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Apostila Praticas em Educacao Ambiental PDF
Apostila Praticas em Educacao Ambiental PDF
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE TEORIA E PLANEJAMENTO DE ENSINO
Julho/2008
O que é Educação Ambiental?
Processos por meios dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente
formativo, utilizando um conjunto de atividades e idéias que levam o homem a conhecer o ambiente e
utilizar os recursos naturais de maneira racional
Histórico
• No século XIX, começou a manifestação de alguns escritores com o tipo de relação entre
sociedade /seres humanos e natureza.
• Século XX, após a 2° Guerra Mundial, começaram mobilizações contra os excessos e uso de
bomba atômica provocando contaminações do meio e causando impacto nos recursos
naturais.
• Década de 60, o tema sobre educação ambiental não era muito conhecido e a irracionalidade
dos modelos de desenvolvimento provocou desastres ecológicos.
• E no final desta década foi realizado pela UNESCO um estudo sobre meio ambiente, onde foi
sugerido que a Educação Ambiental não deveria constituir um objeto de estudo de uma única
disciplina e que o meio ambiente não era apenas um elemento natural, mas também social,
cultural, econômico e político.
• A Educação Ambiental abrange além das relações do ser humano com a natureza, também
as relações dos seres humanos entre si.
• Década de 70, Conferência de Estocolmo (1972), que obteve como principal resultado a
Declaração sobre Ambiente Humano / Declaração de Estocolmo que expressou : “tanto às
gerações presentes quanto às futuras, tenham reconhecidas como direito fundamental, a vida
em um ambiente sadio e não degradado”.
• A Educação Ambiental é considerada fundamental para a qualidade de vida.
• E em 1974, o Seminário de Educação Ambiental na Finlândia, reconhece a Educação
Ambiental como educação integral e permanente.
• Década de 80, a Educação Ambiental começou a ganhar dimensão pública relevante no
Brasil, tendo inclusão na Constituição Federal de 1988, mas com uma visão conservacionista
influenciada pelos valores da classe média européia.
• Na década de 90, o MEC determinou que a educação escolar deveria contemplar a educação
ambiental permeando todo o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino.
• 1992-Toronto / Canadá; conferência de Educação e Comunicação sobre meio ambiente e
desenvolvimento.
• Rio-92; destaques:
Fórum Global (ongs) A jornada Internacional de Educação Ambiental, realizada no Rio de
Janeiro, paralela a Conferência Oficial da Rio 92, na qual foi produzido do Tratado de
Educação ambiental para sociedade sustentáveis e responsabilidade Global. Este documento
busca promover um compromisso da sociedade com a construção de um modelo de
desenvolvimento mais humano e harmônico, onde se reconhecem os direitos humanos da
terceira geração.
Meio Ambiente
“O conjunto de todos os fatores físicos, químicos, biológicos e sócio-econômicos que atuam
sobre um indivíduo, uma população ou uma comunidade”.
Problemas Ambientais
“São manifestações dos conflitos entre interesses privados e o bem coletivo (que pertence a
todos)”.
Desenvolvimento Sustentável
Cidadania
“ Direitos e deveres é algo possível mas dependente do enfrentamento político adotado por quem
tem pouco poder.
Só existe cidadania se houver a prática da reivindicação, da apropriação de espaços, do combate
para fazer valer o direito do cidadão, para a construção de uma sociedade melhor”.
ARTICULAÇÃO CONCEITUAL
MEIO AMBIENTE
Conjunto em inter-relação
APROPRIAÇÃO
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO
IMPACTO AMBIENTAL
Secundariza o coletivo / o conjunto em equilíbrio
locais globais
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Supera antropocentrismo?
Prioriza o bem coletivo
CIDADANIA
A grave crise ambiental que vem afligindo a humanidade em nossa história recente, nos coloca
diante de uma grande reflexão sobre novos caminhos e do tipo de relação construída entre a
sociedade e a natureza.
Nesses poucos milhares de anos da existência, nossa espécie promoveu um número tão grande e
profundo de transformações no meio ambiente, que dificilmente será superada por outra. Esgotamos
recursos naturais, levamos à extinção centenas, ou talvez milhares, de espécies e contaminamos a
biosfera, sem que essa degradação de recursos naturais se transformassem em benefícios para a
maior parte da população humana. Muito pelo contrário, apenas uma parcela da humanidade goza
dos benefícios desta apropriação predatória.
Além disso, a cada dia que passa, erodimos de forma cada vez mais intensa, os valores
fundamentais para a construção de uma sociedade onde a igualdade de direitos e de oportunidades
atravesse todos os grupos sociais, além de generalizarmos e banalizarmos ausência de ética nos
mais diversos campos da atividade humana.
Tal quadro vem evidenciando que vivemos uma crise, não de alguns setores ou seguimentos da
sociedade, e sim, uma grave crise civilizatória. Crise esta que nos põe em busca de um novo modelo
de desenvolvimento sócio-econômico, pois o atual construiu uma sociedade excludente,
desenvolvimentista e belicosa, orientada por um processo de globalização que não universaliza os
benefícios sociais mas que difunde, de uma forma quase ritualística, o culto ao mercado e,
conseqüentemente, ao capital.
Precisamos repensar os valores que hoje norteiam as relações entre nós seres humanos e entre nós
e a natureza. Perdemos em algum momento de nossa história, os elementos que possibilitavam
nossa comunicação com os outros componentes do meio ambiente. Adotamos uma visão
fragmentada de mundo. Grande parte da população mundial não é capaz ou não está devidamente
preparada para fazer relações entre os elementos que constitui o ambiente ou mesmo entre nossas
ações cotidianas e as questões socioambientais diretamente a nós relacionadas.
A educação ambiental representa um desafio que vem envolvendo um número significativo de
pessoas há aproximadamente trinta anos.
Quando refletimos em pouco mais, levando-se em consideração apenas alguns indicativos da
educação ambiental, tais como:
Interdisciplinaridade.
Adequação da realidade – partir da realidade ou das questões sócioambientais locais.
Ajudar a descobrir as causas, sintomas e desdobramentos de problemas sócioambientais.
Situar o problema num contexto cultural, político, econômico e histórico.
Desenvolvimento do senso crítico e habilidades necessárias a resolução de problemas.
Utilização de técnicas participativas que incentivem a reflexão e a expressão de todos os
participantes.
Articular questões locais e globais envolvidas no problema.
Por sua natureza interdisciplinar, isto é em função de que suas questões envolvem um espectro
de conhecimento tão grande que é praticamente impossível ser trabalhada por apenas uma área
de conhecimento, a educação ambiental exige um trabalho coletivo e interdisciplinar.
A educação ambiental oferece uma oportunidade singular, pois parte da realidade local, ou seja,
trás elementos do cotidiano para a sala de aula, está orientada para resolução de problemas (
materialização de ações), por metodologias participativas nos processos de planejamento e de
ação e, logicamente, por discutir e reconstruir valores.
Dinâmica de Apresentação
Convidar a todos a se levantar dar uma espreguiçada, alongar braços e pernas, respirar
profundamente e começar o trabalho.
Objetivo: Soltar as articulações e renovar a atenção do grupo, usar quando for necessário acordar o
público.
Dinâmica de fixação
Dividir o grupo em grupos menores, pedir que cada grupo escolha duas palavras relacionadas ao
que foi trabalhado no dia, e escolha qual o grupo que vai apontar os pontos positivos e negativos das
palavras escolhidas.
Objetivo: Fixar o tema e avaliar o grau de entendimento do assunto trabalhado.
Dinâmica da engrenagem
Convidar um dos participantes para criar um som e um movimento repetitivo, cada participante
deverá o mesmo construindo assim uma grande engrenagem onde cada um é parte do todo.
A engrenagem funciona a todo vapor, ora com menos potência, hora descontrolada, pois uma das
está com defeito, os movimentos vão diminuindo lentamente até ser desligada.
Objetivo: Conscientização do papel de cada um dentro da sociedade.
A discussão poderá se dar no sentido do papel de cada um no todo e individualmente. Cada um dá a
sua contribuição para o andamento ou não do trabalho.
Recortar em tiras o início de ditados populares e entregar para cada participante, cada um terá que
achar o complemento de sua frase, após um tempo constatarão que está faltando o complemento,
então pede-se para cada um ler a parte da frase que possui na seqüência que foi distribuída,
mostrando que o complemento da frase não precisar ser uma idéia já conhecida.
Ex:” Em casa de ferreiro....
.... tem sucata de sobra.”
“ Quem tudo quer....
....é um tremendo guloso.”
“ Diz-me com quem andas...
...que eu estou louco para saber”
“ Quem não tem cão...
.... é um solitário caçador”.
“ Uma andorinha só...
....sofre de solidão.”
“ O hábito do cachimbo...
... substitui o cigarro.”
“Antes tarde do que...
... mais tarde ainda”.
“Gato escaldado...
.... deve ser bom para cachorro”.
“Onde há fumaça...
... fica tudo poluído”.
“Quando um não quer...
....o outro vira para o lado e dorme”.
“Quem ama o feio...
....não sabe o que está perdendo”.
“ Que ri por último...
....demorou a entender a piada”.
Objetivo: Quebra de conceitos pré estabelecidos.
Dinâmica do mosquito
O grupo terá que fazer um círculo no centro da sala, afastando todas as cadeiras e mesas que tiver
no local, imaginemos que exista um mosquito que percorre a cabeça de cada participante e para
vencê-lo precisamos de um trabalho conjunto onde dois participantes o da direita e o da esquerda
simultaneamente terão que matar o mosquito que está na cabeça do colega que está no meio, este
deverá agachar e rapidamente vai se levar e tentar matar o mosquito que passou para a cabeça do
colega ao lado, a cada rodada solta-se mais um mosquito até que todo o grupo consiga matar
sincronizado o mosquito.
Objetivo: A importância do trabalho coletivo.
A partir deste momento pede-se que cada participante descreva as sensações por escrito em duas
colunas, a coluna do "rio limpo" e a do "rio sujo". Em seguida divide-se o grupo e discute-se como
fazer para limpar o "rio sujo", e como fazer para manter o "rio limpo". É necessário que para se
finalizar este trabalho crie-se uma discussão em que se clarifique os problemas relacionados com a
Água e suas soluções.
VIVÊNCIA II : PERCEPÇÔES
(* Está vivência pode ser desenvolvida em qualquer local, por grupos de todas as idades.) Depois que
o grupo se apresentar (contar um pouco de si para os outros), façam com que "passeiem" por alguns
minutos e se familiarizem um pouco com o ambiente em que se encontram. Façam então uma roda, e
que cada participante responda a seguinte pergunta por escrito:
"O que está te incomodando ou atrapalhando neste ambiente ?"
Deixe que escrevam o quanto quiserem. Neste momento nós (os educadores), nos encaminhamos
para o quadro negro e fazemos várias listas, uma diz:
"O que eu posso mudar imediatamente?"
Outra:
"O que posso mudar com um pequeno planejamento?"
E outra ainda:
"O que eu posso mudar, mas preciso da ajuda de outras pessoas ou
da ex/periência de outras pessoas?"
E assim vamos listando as idéias e percepções de todos, e montando um "esquema" que poderemos
utilizar no decorrer das aulas com este determinado grupo, seja pelo período de uma semana, um
mês, um ano, ou mais. E mais, o que estiver na lista de imediato, como por exemplo um papel no
chão, devemos intervir de imediato, no caso colocar o papel no cesto de lixo.
Objetivo: promover uma reflexão através da associação do perfil pessoal com algum elemento
escolhido entre elementos naturais diversos.
Desenvolvimento: fazer um grande círculo e passar uma caixa contendo diversos elementos
naturais, entre eles sugerimos: folhas secas, pedras, galhos, flores, areia, raízes, entre outros.
Solicitar que cada participante escolha um dos elementos que tenha alguma relação com suas
características pessoais. Após a escolha, solicitar que cada um fale sobre o porque da escolha.
Fechamento: o coordenador pede que devolvam os elementos para a caixa e que cada um
escreva uma mensagem sobre o que a atividade despertou em cada um. Pode ser uma frase, um
pensamento, um conselho, etc. Em seguida, recolhe a frase, mistura-as e lê ao grande grupo. O
grande grupo tentará identificar quem escreveu a frase.
Completar as frases
Objetivo: promover a troca de idéias sobre questões ambientais através de uma brincadeira de
completar frases de improviso:
3. Quando entro num ambiente sujo, com muito lixo no chão, eu penso que...
20. Quando leio nos jornais notícias sobre catástrofes ambientais, eu...
27. Adoro...
28. Detesto...
29. Acredito...
Estudo de Caso
Práticas
Minicomposteira
Papel reciclado
Reutilizar papel para fazer papel é uma ótima lição de reciclagem para suas crianças. Além
de ser uma ótima oportunidade de fazer lindos trabalhos.
Material:
- 1 liquidificador
- 1 bacia de plástico grande (retangular)
- Restos de papel diversos
- 2 moldes retangulares de madeira (como de serigrafia) do mesmo tamanho; um deles sem tela,
o outro com tela de cerca de 1x1 mm de abertura
- Jornal
- Livros ou outros pesos para prensar
Preparo:
- Rasgar o papel com as mãos em pedaços pequenos e bater um punhado no liquidificados com
¾ de água.
- Repetir a operação despejando na bacia até encher um pouco mais da metade.
- Agitar bem o conteúdo da bacia e colocar os moldes na vertical, inclinando aos poucos até
ficarem na horizontal e dentro da água. O molde sem a tela deve ficar por cima do outro,
encostado do lado da tela.
- Retirar o molde na horizontal e esperar que a água escorra, fazendo movimentos suaves.
- Retirar a parte da armação sem tela, que está por cima.
- Virar a tela com a polpa sobre um jornal, passando os dedos pelas pontas para soltar a polpa,
com cuidado.
- Cobrir a polpa com outro jornal. Pode pôr outra polpa por cima, outro jornal, outra polpa, outro
jornal, como um sanduíche.
- Colocar pesos por último para prensar durante alguns minutos.
- Retirar os jornais junto com a polpa colada e secar em um varal.
- Está pronto seu papel.
Dica: Pode picar, na bacia, pedaços de papel de seda, pétalas de flores ou outros para decorar
seu papel.
Detergente Ecológico
Ingredientes - Um pedaço de sabão de coco neutro, dois limões e quatro colheres de sopa de
amoníaco (que é biodegradável)
Preparo - Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco
litros de água fria. Em seguida, esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem.
Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá
seis litros de um detergente que limpa, não polui, cujo valor econômico é incomparavelmente menor
do que o do similar industrializado.
Ingredientes - Água, vinagre, amônia líquida (amoníaco), bicarbonato de sódio e ácido bórico.
Preparo - Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma
colher de sopa de amoníaco, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de
bórax ou ácido bórico.
Referências Bibliográficas
www.apoema.com.br
Fonte: http://www.milenio.com.br/ifil/rcs/tecnologia/limpeza.htm#fonte