Você está na página 1de 2

Niterói registra 46 tiroteios apenas no mês de janeiro

ofluminense.com.br

Niterói registra 46 tiroteios apenas no


mês de janeiro
3 minutos

O mês de janeiro foi marcado por tiroteios em Niterói. Segundo o


aplicativo Fogo Cruzado – uma plataforma digital colaborativa
lançada pela Anistia Internacional e pelo Instituto Update – nos
primeiros 31 dias do ano, a cidade registrou pelo menos 46 trocas
de tiros. O número colocou o município no terceiro lugar do
ranking de cidades que mais tiveram ocorrências do tipo no
Estado, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (417) e São
Gonçalo (69). Em comparação com o mesmo período do ano
passado, o número mais que triplicou. Em 2017 foram 16 tiroteios.
O número de pessoas feridas e mortas neste ano também é
alarmante: foram sete feridos e quatro mortos, envolvendo civis e
agentes de segurança.

Ainda de acordo com o Fogo Cruzado, a Zona Norte de Niterói foi o


local que mais registrou tiroteios em janeiro deste ano. Foram pelo
menos 14 registros apenas no Barreto, oito na Engenhoca e
quatro no Fonseca. Caramujo e Icaraí registraram três ocorrências
cada. Piratininga e Santa Rosa tiveram dois cada, e Centro,
Charitas, Ingá, Itaipu, Jurujuba, Largo da Batalha, Maria Paula, São
Francisco, São Lourenço e Venda da Cruz registraram uma
ocorrência cada.

“É importante ressaltar que Niterói registrou apenas quatro


operações policiais nesse período, segundo fontes oficiais da

about:reader?url=http://www.ofluminense.com.br/pt-br/pol... 1 de 2
Niterói registra 46 tiroteios apenas no mês de janeiro

polícia. Podemos atribuir todos esses números também aos


confrontos entre facções em comunidades da Zona Norte, que
disputam o controle pela venda de drogas”, analisou Antero Clark,
sociólogo e especialista em conflitos urbanos pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Comunidades como Santo Cristo, Coronel Leôncio e Palmeira,


todas na Engenhoca, são alvos constantes entre traficantes do
Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV). A
Avenida João Brasil, inclusive, serve de rota para que traficantes
façam a travessia em direção às comunidades.

“Recentemente vimos traficantes ostentando armas de guerra nas


redes sociais. Essa ação é mais do que um recado à polícia. É
um recado claro para facções inimigas. É importante ressaltar que
muitos desses criminosos também ostentam disparando tiros a
esmo”, analisou o especialista em Segurança Pública Bernardo
Schiavvi, da Universidade Federal Fluminense.

about:reader?url=http://www.ofluminense.com.br/pt-br/pol... 2 de 2

Você também pode gostar