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6211303 Rous 3 ; Bak Olavo A. L. Pires ¢ Albuquerque fincas Exetare RESISTENCIAS PASSIVAS. MECANISMOS ARTICULADOS |CAMOS # HASTES GUIADAS: JENERGIA e TRABALHO : REGULAGEM OAS MAQUINAS j 28 Edigéo. ™) | FUMARC/UCMG BELO HORIZONTE 1981 bata_Oip_4dy 86 ™ 94 999 /5 Re. logiaz Capa. Tustragto: Walter Lara FICHA CATALOGRAFICA (Preparads pels Biblioteca Central da Universidade ‘Catéliea de Minas Gerais) Albuquerque, Olavo.A. L. Pires ¢ Dinimica das méquinas. 2. od. Belo Horizonte, FUMARC/UCNG, 1981, 5396p, jlust, Inclui bibliograti, J Resisténcias passivas, 2.Mecenismos articulados. 3.Camos © Hestes guiadas. 4.Energia ¢ trabalho, S.Regulagem das miquinas. 1. Titulo, a 28.8.03 Copyright ~ 1981 ~ Olavo A. L, Pires ¢ Albuquerque Para pedidos, use o Codigo 808/002 ‘ ‘Prefacio da 12 Edigfo Dindmica das Méquinas nfo 6 epenas mais um fivro que aparece. Sue pus blicagSo se justfiea porque vem preencher um vazio na Sree de mecénica técnica, abordando temas bisicos para o future desonvolvimento das Cadsiras ligades @ Floméntos e Projeto de Méquinss, com vistas 2 andlise dos mecanismos como siste mas nos seus aspectos cineméticos ¢ dindmicos. Este enfoque torna operscional oF principios epreendides no Mectaica Geral para sua aplicagio em termes alobals no Comportamento efetivo na mdquina, como conjuntos de mecanismes intrligsdos. E de se ressaltar que a seqincia dos assuntos e 0 método expotitive apre sentado pelo autor, so 0 produto testado de sua efetiva aplicarSo durante alguns ‘anos em sala de aula pia os alunos de Engenharia Mecinico, © que vemaumentar 2 confiebitidade da obra como livro texto para 0s cursos da érea. A teoris, sequida de ‘exemplos euidadosamiente escothides, permitem 2 aplicago em sola d+ aula do stud dirigido, para grupos de alunos que icfo trabalhar os problemase pequencs projetos elaborados pelo professor, com base no texto, € do justiga, nesta oportunidade, testemunharmos a grande div da dos cur- 08 de Engenharia Mecinica em Minas ao Prof. Olavo Pires e Albuquerque, desde a sua implantacto, seja pela inestimével contribui¢do didética © administrative que eu quando esteve & testa de virias Unidades de Ensino nas Universidadst Federal ¢ Catélica, sea pela publicagio de obras especializadas de grande alcance para o setor, todas pormeadas de alta dose de'pion Julgamos, assim, estar 0 presente livro em condig&es de ating nio s6 oF alunos, mes também os mestres ¢ 0s profissionais que labutam na espetilidade, of gusit pessam 2 ter a sua disposicgo um livro texto em Portuguls, eleborado por ‘autor nacional de reconhecida competéncia, iris. Horoldo Vinasee Brit, ExDiretor do Instituto Polibeico &2 Universidae Coden de ines Gerais | ¢ E ¥ PREFACIO 2? digg ‘No obra ~~ DINAMICA DAS WAGUINAS ~ o sutor apresenta, corr muita Dropriedade e em seqiéncie precisa o clara, elomentes biscos de engenharia, fun. Gementais na formarSo do engenheiro mecinico, Pela profundidade e riqueva de cxompios Priticos opresentadas, eétendeze a sua aplicagdo, tanto 20 projetsta mecinico, quanto 20 protessor da érea, como obra de consulta. Felo contetdo, que traduz a grande competéneia do autor e sua large expe: riincie no mapstrio, tratase de um lira ténico que atonde distemente dee pling MECANICA APLICADA, do curciculo mtn Cinica, como livro texto, bem como outias disci Projotos de Méquinas, & de jstigatestemunhar, aaui, a grande comtibuigdo prestada peta Prof, Clevo Ay L. Pies © Albuquerque a0 ensno de engenharla em Minss Gerais querna formacio de mosses cursos de engenaria, quer na prepara de novos proferseees Ge Elementos& Projetos de Méquina, quer n publics de vis olvas expr zadas. A FUMARC ~ Fundocio Marina Resende Costa sentese honrado, por ter Sido escolhida, pulo Autor, pra publicar @ 28 edigGo de obva de ta! envergadura, Geno do Et esitito de colaborar tombtin, aus de seu trabalho editrial com © desenvolvimento e aprimorementa do ensino ministrado em nossa eiotay, Edmar Mendes Silva Seofesin Tatar do Deportenents de Engenharia Mecénito da’ Universes Catia de atin Gerais, ‘Superiatendente da FUMARE. Apresentagio 0 Presents tratatho teque 0 orientagSe que dovamos 0 nosso cursonas Ex. <0} ce Engenharia dos Universidadss Federal Caroies ee Minas Gerais, Aereditamos na necstcide de um estudo do gue ‘aqui se aborda antes dy 2% alunos serem iniciados no estudo eo Cimensionamenio dos elementos ccnstitu. tivos ds méquinas. Pre et8 obra posts sort ni vida pric, eterminacios assuntos fo- ‘2m desenvolvides ¢ incluidos dados téenicos, Seniiese que 0 letor este tamitiarzedo eom a Dinimica, 13250 pete quat ‘iio vemos a intenedo de fo, pena6 de sua aplica rest Sstudo We maneica completa e gera, nas No eapituto 1 21Fit0 500 © seu aspecto nocivo e dri 5 80 esto do pivotamento, dos freios » das ombreagens de SHesiene' 99 ramen 0 rises dos bras Hlontiee © capitulo it wate dos mecanismos aticuledos;inicia-se com a determina #0 dos cantros instantineos de rotagse, ‘eguindo #2 05 processos nara a determina, fe es velocidades © acloracdes dos vere elementos, Estude-se com mats sro. lund 0 stoma “host, bela © monivate" te Comum nas miquines, fazendo-se ‘uma anilise das forgas atvantes, “0Mm0 205 nrocessosaréicas para eterminacdo ds ert do canta, © eapitula V ¢ iniciodo cain uma pequing focordapio sobre energy o trasa: rath. 8 sOlUpGo de poblemas atavis de mage emo mre sara nese exninaiones ou retuzider © gence a energia em ain mecanis. mo, Salientando o equacio yural das maguinas, © estuclo do medida do trabatho en a Hsicos, que pernitem ums compreensSo tact 498 métodos empregado: Ie matics: um detenvolvimerta maior, cons apresentocio de aps SemPloxos, de um modo gere bem deserves em manueis dos febricantes, nfo pare. © capitulo Vt 6 destinado 20 estudo da ‘egulagem de méquinas. SE estedy GB 06 volontes.e os reguladores exntiteges, oc Drimeiros cor maior cesenvoly ane a etude mois protund dos reguladores envolvende tods a reyulagern dp fine méguina 6 asunto ample ¢ complexe, arecendo-nos fora da tinalidade do “1 139 lie Sumério Capftulo 1 INTRODUGAO ..... ++ CGaneraidaes. Forgas motor, resents epost, Tipot de resistancias passivas. Forga de atrto, Leis do atrito 2 seco. Coeficiente de etrito cinético e de atrito estético, Cone de atrito. Exemplo. Movimento rigido. Movimento de trenslagdo. Movimento de rotacio. Movimento rototranstatério e mov mento helicoidal, Movimento goral. Movimento relatvo. No- vimanto plana. Movimento esférico. Composiglo e decompo- siglo de movimentos. Centro instantineo de rotegdo, Base de rolamento e rolante. Condi¢io para que dols corpos se man- tenham em contato num instante dado. Forca e bixério de inéccia, Lei da inércia, Quantidade de movimento, Teorema a variagio da quantidade de movimento. Exemplo. Energia Cinética. Teorema do variagdo da energie cinética. Exemalo. Contre de masse ou de gravidade. Campo contervet ve. Tra- ‘batho, Poténcia. Enerale Cinética Capitulo 2 RESISTENCIAS PASSIVAS. .....+- Fesuitadosexperimentas sche 0 arto e 0 detest. Equil- brio no plano inctinado. Movimento aseendente no plano in- linado, Parafuto de rosca quadrada, Parafusos de rosca tra: jozoical o trionguler. Atrito entre éorda e tambor fio, Exem- plo, Resisténcia a0 pivotamento. Poténcia absorvida 2elo ate to. Frvios. Embreagens de fricgdo. Resisténcis a0 rolamento, ‘Rigidaz dos Srgos flextvels. Exemplos e Problemas. Capttulo 3. MECANISMOS ARTICULADOS . . .. - Consideragdes gas. Centos exes instantdneos de rotacdo ‘ou de votocidade ula. Movimento de rotagSo. Quidrilétero articulodo. Manivels,biale« haste guiada. Mianivela ¢ haste de corrodiga.:Belancim, biolae haste, Manivela,belancin, biele © haste, Andlise das forga, Problemas. Capitulo 4 CAMOS..... fe Generalities” Nomenclatra. Tragado géfco Wo perfil do camo. Angulo de pressdo. Ralo de curvatura mfninra, Exem- plo, Drslocamento, velocidada, aceleraglo e aceleragto segun* da. Equililxio dindmieo da haste. Excotha do movimento da ete, Considerapes gerais para ‘0 projeta da mecanismo. Exerefcios e Problemas. ee 1 4 ny f E ne 37 Le ie : 181 i a y 239 tt i £ fe ie i ENERGIA E TRABALHO NAS MAQUINAS ....... ‘Massa e momento de inércia equivelentes ou reduzidos. Ener- sia.em um mecanismo. Trabalho nas méquinas. Equagio geral das méouinas. Rendimento. Medide do trabatho, Freios dina: mométricas. Exercicios ¢ Problemas. Capitulo 6 | REGULAGEM DAS MAQUINAS ee 4 Genaralidades, Volontes, Reguladores, Exercicios ¢ Problems, BIBLIOGRAFIA . INDICE REMISSIVO 2m 333 301 392 CAPITULO t Introduco 4.1 ~ Gonoratidades Habitualmente, encontramos, em nossa vida profissional, os termos miégui- hha, motor @ inecanismo. Aceitamorlos, muites veves, sem ume compreenséo mais pprofunde de seus verdadeiros signficados: mas, 20 procurar defii-es, percebemos, a sutileza de tal parcelamento. Acreditamos-qua se possa definir “miquina como 0 conjunto de paces fixas fe mbveis {podendo incluir fluidos ou érgéos flexes) capaz ce wenstormar ou transmitir a dnecgia recebida (Poncelet). Com esta definiga0, € abrangide 0 que comumente se denomina méquina (um tear, pofexemplo}, motor {motor a explosio) ou mecanizmo (um par de encre- ragens). Dentro desse definigdo, reservaremos a designacio de méquinas operadoras para 35 que se destinam a produzir uma determinada opera¢io; asim, sfo méquinas operadoras of tornos, as fresas, as furadeiras, ate. bem como os teares, as despat- padeiras, 08 britadores, of quindastes e tantas outros, Os motores sdo as méquinas ‘que, recebendo energia de ume determinada espécio, a transformam em energia de ‘outra espécie, Exempliticende: of motores elétricos, que trensformam a energia clétrica em mecdinica; as turbinas hideSulicas, wransformadoras da eneccia hidrdulica ‘em mecinica; 0 gerador elétrico, ransformando a erergia mecéniia em el Observamos, ainds, que as méquinas poder ter umé constituigéo bastante simples, como também, caso mals comum, bastante complexe; quem observer ® Ldesmentagem de um motor 9 explosio, por exemplo, constatard » complexidade d= 109 constituigSo e a inumerdvel quantidade de pegas que, em sau conjunto, o const tuem? assim, pare © estudo de uma miquina, hi necessidade de sua decomposigio virtual em uma série de partes deriominadss mnecanismos. 30, © conjunto de pecas méveis ¢ fixes (podendo incluir 3), figedas de tal mencira que 20 movimento de uma das petes corescandem movimentos bem determinados das outros, © esiudo global de uma méquine 56 ¢ possivel para um nimero muito limi- ‘ado delss, torcando-se necessirio consideréla subdividide, virwalmente, em mecar slemos, Cujos estudis nes permitirdo aprender o seu funcionamento global. esta subdvsio virtual, nfo se poder desprozar as ages dos 6rgf08isolados sobre 96 cert onde! 8 atuantes sobre ele, as quais so tracluzem por vetores for: ees" momentos; estas agdes so exteriores (diretamente atuantes ou 4 distancia: eletreasitiess, graviticasete.}, de contoto (ou reagSes de coniato) e de inércia. ramse a6 Wis tlscas ay or 3easo & "d98; essim, co suporse isolado um dado meesnismo, devem ser edes todas as ac idade, airito, ete.) para 25 sero de granele utilidede: tert: “Para todo sistema isolado de seus comatos, hd equiltsrio, em entre 95 forexs aplicadss 20 sistema @ as de inéreia aplicadas 28 elementos de materia”. 'tico ou da quantidade de movimento: “A deriveds de quentidade to de um sistema & igual é soma dat forcas exteriores atuantes”, ‘eorema € vilido para as prajegdes segundo um sixo Ae sua equacio se aay fenergias cindticas: “A wariago de enercia cinética ce um sistema é trabathor das forgas exteriores » inceriores atuantes no mesmo ot ae (1.2) e passiva ‘olor virwalmenie um moranismo, verse que algumas forgas favor fec2m. 0 mor'mento (oedes motoras}, enquante outtas opSemse a0 movimento es}. As forgas cujas ages sio motoras, denominamse forgas motoras, erquanto Ss cutras, farcosrosistamtes, ‘auire se desting » produsir um dateeminado trabalho, vencento, sapinaly ee ® precezinéo um deslocamento, Assim, 2 ‘pre ura resistencia, 2 ‘ Cutras forzas atuam sempre opondo-se ao movimento, sendo, geralmente, 0 seu efelto prejudicial e serZo denominadas forgas'passivas(atrto, rigidez dos cabos, cte.). Devido ao intereste de sallentar a forga Gti e produzir ou e vencer, suptemse 2s foreas resistentes divididas em forcas dteise forcas passives, 1.3 ~ Tipos de resisténcias passivas Considere-se urna esfera apoiada ‘em A sobre um plano horizontal e sujeita 2 apd do torras extoriores. No caso mals geral, esta ago so reduziré 9 urna forca K © 8 um binério de momento #f, atuantes fem A, votores de diregdes bern determina- das. Por sua vez, 08 vetores Ke Ni podem ser substitufdos. pelas suas componentes rnormais © tangenciais a0 plano (fig. 1.1) (1.3) (1.4) ‘Sob a aco da componente W, a esfeta € comprimida contra o plano que reage com uima forga igual e contréria, impedindo 9 penetrarSo do corpo no plano: 2 resisténcia 4 penetragio. Como resultado desta a¢d0 mitua, os dois corpos ## deformam elasticamente, trangformando o contato punctual em sunerfical. Sob a°agdo da forca F, a esfora dove sofrar uma traelagSo sobre o plane, 0 que, dopendenda do médulo de F, pode no acontecer; he, entio, devide & a50 do contato, 0 aparecimento de uma reagio igual e contrdria a F, cuja agéo é 2 de uma resistinia: a resistdncia 20 escorregarnente. Sob a aro do bindrio Nip, © corpo deve sofrer uma rotaedo em torno do Suporte do vetor, 0 que sinda pode no acontecar, fungdo do médulo do bindrio: surge, ento, devid & ago Jo contato, um outro binério de sentido eontréio: 2 resistencia 20 pivotainent Sob a ago do bindrio Hi, corpo deve rolar sobre o plano, em torno do suporte do bindrio, o que pode nifo acontecer, dependendo do médulo de Mj, sinda aqul surge um bint resstente, devo 8 agdo de contato:aresstcia a0 rolamen- to. Estas resistincias so grupadas sob a designardo de wesistdncias do contato; aldm delas, outras existe. A estera encntra-se envolvida por um fluide que ofere- ce uma certa resisténcia a0 seu destocamento, a resisténcia do mela. Certos érgfos de méquinas sofrem defofmacdes durante © funcionamento, deformagSes que 3 Healaeiibids. 33 fesisiunclas 35 GBOrMacoes OY rigidez, ¢ 0 caso das Cor ‘las, cobes © cortentes, 20 s0 eacolarem sobre as polias, roldsnas ¢ rodss dentadas, Fingimente, dovemse mencionar os chaquss ¢ as vibragdes que, provocande dofor- maces, sio fontes de pordts de energia, Aigumes vezes, no estuda de uma miquina, certas resisténcias serdo despre: 22das, pelo seu equeno efeito, Resumindo, a res {A ponstracio r ( | decontato fe e#eoranimento ; ) “20 protamsnto i | 0 oiamento i RESISTENCIAS =" do meio ’ ‘older de del chonues vibragdos 14 ~ Forga de atrito Eniende-se por escorfegamento a seco aquele em ue nfo existe qualquer elemento entre 0% corpos em movimento rélativo. C. de peso P, apoinde cicetainunte sobre um plano, horizentai e sujeito a uma force horizental F, que se supe te méxivlo varidvel & vontade fig: 1.2}. olando-e © corpo do plano, devese substituir este pelas resisténcias 8 pe- netracdo Me 20 escorsaqamento F, Considere-se sim coro Para 0 equilibrio do corpo C, tom-sa: Exn0) Fa-¥ Fe-N v : i ©: a Fig. 1.2 | jambem crescera SUPONCO-Se a Torca F crescente gracauvamente, a Torca ‘na mesma proporeo, até atingir um valor limite T, fuapZo dos materials em conta- to, do acabamento superficial e da press#0 normal atuante e elémn do qual no mais ‘rescerd; a este méximo é dado © name de forga de atrto, ‘Assim, para corpos om contato a soco e podendo escorregar, haverd equill- brio enquanto Fs-F, <-7 as) 1.5 — Leis do atrito a seco As primeiras experiéncies sobre 0 atrito a seco 80 atiibuldes @ Amontons, admitindo ole que “a force de aicito T ndo muda com o vator de medida de supee- ficie de contato, mas é fungio da forca Ni de compressdo des corpos”. Em 1872, Coulomb, trabalhando com um plano inelinsdo, retomou esses experiéncias e con- lulu que 1) “Para cada par de corpos dados, 0 médulo da forea de auto & proporcional a0 médulo da forga normal N que comprime os cofpas.”” T=PN (1.6) 2) A forga de atsito 6 indopendonte da medida da érea ve contato. 3) Ela é indopendente da velocidad de daslizamento, 4) A forga de atrito em movimento (cinético) 6 menor que a forga de atrito em repouso (esiético ou aderéncia). Nas experiéncias de Coulomb, porém, © pequeno nimero de ol dos tempos ¢ dos espagos percorridos tomaram os resultados pouco exatos. Morin, baseado em méiodat de medidas mais precisos, comprovos a verse: dade das observagdes dentro do campo de suas experiéneias: velocidades até 3,50 ins e pressbes de 0,6 2 3 kgfem?, ainda bastante modoradas. Ensaios posteriores viecam mostrar que @ forea de atcito, para pressbes ele vades, diminui com a velocidade; observouse, igualmente, que ela diminui com tempo de operaedo, scja pela modificagdo no estado das superficies atrtantes, ss polos particulas soltas, proveniantes do dosgaste, produtoras de um efeito lubri conte, [Nos timites das pressées e volocidades comuns das méquinas, onde as pres- 60s ¢ velocidades nfo sf0 muito elevacas, pade-se considerar 3 forca de atrito como invarigvel com a velocidad. 6 — Costieicnia de atrito tino ¢ de atrito ostético A primsira lat de Coulomb, bola férmule (1.6), permite-nos excre- as) 4, adimensional, é denominado coeficiente de atrito, Nos 's de opera das miquinas, 0 sau valor serd constante para cada par "9 do grav de aczbamento das carps; geralmante, 25 dda sua o-dony de grandoza, 1a lei d2 Coulom’ diz que hé ume ditecenea na cesisténcie oferectda movimento ¢ em repouso; existem, on nite come cot into de atrita cn ie {muitas vezes, apenas coefic 131 2, no segundo, covticiance de atrito astiticn ou de aderincia, oa um corpo € Mh 1.3} em eantato direto com ym plang hori wtecidade vnitorme o sujsito a uma.fores K; como a velo- ise 95 forcas atuantes estardo em equilforio, ‘0 corso de seu suport, subsituindovo pela ages do conderem 3 conclus3o de aue as résultantes Ke Ry sf iguaise ecetamos epoita, : Se 246 Inpsio de Ry com, normal 20 plano, ca f z tar 7) Nee i key ee 0 a IIs St tors i ante fo penstraciio. Ao Sngulo v6 dado o nome | Lip dnpula de a:rito cindtico ou apenas dn- : ula de ateito, Supondose 0 corpo imével, com (© movimento prestes ase iniciar, choga-se ida 4 mogny tSrmiule (1.7), pordm ref Se1ca de attita estiticn Ty: sendo fy 0 6 [ avapro 1.1” ESTIMATIVA DOS VALORES DOS COEFICIENTES DE ATRITO aternindacontato | GonsideragdoeSuplemontares | Coticennes_Se_ etre Cinttico | Erica "Age com Ago ‘Seco = 0,149 ee Ne ‘Arruelas eo fixagbo = | 0208 Albesto ‘seco oz I Borracho Seco 059 Bronze Seco 0152 = ” coure Conia nova ~ | osa0s * Caer Correia usoda 028) " Ferralominade | Seco = o194 2" Fanrofundige | Seco 0z00 | = * Trtke (Aro ce rods ~ bem seco - 025 “8 ‘aro 80 rods — mothos = 020 Telhe ‘rade rodas = tng Gmido, ‘hues mide - 239 Algodio com Mossis, ‘seco > 020 ‘abesto com Ago ~ = 027 Mota Seco = joasaos Borracha cam Ago Seca = 050) = Astato ‘Seco com preumstico = |osso7s % psfatio Mathado com preurstica =, Jo2seaso ™ Concrete | Concretorugoto e seco ‘com pasumitico -. | oaex0 * concreta | Canerete eamueme seco ‘com prevnitica - 0.70 * Feo fundido Seco ey 00 Macadame | Sem cobertura de 96 e see0 com " ‘preumtico eI 080 * Madsire Mothada com pneumstico = 020 Bronze com Ago ‘Seco oas2 |= aronze Seco 0.189 - ” Fewa laeninado Seco 7 fundtdo Seco i Corda de Cénhomo com: Roldane de 259) - a oldane do madeira = i ‘Medeia poids = = Nsdeira rugosa & = a ‘couroeoim Ago Corrcindependa tensio rmpouso | = «| 02806 Keo Correia yada = 023 ™ Parvo tuneide | Corrlacapende tensia repouso | | 09296 Favre funcido | Comets engorcurada (nova) = O45 Ferro tuncido | Corio usods = oa Ferro tunido } Mothado 0221 = © Ferro tundido | Seco oz | = © Ferro tundido | Embveagens = |o20a030 et Grid - 038) Mou Seco = ons, Ferodo com Metals Seco ose06 | = Continua ? | ft quapro 1.1 cooticiente de atritaestético ESTIMATIVA DOS VALORES DOS COEFICIENTES DE ATRITO : 7 Gontinvacdo\, Speier. (1.8) oa = Coctcintes de ark 7 7 Meternisge comaio | jcertisintes_de_ awe} A torga Ty sendo maior que , resuta: 1 i Erica oy | fominséo com co Sexo -— | 0104 wry grenae | Seco oisr | = x Feo eee eee : Teminedo | Seco oso | ose Ou sefa, 0 cosficiente de atito estético @ o Sngulo de atrito esttico s80 * Bato i * cnalores que oF sous correspondents cindticos. twrtieo | Seco 7 : : an * Use Seco oF aes 7 Alguns valores oviencadores dos coeticientes de atte @ de aderéncia, recor ‘Ares do odes ~ Seco = | ‘eas Ihidos de véris autores, esto tabelados no quadro 1.1. ‘Avorde reder — 8000 =] ape Arche sod = Motnoco =| 08 f ‘ 17 = Conede atrto frdtocom aco | Seco | a : Se a forga K sofre ume rotaeio em torne de normal 20 plano, 2 fores Ry * Gronre Beco 7 : também fico dotada do metmo movimento e ambas deserevem cones ce revolugz0 ” Se a cujo semi-ingulo do vérvie 6 0 Sngulo de atrto, razdo pela quel sfo denorninados Erctrease 0209020 cones de atrito. v Confserpinde temdorenouin | = ‘| aas08 Corre ove = | Meas Qualquor forea interior a este co 1 Conreis uss = | 028 re roduzit 0 movimento do 1 * Enanto Seco ors | “2 Se ee * Fen | : i corpo C ou setleréo. Supondosse que @ tominaéo | Seon Cr rasultante do sistema das Forgas atwantes TNA Seco ore | - 1 corpo 6 ums fores K, fezendo um én: ! ° . - gulo &, menor que @ tts. 1.4), a fore FE | emoreopnt - a Fi Ere ae mmotora fread eit resulta: Seco | osanzs : FL = Ne tenga Eareogens cio 6.28 Litto com Fore tunawo | Sao jews i T = Newegg Fevsiaminate | Seo ois : . : Uso Seco * fy

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