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GES _| 6 CONCEPCAO DE OBRAS DE FUNDAGOES|211 DIRCEU VELOSO / FRANCISCO DE REZENDE LOPES 7 ANALISE, PROJETO E EXECUCAO DE FUNDACOES RASAS|227 ALBERTO HENRIQUES TEIXEIRA / NELSON SILVEIRA DE GODOY 8 ANALISE E PROJETO DE FUNDACOES PROFUNDAS|265 LUCIANO DECOURT / JOSE HENRIQUE ALBIERO JOSE CARLOS ANGELO CINTRA 9 EXECUCAO DE FUNDAGOES PROFUNDAS | 329 CLOVIS MARIO MOREIRA MAIA / FREDERICO FALCONI/ NBLIO DESCIO FIGARO / JOAO MATHIAS DE SOUZA FILHO / WILLIAM ROBERTO ANTUNES / HELVIO TAROZZO/ ‘JOSE LUIZ SAES / URBANO RODRIGUEZ ALONSO / SIGMUNDO GOLOMBEK 10 FUNDACOES SUJEITAS A ESFORCOS DINAMICOS| 409 JOSE: MARIA DE CAMARGO BARROS / WALDEMAR HACHICH 11 FUNDACOES DE ESTRUTURAS "OFFSHORE" | 443 JAYME RICARDO DE MELLO / FRANCIS BOGOSSIAN 12 REFORCO DE FUNDAGOES| 471 -MAURI GOTLIEB / JAIME DE AZEVEDO GUSMAO FILHO / CAPITULO 6 | CONCEPCAO DE OBRAS DE FUNDACOES DIRCEU VELLOSO FRANCISCO DE REZENDE LOPES &.1 INTRODUCAG Este capitulo aborda um tema muito amplo, que requereria muito espaco para um tratamento satisfatério, ¢ muito dificil de ser apresentado de forma sistemstica. A concepgio de fundagses na realidade, um misto de ciéncia ¢ arte. Ass dado 0 espaco disponivel e a propria natureza do tema, procurou-se abordar os principais aspectos que devem ser enfocados pelo projetista ¢ discu- tir algumas opcées disponiveis para solugio do problema de fundagio. 6.2 ELEMENTOS NECESSARIOS E CRITERIOS DE PROJETO Elementos necessérios para 0 projeto ‘Os elementos necessirios para 0 desenvolvimen- to de um projeto de fundacdes sao: (1) Topografia da Area * Levantamento topogrifico (planialtimétrico) + Dads sobre taludes e encostas no terreno (ou que possam, no caso cle acidente, tingir 0 terreno) + Dados sobre erosdes (ou evolucdes preocupantes na geomorfologia) [2} Dados Geolégicos-Geotécnicos * Investigagao do subsolo (preferencialmente em 2 tapas: preliminar e complementar) ‘*Outros dados geol6gicos ¢ geotécnicos (mapas, fotos aéreas ¢ levantamentos aerofotogramétricos, artigos sobre experiéncias anteriores na drea etc.) (3] Dados da Estrutura a Construir ‘Tipo ¢ uso que terd a nova obra += Sistema estrutural + Cargus (ages nas fundagoes) (4) Dados sobre Construgées Vizinhas + Tipo de estruturae fundagies ‘= Numero de pavimentos, carga média por pavimento + Desempenho das fundagées + Existéncia de subsolo + Possiveis consequncias de escavagdes vibrages provocadas pela nova obra Os conjuntos de dados 1, 2 € 4 devem ser eui- dadosamente avaliados pelo projetista em uma visita ao local de construcao, No caso de fundagées de pontes, dados sobre 0 regime do rio sio importantes para avalingio de possiveis erosdes e escolha do método executi- vo. Nas zonas urbanas, as condigées dos vizinhos constituem, freqiientemente, o fator decisive na definigao da solucdo de fundagio. E quando fun- dlagdes profundas ou escoramentes de subsolos sio previstos, 0 projetista deve ter uma idéia da disponibilidade de equipamentos na regito da obra Agdes nas fundacs As solicitagées a que uma estrutura esti sujei- ta podem ser classificadas de diferentes manei- ras, No exterior € comum separi-ias em 2 gran- des grupos: {a} Cargas vivas, separadas em : ‘cargas operacionais (ocupacio, armazenamento, passagem de veiculos, frenagens etc.), * cargas ambientais (ventos, correntes etc.) € + cargas acidentais (colisio, explosio, fogo etc.); [b} Cargas mortas ou permanentes [peso réprio, empuxo de terras e égua etc.). J4 no Brasil, a norma NBR 8681/84 CAgoes ¢ Seguranga nas Estruturas") classifica as ages nas estruturas a] Ages permanentes: as que ocorrem com valo- ‘es constantes durante praticamente toda a vida da obra (peso proprio da construcio ¢ de equi: Pamentos fixos, empuxos, esforcos devidos a ecalques de apoios); 1b) Agdes varidveis: as que ocorrem com valores que apresentam variagdes em tor: no dla média (agdes devidas a0 uso da obra, picamente); €) Agées excepcionais: as que tem duragio ‘extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorréncia durante a vida da obra, mas que precisam ser consideradas no projeto de determinadas estruturas (explos6es, colisdes, \cendios, enchentes, sismos) concercAo De onnas ve runoacoes | 211 ‘A norma NBR 8681/84 estabelece critérios para combinagdes destas agdes na verificacio dos esta- dos-limites de uma estratura (assim chamados 03 estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenho inacequaco as finalidades da obra): @) estados-limites tiltimos (associados a colap- sos parciais ou total da obra); b) estados-limites de mtilizagdo (quando ocor- rem deformagdes, fissuras etc. que comprometem (© uso da obra). Requisitos de um projeto de fundacéo Os requisites bisicos a que um projeto de fun- dagdes deverit atender sto: a) Deformagies aceitiveis sob as condigdes de trabalho; ) Seguranga adequada a0 colapso do solo de fundagio (estabilidade ‘externa’ ©) Seguranga adequada ao colapso clos elemen- tos estruturais (estabilidade “interna’). Conseqiiéncias do nao atendimento a estes re- ‘quisitos esto mostradas na Figura 6.1. fe) Fig, 6.1 - (a] Deformagbes excessivas, (B] colapso do solo € {c} Colapsos dos elementos estruturais, resultantes de projetos deficientes 212 | runcacoes:teomnc peanicn © atendimento ao requisito (1) corresponde a verificagio de um estado limite de utilizagao de ‘que trata a norma NBR 8681/84. © atendimento 0s requisitos (2) e (3) corresponde a verificagao de estados-limites tiltimos. Outros requisitos especificos de certos tipos de obra sto: a) Seguranca adequada ao tombamento € deslizamento (também estabilidade “externa, a ser verificada nos casos em que forcas horizontais cle- vvadas atuam em elementos de funclagao superficial; ‘b) Niveis de vibragio compativeis com o uso da obra, a serem verificacos nos casos de cargas dindmicas 6.3 ALTERNATIVAS DE FUNDAGAO, {As fundagdes sto convencionalmente separadas em 2 grandes grupos: * fundagdes superficiais (ou “diretas”) € * fundagdes profundas. A distingio entre estes dois tipos é feita segunclo 0 crtério (arbitririo) de que uma fundacio prefunda € aquela cujo mecanismo de ruptura de base nao atinge a superficie do terreno. Como os mecarismos de ruptura de base atingem, acima da mesma, até 2 vezes sua menor dimensio, & norma NBR 6122 esta- beleceu que fundagdes profundas so aquelas cujas bases estio implantadas a mais de 2 vezes sua menor ddimensio, ¢ a pelo menos 3 m de profundidade Fundagées Superficiais Quanto aos tipos de fundagdes superficiais hi (Figura 6.2 bloco— elemento de fundagio de concreto sim- ples, dimensionado de maneira que as tenses de tracdo nele produzidas possam ser resistidas pelo conereto, sem necessidade de armadura; sapata — elemento de fundacio de concreto armado, de altura menor que o bloco, utilizando armadura para resistir aos esforgos de tragio; tiga de fundagao — elemento de fundacio que recebe pilares alinhados, geralmente de con creto armado; pode ter secio transversal tipo bloco (sem armadura transversal), quando sio freqtientemente chamadas de baldrames, 01 tipo sapata, armadas; grelba— elemento de fundagio constituide por ‘um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares;, sapata associada — elemento de fundacao que recebe parte dos pilares da obra, o que a difere do radier, sendo que estes pilares nio sio dos, 0 que a difere da viga de fundagio; radier — elemento de fundagio que recebe to- dos os pilares da obra (a (o) (ed dd Fig, 6.2 - Principals tipos de fundagao superficiak (a) bbloco, (b} sapata, (| viga e (4) radier Fundagées Protundas Jas fundagdes profundas, tipos princi estaca— tado com auxilio de ferramentas ou equipamentos, execucio esta que pode ser por cravagio a percussio, prensaigem, vibragio ou por escavacio, ou, ainda, de forma mista, envolvendo mais de um destes processos, tubuléo — elemento de fundagio profunda de forma cilindrica, em quie, pelo menos na sua fase final de execugio, Ind a descida de operitio (© tubukio nio difere da estaca por stias dimensoes mas pelo processo executivo, que cida de operirio); cuixdo — elemento de fundagio profunda de forma prismitica, coneretado na superficie © ins- talado por escavacio interna, Fundacées Mistas 10 fundagdes mista dagdes superficiais e profundas. Fig, 6.3 -Alguns tipos de fundacSes profundas: extacas {a} metaticas,(b) prémoldadas de concreto vibrado, (e] prémoldada de concreto centritagado, (, tipo Frankie tipo Strauss. (e) tipo raiz,{] escavadas: tubulbes (g) a céu ‘aberto, sem revestimento, {h] com revestimento de ‘concrete e lj com revestimento de ago (eo) (a) ligada a sapata ['estaca T*),(b) estaca abaixo de sapata (estapata sobre tubules {cl radior sobre estacas e (d) adler concercAo 0¢ oseasoe runoncoes | 213 Sapatas sobre estacas — associagdo de sapata com uma estaca (chamada de “estaca T” ou “estapata”, dependendo se hd contato entre a es- taca € a sapata ou nao); radiers estaqueados — radiers sobre estacas (ou tubuldes), que transfere parte das cargas que recebe por tensdes de contato em sua base parte por atrito lateral e carga de ponta das es- tacas. 6-4 ESCOLHA DA ALTERNATIVA DE FUNDAGAO — CRITERIOS GERAIS Algumas caracteristicas da obra podem impor um cero tipo de fundagao. Este € 0 caso, por exemplo, de uma obra cujo subsolo ¢ constituido por argila mole até uma profundidade considera vel, como mostrado na Figura 6.5a, em que uma fundagao em estacas é a solugio que se impde. Quanto a0 tipo de estaca, haverd, em geral, algu- ‘mas opgdes a examinar, Outras obras podem permitir uma variedade de solugdes. Nesse caso € interessante proceder-se a tum estudo de altemativas ¢ fazer a escolha com base em: ‘= menor custo € ‘= menor prazo de execugao. Neste estudo de alternativas pode-se incluir mais de um tipo de fundacao superficial — ou mais de um nivel de implantagio — e mais de um tipo de fundagio profunda, Na avaliagio de Custos e prazos ¢ importante considerar escava- Ges e reaterros, como mostrado na Figura 6.5b- d. Na Figura 6.5¢ estio mostradas duas possibi- lidades de fundacio superficial, sendo que aque- la impplantada a maior profundidade tem menor volume de concreto armado (devido a uma maior tensito de trabalho) mas maior volume de terra a movimentar ¢, caso ultrapasse 0 nivel «agua, necessidade de rebaixamento do len- col d'agua, A alternativa em estacas (Figura 6.5d), por outro lado, pode apresentar menor custo global se considerarmos 0 menor volu- me dos blocos de coroamento ¢ 0 menor movimento de terra. Assim, € vilido se estu- dar mais de uma alternativa e comparar cus- tos € prazos de execucio. 6.4.1 Fundasées Superficiais {As sapatas € 05 blocos sto os elementos de fun- dagio mais simples ¢, quando é possivel sua ado- 10, os mais ezondmicos. Os blocos sio mais eco- nomicos que as sapatas para cargas reduzidas, quando 0 maior consumo de concreto é pequend ¢ justifica a eliminagao da armagio. Nao ha, po- 2.14 | runoncdes:teoane redticn rém, qualquer restrigao a0 seu emprego para car- gas clevadas. Uma fundagio associada ( ou radier) ¢ adotada quand ‘+ as dreas das sapatas imaginadas para os pilares se aproximam umas das outras ou mesmo se interpenetram (em consequiéncia de cargis cle: vadas nos pilares e/ou de tensdes de trabalho baixas); + se deseja uniformizar os recalques (por meio de uma fundacdo associada), Quando uma ou as duas condigdes acima sto satisfeitas em parte da obra, pode-se adotar a sa- pata associada nesta drea fundacdes isoladas no restante da obra, Quando sto satisfeitas em toda a 4rea da obra (ou por op¢iio do projetista) pode-se adotar o radier. Quando a frea total de fundacio ultrapassa metade da drea da construcao, 0 radier ¢ indicado. Quanto a forma ou sistema estrtural, 08 radiers sio projctacos segundo 4 tipos principais (Figura 6.6): , sapata associada + radiers lisos + radiers com pedestais ou cogumelos + radiers nervurados + radiers em caixio 5s tipos estio listados em ordlem crescente de rigidez relativa, Ha ainda os radiers em abobadas invertidas, porém pouco comuns no Brasil i o te ta Fig. 6.5- situagbes encontradas no estudo de atternatl- vas para fundacio “ (a) “(bh Fig. 6.6- Principals tipos de radier: (a) liso, (b) com pedestals ou cogumelos, (c] com vigamento e (d] emcaixio 6.4.2 Fundagées Profundas Existe hoje uma variedade muito grande de es- tacas para fundagdes. Com uma certa freqiiéncia, um novo tipo de estaca € introduzido no mercado € a técnica de execucio de estacas esti. em per- manente evolugio. A execugio de estacas € uma atividade especializada da Engenharia, e 0 proje- tista precisa conhecer as firmas executoras ¢ scus servigos para projetar fundagdes dentro das linhas de trabalho destas firmas. A Tabela 1 abaixo apresenta uma classificagto los tipos mais comuns de estacas, enfatizando 0 méto- do exccutivo, no que dlz respeito a0 seu efeito no solo. © Apéndice 2 apresenta uma relagio dos tipos mais comuns de estacas e suas cargas de trabalho usuais, que pode servir para estuéo de alternati- vas. Na consulta a este apéndice € preciso ter em mente os seguintes pontos: a) as cargas all indicadas consideram apenas 0 aspec- to cstrutural da estaca (estas cargas poderio nio ser atingidas em fungio de caractetsticas do terreno); ) essas cargas nto sio especificas de nenhuma firma executora mas representam uma pritica co- ‘mum; para efeito de projeto executivo, as cargas devem ser verificadas junto as firmas executoras. Tabela.1|Classticasao dos principastipos de estacas pelo método executive ia ve enie es ecaeeaeensss | tate | Seopa {cravadas) moldadas in situ ——>» tipo Franki op ee ee ees eee at mincbeicneh wae scestocnenen2, conereto préfuro | tipo raiz ie — — Se a ee cea Sn se le eee concercho o¢ osans oe runoacoes | 215 Escolha do Tipo de Estaca Na escolha dy tipo de estaca & preciso levar em conta os seguintes aspectos: 11) esforgos nas fundagées, procurando distingui + nivel das eargas nos pi + ocorréncia cle outros esforgos além dos de com- pressao (tragao ¢ flexi). lares; (2) caracteristicas do subsolo, em particular quanto & ocorréncia de: + argilas muito moles, dlficultando a execugio de estacas de conereto moldadas in-situ; + solos muito resistentes (compactos ou com pe- dregulhos) que devem ser atravessados, dif cultando ou mesmo impedindo a cravagio de estacas de conereto pré-moldadas; + solos com matacdes, dificultando ou mesmo impedindo 0 emprego de estacas cravadas de ‘qualquer tipo: nivel Jo lengol gua elevaco, dificultando a execugio de estacas de concreto moldadas in- situ sem revestimento ou uso de lama; aterros recentes (em processo cle adensamento) ‘sobre camadas moles, indicando a possibilids- de de atrio negativo; neste caso, estacas mai lisas ou com tratamento betuminoso sto mais indicadas. 13) caracteristicas do local da obra, em particular: + terrenos azidentados, dificultando © acesso de equipamentos pesados (bate-estacas etc.) + local com abstrugao na altura, como tellados © Ines, elficutando 0 acesso de equipamentos ates; + obra muite distante de um grande centro, enca- recendo 0 transporte de equipamento pesado; + ocorréncia de Himina digua. (4) caracteristicas das construcées vizinhas, em particular quanto a: * tipo ¢ profundidade das fundagdes; + sensibilidade a vibragées; + danos jl existentes. Esses s2o alguns aspectos a considerar. Ente: tanto, nio ha regras para escolha do tipo de esta- ca, e vale muito a experiéncia local 6.5 CONCEPCAO DE PROJETO E CONDICIONANTES ESPECIAIS Conforme discutido no sante estudar mais de uma alternativa'de funda- 216 | runoncoes:teome rednicn io € comparar custos € prazos de execugio. En- tretanto, a obra pode apresentar condicionantes especiais que influenciardo desde 0 inicio a concep- Gio do projeto, Estes condicionantes especiais po- «lem ser, por exemplo, a existéncia de pilares junto as divisas ou de pavimentos de subsolo no pré- dio, Passamos, nos préximos itens, a discutic a concepeio ou escolha de solucio de fundacao, inicialmente quando nao hd condicionantes espe Ciais € em seguida quando 0s hi 6.5.1 Edificios sem Subsolo e Afastados das Divisas No caso de edificios sem subsolo ¢ afastados das divisas, nio hi condicionantes especiais ¢ 0 projetista precisa considerar, apenas, os critérios eras mencionados no item 6.4. Na Figura 67 es- io mostradas alternativas de fundacio para um fastado das divisas. & pri meira alternativa & constituida por fundagdes su perficiais isoladas (blocos ou sapatas) indicando- se duas possibilidades de profundidade de implan- ago. A segunda alternativa & constitufda por fun- dacio superficial combinada (radies, p. ex.) tam bém com duas possibilidades de implantagiio. Na terceira, sto adotadas fundagdes profundas (esta- eas ou tubuldes). No caso de escolhar de fundagio superficial (sapatas ‘ou radiet), as escavagoes para sua implantagio podem ser taludadas, sem necessidade de escoramento. No ‘aso de fundagio profunda, tem-se uma maior iberda- de de excollit do tipo a ser executado, Fig. 6.7 - Edificios sem subsolo © afastados daz divaas 6.5.2 Edific 5 com Pilares na Di No caso de edificios sem subsolo mas que se estendem até as divists, € necessario um trata- mento especial dos pilares junto as divisas ama vex que ali o elemento de fundagio (sapata ou 1) mao poder ter seu centro de gravidade coincidente com o do pilar. Nestes pilares hi que se prever rigas de equilibrio que os ligario a pila- res internos proximos. A fundacio associada que resulta tem carregamento centrado em relacdo 208 elementos de fundacio. Na Figura 6.8 estlo mostradas alternativas de fundacio para um prédio sem subsolo € que se estende as divisas. Na primeira alternativa, consti- tuida por fundagdes superficiais isoladas (locos ), esto indicadas as vigas de equil las sapatas que serio ligadas pela viga de equilibrio se aproximam muito, ¢ preferivel adotar uma fundacio combinada (sapa- ta associada ou viga de fundacio). O caso extre- mo seri a fundagio em radier, em que nao ha necessidade da viga de equilibrio (rata-se de uma fundagao capaz de absorver momentos). Na ter ceira alternativa, em fundagdes profundas cas ou tubuldes), também sio necessirias as vigas de equilibrio. No caso de fundacao superficial (sapatas ou radier), as escavagdes proximas as dlivisas precisam ser escoradas. No easo de Fundacao profunda, tem se que considerar quando da escolhia do tipo, as possiveis conseqtiéncias do processo executive. Fig. 6.8 -Eaificios com pilares na divisa 6.5.3 Edificios em Zona Urbana e com Subsolos No caso de edificios em zona urbana com pavi mentos de subsolo, hi que se prever um sistem: de escoramento da escavagao para execucio des- tes pavimentos. Estes pavimentos geralmente se estendem até as divisas © vamos supor que os vizinhos jf estejam construidos. Inicialmente tem-se que escolher (i) 0 sistema de escoramento ¢ (ii) 0 método executive. Sistema de Escoramento Na Figura 6.9 estio mostrados, do lado esquer- do, os sistemas de escoramento vertical (paredes) do tipo continuo, que sao: + paredes-diafragmas; + paredes de estacas-pranchas de concreto (inviivel se vizinho jf construido), * paredes de estacas-pranchas de ¢o (pouco ut lizadas «levido ao custo elevadoy * paredes de estacas justapostas (cu tangentes; * paredes de estacas secantes. Do lado direito da figura estio mostrados ‘escoramentos verticais do tipo desconsfnuo, que Sto: * parede de perfis ¢ pranchées; + paredes de estacas escavadas (estacdes") com conereto projetado ou colunas de er-grouten- ire elas, Fig, 6,9 Sistemas de escoramento vertical (paredes] de subsolos s sistemas de escoramento horizontal si basi camente tré ‘ tirantes ou ancoragens; ‘+ estroncas (em ago ou madeira); « lajes da estrutura, igura 6.10a esto mostrados os dois primei- 105 tipos e na Figura 6.10b aparecem lajes cla es- trutura servindo de apoio para as paredes. Métodos Executivos Quanto ao método executivo hi basicamente dois ipos ‘= método direto ou convencional; + método invenido, Os dois métodos esto ilustrados ras Figuras 6.10 € 6.11, Na Figura 6.10a esti mostrada a primeira etapa da obra executada por miétodo convencio- nal, em que a escavacio avanca até a cota final, com 0 escoramento horizontal promovido por ti- ‘concercAo 0¢ oaras oe runonctes | 217 antes ou estroncas. Numa segunda etapa (Figura 6.10), a esteutura do prédio comeca a ser execu- tada, de baixo para cima, e 0s escoramentos pro- vis6rios passam a ser substituidos pelas lajes da cestrutura. )tirante —ar firante desativado u (b) Fig. 6.10- Método convencional de execugao ae subsolos Na Figura 6.11a est mostrada a primeira etapa «da obra executada por método invertido, em que & executada uma Inje para permitir a escavacio até a cota de outra Iaje num nivel abaixo. Na Figu- ra 6.11b esti mostrada a fase final de escavacio, quando seri executada a laje de fundo. Neste tipo le execucio nao ha necessidade de escoramentos horizontais provis6rios (estroncas ou tirantes), mas sim de apoios provisGries para as lajes, que so normalmente providos por estacas. As estacas mais comumente utilizadas s’0 as metdlicas (perfis de G0), as raizes € as escavadas. Situagées Especiais Ha algumas situagdes especiais a considerar quando se tem um subsolo que se estende até as divisas do terreno: i) 0 prédio tem sua parte acima do terreno afas- tada das divisas (‘lamina’); i) 0s vizinhos tém fundacdes junto as divisas, superficiais ¢ extremamente sensiveis. 218 | runoacoes:rzomne reAmcn No primeiro caso as paredes de contengio po- lem servir de fundagao para os pilares (ou “mon- tantes*) das lajes dos subsolos ¢ do térreo, geral- ‘mente sem excentricidades maiores e, portanto, sem vigas de equilibrio (Figura 6.12a).. No segundo caso, pode-se afastar das divisas as paredes do subsolo, de maneira a executé-lo de forma segura, corrigindo no nivel do térreo a ex- centricidade dos pilares da divisa através de vigas de transicao (Figura 6.12b). Sistemas de Escoramento Combinados a Fundagées ‘© sistema de escoramento pode ser combinado as funcgbes de pilares de divisa. Exemplos ckissicus Sio: 1. perfis metilicas de fundlacao de pilares © que ser ‘vem para contengiio da escavacio pelo sistema de per ‘fis e pranchées, "\émina’ fay divisa (o) Fig, 6.12 - Skuagbes especiais: (a) Amina afastada das divisas e (b) subsolo com afastamento das divisas 2. paredes-diafragmas que servem de fundagao ¢ de contenclo; 3. paredes de estacas justapostas que servem de fundagio ¢ de contencio: [estes casos, 05 elementos sob (out junto) dos pi lares poderio ser, eventualmente, mais profundos, Laje de Fundo de Subsolo Uma questo importante nos prédios com subsolos que ultrapassam o nivel d'igua é a laje (Fig. 6.13b), Fundacées Compensadas Sio chamadas fiandagdes compensadas aquelas que tiram proveito do alivio de pressdes no solo decorrente dla escavacio de subsolos. Alguns pro- as utilizam em seus caleulos de recalques uma UE hBw FILTRO (bo) Fig, 6.13 - Solugées para a laje de funco de subsolos pressio liquida igual la pela fun- ‘dagio menos a pressio de terra escavada. f dis cutivel se este alivio pode ser considerado inte- gralmente, No método de cilculo ce recalques de fundagdes em areias de Burland e Burbidge (1985), por exemplo, o alivio a considerer € de 2/3 da pressio de terra escavada. De qualquer forma compressibilidade clo solo que fica abaixo de uma 10 € bastante reduzida uma vez que trata de material sobreadensado (além de um even tual sobreadensamento natura, 6.5.4 Edificios em Encostas © grande problema da fundacio de edificios ‘em encostas, na realidade, é o da estabilidade da encosta onde ele sera construido. Se a encosta for estivel, as questoes que advém de uma superficis de terreno inclinada sito simples de se resolver. A Figura 6.14 mostra duas destas questdes: (i) a de que no calculo da capacidade de carga a superti- ie inclinada do terreno precisa ser considerada e Gi) a de que sapatas vizinhas nio devem ser im- plantadas em niveis muito diferentes. No pri meiro caso, as solugdes mais gerais para capaci dade de carga de sapatas, como a de Vesic (1975), incluem um fator redutor que € fungio da inclinagio do terreno. No segundo caso, pode-se adotar uma regra simples, como aquela mostrada na Figura 6.14. Uma outra questo, no caso de fundagoes em inima de implanta- precisam concercAo De ovens ve runoacces | 219 ser implantadas a uma profundidade que as colo- ‘que a salvo basicamente de variagdes sazonais de volume do solo, agdes de raizes de drvores e ero- sdes. Em geral, uma profundidade de 1,5.m & su- ficiente, Nas encostas, as fundagées precisam ser implantadas a uma profundidace tal que tamixtm as proteja de movimentos das camadas superficiais. E comum que as camads mais superficiais de uma encosta estejam sujeitas a um movimento lento as vezes chamado de “rastejo" ou creep), geral- mente associado a variagdes de nivel <'iguia. importante que se estude cuidadosamente 0 per- fil do terreno, seus) aquifero(s), para entio se escolher a profundidade de implantacdo das fun- dagdes. Em certas circunstancias, fundagdes su perficiais nao sto possiveis ¢ tubulbcs ou estacas precisam ser adotados. No caso dle estacas, aque- las de maior secio devem ser preferidas. mi asa Fig. 6.14 -Alguns problemas com a implantagao de fundagées em encostas Ao se falar em encosta estivel para edificacio, surge a questio do fator de seguranga (ao deslizamento) «ser aceito. Seria razoavel exigir- se um fator cle seguranga da mesma ordem da- quele exigido para a perda da capacidade de care ga da fundagio. Esta exigéncia, entretanto, frequentemente leva a custos de obras de estabili- zacio elevados, ¢ © projetista pode se ver sob pres- io do proprietirio ou incorporador. A questi dos estudos de estabilidade de en- costas € 0 projeto de obras de estabilizagio esti fora do escopo deste capitulo. Apenas para ilus- ‘war, apresentamos na Figura 6.15 as medidas estabilizantes mais adotadas, a saber 1. corte para alivio do topo; 2. bermas no pé do talude (atengao para a drenagem!; 220 | ruscacoes: reowAe meAtiCn 3. drenagem profunda por meio de drenos sub- horizontais perfurados, wuavizacao da encosta por mei ce pequenos cores; sendo que todas estas mediclas — adotadas isclada- mente ou combinadas— devem ser complementadas por drenagem superficial Para fundagdes em encostas, 0 engenheiro deve consltar um gedlogo de engenharia 4 de uma série 6.5.5 Edificios Industr A Figura 6.16 ilustra alguns problemas tipicos de fundacio de edificios industrais: 1. grandes vaos, 0 que dificulta a utilizagaio de Cintas e vigas de equilibrio, fazendo com que cada fundagio deva ser estivel por 2. pilares altos, sujeitos a momentos (devidos a pontes rolantes, vento etc.) 3. miquinas que provocam vibragées permanent {es (motores, compressores ete.) ou transientes (prensas, forjas ec.) |. miquinas para trabalho de preciso, sensi- veis a deformagdes (recalques, rotagbes) ¢ vi- bragde: Freqdentemente se tem numa indistria, a pe- ‘quena distancia, os dois tipos de maquinas descri- tos acima, fazendo com que se tenha que projetar ‘um sistema de isolamento de vibragdes, quee pode Fig, 6.16 Problemas tipicos em edificios industrials ser executado na miquina geradora das vibracé (chamado ssolamento ativo) ou na maquina sensi- vel As vibragdes (isolamento passtv0). © projeto de fundagdes de maquinas € um capitulo especial da engenharia de fundagdes € para um estudo do assunto 0 leitor ido a alguns textos clissicos como Barkan (1962), Major, (1962), Richart et al. (1970) ¢ Srinivasul € Vaidyanathan (1976). 6.5.6 Pontes e Viadutos Os viadutos, assim entendidas as obras-de-arte ‘em regilo urbana que nao transpdem rios ou 0 tras massas de gua, no apresentam problemas de fundagio que diferem de outras obras em ter- a, a menos talvez dos esforgos que chegam as fundagdes. J4 as pontes, que tem pelo menos par- te de stia extensio cruzando massas d'igua, apre sentam problemas especiais de execugao de s fundacées. Passar-se-4 a discutir apenas as funda- goes de pontes. Um dos primeiros aspectos a considerar na es colha de uma fundagao de uma ponte é a erosio, projetista deve buscar informagies sobre 0 re- gime do rio, como niveis d'igua maximos € mini- mos, velocidades miximas de escoamento etc. além da hist6ria de comportamento de fundagdes de outras pontes nas proximidades. Também aqui © engenheiro deve consultar um gedlogo de en- genharia, Este aspecto freqientemente impde uma. Tundagio profunda, uma vez que uma solugio em, concer¢ho 0¢ oBws o¢ runonctes | 221 fundagao superficial € afastada pelo risco de sola- pamento de sua base. Outro aspecto a considerar € 0 tipo de acesso a ponte, como mostrado na Figura 6.17. No primei- ro tipo a ponte tem extremos em balango e o ater- ro de acesso tem saia ou talude. Outro tipo € 0 que adota encontros, nos quais se apbiam as ex- tremidades da ponte. Na ocorréncia de argila mole na regiio des acessos, as fundagdes serio natu- ralmente em estacas, ¢ estas estacas estario sui tas a0 chamade efeito Tebebotarioff, que sera mais severo no caso de encontros. Outro aspecto importante é a questo do méto- do executivo, que poderi restringir as opgdes de fundagao. O método executivo est intimamente ligado a disponibilidade de equipamentos. Assim, dada a locacc dos pilares da ponte, passa-se a estudar, juntamente com a capacidade dos elemen- tos de fundagio de transmitir os esforgos da es- trutura, a maneira de executar tais elementos de fundacio. A Figura 6.18 mostra algumas destas maneiras. Quando os pilares esto proximos das margens € possivel se utilizar bate-estacas con- vencionais sobre plataformas provisbrias de ma- deira (Figura 6.18a) ou bate-estacas (de queda li- ‘re ou automaticos) que atuam suspensos por lan- ‘sas de guindastes Figura 6.18b). Jé pilares distan- tes das margens podem ter suas fundagdes execu- tadas a partir de flutuantes (Figura 6.18¢) ou pla- taformas auto-elevatbrias (Figura 6.18d), As plata- formas provis6rias, 0s flutuantes ¢ as platafo:mas auto-elevat6rias podem servir também para a exe- cugio de tubuldes, Aliss os tubuldes a ar compri- mido continuam a ser uma das solugdes mais adotadas na fundacao de pontes no Brasil. Iso se ‘explica em parte pelo baixo custo dos equipamen- tos utilizados nesta solucto. tc) : Fig, 6.18 - Solugbes para execugao de fundagBes de pontes 222 | runoncoes:TeORAE PRATIN (b) REFERENCIAS BARKAN, DD. (1962), Dynamics of bases and foundations, ‘McGraw-Hill Book Co. Ine, New York BURLAND, J.B. and BURBIDGE, SLC, 1985, ‘Settlements of foundations on sand and grave! Proc. of te Institution of Cuil Engincors, Deveriber. MAJOR, A. (1962), ibrar anahsiscnad ds of foundations Jor machines and turbines, Sadia Kado, Budapest, Colles Holdings ta , Leadon APENDICES Apéndice 1 Presses de Trabalho para Pré-dimensionamento de Fundacées Superficiais Tabela 2 |Pressdes basicas da norma NBR 6122/96 Classe Descrigdo ‘iitoi T | RoeRa ora se | laminageesou sinatde 2 | decompose ao 1s Rochaslaminadas, com pequenas 3 | tasuras. estatticadas ver Rochas atteradas ou em nota 4 | aecomposi-ao Solos granulares 10 5 | concrecionades/c onglomerados Solos pearegumososcompactose | 06 ‘muro compactos Solos peareguinosos fotos 03 ‘Arews muito compactas os, ‘Areas compactas 04 ‘Areas medanamente compactas | 02 ‘Aigias auras 03 ‘Aigias rs oz ‘Aigéas meas a1 Sites duos (muco compactos) 03 Sates jos [eompactos) oz Sites médios {medianamente on compactos) Nota: Para rochas alteradas ou em decomposicdo, conside- ‘fara natureza da rocha matriz eo grau de decompos+ ‘20, €, ainda, a continuidade da rocha, sua inckne- 20 ea infuéncia da atitude da rocha sobre aestabi- age A norma NBR 6122/96 recomenda cuidados especiais com solas expansions e solos colapsiveis. Quando se encontram abaixo da cota de fun- dagio, até uma profundidade de duas vezes a RICHART, FE Je, HALL, JRJe and WOODS, RD. (1970), Vibration of soils and foundations, Prentice-Hall Englewood Clits SRINIVASULU, P and VAIDYANATHAN, CV. 0970), Hamubool of machine foundations, Tata McGraw-Hill Publishing, Co, lid, New Dehli, EMC, AS., (1975), Bearing capacity of shallow foundations Ch3 in Foundation Engineering Hanebook (edited by HUE. Winterkoon and H.-Y. Fang), Van Nostrand Reinhold Co,, New York, pp. 121-147, largura da construcio, apenas solos granulares (classes 4a 9), 2 pressio admissivel dada na Tabela 2 (valida para fundacdes ce 2m de lar gura) pode ser aumentada — no caso de cons- trugaes nao sensiveis a recalyues — em fungao ia largura da fundagio até um maximo de 2,50, No caso de construgdes sensiveis a recalques, deve-se fazer uma verificagio do efeito desses recalques ou manter 0 valor da pressio admissivel igual ao valor da tabela. Para largu feriores a 2 m deve ser feita uma pequena redugao indicada na norma. As pressoes da Ta- bela 2 para os solos granulares sio indicadas quando a profundidade da fundagio, medida a partir do topo da camada escolhiida para assen- tamento da fundagio, for menor ou igual a 1 m, quando a fundagio estiver a uma profundidade maior ¢ for totalmente confinada pelo terreno \djacente, os valores basicos podem ser acres idos de 40% para cada metro de profundidade nde I'm, limitade ao dobro do valor da t As majoragdes deseritas avima nao podem ser consideradas cumulativamente se ultrapas- sarem 2.5.0, As pressdes da Tabela 2 para solos argilosos (classes 10 a 15) sao aplicaveis a um corpo de io nio maior do que 10 my. Para areas carregadas maiores, ow na fixaclo da pressio média admissivel sob um conjunto de corpos de fundago ou a totalidade da comstrugio, deve- se reduzir os valores da tabela de acordo com "onde A = area total da parte Jefada, ou da construgio inteira em m ‘concercAo o€ oes ¢ runoacoes | 223 Apéndice 2 Tipos mais usuais de estacas e suas cargas de trabalho (para ef projeto, consultar firmas executoras; a = tensao de trabalho) 10 de anteprojeto; para ESTACAS CRAVADAS DE CONCRETO TIPO DE ESTACA ‘DIMEN: TARGA] CARGA roy Usual tt) | MAX, fem) (et PREMOLDADA VIBRADA 20x20 25 35 | Disponivss ate 8m. Quadrada 25x25 0 55 | Podem ser emendacas 6 = 69.290 kgtvem? 30x30 55 20 35x35 80 100 ‘PRE MOLDADA VIBRADA 922 30 40 | Oisponiveis axe 10m. ireutar 02 50 60 | Podem ser emenaacas = 50a 110 kate? 033 70 80 | Podem ter furo central 'PREMOLDADA PROTENDIDA 920 25 35 | Disponives até 12 m. ireular 025 50 60 | Podem ser emenacas. = 100.2 140 kgvem? 033 70 20 | Comsuro central foces) PREMOLDADA 920 25 30 | Disponiveis ace 12 m. CENTRIFUGADA 026 40 50 | Poaem ser emendaaes. 62998 110 Kgtem? 933 60 75 | Com furo cena focas) 942 90 115 | eparedes de 6 a 12 em. 950 130 170 960 170 230 TIPO FRANK 935 60 100 | Tubos até 25m (podem 6 = 60. 100 kgtvem? 240 75 130 | ser emendados) 952 130 210 | Cargas maioresrequerers 960 170 280 | armacuras/bases especias 224 | runoncdes:TeoRns raATIA ESTACAS DE AGO CRAVADAS TWO DEESACR WOT TARGA WAR DIMENSAO. 0 TRIOS USADOS TR 25 20 800 kgtvem? TR 32 5 Ra 30 wa Tas Ey R50 70 Die 32 50 237 oo Ie a2 75 3137 0 Ws PERAS Te H ne 0 at 92 800kgt/em? 1 30 ws {coneto : descontar 1,5 mm 11o7 0 a7 para conosdoe apicar ne o 9 = 1.200 kgivem2) 210 oo Fe 120 ESTACAS MOLDADAS IN SITU COM PRE-ESCAVACAQ TIPO DE ESTACA DIMENSAO] _CARGA | _ CARGA aE (em) USUAL (tf) | MAX. eo TIPO STRAUSS 25cm 20 Nao s80 ndicadas na 6 = 40 kote? ea2em 30-35 locorréncia de argeas 38cm 6 smuto motes 45cm oS TIPO RAIZ 7 30 40 ‘idmetro acebadog 20 «mm 100 kate? 022 50 oo ‘Giametro acebadog 25 em 927 70 30 ‘Giameito acrbadog30 em 032 100 110 ‘ibmetro acebado $35 em concercho ve osersce runoncées | 225 ESTACAS ESCAVADAS pmensio | carca | carca PO DEESTACA USUAL MAX. ons. fem) rc tn TPO BROCA™ 920 10 15 | Bxecutadasaté oN, 9 = 302 40Kgt/em2 os 5 20 ESCAVADAS, 90) 0 140__| Escavagao estabizada com circ wanes 38 150 250_| lama oucamisa de aco. 0 = 30.2 SOkgt/cm? 9100 70 390 9120 30 60 TESTACAS-DARRAGMAS, 40%250 500 Excavacdo esabivada ‘ou"BARnETTES" 0x250 750 com bma. 0 = 30a Sokgi/em? 80x 250 7000 700x250 1250 2.26 | runoacors: TeorAe PRATICA

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