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JUNYA KARLA ESPÍRITO SANTO (Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho) CREA-MG: 71 659D

JOSÉ DE SOUZA REIS FILHO (Engenheiro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente) CREA-MG: 21 900
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JRK OCUPACIONAL

NR 10
Curso Básico - 40 Horas

Curso Complementar
SEP - 40 Horas

Curso de Reciclagem
16 Horas

Em conformidade com portaria 3214 do Ministério


do Trabalho e Emprego - MTE
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Módulo D
Índice 1. Técnicas de Trabalho sob Tensão
a) Em Linha Viva
Módulo A b) Ao Potencial
c) A Distância
1. Organização do Sistema Elétrico de Potên- d) Trabalhos Noturnos
cia e) Atividades Subterrâneas

2. Organização do Trabalho 2. Equipamentos e Ferramentas de Trabalho


2.1 Programação e Planejamento dos
Serviços
2.2 Trabalho em Equipe Módulo E
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho a) NR
2.5 Comunicação b) Resgate de acidentado
e primeiros socorros
c) Acidente Origem Eletrica
Módulo B de
e responsabilidades

1. Aspectos Comportamentais (SST Compor-


tamental) Anexos
1.1 - Cultura Organizacional
1.2 - Comportamento de Risco
1.3 - Medidas de Controle

Módulo C
1. Condições Impeditivas para Serviço

2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção


a) Proximidade e Contato com Partes Ener-
gizadas
b) Indução
c) Descargas Atmosféricas
d) Estática
e) Campos Elétricos e Magnéticos
f) Comunicação e Identificação
g) Trabalhos em Altura , Máquinas e Equipa-
mentos Especiais

3. Análise de Risco

4. Procedimentos de Trabalho
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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO A
[1- Organização do SEP (*)

[ 2 - Organização do Trabalho
2.1 Programação e Planejamento dos Serviços
2.2 Trabalho em Equipe
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação

(*) SEP – Sistema Elétrico de Potência

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1. Organização do Sistema 10.7.9 - Todo trabalhador em instalações elé-
tricas energizadas em AT, bem como aqueles
Elétrico de Potência envolvidos em atividades no SEP devem dis-
por de equipamento que permita a comunica-
ção permanente com os demais membros da
equipe ou com o centro de operação durante
Principais Pontos da NR 10 a realização do serviço.

10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA


TENSÃO (AT) O sistema elétrico de potência é organizado
em Geração , Transmissão e Distribuição de
Energia Elétrica até o ponto de medição, in-
10.7.5 - Antes de iniciar trabalhos em circui- clusive.
tos energizados em AT, o superior imediato
e a equipe, responsáveis pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação pré-
via, estudar e planejar as atividades e ações
a serem desenvolvidas de forma a atender
os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança em eletricidade aplicá-
veis ao serviço.

10.7.6 - Os serviços em instalações elétricas


energizadas em AT somente podem ser reali-
zados quando houver procedimentos especí-
ficos, detalhados e assinados por profissional
autorizado.

10.7.7 - A intervenção em instalações elé-


tricas energizadas em AT dentro dos limites
estabelecidos como zona de risco, conforme
Anexo I desta NR, somente pode ser realizada
mediante a desativação, também conhecida
como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos PONTOS DE MEDIÇÂO
de religamento automático do circuito, siste- A geração pode ser de origem térmica, hi-
ma ou equipamento. dráulica, nuclear, eólica e outros.
No Brasil são utilizadas hidroelétricas em lar-
ga escala devido às facilidades de nossos
10.7.8 - Os equipamentos, ferramentas e dis- recursos hídricos, que por um lado nos pro-
positivos isolantes ou equipados com mate- picia esta fonte de recurso natural abundante
riais isolantes, destinados ao trabalho em alta e por outro a construção de represas com
tensão, devem ser submetidos a testes elé- formação de lagos provoca inundação de
tricos ou ensaios de laboratório periódicos, grandes áreas, o que requer cuidados com
obedecendo-se as especificações do fabrican- relação aos fortes impactos ambientais. Sob
te, os procedimentos da empresa e na ausên- o ponto de vista da segurança ocupacional as
cia desses, anualmente. hidroelétricas apresentam uma grade de ris-
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cos físicos (ruídos, temperaturas, vibrações ) distribuidoras de energia quanto ao risco de
além dos riscos decorrentes da interação do choque elétrico envolvendo a COMUNIDADE
trabalhador com fontes de energia elétrica ( , particularmente na ocorrência de cabo par-
choque elétrico, Arco Elétrico e Descarga At- tido, que fica energizado mesmo tocando o
mosférica) e queda por diferença de nível, o solo devido a alta resistência de arco que im-
que é bastante comum no SEP, devido as dis- pede a atuação das proteções de falta a terra.
tâncias de isolamento com relação à terra. (Relés de Neutro)

A Transmissão da energia elétrica se faz atra- O sistema de distribuição apresenta defeito


vés de Linhas de Transmissão (LT,s) que ou falha no momento das grandes tempesta-
percorrem grandes extensões. O objetivo des e primeiras chuvas do ano pelo contato
das LT,s é fazer o transporte da energia elé- com árvores e também pela incidência de
trica da geração até os centros de distribuição descargas atmosféricas, portanto é muito im-
de energia elétrica através de subestações portante que haja um planejamento das equi-
abaixadoras que atendem os sistemas de dis- pes de manutenção e operação do SEP para
tribuição . lidar com essa sazonalidade e probabilida-
de do ocorrência do risco de choque elétrico
Sob o ponto de vista de segurança ocupacio- provocado por contato ou arco elétrico. Vale
nal, as linhas de transmissão apresentação o lembrar que a resistência de contato fica cinco
risco de choque por indução devido a pre- (05) vezes menor na presença de umidade.
sença de fortes campos eletromagnéticos e
queda, uma vez que a maioria dos serviços O consumidores de energia elétrica, por ques-
de manutenção são realizados em altura com tões técnicas, econômicas e legais podem ser
posturas que comprometem em muito a saú- classificados em residenciais, comerciais e
de e segurança do trabalhador. A necessidade industriais ou grandes consumidores.
de um bom sistema de aterramento é funda-
mental além do constante monitoramento do Sob o ponto de vista da segurança ocupacio-
serviço. nal, a preocupação é com o ponto de entrega
de energia pela empresa fornecedora, onde
Na distribuição da energia, que é feita por su- se encontram os sistemas de medição de
bestações e Redes de distribuição existe um faturamento com TP,s (transformadores de
complexo de estruturas com disjuntores, bar- potencial, TC,s (transformadores de corren-
ramentos, transformadores e vários outros te), chaves seccionadoras, disjuntores, barra-
equipamentos de transformação e manobra mentos e outros equipamentos que requerem
que exige todo um cuidado com relação a todo cuidado no processo de liberação para
segurança do eletricista , tanto na atividade realização de serviços, onde normalmen-
de operação quanto de manutenção. Os ris- te o procedimento de Pedido de Liberação
cos apresentados na sua maioria referem-se de Equipamento (PLE) é adotado juntamen-
a probabilidade de violação das distâncias de te com demais procedimentos de segurança
segurança, que são estabelecidas pela NR 10 (Ordem de Serviço, Seqüência de Manobras,
conforme Anexo 1 da mesma. Análise de Riscos , Cinco passos para garan-
tia de tensão nula e outros que veremos nos
O Sistema de Distribuição de Energia Elétrica módulos seguintes.
é composto de longas Redes que podem ser
em cabo protegido, isolado ou simplesmente
nú. Existe uma preocupação das empresas
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2. Organização do Trabalho O Aspecto Comportamental trata da nova
cultura organizacional forjada em cima dos
sistemas de gestão implantadas nas duas
ultimas décadas, onde tudo que se faz den-
2.1 Programação e Planejamento dos Serviços
tro de uma empresa deve estar ajustado a
2.2 Trabalho em Equipe
conformidades técnicas ditadas por padrões
2.3 Prontuário e Cadastro das Instalações
e conformidades legais.
2.4 Métodos de Trabalho
2.5 Comunicação O Comportamento de Risco é o desvio de
conduta do trabalhador ao lidar com o am-
A organização do trabalho dentro das empre- biente de risco, particularmente nas ativida-
sas brasileiras é estabelecida pelos sistemas des envolvendo eletricidade, onde exige um
de gestão que tiveram origem na década de estado e concentração plena; uma vez que,
noventa com a abertura de mercado e com esta fonte de energia não tem cor e nem chei-
a implantação dos programas de Gestão de ro e os acidentes são de altíssima gravidade.
Qualidade Total ou GQT.
Portanto , o trabalho em equipe é fundamen-
A implantação destes sistemas de gestão tra- tal e a qualidade da comunicação também.
zem o conceito de que tudo que se faz dentro Maiores detalhes serão tratados no módulo
de uma organização empresarial deve passar de Aspectos Comportamentais.
pelo crivo dos 04 passos do PDCA, que em
inglês significa – Plan (PLANEJAR) , Do (Fa- O prontuário das instalações e
zer ou Executar) , Check (Controlar ) e Act Métodos de Trabalho
(Atuar).
O prontuário das Instalações é a memória das
Depois dos programas de Qualidade Total, informações contidas na documentação das
certificados pela ISO 9000 , vieram os sis- instalações do Sistema Elétrico de Potência;
temas de Gestão Ambiental e Ocupacional , ou seja, Projetos , Memorial Descritivo, Es-
regulados pelas normas certificadoras ISO pecificação de Ferramentas e Equipamentos,
14.000) e OSHAS 8.000. Parâmetros Técnicos (Sobretensões, Corren-
tes de Curto Circuito e outros) que servem de
Se tivéssemos que estabelecer um marco di- base para o planejamento das atividades de
visório, diríamos que os anos 90 fora, marca- Operação, Manutenção, Ampliações,Obras e
dos pelos programas de Qualidade e os anos outras atividades.
2000 pelos demais programas que sempre
buscaram a redução dos riscos ambientais e A maior dificuldade das empresas é manter
ambientais dentro das organizações empre- este prontuário atualizada, pois exige um per-
sariais. feito entrosamento entre o pessoal que opera
e mantém o sistema e a equipe de planeja-
A NR 10 traz os conceitos de GESTÃO e RES- mento e projeto.
PONSABILIDADE incorporados na sua con-
cepção e estabelece os princípios de Gestão É justamente neste ponto de conflito que
de Riscos nas Atividades envolvendo Eletrici- MORA O PERIGO, pois já virou cultura en-
dade e Responsabilidade Legal sob o ponto tre equipes , particularmente de manutenção
de vista do novo código civil e criminal. do SEP não acreditar nos dados de projeto,
pois existe uma herança de antes da NR 10
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, quando quase não existia cobrança dos ór- Citamos abaixo algumas atividades
gãos fiscalizadores , o que vem mudando nos ligadas ao SEP:
últimos 05 anos. Manutenção de Subestações – Envolve Ativi-
dades de Transformação , Manobra, Medi-
Obs: A nova NR 10 foi publicada no Diá- ção, Proteção e Controle e Operação , lem-
rio Oficial da União (DOU) em 08.12.2004. brado que as atividades de campo devem ser
(portaria n.598 de 07.12.2005) e altera a realizadas em dupla.
redação anterior da NR 10 aprovada pela
portaria 3214 de 1978. Manutenção de Linhas de Transmissão – En-
volve Equipes de Inspeção, Troca de cadeia
de Isoladores, Cruzetas, Postes, Para Raios,
Os métodos de trabalho requeridas para ati- elementos da estrutura das torres metálicas,
vidades envolvendo o SEP devem sempre Desmatamento, Limpeza para Manutenção da
levar em conta as distâncias de segurança , Faixa de Servidão (CUIDADOS COM ASPEC-
lembrando que neste caso é permitido ativi- TOS E IMPACTOS AMBIENTAIS). Instalação
dades ao potencial ou a distância desde que de dispositivos anti subida, Construção de
a equipe tenha a qualificação técnica exigida LT,s, Escavações e Fundações – Obras Civis.
e autorização para trabalhar com eletricidade, Obs. As atividades de Montagem e Constru-
particularmente em circuitos energizados na ção devem preferencialmente ser realizados
alta tensão. com circuitos desenergizados (Tensão Nula).

Os métodos de trabalho devem ser estabe- Normas Técnicas:


lecidos considerando padrões técnicos em As normas técnicas são fundamentais na Or-
conformidade com os riscos ambientais e de ganização do Trabalho e para atividades en-
segurança ocupacional; ou seja, ao se fazer o volvendo eletricidade , aplicamos as normas
passo a passo da atividade é fundamental que da Associação Brasileira de Normas Técnicas
se faça o levantamento também dos riscos (ABNT) , NBR 5410 para Instalações Elétricas
envolvidos em cada passo acompanhado das de Baixa Tensão e NBR 14039 – Instalações
respectivas medidas de controle. Elétricas de Média Tensão – 1,0 kV a 36,2
kV.
Para se instalar um conjunto de aterramento
temporário existe todo um ritual que deve es- Citamos abaixo outras normas da ABNT que
tar escrito em um procedimento operacional tem correlação com atividades envolvendo
padrão (POP) acompanhado do responsável eletricidade:
pela elaboração do mesmo, recursos, tempos
e movimentos necessários sempre conside- NBR 5418 – Instalações Elétricas em Atmos-
rando os riscos envolvidos na atividade, par- feras Explosivas
ticularmente o nosso caso que é eletricidade NBR 5419 – Proteção de Estruturas Contra
envolvendo o SEP. Descargas Atmosféricas
NBR 6533 - Estabelecimento de Segurança
aos Efeitos da Corrente Elétrica que Percorre
o Corpo Humano.

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Regulamentações do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE:

São 33 Normas Regulamentadoras estabele-


cidas pela portaria 3214 do MTE e citamos
abaixo algumas que consideramos de funda-
mental importância para a segurança dos tra-
balhadores envolvidos com eletricidade.

NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Norma Regulamentadora NR 10 – Esta nor-


ma é fundamental para a organização das
atividades envolvendo eletricidade e trata-se
de conformidade legal. Citamos abaixo a es-
trutura da mesma e que esta anexada a esta
apostila. (Observar aspectos de GESTÃO e
RESPONSABILIDADES)

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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO B
Aspectos Comportamentais
1.1 - Cultura Organizacional
1.2 - Comportamento de Risco
1.3 - Medidas de Controle

Segurança Comportamental
Em Serviços com Eletricidade

Sumário

1 - Objetivos do Módulo de Segurança


Comportamental
2 - Mudança e Segurança Comportamental
3 - Reconhecimento e Avaliação dos Riscos
4.6 - Barreiras aos Acidentes
5.7 - Causas Comuns de Acidentes de Trabalho
e seus Prejuízos
6.8 - Tipos de Comportamento e suas
Características
7.9 - O Comportamento e os indicadores de
Segurança
8.10 - Percepção do Risco e seu
Gerenciamento
9.11- Estilos de Comunicação e o
Comportamento na Empresa
10.12 - Administração de Conflitos / Buillying
11.13 - Equilíbrio de Emoções
12.14 - Higiene Ocupacional e Pessoal
13.15 - Trabalho em Equipe e Hierarquia
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1. OBJETIVOS DO MÓDULO DE cedimentos de segurança dos trabalhadores,
nas ações displicentes ou inseguras no traba-
SEGURANÇA COMPORTAMENTAL lho, bem como a falta de valorização do fator
segurança no processo produtivo como um
Fornecer aos trabalhadores que interagem todo.
com eletricidade conhecimentos e práticas
sobre a conduta de cada um frente às exi-
gências no âmbito da segurança pessoal no Mudança Comportamental
trabalho.
E o que dizer quando nos referimos aos
riscos com eletricidade?
2. MUDANÇA E SEGURANÇA
COMPORTAMENTAL - Apresentam características específicas:
não têm cor e nem cheiro.
- Oferecem potencial para sérias conseqüên-
Tem por finalidade demonstrar a importância
cias: queimaduras, afastamentos do trabalho,
da Segurança Comportamental no ambiente
perda de algum membro do corpo,
de trabalho em presença da eletricidade. Ou
morte, etc.
seja, avaliar a relação entre:

Comportamento de Risco X Comportamento Seguro EM OUTRAS PALAVRAS:


Não há mágica

Quando o assunto for segurança em


eletricidade, sua excelência depende
por parte de todos nós de:
- Compromisso
- Responsabilidade
- Integração
- Envolvimento
- Mentalidade “Acidente Zero”

Reconhecendo e Avaliando
A mudança comportamental com foco na os Riscos
segurança do trabalho e a melhoria constan-
tes no ambiente de trabalho constituem uma
ferramenta eficaz na prevenção de aciden-
tes dentro das empresas e poderá ser usa-
da como estratégia para alcançar metas, tais
como, redução de perdas, redução de aciden-
tes, redução de custos, os quais irão incidir
diretamente no lucro das empresas.

Os principais fatores que levam ao acidente


residem nas condições inseguras no posto
de trabalho, nas falhas ou ausência de pro-
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Os trabalhadores com eletricidade devem co- Barreiras aos Acidentes
nhecer todo o processo produtivo dentro
da atividade que executa.
Ao adotar o comportamento seguro, toman-
do as medidas de controle pertinentes a cada
etapa em execução, acarretará num baixo ín-
dice de acidentes.

Reconhecendo e Avaliando
os Riscos

Barreiras aos Acidentes


Conclusão
Ao reconhecer o perigo característico de cada
etapa em execução, deve-se avaliar o risco – - Muitas vezes o trabalhador se expõe ao
probabilidade de acontecer um acidente. risco por desconhecer os perigos aos
Considera-se um risco aceitável quando há quais está exposto
meios de evitá-lo, ou seja, adotando um com- - Assim, dificilmente ele reconhecerá os ris-
portamento seguro. cos da tarefa e a probabilidade de se expor
Quando o risco é inaceitável, faz-se a elimina- ao perigo fica aumentada em razão de suas
ção ou controle adotando o comportamento práticas de comportamento inseguro
seguro. (ou de risco).
- E o pior: quanto menos o trabalhador perce-
ber o risco mais ele estará exposto aos peri-
Em eletricidade não se admite dúvida, exige gos e, como conseqüência, aos acidentes.
conhecimento nos procedimentos e identifi- - Causas da Maioria dos Acidentes de Trabalho;
cação dos possíveis riscos a que estão su- - Falta de planejamento e/ou programação;
jeitos. - Improviso ou despreparo do trabalhador;
Se o perigo não foi identificado como um - Procedimentos de trabalho inexistentes ou
inadequados;
possível risco, seja pelo desconhecimento, - Inexistência ou inadequação das APR’s;
ações displicentes, desvalorização do fator - Uso inadequado ou inexistência de EPC’s e EPI’s;
segurança, etc , o trabalhador estará adotan- - Uso incorreto ou inexistência de instrumentos ou
ferramental;
do comportamento de risco, o qual levará a
- Tolerância por parte da empresa no descumprimento
ocorrência de acidentes. das normas de segurança pessoal;

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- Sinalização de segurança inexistente, deficiente - Ao se encaminhar para a poltrona, você se
ou inadequada;
preparou, calculou ou mediu a distância que
- Falta de comprometimento, negligência ou omissão
por parte das pessoas envolvidas. teria que percorrer?
- Abriu a porta da sua casa ao entrar ou ela já
estava aberta?
Prejuízos Causados pelos Aciden-
tes de Trabalho BOA força do hábito

EFEITOS NAS EMPRESAS - Fazer testes nos equipamentos de


segurança antes das atividades
- Perda de colaboradores qualificados, expe- - Fazer uso correto de EPI’s
rientes, somada à perda do investimento des- - Manter os corredores e equipamentos
pendido para treiná-los; de emergência desobstruídos
- Cumprir as regras de segurança
- Indenizações a trabalhadores feridos e a pa-
rentes de trabalhadores que falecem no exer- MÁ força do hábito
cício de sua profissão;
- Entrar em zonas de risco sem autorização
- Multas trabalhistas; porque havia pressa
- Realizar trabalhos sem EPI’s apropriados
- Perdas de contratos, principalmente - Utilizar ferramentas inadequadas somente
os maiores. porque elas estavam disponíveis por perto
- Identificar uma não conformidade e “deixar
para corrigir quando eu tiver tempo”.
Comportamento com Foco na
Segurança do Trabalho
Analisando a Redução dos Riscos
Alguns dos fatores que contribuem para a
A capacidade de indicar e controlar os riscos
REDUÇÃO dos riscos:
em uma atividade no presente, de forma a
- Freqüência do comportamento seguro
reduzir a probabilidade de ocorrências inde-
- Atualização das normas e
sejáveis no futuro, para si e para os outros.”
procedimentos operacionais
- Senso de segurança
- Qualidade na comunicação
Tipos de Comportamento e suas
- Quantidade de comunicações
Características: A FORÇA DO HÁBITO - Sentimento de controle pessoal pela
segurança
Nós usamos os sentidos tão freqüentemente
- Apoio aos colegas de trabalho
que na maioria das coisas que fazemos não
- Responsabilidade individual
precisamos sequer pensar nelas.
Estilos Pessoais de Comunicação
Quando fazemos alguma coisa sem precisar
O “EU” e como me comunico:
PENSAR nela, então estamos tendo um com-
- Com os COLEGAS;
portamento chamado: FORÇA DO HÁBITO.
- Com a EMPRESA;
- Respirou
- Com as PESSOAS, em geral.
- Leu o jornal
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Estilos Pessoais de Comunicação - Olha de revés o seu interlocutor;
- Demonstra sorriso irônico;
- Manifesta por mímica o seu desprezo ou a sua
desaprovação;
- Recorre a imagens chocantes ou brutais.

- Estilo MANIPULADOR.
- Valoriza o outro através de frases que pretende
que sejam humorísticas e que denotem inteligência
e cultura;
- Utiliza a simulação como instrumento. Nega fa-
Principais estilos pessoais de tos e inventa histórias para mostrar que as coisas
comunicação: não são da sua responsabilidade;
- Fala por meias palavras;
- Estilo PASSIVO: - É mais hábil em criar conflitos no momento
oportuno do que reduzir as tensões existentes;
- Sente-se bloqueado quando lhe apresentam um - Tira partido das leis e das regras, adapta-o aos
problema para resolver; seus interesses e considera que, quem não o faz é
- Tem medo de avançar e de decidir porque receia estúpido;
a decepção; - Emprega freqüentemente o “nós” e não o “eu”;
- Tem medo de importunar os outros; - Apresenta-se sempre cheio de boas intenções.
- Deixa que os outros abusem dele;
- O seu “time” é o time do ambiente onde está
inserido;
Comportamento na Empresa:
- Ele tende a fundir-se com o grupo, por medo.
POSTURA PROFISSIONAL
- Estilo AGRESSIVO; Comportamento que pode pesar mais que o próprio
desempenho do indivíduo na empresa.
Procura:
- Dominar os outros;
Administrando Conflitos no Trabalho
- Valorizar-se às custas dos outros;
- Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que
1. Fase inicial
os outros fazem e dizem.
- Antes de tratar um conflito é necessário:
- Levantar os indícios, dados e fatos pertinentes,
- Em posição dominante: autoritarismo, frieza, me-
e discuta com as pessoas envolvidas.
nosprezo, intolerância;
- Mostre às pessoas envolvidas os benefícios po-
tenciais do tratamento do problema.
- Em posição subordinada: contestação sistemáti-
- Ouça atentamente, encoraje-as, desfazendo as
ca, hostilidade “ a priori” contra tudo o que vem
defesas e as resistências.
de cima.
- Tendo conseguido a adesão significativa, o con-
flito está maduro e pronto para ser tratado.
COMO IDENTIFICAR:
- Passe, então, para a fase seguinte.
- Fala alto;
- Faz barulho com os seus afazeres enquanto
POSTURA NO ATENDIMENTO A OUTRA PESSOA
os outros se exprimem;
- Seja objetivo;
- Não controla o tempo enquanto fala;
- Chame sempre seu interlocutor pelo nome;

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- Olhe nos olhos; Bullying no Ambiente de Trabalho
- Mostre-se interessado em atendê-la;
- Não desvie o assunto após “quebrar o gelo”. É uma brincadeira que não tem graça.
Quem sofre com o bullying é o perseguido, o hu-
EVITE ATITUDES TAIS COMO: milhado e o intimidado.
- Prometer e não cumprir
- Indiferença e atitudes indelicadas Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos...
- Não ouvir - Ocorre principalmente nos ambientes de
- Dizer que ele não tem o direito de estar trabalho e familiar;
“nervoso” - Apresenta atitudes intencionais e repetidas
- Agir com sarcasmo e prepotência (às vezes agressivas);
- Questionar sua integridade - São tradicionalmente admitidas como naturais;
- Discutir - Habitualmente é incorporado ou não valorizado
- Não dar retorno pelos colegas e supervisores.
- Usar palavras inadequadas
- Apresentar aparência e postura pouco
profissionais EXEMPLOS DE AÇÕES QUE PODEM ESTAR
PRESENTES NO BULLYING
MANTENDO UM BOM RELACIONAMENTO PESSOAL
É todo comportamento que afeta negativamente - Colocar apelidos - Ofender
a produtividade e a harmonia de um ambiente de - Zoar - Gozar - Encarnar
trabalho. - Sacanear - Humilhar - Chutar
Os conflitos surgem , geralmente , pela elevada - Fazer sofrer - Discriminar
intensidade das insatisfações - Excluir - Isolar - Ignorar
- Intimidar - Ferir - Roubar
- Perseguir - Assediar - Bater
CAUSAS DOS CONFLITOS NO AMBIENTE - Aterrorizar - Amedrontar
DE TRABALHO - Tiranizar - Dominar - Agredir
- Empurrar - Quebrar pertences
- Competição entre pessoas por recursos disponí-
veis, porém escassos; Características da vítima do Bullying:
- Divergência de alvos entre as pessoas; - Passiva ou retraída;
- Tentativas de autonomia/libertação de uma das - Medrosa e não participativa;
pessoas em relação a outra. - Com falta de sono ou pesadelo;
- Com dificuldade de atenção;
- É o centro das atenções (negativas) dos
ADMINISTRAÇÃO DOS CONFLITOS? colegas;
- Apresenta impulsividade ou agressividade
Estimular a competitividade saudável (às vezes).

Evitar “colocar a lenha na fogueira”. Fatores de Risco para a presença do Bullying:


- Fatores econômicos, sociais e culturais;
Colaborar para se encontrar soluções - Aspectos inatos do temperamento do agressor;
- Influências familiares, de amigos ou da própria
Entrar em acordo. comunidade;
- Diferenças físicas; Origem da vítima.
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Formas de prevenção do Bullying: E o que faz, portanto, a diferença? A ATITUDE
Promover a orientação através da informação e
discussão do assunto na comunidade; - A atitude, cada um desenvolve a sua.
Criar regras de convivência claras e discuti-las; A escolha é de cada um;
Valorizar a ética, a amizade, a solidariedade e o - Como vai pensar, como vai relacionar,
respeito à diversidade como vai agir;
Estimular as vítimas a reconhecerem seus talen- - O sucesso de uma equipe está, pois, por
tos. detrás da atitude de cada um de seus
membros.
Formas de Intervenção do Bullying:
O BULLYING só é interrompido pela interferên- POSTURA NO ATENDIMENTO
cia de pessoas que tenham autoridade sobre seus A OUTRA PESSOA
praticantes;
Oferecer apoio e confiança aos alvos; - Seja objetivo;
Buscar o diálogo; - Chame sempre seu interlocutor
O BULLYING É PASSÍVEL DE PUNIÇÃO! pelo nome;
- Olhe nos olhos;
- Mostre-se interessado em atendê-la;
O QUE É UMA EQUIPE? - Não desvie o assunto após
“quebrar o gelo”.
Uma equipe se forma quando 2 ou mais indivíduos
interdependentes e em interação se aproximam vi-
sando a obtenção de um determinado objetivo.

- O que significa trabalhar em equipe?


- Cumprir com suas responsabilidades no
tempo estabelecido
- Focar nos detalhes, sem esquecer o geral
- Ajudar
- Apoiar
- Compartilhar conhecimentos
- Compartilhar experiências
- Motivar-se e procurar motivar os outros

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JRK OCUPACIONAL
MÓDULO C
1. Condições Impeditivas para Serviço

2. Riscos Típicos no SEP e sua prevenção

a) Proximidade e Contato com Partes Ener-


gizadas
b) Indução
c) Descargas Atmosféricas
d Estática
e) Campos Elétricos e Magnéticos
f) Comunicação e Identificação
g) Trabalhos em Altura , Máquinas
e Equipamentos Especiais

3. Análise de Risco

4. Procedimentos de Trabalho

5. Liberação de Equipamentos

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1. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS exposição do trabalhador, mesmo que tenha
PARA SERVIÇO que utilizar do direto de recusa.

Todo e qualquer elemento que ocasione riscos Pode ser negociado com a operação medidas
para a segurança e saúde dos trabalhadores para desenergizar o circuito com rápido des-
deverão ser tratados como condições impedi- ligamento do sistema elétrico para remoção
tivas para serviços, dessa forma temos: do agente de risco ou reprogramar o desliga-
mento e o serviço.
Agentes Biológicos: Soluções de Engenharia são sempre reco-
- Presença de Animais – é muito comum em mendadas para evitar entrada de animais e
canaletas cabos e mesmo dentro de cubículos aproximação de partes energizadas que de-
a presença de animais. Estes animais podem vem estar segregadas dentro de cubículos
apresentar riscos para o trabalhador caso se- evitando assim qualquer contato acidental.
jam peçonhentos (cobra, aranha, escorpião
etc...) e outros animais podem representar Agentes Físicos:
situação de perigo com algo grau de risco
pela proximidade de barramentos energiza- - Ruído – Não é característico do SEP apre-
dos , particularmente dentro de cubículos. É sentar níveis de ruído que venha a compro-
bom lembrar que Ratos, Gambás, Micos, ga- meter a saúde auditiva do trabalhador. Os
tos, Cobras e outros animais costumam en- ambientes que apresentam níveis de ruído in-
trar nos cubículos e provocar curto circuitos salubres normalmente estão no ambiente da
e arco elétrico com explosão e emissão de geração de energia, tendo o Gerador como
radiação com gases em altas temperaturas. principal de fonte de ruído. Os projetos mod-
ernos já fazer um bom controle na fonte de
- Ocorrem também situações de maribondos geração com encapsulamento e adoção de
e Abelhas que exigem técnicas apropriadas barreiras de isolamento acústico de forma a
de remoção. fazer a contenção dos ruídos gerados.
- Recomendamos sempre o respeito a Fauna Mas existem ainda em operação instalações
Local com os devidos cuidados quanto a As- antigas , onde o nível de automação ainda é
pectos e Impactos Ambientais . Existe legis- baixo e equipamentos ruidosos ainda colocam
lação pertinente com responsabilidade civil e a saúde auditiva do trabalhador recebe doses
criminal para crimes ambientais. excessivas segundo a NR 15 e que requerem
a utilização de protetores auriculares. (as vez-
es usam dupla proteção auditiva – protetor
- O corpo de bombeiros, policia florestal , tipo plug + protetor tipo concha)
IBAMA e outros órgãos prestam serviços Os famosos carregadores de bateria (antigos)
nesta área. ainda apresentam altos níveis de ruído, par-
ticularmente nos horários vespertino e no-
O que fazer então em tal situação ? Usar do turno quando o ruído de fundo fica bastante
direto de recusa ? reduzido.
Nestes casos recomendamos sempre a solução Enfim , a recomendação é fazer um laudo téc-
que garanta a segurança dos trabalhadores e nico com o levantamento dos níveis de ruído
do sistema elétrico. Providências imediatas da instalação e caso estejam acima dos níveis
devem ser tomadas no sentido de evitar a aceitáveis.
18
(NR 15 ) adotar as devidas medidas de con- a saúde do trabalhador, portanto recomenda-
trole (EPI,s , EPC,s ) e se for o caso , remover mos recursos apropriados para trabalhos em
a fonte de ruído como medida de engenharia altura (andaimes, plataformas elevatórias e
de segurança e saúde ocupacional. outros) no sentido de manter o conforto para
atividades que requerem longos períodos em
- Radiações : A exposição a radiações ultra uma mesma posição.
violetas pode provocar câncer de pele e a re-
comendação para trabalhos no SEP ao ar livre No SEP é comum trabalhos em altura em
é a utilização do filtro solar conforme fator re- função das distancias de segurança (área de
comendado pela área de medicina ocupacio- risco e controlada) com relação ao potencial
nal da empresa com a respectiva hidratação de terra e pessoas.
em dias de muito calor. O atual cinto de segurança ; tipo paraque-
dista, com recurso anti queda e linha de vida,
- Umidade – Não combina com eletricidade melhorou muito a segurança do eletricista
para efeito da segurança do trabalhador, por- quanto ao conforto tanto na subida quanto
tanto em situação de forte chuva com descar- na descida.
gas atmosféricas o serviço pode ser suspenso
e reprogramado. Obs. É considerado trabalho em altura , ativi-
dades realizadas acima de 1,80 metros do solo
- Agentes Químicos – Em salas de bateria conforme a portaria 3214 do MTE . Algumas
é comum a presença de agentes químicos e empresas são mais rigorosas e adotam va-
portanto nestes ambientes é muito impor- lores acima de 2,00 metros (ex, VALE).
tante a utilização dos EPI,s apropriados para
lidar com produtos químicos (luvas, óculos - Riscos de Transporte de Pessoal
e outros). Lembramos que bateria explode É muito comum o registro de acidentes en-
e portanto , sempre que entrar em salas de volvendo veículos em empresas que fazem a
bateria deve-se utilizar dos recursos de ven- manutenção e operação do SEP em função
tilação para retirada de gases presentes no das longas distancias a serem percorridas.
ambiente, particularmente as subestações ou Estes acidentes ocorrem as vezes por falha
instalações elétricas automatizadas e fecha- mecânica dado a envelhecimento da frota ou
dos por longos períodos. falta de manutenção.

Obs. O Ascarel é proibido e portanto se exis- Mas o que se verifica na prática são acident-
tir bancos de capacitores ou transformadores es decorrentes do comportamento de risco
com este tipo de liquido isolante, é impor- do condutor do veiculo. Um dos fatores que
tante verificar a existência de vazamentos e tem levado a muitos acidentes com veículos
evitar qualquer contato. Cuidados ambientais é o USO DO CELULAR AO VOLANTE, aliado
devem ser tomados para remoção deste re- a pressa ou falta de tempo para estacionar o
síduo perigoso. veiculo. Lembramos que a PRESSA é sinal
dos nossos tempos e que é inimiga da per-
- Riscos Ergonômicos – As posturas de feição, e mui amiga do ATALHO ou Jeitinho
trabalho envolvendo atividades de eletrici- de chegar mais RÁPIDO.
dade, particularmente trabalhos em altura ,
onde exige do trabalhador longos períodos Grande empresa do setor de mineração im-
apoiados única e exclusivamente em cintos de plantou recentemente um sistema chamado
segurança, podem comprometer seriamente RAC – Requisitos de Atividade Crítica e uma
19
das atividades críticas é a condução de veícu- Somente será autorizado a trabalhar com
los dentro e fora das minas. Eletricidade ou em suas proximidades os tra-
O transporte de pessoas junto materiais e eq- balhadores que tenham realizado com suces-
uipamentos no mesmo compartimento não é so os treinamentos estabelecidos pela NR 10
recomendado devido aos riscos envolvidos em seus anexos 1e 2 respectivamente (Cur-
em caso de impacto e contato com partes so Básico e Complementar – SEP , ambos
cortantes expostas. Ex. Pessoal de Limpeza de 40 hs) . O curso de Reciclagem deve ser
e Aceiro de Faixa de Servidão carregar Facão, ministrado caso de afastamento da função
Foice, Motoserra e outros recursos para pode (90 dias) , mudança de função ou ambiente
de arvores junto com a equipe de trabalho. As ocupacional.
vezes sobre banco de passageiros.
Mesmo tendo conhecimento dos riscos en-
Enfim , embora a gravidade da fonte de en- volvidos o eletricista pode tocar acidental-
ergia elétrica seja altíssima , devemos cuidar mente ou aproximar acidentalmente de partes
também dos agentes que possam impedir a energizadas. A aproximação de partes energi-
realização do serviço de forma segura. zadas , particularmente no SEP, é possível de
ocorrer acidentalmente pelo uso de ferramen-
6. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS tas e equipamentos. Neste caso a utilização
de medidas de controle é fundamental.
Riscos Típicos no SEP e sua prevenção:
a) Proximidade e Contato com Partes Temos como medidas de controle a sinaliza-
Energizadas ção e delimitação da área de serviço através
b) Indução da instalação de Barreiras Isolantes que são
c) Descargas Atmosféricas fabricadas em cores vivas e de cor alaranjada
d) Estática de forma a evitar que o trabalhar possa subir
e) Campos Elétricos e Magnéticos a estrutura e entrar no circuito energizado. A
f) Comunicação e Identificação instalação de Barreiras isolantes é obrigatório
g) Trabalhos em Altura , Máquinas e segundo a NR 10, sempre que existir o risco
Equipamentos Especiais de violação da distância de segurança con-
forme tabela abaixo:
a) PROXIMIDADE E CONTATO COM
PARTES ENERGIZADAS:

A proximidade com partes energizadas pode


ocorrer no momento que as distâncias de se-
gurança forem violadas. Vale lembrar que so-
mente os profissionais Qualificados e Autor-
izados a trabalhar com eletricidade e que tem
o conhecimento dos riscos envolvidos é que
podem adentrar as Zonas de Risco e Zona de
Controle. Os trabalhadores não Autorizados
a trabalhar com eletricidade, mesmo tendo As barreiras são obstáculos que impedem o
a qualificação somente devem ter acesso ao contato acidental com partes energizadas do
ambiente de risco elétrico com o acompanha- SEP e podem ser de material isolante ou não.
mento e supervisão de profissional autorizado. Para ampliar a Zona de Controle e adentrar a
Zona de Risco deve-se SEMPRE utilizar Bar-
20
reiras feitas com Material Isolante (Cuidado B) INDUÇÃO:
com o Nível de Tensão ).
A indução ocorre no SEP devido aos altos
Com o objetivo de ampliar a Zona de Livre níveis de tensão que facilitam a formação de
Acesso (Pessoal Não Autorizado) pode ser campos eletromagnéticos com a indução de
utilizada Barreira de material não isolante, correntes em partes metálicas. Desde que
mas que tenha resistência mecânica e impeça estas partes metálicas estejam conectadas a
deslocamento em caso de contato acidental. uma boa malha de terra , podemos dizer que
Um cubículo que torna a parte energizada não existe risco de choque elétrico por tensão
segregada e inacessível, inclusive aciden- de toque e tensão de passo. Caso o aterra-
talmente é um obstáculo e uma barreira ao mento do sistema não seja muito confiável
mesmo tempo, pois impede acesso voluntário estas tensões induzidas podem promover di-
a partes energizadas, portanto recomendada ferença de potencial entre partes metálicas e
em locais de livre acesso. a terra ou gradientes de potencial na terra.

Quando tocamos uma estrutura metálica de


uma instalação do SEP e sentimos o choque
(as vezes com ruído característico) é porque
estamos descarregando a tensão induzida em
nosso corpo para a malha de terra do siste-
ma.
Problemas decorrentes de tensão induzida
devem ser resolvidos preferencialmente pela
equipe de engenharia através de medições da
malha de terra do SEP e verificação dos va-
lores limites estabelecidos pelas normas da
ABNT. ( ver normas módulo A).

C) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As descargas atmosféricas ocorrem devido a


uma diferença de potencial entre as nuvens
e a terra. È como um grande capacitor, onde
a base na base da nuvem são formadas car-
gas estáticas de polaridade positiva e induz
na terra potencial negativo. Em determinadas
condições de temperatura e pressão atmosfé-
rica (CNTP) , há formação de uma descarga
chamada lider em direção a terra na veloci-
dade de 50 metros por segundo , chamada
descarga descendente . No mesmo instante
forma-se uma descarga em direção à nuvem
chamada descarga ascendente. No instante
em que estas descargas se encontram temos
uma espécie de curto circuito (RAIO) com
explosão (trovão) e grande emissão de ener-
21
gia (ralâmpago) da nuvem para a terra. energia de forma a mantê-los dentro dos ní-
O ponto de encontro dessas descargas (Dis- veis recomendados.
tância de Descarga ou Escorvamento) é fun- Existem muitas pesquisas sobre questões de
damental para dimensionamento da altura do insalubridade para os trabalhadores que ficam
mastro para instalação do para raio. Normal- sujeitos a estes campos, mas ainda não foi
mente estes valores são diagnosticados atra- comprovado cientificamente danos a saúde.
vés de sistemas de monitoramento de des-
cargas atmosféricas.
O que importa de fato , sob o ponto de vista Vale lembrar que em Saúde Ocupacional, a di-
da segurança ocupacional é que a engenharia ferença entre REMÉDIO e VENENO é a DOSE
do SEP faça bons projetos de malha de aterra e tempo de exposição.
e Sistemas de Proteção Contra Descarga At- Dependendo da DOSE e o Tempo de Exposi-
mosférica (SPDA) com objetivo de proteger ção até Remédio pode provocar sérios danos
equipamentos e fundamentalmente PESSO- a saúde humana.
AS. Existem ainda muitas crendices com relação
a danos provocados a saúde humana pelos
Bons projetos garantem mais de 90% de se- campos eletromagnéticos no SEP.
gurança contra penetração de descargas at-
mosféricas no SEP. Com certeza as descargas F) COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
iram acontecer, principalmente em regiões de
alta incidência de descargas atmosféricas ( ní- Falhas de comunicação podem provocar aci-
vel ceraunico) , mas é muito importante para dentes graves em trabalhos no SEP. Como
a segurança do trabalhador que todas tenham as atividades no SEP envolve grandes distân-
o endereço certo da malha de terra. cias entre equipes e entre essas e os centros
Como medida de controle para garantir a se- de operação , a utilização correta dos recur-
gurança do eletricista é fundamental e obri- sos de comunicação (Rádios Portáteis – UHF,
gatório , inclusive por força de lei (NR 10 ) a VHF, Via Satélite e Outros) é fundamental para
utilização de sistema de aterramento TEMPO- garantir a segurança do trabalhador.
RÁRIO. Sistemas de comunicação costumam sofrer
Recomendação IMPORTANTE ......NUNCA interferências que poderão levar a ações inse-
ESQUECER de fazer o Teste de Ausência de guras como o entendimento de estar ou não
Tensão antes de aplicar o aterramento e uma liberado pela operação (PLE).
vez liberado o equipamento para energização Na prática , falhas de comunicação ocorrem
fazer a retirada do mesmo. devido atitudes ligadas a comportamento de
Maiores detalhes serão passados no item risco do trabalhador ao usar o recurso. Es-
Procedimentos de Segurança. sas falhas decorrem na maioria das vezes por
tensões geradas no relacionamento entre o
D/E) CARGA ESTÁTICA E CAMPO pessoal de manutenção e operação do siste-
ELETROMAGNÉTICO ma. De um lado a pressão pela liberação do
serviço e energização do sistema e de outro
As cargas estáticas e campos eletromagnéti- a preocupação da equipe em manter a con-
cos ocorrem naturalmente em ambientes do centração no serviço que exige um raciocínio
SEP devido aos elevados níveis de tensão, lógico e muito equilíbrio emocional.
conforme já dito anteriormente. O importante No módulo B (Aspectos Comportamentais)
sob o ponto de vista da segurança ocupa- observa-se as diferentes personalidades
cional é o monitoramento destes campos de e formas de comunicação.
22
O importante sob o ponto de vista da segu- O eletricista deve ser submetido a exames ri-
rança ocupacional é eliminar ou controlar os gorosos para trabalho em altura. Existe limite
COMPORTAMENTOS DE RISCO que podem de peso e trabalhadores com problemas de
levar a falhas na comunicação e erros na SE- pressão arterial alta , labirintite , pânico e ou-
QUÊNCIA DE MANOBRAS do SEP e queima tros não devem subir.
de etapas ou passos importantes para garan-
tir a segurança do trabalhador.
A identificação do trabalhador é muito impor- O PCMSO – Programa de Controle Médico
tante, particularmente em caso de acidente. e Saúde Ocupacional estabelece exames que
Esta identificação pode ser feita através de devem ser realizados na contratação do tra-
crachás com nome , matrícula, função e com balhador com emissão de ASO (Atestado de
devida autorização para trabalhos envolvendo Saúde Ocupacional), periódico e demissional
eletricidade. em caso de desligamento. O importante é que
a vida LABORAL fique registrada para efei-
G) TRABALHOS EM ALTURA E to de aposentadoria e outros. O Perfil Pro-
EQUIPAMENTOS ESPECIAIS fissiográfico Previdenciário (PPP) é um ins-
trumento administrativo e legal para registro
Pelo portaria 3214 do MTE é considerado da vida laboral do trabalhador com objetivos
trabalho em altura , atividades de risco re- de Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) e
alizadas acima de 1,80 metros do solo. No Aposentadoria por tempo de serviço ou inva-
SEP é a segunda maior causa de acidentes as lidez.
quedas decorrentes de trabalhos em altura.
As vezes um pequeno choque sem maiores 3. ANÁLISE DE RISCO
conseqüências para a saúde do trabalhador
pode levar a queda por diferença de nível e A Análise de Risco é um recurso administra-
acidentes de alta gravidade, dependendo da tivo e tem conformidade legal com recomen-
altura pode chegar a morte. dação pela NR 10 e tem como objetivo levan-
tar todos os riscos decorrentes da atividade
É comum o pessoal da manutenção em Ilumi- a ser desenvolvida e estabelecer medidas de
nação Pública levar pequenos choques devi- controle.
dos a falhas de isolamento em reatores com
fuga para a carcaça do braço da luminária. O A Análise Preliminar de Risco (APR) e Análi-
que evita de fato a queda é a utilização dos se Preliminar de Tarefa (APT) são largamente
recursos adequados para trabalhos em altura utilizadas como medida de controle, e o que
como veremos no item de Equipamentos de diferencia uma da outra é que a APR pode ser
Proteção a seguir. apresentada em um padrão já determinando
os níveis referenciais de risco existentes con-
Os melhores recursos para trabalho em altura forme levantamento qualitativo e quantitativo
são os mecanizados com cestas aéreas com enquanto que a APT requer que o trabalhar
características de isolamento elétrica que im- faça anotações de próprio punho em vez de
pedem a presença de diferença de potencial e marcar como se fosse múltipla escolha. Na
conseqüentes choques. verdade , o ato de descrever os riscos e me-
Recurso como Escadas Isolante, Cintos de didas de controle é uma forma de forçar o
Segurança tipo para quedista com trava que- trabalhador dedicar de forma concentrada no
das e linha de vida são largamente utilizados levantamento dos riscos da tarefa ou ativida-
e recomendados por força de lei (NR 10).
23
de. A APR em forma de marcação de opções 4. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
(quadradinhos) leva a banalização da ferra- NO SEP
menta , pois torna-se repetitiva e burocráti-
ca.

A análise de riscos é um instrumento de con-


formidade legal que requer a assinatura de
todos trabalhadores envolvidos na atividade.
No ato da contratação do trabalhador é emi-
tida uma Ordem de Serviço conforme reco-
menda a NR 01 informando todos riscos do
cargo/função a ser ocupado.
A análise de risco também deve ser entendida Para instalações elétricas do SEP , é exigido
como uma forma de relato de não confor- procedimento operacional para serviços em
midades durante a execução da atividade de Linha Viva , a Distância e ao Potencial por
risco, pois sempre existem situações novas se tratar de circuitos energizados. Tais pro-
considerando que o SEP é bastante dinâmico cedimentos são rigorosos no que se refere
e tem comportamento sazonal; ou seja, época ao controle dos riscos envolvidos. O nível de
de seca temos queimadas e época de chuvas acidente para estas atividades em circuitos
descargas atmosféricas e outros riscos asso- energizados é muito baixo , pois existe todo
ciados a tempestades. um planejamento na fase de mobilização das
equipes de manutenção em Linha Viva. O es-
As empresas tem liberdade de criação dos tado de atenção e concentração é muito alto
seus modelos de analise de risco , o impor- dado a presença constante do risco grave e
tante é que se cumpra o mínimo recomendado eminente. A gravidade é altíssima e quando
pela lei; ou seja, levantamento dos riscos da ocorrem acidentes, na maioria são fatais com
atividade e respectivas medidas de controle. queimaduras de terceiro grau.
Além da Analise de Riscos desenvolvida na
fase de planejamento ou mobilização da equi- É preciso ordem de serviço (OS) específica
pe, pode-se utilizar uma espécie de Análise para cada tipo de serviço e criteriosa analise
de Riscos ao Pé do Poste que tem como ob- de riscos.
jetivo verificar aspectos da realidade do local O serviço é todo monitorado , particularmen-
conforme análise preliminar de riscos. te aqueles onde o eletricista entra no poten-
cial. Os maiores riscos ocorrem na entrada
Apresentamos abaixo um modelo de e saída do potencial com utilização de EPI,s
Analise de Risco. especiais. Durante a realização dos serviços
ao potencial com a utilização de andaimes
isolados, é monitorada durante todo tempo
a corrente de fuga no sentido de avaliar as
condições de isolamento.
O controle de umidade relativa do ar é rigo-
roso para que não seja violada as condições
mínimas de isolamento durante a realização
da atividade.
É recomendável na fase de planejamento que
se faça consulta ao sistema de monitoramen-
24
to e previsão do tempo, para minimização dos ço uma Seqüência de Manobras que deve ser
riscos de elevação da umidade. realizada pelo pessoal da operação do SEP e
O bloqueio dos relés de religamento automáti- com o devido reconhecimento do Supervisor
ca é um procedimento de segurança em caso ou responsável técnico da manutenção.
de falha ou defeito no SEP e para garantir a O pedido de Liberação de Equipamentos pode
segurança do trabalhador. ser solicitado pelo pessoal da manutenção,
A emissão do pedido de liberação de equipa- obras, projetos e outros e deve ser emitido
mentos pelo Centro de Operação do Sistema sempre que ocorra riscos de desligamentos
(onde houver) com abertura de Permissão acidentais no sistema elétrico ou TRIP ACI-
para Trabalho (PT) é procedimento muito im- DENTAL e também risco envolvendo segu-
portante. rança de pessoas.

Em caso de manobras no sistema para iso- Em alguns sistemas as manobras podem ser
lamento elétrico e desenergizaçao do circuito realizadas remotamente e com confirmação
a ser trabalhado é importante que haja emis- do estado de aberto ou sem carga pela equi-
são de seqüência que pode ser acompanhada pe local , que pode ser tanto da operação
pelo supervisor da equipe de manutenção que quanto da manutenção. É comum nas gran-
assina os documentos de liberação de serviço des empresas que atual no SEP , a figura do
ou equipamento. OPERADOR INTINERANTE que acompanha a
O perfeito entrosamento entre equipes de equipe de manutenção e promove a liberação
manutenção e operação é fundamental para dos equipamentos no local e inclusive auxilia
a segurança das atividades tanto na liberação na instalação dos conjuntos de aterramento.
do equipamento para manutenção quanto na A NR 10 é clara no sentido de quem deve
entrega do equipamento pelo pessoal da ma- promover os recursos de bloqueio de impe-
nutenção após realização dos serviços. dimento de energização, teste de ausência
de tensão, instalação de conjuntos de ater-
5. LIBERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ramento e sinalização de área é a equipe de
manutenção.
A Liberação de equipamentos é um procedi-
mento administrativo do SEP que tem como Reuniões periódicas (semanais) entre pro-
objetivo liberar equipamentos de transforma- gramadores da operação e manutenção são
ção, manobra, proteção e controle, medição, recomendadas no sentido de promover de
sistemas de telecomunicação e outros para forma segura o fechamento das Ordens de
intervenções nas Usinas , Subestações, Li- Serviço com os pedidos de liberação de equi-
nhas de Transmissão e Distribuição. pamentos.
A Liberação de Equipamentos (PLE) do SEP
para manutenção esta associada a uma Or- Vale lembrar que algumas liberações de equi-
dem de Serviço (OS) e a uma Permissão para pamentos que envolvem baixos níveis de ris-
Trabalho (PT). co para pessoas e equipamentos podem ser
realizadas com permissão de trabalho no lo-
Todos estes documentos tem conformidade cal (PT local) que conhecimento e autorização
técnica e legal e devem ser assinados pelo do pessoal da operação.
Responsáveis Técnicos da Operação e manu- Hoje existem vários mecanismos promovidos
tenção do SEP. pelas facilidades de comunicação via intranet
Fazem parte deste ritual de liberação de servi- e outros que agilizam com segurança a libe-
ração de equipamentos do SEP.
25
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO D
1.Técnicas de Trabalho sob Tensão

A) Em Linha Viva

B) Ao Potencial

C) Em Partes Internas

D) Trabalho a Distância

E) Trabalhos Noturnos

F) Ambientes Subterrâneos

2. Equipamentos e Ferramentas
de Trabalho

26
1. TÉCNICAS DE TRABALHO
SOB TENSÃO

Recomendações Gerais:
As atividade em instalações elétricas energiza-
das podem ser realizadas mediante a adoção
de procedimentos que garantam a seguran-
ça dos trabalhadores. Nessas condições de
trabalho, as atividades podem se desenvolver
mediante três métodos, abaixo descritos, os
quais serão tratados neste modulo:
Neste caso , o trabalhador adentra a zona de
- Método ao Contato risco e faz contato direto com o potencial,
- Método ao Potencial necessitando portanto de adoção de técnicas
- Método a Distância e recursos especiais para que efetiva garantia
da não ocorrência de diferença de potencial
Recomendações Específicas: entre o eletricista e a rede. Pode-se observar
a) Intervenções em instalações elétricas com na figura acima a utilização de mangas e lu-
tensões acima de 50 Vca ou 120 Vcc , con- vas isolantes de forma a garantir a segurança
sideradas extra baixa tensão ou tensão de do trabalhador.
segurança , somente poderão ser realizados
por profissionais qualificados, habilitados e È importante que todos recursos obedeçam
autorizados conforme recomenda item 10,8 as respectivas classes de tensão para cada
da NR 10. nível de tensão sob intervenção para serviços
ao contato no SEP.
b) Os trabalhos em instalações energizadas
devem obedecer condições mínimos de umi- Neste trabalho o eletricista fica no potencial
dade relativa do ar e outros parâmetros no intermediário, isolado do potencial de terra
sentido de garantir a efetividade do isolamen- através de escadas isolantes, plataformas ou
to dos circuitos. cestas aéreas.

c) Procedimentos de Segurança devem ser MÉTODO A DISTÂNCIA


preparados considerando o potencial de gra-
vidade deste tipo de intervenção no sistema
elétrico.

d) Em caso de percepção ou evidência de si- Ver na NR 10 em anexo-Tabela com distâncias de segurança.


tuação de risco grave e eminente , a atividade
deve ser imediatamente interrompida. O método a distância possibilita ao eletricista
executar atividades em componentes ener-
gizados do SEP se posicionando dentro da
zona controlada e com recursos de bastões
isolantes que garantem a segurança do po-
tencial de terra; ou seja, entre o eletricista e
o componente do sistema energizado recurso
27
com isolante adequado para garantir a sua sibilidade de circulação de corrente pelo cor-
segurança.Os bastões isolantes soa utilizados po do trabalhador.
com classe de isolamento para os respectivos
níveis de tensão a serem trabalhados. Para tanto é preciso a utilização de um con-
junto de vestimentas condutivas (vide figura
Sob o ponto de vista da segurança ocupa- abaixo) , conectando o corpo do eletricista
cional os bastões isolantes devem ser arma- ao potencial da rede através de um cabo con-
zenados em estufas e de forma a manter a dutor.
integridade do material isolante.
Neste serviço , os momentos críticos são a
Na fase de mobilização do serviço recomen- entrada e saída do potencial para que não
da-se fazer o teste de isolamento dos bastões haja diferença de potencial com ocorrência
com medição das correntes de fuga. de arco elétrico.

Existe equipamento portátil apropriado no Andaimes isolantes são utilizados para esta
mercado que possibilita este controle. finalidade com sistema de monitoramento
através de miliamperimetros que monitoram
Também segundo a NR 10, devem ser provi- os níveis de corrente de fuga. Também deve
denciados testes com periodicidade anual em ser realizado rigoroso controle da umidade
laboratório com emissão de certificado. relativa do ar através de termohigrômetros.

TRABALHOS NOTURNOS

Os trabalhos noturnos no SEP ocorrem em


momentos de emergência e normalmente
na ocorrência de tempestades com grandes
desligamentos de cargas. Neste momento a
pressão é muito forte para o pronto restabe-
lecimento do sistema. Este de fato é o grande
fator de risco para os eletricistas de plantão
e que trabalham em regime de escala de re-
vezamento.
MÉTODO AO POTENCIAL
As recomendações sob o ponto de vista da
O método ao potencial é largamente utiliza- segurança e saúde ocupacional do trabalha-
do em serviços de manutenção de linhas de dor é adotarem todos recursos de engenharia
transmissão, onde os desligamentos pro- para propiciar o maior conforto ocupacional e
gramados são menos freqüentes e implicam garantir a segurança das equipes de operação
em grandes interrupções no fornecimento de e manutenção do sistema.
energia, a menos que o sistema seja inter-
ligado, oferecendo alternativas em anel para Estas ações de engenharia envolvem fontes
alimentação do sistema de distribuição. alternativas de energia para garantir níveis
razoáveis de iluminação para realização das
É o método em que o eletricista fica em con- atividades de forma segura.
tato direto com potencial do sistema, ou seja,
não há diferença de potencial e portanto pos- Sob o ponto de vista da saúde ocupacional al-
28
gumas empresas utilizam de laboratórios do de controle para entrada , permanência e sa-
sono para monitoramento e controle do sono ída destas galerias subterrâneas.
com acompanhamento médico das equipes
que trabalham no horário noturno. A presença de atmosfera explosiva nestes
ambientes deve ser diagnosticada e monito-
Atividades que exigem precisam deve ser pro- rada e as ferramentas devem características
gramadas para os horários diurnos de forma de isolamento para trabalhos em áreas classi-
a garantir a segurança e a qualidade da infor- ficadas; seja, totalmente a prova de emissão
mação. de descargas elétricas que possam provocar
ignição do gás e explosão.
Em tempos passados, antes da automação da
subestações, os operadores tiravam leituras Para efeito da Saúde e Segurança Ocupacio-
dos equipamentos de medição praticamente nal , recomendamos que somente profissio-
de hora em hora e esta era uma forma de nais habilitados e autorizados a trabalhar em
mante-lo acordado e ativo na operação do espaços confinados segundo a NR 33 devem
sistema. adentrar galerias subterrâneas de linhas e re-
des de transmissão e mesmo assim adotan-
Para as equipes de plantão, particularmente do todas medidas de controle e proteção do
do sistema de distribuição , os veículos são trabalhador.
equipados com projetores instalados nos ve-
ículos e alimentados pela bateria do mesmo EXEMPLO
de forma a garantir recursos mínimos de ilu-
minação para intervenções no SEP. Estas in- Tripé trava quedas
tervenções normalmente são realizadas com São utilizados para conduzir trabalhadores na
o circuito desenergizado. entrada e saída de ambientes confinados.

ATIVIDADES SUBTERRANEAS

Existem verdadeiros SEP,s subterrâneos com


quilômetros de linhas de distribuição e trans-
missão de energia elétrica.

Os riscos envolvidos em atividades subterrâ-


neas estão ligados a presença de gases vene-
nosos que retiram a presença de ar respirá-
veis em suas taxas de oxigênio e nitrogênio ,
o que pode provocar desmaios e até a morte
de trabalhadores se o resgate não for provi-
denciado a tempo.

Estas galerias subterrâneas de cabos são


consideradas ESPAÇOES CONFINADOS com
risco de explosão e as questões de segurança
ocupacional devem ser tratadas a luz da NR
33 que estabelece procedimentos e medidas
29
2.EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS CADEIRA DE ACESSO AO POTENCIAL
Este dispositivo auxilia no transporte desde
DE TRABALHO do nível do piso até a cesta ou para se posi-
cionar em andaimes isolados.
Apresentamos abaixo tabela com as classes
de tensão e alguns Equipamentos de Prote-
ção do eletricista para Serviços sob Tensão
no SEP.

VARAS DE MANOBRA E BASTÕES

CONCEITO:
As varas de manobra e bastões isolantes tem
por objetivo garantir a distancia de segurança
EPI’s para proteção do corpo inteiro e o isolamento necessário nas intervenções
Vestimenta condutiva para serviços ao poten- em instalações elétricas.
cial (Linha Viva) São portanto , ferramentas e , ao mesmo
tempo, equipamentos de segurança coletiva.

INFORMAÇÕES GERAIS:
As varas de manobra mais usuais suportam
uma tensão de 100 kV por metro;
Sujeiras e umidade, reduzem drasticamente
o isolamento, por isso, antes de serem usa-
das , devem ser limpas de acordo com os
EPI’S PARA MEMBROS INFERIORES procedimentos respectivos;
Calçados condutivos: Destinam-se a prote- Outro aspecto importante é o acondiciona-
ger os trabalhadores quando em atividades mento para o transporte, que deve ser ade-
em “Linha Viva”. Possuem condutor metálico quado;
para conexão com a vestimenta condutiva de Para tensões acima de 60 kV devem ser tes-
trabalho tadas quanto à sua condutividade antes de
cada uso, com instrumento apropriado.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Tensão máxima: de 20 a 500 kV
Comprimento Total: de 1250 a 6450 kV
Diâmetro: de 25 a 38 mm

30
APLICAÇÕES:
Operações de instalação e retirada de conjun-
to de aterramento e curto-circuitamento tem-
porária em linhas desenergizadas.
Manobras de chave faca e chaves corta cir-
cuito fusível
Colocação e retirada de cartucho porta fusí-
vel e elo fusível
Detecção de Tensão
Troca de Lâmpadas e elementos do sistema
elétrico
Poda de Árvores e Limpeza de Redes

INFORMAÇÕES GERAIS:
São fabricados com materiais isolantes, nor-
malmente em fibra de vidro e epóxi;
São segmentos (aproximadamente 1m cada)
que se somam de acordo com a necessidade
de alcance;
São providas de suporte universal e cabeçote,
onde na ponta pode-se , p.ex, colocar um de-
tector de tensão, gancho para desligar chave
fusível ou para conectar o cabo de aterramen-
to nos fios etc....

NORMAS APLICÁVEIS:
ABNT NBR 11854
ASTM F711
IEC 855

31
JRK OCUPACIONAL
MÓDULO E

- NR

- RESGATE DE ACIDENTADO
E PRIMEIROS SOCORROS

- ACIDENTES DE ORIGEM ELETRICA


E RESPONSABILIDADES

32
INTRODUÇÃO Combustível
É todo material que queima.
A Proteção Contra Incêndio é um assunto um São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que
pouco mais complexo do que possa parecer. os sólidos e os líquidos se transformam pri-
A primeira vista, imagina-se que ela é com- mei-ramente em gás pelo calor e depois in-
posta pelos equipamentos de combate à in- flamam.
cên-dio fixados nas edificações, porem esta é Sólidos
apenas uma parte de um sistema, é necessá- Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
rio o conhecimento e o treinamento dos ocu-
pantes da edificação. Estes deverão identificar
e o-perar corretamente os equipamentos de
combate a incêndio, bem como agir com cal-
ma e racionalidade sempre que houver início
de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda
ao Corpo de Bombeiros através do telefone
193.

TEORIA DO FOGO
Líquidos
Conceito de Fogo: Voláteis – são os que desprendem gases in-
Fogo é um processo químico de transfor- flamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool,
mação. Podemos também defini-lo como o éter, benzina, etc.
resulta-do de uma reação química que des-
prende luz e calor devido à combustão de Não Voláteis – são os que desprendem gases
materiais di-versos. inflamáveis à temperaturas maiores do que a
do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.
Elementos que compõem o fogo
Os elementos que compõem o fogo são:
- Combustível
- Comburente (oxigênio)
- Calor
- Reação em cadeia

Esse quarto elemento, também denominado


transformação em cadeia, vai formar o qua-
drado ou tetraedro do fogo, substi-tuindo o
antigo triângulo do fogo.
Gasosos
Butano,
Propano
Etano, etc.

33
Comburente (Oxigênio)
É o elemento ativador do fogo, que se combi-
na com os vapores inflamáveis dos combustí-
veis, dando vida às chamas e possibilitando a
expansão do fogo.
Compõe o ar atmosférico na porcentagem de
21%, sendo que o mínimo exigível para sus-
tentar a combustão é de 16%.
Convecção
Calor É quando o calor se transmite através de uma
É uma forma de energia. É o elemento que dá massa de ar aquecida, que se desloca do lo-
início ao fogo, é ele que faz o fogo se propa- cal em chamas, levando para outros locais
gar. quanti-dade de calor suficiente para que os
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um materiais combustíveis aí existentes atinjam
super aquecimento em máquinas e aparelhos seu ponto de combustão, originando outro
energizados. foco de fogo.

Reação em Cadeia
Os combustíveis, após iniciarem a combus-
tão, geram mais calor. Esse calor provocará
o desprendimento de mais gases ou vapores
combustíveis, desenvolvendo uma transfor-
ma-ção em cadeia ou reação em cadeia, que,
em resumo, é o produto de uma transforma-
ção gerando outra transformação.

PROPAGAÇÃO DO FOGO

O fogo pode se propagar:

- Pelo contato da chama em outros


combustíveis;
- Através do deslocamento de partículas Irradiação
incandescentes; É quando o calor se transmite por on-das ca-
- Pela ação do calor. loríficas através do espaço, sem utilizar qual-
quer meio material.
O calor é uma forma de energia produzida
pela combustão ou originada do atrito dos
cor-pos. Ele se propaga por três processos
de transmissão:

Condução
É a forma pela qual se transmite o calor atra-
vés do próprio material, de molécula a molé-
cu-la ou de corpo a corpo.

34
PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES - Após a queima deixam resíduos, brasas e
DO FOGO cinzas;
- Esse tipo de incêndio é extinto principal-
Ponto de Fulgor mente pelo método de resfriamento, e as
É a temperatura mínima necessária para que vezes por abafamento através de jato pulver-
um combustível desprenda vapores ou ga- izado.
ses inflamáveis, os quais, combinados com o CLASSE B
oxigênio do ar em contato com uma chama, - Caracteriza-se por fogo em combustíveis
co-meçam a se queimar, mas a chama não líquidos inflamáveis;
se mantém porque os gases produzidos são - Queimam em superfície;
ainda insuficientes. - Após a queima, não deixam resíduos;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
Ponto de Combustão de
É a temperatura mínima necessária para que abafamento.
um combustível desprenda vapores ou gases
inflamáveis que, combinados com o oxigênio CLASSE C
do ar e ao entrar em contato com uma chama, - Caracteriza–se por fogo em materiais/equi-
se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, pamentos energizados (geralmente equi-pa-
o fogo não se apaga, pois essa temperatura mentos elétricos);
faz gerar, do combustível, vapores ou gases - A extinção só pode ser realizada com agente
suficientes para manter o fogo ou a transfor- extintor não-condutor de eletricidade, nunca
mação em cadeia. com extintores de água ou espuma;
- O primeiro passo num incêndio de classe C,
Temperatura de Ignição é desligar o quadro de força, pois assim ele
É aquela em que os gases desprendidos dos se tornará um incêndio de classe A ou B.
combustíveis entram em combustão apenas
pelo contato com o oxigênio do ar, indepen- CLASSE D
dente de qualquer fonte de calor. - Caracteriza-se por fogo em metais pirofóri-
cos (aluminio, antimônio, magnésio, etc.)
- São difíceis de serem apagados;
- Esse tipo de incêndio é extinto pelo método
de
abafamento;
CLASSES DE INCÊNDIO - Nunca utilizar extintores de água ou espuma
para extinção do fogo.
Os incêndios são classificados de acordo com
as características dos seus combustíveis. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Somente com o conhecimento da natureza
do material que está se queimando, pode-se Partindo do princípio de que, para haver fogo,
descobrir o melhor método para uma extin- são necessários o combustível, comburente
ção rápida e segura. e o calor, formando o triângulo do fogo ou,
mais modernamente, o quadrado ou tetraedro
CLASSE A do fogo, quando já se admite a ocorrência de
- Caracteriza-se por fogo em materiais sóli- uma reação em cadeia, para nós extinguirmos
dos; o fogo, basta retirar um desses elementos.
- Queimam em superfície e profundidade;
35
Com a retirada de um dos elementos do fogo, cadeia. Este método consiste no seguinte: o
temos os seguintes métodos de extinção: ex- combustível, sob ação do calor, gera gases
tinção por retirada do material, por abafa- ou vapo-res que, ao se combinarem com o
mento, por resfriamento e extinção química. comburente, formam uma mistura inflamáv-
el. Quando lançamos determinados agentes
Extinção por retirada do material extintores ao fogo, suas moléculas se dis-
(Isolamento) sociam pela ação do calor e se combinam
Esse método consiste em duas técnicas: com a mistura inflamável (gás ou vapor mais
- retirada do material que está queimando comburente), forman-do outra mistura não–
- retirada do material que está próximo ao inflamável.
fogo
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Destinam-se ao combate imediato e rápido de
pequenos focos de incêndios, não devendo
ser considerados como substitutos aos siste-
mas de extinção mais complexos, mas sim
co-mo equipamentos adicionais.

Extinção por retirada do comburente Extintores Sobre Rodas (Carretas)


(Abafamento) As carretas são extintores de grande volume
Este método consiste na diminuição ou im- que, para facilitar seu manejo e deslocamen-
pedimento do contato de oxigênio com o to, são montados sobre rodas.
combustível.
Recomendações:
- Instalar o extintor em local visível e
sinalizado;
- O extintor não deverá ser instalado em es-
cadas, portas e rotas de fuga;
- Os locais onde estão instalados os extin-
tores, não devem ser obstruídos;
Extinção por retirada do calor - O extintor deverá ser instalado na parede ou
(Resfriamento) colocado em suportes de piso;
Este método consiste na diminuição da tem- - O lacre não poderá estar rompido;
peratura e eliminação do calor, até que o com- - O manômetro dos extintores de AP (água
bustível não gere mais gases ou vapores e se pressurizada) e PQS (pó químico seco)
apague. deverá indicar a carga.

AGENTES EXTINTORES
Trata-se de certas substâncias químicas sóli-
das, líquidas ou gasosas, que são utilizadas
na extinção de um incêndio.

Os principais e mais conhecidos são:


Água Pressurizada
Extinção Química - É o agente extintor indicado para incêndios
Ocorre quando interrompemos a reação em de classe A.
36
- Age por resfriamento e/ou abafamento.
- Pode ser aplicado na forma de jato com-
pacto, chuveiro e neblina. Para os dois pri-
meiros casos, a ação é por resfriamento. Na
forma de neblina, sua ação é de resfri-amento
e abafamento.

ATENÇÃO:
- Nunca use água em fogo das classes
C e D. Pó Químico Especial
- Nunca use jato direto na classe B. - É o agente extintor indicado para incêndios
da classe D;
- Age por abafamento.

Espuma
- É um agente extintor indicado para incên-
dios das classe A e B.
- Age por abafamento e secundariamente por
resfriamento.
- Por ter água na sua composição, não se
pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois
Gás Carbônico (CO2) conduz corrente elétrica.
- É o agente extintor indicado para incêndios
da classe C, por não ser condutor de e-letri-
cidade;
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizado nas classes A, somente em seu iní-
cio e na classe B em ambientes fechados.

Pó ABC (Fosfato de Monoamônico)


- É o agente extintor indicado para incêndios
das classes A,B e C;
- Age por abafamento

Outros Agentes
Pó Químico Além dos já citados, podemos considerar
- É o agente extintor indicado para combater como agentes extintores terra, areia, cal, tal-
incêndios da classe B; co, etc.
- Age por abafamento, podendo ser também
utilizados nas classes A e C, podendo nesta GASES LIQÜEFEITOS DE PETRÓLEO (GLP)
última danificar o equipamento. O Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) é um
37
combustível composto de carbono e hidrogê- - Acionar o Corpo de Bombeiros no
nio. É incolor e inodoro e, para que possamos telefone 193
identifica-lo quando ocorrem vazamentos, - Abandonar o local;
é adi-cionado um produto químico que tem - Ventilar o máximo possível a área;
odor penetrante e característico (mecaptana, - Levar o botijão de gás para um lugar mais
etilmer-captan). O GLP é muito volátil e se ventilado possível;
inflama com facilidade. - Durante a noite, ao constatarmos vazamento
(odor) de gás, não devemos nunca a-cender
No caso de vazamento, por ser mais pesado a luz. Devemos fechar a válvula do botijão no
que o ar se deposita em lugares baixos, e em escuro e em seguida ventilar o ambiente.
local de difícil ventilação o gás fica acumulado,
misturando-se com o ar ambiente, formando Como se comportar quando ocorrer um va-
uma mistura explosiva ou inflamável, depen- zamento com fogo
dendo da proporção. A válvula de segurança
se romperá a mais ou menos à 70°C. - Não extinguir de imediato as chamas, a não
ser que haja grandes possibilidades de pro-
O maior número de ocorrências de vazamen- pagação;
tos se dá nos botijões de 13 kg, mais facil- - Apagar as chamas de outros objetos, se
men-te encontrado nas residências. No boti- houver, deixando que o fogo continue no bo-
jão de 1 kg por não ter válvula de segurança tijão, em segurança;
à risco de explosão. - Em último caso, procurar extinguir a cha-
ma do botijão pelo método de abafamento,
Normalmente, o vazamento se dá na válvula com um pano bem úmido. Para chegar perto
de vedação, junto à mangueira. do botijão, deve-se procurar ir o mais aga-
chado possível para não correr o risco de se
O GLP oferece uma margem de segurança e queimar, e levar o botijão para um local bem
o consumidor deve guiar-se pelas seguintes ventilado.
recomendações:
- Somente instalar em sua casa equipamento PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
aprovado e executado por uma compa-nhia
especializada no ramo; Cuidados Necessários
- Não usar martelo ou objeto semelhante para - Respeitar as proibições de fumar no am-
apertar a válvula de abertura dos botijões; biente de trabalho (Lei Estadual nº 11.540, de
- Não abrir o gás para depois riscar o 12/11/2003);
fósforo; - Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar
- Ao constatar qualquer vazamento, fazer o aparelhos celulares em locais sinalizados;
teste para verificar o local exato com es-puma - Manter o local de trabalho em ordem e
de sabão, nunca com fogo (chama); limpo;
- Verificar sempre a validade e condição da - Evite o acúmulo de lixo em locais não
mangueira e registro. apropriados;
- Colocar os materiais de limpeza em reci-
Como se comportar quando ocorrer um va- pientes próprios e identificados;
zamento sem fogo - Manter desobstruídas as áreas de escape e
não deixar, mesmo que provisoriamente,
- Desligar a chave geral da residência, desde materiais nas escadas e corredores;
que não esteja no ambiente gasado; - Não deixar os equipamentos elétricos liga-
38
dos após sua utilização. Desligue-os da to- cal atingido, usar um lenço como máscara
mada; (se possível molhado), cobrindo o nariz
- Não improvisar instalações elétricas, nem e a boca;
efetuar consertos em tomadas e interrup-to- - Para se proteger do calor irradiado pelo
res, sem que esteja familiarizado; fogo, sempre que possível, manter molhadas
- Não sobrecarregar as instalações elétricas as roupas, cabelos, sapatos ou botas.
com a utilização do PLUG T, lembrando que
o mesmo oferece riscos de curto-circuíto e Em caso de confinamento pelo fogo
outros; Recomenda-se:
- Verificar antes da saída do trabalho, se não - Procure sair dos lugares onde haja muita
há nenhum equipamento elétrico ligado; fumaça;
- Observar as normas de segurança ao mani- - Mantenha-se agachado, bem próximo ao
pular produtos inflamáveis ou explosivos; chão, onde o calor é menor e ainda existe
- Manter os materiais inflamáveis em local oxigênio;
resguardado e à prova de fogo; - No caso de ter que atravessar uma barreira
- Não cobrir fios elétricos com o tapete; de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapa-
- Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em tos, encharque uma cortina e enrole-se nela,
quantidades mínimas, armazenando-os sem- molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao
pre na posição vertical e na embalagem; nariz e atravesse o mais rápido que puder.
- Não utilizar chama ou aparelho de solda
perto de materiais inflamáveis. Em caso de abandono de local
Recomenda -se:
INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO - Seja qual for a emergência, nunca utilizar os
DE EMERGÊNCIAS elevadores;
- Ao abandonar um compartimento, fechar a
Em caso de Incêndio porta atrás de si (sem trancar) e não vol-tar
Recomenda – se: ao local;
- Manter a calma, evitando o pânico, - Ande, não corra;
correrias e gritarias; - Facilitar a operação dos membros da Equipe
- Acionar o Corpo de Bombeiros no de Emergência para o abandono, seguindo à
telefone 193; risca as suas orientações;
- Usar extintores ou os meios disponíveis - Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dis-
para apagar o fogo; pensando especial atenção àqueles que, por
- Acionar o botão de alarme mais próximo, ou qualquer motivo, não estiverem em condições
telefonar para o ramal de emergência, quando de acompanhar o ritmo de saída (deficientes
não se conseguir a extinção do fogo; físicos, mulheres grávidas e outros);
- Fechar portas e janelas, confinando o local - Levar junto com você visitantes;
do sinistro; - Sair da frente de grupos em pânico, quando
- Isolar os materiais combustíveis e proteger não puder controlá-los.
os equipamentos, desligando o quadro de luz
ou o equipamento da tomada; OUTRAS RECOMENDAÇÕES
- Comunicar o fato à chefia da área envolvida - Não suba, procure sempre descer pelas
ou ao responsável do mesmo prédio; escadas;
- Armar as mangueiras para a extinção do - Não respire pela boca, somente pelo nariz;
fogo, se for o caso; - Não corra nem salte, evitando quedas, que
- Existindo muita fumaça no ambiente ou lo- podem ser fatais. Com queimaduras ou asfi-
39
xias, o homem ainda pode salvar–se; semelhante.
- Não tire as roupas, pois elas protegem seu Para tanto é necessário três coisas básicas,
corpo e retardam a desidratação. Tire apenas mãos para manipular a vítima, boca para
a gravata ou roupas de nylon; acalmá-la, animá-la e solicitar socorro, e
- Se suas roupas se incendiarem, jogue–se finalmente coração para prestar socorro sem
no chão e role lentamente. Elas se apagarão querer receber nada em troca.
por abafamento;
- Ao descer escadarias, retire sapatos de salto OBJETIVO
alto e meias escorregadias. Os Primeiros Socorros ou socorro básico de
urgência são as medidas iniciais e imediatas
DEVERES E OBRIGAÇÕES dedicadas à vítima, fora do ambiente hospita-
-Procure conhecer todas as saídas que exis- lar, executadas por qualquer pessoa, treinada,
tem no seu local de trabalho, inclusive as ro- para garantir a vida, proporcionar bem-estar
tas de fuga; e evitar agravamento das lesões existentes.
- Participe ativamente dos treinamentos te-
óricos, práticos e reciclagens que lhe forem AVALIAÇÃO INICIAL
ministrados; Antes de qualquer outra atitude no atendi-
- Conheça e pratique as Normas de Proteção mento às vítimas, deve-se obedecer a uma
e Combate ao Princípio de Incêndio, quando seqüência padronizada de procedimentos que
necessário e possível, adotadas na Empresa; permitirá determinar qual o principal proble-
- Comunique imediatamente aos membros da ma associado com a lesão ou doença e quais
Equipe de Emergência, qualquer tipo de irre- serão as medidas a serem tomadas para cor-
gularidade. rigi-lo.

Essa seqüência padronizada de procedimen-


RESGATE DE ACIDENTADO tos é conhecida como exame do paciente.
PRIMEIROS SOCORROS Durante o exame, a vítima deve ser atendida e
sumariamente examinada para que, com base
nas lesões sofridas e no s seus sinais vitais,
A prestação dos Primeiros Socorros depende as prioridades do atendimento sejam estabe-
de conhecimentos básicos, teóricos e práti- lecidas. O exame do paciente leva em conta
cos por parte de quem os está aplicando. aspectos subjetivos, tais como:
O restabelecimento da vítima de um acidente, - O local da ocorrência. É seguro? Será ne-
seja qual for sua natureza, dependerá muito cessário movimentar a vítima? Há mais de
do preparo psicológico e técnico da pesso a uma vítima ? Pode-se dar conta de todas as
que prestar o atendimento. vítimas?
- A vítima. Está consciente? Tenta falar algu-
O socorrista deve agir com bom senso, ma coisa ou aponta para qualquer parte
tolerância, calma e ter grande capacidade de do corp o dela.
improvisação. O primeiro atendimento mal - As testemunhas. Elas estão tentando dar al-
sucedido pode levar vítimas de acidentes a guma informação? O socorrista deve ou-
seqüelas irreversíveis. vir o que dizem a respeito dos momentos que
anteceder am o acidente.
Para ser um socorrista é necessário ser um - Mecanismos da lesão. Há algum objeto caí-
bom samarita no, isto é, aquele que presta do próximo da vítima, como escada, mo-
socorro voluntariamente, por amor ao seu to, bicicleta, andaime e etc. A vítima pode ter
40
sido feri da pelo volante do veículo? parte de plástico existente na lateral do colar,
- Deformidades e lesões. A vítima está caída escolhendo assim o tamanho que se adapta
em posição estranha? Ela está queimada? Há ao pescoço da vítima.
sinais de esmagamento de algum membro ?
- Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor Colocação do colar cervical (2 socorristas)
da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo con- Socorrista 1
vulsões? - Retirar qualquer vestimenta e adorno em
- Para que não haja contaminação, antes de torno do pescoço da vítima;
iniciar a manipulação da vítima o socorrista - Examinar o pescoço da vítima antes de
deverá estar aparamentado com luvas cirúrgi- colocar o colar;
cas, avental com mangas longas, óculos pa- - Fazer o alinhamento lentamente da cabe-
norâmicos e máscara para respiração artificial ça e manter firme com uma leve tração para
ou ambú. cima;

As informações obtidas por esse processo, Socorrista 2


que não se estende por mais do que alguns - Escolher o colar cervical apropria do;
segundos, são extremamente valiosas na - Passar a parte posteri or do colar por trás
seqüência do exame, que é subdividido em do pescoço da vítima;
duas partes: a análise primária e secundária - Colocar a parte anterior do colar cervical,
da vítima. encaixando no queixo da vítima de forma
que esteja apoiado firmemente;
ANÁLISE PRIMÁRIA - Ajustar o colar e prender o velcro, manten-
A análise primária é uma avaliação realizada do uma discreta folga (um dedo) entre o
sempre que a vítima está inconsciente e é ne- colar e o pescoço da vítima;
cessária para se detectar as condições que - Manter a imobilização lateral da cabeça até
colocam em risco iminente a vida da vítima. que a mesma seja imobilizada (apoio lateral,
Ela se desenvolve obedecendo às seguintes preso pelas correias da maca).
etapas: - Encaminhar para atendimento hospitalar.
- determinar inconsciência;
- abrir vias aéreas; Queimaduras
- checar respiração; Conceituação
- checar circulação; É uma lesão produzida no tecido de revesti-
- e checar grandes hemorragias. mento do organismo, por agentes térmicos,
elétricos, produtos químicos, irradiação ioni-
COLAR CERVICAL zantes e animais peçonhentos.
Tipos - O colar cervical é encontrad o nos ta- Sinais e Sintomas
manhos pequeno, médio e grande e na forma 1º Grau
regulável a qual se ajusta a to do comprimen- - Atinge somente a epiderme;
to de pescoço. - Dor local e vermelhidão da área atingida.
2º Grau
Escolha do tamanho - Com o pescoço da ví- - Atinge a epiderme e a derme;
tima em posição anatômica, medir com os - Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas
dedos da mão, a distância d’água.
entre a base do pescoço (músculo trapézio) 3º Grau
até a base da mandíbula. - Atinge a epiderme, derme e alcança os teci-
Em seguida comparar a medida obtida com a dos mais profundos, podendo chegar até
41
o osso. da área queimada;
- Retirar anéis e pulseiras, para não provocar
estrangulamento ao inchar.
- Encaminhar para atendimento hospitalar;

A. Queimaduras Elétricas
Primeiros Socorros
- Desligar a fonte de energia elétrica, ou reti-
rar a vítima do contato elétrico com luvas
Queimadura de Primeiro Grau de borracha e luvas de cobertura ou com um
bastão isolante, antes de tocar na vítima;
- Adotar os cuidados específicos para quei-
maduras apresentados anteriormente, se
necessário aplicar técnica de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP).

B. Queimaduras nos Olhos


Primeiros Socorros
Queimadura de Segundo Grau - Lavar os olhos com água em abundância
durante vários minutos;
- Vedar o(os) olho(s) atingido(s) com pano
limpo;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.

Principais Imobilizações Provisórias

Queimadura de Terceiro Grau


(Vermelhidão, bolhas, necrose)

(colar cervical, tipóia, talas)

Lesões da Coluna Vertebral

Conceituação
A coluna vertebral é composta de 33 vértebras
sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix,
e no seu interior há a medula espinhal, que realiza
Primeiros Socorros a condução dos impulsos nervosos.
- Isolar a vítima do agente agressor;
- Diminuir a temperatura local, banhando com As lesões da coluna vertebral mal conduzidas po-
água fria (1ºGrau); dem produzir lesões graves e irreversíveis
- Proteger a área afetada com plástico; de medula, com comprometimento neurológico de-
- Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar finitivo (tetraplégica ou paraplegia).
medicamentos, nem produtos caseiros;
- Retirar parte da roupa que esteja em volta Todo o cuidado d everá ser tomado com estas viti-
42
mas para não surgirem lesões adicionais. - Se o corpo estranho não sair com a lavagem,
Sinais e Sintomas cobrir os dois olhos com pano limpo;
- Dor local intensa; - Encaminhar para atendimento hospitalar.
- Diminuição da sensibilidade, formigamento ou
dormência em membros inferiores e/ou Intoxicações e Envenenamentos
superiores; Conceituação
- Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem O envenenamento ou intoxicaçã o resulta da pene-
abaixo da lesão; tração de substância tóxica/nociva no organismo
- Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fe- através da pele, aspiração e ingestão.
zes soltas).
Sinais e Sintomas
Nota - Dor e sensação de queimação nas vias de pene-
*Todas as vitimas inconscientes deverão ser con- tração e sistemas correspondentes;
sideradas e tratadas como portadoras de lesões - Hálito com odor estranho;
na coluna. - Sonolência, confusão mental, alucinações
e delírios, estado de coma;
Primeiros Socorros - Lesões cutâneas;
- Cuidado especial com a vítima in consciente; - Náuseas e vômitos;
- Imobilizar o pescoço antes do transporte, utili- - Alterações da respiração e do pulso.
zando o colar cervical;
- Movimentar a vítima em bloco, impedindo parti- Primeiros Socorros
cularmente movimentos bruscos do A. Pele
pescoço e do tronco; - Retirar a roupa impregnada;
- Colocar em prancha de madeira; - Lavar a região atingida com água em
- Encaminhar para atendimento hospitalar. abundância;
- Substâncias sólidas devem ser retiradas antes
de lavar com água;
- Agasalhar a vítima;
- Encami nhar para atendimento hospitalar.

B. Aspiração
Corpo Estranho nos Olhos - Proporcionar a ventilação;
Conceituação - Abrir as vias áreas respiratórias;
É a introdução acidental de poeiras, grãos diver- - Encaminhar para atendimento hospitalar.
sos etc. na cavidade dos glóbulos oculares.
C. Ingestão
Sinais e Sintomas - Identificar o tipo de veneno ingerido;
- Dor; - Provocar vômito somente quando a vítima apre-
- Ardência; sentar-se consciente, oferecendo água;
- Vermelhidão; - Não provocar vômitos nos casos de inconsciên-
- Lacrimej amento. cia, ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos
derivados de petróleo;
Primeiros Socorros - Encaminhar para atendimento hospitalar.
- Não esfregar os olhos;
- Lavar o olho com água limpa;
- Não remover o corpo estranho manualmente;
43
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Estado Choque PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Conceituação Conceituação
É a falência do sistema cardiocirculatório devido É a ausência das funções vitais, movimentos respi-
a causas variadas, proporcionando uma ratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência
inadequada perfusã o e oxigenação dos tecidos. isolada de uma delas só existe em curto espaço de
tempo; a parada de uma acarreta a parada da
Sinais e Sintomas outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte
- Inconsciência profunda; no período de 3 a 5 minutos.
- Pulso fraco e rápido;
- Aumento da freqüência respiratória; Sinais e Sintomas
- Perfusão capilar lenta ou nula; -Inconsciência;
- Tremores de frio. - Ausência de movimentos respiratórios e batimen-
tos cardíacos.
Primeiros Socorros
- Colocar a vítima em local arejado, afastar Primeiros Socorros
curiosos e afrouxar as roupas; A. Desobstrução das Vias Aéreas
- Manter a vítima deitada com as pernas mais - Remover dentadura, pontes dentárias, excesso
elevadas; de secreção, dentes soltos etc.;
- Manter a vítima aquecida; - Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e
- Lateralizar a cabeça em casos de vômitos; com a outra fazer uma pequena
- Encaminhar para atendimento hospitalar. força para elevar o queixo;
- Estender a cabeça da vítima para trás até que a
Choque Elétrico boca abra.
Conceituação
É o fenômeno da passagem da corrente elétrica
pelo corpo quando em contato com partes
energizadas.

Sinais e Sintomas
- Parada cardiorrespiratória;
- Queimaduras; B. Respiração Artificial (Boca a Boca)
- Lesões traumáticas. Verificação da Respiração
- Encostar o ouvido sobre a boca e nariz da vítima,
Primeiros Socorros mantendo as vias aéreas abertas;
- Interromper imediatamente o contato da vítima - Observar se o peito da vítima sobe e desce, ouvir
com a corrente elétrica, utilizando luvas isolan- e sentir se há sinal de respiração.
tes de borracha, com luvas de cobertura ou bas-
tão isolante;
- Certificar-se de estar pisando em chão seco, se
não estiver usando botas com solado isolante;
- Realizar avaliação primária (grau de consciên-
cia, respiração e pulsação);
- Aplicar as condutas precon izadas para parada
cardiorrespiratóri a, queimaduras e lesões trau-
máticas;
44
Procedimento Procedimento
- Manter a cabeça estendida para trás, sustentan- - Realizar somente quando tiver certeza de que o
do o queixo e mantendo as vias aéreas abertas; coração da vítima parou;
- Pinçar o nariz da vítima; - Colocar a vítima sobre uma superfície rígida;
- Inspirar, enchendo bem o peito, e colocar sua - Ajoelhar-se ao lado da vítima;
boca de forma a vedar completamente, com seus - Usando a mão próxima da cintura da vítima, des-
lábios, a boca da vítima; lizar os dedos pela lateral das costelas próximas
- Aplicar 1 sopro moderado com duração de 1 a 2 a você, em direção ao centro do peito, até locali-
segundos respirar e aplicar mais 1 sopro; zar a ponta do osso externo;
- Observar se quando você sopra o peito da vítima - Colocar a ponta do dedo médio sobre a ponta
sobe; do osso esterno, alinhando o dedo indicador ao
- Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou médio;
6 segundos; - Colocar a base da sua outra mão (que está mais
- Continuar até que a vítima volte a respirar ou o próxima da cabeça da vítima) ao lado do dedo
atendimento médico chegue ao local. indicador;
- Remover a mão que localizou o osso esterno,
colocando-a sobre a que está no peito;
- Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de
forma que não toquem no peito da vítima.

C. Massagem Cardíaca
Verificação do Pulso
- Manter a cabeça da vítima estendida para trás,
sustentando-a pela testa;
- Localizar o Pomo de Adão com a ponta dos de-
dos indicador e médio; - Posicionar seus ombros diretamente acima de
- Deslizar os dedos em dir eção à lateral do pes- suas mãos sobre o peito da vítima;
coço para o lado n o qual você estiver - Manter os braços retos e os cotovelos esten
posicionado (não utilize o polegar, pois este tem didos;
pulso próprio); - Pressionar o osso esterno para baixo, cerca
- Sentir o pulso da carótida (espere 5 – 1 0 se- de aproximadamente 5 centímetros;
gundos). A carótida é a artéria mais recomendada - Executar 15 compressões. Contar as
por ficar próxima ao coração e ser acessível. compressões à medida que você as executa;
- Fazer as compressões uniformemente e com
ritmo;
- Durante as compressões, flexionar o tronco ao
invés dos joelhos;
- Evitar que os seus dedos apertem o peito da
vítima durante as compressões.
45
- Distúrbios visuais;
- Queda das pálpebras;
- Convulsões;
- Dificuldade respiratória.

A. Cobras
Primeiros Socorros
- Manter a vítima deitada. Evite que ela se movi-
mente para não favorecer a absorção de veneno;
- Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os
em posição mais baixa que o coração;
- Lavar a picada com água e sabão;
D. Reanimação Cardiopulmonar (RCP) - Colocar gelo ou água fria sobre o local;
- Aplicar 2 sopros moderados após as 15 - Remover anéis, relógios, prevenindo assim com-
compressões; plicações decorrentes do inchaço;
- Completar 4 ciclos de 1 5 compressões e 2 - Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
sopros e verificar o pulso. Se não houver pulso, de saúde mais próximo, para que possa receber o
manter o ciclo iniciando sempre pelas compressões soro em tempo;
no peito. Continuar verificando o pulso a cada - Não fazer garroteamento ou torniquete;
4 – 5 minutos. Se o pulso voltar, faça apenas a - Não cortar ou perfurar o local da picada.
respiração boca a boca;
- Continuar com a RCP, inclusive durante o Medidas Preventivas
transporte, até que a vítima volte a respirar, a - Usar botas de cano longo e perneiras;
ter pulso ou até que o atendimento médico chegue - Proteger as mãos com luvas de raspa ou
ao local. vaqueta;
- Combater os ratos;
Picadas e Ferroadas de Animais - Preservar os predadores;
Peçonhentos - Conservar o meio ambiente.
Conceituação
Animais peçonhentos são aqueles que introduzem B. Escorpiões/Aranhas
no organismo humano substâncias tóxicas. Sinais e Sintomas
Por exemplo, cobras venenosas, aranhas e - Dor;
escorpiões. - Eritema;
Se possível deve-se capturar ou identificar o - Inchaço;
animal que picou a vítima, mas sem perda de - Febre;
tempo com esse procedimento. Na dúvida, tratar - Dor de cabeça.
como se o animal fosse peçonhento.
Primeiros Socorros
Sinais e Sintomas - Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
- Marcas da picada; - Encaminhar a vítima imediatamente a o serviço de
- Dor, inchaço; saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de
- Manchas roxas, hemorragia; soro específico.
- Febre, náuseas;
- Sudorese, urina escura; Picadas e Ferroadas de Insetos
- Calafrios, perturbações visuais; Conceituação
- Eritema, dor de cabeça; Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves
46
ou generalizadas, devido a picadas de pescoço.
insetos (abelhas e formigas).

OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas


múltiplas ou simultâneas. Têm sido descritos ca-
sos fatais por ataque de enxames de abelhas afri-
canas por choque e hemólise maciça.

Sinais e Sintomas
- Eritema local que pode se estender pelo
corpo todo;
- Prurido;
- Dificuldade respiratória (edema de glote).

Primeiros Socorros b. De apoio


- Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos - Passe o seu braço em
sem espremer; torno da cintura da vítima
- Aplicar gelo ou lavar o local da picada com e o braço da vítima ao
água; redor de seu pescoço.
- Encaminhar para atendimento hospitalar.

TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE


DE ACIDENTADOS c. Nas costas
Conceituação - Dê as costas para a vítima,
O transporte de acidentados deve ser feito por passe os braços dela ao
equipe especializada em resgate (Corpo de redor de seu pescoço,
Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). incline-a para a frente
O transporte realizado de forma imprópria poderá e l evante-a.
agravar as lesões, provocando seqüelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com Duas pessoas
técnica e meios próprios, nos casos, onde a. Cadeirinha
não é possível contar com equipes especializadas - Faça a cadeirinha conforme abaixo.
em resgate. Passe os braços da vítima ao redor do seu
pescoço e levante a vítima.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições
da vítima para fazer o transporte seguro (número
de pessoas para realizar o transporte).
A remoção ou transporte como indicado abaixo só
é possível quando não há suspeita de lesões na
coluna vertebral.

Uma pesSOAsoa
b. Segurando pelas extremidades
a. Nos braços
- uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a
- Passe um dos braços da vítima ao redor do seu
47
outra, segura pelas pernas abertas.
Ambas devem erguer a vítima simultâneamente.
ACIDENTE DO TRABALHO
E RESPONSABILIDADES

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exer-


cício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
A incidência do acidente do trabalho ocorre em
Três pessoas 3 hipóteses:
Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura
- Quando ocorrer lesão corporal;
e a parte superior das coxas. A terceira
- Quando o ocorrer perturbação funcional ou;
segura a parte inferior das coxas e pernas.
- Quando o ocorrer doença.
Os movimentos das três pessoas devem ser
simultâneos, para impedir deslocamentos
Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes
da cabeça, coluna, coxas e pernas.
entidades mórbidas:

- Doença Profissional:
É desencadeada pelo exercício do trabalho pecu-
liar a determinada atividade e constante da rela-
ção elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Da Previdência Social;
- Doença do Trabalho:
É desencadeada em função de condições especiais
em que o trabalho é realizado e com ele se rela-
cione diretamente, constante da relação elaborada
Quatro pessoas pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Semelhante ao de três pessoas Social.
. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima im-
- A doença proveniente de contaminaçã o acidental
pedindo qualquer tipo de deslocamento.
do empregado no exercício de sua atividade;
- O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora
do local e horário d e trabalho:
- Na execução de ordem ou na realização de ser-
viço sob a autoridade da empresa;
- Na prestação espontâne a de qualquer serviço à
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
- Em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da
TELEFONES ÚTEIS mão- de- obra, independentemente do meio de loco-
CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) - 193
moção utilizado, inclusive veículo de propriedade
AMBULÂNCIA - 192
do segurado;
POLÍCIA MILITAR - 190
48
- No percurso da residência para o local de tra- aos incidentes, pois esta situação geralmente re-
balho ou deste para aquela, qualquer que seja o sulta em acidentes com perdas materiais
meio de locomoção, inclusive veículo de proprie- e pessoais.
dade do segurado.
Portanto, as ações desempenhadas para impedir
NOTA: que ocorram perdas, deveriam estar voltadas à
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, correção e/ou prevenção desses eventos.
ou por ocasião da satisfação de outras necessida- Assim, o controle de acidentes graves ou de inci-
des fisiológicas, no local do trabalho ou durante dentes com alto potencial de perda, poderiam ser
este, o empregado é considerado no exercí- mais efetivos.
cio do trabalho. Além disso, o risco de acontecer um acidente com
Não é considerada agravação ou complicação de lesões graves se torna cada vez menor,
acidente do trabalho a lesão que, resultante de pois este deve tornar-se cada vez mais um evento
acidente de outra origem, se associe ou se super- raro.
ponha às conseqüências do anterior.
MODELO CAUSAL DE PERDAS
ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES A ocorrência de um acidente ou incidente raramen-
Conhecer a proporção e gravidade em que ocor- te é ocasionado apenas por um fator,
rem os acidentes é importante, pois mostra-nos a mas sim por um conjunto de eventos que acabam
dimensão desses acontecimentos. levando a uma perda.
Na figura abaixo encontram-se os dados de um O tipo e o grau dessas perdas variam de acordo
estudo realizado sobre acidentes industriais com a gravidade de seus efeitos, que poderão ser
e que revelou os seguintes dados: insignificantes ou catastróficos, gerando custos
para a empresa.
Visando alcançar a menor quantidade possível de
perdas, faz-se necessário conhecermos as causas
que as geram, e, conseqüentemente, tentar evitá-
las. Usaremos então, o Modelo Causal de Perdas
abaixo, para exemplificar a seqüência em que um
acidente ou incidente pode acontecer.

1. LESÃO GRAVE OU FATAL


Inclui lesões sérias e incapacitantes.
10. LESÕES MENORES Falta de controle
Qualquer lesão relatada que não for séria. A falta de controle é o princípio da seqüência
30. ACIDENTES COM DANOS À PROPRIEDADE de fatores causais que originam um acidente, que
Todos os tipos. dependendo de sua gravidade, pode gerar poucas
600.INCIDENTES SEM LESÃO OU DANO VISÍVEL ou muitas perdas.
Quase-acidentes. Por isso, o controle é uma das funções essenciais
em uma administração efetiva, não importando o
A análise da relação 1-10-30-600 da figura das segmento que ela tiver.
proporções indica um número de incidentes Um bom administrador deve utilizar-se sempre de
muito maior do que de acidentes graves. planejamento, organização, direção e controle de
Este fato nos alerta a prestarmos mais atenção suas principais funções.
Ele deve conhecer os padrões, planejar e orga-
49
nizar o trabalho, de modo a satisfazê-los e guiar - Tensão física/fisiológica;
seu grupo de trabalho na satisfação e cumprimen- - Tensão mental/psicológica;
to desses padrões. - Falta de conhecimento;
Avaliar seu próprio desempenho e o dos outros, - Falta de habilidade;
avaliar os resultados e as necessidades e corrigir - Motivação deficiente.
de forma construtiva o desempenho das mesmas.
As razões mais comuns para que ocorram a falta Fatores de trabalho (ambiente de trabalho)
de controle são: - Liderança e/ou supervisão inadequada;
Um programa inadequado - Engenharia inadequada;
É o desenvolvimento de um programa com quan- - Compra inadequada;
tidades insuficientes de atividades, que variam de - Manutenção inadequada;
acordo com a extensão, a natureza e o segmento - Ferramentas, equipamentos e materiais
da empresa. inadequados;
Padrões inadequados do programa - Padrões de trabalho inadequados;
É a formulação dos padrões de maneira pouco - Uso e desgaste;
específica, pouco clara e/ou nível po uco e- - Abuso e maltrato.
levado, não pr oporcionando às pessoas conhece-
rem o que é esperado delas e nem permi- Causas imediatas
tem uma medição significativa do grau de cumpri- As causas imediatas são as circunstâncias que
mento dos pa drões. precedem imediatamente o contato e que podem ser
Cumprimento inadequado dos padrões. vistas ou sentidas.
É uma das origens da falta de controle, sendo Atualmente, utiliza-se os termos abaixo dos pa-
uma das razões do fracasso no controle de drões e condições abaixo dos padrões.
perdas derivadas dos acidentes. As práticas e condições abaixo dos padrões mani-
festam-se dos seguintes modos:
Causas básicas
As causas básicas são as razões de ocorrerem os Atos ou práticas abaixo dos padrões
atos e condições abaixo do padrão.
Também são chamadas de causas raízes, causas - Operar equipamentos sem a utorização;
reais, causas indiretas, causas fundamentais ou de - Não sinalizar ou advertir;
contribuição de um acidente ou incidente. - Falhar ao bloquear/resguardar;
Geralmente são bem evidentes, mas para se ter um - Operar em velocidade inadequada;
controle administrativo eficiente, faz-se necessá- -Tornar os dispositivos de segurança inoperáveis;
rio um pouco mais de investigação sobre elas. - Remover os dispositivos de segurança;
Com este conhecimento pode-se explicar porque - Usar equipamento defeituoso;
as pessoas cometem práticas abaixo dos padrões e - Usar equipamentos de maneira incorreta;
porque essas condições existem. - Não usar adequadamente o EPI;
- Carregar de maneira incorreta;
É importante considerarmos também, duas catego- - Armazenar de maneira incorreta;
rias de causas imediatas, os fatores pessoais e os - Levantar objetos de forma incorreta;
fatores de trabalho (ambiente de trabalho), que - Adotar uma posição inadequada para o trabalho
são exemplificadas a seguir: - Realizar manutenção de equipamentos em
operação;
Fatores pessoais - Fazer brincadeiras;
- Capacidade física/fisiológica inadeq uada; - Trabalhar sob a influência de álcool e/ou ou-
- Capacidade mental/psicológica ina de quada; tras drogas.
50
- Contato com (eletricidade, calor, frio, radia-
Condições abaixo dos padrões ção, substâncias cáusticas, substâncias, tóxicas,
- Proteções e barreiras inadequadas; ruídos);
- Equipamentos de proteção inadequados ou - Sobre-tensão/ sobre-esforço/ sobrecarga.
insuficientes;
- Ferramentas, equipamentos ou materiais Perdas
defeituosos; As perdas são os resultados de um acidente, que
- Espaço restrito ou congestionado; geram vários tipos de perdas: às pessoas, à pro-
- Sistemas de advertência inadequados; priedade, aos produtos, ao meio ambiente e aos
- Perigos de explosão e incêndio; serviços. O tipo e o grau dessas perdas dependerá
- Ordem e limpeza deficientes, desordem; da gravidade de seus efeitos, que podem ser
- Condições ambientais perigosas: gases, poeira, insignificantes ou catastróficos.
fumaça, vapores; Dependerá também das circunstâncias casuais e das
- Exposições a ruídos; ações realizadas para minimizar as perdas como:
- Exposições a radiações; - Cuidar adequadamente dos primeiros socorros e
- Exposições a temperaturas extremas; da assistência médica;
- Iluminação excessiva ou inadequada; - Controlar e combater os incêndios, rápido e
- Ventilação inadequada. efetivamente;
- Reparar de imediato, equipamentos e instalações
Acidente e incidente danificadas;
Os incidentes são eventos que antecedem as per- - Implementar planos de ação de emergência efi-
das, isto é, são os contatos que poderiam causar cientes;
uma lesão ou dano. - Reintegrar as pessoas no trabalho, de modo
Quando se permite que tenham condições abaixo efetivo.
do padrão ou atos abaixo do padrão, aumentam as Minimizar os efeitos de uma perda acidental é fa-
chances de ocorrerem incidentes e acidentes. zer uso dos aspectos humanos e econômicos, mo-
Essas condições são causas potenciais de aciden- tivando o controle dos acidentes que dão origem
tes, que provocam os contatos e trocas de energia às perdas. Quando essa prática não é aplicada,
que causam danos às pessoas, à propriedade, ao aumentam-se as chances de ocorrerem diversos
processo e ao meio ambiente. tipos de perdas, que ocasionam vários custos à
Existem os tipos mais comuns de transferência de empresa como os exemplificados a seguir:
energia, como listado pela American Standard Ac-
cident Classification Code apresentados abaixo: PERDAS NOS ACIDENTES
Tempo do Trabalhador Ferido
Tipos de transferência de energia Tempo produtivo do trabalhador ferido é perdido
- Golpeado contra (correndo em direção a ou tro- e não é reembolsado pelas leis de inadequação do
peçando em); trabalhador.
- Golpeado por (atingido por objeto em movimen-
to); Tempo do Companheiro de Trabalho
- Queda para um nível inferior (seja o corpo que - Os companheiros de trabalho no local do aci-
caia ou o objeto que caia e atinja o corpo); dente perdem tempo, assim como no momento de
- Queda no mesmo nível (deslizar e cair, inclinar- deslocar o ferido ao ambulatório ou ambulância;
se); - Perde-se tempo por lástima ou curiosidade e
- Apanhado por (pontos agudos ou cortantes); pela interrupção do trabalho ao ocorrer a le-
- Apanhado em (agarrado, pendurado); são, e mais tarde, ao comentar o caso, contan do
- Apanhado entre (esmagado ou amputado); estórias similares, trocando opiniões acerca das
51
causas, correndo boatos, etc.; contratações, são perdas típicas do caso;
- Perda de tempo devido a limpeza do lugar, reco- - Surgem gastos adicio nais legais devido a pro-
lhimento de donativos para ajudar ao trabalhador cessos judiciais com relação aos benefícios de
e sua família, assistência às audiências, etc.; indenizações, demandas de responsabilidade civil,
- Deve-se incluir também os custos das horas ex- que requerem contratação de serviços legais,
tras dos outros trabalhadores que têm que co- além dos gastos com agentes de seguro que estão
brir o trabalho do companheiro ferido, e o tempo incluídos nos custos diretos;
gasto pelo pessoal de Segurança em relação ao - Os custos podem aumentar devido às reservas
acidente. de seguro e aos itens que aumentam os impostos
e que correspondem, respectivamente, às pequenas
Tempo do Supervisor porcentagens anuais de perdas brutas, assim como
O tempo do supervisor que se soma ao acidente os impostos baseados nos valores em dólares das
inclui: perdas que estão amarradas as reservas;
- Assistência ao trabalhador ferido; - Devem incluir itens variados adicionais, que po-
- Investigar a causa do acidente, investigação ini- dem ser específicos para certas operações e que
cial, acompanhamento, pesquisa sobre como preve- são apropriados para casos específicos acidente;
nir a repetição, etc; - Perdas de propriedade;
- Planejar a continuação do trabalho, obter ma- - Gastos no fornecimento de equipamentos e re-
terial novo, reprogramar; cursos de emergência;
- Selecionar e treinar novos trabalhadores, in- - Custo de equipamentos e materiais, como conse-
cluindo a solicitação de candidatos ao posto, suas qüência da recuperação ou restauração devido ao
avaliações, treinamento do empregado novo ou uso acima do normal;
transferido; - Custo de material para reparo e peças de repo-
- Preparar o relatório do acidente, relatório de sição;
lesões; relatório de danos à propriedade, relató- - Custo de tempo de reparo e de substituição de
rio de incidentes, relatórios das anomalias, dos equipamentos em termos de perda de produtividade
acidentes de veículos, etc; e atraso na manutenção planejada de outros equi-
- Participar das audiências sobre o acidente. pamentos;
- Custo de ações corretivas que não sejam as de
Perdas Gerais reparo;
- Perde-se tempo de produção devido ao trans- - Perdas pela reposição de partes sobressalentes
torno, choque, ou distintas manifestações de tra- em estoque para os equipamentos destruídos;
balhadores, baixa de rendimento e pelos comentá- - Custos proporcionais de equipamentos de resga-
rios; te e de emergência;
- Produzem-se perdas como resultado das para- - Perda de pr odução durante o período de recu-
das de máquinas, veículos, plantas, peração do empregado, investigação, limpeza, re-
instalações, que podem ser temporárias ou de paro e certificação.
longo prazo e afetar equipamentos e cronogramas
relacionados; Outras Perdas
- A produtividade do trabalhador ferido é fre- - Penalidades, multas, citações por embargo, etc.
qüentemente reduzida após o retorno ao trabalho,
devido às restrições de trabalho, à redução de
sua eficiência, aos impedimentos físicos, às mule-
tas, gessos, etc;
- A perda de novos negócios e de prestígio, publi-
cações negativas, problemas na obtenção de novas
52
O ICEBERG DOS CUSTOS CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE
PRODUZIDOS PELOS ACIDENTES DO TRABALHO
O cálculo dos custos das perdas devido a aci- Na ocorrência do acidente de trabalho o emprega-
dentes, somente em termos de lesões e doenças do deve levar o fato ao conhecimento da empresa.
ocupacionais contemplará apenas uma fração dos Esta por sua vez deve comunicar o fato à Previ-
custos identificáveis. dência Social através da CAT (Comunicação de
Os acidentes custam dinheiro, se as pessoas se fe- Acidente do Trabalho).
rem ou não, e os custos com as lesões ou doenças A comunicação gera o processo administrativo com
são uma parte relativamente pequena dos custos a finalidade de proteger o empregado,
totais.O Iceberg abaixo ilustra a melhor informa- que apurará as causas e conseqüências do fato,
ção disponível sobre esses custos, que estão mui- liberando o benefício adequado ao acidentado.
to além dos custos com os primeiros socorros. A empresa deverá comunicar o acidente do traba-
lho à Previdência Social até o 1 dia útil da o
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente, sob pena de multa.
As CAT’s são documentos úteis para se conhecer
a história dos acidentes na empresa. As informa-
ções das CAT’s permitem, por exemplo, selecionar
os acidentes por ordem de importância, de tipo, de
gravidade da lesão ou localizá-los no tempo, além
de possibilitar o resgate das atas da CIPA com as
investigações e informações complementares refe-
rentes aos aci dentes.

CUSTOS DOCUMENTADOS DE DANOS À PROPRIEDADE RELATÓRIOS DE ACIDENTES


- Danos a estruturas; A empresa deverá elaborar relatório de investi-
- Danos a equipamentos e ferramentas; gação e análise de acidente, conduzido e assinado
- Danos a produtos e materiais; pelo SESMT e a CIPA, com todo detalhamento
- Interrupções e atrasos de produção; necessário ao perfeito entendimento da ocorrên-
- Custos legais; cia, contendo: informações da qualificação do aci-
- Despesas com equipamentos e provisões de emerg dentado; descrições do ambiente e
ência; dos fatos da ocorrência; entrevistas com o aci-
- Aluguel de equipamentos de substituição. dentado, quando possível; entrevistas com tes-
temunhas e entrevistas com outros empregados;
CUSTOS VARIADOS descrições dos métodos e processos, dos proce-
- Tempo de investigação; dimentos de trabalho prescritos, da habitualidade
- Salários pagos por perda de tempo; e práticas regularmente adotadas, dos equipamen-
- Custos de contratar e/ou preparar pessoal de tos ou sistemas de proteção coletiva adotados e
substituição; dos equipamentos de proteção individuais. Devem,
- Horas extras; sobretudo, propor medidas a serem tomadas pela
- Tempo extra de supervisão; empresa a fim de que acidentes em condições seme-
- Tempo de andamento administrativos; lhantes não mais ocorram. Convém lembrar que,
- Menor produção do trabalhador acidentado no caso de acidente com trabalhador de prestado-
após retorno; ra de serviço, teremos um caso especial: o ambien-
- Perda de prestígio e de possibilidades de fazer te de trabalho geralmente é da concessionária e o
negócios. trabalhador é da contratada. Nesta situação há
53
a responsabilidade solidária que envolve contra- ceitos gerais, com breve noção da responsabilida-
tante e contratada e então ambas devem elaborar de trabalhista, para, na seqüência, aprofundar as-
o relatório de análise de acidente do trabalho, pectos sobre a responsabilidade civil e criminal.
realizar reunião extraordinária da CIPA, adotar
medidas preventivas, etc. Responsabilidade acidentária
Ainda, com relação a esse aspecto, os responsá- Nos termos da Lei Nº 9.032, de 29/04/95, para
veis pela empresa onde tenha ocorrido o acidente, fins do custeio das despesas decorrentes do
devem ser orientados a darem ampla divulgação, acidente do trabalho, o empregador deve efetuar,
no âmbito da empresa, para ciência dos emprega- mensalmente, uma contribuição de:
dos, sobre as circunstâncias que contribuíram - 1 % (um por cento) sobre o valor da folha
para aquele fato, sobre o estado de saúde das de pagamento, para as empresas em cuja atividade
vítimas do acidente, as medidas adotadas pela em- preponderante, seja considerado risco leve;
presa para que acidente daquela natureza não mais - 2 % (dois por cento) para as empresas em cuja
se repita, conscientizando o empregador ou pre- atividade preponderante, seja considerado o risco
posto sobre as vantagens de se alertar os seus médio;
empregados sobre os riscos da atividade e sobre - 3 % (três por cento) para as empresas em cuja
as conseqüências do acidente. Essa conduta esti- atividade preponderante, seja considerado risco
mula a seriedade e compromisso da empresa, junto grave.
aos seus empregados, para atendimento do aciden-
tado e correção das irregularidades relativas às O Ministério do Trabalho e da Previdência Social
medidas de controle dos riscos. poderá alterar estes percentuais, com base nas
estatísticas de acidentes do trabalho, apuradas
RESPONSABILIDADE CIVIL E em inspeção, o enquadramento de empresas para
CRIMINAL NO ACIDENTE DO TRABALHO efeito da contribuição, a fim de estimular investi-
No que tange a responsabilidade civil e criminal mentos em prevenção de acidentes.
no acidente de trabalho não se pretende despertar Em tese, o empregador pode ser tanto beneficia-
para os cuidados para com a segurança apenas do como penalizado, financeiramente, de acordo
porque há o risco de uma penalização ao infrator, com os critérios aplicados aos índices de acidentes
mas que se tenha essa obrigação porque se está ocorridos na respectiva empresa; esta opção é do
lidando com o homem, com o cidadão que deve ter legislador (apenamento pecuniário). No passado,
seus direitos individuais respeitados. foram relatados casos de acidentes que eram “es-
condidos” como forma de obtenção imediata deste
Cada trabalhador deve ser exemplo no trato des- tipo de benefício, gerando por vários anos mudan-
sa questão, zelando não só pela sua saúde física e ças na legislação agora retomada.
mental, mas também pela de seus colegas, pautan- A omissão desses indicadores, nesse sentido, pode
do por atitudes prevencionistas, que considerem o gerar responsabilidade administrativa, trabalhista
homem, na prática, como o “verdadeiro patrimô- e até penal para todos os envolvidos.
nio” da empresa.
O legislador, ao definir as conseqüências aos res- RESPONSABILIDADE
ponsáveis pelo acidente do trabalho, não teve ou- Definição
tro intuito senão o de impor a obrigação de exer- Oriundo do verbo latino “respondere”, o termo
cer as atividades com o senso de responsabilidade responsabilidade em sentido geral, exprime a obri-
mínima para não expor integridade física e mental gação de responder por alguma coisa.
do próprio trabalhador e daqueles que o cercam. Socorrendo-nos do Dicionário Jurídico da Acade-
Inicialmente, será feita uma abordagem genérica mia Brasileira de Letras Jurídicas, vemos que este
dos tipos de responsabilidade, destacando-se con- apresenta, no que se refere à responsabilidade, o
54
seguinte verbete: segurança da saúde do trabalhador, devendo pres-
tar informações pormenorizadas sobre os riscos
“RESPONSABILIDADE. S. f. (Lat., de responde- da operação a executar e do produto a manipular,
re, na acep. de assegurar, afiançar.) cabendo-lhe, ainda, (art. 157 da CLT) cumprir e
Dir. Obr. Obrigação, por parte de alguém, de res- fazer cumprir as normas de segurança e medicina
ponder por alguma coisa resultante de negócio do trabalho; me instruir os empregados, através
jurídico ou de ato ilícito. de ordens de serviço, quanto às precauções a to-
mar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou
OBS. A diferença entre responsabilidade civil e doenças ocupacionais. Devendo inclusive punir o
criminal está em que essa impõe o cumprimento da empregado que, sem justificativa, recusar-se a ob-
pena estabelecida em lei, enquanto aquela acarre- servar as referidas ordens de serviço e a usar
ta a indenização do dano causado”. os equipamentos de proteção individual fornecidos
pela empresa (art. 158 da CLT).
A responsabilidade revela o dever jurídico, em que
se coloca a pessoa, seja em virtude de contrato, Responsabilidade Civil
seja em face de fato ou omissão, que lhe seja im- Os princípios jurídicos em que se funda a respon-
putado, para satisfazer a prestação convencionada sabilidade civil, para efeito d e reparação do dano
ou para suportar as sanções legais, que lhe são injustamente causado, provém do Direito Romano:
impostas. “neminem laedere”, que significa “não lesar a nin-
Dessa forma, onde houver a obrigação de dar, guém”.
fazer ou não fazer alguma coisa, de ressarcir da- Esta responsabilidade é, propriamente, contratual
nos, de suportar sanções legais ou penalidades, distinguindo-se, por isso, da responsabilidade fun-
há a responsabilidade, em virtude da qual se exige dada no ato ilícito, uma vez que decorre da apu-
a satisfação ou o cumprimento da obrigação ou ração do fato que estabelecerá a pena imposta ao
da sanção. agente ou responsável pela prática do ato ilícito.
Etimologicamente, o termo responsabilidade ex- A todo instante surge o problema da responsa-
prime a qualidade de ser responsável, a condição bilidade civil, pois a cada atentado sofrido pela
de responder, pod endo ser empregado em todo pessoa, relativamente no que concerne à sua hon-
pensamento ou idéia, onde se queira determinar a ra, moral ou ao seu patrimônio, constitui-se um
obrigação, o encar go, o dever, a impo siçã o de desequilíbrio onde se torna imprescindível invo-
ser feita ou cumprida alguma coisa. car-se o instituto da responsabilidade civil a fim
de restabelecer o “status quo ante” (devolver ao
Responsabilidade Trabalhista estado em que se encontrava antes da ocorrência
A matéria é regulada pelas Leis Trabalhistas em do ato ilícito).
vigor e legislação extravagante. Resulta das re- A fonte geradora da responsabilidade civil é jus-
lações com os empregados e trabalhadores que tamente o interesse em se restabelecer o equilíbrio
compreendem: direito ao trabalho, remuneração, violado pelo dano, em conseqüência de ato ilícito
férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, ou lícito provocado pelo agente, isto é, atos que
aquelas resultantes de acidentes que prejudicam a por provocarem danos à lei, resumem-se em res-
integridade física do trabalhador. ponsabilidade para o agente.
O profissional só assume esse tipo de responsabili- A obrigação de indenizar, fundada na responsabi-
dade quando contratar empregados, pessoalmente lidade civil, equilibra a situação anterior e pos-
ou através de seu representante ou representante terior ao dano sofrido pela vítima, por meio do
de sua empresa. ressarcimento. Dessa forma, o instituto da res-
Por lei, a empresa é responsável pela adoção e uso ponsabilidade civil tem duas funções primordiais:
das medidas coletivas e individuais de proteção e garantir o direito do lesado à segurança; e servir
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como sanção civil, de natureza compensatória, me- Negligência
diante a reparação do dano causado a outrem. - É a omissão voluntária de diligência ou cuidado,
A responsabilidade civil, para ser caracterizada, falta ou demora no prevenir ou obstar um dano.
impõe a ocorrência de 03 (três) fatos ou cir- Imprudência
cunstâncias, indispensáveis simultaneamente, sem - É a atuação intempestiva e irrefletida. Consiste
os quais não há como se falar na aplicação desta em praticar uma ação sem as necessárias precau-
sanção. ções, isto é, agir com precipitação, inconsideração,
Esses pressupostos são os seguintes: ou inconstância.
- Ação ou omissão; Imperícia
- Dano; - É a falta de especial, habilidade, ou experiência
- Elo de causalidade entre ação/omissão e dano. ou de previsão no exercício de determinada função,
profissão, arte ou ofício.
Para que alguém seja responsabilizado civilmen-
te por um dano, é preciso que algum ato tenha Quanto à culpa, pode ela ser caracterizada
sido praticado ou deixado de praticar, seja pelo como:
próprio agente ou por pessoa de que ele seja res- - “Culpa in eligendo”
ponsável. É necessário, portanto, a ocorrência de - origina-se da má escolha do preposto (exemplo:
um ato humano do próprio responsável ou de um eletricista contratado sem a mínima qualificação
terceiro. necessária, provocando um acidente que lesiona
É óbvio, é imprescindível que se tenha á prova do colega de trabalho que o auxiliava);
elo de causalidade entre o dano e a ação/omissão,
pois se há um dano, mas este se deu, por exemplo, - “Culpa in vigilando”
em função de culpa exclusiva da vítima, não há - que é a ausência de fiscalização por parte do
como se responsabilizar o réu, isto é a vitima. empregador, tanto em relação aos prepostos ou
Afasta-se, de logo, a responsabilidade por danos empregados, quanto em relação à coisa (exemplo:
causados em função de caso fortuito (algo que não empregado conduz veículo da empresa sem freios e
poder ia ser previsto) ou força maior (algo que, colide com outro veículo provocando lesões cor-
mesmo que pudesse ser previsto, seria inevitável). porais generalizadas nos envolvidos);
Não há como se responsabilizar civilmente uma
pessoa, sem a prova real e concreta de uma lesão Responsabilidade quando da
certa a determinado bem ou interesse jurídico. ocorrência do acidente
Podemos dividir a responsabilidade civil em duas, A. Morte do acidentado
sendo uma responsabilidade civil objetiva e outra - Fundamento legal
responsabilidade civil subjetiva, as quais tratare- O artigo 121, parágrafo terceiro, do Código Pe-
mos a seguir. nal, define o crime de homicídio culposo, no qual
se compreende, também, a hipótese da morte provo-
Responsabilidade civil subjetiva cada pelo acidente do trabalho. Logo, no acidente
A responsabilidade civil subjetiva é a decorrente do trabalho, a culpa pela morte do trabalhador
de dano causado diretamente pela pessoa obrigada pode ser imputada à chefia imediata ou mediata ou a
a reparar, em função de ato doloso ou culposo se qualquer preposto, ou ainda a qualquer colega de
indaga a respeito de: trabalho, que tenham, por imprudência, imperícia
DOLO ou negligência, contribuído na eclosão do evento
- A ação ou omissão voluntária; morte. A culpa decorre não da vontade do agente
CULPA em causar o evento morte, mas de ato seu de
- Decorre de ato de negligência, imprudênciaou negligência, ou imprudência, ou imperícia.
imperícia. Assim, a não ob servância de uma norma técnica
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na realização de um trabalho, decorrendo, em con- parágrafo sexto.
seqüência, da morte de um empregado (ou tercei-
ro), os responsáveis podem ser penalizados. Ainda Pena
que no acidente tenha havido culpa recípro (cada Detenção de dois meses a um ano, não importando
vítima e da chefia, por exemplo), isto não exclui a gravid de da lesão corporal.
a responsabilidade daquele que tenha contribuí- Aumento da pena
do para o fato, tenha ou não sido atingido pelo A pena aumenta um terço se a lesão culposa re-
acidente. Assim, mesmo na hipótese do acidente sultar de inobservância de regra técnica, arte ou
provocar a morte do empregado e ferimentos em ofício, ou se o agente deixar de prestar imediato
quem contribuiu para a morte do colega, este res- socorro à vítima, não procura diminuir as conse-
ponderá pelo evento fatal. qüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
Tratando mais especificamente do nosso tema‚ flagrante.
importante salientar que a não observância das Requisitos
Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título Exige-se, tal como no caso do homicídio culposo,
II, da Consolidação das Leis Trabalhistas, relati- a conduta culposa do agente, ou seja, que o com-
vas à Segurança e Medicina do Trabalho, provo- portamento positivo (prática de ato) ou negativo
cando, em decorrência, acidente do trabalho com (omissão de ato) seja o causador do acidente, do
vítima fatal, há violação à lei penal, sujeitando os qual resulta lesão corporal.
responsáveis às penalidades abaixo especificadas.
C. PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE
Pena DO EMPREGADO.
Detenção de um a três anos. Fundamento legal
Aumento da pena Está previsto no artigo 132 do Código Penal, que
A pena é aumentada de um terço, se o crime resul- prescreve: “Expor a vida ou a saúde de outrem a
ta de inobservância de regra técnica de profissão, perigo direto e iminente”. A exposição de moti-
arte ou ofício, ou se o agente deixar de prestar vos do Código Penal cita, como exemplo, o caso
imediato socorro à vítima, não procura diminuir do empregador que, para poupar-se ao dispêndio
as conseqüências do seu ato, ou foge para evi- com medidas técnicas de prudência, na execução de
tar prisão em flagrante. Assim, se um engenheiro obra, expõe o operário ao risco de grave acidente.
eletricista descuida de norma técnica e, por isso, O artigo 190 da Constituição do Estado de São
ocorre o acidente com vítima, a pena é agravada Paulo prescreveu: “O transporte de trabalhado-
conforme especificado. res urbanos e rurais devem ser feito por ônibus,
Requisitos atendidas as normas de segurança estabelecidas
Exige-se a conduta culposa do agente, além de que em lei.”
haja o resultado concreto (a morte da vítima). São exemplos, também capitulados nesse dispositi-
vo: a exposição do empregado a substâncias tóxi-
B. LESÃO CORPORAL CULPOSA cas, a exposição do empregado a máquinas perigo-
Fundamento legal sas sem proteção, obrigar que empregado menor
Antes, é necessário esclarecer que a lesão cor- execute atividades de risco proibidas por lei, etc.
poral compreende a ofensa à integridade corporal Aqui não se fala em culpa, mas em dolo. O empre-
ou à saúde, isto é, constitui-se na agressão à in- gador deixa de oferecer as condições de segurança
tegridade física ou psíquica do ser humano. por descaso na tomada de medidas de prevenção.
É culposa a lesão corporal decorrente de impru- Assim age por vontade, não de causar o aciden-
dência, negligência ou imperícia do agente. te, mas de economizar recursos com os dispêndios
Esse delito está previsto no artigo 129, do Códi- de segurança para os empregados, assumindo os
go Penal, sendo a modalidade culposa descrita no riscos de expor os mesmos a grave perigo. Esse
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tipo de crime é considerado subsidiário, pois, se mitam imputar o crime à pessoa acusada, não afas-
consumar o resultado mais gravoso (acidente do ta o direito da vítima ou seus familiares exigirem a
trabalho com morte ou lesão corporal) o agente reparação civil (patrimonial) dos danos, ajuizando
responderá por homicídio ou lesão corporal (e ação contra o possível causador do dano.
não mais pela exposição de outrem a periclitação
de vida ou saúde). CASOS DE ACIDENTES DE ORIGEM
ELÉTRICA
Pena Acidentes Geração
Detenção de três meses a um ano, se o fato não 1º CASO
constituir crime mais grave. Descrição do acidente
Requisitos O empregado estava debruçado sobre a tampa da
Exige conduta dolosa do agente e o perigo deve turbina, realizando reparo em chave- bóia, utili-
ser concreto (direto e iminente). zada para comandar bomba de drenagem. O em-
pregado retirou a proteção que envolvia o relé
QUEM PODE SER RESPONSABILIZADO de acionamento, expondo fiações energizadas com
CRIMINALMENTE 127 VCA. Ao esticar o braço para concluir o re-
Pode ser a chefia imediata ou a chefia mediata do paro na bóia, veio a tocar nessa parte energizada,
empregado acidentado, ou mesmo o colega de tra- havendo o aterramento elétrico através de seu
balho e também, os responsáveis pela segurança corpo. Como estava com o queixo apoiado em es-
do acidentado. Nada impede que haja a co-autori trutura metálica sobre a qual estava debruçado,
a. Assim, por exemplo, se a gerência determina que sofreu vários espasmos decorrentes do contato
um trabalho específico seja feito sob condições to- elétrico. Soltou-se sozinho do contato elétrico.
talmente inadequadas, no que se refere ao aspecto Houve lesões decorrentes do choque (queimadura
de segurança, sendo essa posição ratificada pelas no braço e boca) e lesão aberta na boca
chefias intermediárias, resultando, daí, acidente e gengiva.
do trabalho com vítima, todos os culpados esta-
rão sujeitos a responder pelo dano causado. Causas imediatas
- Exposição de partes energizadas;
RELAÇÃO ENTRE A RESPONSABILIDADE - Deixar de isolar ou delimitar a área de risco.
CIVIL E A CRIMINAL
A responsabilidade civil independe da criminal. Causas básicas
Todavia, a sentença penal condenatória (na esfe- - Falta de supervisão;
ra criminal) torna indiscutível a responsabilidade - Inexistência de padrões de segurança para essa
reparatória civil (na esfera cível). tarefa;
A sentença absolutória na esfera criminal, com - Trabalho executado em condições de risco e sem
trânsito em julgado, faz coisa julgada no cível, acompanhamento.
não permitindo que se postule a reparação civil,
somente se: 2º CASO
- Negar a existência do fato (fato ocorrido não é Descrição do acidente
crime) ou a sua autoria (o autor do crime não é a Os empregados estavam realizando trabalhos de
pessoa que foi processada); finalização de montagem de uma turbina, dentro do
- Reconhecer a legítima defesa, ou o estado de poço da turbina. Em dado momento, um empregado
necessidade, ou o estrito cumprimento do dever que estava utilizando uma lixadeira sofreu choque
legal, ou o exercício regular do direito. elétrico.O contato foi desfeito e o acidentado foi
Logo, a sentença absolutória na esfera criminal, socorrido.
por falta ou insuficiência das provas, que não per-
58
Causas imediatas Causas básicas
- Más condições de conservação da ferramenta; - Supervisão inadequada;
Falta de inspeção preliminar na ferramenta de - Motivação inadequada;
trabalho. - Equipamento energizado acidentalmente.

Causa básicas 3º CASO


- Inexistência de padrões de segurança para Descrição do acidente
a tarefa. O empregado ao subir na escada para efetuar uma
religação no postinho (pinguadeira) veio a des-
Acidentes Distribuição prender da base, causando a queda do eletricista
1º CASO bem no portão do cliente, onde este possui lanças.
Descrição do acidente O eletricista foi levado ao hospital, onde ocorreu
O eletricista ao chegar na caixa de medição em cirurgia e o afastamento.
área rural, realizar inspeção visual e constatar
que não havia ser vivo no frontal da caixa, ten- Causas imediatas
tou abri-la, porém foi atacado por abelhas. Após - Não inspecionar o postinho do cliente (Obs.: o
o ataque verificou que estavam alojadas no cano acidente teve início no corte);
dos condutores de entrada na lateral da caixa - Base do postinho do cliente podre.
de medição. Utilizaram o “fumacê” e concluíram
a Inspeção. Quando do término do serviço o ele- Causas básicas
tricista observou que seu rosto começou inchar e - Não cumprimento dos padrões de execução
sentiu fortes dores. da tarefa;
- Desgaste natural do postinho.
Causas imediatas
- Condições ambientais perigosas (animais); 4º CASO
- Inspeção incompleta. Descrição do acidente
A equipe de 15kV, composta por 2 eletricistas,
Causas básicas realizava inspeção e medição preventiva no religa-
- Equipamento exposto ao tempo; dor. Posicionaram 2 escadas no poste, uma abaixo
- Motivação inadequada. do painel de controle e a outra abaixo da cinta
inferior de sustentação do religador. Solicitaram
2º CASO a autorização ao Centro de Operação (CO) para
Descrição do acidente: executar o serviço. Iniciou a execução das tarefas
O eletricista ao subir na escada para efetuar repa- sacando a proteção terra no painel de controle.
ros na iluminação pública, recebeu choque elétrico Fecharam as chaves facas “By-Pass” e abriram as
no cabo mensageiro, caindo ao solo. O eletricista chaves facas fonte e carga do religador esquecen-
foi encaminhado ao hospital para exames, sendo do-se de uma chave faca fonte (lado rua) fechada.
constatado apenas um pequeno corte na cabeça Não realizaram o teste de ausência de tensão e
e luxação no pé esquerdo, sendo liberado após não aterraram as chaves verticais fonte/carga.
algumas horas. Posicionando-se sobre o suporte de sustentação
do religador, com a perna esquerda encostada em
Causas imediatas uma das saias das buchas, levou a chave em direção
- Contato com o cabo mensageiro energizado sem a ao terminal da bucha fonte, lado rua, provocando
utilização dos equipamentos de proteção individual a abertura de um arco elétrico e conseqüentemen-
pertinente a atividade, (luva isolante de borracha te a condução de corrente elétrica pelo corpo do
com luva de proteção). acidentado até a panturrilha da perna esquerda a
59
qual estava encostada na saia de uma das buchas, Descrição do acidente:
ficando desfalecido temporariamente, sendo res- O serralheiro estava executando serviços de sol-
gatado pelo outro integrante de turma. dagem em estruturas metálicas de edificação civil,
com esticadores fixos e fixação de telhas metáli-
Causas imediatas cas em uma construção. Ao manusear uma barra
- Não cumprimento de procedimentos de abertura de ferro com 6 metros de comprimento e de bitola
de chaves e trabalho em estrutura desenergizada; 3/8”, não observou a rede de energia elétrica de
- Não testaram e não aterraram o circuito. alta tensão (13,8 kV), que se encontrava a uma
distância legal pela norma, do ponto em que es-
Causas básicas tava executando os serviços, encostou a barra de
- Motivação inadequada; ferro na fase da calçada, sofreu choque elétrico
- Falta de supervisão e planejamento e caiu do telhado e veio a falecer.

5º CASO Causas imediatas


Descrição do acidente - Houve a falta de atenção do acidentado, em ao
Uma dupla de eletricistas estava realizando uma manusea r a barra de ferro, não ter observado os
ligação provisória secundária para um show na riscos ao seu redor.
praça. Rapidamente o eletricista que iria subir pe-
gou a escada extensível e colocando-a no poste. Causas indiretas
Este pegou seu cinturão e talabarte, o mesmo já - Não houve planejamento da equipe em relação
estava de capacete, óculos de segurança, luva de aos serviços a serem executados de montagem das
vaqueta. Iniciando a subida sem esperar o outro estruturas metálicas com relação as condições
eletricista preparar os EPC’s necessários (mantas existente no local.
de isolamento e lençol de borracha). Chegando
próximo ao topo da escada e frente a rede secun- 7º CASO
dária, amarrou a escada. Pediu para o eletricis- Descrição do acidente
ta de baixo fornecer a fiação provisória e puxou A equipe recebeu solicitação de atendimento para
bruscamente, pois estes estavam enroscados. Nes- realizar ligação nova em condomínio residencial,
te momento tocou o cotovelo esquerdo na fase um dos eletricistas apoiou a escada na coluna de
“A” da secundária e a perna direita no braço de concreto, subiu até o topo da coluna, amarrou-se
Iluminação Pública, sofrendo fibrilação cardíaca, com talabarte e no momento em que se posicionava
levando a óbito. na escada para iniciar o trabalho, a coluna de
concreto quebrou na base, o que fez com que o
Causas imediatas eletricista também caísse no solo. O eletricista
- Falta de integração e planejamento entre os in- sofreu traumatismo craniano, mas sobreviveu.
tegrantes da equipe;
- Posicionamento inadequado da escada, ficando o Causas imediatas
eletricista com espaço restrito para o trabalho, - Não efetuou o teste de tração na coluna antes
desobedecendo a distância de segurança. de subir para efetuar a ligação.

Causas básicas Causas básicas


- Motivação inadequada; - Coluna construída em desacordo com o padrão;
- Não houve supervisão dos trabalhos pelo - Falha de supervisão (permitir que o eletricista
eletricista posicionado no solo. suba sem efetuar o teste de tração na coluna).

6º CASO
60
Acidentes Transmissão (linha desenergizada);
1º CASO - Falha na análise da operação;
Descrição do acidente - Descumprimento da norma interna.
A equipe de manutenção de Linhas de Transmissão Causas básicas
efetuava a substituição de cruzetas em regime de - Dúbia interpretação pelo técnico operacional
linha desenergizada, em uma estrutura, 69 kV. Em responsável do termo regime de linha “energiza-
dado momento houve a quebra do topo do poste da”, pois entendeu que esta tarefa poderia ser
de concreto fazendo com que os cabos viessem a realizada em regime de rede desenergizada (linha
tocar na Rede Primária da Distribuição, em cru- morta) com um lado energizado e outro desener-
zamento logo abaixo, levando 3 eletricistas a so- gizado, uma vez que trabalharia em regime de linha
frerem choque elétrico. morta do lado desenergizado;
- Falha no planejamento e na emissão do pedido e
Causas imediatas autorização;
- Realizar manutenção (em regime de linha mor- - Falha na liberação do serviço (Operação);
ta) acima de estrutura energizada, sem as devidas - Desconhecimento dos procedimentos da tarefa,
proteções; em relação as atividades que podem ser realizados
- Não “bloquear” o religamento da rede logo pelas equipes de linha viva.
abaixo;
- Quebra da ponta do poste. 3º CASO
Causas básicas Descrição do acidente
- Falta de isolamento ou desenergização da rede Uma calculadora foi esquecida em uma banca de
de distribuição na área de possível contato com a capacitor da SE, o operador da SE é solicita-
linha de transmissão; do para pegá-la. Existia um cercado para acesso,
- Estrutura comprometida, internamente, pelo onde que para entrar, necessitaria da chave 02.
tempo. (Existiam duas chaves interlock não separáveis).
Para pegar a chave do cadeado do cercado o ope-
2º CASO rador deveria desligar a banca com a chave 01,
Descrição do incidente retirá-la junto com a chave 02, mas o padrão
A equipe de Linhas de Transmissão realizava ser- estava alterado (chave 02 com argola removível).
viço de substituição de discos de porcelana da Operador retirou a chave 02 sem desligar a ban-
coluna do braço da chave seccionadora da ativi- ca. Abriu o cadeado do cercado e foi em direção
dade consistia na substituição dos isoladores de da calculadora, que estava em cima da banca, com
discos, onde teriam que ser retirados através de aproximadamente 40 kV de carga. Recebeu des-
contato físico, ou seja, com as próprias mãos, não carga elétrica, ocorrendo queimaduras de 3
sendo permitida a utilização de nenhum caminhão o acidentado veio a falecer após 5 dias.
guindaste para auxílio e nem andaimes isolados, Causas imediatas
os serviços seriam realizados em regime de linha - Descumprimento de normas e procedimentos;
energizada conforme solicitado pela equipe de ma- -Falta de comunicação do operador com o Centro
nutenção através do pedido inicial, porém os mes- de Operação;
mos foram realizados em regime de linha morta, - Falha na interpretação do risco.
quando os trabalhos foram interrompidos por um Causas básicas
Técnico Segurança (Obs.: Um
de dos pólos da - Irregularidade no jogo de chaves (deveria ser
seccionadora estava energizado). impossível abrir o cadeado sem desligar
a banca de capacitores);
Causas imediatas - Anomalia não comunicada para o Centro de Ope-
- Falha de procedimento na execução da tarefa ração.
61
de aterramento e demais equipamentos e dispositi-

ANEXO - NR 10 vos de proteção. (210.003-7/I=3)

NR – 10: Portaria n.º 598, de 07/12/2004 (D.O.U. de 08/12/2004 – Seção 1)


10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada
Ementas: Portaria n.º 126, de 03/06/2005 (D.O.U. de 06/06/2005 – Seção 1) superior a 75 kW devem constituir e manter o
Prontuário de Instalações Elétricas, contendo,
NORMA REGULAMENTADORA Nº 10
além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS
(210.004-5/I=4)
EM ELETRICIDADE
a) conjunto de procedimentos e instruções téc-
nicas e administrativas de segurança e saúde, im-
10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO
plantadas e relacionadas a esta NR e descrição
10.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR es-
das medidas de controle existentes;
tabelece os requisitos e condições mínimas objeti-
(210.005-3/I=3)
vando a implementação de medidas de controle e
b) documentação das inspeções e medições do sis-
sistemas preventivos, de forma a garantir a segu-
tema de proteção contra descargas atmosféricas e
rança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
aterramentos elétricos; (210.006-1/I=2)
indiretamente, interajam em instalações elétricas
c) especificação dos equipamentos de proteção
e serviços com eletricidade.
coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis
conforme determina esta NR; (210.007-0/I=2) d)
10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração,
documentação comprobatória da qualificação, ha-
transmissão, distribuição e consumo, incluindo as
bilitação, capacitação, autorização dos trabalha-
etapas de projeto, construção, montagem, opera-
dores e dos treinamentos realizados; (210.008-8/
ção, manutenção das instalações elétricas e quais-
I=2)
quer trabalhos realizados nas suas proximidades,
e) resultados dos testes de isolação elétrica re-
observando-se as normas técnicas oficiais estabe-
alizados em equipamentos de proteção individual e
lecidas pelos órgãos competentes e, na ausência
coletiva; (210.009-6/I=2)
ou omissão destas, as normas internacionais ca-
f) certificações dos equipamentos e materiais elé-
bíveis.
tricos em áreas classificadas; (210.010-0/I=3)
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE
recomendações, cronogramas de adequações, con-
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações
templando as alíneas de “a” a “f”. (210.011-8/
elétricas devem ser adotadas medidas preventivas
I=3)
de controle do risco elétrico e de outros riscos
adicionais, mediante técnicas de análise de risco,
10.2.5 As empresas que operam em instalações ou
de forma a garantir a segurança e a saúde no
equipamentos integrantes do sistema elétrico de
trabalho. (210.001-0/I=3)
potência devem constituir prontuário com o con-
teúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário
10.2.2 As medidas de controle adotadas devem
os documentos a seguir listados: (210.012-6/
integrar-se às demais iniciativas da empresa, no
I=4) a) descrição dos procedimentos para emer-
âmbito da preservação da segurança, da saúde e
gências; (210.013-4/I=3)
do meio ambiente do trabalho. (210.002-9/I=1)
b) certificações dos equipamentos de proteção co-
letiva e individual; 210.014- 2/I=3)
10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter es-
quemas unifilares atualizados
10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em
das instalações elétricas dos seus estabelecimen-
proximidade do Sistema Elétrico de Potência de-
tos com as especificações do sistema
vem constituir prontuário contemplando as alíne-
62
as “a”, “c”,“d” e “e”, do item10.2.4 e alíneas “a” quando as medidas de proteção coletiva forem tec-
e “b” do item 10.2.5. (210.015-0/I=4) nicamente inviáveis ou insuficientes para contro-
lar os riscos, devem ser adotados equipamentos
10.2.6 O Prontuário Instalações Elétricas
de de proteção individual específicos e adequados às
deve ser organizado e mantido atualizado pelo em- atividades desenvolvidas, em atendimento ao dis-
pregador ou pessoa formalmente designada pela posto na NR 6. (210.022-3/I=4)
empresa, devendo permanecer à disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e servi- 10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser
ços em eletricidade. (210.016-9/I=3) adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, inflamabilidade e influências ele-
10.2.7 Os documentos técnicos previstos no tromagnéticas. (210.023-1\/I=4)
Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por profissional legalmente habilita- 10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos
do. (210.017-7/I=2) trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades. (210.024-0/I=1)
10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
10.2.8.1 Em todos os serviços executados em ins- 10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS
talações elétricas devem ser previstas e adotadas, 10.3.1 É obrigatório que os projetos de instala-
prioritariamente, medidas de proteção coletiva ções elétricas especifiquem dispositivos de desli-
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a gamento de circuitos que possuam recursos para
serem desenvolvidas, de forma a garantir a segu- impedimento de reenergização, para sinalização de
rança e a saúde dos trabalhadores. advertência com indicação da condição operativa.
(210.018-5/I=4) (210.025-8/I=3)

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva com- 10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível,
preendem, prioritariamente, a desenergização elé- deve prever a instalação de dispositivo de seccio-
trica conforme estabelece esta NR e, na sua im- namento de ação simultânea, que permita a aplica-
possibilidade, o emprego de tensão de segurança. ção de impedimento de reenergização do circuito.
(210.019-3/I=3) (210.026-6/I=3)

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação 10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve


do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser considerar o espaço seguro, quanto ao dimensio-
utilizadas outras medidas de proteção coletiva, namento e a localização de seus componentes e as
tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, influências externas, quando da operação e da re-
barreiras, sinalização, sistema de seccionamento alização de serviços de construção e manutenção.
automático de alimentação, bloqueio do religamen- (210.027-4/I=3)
to automático. (210.020-7/I=2)
10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas diferentes, tais como: comunicação, sinalização,
deve ser executado conforme regulamentação es- controle e tração elétrica devem ser identifica-
tabelecida pelos órgãos competentes e, na ausên- dos e instalados separadamente, salvo quando o
cia desta, deve atender às Normas Internacionais desenvolvimento tecnológico permitir comparti-
vigentes. (210.021-5/I=2) lhamento, respeitadas as definições de projetos.
(210.028-2/I=3)
10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, 10.3.4 O projeto deve definir a configuração do
63
esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não quanto ao acesso de pessoas aos componentes das
da interligação entre o condutor neutro e o de instalações; (210.037-1/I-1)
proteção e a conexão à terra das partes conduto- e) precauções aplicáveis em face das influências
ras não destinadas à condução da eletricidade. externas; (210.038-0/I-1)
(210.029-0/I=3) f) o princípio funcional dos dispositivos de prote-
ção, constantes do projeto, destinados à seguran-
10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e ne- ça das pessoas; (210.039-8/I-1)
cessário, devem ser projetados g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de
dispositivos de seccionamento que incorporem re- proteção com a instalação elétrica.
cursos fixos de equipotencialização (210.040-1/I-1)
e aterramento do circuito seccionado. (210.030-4/
I=1) 10.3.10 Os projetos devem assegurar que as ins-
talações proporcionem aos trabalhadores ilumi-
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a nação adequada e uma posição de trabalho segura,
adoção de aterramento temporário. de acordo com a NR 17 – Ergonomia.
(210.031-2/I=2) (210.041-0/I=2)

10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve 10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,


ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
das autoridades competentes e de outras pessoas 10.4.1 As instalações elétricas devem ser cons-
autorizadas pela empresa e deve ser mantido atu- truídas, montadas, operadas, reformadas, amplia-
alizado. (210.032-0/I=2) das, reparadas e inspecionadas de forma a garan-
tir a segurança e a saúde dos trabalhadores e
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dos usuários, e serem supervisionadas por pro-
dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde fissional autorizado, conforme dispõe esta NR.
e Segurança no Trabalho, as regulamentações (210.042-8/I=4)
técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por
profissional legalmente habilitado. 10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas
(210.033-9/I=2) devem ser adotadas medidas preventivas destinadas
ao controle dos riscos adicionais, especialmente
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve quanto a altura, confinamento, campos elétricos e
conter, no mínim o, os seguintes itens de seguran- magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna
ça: a) especificação das características relativas e flora e outros agravantes, adotando-se a sina-
à proteção contra choques elétricos, queimaduras lização de segurança. (210.043-6/I=4)
e outros riscos adicionais; (210.034-7/I-1)
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser uti-
dos circuitos elétricos: (Verde – “D”, desligado e lizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
Vermelho - “L”, ligado); (210.035-5/I-1) elétricas compatíveis com a instalação elétrica
c) descrição do sistema de identificação de cir- existente, preservandose as características de
cuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispo- proteção, respeitadas as recomendações do fabri-
sitivos de manobra, de controle, de proteção, de cante e as influências externas.
intertravamento, dos condutores e os próprios (210.044-4/I=3)
equipamentos e estruturas, definindo como tais
indicações devem ser aplicadas fisicamente nos 10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferra-
componentes das instalações; (210.036-3/I-1) mentas que possuam isolamento elétrico devem
d) recomendações de restrições e advertências estar adequados às tensões envolvidas, e serem
64
inspecionados e testados de acordo com as re- d) instalação de aterramento temporário com
gulamentações existentes ou recomendações dos equipotencialização dos condutores dos circuitos;
fabricantes. (210.045-2/I=3) (210.053-3/I=2)
e) proteção dos elementos energizados existentes
10.4.4 As instalações elétricas devem ser manti- na zona controlada (Anexo I); (210.054-1/I=2)
das em condições seguras de funcionamento e seus f) instalação da sinalização de impedimento de re-
sistemas de proteção devem ser inspecionados e energização. (210.055-0/I=2)
controlados periodicamente, de acordo com as re-
gulamentações existentes e definições de projetos. 10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve
(210.046-0/I=3) ser mantido até a autorização para reenergização,
devendo ser reenergizada respeitando a seqüência
10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compar- de procedimentos abaixo: (210.056-8/I=3)
timentos e invólucros de equipamentos e instala- a) retirada das ferramentas, utensílios e equipa-
ções elétricas são exclusivos para essa finalida- mentos; (210.057-6/I=2)
de, sendo expressamente proibido utilizá-los para b) retirada da zona controlada de todos os tra-
armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. balhadores não envolvidos no processo de reener-
(210.047-9/I=2) gização; (210.058-4/I=2)
c) remoção do aterramento temporário, da
10.4.5 Para atividades em instalações elétricas equipotencialização e das proteções adicionais;
deve ser garantida ao trabalhador iluminação ade- (210.059-2/I=2)
quada e uma posição de trabalho segura, de acor- d) remoção da sinalização de impedimento de ree-
do com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir nergização; (210.060-6/I=2)
que ele disponha dos membros superiores livres e) destravamento, se houver, e religação dos dis-
para a realização das tarefas. (210.048-7/I=2) positivos de seccionamento. (210.061-4/I=2)

10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais 10.5.3 As medidas constantes das alíneas apre-
e de campo ou comissionamento de instalações elé- sentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser al-
tricas devem atender à regulamentação estabe- teradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em
lecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem função das peculiaridades de cada situação, por
ser realizados por trabalhadores que atendam às profissional legalmente habilitado, autorizado e
condições de qualificação, habilitação, capacitação mediante justificativa técnica previamente forma-
e autorização estabelecidas nesta NR. lizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
(210.049-5/I=3) segurança originalmente preconizado.

10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES 10.5.4 Os serviços a serem executados em insta-


ELÉTRICAS DESENERGIZADAS lações elétricas desligadas, mas com possibilidade
de energização, por qualquer meio ou razão, de-
10.5.1 Somente serão consideradas desenergiza- vem atender ao que estabelece o disposto no item
das as instalações elétricas liberadas para tra- 10.6. (210.062-2/I=3)
balho, mediante os procedimentos apropriados,
obedecida a seqüência abaixo: 10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
a) seccionamento; (210.050-9/I=2) ELÉTRICAS ENERGIZADAS
b) impedimento de reenergização; 10.6.1 As intervenções em instalações elétricas
(210.051-7/I=2) com tensão igual ou superior a 50 Volts em cor-
c) constatação da ausência de tensão; rente alternada ou superior a 120 Volts em cor-
(210.052-5/I=2) rente contínua somente podem ser realizadas por
65
trabalhadores que atendam ao que estabelece o que exerçam suas atividades dentro dos limites
item 10.8 desta Norma. (210.063-0/I=4) estabelecidos como zonas controladas e de risco,
conforme Anexo I, devem atender ao disposto no
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item item 10.8 desta NR. (210.069-0/I=4)
anterior devem receber treinamento de segurança 10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item
para trabalhos com instalações elétricas ener- 10.7.1 devem receber treinamento de seguran-
gizadas, com currículo mínimo, carga horária e ça, específico em segurança no Sistema Elétrico
demais determinações estabelecidas no Anexo II de Potência (SEP) e em suas proximidades, com
desta NR. (210.064-9/I=4) currículo mínimo, carga horária e demais deter-
minações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.6.1.2 As operações elementares como ligar e (210.070-3/I=4)
desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa
tensão, com materiais e equipamentos elétricos em 10.7.3 Os serviços em instalações elétricas ener-
perfeito estado de conservação, adequados para gizadas em AT, bem como aqueles executados no
operação, podem ser realizadas por qualquer pes- Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem
soa não advertida. ser realizados individualmente. (210.071-1/I=4)

10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na 10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas
zona controlada devem ser realizados mediante energizadas em AT, bem como aquelas que intera-
procedimentos específicos respeitando as distân- jam com o SEP, somente pode ser realizado me-
cias previstas no Anexo I. (210.065-7/I=3) diante ordem de serviço específica para data e lo-
cal, assinada por superior responsável pela área.
10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, (210.072-0/I=2)
ou em suas proximidades devem ser suspensos de
imediato na iminência de ocorrência que possa co- 10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos
locar os trabalhadores em perigo. energizados em AT, o superior imediato e a equi-
(210.066-5/I=2) pe, responsáveis pela execução do serviço, devem
realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar
10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem as atividades e ações a serem desenvolvidas de
implementadas ou para a entrada em operações forma a atender os princípios técnicos básicos e
de novas instalações ou equipamentos elétricos as melhores técnicas de segurança em eletricidade
devem ser previamente elaboradas análises de ris- aplicáveis ao serviço. (210.073-8/I=2)
co, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e
respectivos procedimentos de trabalho. 10.7.6 Os serviços em instalações elétricas
(210.067-3/I=3) energizadas em AT somente podem ser realizados
quando houver procedimentos específicos, deta-
10.6.5 O responsável pela execução do serviço lhados e assinados por profissional autorizado.
deve suspender as atividades quando verificar si- (210.074-6/I=3)
tuação ou condição de risco não prevista, cuja
eliminação ou neutralização imediata não seja pos- 10.7.7 A intervenção em instalações elétricas
sível. (210.068-1/I=2) energizadas em AT dentro dos limites estabeleci-
dos como zona de risco, conforme Anexo I desta
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA NR, somente pode ser realizada mediante a desati-
TENSÃO (AT) vação, também conhecida como bloqueio, dos con-
10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em ins- juntos e dispositivos de religamento automático do
talações elétricas energizadas com alta tensão, circuito, sistema ou equipamento. (210.075-4/I-4)
66
10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desati- responsável pela capacitação.
vados devem ser sinalizados com identificação da 10.8.4 São considerados autorizados os traba-
condição de desativação, conforme procedimento lhadores qualificados ou capacitados e os pro-
de trabalho específico padronizado. fissionais habilitados, com anuência formal da
(210.076-2/I-4) empresa.

10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositi- 10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de iden-
vos isolantes ou equipados com materiais isolan- tificação que permita a qualquer tempo conhecer a
tes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem abrangência da autorização de cada trabalhador,
ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de conforme o item 10.8.4. (210.079-7/I=1)
laboratório periódicos, obedecendo-se as especifi-
cações do fabricante, os procedimentos da empre- 10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar
sa e na ausência desses, anualmente. em instalações elétricas devem ter essa condição
(210.077-0/I-4) consignada no sistema de registro de empregado
da empresa. (210.080-0/I=1)
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas
energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos 10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir
em atividades no SEP devem dispor de equipamen- em instalações elétricas devem ser submetidos à
to que permita a comunicação permanente com os exame de saúde compatível com as atividades a se-
demais membros da equipe ou com o centro de ope- rem desenvolvidas, realizado em conformidade com
ração durante a realização do serviço. a NR 7 e registrado em seu prontuário médico.
(210.078-9/I-4) (210.081-9/I=3)

10.8 - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, 10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir


CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS em instalações elétricas devem possuir treinamen-
TRABALHADORES. to específico sobre os riscos decorrentes do em-
10.8.1 É considerado trabalhador qualificado prego da energia elétrica e as principais medidas de
aquele que comprovar conclusão de curso espe- prevenção de acidentes em instalações elétricas,
cífico na área elétrica reconhecido pelo Sistema de acordo com o estabelecido no Anexo II desta
Oficial de Ensino. NR. (210.082-7/I=4)

10.8.2 É considerado profissional legalmente ha- 10.8.8.1 A empresa concederá autorização na


bilitado o trabalhador previamente qualificado e forma desta NR aos trabalhadores capacitados
com registro no competente conselho de classe. ou qualificados e aos profissionais habilitados que
tenham participado com avaliação e aproveitamento
10.8.3 É considerado trabalhador capacitado satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II
aquele que atenda às seguintes condições, desta NR. (210.083-5/I=4)
simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabi- 10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de
lidade de profissional habilitado e autorizado; e reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional das situações a seguir: (210.084-3/I=2)
habilitado e autorizado. a) troca de função ou mudança de empresa;
(210.085-1/I=2)
10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a b) retorno de afastamento ao trabalho ou ina-
empresa que o capacitou e nas condições estabe- tividade, por período superior a três meses;
lecidas pelo profissional habilitado e autorizado (210.086-0/I=2)
67
c) modificações significativas nas instalações elé- 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas
tricas ou troca de métodos, processos e organi- classificadas ou sujeitas a risco acentuado
zação do trabalho. (210.087-8/I=2) de incêndio ou explosões, devem ser adota-
dos dispositivos de proteção, como alarme
10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo pro- e seccionamento automático para prevenir
gramático dos treinamentos de reciclagem sobretensões, sobrecorrentes, falhas de iso-
destinados ao atendimento das alíneas “a”, lamento, aquecimentos ou outras condições
“b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender anormais de operação. (210.094-0/I=3)
as necessidades da situação que o motivou.
(210.088-6/I=1) 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas
nas áreas classificadas somente poderão ser
10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classifica- realizados mediante permissão para o traba-
das devem ser precedidos de treinamento lho com liberação formalizada, conforme es-
especifico de acordo com risco envolvido. tabelece o item 10.5 ou supressão do agen-
(210.089-4/I=3) te de risco que determina a classificação da
área. (210.095-9/I=4)
10.8.9 Os trabalhadores com atividades não
relacionadas às instalações elétricas desen- 10.10 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
volvidas em zona livre e na vizinhança da zona 10.10.1 Nas instalações e serviços em eletri-
controlada, conforme define esta NR, devem cidade deve ser adotada sinalização adequa-
ser instruídos formalmente com conhecimen- da de segurança, destinada à advertência e à
tos que permitam identificar e avaliar seus identificação, obedecendo ao disposto na NR-
possíveis riscos e adotar as precauções cabí- 26 – Sinalização de Segurança, de forma a
veis. (210.090-8/I=2) atender, dentre outras, as situações a seguir:
(210.096-7/I=3)
10.9 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO a) identificação de circuitos elétricos;
E EXPLOSÃO (210.097-5/I=2)
10.9.1 As áreas onde houver instalações ou b) travamentos e bloqueios de dispositivos e
equipamentos elétricos devem ser dotadas de sistemas de manobra e comandos;
proteção contra incêndio e explosão, confor- (210.098-3/I=2)
me dispõe a NR 23 – Proteção Contra Incên- c) restrições e impedimentos de acesso;
dios. (210.091-6/I=3) (210.099-1/I=2)
d) delimitações de áreas; (210.100-9/I=2)
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equi- e) sinalização de áreas de circulação, de vias
pamentos e sistemas destinados à aplicação públicas, de veículos e de movimentação de
em instalações elétricas de ambientes com cargas; (210.101-7/I=2)
atmosferas potencialmente explosivas devem f) sinalização de impedimento de energização;
ser avaliados quanto à sua conformidade, no (210.102-5/I=2)
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. g) identificação de equipamento ou circuito
(210.092-4/I=2) impedido. (210.103-3/I=2)

10.9.3 Os processos ou equipamentos sus- 10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO


ceptíveis de gerar ou acumulareletricidade es- 10.11.1 Os serviços em instalações elétricas
tática devem dispor de proteção específica e devem ser planejados e realizados em confor-
dispositivos de descargaelétrica. midade com procedimentos de trabalho espe-
(210.093-2/I=2) cíficos, padronizados, com descrição detalha-
68
da de cada tarefa, passo a passo, assinados 10.11.8 A alternância de atividades deve con-
por profissional que atenda ao que estabelece siderar a análise de riscos das tarefas e a
o item 10.8 desta NR. (210.104-1/I=3) competência dos trabalhadores envolvidos,
de forma a garantir a segurança e a saúde no
10.11.2 Os serviços em instalações elétricas trabalho. (210.111-4/I=2)
devem ser precedidos de ordens de serviço
especificas, aprovadas por trabalhador auto- 10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
rizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, 10.12.1 As ações de emergência que envol-
o local e as referências aos procedimentos de vam as instalações ou serviços com eletrici-
trabalho a serem adotados. (210.105-0/I=2) dade devem constar do plano de emergência
da empresa. (210.112-2/I=3)
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem
conter, no mínimo, objetivo, campo de apli- 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem
cação, base técnica, competências e respon- estar aptos a executar o resgate e prestar pri-
sabilidades, disposições gerais, medidas de meiros socorros a acidentados, especialmente
controle e orientações finais. por meio de reanimação cardio-respiratória.
(210.106-8/I=2) (210.113-0/I=3)

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o trei- 10.12.3 A empresa deve possuir métodos de


namento de segurança e saúde e a autorização resgate padronizados e adequados às suas
de que trata o item 10.8 devem ter a partici- atividades, disponibilizando os meios para a
pação em todo processo de desenvolvimento sua aplicação. (210.114-9/I=3)
do Serviço Especializado de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, 10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem
quando houver. (210.107-6/I=2) estar aptos a manusear e operar equipamen-
tos de prevenção e combate a incêndio exis-
10.11.5 A autorização referida no item 10.8 tentes nas instalações elétricas.
deve estar em conformidade com o treina- (210.115-7/I=3)
mento ministrado, previsto no Anexo II desta
NR. (210.108-4/I=3) 10.13 - RESPONSABILIDADES
10.13.1 As responsabilidades quanto ao cum-
10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus primento desta NR são solidárias aos contra-
trabalhadores indicado e em condições de tantes e contratados envolvidos.
exercer a supervisão e condução dos traba-
lhos. (210.109-2/I=2) 10.13.2 É de responsabilidade dos contratan-
tes manter os trabalhadores informados so-
10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe bre os riscos a que estão expostos, instruin-
os seus membros, em conjunto com o res- do-os quanto aos procedimentos e medidas
ponsável pela execução do serviço, devem re- de controle contra os riscos elétricos a serem
alizar uma avaliação prévia, estudar e planejar adotados. (210.116-5/I=3)
as atividades e ações a serem desenvolvidas
no local, de forma a atender os princípios 10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de
técnicos básicos e as melhores técnicas de acidentes de trabalho envolvendo instalações
segurança aplicáveis ao serviço. e serviços em eletricidade, propor e adotar
(210.110-6/I=2) medidas preventivas e corretivas.
(210.117-3/I=4)
69
10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de
outras pessoas que possam ser afetadas por
GLOSSÁRIO
suas ações ou omissões no trabalho;
1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000
b) responsabilizar-se junto com a empresa
volts em corrente alternada ou 1500 volts em
pelo cumprimento das disposições legais e
corrente contínua, entre fases ou entre fase e
regulamentares, inclusive quanto aos proce-
terra.
dimentos internos de segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável
2. Área Classificada: local com potencialida-
pela execução do serviço as situações que
de de ocorrência de atmosfera explosiva.
considerar de risco para sua segurança e saú-
de e a de outras pessoas.
3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação
elétrica efetiva confiável e adequada intencio-
10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS
nal à terra, destinada a garantir a equipoten-
10.14.1 Os trabalhadores devem interromper
cialidade e mantida continuamente durante a
suas tarefas exercendo o direito de recusa,
intervenção na instalação elétrica.
sempre que constatarem evidências de ris-
cos graves e iminentes para sua segurança e
4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar,
saúde ou a de outras pessoas, comunicando
sob condições atmosféricas, de substâncias
imediatamente o fato a seu superior hierár-
inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa,
quico, que diligenciará as medidas cabíveis.
poeira ou fibras, na qual após a ignição a
(210.118-1/I=4)
combustão se propaga.
10.14.2 As empresas devem promover ações
5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50
de controle de riscos originados por outrem
volts em corrente alternada ou 120 volts em
em suas instalações elétricas e oferecer, de
corrente contínua e igual ou inferior a 1000
imediato, quando cabível, denúncia aos ór-
volts em corrente alternada ou 1500 volts em
gãos competentes. (210.119-0/I=2)
corrente contínua, entre fases ou entre fase e
terra.
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento
das normas constantes nesta NR, o MTE ado-
6. Barreira: dispositivo que impede qualquer
tará as providências estabelecidas na NR 3.
contato com partes energizadas das instala-
ções elétricas.
10.14.4 A documentação prevista nesta NR
deve estar permanentemente à disposição
7. Direito de Recusa: instrumento que as-
dos trabalhadores que atuam em serviços e
segura ao trabalhador a interrupção de uma
instalações elétricas, respeitadas as abran-
atividade de trabalho por considerar que ela
gências, limitações e interferências nas tare-
envolve grave e iminente risco para sua segu-
fas. (210.120-3/I=2)
rança e saúde ou de outras pessoas.
10.14.5 A documentação prevista nesta NR
8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC):
deve estar, permanentemente, àdisposição
dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel
das autoridades competentes. (210.121-1/
de abrangência coletiva, destinado a preser-
I=2)10.14.6 Esta NR não é aplicável a instala-
var a integridade física e a saúdedos trabalha-
ções elétricas alimentadas por extrabaixa
dores, usuários e terceiros.
tensão.
70
9. Equipamento Segregado: equipamento 18. Perigo: situação ou condição de risco
tornado inacessível por meio de invólucroou com probabilidade de causar lesão física ou
barreira. dano à saúde das pessoas por ausência de
medidas de controle.
10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não
superior a 50 volts em corrente alternada ou 19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou
120 volts em corrente contínua, entre fases com conhecimento suficiente para evitar os
ou entre fase e terra. perigos da eletricidade.

11. Influências Externas: variáveis que de- 20. Procedimento: seqüência de operações
vem ser consideradas na definição e seleção a serem desenvolvidas para realização de um
de medidas de proteção para segurança das determinado trabalho, com a inclusão dos
pessoas e desempenho dos componentes da meios materiais e humanos, medidas de se-
instalação. gurança e circunstâncias que impossibilitem
sua realização.
12. Instalação Elétrica: conjunto das partes
elétricas e não elétricas associadas e com 21. Prontuário: sistema organizado de forma
características coordenadas entre si, que são a conter uma memória dinâmica de informa-
necessárias ao funcionamento de uma parte ções pertinentes às instalações e aos traba-
determinada de um sistema elétrico. lhadores.

13. Instalação Liberada para Serviços 22. Risco: capacidade de uma grandeza com
(BT/AT): aquela que garanta as condições de potencial para causar lesões ou danos à saú-
segurança ao trabalhador por meio de proce- de das pessoas.
dimentos e equipamentos adequados desde
o início até o final dos trabalhos e liberação 23. Riscos Adicionais: todos os demais gru-
para uso. pos ou fatores de risco, além dos elétricos,
específicos de cada ambiente ou processos
14. Impedimento de Reenergização: condi- de Trabalho que, direta ou indiretamente,
ção que garante a não energização do circuito possam afetar a segurança e a saúde no tra-
através de recursos e procedimentos apro- balho.
priados, sob controle dos trabalhadores en-
volvidos nos serviços. 24. Sinalização: procedimento padronizado
destinado a orientar, alertar, avisar e
15. Invólucro: envoltório de partes energi- advertir.
zadas destinado a impedir qualquer contato
com partes internas. 25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos
elétricos inter-relacionados destinados a atin-
16. Isolamento Elétrico: processo destinado gir um determinado objetivo.
a impedir a passagem de corrente elétrica,
por interposição de materiais isolantes. 26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): con-
junto das instalações e equipamentos desti-
17. Obstáculo: elemento que impede o conta- nados à geração, transmissão e distribuição
to acidental, mas não impede o contato direto de energia elétrica até a medição, inclusive.
por ação deliberada.
27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão
71
originada em uma fonte de segurança.

28. Trabalho em Proximidade: trabalho du- ANEXO II


rante o qual o trabalhador pode entrar na zona ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
controlada, ainda que seja com uma parte do Tabela de raios de delimitação de zonas de
seu corpo ou com extensões condutoras, re- risco, controlada e livre.
presentadas por materiais, ferramentas ou
equipamentos que manipule.

29. Travamento: ação destinada a manter,


por meios mecânicos, um dispositivo de ma-
nobra fixo numa determinada posição, de for-
ma a impedir uma operação não autorizada.

30. Zona de Risco: entorno de parte con-


dutora energizada, não segregada, acessível
inclusive acidentalmente, de dimensões esta-
belecidas de acordo com o nível de tensão,
cuja aproximação só é permitida a profissio-
nais autorizados e com a adoção de técnicas
e instrumentos apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte con-


dutora energizada, não segregada, acessível,
de dimensões estabelecidas de acordo com o
nível de tensão, cuja aproximação só é permi-
tida a profissionais autorizados.

Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radial-


mente as zonas de risco, controlada e livre

72
Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radial- a) desenergização.
mente as zonas de risco, controlada e livre, com b) aterramento funcional (TN / TT / IT);
interposição de superfície de separação física de proteção; temporário;
adequada. c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.
5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT:
NBR-5410, NBR 14039 e outras;
ZL = Zona livre 6) Regulamentações do MTE:
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores a) NRs;
autorizados. b) NR-10 (Segurança em Instalações
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores auto- e Serviços com Eletricidade);
rizados e com a adoção de técnicas, instrumen- c) qualificação; habilitação; capacitação
tos e equipamentos apropriados ao trabalho. e autorização.
PE = Ponto da instalação energizado. 7. Equipamentos de proteção coletiva.
SI = Superfície isolante construída com material 8. Equipamentos de proteção individual.
resistente e dotada de todos dispositivos de 9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.
segurança. 20
a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
ANEXO III d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e
equipamento;
10. Documentação de instalações elétricas.
TREINAMENTO 11. Riscos adicionais:
1. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM a) altura;
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM b) ambientes confinados;
ELETRICIDADE c) áreas classificadas;
d) umidade;
I - Para os trabalhadores autorizados: e) condições atmosféricas.
carga horária mínima – 40h: 12. Proteção e combate a incêndios:
a) noções básicas;
Programação Mínima: b) medidas preventivas;
1. introdução à segurança com eletricidade. c) métodos de extinção;
2. riscos em instalações e serviços com d) prática;
eletricidade: 13. Acidentes de origem elétrica:
a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; a) causas diretas e indiretas;
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; b) discussão de casos;
c) campos eletromagnéticos. 14. Primeiros socorros:
3. Técnicas de Análise de Risco. a) noções sobre lesões;
4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: b) priorização do atendimento;
73
c) aplicação de respiração artificial; 7. Procedimentos de trabalho
d) massagem cardíaca; análise e discussão. (*)
e) técnicas para remoção e transporte 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
de acidentados; a) em linha viva;
f) práticas. b) ao potencial;
c) em áreas internas;
15. Responsabilidades. d) trabalho a distância;
e) trabalhos noturnos; e
2. CURSO COMPLEMENTAR f) ambientes subterrâneos.
SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO 9. Equipamentos e ferramentas de trabalho
DE POTÊNCIA (SEP) (escolha, uso, conservação, verificação,
E EM SUAS PROXIMIDADES. ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
É pré-requisito para freqüentar este curso com- 11. Equipamentos de proteção individual (*).
plementar, ter participado, comaproveitamento 12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
satisfatório, do curso básico definido anterior- 13. Segurança com veículos e transporte
mente. de pessoas, materiais e equipamentos(*).
14. Sinalização e isolamento de áreas
Carga horária mínima – 40h de trabalho(*).
(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e 15. Liberação de instalação para serviço
dirigidos especificamente para as condições de e para operação e uso (*).
trabalho características de cada ramo, padrão de 16. Treinamento em técnicas de remoção,
operação, de nível de tensão e de outras pecu- atendimento, transporte de acidentados (*).
liaridades específicas ao tipo ou condição espe- 17. Acidentes típicos (*) – Análise,
cial de atividade, sendo obedecida a hierarquia discussão, medidas de proteção.
no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. 18. Responsabilidades (*).

I - Programação Mínima:
1. Organização do Sistema Elétrico
de Potencia – SEP.
2. Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes
energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e
equipamentos especiais.
6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Site do Ministério do Trabalho e Emprego


MTE

Segurança e Medicina do Trabalho – Lei 6.514 de


22 de Dezembro de 1977

Normas Regulamentadoras – NR. Aprovadas pela


portaria Nº 3.214 de 08 de Julho de 1978.

Norma Regulamentadora Número 10 – NR 10


SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS DE
ELETRICIDADE – Redação dada pela portaria Nº
598 de 07.12.2004. DOU 08.12.2004.

Comissão Tripartite Permanente de Negocia-


ção do Setor Elétrico no Estado de São Paulo-
CPNSP

FUNDAÇÃO COGE - Setor Elétrico Brasileiro

75

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