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Apostilacompletafinalizada 140619142135 Phpapp02 PDF
Apostilacompletafinalizada 140619142135 Phpapp02 PDF
JOSÉ DE SOUZA REIS FILHO (Engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente) CREA-MG: 21 900
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JRK OCUPACIONAL
NR 10
Curso Básico - 40 Horas
Curso Complementar
SEP - 40 Horas
Curso de Reciclagem
16 Horas
Módulo C
1. Condições Impeditivas para Serviço
3. Análise de Risco
4. Procedimentos de Trabalho
3
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO A
[1- Organização do SEP (*)
[ 2 - Organização do Trabalho
2.1 Programação e Planejamento dos Serviços
2.2 Trabalho em Equipe
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação
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1. Organização do Sistema 10.7.9 - Todo trabalhador em instalações elé-
tricas energizadas em AT, bem como aqueles
Elétrico de Potência envolvidos em atividades no SEP devem dis-
por de equipamento que permita a comunica-
ção permanente com os demais membros da
equipe ou com o centro de operação durante
Principais Pontos da NR 10 a realização do serviço.
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Regulamentações do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE:
NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO B
Aspectos Comportamentais
1.1 - Cultura Organizacional
1.2 - Comportamento de Risco
1.3 - Medidas de Controle
Segurança Comportamental
Em Serviços com Eletricidade
Sumário
Reconhecendo e Avaliando
A mudança comportamental com foco na os Riscos
segurança do trabalho e a melhoria constan-
tes no ambiente de trabalho constituem uma
ferramenta eficaz na prevenção de aciden-
tes dentro das empresas e poderá ser usa-
da como estratégia para alcançar metas, tais
como, redução de perdas, redução de aciden-
tes, redução de custos, os quais irão incidir
diretamente no lucro das empresas.
Reconhecendo e Avaliando
os Riscos
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- Sinalização de segurança inexistente, deficiente - Ao se encaminhar para a poltrona, você se
ou inadequada;
preparou, calculou ou mediu a distância que
- Falta de comprometimento, negligência ou omissão
por parte das pessoas envolvidas. teria que percorrer?
- Abriu a porta da sua casa ao entrar ou ela já
estava aberta?
Prejuízos Causados pelos Aciden-
tes de Trabalho BOA força do hábito
- Estilo MANIPULADOR.
- Valoriza o outro através de frases que pretende
que sejam humorísticas e que denotem inteligência
e cultura;
- Utiliza a simulação como instrumento. Nega fa-
Principais estilos pessoais de tos e inventa histórias para mostrar que as coisas
comunicação: não são da sua responsabilidade;
- Fala por meias palavras;
- Estilo PASSIVO: - É mais hábil em criar conflitos no momento
oportuno do que reduzir as tensões existentes;
- Sente-se bloqueado quando lhe apresentam um - Tira partido das leis e das regras, adapta-o aos
problema para resolver; seus interesses e considera que, quem não o faz é
- Tem medo de avançar e de decidir porque receia estúpido;
a decepção; - Emprega freqüentemente o “nós” e não o “eu”;
- Tem medo de importunar os outros; - Apresenta-se sempre cheio de boas intenções.
- Deixa que os outros abusem dele;
- O seu “time” é o time do ambiente onde está
inserido;
Comportamento na Empresa:
- Ele tende a fundir-se com o grupo, por medo.
POSTURA PROFISSIONAL
- Estilo AGRESSIVO; Comportamento que pode pesar mais que o próprio
desempenho do indivíduo na empresa.
Procura:
- Dominar os outros;
Administrando Conflitos no Trabalho
- Valorizar-se às custas dos outros;
- Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que
1. Fase inicial
os outros fazem e dizem.
- Antes de tratar um conflito é necessário:
- Levantar os indícios, dados e fatos pertinentes,
- Em posição dominante: autoritarismo, frieza, me-
e discuta com as pessoas envolvidas.
nosprezo, intolerância;
- Mostre às pessoas envolvidas os benefícios po-
tenciais do tratamento do problema.
- Em posição subordinada: contestação sistemáti-
- Ouça atentamente, encoraje-as, desfazendo as
ca, hostilidade “ a priori” contra tudo o que vem
defesas e as resistências.
de cima.
- Tendo conseguido a adesão significativa, o con-
flito está maduro e pronto para ser tratado.
COMO IDENTIFICAR:
- Passe, então, para a fase seguinte.
- Fala alto;
- Faz barulho com os seus afazeres enquanto
POSTURA NO ATENDIMENTO A OUTRA PESSOA
os outros se exprimem;
- Seja objetivo;
- Não controla o tempo enquanto fala;
- Chame sempre seu interlocutor pelo nome;
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- Olhe nos olhos; Bullying no Ambiente de Trabalho
- Mostre-se interessado em atendê-la;
- Não desvie o assunto após “quebrar o gelo”. É uma brincadeira que não tem graça.
Quem sofre com o bullying é o perseguido, o hu-
EVITE ATITUDES TAIS COMO: milhado e o intimidado.
- Prometer e não cumprir
- Indiferença e atitudes indelicadas Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos...
- Não ouvir - Ocorre principalmente nos ambientes de
- Dizer que ele não tem o direito de estar trabalho e familiar;
“nervoso” - Apresenta atitudes intencionais e repetidas
- Agir com sarcasmo e prepotência (às vezes agressivas);
- Questionar sua integridade - São tradicionalmente admitidas como naturais;
- Discutir - Habitualmente é incorporado ou não valorizado
- Não dar retorno pelos colegas e supervisores.
- Usar palavras inadequadas
- Apresentar aparência e postura pouco
profissionais EXEMPLOS DE AÇÕES QUE PODEM ESTAR
PRESENTES NO BULLYING
MANTENDO UM BOM RELACIONAMENTO PESSOAL
É todo comportamento que afeta negativamente - Colocar apelidos - Ofender
a produtividade e a harmonia de um ambiente de - Zoar - Gozar - Encarnar
trabalho. - Sacanear - Humilhar - Chutar
Os conflitos surgem , geralmente , pela elevada - Fazer sofrer - Discriminar
intensidade das insatisfações - Excluir - Isolar - Ignorar
- Intimidar - Ferir - Roubar
- Perseguir - Assediar - Bater
CAUSAS DOS CONFLITOS NO AMBIENTE - Aterrorizar - Amedrontar
DE TRABALHO - Tiranizar - Dominar - Agredir
- Empurrar - Quebrar pertences
- Competição entre pessoas por recursos disponí-
veis, porém escassos; Características da vítima do Bullying:
- Divergência de alvos entre as pessoas; - Passiva ou retraída;
- Tentativas de autonomia/libertação de uma das - Medrosa e não participativa;
pessoas em relação a outra. - Com falta de sono ou pesadelo;
- Com dificuldade de atenção;
- É o centro das atenções (negativas) dos
ADMINISTRAÇÃO DOS CONFLITOS? colegas;
- Apresenta impulsividade ou agressividade
Estimular a competitividade saudável (às vezes).
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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO C
1. Condições Impeditivas para Serviço
3. Análise de Risco
4. Procedimentos de Trabalho
5. Liberação de Equipamentos
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1. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS exposição do trabalhador, mesmo que tenha
PARA SERVIÇO que utilizar do direto de recusa.
Todo e qualquer elemento que ocasione riscos Pode ser negociado com a operação medidas
para a segurança e saúde dos trabalhadores para desenergizar o circuito com rápido des-
deverão ser tratados como condições impedi- ligamento do sistema elétrico para remoção
tivas para serviços, dessa forma temos: do agente de risco ou reprogramar o desliga-
mento e o serviço.
Agentes Biológicos: Soluções de Engenharia são sempre reco-
- Presença de Animais – é muito comum em mendadas para evitar entrada de animais e
canaletas cabos e mesmo dentro de cubículos aproximação de partes energizadas que de-
a presença de animais. Estes animais podem vem estar segregadas dentro de cubículos
apresentar riscos para o trabalhador caso se- evitando assim qualquer contato acidental.
jam peçonhentos (cobra, aranha, escorpião
etc...) e outros animais podem representar Agentes Físicos:
situação de perigo com algo grau de risco
pela proximidade de barramentos energiza- - Ruído – Não é característico do SEP apre-
dos , particularmente dentro de cubículos. É sentar níveis de ruído que venha a compro-
bom lembrar que Ratos, Gambás, Micos, ga- meter a saúde auditiva do trabalhador. Os
tos, Cobras e outros animais costumam en- ambientes que apresentam níveis de ruído in-
trar nos cubículos e provocar curto circuitos salubres normalmente estão no ambiente da
e arco elétrico com explosão e emissão de geração de energia, tendo o Gerador como
radiação com gases em altas temperaturas. principal de fonte de ruído. Os projetos mod-
ernos já fazer um bom controle na fonte de
- Ocorrem também situações de maribondos geração com encapsulamento e adoção de
e Abelhas que exigem técnicas apropriadas barreiras de isolamento acústico de forma a
de remoção. fazer a contenção dos ruídos gerados.
- Recomendamos sempre o respeito a Fauna Mas existem ainda em operação instalações
Local com os devidos cuidados quanto a As- antigas , onde o nível de automação ainda é
pectos e Impactos Ambientais . Existe legis- baixo e equipamentos ruidosos ainda colocam
lação pertinente com responsabilidade civil e a saúde auditiva do trabalhador recebe doses
criminal para crimes ambientais. excessivas segundo a NR 15 e que requerem
a utilização de protetores auriculares. (as vez-
es usam dupla proteção auditiva – protetor
- O corpo de bombeiros, policia florestal , tipo plug + protetor tipo concha)
IBAMA e outros órgãos prestam serviços Os famosos carregadores de bateria (antigos)
nesta área. ainda apresentam altos níveis de ruído, par-
ticularmente nos horários vespertino e no-
O que fazer então em tal situação ? Usar do turno quando o ruído de fundo fica bastante
direto de recusa ? reduzido.
Nestes casos recomendamos sempre a solução Enfim , a recomendação é fazer um laudo téc-
que garanta a segurança dos trabalhadores e nico com o levantamento dos níveis de ruído
do sistema elétrico. Providências imediatas da instalação e caso estejam acima dos níveis
devem ser tomadas no sentido de evitar a aceitáveis.
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(NR 15 ) adotar as devidas medidas de con- a saúde do trabalhador, portanto recomenda-
trole (EPI,s , EPC,s ) e se for o caso , remover mos recursos apropriados para trabalhos em
a fonte de ruído como medida de engenharia altura (andaimes, plataformas elevatórias e
de segurança e saúde ocupacional. outros) no sentido de manter o conforto para
atividades que requerem longos períodos em
- Radiações : A exposição a radiações ultra uma mesma posição.
violetas pode provocar câncer de pele e a re-
comendação para trabalhos no SEP ao ar livre No SEP é comum trabalhos em altura em
é a utilização do filtro solar conforme fator re- função das distancias de segurança (área de
comendado pela área de medicina ocupacio- risco e controlada) com relação ao potencial
nal da empresa com a respectiva hidratação de terra e pessoas.
em dias de muito calor. O atual cinto de segurança ; tipo paraque-
dista, com recurso anti queda e linha de vida,
- Umidade – Não combina com eletricidade melhorou muito a segurança do eletricista
para efeito da segurança do trabalhador, por- quanto ao conforto tanto na subida quanto
tanto em situação de forte chuva com descar- na descida.
gas atmosféricas o serviço pode ser suspenso
e reprogramado. Obs. É considerado trabalho em altura , ativi-
dades realizadas acima de 1,80 metros do solo
- Agentes Químicos – Em salas de bateria conforme a portaria 3214 do MTE . Algumas
é comum a presença de agentes químicos e empresas são mais rigorosas e adotam va-
portanto nestes ambientes é muito impor- lores acima de 2,00 metros (ex, VALE).
tante a utilização dos EPI,s apropriados para
lidar com produtos químicos (luvas, óculos - Riscos de Transporte de Pessoal
e outros). Lembramos que bateria explode É muito comum o registro de acidentes en-
e portanto , sempre que entrar em salas de volvendo veículos em empresas que fazem a
bateria deve-se utilizar dos recursos de ven- manutenção e operação do SEP em função
tilação para retirada de gases presentes no das longas distancias a serem percorridas.
ambiente, particularmente as subestações ou Estes acidentes ocorrem as vezes por falha
instalações elétricas automatizadas e fecha- mecânica dado a envelhecimento da frota ou
dos por longos períodos. falta de manutenção.
Obs. O Ascarel é proibido e portanto se exis- Mas o que se verifica na prática são acident-
tir bancos de capacitores ou transformadores es decorrentes do comportamento de risco
com este tipo de liquido isolante, é impor- do condutor do veiculo. Um dos fatores que
tante verificar a existência de vazamentos e tem levado a muitos acidentes com veículos
evitar qualquer contato. Cuidados ambientais é o USO DO CELULAR AO VOLANTE, aliado
devem ser tomados para remoção deste re- a pressa ou falta de tempo para estacionar o
síduo perigoso. veiculo. Lembramos que a PRESSA é sinal
dos nossos tempos e que é inimiga da per-
- Riscos Ergonômicos – As posturas de feição, e mui amiga do ATALHO ou Jeitinho
trabalho envolvendo atividades de eletrici- de chegar mais RÁPIDO.
dade, particularmente trabalhos em altura ,
onde exige do trabalhador longos períodos Grande empresa do setor de mineração im-
apoiados única e exclusivamente em cintos de plantou recentemente um sistema chamado
segurança, podem comprometer seriamente RAC – Requisitos de Atividade Crítica e uma
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das atividades críticas é a condução de veícu- Somente será autorizado a trabalhar com
los dentro e fora das minas. Eletricidade ou em suas proximidades os tra-
O transporte de pessoas junto materiais e eq- balhadores que tenham realizado com suces-
uipamentos no mesmo compartimento não é so os treinamentos estabelecidos pela NR 10
recomendado devido aos riscos envolvidos em seus anexos 1e 2 respectivamente (Cur-
em caso de impacto e contato com partes so Básico e Complementar – SEP , ambos
cortantes expostas. Ex. Pessoal de Limpeza de 40 hs) . O curso de Reciclagem deve ser
e Aceiro de Faixa de Servidão carregar Facão, ministrado caso de afastamento da função
Foice, Motoserra e outros recursos para pode (90 dias) , mudança de função ou ambiente
de arvores junto com a equipe de trabalho. As ocupacional.
vezes sobre banco de passageiros.
Mesmo tendo conhecimento dos riscos en-
Enfim , embora a gravidade da fonte de en- volvidos o eletricista pode tocar acidental-
ergia elétrica seja altíssima , devemos cuidar mente ou aproximar acidentalmente de partes
também dos agentes que possam impedir a energizadas. A aproximação de partes energi-
realização do serviço de forma segura. zadas , particularmente no SEP, é possível de
ocorrer acidentalmente pelo uso de ferramen-
6. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS tas e equipamentos. Neste caso a utilização
de medidas de controle é fundamental.
Riscos Típicos no SEP e sua prevenção:
a) Proximidade e Contato com Partes Temos como medidas de controle a sinaliza-
Energizadas ção e delimitação da área de serviço através
b) Indução da instalação de Barreiras Isolantes que são
c) Descargas Atmosféricas fabricadas em cores vivas e de cor alaranjada
d) Estática de forma a evitar que o trabalhar possa subir
e) Campos Elétricos e Magnéticos a estrutura e entrar no circuito energizado. A
f) Comunicação e Identificação instalação de Barreiras isolantes é obrigatório
g) Trabalhos em Altura , Máquinas e segundo a NR 10, sempre que existir o risco
Equipamentos Especiais de violação da distância de segurança con-
forme tabela abaixo:
a) PROXIMIDADE E CONTATO COM
PARTES ENERGIZADAS:
C) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Em caso de manobras no sistema para iso- Em alguns sistemas as manobras podem ser
lamento elétrico e desenergizaçao do circuito realizadas remotamente e com confirmação
a ser trabalhado é importante que haja emis- do estado de aberto ou sem carga pela equi-
são de seqüência que pode ser acompanhada pe local , que pode ser tanto da operação
pelo supervisor da equipe de manutenção que quanto da manutenção. É comum nas gran-
assina os documentos de liberação de serviço des empresas que atual no SEP , a figura do
ou equipamento. OPERADOR INTINERANTE que acompanha a
O perfeito entrosamento entre equipes de equipe de manutenção e promove a liberação
manutenção e operação é fundamental para dos equipamentos no local e inclusive auxilia
a segurança das atividades tanto na liberação na instalação dos conjuntos de aterramento.
do equipamento para manutenção quanto na A NR 10 é clara no sentido de quem deve
entrega do equipamento pelo pessoal da ma- promover os recursos de bloqueio de impe-
nutenção após realização dos serviços. dimento de energização, teste de ausência
de tensão, instalação de conjuntos de ater-
5. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ramento e sinalização de área é a equipe de
manutenção.
A Liberação de equipamentos é um procedi-
mento administrativo do SEP que tem como Reuniões periódicas (semanais) entre pro-
objetivo liberar equipamentos de transforma- gramadores da operação e manutenção são
ção, manobra, proteção e controle, medição, recomendadas no sentido de promover de
sistemas de telecomunicação e outros para forma segura o fechamento das Ordens de
intervenções nas Usinas , Subestações, Li- Serviço com os pedidos de liberação de equi-
nhas de Transmissão e Distribuição. pamentos.
A Liberação de Equipamentos (PLE) do SEP
para manutenção esta associada a uma Or- Vale lembrar que algumas liberações de equi-
dem de Serviço (OS) e a uma Permissão para pamentos que envolvem baixos níveis de ris-
Trabalho (PT). co para pessoas e equipamentos podem ser
realizadas com permissão de trabalho no lo-
Todos estes documentos tem conformidade cal (PT local) que conhecimento e autorização
técnica e legal e devem ser assinados pelo do pessoal da operação.
Responsáveis Técnicos da Operação e manu- Hoje existem vários mecanismos promovidos
tenção do SEP. pelas facilidades de comunicação via intranet
Fazem parte deste ritual de liberação de servi- e outros que agilizam com segurança a libe-
ração de equipamentos do SEP.
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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO D
1.Técnicas de Trabalho sob Tensão
A) Em Linha Viva
B) Ao Potencial
C) Em Partes Internas
D) Trabalho a Distância
E) Trabalhos Noturnos
F) Ambientes Subterrâneos
2. Equipamentos e Ferramentas
de Trabalho
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1. TÉCNICAS DE TRABALHO
SOB TENSÃO
Recomendações Gerais:
As atividade em instalações elétricas energiza-
das podem ser realizadas mediante a adoção
de procedimentos que garantam a seguran-
ça dos trabalhadores. Nessas condições de
trabalho, as atividades podem se desenvolver
mediante três métodos, abaixo descritos, os
quais serão tratados neste modulo:
Neste caso , o trabalhador adentra a zona de
- Método ao Contato risco e faz contato direto com o potencial,
- Método ao Potencial necessitando portanto de adoção de técnicas
- Método a Distância e recursos especiais para que efetiva garantia
da não ocorrência de diferença de potencial
Recomendações Específicas: entre o eletricista e a rede. Pode-se observar
a) Intervenções em instalações elétricas com na figura acima a utilização de mangas e lu-
tensões acima de 50 Vca ou 120 Vcc , con- vas isolantes de forma a garantir a segurança
sideradas extra baixa tensão ou tensão de do trabalhador.
segurança , somente poderão ser realizados
por profissionais qualificados, habilitados e È importante que todos recursos obedeçam
autorizados conforme recomenda item 10,8 as respectivas classes de tensão para cada
da NR 10. nível de tensão sob intervenção para serviços
ao contato no SEP.
b) Os trabalhos em instalações energizadas
devem obedecer condições mínimos de umi- Neste trabalho o eletricista fica no potencial
dade relativa do ar e outros parâmetros no intermediário, isolado do potencial de terra
sentido de garantir a efetividade do isolamen- através de escadas isolantes, plataformas ou
to dos circuitos. cestas aéreas.
Existe equipamento portátil apropriado no Andaimes isolantes são utilizados para esta
mercado que possibilita este controle. finalidade com sistema de monitoramento
através de miliamperimetros que monitoram
Também segundo a NR 10, devem ser provi- os níveis de corrente de fuga. Também deve
denciados testes com periodicidade anual em ser realizado rigoroso controle da umidade
laboratório com emissão de certificado. relativa do ar através de termohigrômetros.
TRABALHOS NOTURNOS
ATIVIDADES SUBTERRANEAS
CONCEITO:
As varas de manobra e bastões isolantes tem
por objetivo garantir a distancia de segurança
EPI’s para proteção do corpo inteiro e o isolamento necessário nas intervenções
Vestimenta condutiva para serviços ao poten- em instalações elétricas.
cial (Linha Viva) São portanto , ferramentas e , ao mesmo
tempo, equipamentos de segurança coletiva.
INFORMAÇÕES GERAIS:
As varas de manobra mais usuais suportam
uma tensão de 100 kV por metro;
Sujeiras e umidade, reduzem drasticamente
o isolamento, por isso, antes de serem usa-
das , devem ser limpas de acordo com os
EPI’S PARA MEMBROS INFERIORES procedimentos respectivos;
Calçados condutivos: Destinam-se a prote- Outro aspecto importante é o acondiciona-
ger os trabalhadores quando em atividades mento para o transporte, que deve ser ade-
em “Linha Viva”. Possuem condutor metálico quado;
para conexão com a vestimenta condutiva de Para tensões acima de 60 kV devem ser tes-
trabalho tadas quanto à sua condutividade antes de
cada uso, com instrumento apropriado.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Tensão máxima: de 20 a 500 kV
Comprimento Total: de 1250 a 6450 kV
Diâmetro: de 25 a 38 mm
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APLICAÇÕES:
Operações de instalação e retirada de conjun-
to de aterramento e curto-circuitamento tem-
porária em linhas desenergizadas.
Manobras de chave faca e chaves corta cir-
cuito fusível
Colocação e retirada de cartucho porta fusí-
vel e elo fusível
Detecção de Tensão
Troca de Lâmpadas e elementos do sistema
elétrico
Poda de Árvores e Limpeza de Redes
INFORMAÇÕES GERAIS:
São fabricados com materiais isolantes, nor-
malmente em fibra de vidro e epóxi;
São segmentos (aproximadamente 1m cada)
que se somam de acordo com a necessidade
de alcance;
São providas de suporte universal e cabeçote,
onde na ponta pode-se , p.ex, colocar um de-
tector de tensão, gancho para desligar chave
fusível ou para conectar o cabo de aterramen-
to nos fios etc....
NORMAS APLICÁVEIS:
ABNT NBR 11854
ASTM F711
IEC 855
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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO E
- NR
- RESGATE DE ACIDENTADO
E PRIMEIROS SOCORROS
32
INTRODUÇÃO Combustível
É todo material que queima.
A Proteção Contra Incêndio é um assunto um São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que
pouco mais complexo do que possa parecer. os sólidos e os líquidos se transformam pri-
A primeira vista, imagina-se que ela é com- mei-ramente em gás pelo calor e depois in-
posta pelos equipamentos de combate à in- flamam.
cên-dio fixados nas edificações, porem esta é Sólidos
apenas uma parte de um sistema, é necessá- Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
rio o conhecimento e o treinamento dos ocu-
pantes da edificação. Estes deverão identificar
e o-perar corretamente os equipamentos de
combate a incêndio, bem como agir com cal-
ma e racionalidade sempre que houver início
de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda
ao Corpo de Bombeiros através do telefone
193.
TEORIA DO FOGO
Líquidos
Conceito de Fogo: Voláteis – são os que desprendem gases in-
Fogo é um processo químico de transfor- flamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool,
mação. Podemos também defini-lo como o éter, benzina, etc.
resulta-do de uma reação química que des-
prende luz e calor devido à combustão de Não Voláteis – são os que desprendem gases
materiais di-versos. inflamáveis à temperaturas maiores do que a
do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.
Elementos que compõem o fogo
Os elementos que compõem o fogo são:
- Combustível
- Comburente (oxigênio)
- Calor
- Reação em cadeia
33
Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combi-
na com os vapores inflamáveis dos combustí-
veis, dando vida às chamas e possibilitando a
expansão do fogo.
Compõe o ar atmosférico na porcentagem de
21%, sendo que o mínimo exigível para sus-
tentar a combustão é de 16%.
Convecção
Calor É quando o calor se transmite através de uma
É uma forma de energia. É o elemento que dá massa de ar aquecida, que se desloca do lo-
início ao fogo, é ele que faz o fogo se propa- cal em chamas, levando para outros locais
gar. quanti-dade de calor suficiente para que os
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um materiais combustíveis aí existentes atinjam
super aquecimento em máquinas e aparelhos seu ponto de combustão, originando outro
energizados. foco de fogo.
Reação em Cadeia
Os combustíveis, após iniciarem a combus-
tão, geram mais calor. Esse calor provocará
o desprendimento de mais gases ou vapores
combustíveis, desenvolvendo uma transfor-
ma-ção em cadeia ou reação em cadeia, que,
em resumo, é o produto de uma transforma-
ção gerando outra transformação.
PROPAGAÇÃO DO FOGO
Condução
É a forma pela qual se transmite o calor atra-
vés do próprio material, de molécula a molé-
cu-la ou de corpo a corpo.
34
PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES - Após a queima deixam resíduos, brasas e
DO FOGO cinzas;
- Esse tipo de incêndio é extinto principal-
Ponto de Fulgor mente pelo método de resfriamento, e as
É a temperatura mínima necessária para que vezes por abafamento através de jato pulver-
um combustível desprenda vapores ou ga- izado.
ses inflamáveis, os quais, combinados com o CLASSE B
oxigênio do ar em contato com uma chama, - Caracteriza-se por fogo em combustíveis
co-meçam a se queimar, mas a chama não líquidos inflamáveis;
se mantém porque os gases produzidos são - Queimam em superfície;
ainda insuficientes. - Após a queima, não deixam resíduos;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
Ponto de Combustão de
É a temperatura mínima necessária para que abafamento.
um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis que, combinados com o oxigênio CLASSE C
do ar e ao entrar em contato com uma chama, - Caracteriza–se por fogo em materiais/equi-
se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, pamentos energizados (geralmente equi-pa-
o fogo não se apaga, pois essa temperatura mentos elétricos);
faz gerar, do combustível, vapores ou gases - A extinção só pode ser realizada com agente
suficientes para manter o fogo ou a transfor- extintor não-condutor de eletricidade, nunca
mação em cadeia. com extintores de água ou espuma;
- O primeiro passo num incêndio de classe C,
Temperatura de Ignição é desligar o quadro de força, pois assim ele
É aquela em que os gases desprendidos dos se tornará um incêndio de classe A ou B.
combustíveis entram em combustão apenas
pelo contato com o oxigênio do ar, indepen- CLASSE D
dente de qualquer fonte de calor. - Caracteriza-se por fogo em metais pirofóri-
cos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.)
- São difíceis de serem apagados;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
de
abafamento;
CLASSES DE INCÊNDIO - Nunca utilizar extintores de água ou espuma
para extinção do fogo.
Os incêndios são classificados de acordo com
as características dos seus combustíveis. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Somente com o conhecimento da natureza
do material que está se queimando, pode-se Partindo do princípio de que, para haver fogo,
descobrir o melhor método para uma extin- são necessários o combustível, comburente
ção rápida e segura. e o calor, formando o triângulo do fogo ou,
mais modernamente, o quadrado ou tetraedro
CLASSE A do fogo, quando já se admite a ocorrência de
- Caracteriza-se por fogo em materiais sóli- uma reação em cadeia, para nós extinguirmos
dos; o fogo, basta retirar um desses elementos.
- Queimam em superfície e profundidade;
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Com a retirada de um dos elementos do fogo, cadeia. Este método consiste no seguinte: o
temos os seguintes métodos de extinção: ex- combustível, sob ação do calor, gera gases
tinção por retirada do material, por abafa- ou vapo-res que, ao se combinarem com o
mento, por resfriamento e extinção química. comburente, formam uma mistura inflamáv-
el. Quando lançamos determinados agentes
Extinção por retirada do material extintores ao fogo, suas moléculas se dis-
(Isolamento) sociam pela ação do calor e se combinam
Esse método consiste em duas técnicas: com a mistura inflamável (gás ou vapor mais
- retirada do material que está queimando comburente), forman-do outra mistura não–
- retirada do material que está próximo ao inflamável.
fogo
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Destinam-se ao combate imediato e rápido de
pequenos focos de incêndios, não devendo
ser considerados como substitutos aos siste-
mas de extinção mais complexos, mas sim
co-mo equipamentos adicionais.
AGENTES EXTINTORES
Trata-se de certas substâncias químicas sóli-
das, líquidas ou gasosas, que são utilizadas
na extinção de um incêndio.
ATENÇÃO:
- Nunca use água em fogo das classes
C e D. Pó Químico Especial
- Nunca use jato direto na classe B. - É o agente extintor indicado para incêndios
da classe D;
- Age por abafamento.
Espuma
- É um agente extintor indicado para incên-
dios das classe A e B.
- Age por abafamento e secundariamente por
resfriamento.
- Por ter água na sua composição, não se
pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois
Gás Carbônico (CO2) conduz corrente elétrica.
- É o agente extintor indicado para incêndios
da classe C, por não ser condutor de e-letri-
cidade;
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizado nas classes A, somente em seu iní-
cio e na classe B em ambientes fechados.
Outros Agentes
Pó Químico Além dos já citados, podemos considerar
- É o agente extintor indicado para combater como agentes extintores terra, areia, cal, tal-
incêndios da classe B; co, etc.
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizados nas classes A e C, podendo nesta GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO (GLP)
última danificar o equipamento. O Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) é um
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combustível composto de carbono e hidrogê- - Acionar o Corpo de Bombeiros no
nio. É incolor e inodoro e, para que possamos telefone 193
identifica-lo quando ocorrem vazamentos, - Abandonar o local;
é adi-cionado um produto químico que tem - Ventilar o máximo possível a área;
odor penetrante e característico (mecaptana, - Levar o botijão de gás para um lugar mais
etilmer-captan). O GLP é muito volátil e se ventilado possível;
inflama com facilidade. - Durante a noite, ao constatarmos vazamento
(odor) de gás, não devemos nunca a-cender
No caso de vazamento, por ser mais pesado a luz. Devemos fechar a válvula do botijão no
que o ar se deposita em lugares baixos, e em escuro e em seguida ventilar o ambiente.
local de difícil ventilação o gás fica acumulado,
misturando-se com o ar ambiente, formando Como se comportar quando ocorrer um va-
uma mistura explosiva ou inflamável, depen- zamento com fogo
dendo da proporção. A válvula de segurança
se romperá a mais ou menos à 70°C. - Não extinguir de imediato as chamas, a não
ser que haja grandes possibilidades de pro-
O maior número de ocorrências de vazamen- pagação;
tos se dá nos botijões de 13 kg, mais facil- - Apagar as chamas de outros objetos, se
men-te encontrado nas residências. No boti- houver, deixando que o fogo continue no bo-
jão de 1 kg por não ter válvula de segurança tijão, em segurança;
à risco de explosão. - Em último caso, procurar extinguir a cha-
ma do botijão pelo método de abafamento,
Normalmente, o vazamento se dá na válvula com um pano bem úmido. Para chegar perto
de vedação, junto à mangueira. do botijão, deve-se procurar ir o mais aga-
chado possível para não correr o risco de se
O GLP oferece uma margem de segurança e queimar, e levar o botijão para um local bem
o consumidor deve guiar-se pelas seguintes ventilado.
recomendações:
- Somente instalar em sua casa equipamento PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
aprovado e executado por uma compa-nhia
especializada no ramo; Cuidados Necessários
- Não usar martelo ou objeto semelhante para - Respeitar as proibições de fumar no am-
apertar a válvula de abertura dos botijões; biente de trabalho (Lei Estadual nº 11.540, de
- Não abrir o gás para depois riscar o 12/11/2003);
fósforo; - Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar
- Ao constatar qualquer vazamento, fazer o aparelhos celulares em locais sinalizados;
teste para verificar o local exato com es-puma - Manter o local de trabalho em ordem e
de sabão, nunca com fogo (chama); limpo;
- Verificar sempre a validade e condição da - Evite o acúmulo de lixo em locais não
mangueira e registro. apropriados;
- Colocar os materiais de limpeza em reci-
Como se comportar quando ocorrer um va- pientes próprios e identificados;
zamento sem fogo - Manter desobstruídas as áreas de escape e
não deixar, mesmo que provisoriamente,
- Desligar a chave geral da residência, desde materiais nas escadas e corredores;
que não esteja no ambiente gasado; - Não deixar os equipamentos elétricos liga-
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dos após sua utilização. Desligue-os da to- cal atingido, usar um lenço como máscara
mada; (se possível molhado), cobrindo o nariz
- Não improvisar instalações elétricas, nem e a boca;
efetuar consertos em tomadas e interrup-to- - Para se proteger do calor irradiado pelo
res, sem que esteja familiarizado; fogo, sempre que possível, manter molhadas
- Não sobrecarregar as instalações elétricas as roupas, cabelos, sapatos ou botas.
com a utilização do PLUG T, lembrando que
o mesmo oferece riscos de curto-circuíto e Em caso de confinamento pelo fogo
outros; Recomenda-se:
- Verificar antes da saída do trabalho, se não - Procure sair dos lugares onde haja muita
há nenhum equipamento elétrico ligado; fumaça;
- Observar as normas de segurança ao mani- - Mantenha-se agachado, bem próximo ao
pular produtos inflamáveis ou explosivos; chão, onde o calor é menor e ainda existe
- Manter os materiais inflamáveis em local oxigênio;
resguardado e à prova de fogo; - No caso de ter que atravessar uma barreira
- Não cobrir fios elétricos com o tapete; de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapa-
- Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em tos, encharque uma cortina e enrole-se nela,
quantidades mínimas, armazenando-os sem- molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao
pre na posição vertical e na embalagem; nariz e atravesse o mais rápido que puder.
- Não utilizar chama ou aparelho de solda
perto de materiais inflamáveis. Em caso de abandono de local
Recomenda -se:
INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO - Seja qual for a emergência, nunca utilizar os
DE EMERGÊNCIAS elevadores;
- Ao abandonar um compartimento, fechar a
Em caso de Incêndio porta atrás de si (sem trancar) e não vol-tar
Recomenda – se: ao local;
- Manter a calma, evitando o pânico, - Ande, não corra;
correrias e gritarias; - Facilitar a operação dos membros da Equipe
- Acionar o Corpo de Bombeiros no de Emergência para o abandono, seguindo à
telefone 193; risca as suas orientações;
- Usar extintores ou os meios disponíveis - Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dis-
para apagar o fogo; pensando especial atenção àqueles que, por
- Acionar o botão de alarme mais próximo, ou qualquer motivo, não estiverem em condições
telefonar para o ramal de emergência, quando de acompanhar o ritmo de saída (deficientes
não se conseguir a extinção do fogo; físicos, mulheres grávidas e outros);
- Fechar portas e janelas, confinando o local - Levar junto com você visitantes;
do sinistro; - Sair da frente de grupos em pânico, quando
- Isolar os materiais combustíveis e proteger não puder controlá-los.
os equipamentos, desligando o quadro de luz
ou o equipamento da tomada; OUTRAS RECOMENDAÇÕES
- Comunicar o fato à chefia da área envolvida - Não suba, procure sempre descer pelas
ou ao responsável do mesmo prédio; escadas;
- Armar as mangueiras para a extinção do - Não respire pela boca, somente pelo nariz;
fogo, se for o caso; - Não corra nem salte, evitando quedas, que
- Existindo muita fumaça no ambiente ou lo- podem ser fatais. Com queimaduras ou asfi-
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xias, o homem ainda pode salvar–se; semelhante.
- Não tire as roupas, pois elas protegem seu Para tanto é necessário três coisas básicas,
corpo e retardam a desidratação. Tire apenas mãos para manipular a vítima, boca para
a gravata ou roupas de nylon; acalmá-la, animá-la e solicitar socorro, e
- Se suas roupas se incendiarem, jogue–se finalmente coração para prestar socorro sem
no chão e role lentamente. Elas se apagarão querer receber nada em troca.
por abafamento;
- Ao descer escadarias, retire sapatos de salto OBJETIVO
alto e meias escorregadias. Os Primeiros Socorros ou socorro básico de
urgência são as medidas iniciais e imediatas
DEVERES E OBRIGAÇÕES dedicadas à vítima, fora do ambiente hospita-
-Procure conhecer todas as saídas que exis- lar, executadas por qualquer pessoa, treinada,
tem no seu local de trabalho, inclusive as ro- para garantir a vida, proporcionar bem-estar
tas de fuga; e evitar agravamento das lesões existentes.
- Participe ativamente dos treinamentos te-
óricos, práticos e reciclagens que lhe forem AVALIAÇÃO INICIAL
ministrados; Antes de qualquer outra atitude no atendi-
- Conheça e pratique as Normas de Proteção mento às vítimas, deve-se obedecer a uma
e Combate ao Princípio de Incêndio, quando seqüência padronizada de procedimentos que
necessário e possível, adotadas na Empresa; permitirá determinar qual o principal proble-
- Comunique imediatamente aos membros da ma associado com a lesão ou doença e quais
Equipe de Emergência, qualquer tipo de irre- serão as medidas a serem tomadas para cor-
gularidade. rigi-lo.
A. Queimaduras Elétricas
Primeiros Socorros
- Desligar a fonte de energia elétrica, ou reti-
rar a vítima do contato elétrico com luvas
Queimadura de Primeiro Grau de borracha e luvas de cobertura ou com um
bastão isolante, antes de tocar na vítima;
- Adotar os cuidados específicos para quei-
maduras apresentados anteriormente, se
necessário aplicar técnica de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP).
Conceituação
A coluna vertebral é composta de 33 vértebras
sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix,
e no seu interior há a medula espinhal, que realiza
Primeiros Socorros a condução dos impulsos nervosos.
- Isolar a vítima do agente agressor;
- Diminuir a temperatura local, banhando com As lesões da coluna vertebral mal conduzidas po-
água fria (1ºGrau); dem produzir lesões graves e irreversíveis
- Proteger a área afetada com plástico; de medula, com comprometimento neurológico de-
- Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar finitivo (tetraplégica ou paraplegia).
medicamentos, nem produtos caseiros;
- Retirar parte da roupa que esteja em volta Todo o cuidado d everá ser tomado com estas viti-
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mas para não surgirem lesões adicionais. - Se o corpo estranho não sair com a lavagem,
Sinais e Sintomas cobrir os dois olhos com pano limpo;
- Dor local intensa; - Encaminhar para atendimento hospitalar.
- Diminuição da sensibilidade, formigamento ou
dormência em membros inferiores e/ou Intoxicações e Envenenamentos
superiores; Conceituação
- Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem O envenenamento ou intoxicaçã o resulta da pene-
abaixo da lesão; tração de substância tóxica/nociva no organismo
- Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fe- através da pele, aspiração e ingestão.
zes soltas).
Sinais e Sintomas
Nota - Dor e sensação de queimação nas vias de pene-
*Todas as vitimas inconscientes deverão ser con- tração e sistemas correspondentes;
sideradas e tratadas como portadoras de lesões - Hálito com odor estranho;
na coluna. - Sonolência, confusão mental, alucinações
e delírios, estado de coma;
Primeiros Socorros - Lesões cutâneas;
- Cuidado especial com a vítima in consciente; - Náuseas e vômitos;
- Imobilizar o pescoço antes do transporte, utili- - Alterações da respiração e do pulso.
zando o colar cervical;
- Movimentar a vítima em bloco, impedindo parti- Primeiros Socorros
cularmente movimentos bruscos do A. Pele
pescoço e do tronco; - Retirar a roupa impregnada;
- Colocar em prancha de madeira; - Lavar a região atingida com água em
- Encaminhar para atendimento hospitalar. abundância;
- Substâncias sólidas devem ser retiradas antes
de lavar com água;
- Agasalhar a vítima;
- Encami nhar para atendimento hospitalar.
B. Aspiração
Corpo Estranho nos Olhos - Proporcionar a ventilação;
Conceituação - Abrir as vias áreas respiratórias;
É a introdução acidental de poeiras, grãos diver- - Encaminhar para atendimento hospitalar.
sos etc. na cavidade dos glóbulos oculares.
C. Ingestão
Sinais e Sintomas - Identificar o tipo de veneno ingerido;
- Dor; - Provocar vômito somente quando a vítima apre-
- Ardência; sentar-se consciente, oferecendo água;
- Vermelhidão; - Não provocar vômitos nos casos de inconsciên-
- Lacrimej amento. cia, ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos
derivados de petróleo;
Primeiros Socorros - Encaminhar para atendimento hospitalar.
- Não esfregar os olhos;
- Lavar o olho com água limpa;
- Não remover o corpo estranho manualmente;
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- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Estado Choque PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Conceituação Conceituação
É a falência do sistema cardiocirculatório devido É a ausência das funções vitais, movimentos respi-
a causas variadas, proporcionando uma ratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência
inadequada perfusã o e oxigenação dos tecidos. isolada de uma delas só existe em curto espaço de
tempo; a parada de uma acarreta a parada da
Sinais e Sintomas outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte
- Inconsciência profunda; no período de 3 a 5 minutos.
- Pulso fraco e rápido;
- Aumento da freqüência respiratória; Sinais e Sintomas
- Perfusão capilar lenta ou nula; -Inconsciência;
- Tremores de frio. - Ausência de movimentos respiratórios e batimen-
tos cardíacos.
Primeiros Socorros
- Colocar a vítima em local arejado, afastar Primeiros Socorros
curiosos e afrouxar as roupas; A. Desobstrução das Vias Aéreas
- Manter a vítima deitada com as pernas mais - Remover dentadura, pontes dentárias, excesso
elevadas; de secreção, dentes soltos etc.;
- Manter a vítima aquecida; - Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e
- Lateralizar a cabeça em casos de vômitos; com a outra fazer uma pequena
- Encaminhar para atendimento hospitalar. força para elevar o queixo;
- Estender a cabeça da vítima para trás até que a
Choque Elétrico boca abra.
Conceituação
É o fenômeno da passagem da corrente elétrica
pelo corpo quando em contato com partes
energizadas.
Sinais e Sintomas
- Parada cardiorrespiratória;
- Queimaduras; B. Respiração Artificial (Boca a Boca)
- Lesões traumáticas. Verificação da Respiração
- Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima,
Primeiros Socorros mantendo as vias aéreas abertas;
- Interromper imediatamente o contato da vítima - Observar se o peito da vítima sobe e desce, ouvir
com a corrente elétrica, utilizando luvas isolan- e sentir se há sinal de respiração.
tes de borracha, com luvas de cobertura ou bas-
tão isolante;
- Certificar-se de estar pisando em chão seco, se
não estiver usando botas com solado isolante;
- Realizar avaliação primária (grau de consciên-
cia, respiração e pulsação);
- Aplicar as condutas precon izadas para parada
cardiorrespiratóri a, queimaduras e lesões trau-
máticas;
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Procedimento Procedimento
- Manter a cabeça estendida para trás, sustentan- - Realizar somente quando tiver certeza de que o
do o queixo e mantendo as vias aéreas abertas; coração da vítima parou;
- Pinçar o nariz da vítima; - Colocar a vítima sobre uma superfície rígida;
- Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua - Ajoelhar-se ao lado da vítima;
boca de forma a vedar completamente, com seus - Usando a mão próxima da cintura da vítima, des-
lábios, a boca da vítima; lizar os dedos pela lateral das costelas próximas
- Aplicar 1 sopro moderado com duração de 1 a 2 a você, em direção ao centro do peito, até locali-
segundos respirar e aplicar mais 1 sopro; zar a ponta do osso externo;
- Observar se quando você sopra o peito da vítima - Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta
sobe; do osso esterno, alinhando o dedo indicador ao
- Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou médio;
6 segundos; - Colocar a base da sua outra mão (que está mais
- Continuar até que a vítima volte a respirar ou o próxima da cabeça da vítima) ao lado do dedo
atendimento médico chegue ao local. indicador;
- Remover a mão que localizou o osso esterno,
colocando-a sobre a que está no peito;
- Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de
forma que não toquem no peito da vítima.
C. Massagem Cardíaca
Verificação do Pulso
- Manter a cabeça da vítima estendida para trás,
sustentando-a pela testa;
- Localizar o Pomo de Adão com a ponta dos de-
dos indicador e médio; - Posicionar seus ombros diretamente acima de
- Deslizar os dedos em dir eção à lateral do pes- suas mãos sobre o peito da vítima;
coço para o lado n o qual você estiver - Manter os braços retos e os cotovelos esten
posicionado (não utilize o polegar, pois este tem didos;
pulso próprio); - Pressionar o osso esterno para baixo, cerca
- Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 1 0 se- de aproximadamente 5 centímetros;
gundos). A carótida é a artéria mais recomendada - Executar 15 compressões. Contar as
por ficar próxima ao coração e ser acessível. compressões à medida que você as executa;
- Fazer as compressões uniformemente e com
ritmo;
- Durante as compressões, flexionar o tronco ao
invés dos joelhos;
- Evitar que os seus dedos apertem o peito da
vítima durante as compressões.
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- Distúrbios visuais;
- Queda das pálpebras;
- Convulsões;
- Dificuldade respiratória.
A. Cobras
Primeiros Socorros
- Manter a vítima deitada. Evite que ela se movi-
mente para não favorecer a absorção de veneno;
- Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os
em posição mais baixa que o coração;
- Lavar a picada com água e sabão;
D. Reanimação Cardiopulmonar (RCP) - Colocar gelo ou água fria sobre o local;
- Aplicar 2 sopros moderados após as 15 - Remover anéis, relógios, prevenindo assim com-
compressões; plicações decorrentes do inchaço;
- Completar 4 ciclos de 1 5 compressões e 2 - Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
sopros e verificar o pulso. Se não houver pulso, de saúde mais próximo, para que possa receber o
manter o ciclo iniciando sempre pelas compressões soro em tempo;
no peito. Continuar verificando o pulso a cada - Não fazer garroteamento ou torniquete;
4 – 5 minutos. Se o pulso voltar, faça apenas a - Não cortar ou perfurar o local da picada.
respiração boca a boca;
- Continuar com a RCP, inclusive durante o Medidas Preventivas
transporte, até que a vítima volte a respirar, a - Usar botas de cano longo e perneiras;
ter pulso ou até que o atendimento médico chegue - Proteger as mãos com luvas de raspa ou
ao local. vaqueta;
- Combater os ratos;
Picadas e Ferroadas de Animais - Preservar os predadores;
Peçonhentos - Conservar o meio ambiente.
Conceituação
Animais peçonhentos são aqueles que introduzem B. Escorpiões/Aranhas
no organismo humano substâncias tóxicas. Sinais e Sintomas
Por exemplo, cobras venenosas, aranhas e - Dor;
escorpiões. - Eritema;
Se possível deve-se capturar ou identificar o - Inchaço;
animal que picou a vítima, mas sem perda de - Febre;
tempo com esse procedimento. Na dúvida, tratar - Dor de cabeça.
como se o animal fosse peçonhento.
Primeiros Socorros
Sinais e Sintomas - Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
- Marcas da picada; - Encaminhar a vítima imediatamente a o serviço de
- Dor, inchaço; saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de
- Manchas roxas, hemorragia; soro específico.
- Febre, náuseas;
- Sudorese, urina escura; Picadas e Ferroadas de Insetos
- Calafrios, perturbações visuais; Conceituação
- Eritema, dor de cabeça; Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves
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ou generalizadas, devido a picadas de pescoço.
insetos (abelhas e formigas).
Sinais e Sintomas
- Eritema local que pode se estender pelo
corpo todo;
- Prurido;
- Dificuldade respiratória (edema de glote).
Uma pesSOAsoa
b. Segurando pelas extremidades
a. Nos braços
- uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a
- Passe um dos braços da vítima ao redor do seu
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outra, segura pelas pernas abertas.
Ambas devem erguer a vítima simultâneamente.
ACIDENTE DO TRABALHO
E RESPONSABILIDADES
- Doença Profissional:
É desencadeada pelo exercício do trabalho pecu-
liar a determinada atividade e constante da rela-
ção elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Da Previdência Social;
- Doença do Trabalho:
É desencadeada em função de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele se rela-
cione diretamente, constante da relação elaborada
Quatro pessoas pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Semelhante ao de três pessoas Social.
. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima im-
- A doença proveniente de contaminaçã o acidental
pedindo qualquer tipo de deslocamento.
do empregado no exercício de sua atividade;
- O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora
do local e horário d e trabalho:
- Na execução de ordem ou na realização de ser-
viço sob a autoridade da empresa;
- Na prestação espontâne a de qualquer serviço à
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
- Em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da
TELEFONES ÚTEIS mão- de- obra, independentemente do meio de loco-
CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) - 193
moção utilizado, inclusive veículo de propriedade
AMBULÂNCIA - 192
do segurado;
POLÍCIA MILITAR - 190
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- No percurso da residência para o local de tra- aos incidentes, pois esta situação geralmente re-
balho ou deste para aquela, qualquer que seja o sulta em acidentes com perdas materiais
meio de locomoção, inclusive veículo de proprie- e pessoais.
dade do segurado.
Portanto, as ações desempenhadas para impedir
NOTA: que ocorram perdas, deveriam estar voltadas à
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, correção e/ou prevenção desses eventos.
ou por ocasião da satisfação de outras necessida- Assim, o controle de acidentes graves ou de inci-
des fisiológicas, no local do trabalho ou durante dentes com alto potencial de perda, poderiam ser
este, o empregado é considerado no exercí- mais efetivos.
cio do trabalho. Além disso, o risco de acontecer um acidente com
Não é considerada agravação ou complicação de lesões graves se torna cada vez menor,
acidente do trabalho a lesão que, resultante de pois este deve tornar-se cada vez mais um evento
acidente de outra origem, se associe ou se super- raro.
ponha às conseqüências do anterior.
MODELO CAUSAL DE PERDAS
ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES A ocorrência de um acidente ou incidente raramen-
Conhecer a proporção e gravidade em que ocor- te é ocasionado apenas por um fator,
rem os acidentes é importante, pois mostra-nos a mas sim por um conjunto de eventos que acabam
dimensão desses acontecimentos. levando a uma perda.
Na figura abaixo encontram-se os dados de um O tipo e o grau dessas perdas variam de acordo
estudo realizado sobre acidentes industriais com a gravidade de seus efeitos, que poderão ser
e que revelou os seguintes dados: insignificantes ou catastróficos, gerando custos
para a empresa.
Visando alcançar a menor quantidade possível de
perdas, faz-se necessário conhecermos as causas
que as geram, e, conseqüentemente, tentar evitá-
las. Usaremos então, o Modelo Causal de Perdas
abaixo, para exemplificar a seqüência em que um
acidente ou incidente pode acontecer.
6º CASO
60
Acidentes Transmissão (linha desenergizada);
1º CASO - Falha na análise da operação;
Descrição do acidente - Descumprimento da norma interna.
A equipe de manutenção de Linhas de Transmissão Causas básicas
efetuava a substituição de cruzetas em regime de - Dúbia interpretação pelo técnico operacional
linha desenergizada, em uma estrutura, 69 kV. Em responsável do termo regime de linha “energiza-
dado momento houve a quebra do topo do poste da”, pois entendeu que esta tarefa poderia ser
de concreto fazendo com que os cabos viessem a realizada em regime de rede desenergizada (linha
tocar na Rede Primária da Distribuição, em cru- morta) com um lado energizado e outro desener-
zamento logo abaixo, levando 3 eletricistas a so- gizado, uma vez que trabalharia em regime de linha
frerem choque elétrico. morta do lado desenergizado;
- Falha no planejamento e na emissão do pedido e
Causas imediatas autorização;
- Realizar manutenção (em regime de linha mor- - Falha na liberação do serviço (Operação);
ta) acima de estrutura energizada, sem as devidas - Desconhecimento dos procedimentos da tarefa,
proteções; em relação as atividades que podem ser realizados
- Não “bloquear” o religamento da rede logo pelas equipes de linha viva.
abaixo;
- Quebra da ponta do poste. 3º CASO
Causas básicas Descrição do acidente
- Falta de isolamento ou desenergização da rede Uma calculadora foi esquecida em uma banca de
de distribuição na área de possível contato com a capacitor da SE, o operador da SE é solicita-
linha de transmissão; do para pegá-la. Existia um cercado para acesso,
- Estrutura comprometida, internamente, pelo onde que para entrar, necessitaria da chave 02.
tempo. (Existiam duas chaves interlock não separáveis).
Para pegar a chave do cadeado do cercado o ope-
2º CASO rador deveria desligar a banca com a chave 01,
Descrição do incidente retirá-la junto com a chave 02, mas o padrão
A equipe de Linhas de Transmissão realizava ser- estava alterado (chave 02 com argola removível).
viço de substituição de discos de porcelana da Operador retirou a chave 02 sem desligar a ban-
coluna do braço da chave seccionadora da ativi- ca. Abriu o cadeado do cercado e foi em direção
dade consistia na substituição dos isoladores de da calculadora, que estava em cima da banca, com
discos, onde teriam que ser retirados através de aproximadamente 40 kV de carga. Recebeu des-
contato físico, ou seja, com as próprias mãos, não carga elétrica, ocorrendo queimaduras de 3
sendo permitida a utilização de nenhum caminhão o acidentado veio a falecer após 5 dias.
guindaste para auxílio e nem andaimes isolados, Causas imediatas
os serviços seriam realizados em regime de linha - Descumprimento de normas e procedimentos;
energizada conforme solicitado pela equipe de ma- -Falta de comunicação do operador com o Centro
nutenção através do pedido inicial, porém os mes- de Operação;
mos foram realizados em regime de linha morta, - Falha na interpretação do risco.
quando os trabalhos foram interrompidos por um Causas básicas
Técnico Segurança (Obs.: Um
de dos pólos da - Irregularidade no jogo de chaves (deveria ser
seccionadora estava energizado). impossível abrir o cadeado sem desligar
a banca de capacitores);
Causas imediatas - Anomalia não comunicada para o Centro de Ope-
- Falha de procedimento na execução da tarefa ração.
61
de aterramento e demais equipamentos e dispositi-
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva com- 10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível,
preendem, prioritariamente, a desenergização elé- deve prever a instalação de dispositivo de seccio-
trica conforme estabelece esta NR e, na sua im- namento de ação simultânea, que permita a aplica-
possibilidade, o emprego de tensão de segurança. ção de impedimento de reenergização do circuito.
(210.019-3/I=3) (210.026-6/I=3)
10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apre-
e de campo ou comissionamento de instalações elé- sentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser al-
tricas devem atender à regulamentação estabe- teradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em
lecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem função das peculiaridades de cada situação, por
ser realizados por trabalhadores que atendam às profissional legalmente habilitado, autorizado e
condições de qualificação, habilitação, capacitação mediante justificativa técnica previamente forma-
e autorização estabelecidas nesta NR. lizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
(210.049-5/I=3) segurança originalmente preconizado.
10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na 10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas
zona controlada devem ser realizados mediante energizadas em AT, bem como aquelas que intera-
procedimentos específicos respeitando as distân- jam com o SEP, somente pode ser realizado me-
cias previstas no Anexo I. (210.065-7/I=3) diante ordem de serviço específica para data e lo-
cal, assinada por superior responsável pela área.
10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, (210.072-0/I=2)
ou em suas proximidades devem ser suspensos de
imediato na iminência de ocorrência que possa co- 10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos
locar os trabalhadores em perigo. energizados em AT, o superior imediato e a equi-
(210.066-5/I=2) pe, responsáveis pela execução do serviço, devem
realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar
10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem as atividades e ações a serem desenvolvidas de
implementadas ou para a entrada em operações forma a atender os princípios técnicos básicos e
de novas instalações ou equipamentos elétricos as melhores técnicas de segurança em eletricidade
devem ser previamente elaboradas análises de ris- aplicáveis ao serviço. (210.073-8/I=2)
co, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e
respectivos procedimentos de trabalho. 10.7.6 Os serviços em instalações elétricas
(210.067-3/I=3) energizadas em AT somente podem ser realizados
quando houver procedimentos específicos, deta-
10.6.5 O responsável pela execução do serviço lhados e assinados por profissional autorizado.
deve suspender as atividades quando verificar si- (210.074-6/I=3)
tuação ou condição de risco não prevista, cuja
eliminação ou neutralização imediata não seja pos- 10.7.7 A intervenção em instalações elétricas
sível. (210.068-1/I=2) energizadas em AT dentro dos limites estabeleci-
dos como zona de risco, conforme Anexo I desta
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA NR, somente pode ser realizada mediante a desati-
TENSÃO (AT) vação, também conhecida como bloqueio, dos con-
10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em ins- juntos e dispositivos de religamento automático do
talações elétricas energizadas com alta tensão, circuito, sistema ou equipamento. (210.075-4/I-4)
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10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desati- responsável pela capacitação.
vados devem ser sinalizados com identificação da 10.8.4 São considerados autorizados os traba-
condição de desativação, conforme procedimento lhadores qualificados ou capacitados e os pro-
de trabalho específico padronizado. fissionais habilitados, com anuência formal da
(210.076-2/I-4) empresa.
10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositi- 10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de iden-
vos isolantes ou equipados com materiais isolan- tificação que permita a qualquer tempo conhecer a
tes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem abrangência da autorização de cada trabalhador,
ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de conforme o item 10.8.4. (210.079-7/I=1)
laboratório periódicos, obedecendo-se as especifi-
cações do fabricante, os procedimentos da empre- 10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar
sa e na ausência desses, anualmente. em instalações elétricas devem ter essa condição
(210.077-0/I-4) consignada no sistema de registro de empregado
da empresa. (210.080-0/I=1)
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas
energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos 10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir
em atividades no SEP devem dispor de equipamen- em instalações elétricas devem ser submetidos à
to que permita a comunicação permanente com os exame de saúde compatível com as atividades a se-
demais membros da equipe ou com o centro de ope- rem desenvolvidas, realizado em conformidade com
ração durante a realização do serviço. a NR 7 e registrado em seu prontuário médico.
(210.078-9/I-4) (210.081-9/I=3)
11. Influências Externas: variáveis que de- 20. Procedimento: seqüência de operações
vem ser consideradas na definição e seleção a serem desenvolvidas para realização de um
de medidas de proteção para segurança das determinado trabalho, com a inclusão dos
pessoas e desempenho dos componentes da meios materiais e humanos, medidas de se-
instalação. gurança e circunstâncias que impossibilitem
sua realização.
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes
elétricas e não elétricas associadas e com 21. Prontuário: sistema organizado de forma
características coordenadas entre si, que são a conter uma memória dinâmica de informa-
necessárias ao funcionamento de uma parte ções pertinentes às instalações e aos traba-
determinada de um sistema elétrico. lhadores.
13. Instalação Liberada para Serviços 22. Risco: capacidade de uma grandeza com
(BT/AT): aquela que garanta as condições de potencial para causar lesões ou danos à saú-
segurança ao trabalhador por meio de proce- de das pessoas.
dimentos e equipamentos adequados desde
o início até o final dos trabalhos e liberação 23. Riscos Adicionais: todos os demais gru-
para uso. pos ou fatores de risco, além dos elétricos,
específicos de cada ambiente ou processos
14. Impedimento de Reenergização: condi- de Trabalho que, direta ou indiretamente,
ção que garante a não energização do circuito possam afetar a segurança e a saúde no tra-
através de recursos e procedimentos apro- balho.
priados, sob controle dos trabalhadores en-
volvidos nos serviços. 24. Sinalização: procedimento padronizado
destinado a orientar, alertar, avisar e
15. Invólucro: envoltório de partes energi- advertir.
zadas destinado a impedir qualquer contato
com partes internas. 25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos
elétricos inter-relacionados destinados a atin-
16. Isolamento Elétrico: processo destinado gir um determinado objetivo.
a impedir a passagem de corrente elétrica,
por interposição de materiais isolantes. 26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): con-
junto das instalações e equipamentos desti-
17. Obstáculo: elemento que impede o conta- nados à geração, transmissão e distribuição
to acidental, mas não impede o contato direto de energia elétrica até a medição, inclusive.
por ação deliberada.
27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão
71
originada em uma fonte de segurança.
72
Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radial- a) desenergização.
mente as zonas de risco, controlada e livre, com b) aterramento funcional (TN / TT / IT);
interposição de superfície de separação física de proteção; temporário;
adequada. c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.
5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT:
NBR-5410, NBR 14039 e outras;
ZL = Zona livre 6) Regulamentações do MTE:
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores a) NRs;
autorizados. b) NR-10 (Segurança em Instalações
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores auto- e Serviços com Eletricidade);
rizados e com a adoção de técnicas, instrumen- c) qualificação; habilitação; capacitação
tos e equipamentos apropriados ao trabalho. e autorização.
PE = Ponto da instalação energizado. 7. Equipamentos de proteção coletiva.
SI = Superfície isolante construída com material 8. Equipamentos de proteção individual.
resistente e dotada de todos dispositivos de 9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.
segurança. 20
a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
ANEXO III d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e
equipamento;
10. Documentação de instalações elétricas.
TREINAMENTO 11. Riscos adicionais:
1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM a) altura;
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM b) ambientes confinados;
ELETRICIDADE c) áreas classificadas;
d) umidade;
I - Para os trabalhadores autorizados: e) condições atmosféricas.
carga horária mínima – 40h: 12. Proteção e combate a incêndios:
a) noções básicas;
Programação Mínima: b) medidas preventivas;
1. introdução à segurança com eletricidade. c) métodos de extinção;
2. riscos em instalações e serviços com d) prática;
eletricidade: 13. Acidentes de origem elétrica:
a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; a) causas diretas e indiretas;
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; b) discussão de casos;
c) campos eletromagnéticos. 14. Primeiros socorros:
3. Técnicas de Análise de Risco. a) noções sobre lesões;
4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: b) priorização do atendimento;
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c) aplicação de respiração artificial; 7. Procedimentos de trabalho
d) massagem cardíaca; análise e discussão. (*)
e) técnicas para remoção e transporte 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
de acidentados; a) em linha viva;
f) práticas. b) ao potencial;
c) em áreas internas;
15. Responsabilidades. d) trabalho a distância;
e) trabalhos noturnos; e
2. CURSO COMPLEMENTAR f) ambientes subterrâneos.
SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO 9. Equipamentos e ferramentas de trabalho
DE POTÊNCIA (SEP) (escolha, uso, conservação, verificação,
E EM SUAS PROXIMIDADES. ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
É pré-requisito para freqüentar este curso com- 11. Equipamentos de proteção individual (*).
plementar, ter participado, comaproveitamento 12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
satisfatório, do curso básico definido anterior- 13. Segurança com veículos e transporte
mente. de pessoas, materiais e equipamentos(*).
14. Sinalização e isolamento de áreas
Carga horária mínima – 40h de trabalho(*).
(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e 15. Liberação de instalação para serviço
dirigidos especificamente para as condições de e para operação e uso (*).
trabalho características de cada ramo, padrão de 16. Treinamento em técnicas de remoção,
operação, de nível de tensão e de outras pecu- atendimento, transporte de acidentados (*).
liaridades específicas ao tipo ou condição espe- 17. Acidentes típicos (*) – Análise,
cial de atividade, sendo obedecida a hierarquia discussão, medidas de proteção.
no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. 18. Responsabilidades (*).
I - Programação Mínima:
1. Organização do Sistema Elétrico
de Potencia – SEP.
2. Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes
energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e
equipamentos especiais.
6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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