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SSSSSSSSSTSSSTTTTITISIOTSOSESSPEPEPPPPEE PEEP PEry Faculdade de Engenha Campus de Bauru Laborcitério d ria Departqmento i O presente trabalho foi eleborado por pro! unesp fessores do Area Fluidotérmica do de Engenharia Mecénica do Campus de Bauru: Autores: vt Alcides Paditha Augusto Rone Celso Luiz da hi Jr Silva Geraldo Luiz Palma Ivan de Domenico Valerelli Jorge Hamada Marco Antonio dos Reis Pereira Digitacdo: José Marcelo Felix da Silva Desenhos: ‘Adriane Nassralla Kassis. Editoraséo: Jorge Hamada (Nota: Exe vabaiho tem como desunace parca! ou total aeste trabalho ‘nalade. serie kerio de Mecanica dos Fluid jomerte sera permit Ge subslaio 805 anes da UNESP, Campus de Bauru, junto 20s cursos s da Faculdade de Engenharia de Bauru A reproduc] 162 com 2 autonardo dos autores, para o fm a que foi PREFACIO © objetivo central do presente trabalho ¢ a ordenagio de certos conceitos tedricos ¢ ‘experimentais a serem apresentados no curso de laboratério de Meciinica dos Fluidos. Assim, tentamos elaborar um texto visando os alunos de graduaglo dos cursos de engenharia, Entretanto, algum material requerendo maior conhecimento de mecénica dos fluidos ¢ apresentado na bibliografia. A necessidade de um texto com o enfoque escolhido, deve-se 4 procura de uma conexdo mais direta entre a teoria desenvolvida ¢ os experimentos realizados no laboratério. ‘Agradecemos a todos que revisaram o presente trabalho ou partes do mesmo, assim como as sugestdes para o enriquecimento de versées futuras. NOGOES DE ERRO... 4.4, GENERALIDADES..... 1.2. CLASSIFICAGAO DOS ERROS 4.3. VALOR MAIS PROVAVEL DA MEDIDA DE UMA GRANDEZA .----- 1.4, PRECISAO....... DIMENSOES E UNIDADE! SUMARIO PROPRIEDADES FISICAS DOS FLUIDOS.... 3.1. DENSIMETRIA. 3.1.1. Introdugao.... 3.1.2. Balanga Hidrostatica.. 3.13. Balanga de Mohr ou de Westphal 3.1.4. Densimetros .........-. 3.2, VISCOSIDADE e 3.2.1. Fundamentos da Viscosidade....... 3.2.2. Escoamento de Fluidos em Tubss.... 3.2.3, Escoamento Laminar... 3.2.4. Escoamento Turbulento........ ESTATICA DOS FLUIDOS .. 4.1, DEFINICAO.... 7 42. pROPRIEDADES DA PRESSAO a 4.3. CALCULO DA MASSA ESPECIFICA UTILIZANDO TUBO EM U... 4.4, UTILIZAGAO DA EQUAGAO FUNDAMENTAL PARA MEDIDAS DE PRESSAO ATRAVES DE TUBO EM U.. 4.§. MEDIDA DA PRESSAO ATMOSFERICA LOCAL (BAROMETRO). 4,6, ASSOCIAGAO DE MANOMETROS (P > Patm).... 4.7. MEDIDA DE PRESSAO MANOMETRICA NO MODULO DE AR... FORGA HIDROSTATICA SOBRE SUPERFICIE PLANA SUBMERSA. 6.4. INTENSIDADE DA FORGA SOBRE A SUPERFICIE SUBMERSA... 2 5.2. CENTRO DE PRESSAO (CP)... FORGA DE SUSTENTAGAO EM PERFIL AERODINAMICO 6.1. EQUACAO DE EULER......... 6.2, EQUAGAO DE BERNOULLI 6.3. LINHAS DE CORRENTE 6.4. FORCAS ATUANTES NO PERFIL AERODINAMICO. MEDIDAS DE VELOCIDADE E VAZAO EM SEGAO TRANSVERSAL DE DUTOS... 7.1. INTRODUGAO 7.2. POSIGOES DE MEDIDAS EM DUTOS.....cssnnnsnnnnnnennnnnennen 98 7.3. PERFIS TEORICOS DE VELOCIDADES EM DUTOS CIRCULARES... fe 44 7.4, MEDIDORES DE VELOCIDADE PARA A SEGAO TRANSVERSAL DE DUTO 7.5. EQUACAO DE BERNOULLI E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINAMICA 7.6. PRESSAO DE ESTAGNACAO OU PRESSAO TOTAL. 7.7. INSTRUMENTO PARA MEDICAO DE VELOCIDADE DE FLUID 7.8. MEDIDA DA PRESSAO DINAMICA E DA VELOCIDADE.. 7.9. DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE PRANDTL... PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA.... 8.1. INTRODUGAO 8.2. TIPOS DE ESCOAMENTOS 8.3, EXPERIMENTO DE OSBORNE REYNOLDS, 8.4, OBSERVACOES DE REYNOLDS. 8.5. PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA OU PRIMARIA , 8.5.1. Introdugao.... 8.5.2, Perda de Carga Primaria 8.5.3. Perda de Carga em Regime Laminar e Turbulento, 8.6. EQUACAO GERAL DAS PERDAS DISTRIBUIDAS: EQUACGAO DE DARCY-WEISBACH ......... |. CALIBRAGAO DE MEDIDORES DE VAZAO.... 8.7. DIAGRAMA DE MOODY... 8.8. RESUMO DO PROCEDIMENTO PARA O CALCULO DAS PERDAS PRIMARIAS (DISTRIBUIDAS). PERDA DE CARGA LOCALIZADA EM DUTOS FECHADOS. 8.1. INTRODUCAO so 9.2, PERDA DE CARGA LOCALIZADA .. 10,1. CALIBRAGAO DOS MEDIDORES DE VAZAO TIPO VENTURI E PLACA DE ORIFICIO. 68 10.2. TEORIA GERAL DOS MEDIDORES POR DIFERENCA DE PRESSAO 1 sald 10.3 TEORIA GERAL DOS VERTEOORES. ere) 4. NOGOES DE ERRO 1.1. GENERALIDADES Repetindo-se varias vezes a medi¢So de uma mesma grandeza, dificilmente se consegue exatamente 0 mesmo valor. Isto se produz porque nfo s6 os nossos sentidos, como os aparelhos empregados nas medidas, so imperfeitos. Assim, cometemos erros na realizagao de todas as medidas, valor verdadeiro de uma grandeza somente tem sentido quando se pode determinar de um forma ou de outra o erro de que esté afetada. “Avaliar 0 erro de uma medigdo ¢ 0 objetivo da teoria dos erros. 1.2. CLASSIFICAGAO DOS ERROS 1 - Estos Grosseiros So atribuidos a falhas do operador e podem ser eliminados por medidas mais cuidadosas. 2 - Erros Sistematjcos So aqueles devidos a defeitos constantes dos instrumentos de medida ou dos métodos empregados, ou ainda de qualidades pessoais do operador. 3 - Erros Acidentais ou Fortuitos Sdo resultantes de causas indeterminadas ¢ decorrem de circunstancias exteriores, tais como variagdes de pressiio atmosférica, poeiras, oscilagdes de temperatura, umidade, etc. Esses erros podem ser por excesso (ou positives) ¢ por falta (ou negativos). Se ao avaliarmos a medida da massa de um corpo que tenha exatamente 13,27 gramas, medirmos 13,28 gramas, cometemos um erro por excesso de I centigrama. Se, porém, medissemos 13,26 gramas, teriamos cometido um erro por falta, de 1 centigrama. Existem tantas probabilidades de se cometer um erro por falta, como por ‘excesso, que mum grande mimero de medidas de uma determinada grandeza, a soma dos erros por falta & sensivelmente igual a soma dos erros por excesso. 4.3. VALOR MAIS PROVAVEL DA MEDIDA DE UMA GRANDEZA # possivel aproximar-se do valor exato de uma grandeza, medindo-a varias vezes ¢ toma para seu valor a média aritmética dos valores obtidos. Suponha que medindo-se n vezes uma dada grandeza, encontra-se 0s valores x}, x3, x3, ..%q, O valor mais aproximado desta grandeza seré: 1.4, PRECISAO soluto ou relativo. O desvio absoluto &, ¢ 0 desvio total, ou seja: desvio, ¢, pode ser abs a, =x-¥ for encontrado um comprimento que tem exatamente 100 metros, Se, por exemplo, na medida de 'A mesma coisa se daré se na ‘o valor x = 99 metros, cometemos um desvio absoluto £, = 1 metro. medida de 1,000 metros encontrarmos x ~ 999 metros dependendo da grandeza medida. desvio absoluto ¢ a grandeza medida variam, relative muito mais importante que o absoluto, pois indica a preciso ou portanto, com a dimensio desta. O desvio exatido da medida realizada, rimeiro exemplo citado anterormente, 0 desvio relative ¢ de 1/100 ¢ no segundo de 1/1000. que a preciso ou exatidio da No pi Quando ao se efetuar uma medida, cometer-se um desvio de 1/100, diz-se medida é de 1/100 ou de 0,01. © desvio médio ( Ax), de uma série de medidas, ¢ a média aritmética dos médulos dos desvios absolutos: Zax, Bea n ‘Uma medida seré tanto mais exata quanto mais préximo 0 valor encontrado estiver do valor real. NNVUARULLLLLLLLLLLL LLL LLL baba adas ess o see eee NYS b. 2. DIMENSOES E UNIDADES Grandezas fisicas podem ser divididas em fundamentais (ou basicas) ¢ derivadas (ow dependentes). As grandezas fundamentais no so definidas em termos de outras grandezas, ou seja, estas formam um conjunto independente em relagdo ao qual as demais grandezas serdo identificadas. ‘Na mecénica dos fluidos, as propriedades e outras manifestagdes moleculares grossciras, podem ser bem expressas em termos das grandezas fundamentais: massa (M), comprimento (L), tempo (T) temperatura (8). As grandezas derivadas so aquelas cujas definigdes ou leis, so baseadas em outras ‘grandezas fisicas, como por exemplo a velocidade (LT"') e a fora (LMT). Para fins quantitativos, as unidades foram estabelecidas para essas grandezas por varios grupos ¢ paises originando os diversos sistemas de unidade convenientemente empregados, tais como: Inglés, MKS, CGS, SI, etc. AAs grandezas fundamentais, podem representar uma unidade coerente relativa as grandezas que Tepresentam, sendo que desta forma, as dedugdes podem ser feitas sem que seja preciso referi-las a um sistema de unidades em particular Estes fatores slo estabelecidos pela lei da homogencidade dimensional; uma equagdo analiticamente deduzida, representando um fenémeno fisico, deve ser valida para todos os sistemas de unidades. Assim, uma equagdo para ser dimensionalmente homogénea, a igualdade numérica entre ambos 0s lados da equagio deve ser mantida para todos os sistemas de unidades ¢ para que isto ocorra, cada agrupamento na equagdo deve ter a mesma representago dimensional Atualmente 0 mundo se encontra em estado de mudanga gradual, no sentido do uso de uma tinica linguagem internacional de unidades, que é Sistema Intemacional de Unidades (SI) . Os Estados Unidos e © Canada so favoraveis ao uso do Sistema Internacional, contudo ainda muitos paises de lingua inglesa ainda adotam o Sistema Inglés. Infelizmente, ambos os sistemas de unidades ainda sero empregados por estes paises por muitos anos, Em termos das grandezas bésicas, as unidades fundamentais e seus simbolos para os dois sistemas, sio apresentados no Quadro 2.1. O Quadro 2.2 apresenta de forma complementar as demais representagdes para os diversos sistemas de unidades. Em fungdo da predomindncia dos sistemas Internacional ¢ Inglés-FSS em diversas publicagSes, rnormalmente, procura-se recorrer a quadros de converses para se trabalhar com unidades coeren dentro de um determinado problema. © Quadro 23 apresenta alguns fatores bisicos de conversio de unidades inglesas (FSS) para unidades do Sistema Internacional (SI) ¢ 0 Quadro 2.4, complementa com fatores de conversio de unidades no Sistema CGS para o SI relatives & viscosidade. Quadro 2.1 - Dimensdes basicas ¢ unidades fundamentais para o Sistema Internacional e para o Sistema Inglés FSS. Dimensio Unidades do Sistema | Unidades do Sistema Internacional (SI) | Inglés (FSS - ft, slug, sec) Comprimento (L) Metro (m) PE) Massa Quilo Siu Forca (F) Newton (N) Libra (Ib) | Tempo (T) ‘Segundo (s) Segundo (sec) | Temperatura (8) J : Escala absoluta__| Kelvin (K) Rankine (R) Escala relativa Celsius CC) Fahrenheit CF) Unidades Derivadas Forca Newton (kg.aus?) Ib=stug.fvsee? Pressio Pascal (Pa2N/m?) Twin? (psf) Energia Joule (=N.m) (fb) Poténcia Wart (W=H/5) Cavato- Vapor (hp=745,7 W) Quadro 2.2 - Representagdes para os diversos sistemas de unidades. ‘Sistemas dd Masse] Compre] Tempo] Forse ‘Mara | Peso | Vuconidede] Vircoridede] Prensa Unidades mento Expecifica| Especifico| Abroluta | Cinemética| st kg | om s N kgm? | kg/s?m2) Ns/m? | mvs Pa weave? Nim | kg/ms Nim? MKS-técnico | um} =m s ket) utm/m? | kg(f/m3| utm/ms | m/s | ikg(f/m? vwtma/s? MKS kg | m s wf kgm | kgm? | keyms | m/s | kgtm? eg9,8mvs7 ccs ge} m| s ina gem? | dina/em3| poise | stoke | daria | pom? gems | cm/s | dina/em?| | Inglésincoerensg Ibm} ft | sec we pef | wen} | tomisec] 92% | mon? | tom.32,17480s7 | Toen/ft3 | inglés-rss | slug} f | sec} mp | sugit?| pe | slugtsect ads | ron? sng? roan Quadro 2.3 - Conversiéo de unidades Inglesas para Unidades do Sistema Intenacional. Unidades Sistema Inglés Fator Sistema Interaa-| (virios) | tuiptiarpo)| Sent! Comprimento_ ft 0,3048 Z in 0,0254 m yd ois 2 Volume al 3788x103 ae Massa slug (FSS) 14,600, kg Ib(masss) 0.4536 kg Fora TSS) 4.4482 N Ibe 444n2 N Pressio psf abit?) 47,880 Pa, Nim? psi bin?) 6895«10°3 Pa Nin? Energia Bu 1,0551 1g, kNm Poténcia bp 0.7487 kW, KN. Quadro 2.4- Conversiéo de unidades de viscosidade em CGS para Unidades do Sistema Intemacional. Unidades CGS Fator ‘Sistema Interna-| (Multiplicar por) — Viscosidade absoluta poise 0,10 Nom? ‘Viscosidade stoke 0,0001 ms cinematica 3. PROPRIEDADES FISICAS DOS FLUIDOS 3.1. DENSIMETRIA 3.1.1. Introdugio As diversas substincias da natureza, em volumes iguais, nfo possuem a mesma massa. Assim, chama-se densidade absoluta ou massa especifica de um corpo, a massa contida na unidade de volume desse corpo. Geralmente mede-se a densidade absoluta em gramas por centimetro ciibico (g/em?), 0 que quer dizer, por exemplo, que como a densidade absoluta da agua é 1,0, significa que 1,0 cm? de agua contém uma massa de um grama a 4 OC a pressio de 1,0 atm. (A densidade absoluta ou massa especifica de um corpo homogéneo ¢, pois, a divisdo de sua massa M por seu volume Vol: Og Vol ‘A densidade relativa d, é a relago entre a massa especifica (p) de um corpo e a de um outro tomado como termo de comparacio (p)). d= zh ‘Na determinagdo da densidade dos corpos sélidos ¢ também dos liquidos, toma-se a agua destilada, a temperatura de 4 °C para termo de comparag&o. ‘Assim, p' representa a massa de 1,0 em} de Agua destilada 4 °C, portanto: ou d=p Conclui-se que para os corpos solidos ¢ liquidos, a densidade absoluta ou massa especifica ¢ a densidade relativa so representadas pelo mesmo nimero, ‘A densidade relativa dos gases & tomada, & temperatura de zero graus Celsius, ¢ & pressiio de 760 mm de Hg em relagiio ao ar atmosférico a mesma temperatura ¢ pressio. ‘A massa de 1,0 cm? de ar nessas condigSes ¢ igual a 0,001293 g, resultando em: oo < Poy 0001293 10 0 peso especifico, ¢0 peso da unidade de volume de um corpo e & medido em Newton por metro ibico, Obtém-se 0 peso especifica de um corpo homogénso dividindo-se o respective peso (77) pelo seu volume (Val): yo Vol ou y=p.g © peso especifico relativo (a), ¢ a relagdo entre o peso especifico (y) de um corpo e (y) de outro corpo escolhido para termo de comparago, ou seja: LPS? Y pee a= © cue indica que a densidade relativa ¢o peso especifico relativo, tomados em relago ao mesmo termo de comparagao, so iguais, De acordo com o exposto,concui-se que para obter a densidade absoluta de um corpo sélido ou liquido, ¢ necessario: 19) determinar a massa M em gramas do corpo; 2°) estabelecer a massa Mg, & 4°C, do volume de égua igual a0 volume do corpo. 3°) dividir a primeira pela segunda, obtendo-se a densidade relativa como © P'= | g/em®, obtémse a densidade absoluta do compo desejado, 3.1.2, Balanga Hidrostatica Existem varios métodos de medidas para determinago de hhidrostaticos, como por exemplo: A) Método da Balanga Hidrostética Al - Para Corpos Sélidos densidades, que ‘empregam principios Suspende-se por um 0 fino uma porg%o do corpo em balanca hidrosttica e faz-se a pesagem (Figura 3.12), 3.1b). © equilibrio da balanga se rompe ¢ 08 peso e*periéncia, & um dos pratos de uma ‘erguhando-o em seguida na dgua & 4 °C (Figura * M4 gue forem necesiros para resubelec-o, ru representam oempuxo, ito 6,0 peo de um volume de Agu igual no volume do corpo submeto Assim, 1 densidade relativa do corpo procurada ser: d=. fom Me Pagan o Up Figura 3.1 - Balanga Hidrostatica ‘A2 - Para Corpos Liquidos Suspende-se uma esfera dca de vidro, lastrada com mercirio, em um dos pratos de uma balanga hhidrostética, ¢ faz-se a pesagem no outro prato (Figura 3.2). Mergulha-se esta esfera no liquido cuja densidade se deseja determinar. O equilibrio se rompe ¢ sera necessario colocar uma massa Mj no prato dda balanga para restabelecé-lo. Esta massa representa a massa do volume de liquido deslocado pela esfera. Determina-se de modo idéntico, a massa Mg do volume de gua a 4 °C, desiocado pela mesma esfera, ¢ a densidade procurada seri a= 4 = Piguido My Pogue Figura 3.2- Balanga hidrostatica para medidas de densidade relativa de liquidos 2 3.1.3. Balanga de Mobr ou de Westphal A Figura 3.3 mostra um aparelho usado para determinar a densidade absoluta dos liquidos pelo ‘método que acabamos de indicar, porém de maneira direta. EM (pesos), M erp of SV B a ‘cna de vio guido sutmetito 8 densimetia Figura 3.3 - Balanga de Mohr-Westphal © equipamento consta de uma alavanca AB mével em tomo de um eixo horizontal (0). Na extremidade A acha-se suspenso um cilindro de vidro lastrado.com merciirio, cujo volume é de 5 cm? Na outra extremidade encontra-se um peso que equilibra o cilindro de vidro, podendo mover-se para a direita ou esquerda, de modo que EM, = 0 (somatéria dos momentos em relago ao ponto O ¢ nulo). © brago OA da alavanca ¢ dividido em dez partes iguais (1,0 om cada parte). Acompanha o aparelho, uma série de pesos (cavaleiros) construidos de tal modo que cada um tem massa dez vezes menor que 0 outro (Cl, C2, C3 ¢ C4), iniciando-se por uma de 5,0 gramas ¢ finalizando com 0,005 gramas. Os pesos colocados no brago OA, equilibram o empuxo produzido pela Agua no cilindro. Para se determinar a densidade de um liquido, coloca-se este numa proveta com um termémetro ¢ mergulha-se neste 0 cilindro, Em seguida colocam-se nas diversas divistes, os cavaleiros que forem necessérios para restabelecer 0 equilibrio da balanga, de tal forma que: Mempuxo = = Mpesos E.dg= Mj 8.4) + Mz.9.d7 + M3.642 +... Mig.dj ‘Como empuxo equivale ao peso do volume de liquido deslocado pela clindro de vidro, ou seja: E=7Vol=pgVol ‘em que 76 0 peso especifico do liquido em estudo, assim: pgvol.d, = EM, g.d, on 3 EM,. p= Vol.d, 3.14. Densimetros Os aparethos que indicam diretamente ou por calculos simples a densidade dos liquidos em que ‘so colocados, so denominados densimetros. Estes so aparelhos de peso constante ¢ consistem de um tubo cilindrico de vidro fechado com um lastro de merciirio na extremidade inferior (Figura 3.4). 10 wo 100 130 0 120 0 0 70 (e) 100, sae Denier para euidos to. Denti paraiquidoe go Ta ou anon dennon menos denson que a Agu que stows ° % “ Ed 0 © 20 0 Figura 3.4 - Tipos de densimetros para liquidos. Para gradué-lo, mergulha-se na agua destilada ¢ marca-se 100 no ponto de afloramento, dividindo-se a parte imersa em 100 partes iguals, indicadas por tragoseqlidistantes, Assim graduado, o aparelho serve para medir a densidade de liquidos ‘mais densos que a égua, como mostra a Figura 34a. Para o aparelho da Figura 3.4b, marca-se $0 no ponto de afloramento ¢ em seguida dobrando-se © peso do lastro marca-se 100 no novo ponto de afloramento ¢ divide-se o intervalo em $0 partes iguais, marcando-se divisdes idénticas acima do ponto 100. Este aparetho permite medir a densidade tanto dos liquidos mais densos que a agua, como os liquidos menos densos. : (© volume 100 do tubo corresponde & imerso num liquido de densidade 1,0 (agua); © volume n responder & imersio em liquido de densidade d, desconhecida. © peso do liquido deslocado é, nos dois casos, o mesme, isto é, igual ao peso do aparelho. Representando por AV o volume de cada divisiio, tem-se: . 4 (P= 100 AV, para agua e P= n.AV.d, para o liquido, cuja densidade se deseja conhecer, assim 400 : d Freqilentemente, escreve-se ao lado dos tragos divisores, 0 valor do quociente 100/s, ou seja, a densidade corresponde a estas divisbes. Outro dispositive muito utilizado para obtencio da densidade de liquidos no misciveis, ¢ 0 tubo em "U", que sera apresentado oportunamente. No Quadro 3.1, ¢ apresentado valores de densidades relativas de alguns liquidos e o Quadro 3.2, mostra valores de densidades da agua a diversas temperaturas. Quadro 3.1 - Densidades relativas de alguns fluidos. Liquido Densidade Relativa Temperatura °C ‘Agua destilada 1,00 4 | Agua do mar 7,02 a 1,03 4 Petréleo brute 0,88. 0,90 is | Querosene 0,794 0,82 15 Gasolina 0,70.a 0,75 15 Oleo lubrificante 0,89 2 0,92, 15 ‘Alcool desidratado 0,79 a 0,80, 15 Glicerina 1,26 0 Merciirio 13.6 0 Ar 000123 is uadro 4.2 - Densidades da agua a diversas temperaturas ‘Temperatura °C Densidade (g/em3) 0 0,99987 3 0,99999 4 1,000 3 0,99999 10 0,99750 15 0,99915 20 0,99826 25 0,99712 30 0,99576 40 0,99235 30 0,98820 a 60 0,98338 70 0,97794 30 0,97194 90 0,96556 100 0,95865 15 PRATICA 01 Medida da densidade de liquidos empregando-se a Balanga de Mohr-Westphal, PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL densidade para = Usilizando-se a balanga de Mohr-Westphal, realizar varias medidas de cada liquido fomecido. ‘assim como 0 desvio ocorrido = Caloule a média aritmética das medidas para cada liquido, em relago aos valores encontrados em bibliografia. anotagdo dos dados obtides e o calculo da Sugere-se 0 emprego do seguinte quadro, para densidade do liquido submetido & medigao. 10,0 ‘Volume do Flutuador: kg/m? 3.2. VISCOSIDADE ‘Uma das mais importantes propriedades dos fluidos ¢ a viscosidade, que representa a resisténcia ‘20 escoamento dos mesmos. A manifestagio da viscosidade pode ser sentida nas diversas atividades do cotidiano € deve merecer atengo por parte dos projetistas. Na industria, a viscosidade ¢ importante em ‘muitos diferentes setores que envolvem fluidos como: dleas, graxas, tntas,pinturas, polimeros, bombas, alimentos liquides, entre outros. A viscosidade ¢ fundamental em todos os estagios da indiistria petrolifera, da prospecgdo a0s Postos de venda, Para o consumidor final, a viscosidade tem sua importincia baseada nos aspectos da lubrificago, Um exemplo ¢ a facilidade ou dificuldade de partida dos motores em dias frios, que depende da viscosidade do dleo contido no cirter. E da viscosidade, também, que depende o bom funcionamento de sistemas hidraulicos, transmissdes automiticas ¢ amortecedorcs. 3.2.1. Fundamentos da Viscosidade Durante a dedugdo da equagio de Bernoulli, uma das hipéteses simplificadoras é justamente a auséncia da propriedade "viscosidade” no fuido, o que na pratica causa distorgdes nos célculos. ‘A mais simples representagdo dos efeitos da viscosidade ¢ o modelo apresentado na Figura 3.5, E a situagdo de um fluido viscoso ocupando o espago entre duas placas planas paralelas. Placa movel Espessura da camada be fuido Placa estacionéria Figura 3.5 - Representaco dos efeitos da viscosidade Como auxiliar na visualizagio do escoamento viscoso, o fuido ¢ representado por liminag paralclas, as quais, na realidade, seriam de espessura microscépica. espago entre as placas também foi ampliado em relagdo as Areas das mesmas. Na Figura 3.5, uma das superfcies se move, devido a forga apicada, a velocidade constante, enquanto outra permariee fixa. Como o fluido adere nas superficies sblidas, a camada fluida junto & superficie mével tem mesma velocidade desta, enquanto que a camada junto a placa fixa, penmanece parada. 7 A viscosidade ¢ a propriedade que transmite 0 movimento da placa mével as camadas adjacentes do fluido. Neste exemplo, cada camada ou limina, é movimentada pela adjacente superior, ¢ a0 mesmo tempo, movimenta a adjacente inferior. Isto ovorre, pois existe atrito entre cada par de léminas em movimento, resultando num gradual decréscimo de velocidade ao longo da distincia entre as placas. Deste modo, a viscosidade pode ser considerada como a propriedade do fluido, que oferece resisténcia a0 escoamento, As quantidades pertinentes relacionam-se pela expressio proposta por Newton: © §[Shim t x dh em que Viscosidade absoluta Forga na diego do cisalhamento Area do plano velocidade da placa mével distincia entre placas ov espessura do filme fuido FNP MR Duas relagSes que definem a viscosidade receberam designagdes especiais: forga de cisalhamento por unidade Area (F/A), ¢ a tenso de cisalhamento; ¢ 0 gradiente de velocidade (Yih), grau de cisalhamento ou razio de cisalhamento. Fluidos para os quais ¢ constante a relagdo entre tensio de cisalhamento ¢ grau de cisalhamento, com temperatura ‘constante, so chamados fluidos newtonianos, devido a autoria da referida relagdo por parte de Isaac Newton. Pseudoplastico com limite de escoamento « _Plastico de Bingham 27 Pseudoplastico , Dilatador /) Newtoniano dV/dh Figura 3.6 - Curvas de escoamento para um fluido newtoniano e para varios tipos de fluidos no newtonianos. 18 3.2.2. Escoamento de Fluidos em Tubos A viscosidade afetao escoamento de fuidos em tubos devido a sua influéncia na relagio entre queda de pressio e vazdo, escoamento do fluido pode ser de natureza laminar ou turbulenta, O ‘“scoamento laminar num tubo pode ser representado pelo movimento de cilindros concéntricos de ‘¢spessura infinitesimal, como um telescépio. A velocidade desses cilindros imaginarios ¢ maior no centro do tubo ¢ diminui até zero na parede do mesmo, Acima de uma condigdo critica de escoamento, este ‘toma-se turbulento. No escoamento turbulento, o fluido néo mais se movimenta com diregdo uniforme, ‘como no escoamento laminar. Embora a maior parte do fluido continue escoando na dirego axial do tubo, formam-se vértices em decorréncia de velocidades aleatérias, irtegulares, transversais a0 escoamento principal, O ccritério para se determinar a natureza do escoamento ¢ numero de Reynolds, definido como: pov yp a Mee em que ‘Nge: mimero de Reynolds; 2. massa especifica do fluido; D: didmetro do tubo; V; velocidade do escoamento; ¢ ¥. viscosidade cinematica Essa definigdo do mimero de Reynolds, somente ¢ aplicavel a fluidos newtonianos. 3.2.3. Escoamento Laminar © escoamento de um fluido € considerado laminar para nimeros de Reynolds até aproximadamente 2.000. No regime laminar de escoamento, a relagdo entre a queda de presslo (AP) ¢ a vazio (Q), para os fluidos newtonianos, é dada pela equago de Hagen-Poiseulle: BL. 128yL0 Ape Dt em que L: comprimento do tubo; Re raio do tubo; D: difimetro do tubo; ‘A tensdo de cislhamento pode ser determinads a partir do balango de forgas a0 longo do comprimento (L) do tubo. 19 L Figura 3.7 - Representagto esquemética de escoamento em tubo circular [Forga de pressdo] = (Forga de atrto na Parede] (fp ~ PA) = (Fg = TA) OP.nR? = T2.2RL D = AP aL Deduz-se também o grau de cisalhamento no escoamento laminar de um fluido no interior de tubos, chegando-se a: ve. ar eR? Plotando-se 0 grau de cisalhamento em fungo da tensio de cisalhamento, obtém-se a propriedade viscosidade dindmica (ou absoluta) do fluido, conforme mostra a Figura 38. Esta relagdo ¢ valida desde que sejam atendidas as seguintes condigées: + ndo ha deslizamento nas parades do tubo; = oescoamento ¢ estave!; + a8 propriedades do fluido so independentes do tempo; + obo ¢ relativamente longo em relago ao seu diietro, tomando-se despreziveis os efeitos das extremidades do mesmo; + a temperatura é constante em todo o fluid; ¢ : 6 desprezivel a variagio da viscosidade devido a diferenga de pressio ao longo do tubo. 20 Um wn te [°F] seme [48 pemte «wi etd sh f fm ‘parelhos em escala de laboratorio, para prever o escoamento em tubulagSes maiores em escala real 3.2.4. Escoamento Turbulento ‘Um escoamento totalmente turbulento, geralmente ocorre com nimeros de Reynolds acima de 4.000. A queda de pressio para escoamento turbulento em tubos retos ¢ calculada pela formula de Darcy-Weisbach, da perda de carga, a qual convertida em queda de pressio, AP, é expressa em fung3o do fator de atrto Cf por: yt i ap=c,4 SDP Fz ‘A magnitude do coeficiente de atnit ¢ fungéo do mimero de Reynolds ¢ da rugosidade da parede do tubo, como mostra o Diagrama de Moody. PRATICA 02 Determinagdo da Viscosidade Dinamica de Liquidos com o Emprego de Tubos Capilares Sugere-se a claboragdo dos seguintes quadros para determinagSo da viscosidade, A) Determinagdo do didmetro capilar h (em) ts) Massa (g) Qe (e/s) D(cm) Diiimetro Médio a B) Determinagfo da Viscosidade Dindmica ‘Ah (cm) +) Massa(g) | Qm(ps) | t(dinalem?) | dvidr (s"!) Ke Reservatério PoP Frasco Coletor spi Figura 3.9 - Diagrama esquemético do redmetro capilar. i 4, ESTATICA DOS FLUIDOS 4.1. DEFINIGAO A pressio média ¢ calculada dividindo-se a forga normal que age contra uma superficie plana Pela érea desta. A pressdo num ponto ¢ o limite da relagio entre a fora normal e a area quando fazemos @ area tender a zero ao redor do ponto, ou seja: pat dA 4.2. PROPRIEDADES DA PRESSAO ) A pressio em um ponto de um fluido em repouso é igual em todas as diregdes (Principio de Pascal). b) A pressio em todos 0s pontos situados em um mesmo plano horizontal no interior de um fluido em repouso é a mesma, ©) Em um fluido em repouso a forga devido a pressdo tem a diregdo normal & superficie de contato, d) A forga devido a presséo, em um corpo imerso, num fluido em repouso, se dirige sempre para 0 interior do corpo, ou seja, é uma forga de compressio. ©) A superficie livre de um liquido em repouso é sempre horizontal 2 Pocxdy (evaeryyyae| S| (PeePrajayte (PecP).deay Como ag forgas nas. diregbes x ¢ y 40 elemento infinitesimal so nulas, temos Figura 4.1 « Elemento diferencia de fuido que as forgas na diregdo z sfo dadas por: ‘submit as forgas de campo (de presado nas dregbee X eZ, 23 = Pdxady - dW + (P + dP).dxdy =0 Paddy -y.dxdy.dz = Pax dy + dP.dxdy observa-se que subtraindo-se P.dx.dy de ambos os membros da equagao acima, temos: ~ paxdy.de = dP dxdy dividindo-se a expressdo por dx.dy, tem-se: a ‘que é a equago fundamental da hidrosttica 4.3. CALCULO DA MASSA ESPECIFICA UTILIZANDO TUBO EM U ‘A pressio no ponto A ¢ igual a pressio’no ponto B e de acordo com a propriedade (b), obtém-se PA = PB, entio: Hy = nH oH Py 84H = p84, assim, ALM Figura 4.2 - Tubo em U contendo dois Iiquidos p, AH, no misciveis de densidades diferentes p, © Pp Conhecendo-se a massa especifica de um dos liquidos determina-se a do outro, 4 4.4.UTILIZAGAO DA EQUAGAO FUNDAMENTAL PARA MEDIDAS DE PRESSAO ATRAVES DE TUBO EMU Pi>P2 P= OH) + 1.bH2 + Py P= nH + 2.bH2 + P2 como PA = PB propriedade (b), tem-se que 1yMHy + yy OH + Py = yy BH, + Yq SH + Pz Figura 4.3 - Diferenca de Pressao utilizando tubo em U. resultando em: Py-Py= 12 BHz~ nOHz 08 Py-P2= (19> Wd 4.5. MEDIDA DA PRESSAO ATMOSFERICA LOCAL (BAROMETRO). Pressdo de vapor ("| de mercirio 4.) Figura 4.4.- Bardmetro de mercdrio + Experiéncia de Torricelli) 25 4.6. ASSOCIACAO DE MANOMETROS (P > Patm) Piiquido Bomba Pg YH: Manteetrs ce mercixo am série Figura 4.5 - Esquema das unidades interligadas no médulo de agua para medida de pressdes mais elevadas, 4,7. MEDIDA DE PRESSAO MANOMETRICA NO MODULO DE AR Para o manémetro situado do lado esquerdo (suc40): Pag P08 AH, P= Pi, -2.8-H, Verador sueqio__—p Tp eecaeve Pogue Figura 4.8 - Medidas de pressBes maiores e menores que a atmosférica, 26 Portanto, P < Patm. Para o mandmetro situndo do lado direto (recalque) P=P,.+p8.AH, Portanto, P > Patm. ee : i ve — snot = Figura 4.7 - Diagrama de relagSes ¢ termos utlizados nas medidas de pressdes, PRATICA 03 Determinacdo da Densidade de um Liquido Utilizando Tubos em U (Ver diagrama esquematico dos médulos em apéndice) OBJETIVOS Medida de presso do ar por mio de manémetros de tubo em U, medida da presslo atmosférica local, conceito de pressio relativa ¢influéncia do peso especifico do fuido manométrico, A) Densimetria Utilizando tubo em U Colocar © primero fuido no tubo em U ¢ em seguida o segundo fuido em um dos ramos do mesmo tubo (colocar uma quantidade suficiente para que haja um bom desnivel, o qual proporcionaré, uma melhor leitura dessa variagéo). Medir as variagées de altura B) Medida de Pressio Atmosférica Local a Colocar o Hg no tubo graduado, tomando 0 cuidado de retirar todo ar do tubo. Fechar a entrada girar o tubo introduzindo-o numa cuba previamente cheia de Hg. Ajustar 0 zero da escala com superficie livre do mercirio da cuba, C) Associagdo de Manémetros (médulo de Agua - vide croque em anexo) 1+ Associar os tubos em U. 2+ Conectar mangueiras na saida da bomba ¢ ligar ao mandmetro. 3+ Retirar parafusos para a saida de ar e completar com agua até a eliminagéo total do ar nos ramos centrais do mandmetro. Fechar os parafusos. 4 Afrouxar os parafusos para saida de ar do ramo do manémetro conectado 4 bomba 5+ Ligar a bomba acionando a chave "A" tomando o cuidado de fechar antes todas as valvulas do modulo, 6- Abrira valvula "G" lentamente. 71+ Apés a retirada do ar do mandmetro fechar os parafusos. 8 Fazer a leitura das variagées de altura D) Medida de Presses Relativas (médulo de ar - vide croqui anexo) 1+ Conectar mangueiras do tubo (C,D,E ou F) ao manémetro. 2+ Conectar mangueira da canaleta "A" a0 manémetro 3+ Ligar o ventilador (380V —> 220V), chave "M" 4+ Abrir as valvulas correspondentes (1,J,K ou L ), 5+ Tomar as medidas das variagSes das alturas no quadro de manémetros. 28 5. FORGAHIDROSTATICA SOBRE SUPERFICIE PLANA SUBMERSA Consideremos o caso geral em que o plano onde se encontra a superficie plana imersa forme um Angulo a com o plano piezométrico. A presstio P em cada ponto multiplicada por dA forma um sistema de forgas clementares paralelas P.dA, normais 20 plano da superficie ¢ cuja resultante ¢ também uma forga normal a tal plano, A interseséo da linha de agdo dessa forga com a superficie em estudo, determina tum ponto chamado CENTRO DE PRESSAO que no coincide em geral com o centro de gravidade da superficie plana submersa Pano Plezomet Interecto do plano de superile coma ping piazomrieo / Figura 5.1 - Notag&o usada para a determinag&o da forga que um liquido ‘exerce em um dos lados de uma superficie plana submersa. 5.1, INTENSIDADE DA FORCA SOBRE A SUPERFICIE SUBMERSA Da Figura 5.1 observa-se que: eg ou sea ¥,.A= f¥.dA 4 29 [XA Xt Je: 0G i seja: 4 Ento, vem: dF = Pda F =7hdA GP = 7.¥.sen(a).dA JdF = 7-¥.sen(a).J¥.d4 4 iF = 7-sen(@).Yog.A ou Fayh,.A ’ ‘eg. 5.2, CENTRO DE PRESSAO (CP) 0 centro de pressio ¢ a posigao onde a forga hidrostatica resultante atua. Essa posigio fica determinada através de uma abcissa (Xep ) ¢ uma ordenada (Yep) como mostra a Figura 5.1. a) CALCULO DA ORDENADA DO CENTRO DE PRESSAO (Yep) Tomando-se o momento das forgas em relagio ao eixo X, teremos: FLY, HEE, Y= [Y(y.sena¥) aa 7 a Aye Ir sena.Y? dA y.semaYog.A.Yog = 7.00. [da Wey AL = hy 1 YA+l, Yo aot 7 yA tA 30 I aya letra a ex que /, ¢ J, representam 0 momento de inéria da area em relao os eixos X e X, reepectivament b) CALCULO DA ABSCISSA DO CENTRO DE PRESSAO (Yep) “Tomando-se 0 momento das forcas em relago ao eixo Y, teremos: FX, = BF, .X, = [X(y.sena.}).d4 ‘ 4 EX, = [y.sena.Y.X.dA 7A y.sena.y.,.A.X = vasa. {P. X.dA Ly X= Xqt es YA em que: Iyy = [2'y'dA ‘= produto de inéreia ou momento centrifugo de inércia em relaglo acs eixes 4 centrais da area. Obs: Quando um dos eixos ou ambos s4o eixos de simetria 0 produto de inércia Jy’ ¢ mulo, 31 PRATICA 04 Determinagio da Forga Hidrostatica Sobre Superficie Plana Submersa € Visualizacho do Prisma de Presses (© médulo experimental de hidriulica dispde de um canal retangular ¢ alguns dispositives acessérios para elaboragdo de diversos ensaios envolvendo estudos de dindmica ¢ estatica dos fluidos. Um destes dispositivos corresponde a uma comporta retangular dotada de tomadas de press4o ligadas aos respectivos piezimetros, através de manguciras plisticas transparente, Esses piezmetros permitirdo avaliar as intensidades das presses atuantes sobre a superficie submersa da comporta, na® ‘cotas correspondentes as posigdes das tomadas de pressio. A instalago da comporta possibilitard 0 represamento da agua no canal €, portanto, © estabelecimento de condigdes estiticas adequadas para o desenvolvimento desta experiéncia, adotando-se a seguinte metodologia (vide croqui em anexo) 1) A comporta deverd ser instalada de forma que a face lisa esteja voltada & montante, ‘ou seja, representando a superficie submersa, Procurar instalar de forma a minimizar (08 vazamentos laterais. 2) Conectar as manguciras dos piezimetros nas respectivas tomadas de pressio, de forma a representar a mesma sequéncia no paine! de leituras. 3) Verificar se todas as vilvulas esto fechadas e em seguida acionar a bomba através da chave "A" 4) Abrira valvula "G" lentamente até que se verifique um fluxo continuo, 5) Controlar o nivel d'égua no canal, através do controle de abertura da vélvula "G". O nivel d'agua final devera superar a tomada de presséo superior, permitindo © minimo transbordamento possivel. 6) Retirar o ar das mangueiras plisticas através de sifonamento. Para se efetuar esse procedimento, desconectar a extremidade da mangueira, ligada ac painel ¢ se necessirio succionar para que haja escoamento através da mesma. Quando todo ar for removido, conectar a mangueira a0 painel 7) Verificar se 0s niveis de Agua nos piezmetros, lidos no paine, s8o coincidentes ¢ seguida realize a letura dos mesmos, que corresponderd a cota de nivel da — d'agua a montante da comporta, : 8) Desligar a bomba ¢ drenar o canal, inicialmente pelo feito de sifonamento do de 3" © posteriormente através de um pequeno deslocamento, = comporta, retomando-a novamente & posiglo original i “ apés a drenagem, 32. 9) Fazer a leitura dos novos niveis de égua, verificados nos piezSmetros do painel. A diferenga entre os niveis inicial (item 7) ¢ final (item atual), representaré a profundidade da tomada de pressio correspondents, em relaglo & superficie livre agua no canal. 10) A pressdo correspondente a cada tomada serd calculada como sendo: Pj = 7.AHi em que: 7: peso especifico da agua; ¢ 4H; : profundidade da tomada de pressio (diferenga entre o nivel inicial ¢ o final) 11) Representar graficamente a distribuigSo de pressilo cm fungio da profundidade das tomadas de pressio localizadas na comporta (prisma de pressio). 12) Determinar o médulo, diregdo, sentido © ponto de aplicagdo da forga hidrostatica atuante. 33 6. FORGA DE SUSTENTAGAO EM PERFIL AERODINAMICO Em geral, quando um escoamento ocorre em tomo de um objeto que tenha eixo de simetria nfo alinhado com a direso de escoamento ou mesmo quando o corpo nio possui nenhuma simetria, o camo de velocidade ndo & simétrico, ou seja, as velocdades © pressbes locais serio diferentes em cada lado do objeto, ¢ surgira uma forga perpendicular & diregdo do escoamento. ‘A. Equagdo de Bemoulli, deduzida a partir das equagSes da continuidade © movimento, fornece as relagdes que explicam o fendmeno (Figura 6.1) quantidade de Figura 6.1 - Volume de controle infinitesimal, utlizado para a dedue8o da Equago de Bemoull 6.1. EQUACGAO DE EULER Sabe-se que dW =7.dV dV =dl.dA sena= a 34 a > a a LF = dn Da somatoria das forgas aplicadas no elemento infinitesimal da Figura 6.1, tem-se que: Podd-(P +dP). dA ~ a enar= dn a& wv dA~ P.dA-dP.dA~ y.di dA = = pal. da P. yl aA. = pal dd entdo: y2 ~aP dA ~ y.de.dA = pdAY dV = pddd Dividindo-se tudo por yd, tem-se a equagdo de Euler: eee r 8 =0 6.2. EQUAGAO DE BERNOULLI Integrando-se a equago de Euler, considerando ye g constantes, 2002 42 fd? + |dz+—jv.dv =0 1 gi zB y 1 obtém-se a Equagdo de Bemoulli noB we deg Beg = constante tf 2g 7 vilidas para as seguintes condigSes ideais: = escoamento permanente; + escoamento ineompressive; ~ _escoamento no viscoso; + escoamento ao longo de uma linha de correate, 35 6.3. LINHAS DE CORRENTE AA Figura 6.2 mostra como so as linhas de corrente ao redor de um perfil simétrico (cilindro) « ‘um perfil aerodinmico (assimétrico). 0 caminho percorrido pelo fluido através da face superior do perfil aerodindmico € mais longo, resultando, portanto, em velocidades. maiores, representado por uma distribuigdo mais densa de linhas de corrente. A Equacdo de Bemoulli mostra que esse incremento de velocidade resulta num decréscimo de pressdo na face superior em relagdo a inferior. ) Perfil aerodindmico (assimétrico) a) Perfil cilindrico isimetrico) Figura 6.2 - Representago de Linhas de corrente em dois tipos de perfs. 6.4. FORGAS ATUANTES NO PERFIL AERODINAMICO ‘A forga devido ao gradiente de pressdo entre a face superior e a inferior e a forga devido a ago da tensio de cisalhamento sobre os contornos do corpo na direrio do movimento, s40 respectivamente ‘conhecidas por forgas de sustentagdo e arraste. O exemplo clissico mais usual 0 fornecido pelo perfil aerodindmico, mostrado na Figura (6.3), em que slo destacadas as forgas de sustentagdo L, a forga de arraste D, a resultante F, o Angulo de ataque a ¢ a corda ¢ O comprimento do perfil perpendicular 20 plano do papel, denomina-se envergadura ‘As contribuigdes das tensdes de atrito sobre a sustentagdo podem ser desprezadas, uma vez que ag mesmas sio muito menores que 2 pressio ¢ atuam muma direséo praticamente ortogonal a L. Isto representa uma importante simplficagio do problema ¢ permite avaliar L, consderando-se somente variagdo de presslo. A previsio da forga de arrate sobre objetossubmersos & muito mas dificil do que © ‘dloulo da forga de sustentagdo, que pode ser prevista por meio de medidas experimentais, em pequenos modelos testados em tineis de vento, tines de agua ou tanques de prova, 36 Figura 6.3 - Perf aerodinamico PRATICA 05 Determinagdo da Forca de Sustentagio em Perfil Aerodinamico ‘As medidas de pressio nos contomos do perfil erodindmico so realizadas por intermédio de 7 posigSes distribuidas ao longo do mesmo, sendo = 3 superiores 3 ingeriores = | frontal Estas posigées fornecem os valores de pressio que permitirdo 0 célculo da forga Fr, ortogonal a0 plano representa pela asa. Desprezando-se a componente de araste,obtémvse a frga de sutentaco L, pela decomposigéo de Fr na diregdo de y. As pressdes deverdo ser determinadas de acordo com 0 seguinte procedimeito, 0 » ‘Conecar as mangueiras plisticas ds saidas representadas plas vomadas de presse localizadas na lateral do tine! de veno, aos respectivos manémetros do, paine (cumerar as porgBes¢ 08 mandmetrs) 2) Posiionaro peri de asa no angulo de ataque (a) escobido 3) Acionar o ventilador (chave “M") ¢ abrir a vilvula de entrada ("H") do tine! de 4) Anotar as leita indicadas nos manémetros do painl, para obtegdo dos valores respectves de presto, (0 tinelencontras & presses abaixo da atmosterie). 15) Ezcolher outro Angulo de ataque¢ fazer nova letra (a eritéio do professor). 6) Representar graficamente os valores obtidos em cada ingulo de ataque, obtendo-se 8 distibuigdo de press nos contoros o pet 7) Determinar a area de influénca de cada toma de pressio no perfil ¢ com base na distibuigio de presséo, etimar o valor da forga ortogonal 30 plano do perfil aerodinimico (Fr): £2([z84 ater [EF ager eng pak mr poco eons rien unaea sepa fade un ok a: i gnacdo. Aplicando a Equacéo de Bemoulli sobre essa linha de corrente, verturbada ¢ 0 ponto de estagnagdo A, tem-se: Bie 7 ou 2g pg pg Esta equagdo compara a pressio nio perturbada com aquela existente no ponto A, mostrando um 2 aumento de oe, ‘correspondents a energia cinética, por unidade de volume do escoamento nfo perturbado. Esse aumento de pressio é designado pressio dinimica, onde Pp & a presslo esttca. A pressio total que ¢ a soma da dindmica com a esttica ¢ dada pela expressio: 45 4 7.7, INSTRUMENTO PARA MEDICAO DE VELOCIDADE DE FLUIDO ‘Uma das caracteristicas fundamentais de um instrumento de medida de velocidade de um fluido & 4 de que deve causar a minima perturbagio no escoamento, assim considera-se 0 tipo de corpo, Beralmente conhecido como corpo aerodinimic. ‘Um instrumento frequentemente usado para medir a pressio total, também chamada pressio de estagnaciio é 0 tubo de Pitot, apresentado na Figura 7.6 Figura 7.6 - Tubo de Pitot Aplicando-se a equagao de Bemoulli entre os pontos | ¢ 2, tem-se: Fn y como ¥) = V2 ¢ 2-2; = dh, tem-se: yp Pag, = PBAN = B+ pe ‘em que: Pest: pressio de estagnacio ou pressio total (P;); Po, Vo: pressio velocidade da corrente no perturbada (teoricamente no infnito). 7.8, MEDIDA DA PRESSAO DINAMICA E DA VELOCIDADE Um insrumento frequentemente usado para medigfo de velocidade, conseqlentememte de vazbes, € 0 tubo de Prandtl. Este apareiho bastia-se no principio da pressio de estagnago, sendo uma sonda de j, dimensées normalizadas, que permite medir com auxilio de mandmetros, a pressio total P; © a pressio estitica Peg, , como mostra as Figuras 7.7 ¢ 78, 46 Figura 7.7 - Vista parcial do tubo de Prana tubo de Prandtl combina em um tinico instrumento, 0 tubo de Pitot, que mede a pressio total, e © tubo piezométrico, que mede a pressio estitica. Assim o tubo de Prandtl mede a diferenga entre elas, ue € a presso dindmica. E muito usado nos laboratérios em escoamentos de liquidos ¢ gases, sendo o instrumento padrio na medi¢3o da velocidade do ar em acrodinimica ¢ da velocidade do ar nos ventiladores, tubo de Prandt! ao ser introduzido no fluido em escoamento gera uma perturbagéo, produzindo um ponto de estagnagio I, de maneira que: P1*Proat © Figure 7.8 - Vista geral do tubo ¢e Prandtl, 47 ‘No ponte O a corrente ndo perturbada tem uma pressiio Po e velocidade Vo, que é a velocidade a (et medida. Assim, aproximadamente: Va= Vee Py=Po ‘No ponto 2 hd diversas entradas Iaterais que ndo deve perturbar a corrente ¢ onde atua & (Pressto estitica. Bm resumo: ‘Da equacdo de Bemoulli entre os pontos 0 1 Rn. Wye Pre ‘Da equagdo fundamental da hidrostatica: Ra R+pg.rtp.g.dh-pg.s-pg.dh ou F-F=8.4h(0-p) 77 eAb (ep) ouseja © fimaimente: V,= 2 gla 1).ah aoe : densidade relativa do liquido manométrico 7.9. DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE PRANDTL dimensionamento dos tubos de Prandtl é normalizado ¢ suas dimensBes so apresentadas na Figs 79, Na pritica, a velocidade real de comrente ¢ dada por: Vv =C,JigG-1).5h a

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