil, a vogal [a] s6 aparece em posigio ténica antes portugués principalmente por um seforgo da energia expiratéria. As vogais a a ee race at, tale [ape ‘que se encontram em s{labas nfo acentuadas denominam-se AToNAS, & eee coma tan opbeigho & wementos féaicos de Sgaiseado dvena, Do ponto de vista fonolégco, funciona, poi como ‘Vogais orais © vogais nasais. Jante do mesmo fonema, e so como fonema aurénomo. - 7 No poraiguts europea nortah, [a], quando t6nico,rambém sparece, na maior, Finalmente, € de grande importincia na produgfo ¢ catactesiagio das] doe exs08, antes de consoante cane vogais, do ponto de vista articulatério, a posigio do véu palatino durante] :metma dgaelo, entre as primel- 2 passagem da cotrente expiratdria. Se, durante essa passagem, o véu pala (a) ¢ fal : és tno estiver levantado contra a parede posterior da fatinge, as vogais pro. ford do indicatvo (ex.+ amines [arama]. duzidas sexio onars: fh [els fe Ia} Bo), 0}, [2] Vogais ‘6nicas is. Se, pelo conteirio, essa passagem se der com o véu palatino abaixado, wrente expiea i jinar — corresponden- ‘uma parte da corrente expizatdria ressoari na cavidede nasal e as vogais pro. ‘Além das vocars onats que acabamos de eximinar — correspor duzidas serio wasais: eee tes a oito fonemas no portugués normal de Portugal, ¢ a sete no do Bray i i 0 nosso idioma, ‘na sua variante portuguesa como na OL EL fh © ta sil—, possui 0 idioma, tanto buasileim, cinco voGAIs NASAIS, que podem ser assim classificadas: Vogais ténicas orais. T ‘Anteriorea Média Posteriores ‘ou palatais | on central | om velares Para o portugués normal de Portugal e do Brasil € o seguinte 0 qua dro das vogais omis em posigio tdnica: Fechadas iy fa] | + aleas ~ —altas “Anteriores| Médias Posteriores | fechadas a @) = ais ou palatais | ou centrais | ou velares Semi-fech 8 a a ‘Fechadas a fe) | ratee —recuadas + recnada + recuadas ~arredondadas| — arredondads | + arredondadas| i ~ alas Semi-fechadas a td . a a “ abate Exemplos: Semi-abertae fd tl rim, sends, canta, 1, bomba, arom, + baixas Aberta i Como se vé no quadzo da pigina antetior, as vogais nasais da lingua ~recuadae — |-crecuadas |r eecuadan portguesasio sempre fechadas ou semi-fechadas, 56 em variedades regions i ~ stedondadas | arvodondades| srredondadas aparecem vogais abettas ow sem-abertas como as francesas. ha 30 Vogais Stonas orais, Em posigio dtona, 0 quadro das vogais otis do portugués apresenta diferengas consideriveis em relasio & posigéo tnice, diferengis que, por sempre coincidircm nas duas notmas principais da lingua, serio estu- separadamente, ilo entre [e] DREVE GRAMATICA Do PORTUGUES CoNTRMDORANEG lo portugués noxmal do Brasil, em posicio dtona nfo final, anulou. [e], tendo-se mantido apenas {e] ¢ [i], na sétic das weriores ou palatais; paralelamente, anulou-se a distinglo entee com o que ficou seduzida a [o] ¢ fu] a série das vogais posteriores vogais dtonas em posigio niio final reduzida a uma ini ager (a'gas), Jogrer [lo/grat era didlegy [dialage, econ 2, Him posigio final absoluta, a série anterior ou palatal apresenta-se grafada ¢; ¢ a série posterior ou velar tam- em situagio rostéxtca FINAL AnsoLUTA: Fechadas a Aberta Exemplos: Jarde (/axdi}, povo [’pova}, ensn [eazay, ponstriCA B FONOLOGTA 3 3. No portmgués normal de Portugel, em posigiS itona oo final, também se anulou a distingéo entre [e] ¢ |e], mas, em lugar de qualquer is da série das anteriores ou palatais, aparcee geralmente a vyogal [}, média oa central, fecheda [4 alta, + recuada, ~ arredondadal, real jue no ocorre em posigio wnict e € completamente estranha no portngués do Brasil. A série fica, assim, representada apenas pela vogal [i]. Por outro lado, tendo desaperecido a distingto entre [>], [o] ¢ [u} toda a série das vogais posteriotes ou velares est4 hoje xeduzida a [u], grafado 0 oa « Finalmente, & vogal média ou central fa}, aberta, corcesponde a vogal também média ow central, mas semifechada [a], graftda natutslmente a. © que foi dito pode ser expresso no seguinte quadro: Fechadas Semicfechada | Exemplos: ‘gor Wea], lgar (‘gat lager a’ gach, Jograr(lu'ars), Pager [gas]; tie a nore jay li (ado > Me Ce 4. Em posigio final sbsoluta, 2 sétie anterior ou palatal desaparece € em seu lugar surge a vogal jé descrita [o], geafada ¢; e a sésie posterior ou velar reduz-se & vogal [ul, escrita «, Donde 0 quadto: Médias Posterior ou palataie ou velar Fechadas bl fo) Semi-fechada [al Bxemplos: Jarde (‘tardo}, povo [’povul, casa ['kaza]. GRamArica Do rorruGuts CONvEMTORANEO, 3 Observagio: , ongasto de um antigo ditooge, como o [0] que se ouve aa pro cal absoluto de evel que se pronuaca geal das por 7 implosivo' de alter, digde, iugio as vogais tonicas 10s, particularmente com CLASSIFICAGAO DAS CONSOANTES 1. As consoantes da lingua portuguesa, em niimero de dezanove, sio tradicionalmente classificadns em fungio de quatro exitérios, de base essen, lalmente articulatéria: oclusivas 2) quanto a0 modo de articalagio, em constritivas 1b) quanto 20 ponto de articulagto, em sordas 6) gam 0 ppd et vr em { 4) sa so ppl revi amen {2 dale, cala, gala. poxixiCA B FONOLOGIA 33 2. Recentements, porém, difundiu-se, como para as vogais, outro cisterna de classificagio, com base em certos TRAos DIsimVtVos. (Os tragos que se tém em conta neste sistema telacionam-se também com cancteristicas da articulagio, mas nem sempre coincidem com os que estio tn base da classificagio anterior, Segundo o novo sistema classificatério, as consoantes podem ser: 2) quanto 20 mado de atculagto | {* Conta [+ latesais) [inten [4 antsiore} By panto a ron de actagto {ane Ey Sool | [= coronais} 2) quanto ao pape ds cords vrais { f¥ Somos] [+ nasal 2 soon pep devia tle a {4 Hi de base mais actstica do que articulatéria a classifcagto: 4) quanto 10 efeito actstico mais ou menos préximo ao de { [4+ soante] Savon {fi sang Modo de articulagio. A articulagio sagem livre do ar expirntéria encontra sempre, em algnma parte da boce, total, que @ interrompe momentaneamente, ou um obsticulo parcial, que consoantes nfo se faz, como a des vogais, com a pas- 1 comprime sem, contudo, intercepté-la. No primeizo caso, a8 consoantes dizem-se ocuustvas ow [- conrivvas}; no segundo, coNsrarrivas ou [4 conrinuas}- IVAS a5 consoantes [p], ta, bela, tala, Entre as consrurrrvas, 1. Faicarivas, caracterizdas pela passagem do ar através de uma estreita fenda formada no meio da via bucal, o que produz um ruido com paravel ao de uma friegio, “4 BREVE GRAMATICA DO PoRTUGuES CONTEMDOR: powitICk # FONOLOGTA 33 [2], Uf, [5]: fale, val 5. PaLarars, formadas pelo contacto do dorso da xarope (encher), 44 (gele dato ov 60 da boca. S30 a5 coasountes [7], (sl, Db, ga com o palato ache, ajo, alle, (passe, cin, aga, prixin), 2els (rons, exa a, Lavmnats, caractetizadas pela passagem da correate expi pelos dois lados dz cavidade bi um obsticulo formadg ‘no centro desta pelo contacto da lingua com os alvéolos dos dentes ou com palato. Sio laterais as consoantes da lingua com IR]: eal, gal, ah. Se considerarmos a zona em que se situam 0 contacto ou a constrigio que caracterizam a consoante, a classifcagio com base nos teagos distinti= vyos seré a seguinte: 3. VipRaNTEs, caracterizadas pelo movimento vibratétio tfsido dq um drgto ac vérias brevissimas intercupgées da passagem da correate expiratéria So vibrantes as consoantes [r] e [7] ou [R]: caro, carro. © ponto ou zona de articulagio. © obsticulo (total ow parcial) necessirio & asticulagio das consoan pode produzir-se em diversos lugares da cavidade bucal. Daf o conceito de PONTO DE ARTICULAGKO, segundo o qual as consoantes se classificam x, Branrass, formadas pelo contacto dos libios. Séo as consoantty I] 1b}, bn]: pote, bato, mato. 2. Laptopmnrars, formadas pela constrigio do ar entre tior € os dentes incisivos superiores. Sio as consoantes © papel das cordas vocais. Enquanto as vogais sio normalmente sonoras (66 excepcionalmente 3+ Lixouopmyrais (on DoRso-DENTAK do pré-dorso da lingua 4 face interna dos dent pelo contacto desses Orgios. Séo as consoantes tarde, dardo, Amco-auveorans), formadss pelo contacto de 08 alvéolos dos dente i |, (i: made, cale, cara, carto ‘nurme, cespctivamet “ nis ORAMTICA DO PORTUGUES GONTENFORA zs ay 4 Ai als at fe =z z/s gieled Hh = z Bees 222 |28 gees alez HE . 3| \sFzjee es 3 gi} jggfet- ft | | | td Al UE Lats 38 e]s Ss] . i eile) [es 2 at ye ~ a 3 = z eT fil 3 EUR Bo) EE IRRIR SERS AES a 3g; 3 i a ga) 3 /8 Bo% e z a eae a Ele romirich & FONOLOGIA, ” Quanto 20 modo de articulagio (bucal), as consoanies nasais sfio octy- vas [— cotinuas]. Atendendo, no entanto, & forte individualidade que confere 0 seu trago nasal, costumase isolilas das outsas oclusivas, taatando-2s como classe 2 parte. Quadro das consoantes. Resumindo, podemos dizet que o conjunto das consoaates da agua portuguesa é constitulde por dezanove unidades, cuja classificagio se expde esquematicamente no quadto da pégina anterior, Observacio: Neste quadto, procuramos integrar a classificagio por tragos distintivos Para se fazer a antlise em a dassificagio tradicional de base articu Por exemploz a8 conaoantes[p} ¢ (B] serio anaisadas deste modo Ir] [ continsa] (H] [~ contians} i- [sono } (na [= nasal] (4 anteri [+ anterior J C [- coronal ] Posigio das consoantes. Sé em posigio intervocitica é possivel encontrar as 19 consoantes por- tuguesas que acabamos de descrever © Slssiess. ows posigien, 0 nfimero, ‘Assim, por exemplo, em posisio intial de palavea, além das consoantes ocuusIvAs ¢ FRICATIVAS, s6 aparccem: das LaTERAIS, o I]; das viBRANTES, © IR] on [r}5 das asats, 0 [mi] 0 [n]. Sio casos isolados os de cmprésti- ipalmente do espanhol, em que ocotrem [A] on [p}: ano, Usama, ENCONTROS VOCALICOS Ditongos. Oencontro de uma Vooar + uma smavOGAt, ou de uma SEMIVOGAL + + uma voGAL recebe 0 nome de Drroxco. 38 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CoNTmLPONA: Os prroncos podem ser: 4) DECRESGENTES € CRESCENTES; 4) oats € Nasars. Ditongos decrescentes € crescentes. Observasior Quando a vogal vem em primeizo lugas, 0 DrroNco denomina-g sm sa pronéinela normal de Portugal nem na do Brasil se conserva DECRESCENTE. Assim: Nem ma prontinc Ba) fo antigo ditongo [ow], que ainda se mantém vivo em falaces repionais do Norte de Portugal ¢ no galego. Na pronincia aormal reduziu-se a [0], desa- parecendo assim a distingio de formas como poupa | pope, bouba | bebe. pai cfu muito Quando a semivogal enteced* = vogal, 0 DrroNco dizse crescent ‘Aoets 2, Bxistem os seguintes prroNGOS NASAIS DECRESCENTES: + eorrespondente as grafias ae, af ¢, no portugués normal de Portugal, ‘em (em posigfo final absoluta) e en (no interior de palavras deri vvadas): mile, cra; no pormgués normal de Portugal: xem, vem, benno costespondente is grafins do © az: mito, vejam. : correspondente, no portugues do Brasil e em falares meridionais de Portugal, As grafias em (em posigio final de palavea) e en (no inte- qual Hinguiga frequente Em portugues apenas os DECREScENTES so preoncos estiveis. Oy DITONGOS CRESCENTES aparecem com frequéncia m0 verso, Mas na lingu: jo normal s6 apresentam estabilidade aqueles que tém 4 sex vogal [w] precedida de (k] (grafdo 4) ou de (g). Assim: square igual caxaguando rior de palavras derivadae): vem, /evem, beninho. soled tes uinguénio corresponidente & grata de: pie, sermies. quota quiproqus saguiguacu fpoine erie fe Be correspondente A grafia xi? muita, Ditongos orais ¢ nasais. Tritongos. Como as vogais, os prroncos podem ser onAts © NAsAts, segundo a| natureze oral ou nasal dos seus elementos. ‘Denomina-se Tarronco o encontto formado de SEMIVOGAL -}- VOGAL + + seavocar. De acordo com 2 natureza (oral ou nasil) dos seus compo- 1. Sto 0s seguintes os DrroNGOS ORAIS DECRESCENTES: nentes, classificam-se também 0s 4RITONGOS em ORAIS € NASAIS. no portugués normal de Portugal Slo TRIFONGOS ORAIS: é ‘ss mo porgots normal do Brasil ¢ em falares meridionais de no portugute normal de Pormgel + papsis no portugues normal do Brasil e em falaces metidionais vl meu 2 eta 40 et ee eee 2, So TRITONGOS NASAIS [waw] : cotmespondente as grafias mao, nam: sagudo, emiguam, [wai]: comespondente, no portugues normal de Portugal, & grafia am (em posigéo final de pala inguern. wei]: correspondente, no portugués normal do Brasil e em falares meri- dionais de Portugal, & grafia nem (em posigio final de palavra): delingoern. + conrespondente & gratia nde: saguies [woj} Hiatos. Di-se o nome de taro ao encontro de di rando-se as palavras pais (plural de pai) © pal 4) na primeira, 0 encontro af soa numa s6 3) ta segunda, o a pertence a uma silaba ¢ 0 ' A pascagem que, por vezes, se observa de um hlato de pranincla normal 4 ditongo no interior da palavra di-se o nome de smvéRese, E chama-se rfiness o fenémeno contrisio, ou seja a transformagio de um dito. go a0r- mal em hiato. Quando a ditongagio do hiato se verifice entre vocibulos, diz-se que bh smvazErA. Estes fendmenos tém importincia particular no verso. Assim, compa ifcasnos que: Digrafos. Nao € demais recordar ainda uma vez que nifo se devem confundir CONSOANTES € VOGAIS com LETRAS, que sio sinais representativos daque les sons, ‘Assim, nas palaveas carro, péssee, ob, th ¢ uh sepresentam uma s6 consoante, Também nio se pode afirmar que exista ENcowrro de consoaNrss em palavras como campo © ponfo, , em fonética experimental, de palavras como estas tevele tum residuo de consoante nasal imperceptivel 20 ouvido; © m € 0 ui funcionam portanto nelas essencialmente como sinal de nasali- dade da vogal antecior, equivalendo, no caso, a. um 71 (cdpo, pate). ‘A.esses grupos de letras que simbolizam apenas um som dé-se o nome de icnaros. ,, mualbo € canboto as letris rr, ss, ronirica # Fonovocta i” SILABA Quando pronunciamos Jentamente uma palavra, sentimos que nfo o ividindo a palavra em pequenos forem as vogais. Assim, uma alegeoa, so seri por nés emitida ahegnos rmas sim slegrou ‘A cada vogal ou grupo de sons pronunciados numa sé expiragio damos fo nome de sftana. ‘A sft.ana pode ser format: 2) por uma vogal, um ditongo ou um tritongo: ~ 6 a wail tuna vogal, um ditongo ou um tritongo acompanhados de ‘rans-por Usewgual Classificagio das palavras quanto a0 niimeto de stlabas. Quanto 20 nimero de sitasas, chssifcam-se as palavtas em MoNos- SiLABAS, DISSLLABAS, TRISSILAMAS € POLISSEE.ABAS. Monossitasas, quando constituidas de uma 86 sllaba: a ea mio a roa quais Drssitasas, quando Agua saguio so-nhar ‘TrussteaBas, quando constituidas de trés sllabas: bandefea cenvxa-guot Bwro-pa portugues DREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONZRMPORANEO Pouasstiamas, quando constituidas de mais de trés silabas: ex-tusdante liber-da-de wni-versicda-de empreendi-men-to ACENTO 'TONICO Bxaininemos este petlodo de Raul Bopp: Dias e noites os horizantes se repetem. Nele distinguimos, numa andlise fonética clementar, as silabas AcEN- wapas (em normando) das INACENTUADAS (em romano). ‘A percepgio distinta das sflabas acentuadas (tnicas) das inaccntuadas (étonas) provém da dosagem maior ou menor de certas qualidades flsicas as cordas vocais na sus emissiio; 2) orimre (ou metal de v damental € dos tons secunditios cavidedes por onde passa 0 a3 4) 2 Quanripaps, isto é a dusagio com que sio to € 0 conjunto sonoto do tom fun coduzidos pela ressoniincia daquele nas 608 (étonos); pelo rom, setio TIMBRE, ABERTOS ou FECHADOS, Em geral, pottm, esses lem conjunto deles, com predominiincia dade, € que se chema Acmwro TéNIco, Classificacio das palavras quanto ao acento, ténico. 1%. Quanto a0 AckNTo, as palavias de mais de uma silaba classificam-se cen Oxfrowas, PAROXITONAS C PROPAROXITONAS. Oxfrowas, on agudas, quando o acento recai na ultima sflaba: anil mmandacaru eafé dispor Niter6i parabéns Panoxironas, ou graves, quando o acento recai na pendltima roxirICh & FONOLOGIA 43 Proraroxtronas, ou esdntxulas, quando © acento recai ma antepe- altima sflaba: amina Péssego aritmética cexéseito piblico ‘qailémetro 2. Quando se combinam certas formas verbais com pronomes ato- ‘nos, formando um :6 vocibulo fonttico, € possivel o acento secuar mais sama sflaba: amdyamo-lo _faga-se-lhe Diz-se sisuspRdxuza a acentuagio dessas combinagSes, 3+ Os monosstzanos podem ser AroNos ow T6NICOS. ‘Aronos sf0 05 pronunciados tio fracamente, que, na frase, precisam apolar-se no acento ténico de um vocibulo vizinho, formando, por assim dizer, uma silaba deste. Por exemplo: Diga-me / © prego / do livro. ~ ‘Téxrcos sio 0s emitidos fortemente. Por terem acento prépric, aio necessitam apoiar-se outro vocibulo, Exeraplos: af, flr, mau, mo, més, int, Por, vow, etc. Valor distintivo do acento ténico. Pela variabilidade da sua posisio, o acento pode ter em portugues valor Alistintivo, fonolégico. Comparando, por exemplo, os vocébulos: Ativida | duvida percebemos que a posigio do acento ténico € suficiente para estabelecer tuma oposicio, uma distinglo significativa. Acento principal ¢ acento secundatio, Notmalmente 08 vocébulos de pequeno corpo s6 possuem una sflaba

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