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Dados loternacionais de Catalogagio na Publicagse (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP Bras Azevedo, Janate M. Lins de ‘A educagio como politica pilbliea | Janete M. Lins de Azeveda,~ 3. ed. ~ Campinas, SP Autores Associados, 2004. — (Colegio polémicas do nosso tempo; vol. 56) Bibliografi ISBN 85-85701-46-3 |. Educagio ~ Filosofia 2. Educagio e Estado 3, Politica e educagia | Titulo, Il. Série. 96-1729 cpp.a79 Indices para eatilogo sistemstica: 1. Educagio e Estado 379 2, Educagio e politica 379 1 gio ~jtho de 1997 Impressa no Bras ~ outubro de 2004 Copyright © 2004 by Etora Autores Assoindes [Dept leg na ibotess Nacional cofarne Deceta 1.825, de 20 de deserve 1997, “Tedos os discos para tngsn portuguesa rerrvados pla Eeora Autores Asociados ted Nanhun parte da pubcagio poder er reprodiida ov tae de ge fuer modo ou por gunhuer melas erence, mecca, Ho ferecSl, de pr. ‘ag. ou ctr, som pea starts, presente da tora, O codigo pena ine dterinn no artigo 186 "Dos erimos conta a propiedade lac Volo dro aor =a 164 Vir deat autora [Soave comin nareprodusie, por qualquer reo, aba intl al, toda on em prtepara fine decom, om autrzngie expres do 0" Pena =rechste dena quatro anor «muta A bordar a educagao como uma politica social, requer diui-la na sua insergio mais ampla: 0 espago teérico- analtico préprio das polticas pobicas, que represen- tam a materialidade da intervencio do Estado, ou 0 "Estado ~ _emagio". Deste modo, pode-se resgatar, neste mesino es- ago, as particularidades da politica educacional contextua- lizadas segundo as ditintas vertentes analticas. Sendo assim, quando se enfoca as politcas piblicas em um plano mais grate, portato, mais abstrato isto sii ter 1a FE dominacao, os confiios Aiiniltrados por todo o tecido socal e que tém no Estado o” locus da sua condensagio, como SUgeTWT 1ZAS (1980). Em um plana mais concreto, 0 alicas Ppiblicas implica considerar os cecursos de poder que operam 1a sua defnicao e que t8in nas instluigdes do Estado, sobre- ‘tudo “es input) }0 seu principal referente. Outra importante dimensio que sedeve Considerar nas anilses & que as polticas piblicas s4o definidas, implemen- tadas, reformuladas ou desativadas com base na memeéria da sociedade ou do Estado em que tém lugar e que por isso auardam estreitarelacdo com as representagées sociais que «ath sociedade desenvalve sobre si prépria, Neste sentido, so construcées informadas pelos valores, simbolos, nor~ _ A Ewengio.cono Poti Pomacs mas, enfim, pelas representacées socials que integram o uni- verso cultural e simbdlico de uma determinada realdade Finalmente, deve-se considerar que os fendmenos da hi- pertrofa e complexilicagio do Estado, decorrentes do apro- fundamento de sua intervencio na Sociedade ~ e portanto, da implementagdo de polticas pibicas , t8m sido alvo central de questionamentos te6ricas e praticos. Desde a década de 1970, como sabemos, as formas e fungBes assumidas pelo Estado passaram a ser pastas em xeque, em consequéncia das prépras crises enfrentadas pelo modo de acumulagio capita- lista ¢ dos rurnos tragados visando & sua superagio. No con- texto desta superacio & que se situou 0 processo da global za¢do do planeta, configurando uma outra geopolitica em articulagdo aos requerimentas do mado de acumulagio flex vel que foi se impondo, a partir da absorgio das chamadas no- vas tecnologas. Isto, entre outras consequéncias, trouxe pro: {undas repercuss6es para_o mundo do trabalho e. portato. paSsou a repercutir na defiigio-daspolticas educatvas, Quando a crise econémica do final dos anos 60 desnu- dou e pds em causa o grau de profundidade da intervencio estatal. ganharam forga. sobretudo nos palses de capitalismo avangado, a prbblematizacio, o debate e a busca do enten: ddimento do tipo de regulagio forjado pelo mundo capitals ta, O final dos anos 60 e os anos 70 assistiram a uma ex- tensa produgdo teérica no campo da tradigio marist, geran- ddo um conjunto diferenciado de interpretacio e de corren: tes. Neste mesmo contexto, os postulados do liberalismo cléssico também tiveram na crise um espago propicio de re- vigoramento, expressos, sobretudo, na corrente denomina- dade neoliberal, cujo vigor teérico emanou principalmente de HAYEK (1983) @ de outros economistasligados & escola de Chicago. a exemplo de FRIEDMAN (1984). ‘A partir de meados dos anos 80. as ques vengao estatal e dos destinos da democracia passaram a ser tematizadas em outra diregio. Buscou-se entéo 0 entendi- mento dos novos padrées de sociabiidade emergentes e so- lugbes tedrico-politicas capazes de bloquear as propostas Iytwonucso 7 neoconservadoras em relagio aos mercados € & protegao social As orientagées neoliberais adotadas por varios gover: nos nos anos 80 € © consegilente aprofundamento das crises socials, econémicas e ambientais, decorrentes desta “desre gulagio"; as mudangas no mundo da produgio em face da maior utilizagao da microeletrénica: suas repercuss6es no mundo do trabalho @ a glabalizagio dos mercados e, ain- da, a débicle do socialismo real sio alguns dos fatores que ameagaram as formas de organizagio sociopolitica do sé culo XX. Neste contexto, ganhou centralidade 0 debate sobre © destino ¢ 0 perfil que deveriam assumir as politicas pablicas, em particular as voltadas para os setores sociais, Isto parti: do-se do entendimento de que estas politicas constituem-se ‘em um elemento estrutural das economias de mercado, re: presentando tipas de regulacio que cada sociedade colocou ‘em pritica a partir de um determinado estigio do seu desen: volvimento, configurando, assim, os modos de articulagio. entre o Estado e a sociedade (DRAIBE, 1988: p. 2) Na perspectiva de buscar situar o campo teérico em que foram e vém sendo analisadas, cabe advertir que a literatura pertinente & enfitica ao reconhecer 0 modo heterogéneo e ambiguo coma se classificam os varios autores na pluralidade de abordagens tedrico-mmetodol6gicas existentes sobre as po. Iticas pibiicas.' Apesar das dificuldades, porém, é possfveliden- tifcar 0s pélos de canvergéncia e as difculdades e controvér: siag na classificacio e no exame dos estudos concernentes a drea em questa6. (Os estudos que se utiizam de ferramentas dos paradig. ‘mas clissicos sio facilmente agrupados e identificados: libe- ‘ais. marxistas, funcionalistas. Revelam-se problematicos os situados, teoricamente, em espacos de intersecdo, sobretu- 1. Ver, por exemplo, MISHRA (1977), GOUGH (1980), TAYLOR: GOBBY e DALE (1981), COIMBRA (1987) © DRAIBE (1988). _AEDveacio do no locus da bipolaridade liberalismo/marxismo, e nas in tersegdes que decorrem de fraturas destes dois pélos, reaproximando-os. Em que pese a fragilidade tedrica, estes "espacos de intersecao” constituem-se, porém, numa fonte fecunda para os estudos sobre polftcas piblicas, Particular- mente na atualidade, delineiam-se como uma tentativa de ompimento com a rigidez de paradigmas que se crstalzaram 0 longo do tempo, impossibiltando a apreensio do concreto ‘em sua dindmica, Tendo em vista essas quest6es, nas paginas que se se- guem, discuticemos um conjunto significativo de abordagens, buscando destacar as distintas contribuigSes que cada uma delas podem oferecer no estuo e anilise da politica educa- ional enquanto uma politica piblica de cunho social CAPITULO + UM A ABORDAGEM NEOLIBERAL digdo apropriada 8 maximizagio do bem-estar, Os funda- mmentos da liberdade e do individualism sao tomados aqui para jstiicar 0 mercado como reguladore distributor da Fiqueza eda renda, compreendendo-se ques na medida em aque potenciaiza 25 habildades ea compettivicade incvidu 3s, porsibitando a busca limitada do ganho, 0 mercado prodz inexoravelment, o bem-estar soca Esta concepedo, vgorosa durante o culo XDK, fi con tudo se deilzando em fungio da dnimica do proprio desen- volvmento. A crescente organizacio do mundo do trabalho; a ‘eiculagio do ifedrio socialist progresso técnica e cent 03 a cise de 1870; a revolugao de 1917; a recessto de 1930; as dua grandes guerra: os reordenamentos polticos soca aredenigio do espao internacional sao alguns Jos ‘marcos que acabaram por aprofunda econsolica outa for. rmasde aticulagio entre o Estado eo mercado, nim nove pa tamar ce acumlagao ede reulagio do capital edo trabalho, “Apesar dso, extatendéncia dria epoca de ordena- 1 do mundo capitalists no saiy de cena a0 longo deste Se. Caio, Ao contro, encontrou espaco propicio para se revi gorar na erie econdmica dos anos 70, undo assum 2 \erséo que tem sida denominada de neclibeal. ‘As correntesneolbersis apdiam se fortemente nas fr- mulagées de Hayek tomado como expoente desta traigio de pensamento, Daipor que recorre-se. aqui 20s argumen. tos deste autor para apresentar os postulados gerais da abordagem. Outro autor examinado € Milton fiedman, cajasformulacbes puardam icenidade © coeréncia com as Ge Hayek, ainda que construidas num nivel de menor sprofunderrento teorko. yet Oh Roi de Hoek env ceea. de 200 obras As anstes aqui aresenaatbseamse nose cisco 0s Fundamentes de Berdad (1982) De Mitn Feta use 9st Cpt liber Gece (198), tabato em que o ator aborda as detarente pesto da oltcar pes arena tra propos pela pare cr servos edveaconds _A Apounaen Neotuteint, IP Como ponto de partida, deve-se ter presente que o neo- liberalismo questiona e poe em xeque 0 préprio modo de organizagao socal poitica gestado com o aprofundamento da intervengio estatal, “Menos Estado e mais mercado" & a raxima que sintetiza suas postulacdes, que tem como prin: cipio chave a nacao da liberdade individual, tal como conce~ bida pelo liberalism classico. Aliberdade pressupde que cada individuo “tenho assegu- rade uma esfera privada, que ewista certo conjunta de circuns ‘dncias no qual outros nda possam interfer” (HAYEK, 1983 p. 6). Nesta acepcao, o Estado de direito 6 pode ser res- ponsével por medidas que se estabelecam como normas ge- rais; caso contrario, produziria, necessariamente, uma discr rminagio arbitraria entre as pessoas: Uma seciedade livre usualmente exige nia s6 que © averna tena © monapdlio da coergio mas que detenha Unicamente este monopalia e que, em todos 05 outros a pectos, atue de acordo com as mesmas condighes 3s ‘ua todos of individuos devern obedecet...] (HAYEK 1983: p. 270). E neste sentido que os neoliberais veern as ingeréncias estatais na economia como colbidoras da liberdade individu al. Para Hayek, ndo cabe ao govemo decicir [.-Jsobre quem terd permissio de fornecer diferen- tes servigos ou mercadoris, a que precos ¢ em que quan- tidades em outras palavras, [n0 Ihe cabem] medidas, {que pretendem controlar 0 acesso a diferentes profissées fe ocupacées, 0s termos de venda ¢ o volume a ser pro: dduzido ou vendido [.] Com efeito, faz parte da atitude bberal supor que, especialmente no campo econdmico, as forcas auto-reguladoras do mercado de alguma maneira {efario os necessiros ajstamentos as novas condicoes [ (1983: pp. 275 @ 470) Nesta mesma direcio, Friedman aponta para os riscos decorrentes da magnitude da intervengie estatal. O grau de Pony ingeréncia do Estado na economia demais esferas da vida rivadla, 20 seu juizo, estaria intraduzindo elevados indices de autoritarismo na vida social. Dal a stia preocupacio com a continua ampliacdo dos programas saciais, No limite, a inge- !2. réncia estatal € vista como uma tendéncia que pode condu- 2ir a0 totaltarismo, ou ao “caminho da servidia", segundo Hayek Defensores do “Estado Minimo", os neoliberais creditam a0 mercado a capacidade de regulagio do capital e do traba- |ho e consideram as politicas pablicas as principais respon: veis pela crise que perpassa as sociedades. A intervengio es- tatal estaria afetando o equifbrio da ordem, tanto no plano. econdmico como no plano social e moral, na medida em que tende a desrespeitar os principias da liberdade e da in- dividualidade, valores basicos do ethos capitalist, Entre outras formas, as restrigdes a liberdade manifestar- se-iam no estimulo, suscitado por aquelas politcas, & forma: @o de monopdtios nos mais distintos setores da vida so- Cal. Neste sentido, tem-se que so elas as responsavels pelo corporativismo encontrado entre os funciondrios do governo € pelos monopélios existentes na industria e entre distintas ca- tegorias de trabalhadores (FRIEDMAN, 1984), Em relacao 8s atividades econdmicas, afrma-se que a sua politizacio tem levado tanto criag3o quanto ao favore cimento e manutengio artificial dos sujeitas econdmicos, A. intervengao governamental, de acordo com esta abordagem, ‘tende a igualar artificialmente as condicbes de concorréncia & de competitividade enire novos e velhos sujeitos, coibindo e ameacando 0s estimulos individuais necessérios & produgio © competicio numa sociedade livre. Seu paroxismo eviden- cia-se quando a politica econémica volta-se para socorrer determinados setores que perderam a competéncia perante ‘© mercado. Como observa Hayek A atual poltica de governo nio reconhece que no & ‘© monopdlio em si ou a dimensio da empresa que sio Prejuciciais, mas somente os obsticulos 20 ingresso em Paris ap Porr oT 4 yxtrowe’ determinado Seto industrial ou profissinal, bem como sutras prtcas nonopdkeas [J Una das dura verdes Gavia € que certs tlentos (etre certs vantages t vadeGes de etermradasorgariacdes) nfo podem ser tmutipteados, um absurd orar essa verdad e ten tarclarcondgGesarificias de concorréndia..] Quando fo monopdlio se sustenta gragas a condigbes criadas por Tegagto, que vedam o ngresso de concorrentes no moe eis conigoes dave er crnadas[.] sos fe Solindos di aglo dos governos nesze campo tem sda 30 deploréver ue é supreendentehaver ainda alguém que espere ver atrbuigio de poderes discricondris 2% go- ‘eros produ outfo eet lem de um sumento do obs theuo 4 concorrénca (1983: pp. 321-29). No que diz respeito as polltcas socials, a naferéncia b& sica ¢ igualmente o livre mercado. Os programas e as vérias. formas de protecio destinados aos trabathadores, aos exclu- idos do mercado e aos pabres sio vistos pelos neoliberais como fatores que tendem a tolher a livre iniciativa ea indivi- dualidade, acabando por desestimular a competitividade e in ‘ringir a prépria ica do trabalho. Os seguros de acidente, de lesemprego, as pensbes e as aposentadorias séo considera dos formas de constranger e de alterar 0 equiltorio do mer- cado de trabalho, Isto porque se julga que induzem os beneficifrios & acomodagio e a dependéncia dos subsidios estatais, contribuindo para a desagregacao das famfias e do patria poder. Enfim, considera-se que os recursos pblicos estimular a indoléncia e a permissividade social, Na visio de Hayek, Lo yp\eliwe Ludo oferecimenta dessa 4ssistoncia sem di uz alguns a neglgenciar a criagio de reservas para urna temergencia, como poderiam lazer por iniciativa propria se tal asistEncia nfo exstise. Parece entdo totalmente I~ ico exig, daqueles que apelam para este tipo de ampa- Fo em circunsténcias para as quals poderiam ter-se pre ‘avido, que 0 fagam por si mesmos. Uma vez que o aten- dimento das necessidades extremas da veice, do desem- prego, da doenca etc. € reconhecido camo dever da co: 14_A Envescio conn Poritica Powrica letividade, independentemente de 0s préprios individuos poderem ou deverem prover a essas eventualidades, e fem particular, uma vez que a ajuda é garantida, levando 0s individuos a reduzir sua iniciativa pessoal, parece Sb- vio ser necessiria compeli-ios ase garantir (aw se pro- ver) por conta propria contra essas dificuldades normais da vida (1983: p. 346). (Os males advindos dos subsidios que visam a atenuar as taxas de desemprego so considerados também em outra direcao: como bloqueadares dos mecanismos que 0 préprio mercado ¢ capaz de acionar para reestabeler o seu equilibrio, Afirma-se que o salario desemprego tende a desestimular as pressdes sobre a quantidade de trabalho oferecida, impedin: do a diminuigao dos salirias e, portanto, 0 reequillbrio do movimento da oferta e da demanda. Enfim, os subsidios mantém artificialmente um excesso de oferta de trabalho, elevando, deste modo, os salétios. Comprometem, assim, a produtividade © podem provocar taxas permanentes de de: semprego (RUEFF apud BRUNHOFF, 1978), ‘Outta questéo central nos argumentos neoliberais é 0 inchamento" da maquina governamental. Compreendem-se ‘como nefastos os efeitos que as palitcas socials t8m provo- cado neste sentido, além dos seus desdobramentos em ter: ‘mos do deficit ptblico. Ao tomarem para sia respansabilida de pelos programas socials, os governos geram a necessidade de maiores receitas, suprindo-as com o aumento da carga de tributos © dos encargos sociais (FRIEDMAN, 1984). Friedman chama & atengio, ainda, para os males advindos do cariter nio-luctativo das atividades pdblicas. Segundo ele, © pessoal do Estado tende a estimular a expansio dos pro: {gramas sociais visando unicamente a defesa de seus interes- Ses @ a sua manutengao como tal, prética que resulta na hipertrofia da maquina governamental. Em decorréncia, au- mentados 0 gastos sociais, tem-se © desequillbrio orcamen: trio e 0 aumento do deficit pablico, situagio que leva 4 emissio de moeda e ao aumento das taxas tributérias, contr buindo para a elevagao dos precos e dos salirios, No limite, as AAsoxpaces Neouimuxan 15 aividades produtvas so comprometidas. 0 que se expres: as agho‘e no desemprego (RIEDMAN, 1984: p. 169) ‘ém relagdo &poltica educational, pode-se dizer que © virus neotberalzarte aa scomagiana resma proporgio em ue ange outraspoltias sodas Aeducagio ea condi de thn dor etores plonelrosdeintervencao esata, € ua das fingbes per iiday 20, “Estado Guarclfon Friedman, por trernplos a0 in educago entre as |4 reas as qu l- fh inadisivelserem substiadas pels recursos publcos* Flute ao contriro, 2 amplagio das oportuniades educa sirbceconsderadaaim doe eigreeznenponarte pe redugio das desiguadades, b(SCOROO L ( ( Gaampre,enretarto, expt melhor os pardmetros des- ta concepgio. Coerente com as idéias liberals, a abordagem 2 neoterl ede questionaaresponsbibdade da governo em gi Tanto acesse de todos ao nel bisico de ensno. Apregon, Condo anecessidade de um outro tratamento para o itera teducacona, Posse que os pores pos deve tant: fev ou di suas responsabiadesadnnisratvas com ose: torprbado, um met de esmularacompetiao eo aquecinen- todo mercado, mantendo-te 0 pad de qualiadora oferta des serigos. As amas tera, sim, a chanee de exrctar 0 deta dete excoha do po de educa desea pra os seus fhos, Ao mesmo tempo, mina-sela 0 monopOl estatal existent nada, dminundo-seo corpo burocrétco, 2 miu na adirinstaivae, consequentemente,o: gastos pibicos IEDMAN. 1988), Esta mesma psiio & defend ambem or Haye. 3 part de arumetos moras cos, dhe pet I 7a era erro poder eect sobreamen Wrz e minado palo governs cca ras ds os 2. Entre estas éreas est, par exempla, a de habitagio, com os. seus programas, Estio também os seguros seciis destinads @ velice 3 aporentadoria, No seu entender, estas sio esferas em que deve star a iniiava privada (FRIEDMAN, 1984: p, 40) 16_A Epuescho como Poutrica PiBLICA autoridades, deveriafazer-nos pelo menos hestar antes de aceité-lo [.] Na verdade, quanto mais consciertesestiver- mos do poder que a edueatio pace exercer sobre amen: tehumana, mais convencidos devernos estar do perigo de entregar esse poder a uma tnica autoridade. Hoye. ais do que nunca, ndo s6 &indefensivel a icleia de que 0 g0- verno deve administrar as escolas como também nia mals se jstfica a maioria dos argumentas antes apresen tados em seu favor [..] Hoje, como as tradigbes @ inst TuigGes da educacao universal esto firmemente implant tase como a maioria dos problemas criados pela distncia, Ji fo resoivida pelo transporte madera, ao € mats ne ‘essério que a educagio Saja no s6 fnanciada mas tam bém ministrada pelo governo (1983: pp, 450-51), [rr ol Quanto aos outros niveis de ensino, as proposigées FS neoliberas s80 taxativas oF subsidios 4 formacso profs, | sionalizante dos individuos nao podem ser justificados pelo 3 _ que vo proporcionar aos beneficirios ndivdualmente,esim elas vantagens que podem resultar para a comunidade em geral. Qualquer tipo de educagio que se volte para 0 treina- mento vocacional néo deve, pois, ser subsidiada pelos fun- dos publicos, dado que um melhor preparo profissional vai se refletir, no futuro, em methores salérios, Em se tratando de um meio de valorizago do capital humano, 0 ensino profissionalizante deve ser, portanto, totalmente privatizado, posto que “grande parte do aumento da renda que & possi vel auferir em ocupagées que exigem tal treinamento cons- tituird tao-somente um retorno sobre capital investido’ (HAYEK, 1983: p. 453) Nas proposiges de FRIEDMAN (1984) sia previstas, contudo, oportunidades para que os individuos sem recur- 505, mas talentosos, possam valorizar este tipo de capital Considera-se que seus talentos e habilidades js indicam que se tratam de pessoas presumivelmente aptas para fornecer 05 retornos dos investimentos que sejam feitos na sua profissionalizagao. Nestes casos, é proposto o financiamen- to desta formagio mediante empréstimos pblicos ou privas dos; assumindo os beneficiirios a responsabilidade de pagar Ase 7 a divide quando comegarem a calher os frutos da valorizagio ddo seu capital humano. ‘Quando, pois, a politica educacional 6 estudada segundo as categorias analiticas préprias & tradicao de pensamento neoliberal, a sua dimensio como politica publica ~ de total responsabilidade do Estado -, € sempre posta em xeque. Neste contexto, os problemas que se identificam como cau- sadores da crise dos sistemas educacionais na atualidade sio vistos como integrantes da prépria crise que perpassa a for~ a de regulacdo assumida pelo Estado no século XX. No extremo, concebe-se que 2 politica educacional, tal como outras politcas socials, seré bern-sucedida, na medida em que tenha por orientacéo principal os dtames e as leis que regem os mercados, 0 privado’ A Awownaciest Nroumewat, 17 3. Embora aqui ndo sea 0 local adequado para se aprofundar a uestio, chama-se a atengio para 6 fato de que no & outra a matriz tedrca que no a neoliberal, 2 forte que tom ispirado proposicbes de politicas que sugerem a adogio do paradigra da qualidade total, tal ‘camo adotaco pelas empresas, por parte dos sistemas de ensin,

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