Em face do exposto, as decisões judiciais devem ser elaboradas com argumentos de
integridade e coerência procedentes da própria comunidade política, todavia sempre
subordinada a supremacia constitucional. Uma vez que tem-se no Brasil uma Constituição, dita compromissória, que estabelece obrigações ao seu administrador, sendo que tais arbitrariedade tampouco condizem com o Estado Democrático de Direito implementado desde 1988. Deve-se ter em mente que o direito “é um produto coletivo e social, com intensos liames culturais e históricos, em constante construção e reconstrução”108, sendo imprescindível que toda a comunidade jurídica tenha a percepção dessa responsabilidade coletiva, a partir da qual podem buscar juntos conter o problema do ativismo judicial, preservando-se, assim, a autonomia do direito e a identidade do Estado Democráticos de Direito.