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ARGUMENTOS A FAVOR —
ARGUMENTOS A FAVOR —
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4410
É possível, já nesse momento da pesquisa, que se aponte para uma primazia do direito
de acesso à cultura ao D.A. no que trata de consumo próprio. Ou seja, a música que o usuário
da Internet baixa para consumir, e não para reproduzir. Nesse sentido, segue abaixo trecho do
artigo de Jalil.
OBS: Em anexo, post publicado no site do Estadão – mantido pelo jornal Estado de São Paulo
– tratando de questões envolvendo acesso de brasileiros ao site norte-americano Pandora que
oferece livre acesso à músicas.
Deve-se ressaltar que a lei estabelece algumas exceções, permitindo o uso da música
sem a necessidade de prévia autorização nem a incidência de remuneração por direitos
autorais. São casos como o uso doméstico, a demonstração a clientela, entre outros, dispostos
no art. 46 e seguintes da Lei 9.610/98.
No tocante à reprodução, devemos observar que no art. 46, inciso II, houve uma
inovação com relação a Lei anterior (Lei nº 5.988/73), a qual era mais abrangente e no seu art.
49, inciso II, permitia "a reprodução, em um só exemplar, de qualquer obra, contanto que não
se destine à utilização com intuito de lucro". O legislador de 1998, acrescentou a expressão "de
pequenos trechos", como podemos notar acima. Desse modo, ele restringiu ainda mais a
permissão da reprodução da obra sem autorização. Transpondo tal dispositivo legal juntamente
com o art. 5º, inciso VI, para a questão da música na Internet, entende-se que está
expressamente proibida a reprodução da música através da Internet, mesmo sem o intuito de
lucro, ao menos que seja apenas a reprodução de pequenos trechos da obra.
Outra observação importante é quanto ao inciso V, do mesmo art. 46, no qual pode se
enquadrar as lojas virtuais de CDs. Note-se que, a maioria dessas lojas atualmente são
controladas pelas grandes gravadoras, que encontraram neste nicho um mecanismos de se
adaptarem ao comércio eletrônico (e-commerce).
A distribuição digital mudou a dinâmica da indústria fonográfica. Uma das soluções que
está sendo adotada pelas gravadoras, é "entrar na onda", ou seja, entrar no espaço cibernético
na tentativa de também tirar proveito da nova tecnologia e do novo mercado consumidor.
Anexo
02.05.07
03.05.07 @ 01:01
Deus nos deu os Proxyes para serem usados!
Usem e abusem!
04.05.07 @ 02:25
O pandora acabou de acabar...as 2h20, madrugada de quinta
pra sexta, dia 04 de maio de 2007.
ARGUMENTOS A FAVOR —
Duas das maiores gravadoras do mundo, a Warner e a BMG, chegaram a um acordo fora dos
tribunais com o MP3.com, o site que permite o acesso a milhares de canções arquivadas no
formato mp3.
Acredita-se que a MP3.com pagou entre US$ 75 e US$ 100 milhões às gravadoras para ter o
direito de fornecer canções dos artistas da BMG e da Warner.
Isso põe fim a apenas um dos vários casos que estão sendo decididos na justiça americana,
envolvendo gravadoras, artistas e sites da Internet.
O mais polêmico é o da ação movida pela Associação Americana das Gravadoras e uma série
de bandas contra o Napster.com, um site que torna o acesso a milhares de arquivos musicais
uma brincadeira de criança.
Estima-se que cerca de 3 milhões de downloads de arquivos de MP3 são feitos por dia.
Milhares de arquivos são trocados entre os fãs todos os dias pela internet.
O caso Napster divide os músicos. Metallica conta com o apoio de Madonna, Elton John, Lou
Reed, Puff Daddy e Dr. Dre para acabar com a chamada "mamata" do MP3 na rede.
Do outro lado, há músicos, como a banda Offspring, que acham que os fãs devem ter todo o
direito de usar a Internet para trocar informação e músicas.
Na minha opinião, os usuários devem ter o direito de baixar e trocar músicas pela internet.
Quando você baixa um desses arquivos, você vai ter apenas uma amostra ou uma só música
daquele artista, e não todo o CD. As pessoas gostam de baixar músicas e trocar músicas na
internet por causa do custo dos CDs. Se caíssem um pouco os preços dos CDs, talvez
ninguém levasse prejuízo. O que deveria ser aqui posto em questão é o papel das gravadoras,
as quais os artistas alienam o seu direito de propriedade, em primeiro lugar. Em geral, sao
corporações que pouco investem na formação de novos talentos, que encontram uma
excelente alternativa no formato mp3. O que está em jogo, na realidade, não são direitos de
propriedade artística, mas a sobrevivência de uma indústria fonográfica que se vê ameaçada
diante de uma alternativa economicamente atraente para os artistas, que passam a ter um
maior poder sobre a própria produção. Acho que deve ser liberada a música gratuita pela
internet, pois com certeza a grande maioria dos internautas não tem recursos de gravar seus
arquivo mp3 e gravá-los em formato de cd de áudio. Com isso não irá prejudicar de forma
alguma a indústria da música.
Baixar músicas pela internet se tornou um hábito para muitos usuários da rede mundial de
computadores. Sem pagar por elas, a maioria das pessoas baixam as músicas para uso
próprio. Apesar desse público não ser a grande preocupação do Conselho Nacional de
Combate à Pirataria, pouca gente sabe que essa prática também é criminosa.
Um rapaz, que não quis se identificar, diz que baixar músicas já virou rotina, uma vez que foi a
maneira encontrada por ele para selecionar somente o que gosta. ―Eu utilizo muito as músicas
no formato de MP3 para ouvir música no carro. Com a possibilidade de baixá-las, não preciso
comprar uma coletânea, que muitas vezes não tem tudo o que eu gosto‖, explica.
De acordo com a Associação Anti-Pirataria Cinema e Música (APCM), o rapaz se enquadra no
perfil da maioria das pessoas que baixam música ilegalmente pela internet, onde 60% são
jovens, com idade entre 15 e 24 anos e das classes sociais A e B. Além disso, um terço deles
vivem no Estado de São Paulo. Vale lembrar que, no Brasil, 63% dos DVDs comercializados
são ilegais.
O coordenador da APCM, Ygor Valério, diz que a indústria ainda estuda uma maneira de
chegar até o este tipo de usuário, seja com medidas educativas ou repressivas. ―O fato é que
ainda não se chegou a um consenso de como fazer para que esse público migre para o
mercado legal de música on line‖, explica.
Copiar músicas e filmes se tornou fácil na era digital. Com o uso de computadores, o material
audiovisual pode ser duplicado, muitas vezes, mantendo a qualidade do original. Distribuídos
de graça ou vendidos a preços baixos, os produtos piratas causam um prejuízo milionário para
artistas, gravadoras e estúdios de cinema.
Segundo o presidente conselheiro da associação, Luiz Paulo Barreto, a grande preocupação
do Conselho Nacional de Pirataria não são as pessoas que baixam música para uso próprio. ―O
problema é quando começa a envolver a comercialização dessas músicas‖, afirma.
Mas nem tudo que é baixado pela internet é ilegal. Existem sites onde o usuário paga uma taxa
para ter o direito de copiar a música. O custo por faixa varia entre R$ 2,00 e R$ 3,00 e dá o
direito de ouvi-la sem restrição, copiar em um CD ou transferir para um aparelho de MP3. O
que é proibido é a venda deste material.
Muitas pessoas também não vêem problema na distribuição de músicas pela rede. Ely
Muzamba, vocalista de uma banda, usa o próprio site para tornar as canções deles
conhecidas. ―Como ainda somos um grupo independente, e o mais importante no momento é
divulgar o nosso trabalho, a vantagem é que as pessoas podem conhecer as músicas e depois
comprá-las. Não vemos isso como prejuízo‖, afirma.
Na hora de baixar música na internet, uma maneira de saber se o site está dentro da lei é ler o
contrato de licença de uso, que deve falar que todos os direitos autorais são pagos. Denúncias
podem ser feitas para o e-mail da Associação Anti-Pirataria: denuncia@apcm.org.br
Tabu pirata
Download de filmes e livros para uso privado não é crime
Apesar de fazer parte do cotidiano dos brasileiros de todas as classes sociais, a pirataria ainda
é fonte de muitos erros, tabus e mistificações. Confundem-se atividades tão distintas quanto a
clonagem em larga escala de produtos patenteados, para comércio não autorizado, com a
simples cópia doméstica desses mesmos produtos para compartilhamento entre particulares.
Divulga-se ser crime toda utilização de obra intelectual sem expressa autorização do titular
num país onde até o presidente da República confessa fazer uso de cópias piratas.
Comparam-se cidadãos de bem a saqueadores sanguinários do século 18.
Os delatores fundamentam-se, invariavelmente, no Título III do Código Penal Brasileiro, Dos
Crimes Contra a Propriedade Imaterial, artigo 184, que trata da violação dos direitos de autor e
os que lhe são conexos.
São comuns assertivas do tipo ―é proibida a reprodução parcial ou integral desta obra‖, ―este
material não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído‖, ―pirataria é crime‖,
―denuncie a falsificação‖. É proibido, ainda, ―editar‖, ―adicionar‖, ―reduzir‖, ―exibir ou difundir
publicamente‖, ―emitir ou transmitir por radiodifusão, internet, televisão a cabo, ou qualquer
outro meio de comunicação já existente, ou que venha a ser criado‖, bem como, ―trocar‖,
―emprestar‖ etc., sempre ―conforme o artigo 184 do Código Penal Brasileiro‖.
Não é esta, todavia, a verdadeira redação do artigo. Omitem a expressão ―com intuito de lucro‖,
enfatizada pelo legislador em todos os parágrafos (grifou-se):
o
§ 1 Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro
direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual,
interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do
artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os
represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
o o
§ 2 Na mesma pena do § 1 incorre quem, com o intuito de lucro direto ou
indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta,
tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido
com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou
do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos
ou de quem os represente.
o
§ 3 Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra
ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a
seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente
determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou
indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista
intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
o o o o
§ 4 O disposto nos §§ 1 , 2 e 3 não se aplica quando se tratar de exceção ou
limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o
previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra
intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso privado do copista, sem
intuito de lucro direto ou indireto.
Tanto o objeto da lei é ―o intuito de lucro‖, e não simplesmente a cópia não autorizada, que
CDs, VCDs, DVDs ou VHSs mesmo originais não poderão ser exibidos ao público sem
autorização expressa do titular do direito.
Contrario sensu, é permitida a cópia integral de obra intelectual, sem autorização do detentor
do direito autoral, desde que não se vise lucro, seja direto, seja indireto, mas é proibida a cópia
não autorizada, mesmo parcial, para fins lucrativos. Assim, não comete crime o indivíduo que
compra discos e fitas ―piratas‖, ou faz cópia para uso próprio; ao passo que se o locador o fizer
poderão configurar-se violação de direito autoral e concorrência desleal.
Pelo Princípio da Reserva Legal, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia fixação legal[1], a cópia integral não constitui sequer contravenção. No
Brasil, quem baixa arquivos pela internet ou adquire produtos piratas em lojas ou de
vendedores ambulantes não comete qualquer ato ilícito, pois tais usuários e consumidores não
têm intuito de lucro.
Por conseguinte, mais coerente seria denominar-se pirata apenas as cópias feitas com intuito
de lucro, direto ou indireto. Este último, diferentemente da interpretação apressada dos
profanos no afã de imputar o consumidor, não é a economia obtida na compra de produtos
ilegais. Ocorre lucro indireto, sim, quando gravações de shows são exibidas em lanchonetes e
pizzarias, ou executa-se som ambiente em consultórios e clínicas, sem que tal reprodução,
ainda que gratuita, fosse autorizada. A cópia não é vendida ou alugada ao consumidor, mas
utilizada para promover um estabelecimento comercial ou agregar valor a uma marca ou
produto[2].
A cópia adquirida por meios erroneamente considerados ilícitos para uso privado e sem intuito
de lucro não pode ser considerada pirataria; sendo pirataria, então esta não é crime.
Nenhum trecho de livro poderá ser reproduzido, transmitido ou arquivado em qualquer sistema
ou banco de dados, sejam quais forem os meios empregados (eletrônicos, mecânicos,
fotográficos, gravação ou quaisquer outros), salvo permissão por escrito, apregoam a
Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR) e as editoras. De fato, na quase
totalidade das obras impressas, o leitor depara-se com avisos desse tipo:
Novamente, não é o que a legislação estabelece. O artigo 46 da Lei dos Direitos Autorais
impõe limites ao direito de autor e permite a reprodução, de pequenos trechos, sem
consentimento prévio. E o parágrafo quarto, acrescentado pela Lei n° 10.695 ao artigo 184 do
Código Penal Brasileiro, autoriza expressamente a cópia integral de obras intelectuais, ficando
dispensada, pois, a ―expressa autorização do titular‖:
Não constitui crime ―quando se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor
ou os que lhe são conexos‖ nem ―a cópia em um só exemplar, para uso privado
do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto‖.
Ao mesmo tempo em que fatos são distorcidos, são omitidas as inúmeras vantagens de livros e
revistas digitalizados, como seu baixo custo de produção e armazenamento, a enorme
facilidade de consulta que o formato proporciona e seus benefícios ecológicos.
O ápice, até o momento, dessa verdadeira Cruzada antipirataria foi atingido com a campanha
mundial da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adepi) divulgada maciçamente
nas salas de cinema, fitas e DVDs (inclusive ―piratas‖). Embalado por uma trilha sonora
agitada, o video clip intercala diversas cenas de furto com as seguintes legendas: ―Você não
roubaria um carro‖. ―Você não roubaria uma bolsa‖. ―Você não roubaria um celular‖. Sempre
inquieta, a câmera flagra diversos furtos simulados, finalizando com atores furtando uma
locadora e comprando filmes de um camelô, imagens que antecedem a acintosa pergunta: ―Por
que você roubaria um filme?‖. O silogismo é barato e a conclusão, estapafúrdia: ―Comprar filme
pirata é roubar. Roubar é crime. Pirataria é crime!‖.
Repita-se: comprar filme pirata é conduta atípica. E mesmo se fosse crime, não seria ―roubo‖.
As cenas da própria campanha, conforme dito, são simulações pífias de furtos, não de roubos.
Na definição do Código Penal Brasileiro, em seu artigo 157, roubar é subtrair coisa móvel
alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça, violência ou outro meio que reduza a
possibilidade de resistência da vítima.[4]
Portanto, se houver crime é o perpetrado pela abominável campanha, que por sua vez vem
somar-se a outros embustes, como o criado pela União Brasileira de Vídeo (UBV), de que
produtos piratas danificariam os aparelhos, quando na verdade quem os danifica é a própria
indústria ao instalar códigos de segurança que tentam impedir cópias.
Além de travas como a video guard, instaladas pelos titulares do direito de reprodução dito
―exclusivo‖, manifestamente danificarem a integridade física dos aparelhos, afrontam o art. 184
supracitado. Quem adquire um produto tem o direito de fazer uma cópia de segurança
(backup), até porque ainda não se sabe qual a vida útil desses produtos.[6] Os fabricantes que,
sob qualquer pretexto, obstam o exercício desse direito cometem ato ilícito.
Ademais, se quem compra produtos piratas estaria sendo ―enganado‖, ―lesado‖, é vítima, não
―ladrão‖. E se gravações de discos e fitas caseiros de fato provocassem danos, os mesmos
seriam causados pelas mídias virgens legalmente vendidas pelas gigantes Sony, Basf,
Samsung, Philips etc. e utilizadas pela população, nela incluídos os ―piratas‖.
Na guerra contra os piratas vale tudo: intimidação, propaganda agressiva e incitação a
delações, táticas coercitivas típicas de regimes autoritários. Outro episódio audacioso, senão
ilegal, foi recentemente protagonizado pela maior empresa de softwares do mundo, que em
2005 lançou o WGA, sigla para Windows Genuine Advantage, programa que monitora a
autenticidade do sistema operacional Windows.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES Nº 1
SEMINÁRIO DO DIA 26/11
GRUPO: MÚSICA