Desde que os negros chegaram ao Brasil, muito influenciaram na cultura, língua (sotaque) e
costumes que se miscigenaram, principalmente, à cultura europeia e indígena.
Sofreram com o preconceito racial, inferioridade imposta pelo pensamento eurocêntrico, escravidão e longa jornada de trabalho, moradia desumana e desvalorização da cultura de seu país de origem. Como as manifestações culturais afro-brasileiras foram desprezadas ou/e até proibidas, as religiões e a capoeira foram perseguidas pelas autoridades, entretanto outras, como as congadas, foram permitidas e até apoiadas. Ao serem alforriados da escravidão, os negros passaram a ter liberdades para se expressarem e não precisarem omitir suas práticas e tradições, passando a fazer toda a diferença em nossa história, até os dias de hoje, tanto que em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Muitas das religiões que são cultuadas atualmente vieram através de afrodescendentes, sendo que segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, como a Babaçuê, Batuque, Cabula, Candomblé, Culto aos Egungun, Culto de Ifá, Macumba, Omoloko, Quimbanda, Tambor-de-Mina, Terecô, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste, Confraria, Irmandade dos homens pretos e Sincretismo. Na culinária, influenciaram principalmente com a feijoada (considerada o prato nacional do Brasil), acarajé, vatapá e moqueca. A MPB (Música Popular Brasileira) também foi fortemente influenciada, trazendo o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada, maxixe, maculelê. Além disso, também tem os instrumentos, como o Afoxé, Agogô, Atabaque, Berimbau e o Tambor. Desse modo, podemos perceber que realmente em muito influenciaram os negros em nossa cultura, costumes e crenças, mostrando que fizeram e fazem a diferença nos dias de hoje.