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Unidade - 5 - Esgoto e Trat. Esgoto PDF
Unidade - 5 - Esgoto e Trat. Esgoto PDF
1. INTRODUÇÃO
2. FINALIDADE E OBJETIVOS
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Figura 1 – Esgoto primário, esgoto secundário e desconector (Fonte:Tigre).
A rede para coleta e afastamento das águas servidas é constituída por: Ramais de
descarga e de esgoto, tubos de queda, subcoletores e coletor predial (Figura 2). Existem
também caixas de inspeção ou de passagem e peças de inspeção.
É dimensionada em função das descargas dos aparelhos sanitários a que servem, cuja
descarga é definida em função do número de unidades de descargas, ou UNIDADE
HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO (UHC). Uma UHC corresponde uma descarga de 28 l/min,
ou a descarga de um lavatório de residência.
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Ramal de descarga: Canalização diretamente ligada ao aparelho sanitário, do qual
recebe os efluentes. Deve Ter seu diâmetro mínimo fixado de acordo com a Tabela 1.
É exigido o diâmetro mínimo de 100mm (4”) para as canalizações que recebem despejos
de bacias sanitárias.
Ramal de esgoto: Canalização que recebe os efluentes de ramais de descarga. É
dimensionado somando-se as unidades de descarga de todos os aparelhos servidos pelo
ramal e respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 2.
Tubo de queda: Canalização vertical que recebe efluentes de ramais de descarga, de
esgoto ou subcoletores. Deve ter diâmetro uniforme e sempre que possível instalado no
mesmo alinhamento. A descarga para dimensionamento é obtida somando-se as
unidades de descarga por pavimento e em todo tubo. O diâmetro deve ser fixado
respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 3.
O diâmetro do tubo de queda deve ser maior ou igual ao de qualquer ramal de esgoto
servido por ele.
Subcoletor: Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais
tubo de queda, ou ramal de esgoto.
Coletor predial: É o trecho de canalização horizontal compreendido entre a última
inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública
ou local de lançamento dos despejos.
O coletor predial e o subcoletor devem ser dimensionados de acordo com a Tabela 4.
Devem ser instalados com declividades uniformes, respeitados os valores mínimos
fixados naquela tabela.
Para o cômputo do número de UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO, no caso
dos coletores prediais e subcoletores, nos banheiros de prédios residenciais deve ser
considerado apenas o aparelho de maior descarga. Nos demais casos, devem ser
considerados todos os aparelhos.
O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo de 100mm.
As tubulações horizontais com diâmetros nominais menores ou iguais a 75mm,
devem ser instaladas com declividade mínima de 2%. As com diâmetros maiores ou
iguais a 100mm devem ter declividade mínima de 1%, com exceção dos coletores e
subcoletores que devem obedecer os valores fixados na Tabela 4.
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TABELA 1 - UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS
SANITÁRIOS E DIÂMETRO NOMINAL MÍNIMO DOS RAMAIS DE DESCARGA.
DIÂMETRO
NÚMERO DE NOMINAL MÍNIMO
APARELHO SANITÁRIO UNIDADES DE DO RAMAL DE
DESCARGA DESCARGA (mm)
(DN)
Banheira de residência 2 40
Bebedouro 0,5 40
Bidê 1 40
Chuveiro de residência 2 40
Chuveiro coletivo 4 40
Lavatório de residência 1 40
Lavatório de uso geral 2 40
Mictório com válvula de descarga 6 75
Mictório com cx. de descarga 5 50
Mictório com descarga automática 2 40
Mictório de calha *2 50
Pia de residência 3 50
Pia de cozinha industrial – preparação 3 50
Pia de cozinha industrial – lavagem de
4 50
panelas
Máquina de lavar pratos 2 ** 50
Máquina de lavar roupa 3 ** 50
Bacia sanitária 6 100
Tanque de lavar roupas 3 40
* Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto (Tabela 5)
** Considerar também as recomendações dos fabricantes
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TABELA 4 - DIMENSIONAMENTO DOS SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL.
Número máximo de unidades de HUNTER
de contribuição em função das
Diâmetro nominal do tubo (DN)
declividades mínimas (%)
0,5 1 2 4
100 180 216 250
150 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000
4.2. Desconectores
Desconector é todo sifão sanitário ligado a uma canalização primária. Sifão sanitário é um
dispositivo hidráulico destinado a vedar a passagem de gases e animais, do interior das
canalizações de esgoto para o interior dos edifícios.
4.2.1. Sifões
Todo aparelho sanitário deve ser isolado de canalização primárias através de sifão
sanitário. Utiliza-se sifão sanitário individual em mictórios, bacias sanitárias, pias de
cozinha, pias de despejo e tanques de lavar.
A figura 3 mostra alguns tipos de sifões para bidês, lavatórios e pias de cozinha. As
figuras 4 e 5 mostram sifões utilizados em vasos sanitários e a figura 6 mostra o sifão de
mictórios. Os vasos sanitários e mictórios, são autosifonados.
Os sifões podem ser feitos de chumbo, ferro fundido, bronze, plástico, cobre, latão,
cimento amianto ou cerâmica vidrada.
A NBR 8160 estabelece que os sifões devem:
a - Ter fecho hídrico independente de partes móveis e de divisões internas, com altura
mínima de 50mm.
b - Ter secção de vazão igual ou superior à do respectivo ramal de esgoto ou de
descarga.
c - Ter bujão de limpeza amplo, e de metal não ferroso, conforme indicado na figura 6.
4.3.1. Funcionamento
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rompimento do fecho hídrico, se não houvesse o prolongamento do tubo de queda até
a cobertura, de modo a permitir a entrada de ar.
A rede de ventilação é constituída por canalizações que se iniciam próximas aos sifões e
que terminam abertas ao exterior. Seus componentes são:
• TUBO VENTILADOR: Canalização ascendente que permite o acesso do ar
atmosférico na rede de esgotos, a saída de gases das canalizações e impede a
ruptura do fecho hídrico dos desconectores.
• TUBO VENTILADOR PRIMÁRIO: É o tubo ventilador com extremidade aberta, situada
acima da cobertura do edifício.
• TUBO VENTILADOR SECUNDÁRIO: É o tubo ventilador com extremidade superior
ligada a um tubo ventilador primário, a uma coluna de ventilação ou a um outro tubo
ventilador secundário.
• COLUNA DE VENTILAÇÃO: Canalização vertical destinada à ventilação de sifões
sanitários localizados em pavimentos superpostos.
• RAMAL DE VENTILAÇÃO: É o tubo ventilador secundário ligando 2 ou mais tubos
ventiladores individuais, a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.
• TUBO VENTILADOR INDIVIDUAL: É o tubo ventilador secundário ligado ao sifão, ou
ao ramal de descarga de um aparelho sanitário.
• TUBO VENTILADOR DE CIRCUITO: É o tubo ventilador secundário ligado a um ramal
de esgoto e servindo a um grupo de aparelhos, sem ventilação individual.
• TUBO VENTILADOR SUPLEMENTAR: Canalização vertical ligando um ramal de
esgotos ao tubo de ventilador de circuito correspondente.
• TUBO VENTILADOR DE ALÍVIO: Tubo ventilador secundário ligando o tubo de queda
ou ramal de esgoto ou de descarga á coluna de ventilação.
Toda instalação predial de esgotos deve ter, no mínimo, um tubo ventilador
primário, de diâmetro nuca inferior a 75mm.
Todo desconector deve ser ventilado.
Uma coluna de ventilação pode ser um tubo ventilador primário ou secundário,
dependendo se está ligado ou não a outro tubo ventilador. Caso tenha extremidade livre,
constitui-se em tubo ventilador primário.
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Figura 8. Representação esquemática do funcionamento de uma canalização de
esgotos (Fonte: Foresti 1980).
Figura 9. Terminologia.
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4.3.2. Prescrições da NBR 8160
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a) o comprimento não exceda de ¼ da altura total do prédio, medida na altura vertical do
tubo;
b) não receba mais de 36 unidade HUNTER de contribuição;
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até a cobertura do prédio, ou em conexão
com outra existente, respeitados os limites de TABELA 7.
Toda a tubulação de ventilação deve ser instalada de modo que qualquer líquido
que porventura nela venha ter ingresso, possa escoar-se completamente por gravidade,
para dentro do tubo de queda, ramal de descarga ou desconector em que o ventilador tem
origem.
Toda a coluna de ventilação deve ter diâmetro uniforme, a extremidade inferior
ligada a um subcoletor ou a um tubo de, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro
ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga. A
extremidade superior deve ser situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo
ventilador primário a 150mm, ou mais, acima do nível de trasbordamento da água do mais
elevado aparelho sanitário por ele servido.
Quando não for possível o prolongamento dos tubos ventiladores até acima da
cobertura, pode ser utilizado um barrilete de ventilação. Esse barrilete é dimensionado
pela soma das unidades HUNTER dos tubos de queda servidos no trecho e o
comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de ventilação mais longe
da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade.
Todo desconector deve ser ventilado. A distância do desconector à ligação do tubo
ventilador que o serve, não deve exceder os limites da tabela 5.
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A extremidade superior dos ramais de ventilação, deve ser ligada a um tubo
ventilador primário, a auma coluna de ventilação ou a outro ramal de ventilação, sempre a
15cm ou mais acima do nível de trasbordamento da água do mais alto dos aparelhos
servidos, conforme indicado na figura 14.
O vaso sanitário provido de orifício para ventilação, com desconetor externo ou interno,
deve ser ventilado individualmente.
O vaso sanitário auto-sifonado não dispõe de orifício para ventilação, por isso deve ter o
seu ramal de descarga ventilado individualmente, podendo essa ventilação ser
dispensada quando houver qualquer desconector ligado a esse ramal e a 2,40m no
máximo, do vaso sanitário e o ramal de ventilação tiver no mínimo DN 50. (figura 15)
Os vasos sanitários autosifonados, ligados em bateria, devem ser ventilados por um tubo
ventilador de circuito, ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre o
último e o penúltimo vaso sanitário. Quando o número de vasos sanitários exceder a 8 há
necessidade de ventilação suplementar, conforme indicado nas figuras 16 e 17.
Os tubos de queda que recebem descargas de mais de 10 andares devem ser ligados à
coluna de ventilação através de tubo ventilador de alívio, a cada dez pavimentos à contar
do andar mais alto.
A extremidade inferior do tubo ventilador de alívio deve ser ligada ao tubo de queda
através de junção de 45º, colocada a 15cm, ou mais acima do nível de trasbordamento da
água do aparelho mais alto servido pelo ramal de esgoto ou de descarga.
Nos desvios de tubos de queda que formem ângulo maior que 45º com a vertical deve ser
prevista outra ventilação considerando-se como se houvesse dois tubos de queda um
acima e outro abaixo do desvio, conforme indicado na figura 18.
Nos tubos de queda que recebem despejos de pias, tanques, máquinas de lavar e outros
aparelhos onde são usados detergentes que provoquem a formação de espuma, deve ser
evitada a ligação de aparelhos ou tubos ventiladores nas zonas de pressão de espuma
indicadas na figura 19.
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Figura 15. Dispensa de ventilação do ramal de descarga do vaso sanitário (NBR
8160).
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4.3.3. Dimensionamento
Figura 21. Ventilação em circuito (Obs.: o ralo sifonado tem ventilação individual).
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Figura 22. Ligação com desconector – ventilação em circuito. (Esquema
comumente utilizado em apartamentos).
É recomendado por norma o uso de caixas retentoras de gordura nos esgotos sanitários
que contiverem resíduos de gorduras provenientes de pias de copas e cozinhas, devendo
ser instaladas em locais de fácil acesso e boas condições de ventilação.
As caixas de gordura podem ser: pequenas (CGP), simples (CGS), duplas (CGD) e
especiais (CGE). Os componentes e dimensões das 3 primeiras estão indicados na figura
23. As especiais devem ter as seguintes características:
- distância mínima entre o septo e a saída: 20cm;
- parte submersa do septo: 40cm;
- altura molhada: 60cm;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: 100mm
- volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula; V = 2 N + 20
sendo:
N = número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura
V = volume em litros.
Deve existir pelo menos uma caixa de gordura simples para a coleta dos resíduos
gordurosos de uma ou até duas cozinhas. Havendo mais de duas e até doze cozinhas,
deve ser utilizada a caixa de gordura dupla. Acima de doze cozinhas, ou ainda para
cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais quartéis, etc..., devem ser utilizadas caixas
de gordura especiais.
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dependendo seu número e localização, das condições locais e do traçado
dessas tubulações;
- A distância entre caixas de inspeção, poços de visita ou peças de inspeção não
deve ser superior a 25m;
- A distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e a caixa de
inspeção, poço de visita ou peça de inspeção mais próxima, não deve ser
superior a 25m;
- Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgotos de vasos
sanitários, caixas retentoras e caixas sinfonadas, medidos entre os mesmos e
as caixas de inspeção, não devem ser maiores que 10m. Quando as caixas de
inspeção, poços de visita, caixas retentoras ou caixas sifonadas se localizarem
em áreas internas ou poços de ventilação de prédios, essas áreas ou poços
devem ser providos de janelas, que permitam fácil acesso aqueles dispositivos;
- Não devem ser colocados caixas de inspeção ou poços de visita em locais
pertencentes a uma unidade autônoma, quando os mesmos recebem a
contribuição de despejos de outras unidades autônomas;
- As tampas das caixas de inspeção, dos tubos operculados, dos bujões e das
caixas retentoras devem ficar completamente livres, de modo que não haja
necessidade de remover qualquer impecilho para a sua pronta abertura.
-
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d) Em prédios com mais de cinco pavimentos as caixas de inspeção não devem ser
instaladas a menos de dois metros de distância dos tubos de queda que contribuem
para as mesmas.
Figura 24. Caixa de passagem ou inspeção modelo Casa Sano S.A. (fonte Macintyre,
1988).
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Figura 25. Poço de visita (fonte Macintyre, 1988).
Os tubos operculados devem ser instalados junto às curvas dos tubos de queda todas as
vezes que elas forem inatingíveis pelas varas de limpeza introduzidas pelas caixas de
inspeção ou outras peças de inspeção.
Devem ter as seguintes características:
a) Abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de instrumentos
manuais e mecânicos de limpeza;
b) Ter tampa hermética;
Quando não for possível que os efluentes sejam lançados, por gravidade, no coletor
público, reúne-se esses despejos numa caixa coletora, para posterior recalque através de
conjuntos elevatórios, até a cota favorável ao lançamento por gravidade.
A caixa coletora deve ser: impermeabilizada e ventilada, e ter:
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5. Traçado das instalações de esgoto e ventilação
5.2. Espaço físico para a passagem das tubulações verticais e horizontais (Fonte:
Belinazo, 1986)
b) colunas falsas
- Vantagens:
Solução boa, porque a tubulação não necessita atravessar a estrutura do edifício;
Facilita a manutenção, principalmente quando a coluna falsa for removível;
As tubulações podem ser fixadas em apenas alguns pontos, permitindo liberdade e
movimentos em relação a estrutura.
- Desvantagem:
Podem prejudicar a estética da dependência.
c) Paredes falsas
- Vantagens:
Favorece a estética da dependência;
Favorece a descida de outras tubulações;
- Desvantagem:
Podem reduzir área, o que nem sempre é possível de ser admitido.
Ligação entre uma canalização de esgotos horizontal e o tubo ventilador deve ser
efetuada acima do eixo da mesma, elevando-se o Tubo Ventilador verticalmente ou com
desvio máximo de 45º de vertical, até 15cm acima do nível máximo da água no mais alto
dos aparelhos servidos antes de desenvolver-se horizontalmente ou ligar-se a outro tubo
ventilador.
Geralmente, os ramais de descarga de pias de cozinha são ligados aos trechos do tubo
de queda, acima do piso, utilizando-se sifão individual (desaconselhável o uso de caixa
com grelha).
- É desaconselhável a colocação de sifão em ramais de descarga de máquinas
de lavar roupa. Usualmente os efluentes desse aparelho são lançados dentro
do tanque de lavar ou de caixa sifonada aberta.
- Consideram-se devidamente ventilados os desconectores de pias, lavatórios e
tanques, quando ligados a um tubo de queda que não receba efluentes de
bacias sanitárias e mictórios, observadas as distâncias indicadas na tabela 5.
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Figura 27.
Figura 28.
20
Figura 31. (Fonte Brasilit).
21
Figura 33. (Fonte Brasilit).
22
Figura 35. (Fonte Tigre).
23
Figura 37. (Fonte Belinazo. 1986).
24
Figura 39. (Fonte Belinazo. 1986).
25
Figura 60. (Fonte belinazo. 1986).
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TABELA 8 - DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO
Diâmetro Diâmetro mínimo do tubo de ventilação
nominal Número de 40 50 75 100 150 200 250 300
do tubo e unidades
queda ou do HUNTER de Comprimento máximo permitido
ramal contribuição (m)
do esgoto
40 8 46
40 10 30
50 12 23 61
50 20 15 46
75 10 13 46 317
75 21 10 33 247
75 53 8 29 207
75 102 8 26 189
100 43 11 76 299
100 140 8 61 229
100 320 7 52 195
100 530 6 46 177
150 500 10 40 305
150 1100 8 31 238
150 2000 7 26 201
150 2900 6 23 183
200 1800 10 73 286
200 3400 7 57 219
200 5600 6 49 186
200 7600 5 43 171
250 4000 24 94 293
250 7200 18 73 225
250 11000 16 60 192
250 15000 14 55 174
300 7300 9 37 116 287
300 13000 7 29 90 219
300 20000 6 24 76 186
300 26000 5 22 70 152
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Tratamento de Esgotos por Sistemas Simplificados
6. Tanque Séptico
O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para:
a) Área desprovida de rede pública coletora de esgoto;
b) Alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local;
c) Retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com
diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos
sedimentáveis.
Escuma: matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em
tratamento.
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Tanque séptico: unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para
tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão (Figura 6.1 e
6.2).
Filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente; filtro anaeróbio: reator biológico
com esgoto em fluxo ascendente, composto de uma câmara inferior vazia e uma câmara
superior preenchida de meio filtrante submersos, onde atuam microorganismos
facultativos e anaeróbios, responsáveis pela estabilização da matéria orgânica.
Filtro aeróbio submerso; filtro aeróbio: reator biológico composto de câmara reatora
contendo meio filtrante submerso, basicamente aeróbia, onde ocorre a depuração do
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esgoto, e a câmara de sedimentação, onde os flocos biológicos são sedimentados e
retornados para a câmara reatora.
Vala de filtração: vala escavada no solo, preenchida com meios filtrantes e provida de
tubos de distribuição de esgoto e de coleta de efluente filtrado, destinada à remoção de
poluentes através de ações físicas e biológicas sob condições essencialmente aeróbias.
Filtro de areia: tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com fundo drenante
e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto por ação
biológica quanto física.
Reuso local de esgoto tratado: utilização local do esgoto tratado para diversas
finalidades, exceto para o consumo humano.
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Figura 6.3. Exemplos de esquemas alternativos do sistema local de tratamento de
esgotos. Com disposição no corpo recpetor/reuso.
31
A taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida em função de:
a) Volumes de lodo digerido e em digestão, produzidos por cada usuário, em litros;
b) Faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio, em graus Celsius);
c) Intervalo entre limpezas, em anos.
As taxas resultantes são as da Tabela 6.3. Para acumulação em períodos
superiores a cinco anos, devem ser estudadas as condições particulares de contribuição,
acumulação e adensamento do lodo em cada caso.
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
V = 1000 + N (C ⋅ T + K ⋅ Lf ) Equação 6.1
Tabela 6.1. Contribuição diária de esgoto e de lodo fresco por tipo de prédio e de ocupante. (Unid.: L).
Contribuição de
Prédio Unidade
Esgotos (C) e Lodo fresco (Lf)
1 – Ocupantes permanentes
- Residências
Padrão alto Pessoa 160 1
Padrão médio Pessoa 130 1
Padrão baixo Pessoa 100 1
- Hotel(exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 10 1
- Alojamentos provisórios Pessoa 80 1
2 – Ocupantes temporários
- Fábrica em geral Pessoa 70 0,30
- Escritórios Pessoa 50 0,20
- Edifícios públicos ou comerciais Pessoa 50 0,20
- Escolas (externatos) e
Pessoa 50 0,20
locais de longa permanência
- Bares Pessoa 6 0,10
- Restaurantes e similares Refeição 25 0,10
- Cinemas, teatros e
Lugar 2 0,02
locais de curta permanência
- Sanitários públicos Bacia sanitária 480 4,0
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Tabela 6.2. Período de detenção dos Tabela 6.3. Taxa de acumulação total de lodo
despejos, por faixa de contribuição (K), em dias, por intervalo entre limpezas e
diária. temperatura do mês mais frio.
Tempo de Intervalo Valores de K por faixa de
Contribuição
detenção entre temperatura ambiente (t),
diária (L)
Dias Horas Limpezas em oC.
Até 1500 1,00 24 (anos) t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20
De 1501 a 3000 0,92 22 1 94 65 57
De 3001 a 4500 0,83 20 2 134 105 97
De 4501 a 6000 0,75 18 3 174 145 137
De 6001 a 7500 0,67 16 4 214 185 177
De 7501 a 9000 0,58 14 5 254 225 217
Mais que 9000 0,50 12
Tabela 6.4. Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil.
Volume útil (m³) Profundidade útil mínima (m) Profundidade útil máxima (m)
Até 6,0 1,20 2,20
De 6,0 a 10,0 1,50 2,50
Mais que 10,0 1,80 2,80
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais
que permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução
dos dispositivos internos.
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6.3 Filtro Anaeróbio
Todo processo anaeróbio é bastante afetado pela variação de temperatura do
esgoto; sua aplicação deve ser feita de modo criterioso. O processo é eficiente na
redução de cargas orgânicas elevadas, desde que as outras condições sejam
satisfatórias. Os efluentes do filtro anaeróbio podem exalar odores e ter cor escura.
6.3.1 Dimensionamento
O volume útil do leito filtrante (Vu), em litros, é obtido pela equação:
Vu = 1,6 NCT Equação 6.2
A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60 m, já incluindo a espessura da laje.
Construção do fundo falso: no caso de haver dificuldades de construção de fundo falso,
todo o volume do leito pode ser preenchido por meio filtrante. Nesse caso, o esgoto
afluente deve ser introduzido até o fundo, a partir do qual é distribuído sobre todo o fundo
do filtro através de tubos perfurados (Figuras 5.5 e 5.6).
A altura total do filtro anaeróbio, em metros (Figura 6.8), é obtida pela equação:
H = h + h1 + h2 Equação 6.3
onde: H = altura total interna do filtro anaeróbio; h = altura total do leito filtrante (≤
1,20 m); h1 = altura da calha coletora; h2 = altura sobressalente (variável).
O material filtrante para filtro anaeróbio deve ser especificado como a seguir:
Brita, peças de plástico (em anéis ou estruturados) ou outros materiais resistentes
ao meio agressivo. No caso de brita, utilizar a nº 4 ou nº 5, com as dimensões mais
uniformes possíveis. Não deve ser permitida a mistura de pedras com dimensões
distintas, a não ser em camadas separadas, para não causar a obstrução precoce do
filtro;
A área específica do material filtrante não deve ser considerada como parâmetro
na escolha do material filtrante.
34
de chuva sobre a superfície do filtro. Quando instalado na área de alto nível aqüífero,
deve ser prevista aba de estabilização.
35
Figura 6.6. Filtro anaeróbio tipo circular totalmente enchido de britas.
36
Figura 6.8. Filtro anaeróbio tipo circular com entrada única de esgoto.
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