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Intrdugo A COMPLEXIDADE ESSENCIAL DA FILOSOFIA CIENTIFICA Plano da obra ‘Tem-se muitas vezes repetido, desde Willam James, que todo o homem eulto segue fatalmente uma metafsica, Pare ‘os mals exacto dizer que todo'o homem, no seu esforeo de ultra cieatiiea, se apola no em uma, mas sim em duas ctae Fincase que eaaé duns metafisicas naturals econvineentes mpl ‘tase obsinades, sto contradigras, Para ies dar rapidamente lum ome proviséro, designemos esas duas autudes Mosstcas Tundamentas, tranguilamente asociadas num esprte centiico modem, sob as etguelas clisias de racionaismo e de rellsmo. Pretender-se-é de imediato uma prova desse tranquil ecctsme? Basta medilar neste postulado de flosoha eaten}: «A elena um produto do esplrito humano, elaborado em coaformidade ‘com at Tes do nosso pensamentoe adaptado 40 mundo exter. (Boy, a wre sere, 908, 7. ° -Ayrsataportnto dois asecor, um subjective outro obec ‘Moran uainentsnezodros, porque nos & iuaente limoesiel modar 0 que quer gue sg Tanto ts fi do now Spinto como te do" Mundo» ‘tama decaragio metafica fe iata poe fvar a una expel de ractonaliomo redobrado Be covontara, nue ie do Mundo, ae It do nowo esto, omo a um realism universal que impde a tovarabidade abso Ite Tels do nono espitilon conebidas come uma pate das Ie do Mundo! om feo, 4 flosofa centica ato se depurow desde a detaragio. de Honty. NiO serial mostea, por um la, She, or sets jlrt cleticon,o mas obtnado ratonalita Sela no dn'a din intro de ua realade que no conor =fundo e que, por outro lado, oralta ms ntramsigene ro: Cole's tinplifchger ined ekactamente como te admlane {© prinpios nformadore do raionlamo, © naeano & dct Soe, part# Hlsofia setifis, ao hi nem realism ner rio false abslutos e que ao Se pods parr de una tude fle Sh geal parejlgar 0 pensmento Genie Mais edo ot ‘ns tae, sono pensamento lento que se tomar Tema fendamentl da polsmicn foie, xe pensamento vars 8 tuber as meaner inukias © meds peat metaiseas dueunfvas objetramene riences Seqindo eas tet Seages, convencer-nozemos, por exempl, de que um felis {Que descobriu a davgh Genes ja nao poder! ser da mesma ode que 0 realiimo imedinto. Convetcemo-ns igualmente ‘2 gue um relia que corgi jz « pron, como aoa Seung cato dat moves extnaies du geometia ako port com: finuar a sc um raconalimo fchada, Have, ob, nee, remos nds, em tomar a flosfa seta em 9 ara em jl far as suns ido procooridas, mesmo fora, das nposSes ‘Easiao extras do vonbulieflostio tendons! Na rex Tide, encarta flovos, pelo que 0 flosofo deve intr ara radu 0 potaneato contemportnes ee moblidads, Beve antem rpelar et SSianha ambiguidade que exge que todo 0 pensmeato en como tuna primeira ligto a media, como wm facto a explicat, {Sia impureza metaisca provocada plo dopo sentido da prove ‘Snug toma tanto expec no acl, Sulancamente no contacto com a eabadee nna tetera Puree, ads, poder danse rapidamente uma ranio dest tse dustin de’ toda a fosoia cenien’ palo prope Tato ev flosons ds ciznca ser una flosoa que se epic, ela 80, 0 pode consrar a putea © a unidade de ums lotta especua- tha Sa qual foro ponto de partisan nevade ccna, tal atvidade a8 pode convencerplenaments abandonsndo ‘dominio debate: se ela experiment ted de racecars ae rai ih, ted de exprinentar. Toda 4 aplcagao € tscendenci, Ni'mais sinpin das operayies ‘lone, mstaremos. gus pode eaptarse ma dushidad, uma espe de plarzagto ep Iemolépea que tte casticar a fenonenologa sob ala ‘bra do pitorsco © do compreesiel, porous pais, {ebva dapl educa do tealemo e do accra, Se sou Semos, 8 propsto da paclosa do. cept into, clo- Cares exaetmente na fro. do conkecmento tice, ‘eriamos que & mima verdadin safes das contadigoer me: Tiseas que eth cmpenkada a eiéacia contemporines, Conta, © semilo do. vector epttenolgpco parsornor, muito. nie. Wal tpuramente'do radon part o rele, de modo neni, inveramente, da sealdade pate 0 gra, como 0 profestanh toon os fotos dele Ariss se Bacon, Por Susy pal ‘at #apliapto do penamento celica pareconos exencal- mnie fealadora.Tentaemon pols montar a0 Tongo, Gata ‘brn agulo a que chamaremos sfealizag do raion ou, ais fm geal, a realiagio. do matematic, De reso, esta nezessidade de aplongo, embora mais eson- digs ai cin semis prs, nem ide de et cea. en lazer a estas cic sparetemente homogéaas am elemento de dalidade metas, um pretext ars polemics Snige elite nominal. See conden derasado eto Feallsmo matematco, £ porque te ett sedusio pola magaiten Sxlelo da epatemologa formal, so &, por uma cape de floctonamento no vaio das noper matcnidene” Mat 36 180 Tiros indvidamenteestracso da pazlosa do matemdtic, Do tardaremos a aperesbennen de gus ht nt sca mae. Initica mais que_wina orginiast0 formal de erquemas ¢ gue toda aida pre £ acompaiadn dea aplicato pclae, {eum exmpo que desompenha a ngs de reaiade © damo: “tos conta no tedtar no tabalno metemfcy, de gue ee po. vém sempre de uma extensio. de/um conhecinente adqudo no real ¢ que nas propia ates, realidad st man ‘ua aa sun fangio suena fet pensar Sob Uma forma mais ou menos nid, em fungds ma ou menor combiade 4B lao maemo ska clo ou ate ot corpo a0, pesaento, dine 4 permantneapacalGgea, esdobrar enim setvdade espinado apes, a om fm todo 0 lado, 0 dualiamo do subjective do abe ‘Dado que aor propomorestudr sobrtie Hosoi a cits fsa, a eaako Go raion na expec hon u ‘que tercmos de epclarecer. Essa realizagto, que corresponde a tm realsmo téenio, parecenos ser_um dos tages. distintivos do eapirito cletlico contemporineo, muito diferente a este Fespeit do esprte cientiioo dos dtimos séculos, muito. afas- {ado em perealar do sgnorsiamo positivista-ow das toletin> ‘as pragmilices, sem rlagdo ein com 0 realismo fosético {radiclota, Com efeto, tratnae de um reaiamo de segunda porigdo, de um rellsmo om reacylo contra a realidade habj- fa, em pelémica contra © imediato, de um realsmo feito de faxfo realizada, de raxdo experimentada. O real que The cores: nde nfo. atirado para o dominio da cola incognosivel fm si Tem foda uma outrariqueea numenal. Enquanto que cols em si & um nimeao por exclusto dos valores fenomenais, parece-nos defacto que o fel centifico & feito de uma contex” {ura mumenal propria para apontar as bases da experimentago. ‘A experincia cientiica assim uma vazio coafimmada. Esto novo vwpecto filosfico da. cgneia prepara um ingresso do not hativo na expericia:sendo a necesidade da exporinelacaptada pela teoria antes de ser descobera pela texto, a area do Tsio Gepurarsuicientementeo fendmeno para rencontrar o mimeno forginieo. O racioeinio, por construgto que Goblot eslareceu fo penssinento matemtico fz a sun aparigio na Fisica Mate- ‘ition © na Fics Experimental. Toda « doutrina da hipdtese de twabatho nos parece votada a uma rdpida docadéncia. Nt ‘roporeto em que tal hipotese fol ligada & experiincia, ela deve fer consderada to real como a expercaca, je que est realizad (tempo das hipéteses desgarradas c mévels é pasou, com também jé Id val o tempo das experéncas iscladas e caro Doravante, a hipéese € sintese Se o real iipediato € um simples pretexto de pensamento cientiico ¢ nio jd um objecto de coohecimento, seri necesi- fio pasar do ‘como da descigho a0. comentario tebreo. ESS fxpliagdo prolixa espanta 0 fideofo que dessjaria sempre que ‘uma explcaglo se limiasse a devdobrat 0 complexo, mostrar simples no composto. Ora, o peasamento cent autéatico metafsicamente indutiv; como mostraremos em visias opor tunidades, ele Te compleno no simples, revela a lei propasita 45 facto, a ropea @ propésito do exemplo. Veremos com que amplitude as gencralzagoes do_pensamento moderno. comple: ‘tam 06 conhecimentos paticulaes, Poremos em evidénsia Uma spel de generalizaelo polimica que Taz pasar a rario’ do ‘porque a0 porque ndo. Daremos lugar a paraogia 0 lado da Snalogia e mostaremos que & antiga filosofia do como se sucede, em fos cnties, «Slosoia do porque ndo, Como diz Nits. the: tudo 0 que & decisive 56 nasee apear de, O que & igualmente verdadeiro tanto no mundo do pensamento como no mundo R 4a acgo, Toda a verdade nova nase apesar da evidéncia, toda a expergncia nova nasce apestr da experignca imediata, “Assim, independentements dos conbecimentos que ve amon- foam e trazem mudangas progresivas dentro do. pensamento ‘tentioo, vamos encontrar uma faZo de fenovasto”quase ines fotdvel pars o exprito eetiico, umn espe de novidede meta- Tixca esencial. Com efeto, se ©. pensumeato cientiico pode actuar em dois termos opostes, indo do eucldiano a0 nio-eucl fiano, por exemplo, esta como que marginado por uma area de renovacio. Se se julgar que hai somente meios de expres Ho, linguageas mais ou mcnos eSmodas, darse muito pouca Importinea ese foessimento. de inguas novas. Mas, 0 50 acrditar, como tentaremos justietlo, que tis expresses slo ‘ais ou menos expresivas, mais ou ‘menos sugestias, © que las conduzem a reaizagGes mais ou menos completa, seed precco atribuir todo wm outro peso a esses matemiics ala fzndas. Insistremes pols no valor ilematico das novas douti- fas como a geometia nio-cucidians, a medida nio-arquime- diana, a mecinica ndoewtoniana com Elastin, @ fica mo “maxweliana com Bohr, a aritmética de operapbes mfo-comi- tativas que se poderia designar como nfo-ptagérica. Tentare- ‘mo, enti, na conclusto Hlosdica do nosso tabalho, apresea- lar as caracterstias de uma epistemlogin nlo-cartesiana que ‘nos parece consaprar verdadeiramente a novidade do espiito entea contemporineo. ‘Uma observato é, de resto, itil para preven um equivoco: ‘to hi ada de automation nestas nepagoes © nfo deverk espe: Farse encontrar uina espécie de converslo simples que possa fazer com que st novas doutinas entrem lopcamente no gi dro dat anigas, Tratase do facto de uma Verdadeia extensi, ‘A geometia ndo-cutidana ngo se faz para contadizer a peo- mmetria cuchdigna. E antes uma espicie’ de factor adjumto que permite a tolalizagto, 0 acabamento do pensamento peomético, S'abvorgio numa pangsometria Consttulda como. guamigao a geometia euclidiana, a geometna nfo-euclidiana deseaha 4e fora, com uma Tuminosa preciso, os limites do pensamento ‘amigo. O mesmo acontecerd com todas a formas novas do peasamento centiico que vém a posterior! projectar uma luz Feorrente sobre as obscuridades dos conhecimentas incomple: tos, Ao longo da nossa investiga, encontraremos os mesmos caraceres de extensfo, de infertncia, de inducto, de generalizacto, 4 complemento, de sintese, de totalidade, todos eles substtutos dda idea de novidade. E ena novidade € profunda, porgue 80 a novidade de uma descoberta, mas a novidade de um metodo. erante esta orescincia epistemoléeiea, seri precio con- tiguar a falar-de uma Realidade longingua, opaca, compacta, B fnracional? Tso seria exquecer que o Ret! cintiio est em ‘Rilo dialdetca soma Revao cenica Depos Je um dllogo ‘gu’ dara hd tantow scalos entre 0 Mundo 0 Expt, jf se SHS pode fata de expritcias aden. Para fnterdar radia nents as conelstes de Umn tern, € predso qe a expenacia ios expona as razSes da sua opi. OTisco nf &faciinente Aesencorjado, por uma expec negativa Michelson mor feu sem encontrar as condigfes que, na sua opi eam vad ‘om terma a sua experi mative h deter o ter, Fun. damentadosexactamente. ‘essa experiencia. negatva, outer Fiscos deciditam subimente que al expeitcia neeativa no Sistema de Newton era poutva no sistema de Eisen. Rea ram precamente, no" plano da experacs, a flosoe do endo. Asi, ume experiénia bem fa sem ‘Gras Mas. esta conesto ato reba postvidade ebsohaa da experiencia sem mas, porque uma experiencia 6 pode ser tina experiencia bem feta se Tor completo ge a6 sconce bo caso da experiencia precoiia. de um projecto bem extudado {parts de uma tora Sabada, Pnalmonte, ae conde expe. fimentais slo condgoes de experimentagto. Este simples maiz 4d wm aspelo interment novo fos. eno, ois pe ‘tdi nes diflealades tenis que oe depara para rear lim projecto tegricopresonsbid. Os easnamentor de ral ‘dnde'06 sto vidos medi’ em que nugsrem realzngbes "Asim, a parti do momento em que © melita na socko cientiicn, aperecbemonor de que 0 relismo eo racinalismo frocsm ctfe si ifndavelmens. os seus consthon, Nem um ‘em outro oladamente bana para comsuir a prova cen cx; no reiao das etnias sat ndo hd gtr para ta itu {odo fendmeno que dsienaria de uma 16 ver os fundamentos {0 rea tambem ‘ao ha Tugar para umn congo aciooal “ sbrluta defitira gus imporiaeategonis fandamentis aon nosso mlodos de penguin experimentas. Estamos peante tima reo de novidade metodoldgin que teemos de aiear; ts relages entre teorine-0 experiencia slo to estas qe nelan métouo, quer experientl, quer facional tom 8 pas tide conserva @ seu valor, Podemos mesmo ir mais longs tum método excelente acaba por perder 8 sun fecundidade se ho s renovar 0 tu objet E, poi bem oe encruhads dos caminhos que deve colo carse'¢ epstemblogo, etre 0 relamo e 0 racionlmo, © ai {qe slo pode eaptar 0 novo dinanismo destat Slovo contd. fas, 0 duplo movimento pelo qual a ciéncia simpliica 0 eal complica «cus. Temor entlo encurtado 0 pereumo que al ‘in relidade expicada so pensamento apical. © nose curto “ trajcto que ae deve doseavolver toda a pedagogia da prova, pedagogia que &, como apontaremos no nosso tltimo eapitlo, nin pstologia possvel do expito cent, ‘De uma mansia ainda mais geal, nfo haveri um certo imteresie em levar 0 problema metafsieo essen da realidade do mundo exterior para o proprio dominio da reaizagio cien- tca? Por gue razto partir sempre da oposislo ents Nats co Espo frase ¢ confundir tem dicursto « pede pt eto com a poo de clara? Por que aud a, indo do co, sv Sive da sun aoydo estencal no conkecimento objectivo? Para ‘os desnteressarmos destas questoes elemontares, bastar-n0e4 Subaitairos problemas da cigncin pelos problemas da psicolo- fia do esplrto centlico, encarar 1 objectvidade como uma {arela pedapépica diel ¢ nfo jd como um dado primitive. ‘Alii, talvez na actvidade clentica que re vé mais clare ments duplo seatido do ideal de objectividade,o valor ao mesmo tempo reale social da objctivacto, Como diz Lalande, a cae fino visa apenas va assimlagzo das cols ente i, ras tanh ‘bm e acima de tudo a assimlagdo dos esprtos entre si, Sem sta tia assimilagto, ato haveria problema, por assim dizer. Bm face’ do foal malt complex, so esvdssomos entropues bs préprios, srla'do lado do pitoresc, do poder evocador, ‘ve procarariamos 9” conhecimento: o mmdo seria represen: {apie nase, Em contsparida, 3 esivéssemosintiramente entee- tues socladade, seria do lado do gerl, do til, do combinado, ‘Que procuraiamos 0 conhecimento: o' mundo’ ser. convo Iosa: Com efeto, a verdade cientiica € uma predigio, ou me. Thor, uma" predicalo, Nés.chamamos of ospiitos 8 conver. facia anunciando a novidade centcn, trasmitindo ao mesmo tempo um pensamento una experzdia, ligand © pensamento Aexpeiénca muma veriicagto: 0 mundo centfico pos, er feapio nossa. Acima do syjeto, para além do objeto imediat, 4 léncin moderna baseiase no project. No pensamento cien- lfco, meditagto do objecto por parte do suto assume sem pre a forma do project, Enganarse-ia, de resto, quem argumentasse a partic da raridade da descobertaefectva, wo longo do exforgo rome: teico, Porque é mesma no mais modesto pensamento ceatice que se manifista ess preparagdo tevin indispensével Num livro anterior, nfo hesiuvamos em esorver: 0 real demonstra, ‘nfo se mostra. O que é verdade prncipalmente quando se {cate 4e estbelecer um fendmeno orginico. Pectivamente, desde que ‘ objecto se aprente como um complano de relagdes,¢ preciso faptilo por métodos miltiples. A objectvidade ao pode de. Is ligaese dos caracteres socisis da prova. $6 se pode chegar 2 bjetvidade expondo de uma mancia discuriva e pormeno= am moto ea i. ‘a eta tee da domonsragio prvi, que eremos na base de todo 0 conhecimento objective, como sa ¢evidente no dom bio clntidcol 14a obssrvacto tem necrsidade de um oreo 4s precaugber quo leva a refs antes de observer, qu recone ue, pelo enon primera visto, de modo que nunca € a imate obseragio que 6-4 bon, A obseraplo centica & Eempre uma obvervacio polémica; la confirma ou iad unk {ese anterior, um exguema prévo, um plano de abseraeto; ‘mow demonstrndo! hierar as aparencas: Wanscende © Imodiato; recontrl © fal depos de ter reconsirldo os Sus equemes, Naturalmente, a partir do momento em qUe se pass ‘Gelotmeragto 4 experientagt, 0 earitr plamico do conor ‘inento tora-se ainda mals nitido, Newse caso € preciso que © Tendmeno wh etslosado,strad depurado, vexilo no malls dor instumenton,produido com base no plano dos itstrume- tos, Ora ov insrumentos nto sto mals que toras materaliadax. ‘Di stem endmenos que tam em todo o lado a mara tein. nur o fenomeno enliico e 0 aimeno cen, Je no se verifies po uma daleteTongingua e ees, meus mex ‘mento stemativo que, apes algumes rectfeagies dos projc- {os, tend sempre a uma raliagioefosva do ndmeno. A ve. nisin fenomenologa eentica & portanto esenialmente um Tenomenoiniea. Reforga 0 que Wansparece por dtris do que spatee,InsaGrae stones dagulo que cone A rao tana ‘ign desea seus quadros sobre 0 exquema dos ous la "A‘Sencin sos wh indo no por um impos mic, {inanene 8 eaiade, mas sim por um Impalto raion, fo ‘entea0 expo. Depo de er formado, no pinion eons do esprit cenico, uma rato timagem do mundo, a ac ‘ida expntual ‘linia moceroa deiease& consrar um mundo iimagem da azo. A actvidage cntca rai, 6m {odo sentido da palavray conuntosracona ‘tales nsta deivicnde aida tdnica que © sprende {odo 0 aleanee da dicotomia fos essencil,resumida no ‘egundo lena mtafsico de Renouvtr sob 0 nome de dima ‘de subméncia. Tal ema & de uma importinca deaiva pore Stax consigo todos os outros Renouvir enunci-0 ass: ‘ou ea subtinla 8. um sjito gio de qualidades dela: ‘er indfnivio, ou wa substincia um ser em a, enquanto ‘Em a indenivel, Incognosevel (1). Ore, ent os dow termos ©) Renowver Ls dlenmes de ts dap pr, p21. 16 do cilema, a cigncia ténica vem introdurit, parece.nos, um {resto timo: o substantive substancialiado. De uma mune fetal, o rubstantvo, suet lopico, tornase substincia a partir {Sp momento em que 0 sistema das suas qualidade 6 uniicado peor ma Tuned, Veremos que © pensamento eentiico cons {hi assim as totalidades que tomario uma unidade por funpbes ‘ecisias, Por exemplo, ul agrupamento de dtemos numa subs ‘inca da quimica orginica obtida por sintese & muito apropriado para nos fnzee compreender esa passagem da, quimica logics ENGuimica substancalista, “do. primero. sentido renowersta ‘to seyundo, Assim, 2 dialéetca da ciznia fises, pelo. proprio fico de aeiuarentte dois polos mais aproximados, menes ete- fogéneos,partcenos mas jasrutva que as dilities” com. pectas da fosofa tedcional. E na verdade 0 pensameato Gen. fee gue permite eetadar mais elaramente 0 problema. pico Tosico da objectivagao. " Captor o pentamento cientiico contemporinco ma. sua dia: ‘Keten e mostrar assim a sun novidade estencia, tal & 0 objective ‘logéiico deste pequeno Hivro. O.que nes imprestionou, acima ‘de tudo, foi que a uniéade da cignca,alegada com tanta fre ‘guéncia, munch corespondia a um estado estdvel e qi, conse. Guentemente, ers. mito perigoso.postuler “uma epistemologia Unititia, Nio apenas a hintériacleatifea fax aparcer um ritmo ltemativo de atomismo e de energie, de realism ¢ de tivo, de descontinuo e de continuo, de racionaismo de ‘empirsino, lo apenas a psicologia do sibo esis, no sau esfr50 ‘quotidian, entre a ideatidade das lis ea dversidade das coises, mas ainda’ € sobre cada tema que © pensamento cientica s¢ divide de-direito'e de facto. No tivemos portanto neabus ‘ifeuldade em acumular os capitulos que tustram esta dico- tomia. Poderiamos mesmo fragmentilos, © entio, em eada uma das suas caracteristeas, a, Realidade cleatiica ‘aparecer-nosia ‘como o ponto de cowergéncia de duas pespectvas Mosbficas, fstando uma retiicagdo empirica sempre ligada a uma precsso tedries; assim, purfease um corpo quimico preciando 8 si Fungo quimica; seré‘na proporeto em que esta fungdo for niga aque’ 0 corpo que cla earacteriza sr puro. Eta dialecuca a que nos convida. 0 fenémeno ciatico pord um problema melafisico ao espitito de sintese? Tratase fe uma questio que nto fomos capazes de resolver elaramente. wv [Naturaimente, sobre todas a8 quests em litigo, apontimos ts condigs da sinese todas as Yezes que uma coniliagao, quer Experimenta, quet toric, parecin possvel. Mas tal coneiagto perecei-noe sempre jm compromiss, De resto, ¢ € ese pars As 0 ponto exrencil, ssa coneliagso nao apaea 0 dualismo inserite na histéra da cine, em todo o desenvolvimento pedi boule, no. proprio pensamente, Dualades de aspact no fend ‘meno imedlato poderiam talez apagatse: pOrseiam & conta de pormenores fugnes, de lluses momentiness, © que contra- ddiz'n ienidade do fenémeno. N&o pode aconiecer 0 mesmo fiuando se encontra a march detsn ambiguidade no fendmeno Gentifco. Na altur propria proporemos uma especie de peda feria da ambiguidade para dar ao csplito cietiico a flex lighde necesiria &compreensto das novas doutrnas. Asim, pprecenos que devem ser introduridos nt flosofa cieaea omtemporinesprineipos epistemol6gices verdaderamente novos ‘Tal seria, por exomplo, a ideia de que os curacteres comple rmentares dove ser inscrito na eséncia do set, em ruptura com fst tata erenga de que 0 Sor & sempre o sinal da unidade. Com flo, seo ser em si € um prinelpio que se comunica a0 esprito do 'mesmo modo que um ponto materi entra em relagio com 6 espago por um eampo de acgio ~. nfo poderd ser 0 simbolo Se'uma unidade, Convria pols fundar una ontologa do com plemestar mens asperemente dialéctiea que a metafisa do ontraitio m1 Sem pretender, bem entendido, extabeleoer a metafisica que eve serve de base 2° Fisica moderna, pode-e procurarlber- tar a Mlexibilidads das Blosofas usuais perante a Realidade de Iaboratério. Com toda a evidencia,o sibio jé nlo pode ser rea- lista ou racionalisa b-maneia dos Ml6sofos que julgsvam poder colocarse de chofre perante 0 Ser apreendido, ou na sua pro- Tixcade exter, ou na su unidade intims. Para 0 sibio, Set ro 6 captado num bloco nem pela experigoeia nem pela razko, preciso, pois, que a epistemoloyia dé conta da sntese mais ou manos mével da vazlo e da experéaci, mesmo que ess sntese 2 apresentase flosoicamsente como tin problema desesperado, "Esmndaremos, em primeiro Iugat, um primeiro capitulo, 4 separagio dialéctca Jo pensamento ¢ a sintese subsequente, ‘coloeando-nos na origem ‘da. geometria nfo-euciiana. Fare ‘os esse capitulo © mais curte posivel, dado que 0 nosso objeo- B tivo € simplesmeate apresenta, sob a forma mais simples e mais pia, 0 jogo laléctico da razdo. ‘Procuraremos, em segundo, gar evoer, sempre no mesmo espinito de instruglo dalétca, © apareciento’ da. mecinica ho-newtoniana, ‘Trntaremos sopuidamente de quesdes menos gerais © mais Aifiesi. Abordaremos sucssivamente ob problemas dilemdticos Seguntes: “Matéria eIrradiagdo— Corposculos © Ondas Determinism e Indeterminismo ‘Veremes que este time dilema perturba profundamente ‘nous concep do reel e da tal concept uma estranha fmbivaléncia, Poderemos entio perguntaros. se a. epistemo- fogia cartesiane, toda ela apotada ha Tefertnia As ideas inpes, pode astar part caracterzar © pensamento cientifco actual Veremon que 0 esplito de sintete que anima a eiéncia moderna fem, 20 mesmo tempo, toda uma out profundignde © liber: dade diferente da composirdo cartesiana, "Tentaremos mostrar ‘he ese epiito de amplae live sintese poe em aogto mesmo jose diatSotco que o jogo incial das geometrias nio-sucliganas, Intularemos portato esse capitulo de concusto: a episemo- Topi caresana “Aproveltaremos todas as ocasies pare instr, de psina 1 pagina, no carter inovador do expnto cietiico conten joringo. Muitas vores esse careter inovador seré euiiene- fente-mareado pela. simples aproximasio de dois exemplos, sum dot quals sort trado da fisea do séealo XVIII ou XIX © outro do siculo XX. Deste modo, versed que tanto 20 por. menor dos conhecimentos coma na cstrtura ger do saber, ‘Géncia Misia contemporinea apresentage. com uma inconte tive novidade ~

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