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156 I SERIE — NOMERO 27 tas condigaes, tem diveito ao uso de bandeira ¢ fmula © gora das imunidades inerentes ao navios piblicos. Ministéeio da Marinha, 2 de Fevereiro de 1970. — © Ministro da Marinha, Manuel Pereira Crespo. woeoecescossesccoscoocoscosecscosscosooset MINISTERIO DO ULTRAMAR Direccdo-Geral de Justica ne 87/70 Pela Portoria n* 10698, de 6 de Julho de 1944, foi mandado splicar ao ultramar o Decreto-Lei n.° 81 464, de 12 de Agosto de 1941, que aprovou o Cédigo do Pri cess nos Tribunais do Trabalho, entdo em vigor na metrépole, Entretanto, o Decreto-Lei n.* 45 497, de 80 de De- zembro de 1963, aprovou para a metrépole um novo Cdigo de Processo do Trabalho, que se mostra mais ade- quad & efectivagio da justiga do trabalho. Sendo assim, o tendo ainda em atengio a conveniéncia de disciplinar uniformemente, em todo o teritério na- cional, 0 direito processual do trabalho, toma-se neces: sério aplicar ao ultramar o Cédigo de Processo do Tra- balho em vigor na metrépole. ‘Ha apenas que introduzir no seu texto as alteragdes exigidas pelas condigbes particulares © pela orginiea judi- cidrin das provincias ultramarinas Portai Nostes termos: Ouvido 0 Conselho Ultramarino; Usando da faculdade conferida pelo n.* an da base ixxxm da Lei Orginica do Ultramar Portugués: ‘Manda o Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Mi- nistro do Ultramar, © soguinte: 1.* B tornado extensivo ao ultramar, eom alteragdes, © Cdigo de Processo do Trabalho, aprovado pelo Decreto- Lei n.* 45 497, de 80 de Dezembro de 1963, para entrar em vigor no dia 1 de Setembro de 1970. 2." As suas referéncias ao Cédigo de Processo Civil reportam-se ao texto vigente nq ultramar, 8." Nio teré aplicagio aos processos pendentes, quando essa aplicaggo imponba profundas alteragies de estrutura, afecte gravemente a tramitagio ou prejudique a economin processual, © a sua redacgiio, com as alteragies integradas no proprio texto, 6 a seguinte: CoDIGO DE PROCESSO DO TRABALHO Legislagao aplicével Artigo 1° —1, © processo do trabalho serd regulado pelo presente Cédigo. 2. No Conselho Uliramarino, nos tribunais administra. ros das provincias de governo-geral ¢ nos tribunais muni ipais do teabslho, 0 processo seguir os termos previstos na respectiva legislagio em tudo quanto nio estiver espe cialmente disposto neste diploma, 8. Nos casos omissos recorrer-se-4, sucessivamente: 4) A legislagdo processual comum, civil ou penal, que, directamente os previna; b) A regulamentagio dos casos andlogos.previstos neste Cédigo; ¢) A regulamentagto dos casos anélogos previstos nna legislagio processual comum, civil ou penal; 4) Aos principios germis do direito processual do tra- ¢) Aos prineipios gerais de direito processual comum. As normas subsididrias nfo se aplicaro quando forem incompativeis com a indole do. processo regulado neste Codigo. LIVRO I Do processo civil ‘TITULO 1 Da acyéo CAPITULO I Capacidade judietirta Art, 2°—1, Os maiores de 14 anos podem estar por si em juizo como. autores. 2. Os menores do 14 anos serio representados pelo agente do Ministério Publico, quando este verificar que o representante legal do menor nfo acautela judicialmente 02 sous interesses, 3, So 0 menor perfizer o¢ 14 anos na pendéncia da causa © Tequerer para Passar a intervie directamente na acqio, cessa a representagio que vinha sendo exercida, Art, 3° A mulher easade pode estar por si em julzo como autora, independentemente de autorizagio marital. Art. 4.° Quando se pretenda obter sentenga suscept{vel de ser executnda sobre bens comuns ou sobre bens pré- prios do edu juge que nao interveio no contrato de trabalho, deve a acciio ser proposta contra ambos os ebnjuges. CAPITULO IL Legltimidade das partes Art, 5.°—1. So o trabalho for prestado por um grupo de pessoas, pode qualquer delas fazer valer a sua quota- parte do interesse, embora este tenha sido colectivamente fixado, 2. Sendo a acgio intentada por um ou alguns dos tra- balhadores e tendo o interesse sido colectivamente fixado, ceaberé ao substituto legal do agente do Ministério Publico 1a defesa dos interesses dos outros trabalhadores compo- nentes do grupo. 3. Para assegurar a legitimidade dos autores, estes iden- tificarde os outros interessados, e, antes de ordenada a cita- gio do réu, serao notificados, por carta registada com eviso de recepeto, aqueles cujo patadeiro seja conheeido ¢, por edital, com dispensa de publicagio de antincios, os’ res: tantes, para, no prazo de dez dias, intervirem na acgio. Art. 6°—1. Um organismo cotporativo & parte legt tima como autor: @) Quando tenham sido exercidas, por uma entidade patronal, represélias contra um trabalhador por actos Praticados no exercicio de cargo corporativo nesse orgs: nismo; 5) Quando, por virbude da publicagio de convengio colectiva de trabalho, uma entidade paironal tenha dimi: nuuldo os direitos dos trabalhadores pelo mesmo organismo representados, 2. O exercicio do direito de acgio pelo organismo, om substituigtio de um trabalhador determinado, 6 condicio- nado por uma declaragio escrita deste de que iio pretende accionar pessoalmente. Nesto caso o trabalhador nfo po- deri intervir no processo, 2 DE FEVEREIRO DE 1970 CAPITULO TIT ‘Representacio e patrocinio judiclério Art. 7 Sto representados pelo Ministério Piblico: 4) 0 Estado, o8 organismos corporativos, as autarquias locais, as instituigées de previdéncia e de abono de familia, ineluindo as suas federagies e os seus fundos, bem como 0 fundo de acgao social no trabalho, em todos 08 processos em que sejam partes; b) Os hospitais © as instituig6es de assisténcia, nas acgies Teferidas na alinea c) do artigo 14.° © correspon- dentes exeougies, desde que umas e outras so ditijam contra entidades patronais ou seguradoras, Art, 8. Os agentes do Ministério Puiblico exercem 0 Patrocinio oficial, quando a lei o determine ou as partes © solicitem: 4) Dos trabalhadores ¢ seus familiares; b) Das pessoas que, por determinagio do tribunal, houverem presiado os seevigos ou ofectuado os forne mentos a que se refere a alinea ) do artigo 14.° Art. 9.°—1. O agente| do Ministério Piblico deve re- usar o seu patrocinio a pretenstes que repute infundadas ou manifestamente injustas e pode recusé-lo quando veri- fique a possibilidade de o autor recorrer aos servigos do contencioss do orgenismo corporativo que o representa, 2. Quando o agente do Ministério Piblico junto do tri- bunal do trabalho recuse 0 seu petroeinio, nos termos do mimeto anterior, notificaré a recuss ao interessado, que pode teclamar, dentro de vinte diss, para o procurador da Reptblica, ‘que, ouvido o seu delegado, decidird. 8. Quando 0 agente do Ministério Piiblico junto do tribunal municipal do. trabalho recuse © seu. patrocin’ nos termos do n.* 1 deste artigo, faré constar @ recuse de despacho fundamentado, lavrado no expediente res- pectivo, que remeteré, no prazo de trés diss, so agente do Ministério Publico junto do tribunal do trabalho, pars confirmagio. 4. Nio corrard 0 prazo da propositura da seg, nem © da prescrigdo, desde a notificagdo da recusa do Ministério Pablico até & notificagdo ao interessado de decisio profe- rida pelo respoctivo superior hierdrquico. ‘Art. 10.? Se houver conflito de interesses entre pessoas ou entidades que devam ser patrocinadas pelo Ministérfo Pblico, 6 seu agente em exereicio junto do tribunal res- pectivo defenders os trabalhadores ou suas familias pe- ante o Estado ou outras entidades; o Wstado, perante as ‘outras entidades; os organismos corporativos, instituigdes de previdéncia e de abono de familia, peranto as autarquias loess, ‘Art, 11.° Constituido mandatério judicial, cessa o dever deo agente do Ministério Publico assumir o patrocinio judiciério ou termine o patrocinio que estiver @ ser exer- ido, sem prejuizo da sua intervengio como parte aces- séria, TITULO Da competéncia ¢ das garantias da imparcialidade CAPITULO 1 Da compoténcla internacional Art. 12° Na competéncia internacional dos tribunsis do trabalho partugueses esto incluidos os casos em que ‘8 acgdo pode ser proposta em Portugal, segundo as regras de compoténcin territorial estabelecidas neste Cédigo, ou de sor portugués o trabalhador, se 0 contrato tiver sido celebrado em territéria nacional. 167 Art, 18.°—1, Nio podem ser invocados perante tribu- nais portugueses os pacios ou cldusulas que Ihes retirem competéne:s intemscional atribufda ou conhecida pela lei portugues 2. Para a revisio © confirmagto em Portugal de senten- gas de tribunais estrangoiros sobre matérin abrangida por ste Cétigo sto competentes os Tribunais Administrativos de Angola © de Mogambique ou a 1.* subsecgto da secqio, do contencioso do, Conselho Ultramarine, consoante a exe- cugtio deva ter lugar em qualquer daquelas duas provineias ultramarinas ou em provincias de govemo simples. caPrrULo It a competénela Interna seogio 1 Competénota em ranfo da matla Art, 14° Sio da competéncia dos tribunais do tra: ballo: 2) As questies emergentes de relagses de trabalho subordinado, e bem assim das relagdes ‘gua tenham side estabelecidas com vista & celebragio de contratos de tra- balho, sem prejuizo de compoténcia das autoridades ma- ritimas; b) As questoes emergentes de acidentes de trabalho 6 doengas profissionais; 1) As questes emergentes da prestagtio de servigos cliticos, de enfermagem ou hospitalares, de fornecimento de medicamentos, aparelios de pritese e de ortopedia ou de quaisquer outros servigos ou prestagies efsctuados: ‘ou pagas em beneficio do vitimas de acidentes de tra- batho ou doengas profissionsis; 4) As acgoes destinadas 9 anular os actos @ contratos celebrados por quaisquer entidades responséveis com o fim do so eximirem ao cumprimento de obrigagdes resultantes, da aplicagdo da legislagao corporativa, do trabalho ou da previdéncia; 2) As questées emergentes da prestagto de servigos, por téenicos ou mandatdrios judieiais, em processos da competéncin dos tribunais do trabalho; f) As questies emergentes de trabalho auténomo, quando este no seja prestado por empresirios ou pot Profissionais livres nessas qualidades; g) As questdes emergentes de contratos do aprendizagem, © de tirocinio; 1) As questdes entre trabalhadores ao servigo da mesma entidade a respoito de direitos © obrigagses: 12 Em quo os virios trabslhadores ‘participem nessa qualidade; 2° Que resultem de actos praticados em comum na execugdo das suas relagoes de trabalho; 8.° Que resultem de acto ilicito de um deles praticado na execugtio de servigo © por motivo deste, ressalvada, a competéncia dos tribunais criminais quanto A respon- sabilidade civil conexa com a criminal; i) As questies entre instituiges de previdéncia ou de sbono de familia e os seus beneficiérios ou contribuintes, quando respeitem a direitos, poderes ou obrigagies legais, regulmentares ou estatutdrios de umes ou outros; i) As questées entre organismos corporativos © 08 s6- ios ou pessoas representadas por eles ou afectadas por decisdes dos mesmos organismos, quando respeitem a direitos, poderes ou obrigagies legais, regulamentares ot, estatutérios, de uns ou outros, com ‘ressalva da compe- téncia das juntas disciplinares das corporagdes e dos con- selhos superiores diseiplinares das ordens; 158 I SERIE — NOMERO 27 1) Os processos destinados & convocagio das assembleias gerais ou drgtos equivalentes © & liguidagio © partitha dos bens de instituigdes de previdéncia ou de organismos corporativos, quando mio houver disposigio legal em con- trdrio; ‘m) As questdes entre instituigdes de previdéacia ou de ‘organismos corporativos # respeito da existéncin, extensto ou qualidade de poderes ou deveres Iegais, regulamentares ou estatutérios de um deles quo afectem o outro; n) As providéncias executives provistas no titulo v do livro 1 deste Cédigo; 0) As demais questdes que por lei especial Ihes sejann atribuidas. Art, 15.°— 1, Nas causas abrangidas pelas slineas a) © 9) do artigo antetior 36 880 vilidos o compromisso arbi- tral pelo qual se convencione que certo litigio soja decidido por uma comissfo corporativa & qual a lei atribui com- petdncia para intervir na respectiva eoneiliagto ¢ as cléw sulas compromissérias em que 0 mesmo se convencione quanto a generalidade dos litigios emergentes dos contratos individuals do trabslho em quo sejam incluidas, Nestes ‘casos a causa serd julgada nos termos de processo sumério, 2. Nas causas abrangidas pelas restantes alineas do artigo anterior & aplicdvel o artigo 1610.° do Cédigo de Processo Civil. 8. Valeré como compromisso arbitral a declaragio feite por ambas as partes perante a comisslo corporativa no sentido de que esta julgue o respective litigio. seogKo Competéncla em razto do xalor Arb, 16.° — 1. Os tribunais do trabalho so competentes, independentemente do valor da causa, quando no haj tribunais inferiores, © para conhecer das questies que exeedam 0 valor marcado como limite & compoténcia estes, quando os haje. 2. Os tribunais municipais do trabalho conhecem dus causas que a lei submete & sua jurisdigéo, até ao limite dlo valor exprossamente designado. snogio um Competéncla em razto da hlorarqula Arb, 17.9 Alm da sus competéncia como tribunais de 1. inatineia, os tribunais do trabalho eonhecem dos cursos ¢ das causas que por lei sejam da sua competéncia, ¢ nomeadamente: 4) Dos recursos interpostos dos tribunals munieipais do trabalho; b) Dos confiitos de competéncia entre tribunais muni. cipais do trabalho da dreads sua jurisdigio, ‘Art, 18.° Os tribunais adminisirativos nas provincias de governo-geral e 0 Conselho Ultramarino conhecem dos recursos ¢ das eausas que por lei sejam da sua competén. seegio 1 Compettnela territorial Art. 19.°—1, As acgtes devem sor propostas no ti- bunal do domioilio do réu, sem prejuizo do disposto nos ‘artigos seguintes. 2. As entidades patronais ou seguradoras, bem como as instituigdes de previdéncia ou de abono de familia, eonsi- deram-se também domiciliadas no Tugar onde tenham sucursal, agéncia, filial ou delegagao. 8. As entidades seguradoras reputam-se ainda domicilia- das nas localidades onde aja tribuais do trabslho. ‘Art. 20,°—1, As acgdes emergentes de conirato de trabalho intentadas pelo trabalhador contra a entidade patronal podem ser propostas no tribunal do lugar da pres- ‘ago do trabalho ou do domicilio do autor. 2, Sendo o trabalho prestado, com caricter normal, em mais de um lugar, podem as egies referidas no mimero anterior ser intentadas no tribunal de qualquer desses lu: gares. Art, 21.° — 1, As acgdes emergentes de acidente de tra balho ¢ doenga profissional devem ser propostas no tribu: nal do lugar onde 0 acidente ocorreu ou onde 0 doente trabalho pela tiltima vez em servigo susceptivel de origi nar @ doenga. 2, Seré também competente o tribunal do domicilio do sinistrado ou doente, se a participagio sf for apresentada ‘ou se ele o roquerer ‘até & fase contenciosa do processo. 3, As participagdes exigidas por lei devem ser dirigidns ‘0 tribunal do local onde o acidente ocorreu. 4. Se 0 sinistrado ou doente for inscrito maritimo ou tripulente de qualquer aeronave e o acidente ocorrer em viagem ou durante ela se verificar ® doenga, seré ainda competente o tribunal da mairicula ou da primeira locali dade em territério nacional # que chegar © barco ou sero- nave. Art, 92.° As acgies a que se referem as alfueas c), d) @) do artigo 14.° serio propostes no tribunal que for com- petente para a causa a que respeitem e correrdo por apenso ft0 process, se 0 houver. ‘Art. 28.°—1, Nos provessos de liquidagio © partilha dos bens de instituigdes de previdéncia ou orgenismos corporativos, ou noutros em que seja requerida uma des- sas instituigdes ou orgenismos, & competente o tribunal da respective sede. 2, Se 0 processo se destinar @ declarar um direito ou a efectivar uma obrigaglo da instituigdo ou orgenismo para ‘20m 0 beneficiério ou sécio, seri também competente o tribunal do domietlio do autor. ‘Art. 24.°— 1, A competéneia territorial dos tribunais do trabalho para as execugies determinar-se-4 pelo dis- posto nos artigos 90.° e seguintes do Cédigo de Proceso Civil, na parte aplicavel 2. Podem ser intentadas no julzo do domieflio do re querente as exeougées baseadas em titulo diverso de sen- tenga. ‘Art. 25.* Sto mulos os pactos ou cldusulas pelos quais se pretenda excluir a competéneia territorial atribulda pe: Jos artigos anteriores. CAPITULO TIT Da extensio da competéncla Art, 28. 0 disposto no artigo 97.° do Cédigo de Pro- cesso Civil 6 aplicdvel As questes de natureza civil, oo ‘mercial, criminal ou administrativa, exceptuadas as ques- ‘eg sobre 0 estado das pessons ¢m que a sentenga proferir soja constitutiva. ‘Art, 27.°— 1. Sto ainda da competéncia do tribunal do trabalho: 4) Ag questies entzo sujeitos de uma relagio juridien de ‘trabalho ou entre um desses sujeitos o terceiros, quando emergenies de relagdes conexas com a relagio de trabalho, por acessoriedade, por complementaridade ou por depen” aéncias ') As quesizes reconvencionais que com a acglo tenham as relagdes de conextio referidas mo mimero anterior, 2 DE FEVEREIRO DE 1970 salvo no caso de compensigio judicidria, em que é dis. penseda a conexio. 2. Nos casos previstos na alinea a) do mimero anterior 6 tribunal 66 tem competéneia quando o pedido se cumule com outro para 0 qual ele seja directamente competente. CAPITULO IV Das garantias da imparcialldade Arb, 28.° O pedido de esousa referido no artigo 126.° do Cédigo de Processo Civil serd decidido: 4) Do juiz mun'eipal do trabslho, pelo juiz do trabalho; b) Do juix do trabalho, pelo presidente do tribunal admi- nistrativo, nas provineias de governo-geral, ou pelo presi- dente da 1. subsecgio da seegto do contencioso do Con- selho Ultramarine, quanto sos das provineias de governo simples; ©) Dos julzes dos tribunsis administrativos, da. seegio do contencioso do Gonselho Ultramarino ¢ da sua 1.* sub: seagiio, pelos respectivos presidentes. ‘TITULO UI Do processo CAPITULO I Da distribuigao Art. 20.° Na distribuigdo haveré as seguintes espécies: L Acgées do process0 ordinério; 2.* Acgées de processo sumério; 3 Aogoes de processo sumarissimo; 4.8 Provessos emergentes de acidentes de trabalho; 5.* Provessos emergentes de doongas profissionais; 6. Processos especiais do contencioso das instituigdes ae_previdéncia; 7 Controvérsia de natureza corporativa sem eardeter pensil; 8. Requerimentos ou comunioagoes oficiais para inter- vengdo arbitral; 9.4 Execugdes ndo fundadas em sentenga; 10.* Cartas preatérias ou rogatérias para inquiriglo de testemunhes; 11* Outras cactas precatérias ou rogatérias que no se- jam para simples notifieagio ou citaqo; 12* Quaisquer outros papéis ow processos no classifi ceados. Art. 80.° As participagdes e demais papéis que se desti- nam a servir de base a processos das espécies 4° @ 5.* ‘serio epresentedos obrigatriamente so agente do Minis- tério Piblico de tumo, que, em caso de urgéncia, orde- nad, com precedéncia da distribuigio, as diligéncias con- venientes. CAPITULO It Das citagdes € notiticacies Arb, $1.°— 1. A citegio das pessoas colectivas poder fazer-se por meio de carta registada com aviso do recep- iio, que ters o valor da citagdo pessoal, eo houver distri- buigho domicilidria ne locelidade. 2) Quando a 76, pessoa colectiva, no conteste nem comparega em julzo, 0 juiz devard eortificar-se de que a ‘carta foi recebida na respective sede. B.A indieagio dolose de false. sede da pessoa colectiva sujeita 0 autor ds songdes previstas pars o litigante de mé fé 159 Art, 92.°— 1, Em processo pendente » notiflengio de parte mio revel serd feita ao respectivo mandatério, que ara esse efeito indicard um domicilio, ou a0 agente do istério Publico, quando exerga 0 patrocinio, ou & Parte, quando litigue por si 2. 'A notifleagio cord também feita & parte quando a lei o extja ou quando se destino a obter a sua comparéneia Pessoal em juizo. 8. As notificagies previstas neste artigo, assim oomo as notificagdes a terceiros, serio feitas, sempre que possivel, or carta registada com aviso de recepgio, aplicando-se 0 n.' 2 do artigo 257.* do Cédigo de Provesso Civil, a mio ser que Possam ser efectuadas no préprio tribunal. Art, 83.°—1, No caso de representagio ou patroeinio oficioso, a decisio final seré notificada ao representado ou atrocinado por earta registeda com aviso do recepgto, enderegada para o seu domieilio, se houver distribuigio domiciliéria na localidade. 2. Se nll houver distribuigo domiciliéria na localidade, a carta for devolvida ou o aviso de recep¢io mo vier assinado pelo proprio representado ou patrocinado, pro- ceder-se-4 A sua notifeagio pessoal. 8. Feita a notificagio nos termos dos mimeros antece- dentes, serd a decisio final notificada ao representante ou patrono oficioso, independentemente de despacho. 4. Os prazos ‘para apresentagio de quaisquer requeri- ‘mentos contam-se a partir da notificagio do representante ‘ou patrono. Art, B4.°— 1. As citagdes © notiffoagdes que no pos- sain ou no devam ser feitas por vie postal e quaisquer outras diligéncias, quando tenham de ser efectuadas em comarca diferente dequela em que o tribunal da cause tem a sua sede, serio solicitedas ao tribunal do trabalho uo tenha sede ness® comeres ou, nBo 0 havendo, ao res- peotivo tribunal de comarea ou julgedo munitipal, dentro da estera da sua competéncia, ot autoridade administra. tive ou polieial territorislmente competente. 2. Na falta de tribunal do trabalho com sede na co- maros, as citagies e notificagies seetio, em principio, re- quisitedas & sutoridade administrativa ou policial. CAPITULO IIT Da Instaneia Art, 85.°—1. A iniciativa e o impulso processusis in- umbem aos interessados ou a quem for permitido por este Cédigo. 2. As partes tém o dever de, conscientemente, no for- mular pedidos ilegais, nfo articular factos contrivios & verdade nem requerer diliginciss meramente dilatérias, sob pena de multe, sem prejuizo de outras sangées pre~ vistas na lei. 8. 0 juiz tom 0 poder e o dever de realizar ou ordenar oficiosamente as diligéncias que considere necessitins para © apuramento da verdade © para a reslizaglo da justica quanto sos factos de que Ihe é leito conhecer. Art, 86.* Os processes emergentes de acidentes de traba- Tho © doengas profissionais correm oficiosamente, salvas fs exeepgoes proseritas neste Cédigo. ‘Nas aogies desta natureza a instincia inicia-se com 0 reoebimento da participagio. Art, 87.°— 1. As partes @ 09 seus representantes sio obrigados @ comparecer ¢ a prestar esclarecimentos em qualquer altura do processo, sempre que a lei o datermine ou o juiz 0 considere necessério. 2. 0 depoimento de parte sé podo ser prestedo nos ter- mos do Cédigo de Processo Civil. 160 1 SERIE — NOMERO 27 Art, 88.° O juiz devo, até & audiéncia de discussiio ¢ julgamento: 4) Determinar que intervenham no provesso 08 repre- sentantes legais do autor ou réu, quando verificar alguran incapacidade, rlativamente a um ou a outro: ) Mandar intervie na acgio, nos termos dos artigos 351." © seguintes do Cédigo de Proceso Civil, qualquer pes- soa caja intervengio julgue necossdria para assegurar a legitimidade das partes; ¢) Convidar as partes a completar © a corrigie os arti- culados, quando no decurso. do processo reconhega que dei- xaram de ser articulados factos que podem interossar & decisio da causa e sem projuizo de tais factos ficarem sujeftos as regras gerais sobre contraditoriedade e prova, ‘Art, 89.°— 1. O autor deve cumular na petigfo inicial todos os pedidos que até & data da propositura da acgio possa deduzir contra o réu © para os quais o teibunel soja competente em razio da matéria, desde que Ihes corres- ponda a mesma espécie de processo. 2. 0 autor nia é obrigado a cumular os pedidos quando em relagio a um ou a alguns pretends epenas fazer valer uma quote-parte de um interesse colectivamente fixado, ralvo se em relugio a todos os pedidos os co-interessados forem os mesmos. Também nfo é obrigatéria @ eumulagtio quando em relagio a algum ou a alguns dos pedidos haje corréus, salvo se em todos os pedidos os co-réus forem os 8. Nio podem ser invoeados em juito direitos que nflo tenham sido deduzidos nos termos dos mtimeros anterio- res, salvo se a violagio desses direitos constituir delito definitivamente julgado, se cles resultarem de acidente de trabalho ou doenga profissionsl ou se 0 juiz considerar justificada @ sua nfo incluso na petigho inicial. Art, 40.° — 1. E permitido ao aulor aditar novos pedidos causes de pedir nos termos dos miimeros seguintes, 2. Se durante o provesso, até & oudiéncia de discussio julgamento, ccomerem fectos que permitam 90 autor deduzir contra o réu novos pedidos, pode ser aditada ppetigtio inieial, desde que todos os pedidos corresponda 8 mesma espécie de processo, nfio impedindo o adita- mento a diferenga que provier tmicamente da forma. 8. 0 outor pode ainda deduzir contra o réu novos pedi- dos, nos termos do niimero anterior, embora esses pedi- dos’ se reportem a factos oocerides antes da. propositura a acgio, desde que justifique a impossibilidade da sue inelustio na petigho inicial 4, Nas hipéteses previstas nos niimeros anteriores, seré © réu notificado para responder tanto A matéria do adita- ‘mento como d sua admissibilidade. Art. 41.°—1. A instineia no pode ser modificada. por sucessio entre vivos da parte trabalhadora. 2, $6 6 reconhecida no provesso, quanto & transmisséo entre vivos do direito litigioso contra o trabalhador, a substituigio resultante de transmissio global do estabe- Jecimento. Esta substituigio nto necessita de seorlo da parte contrévin Art, 42.°—1. A reconvengio ¢ admissivel quando Pedido do r6u emerge do facto juridico que seeve de fun- damento & aegio © no caso referido na alinea a) do n.° 1 do artigo 27.° 2, Nio 6 admissfvel n reconvengio quando a0 pedido do réu corresponda uma espécio do provesso diferente da que corresponde ao” pedido do sutor; quando a diferenga for lunieamente de forma, 6 admissivel a reconvengio. 8. A reconvengio deve ser deduzida na contestagio, tas pode sé-lo posteriormente nas cireunstineias 6 termos don. 2 do artigo 40.° Art, 48." A desisténcia © w transtogio 96 podem reali- zarse em audiéneia de eonciliagto. ‘Art. 44.° Cumulando-se podidos nos termos do ar ‘igo 99.°, podem as partes desistir ou transigir apenas quanto « algum ow alguns deles. Art. 45.°—1. A apensagio de ogdes nos termos do artigo 275.° do Cédigo de Brocesso Civil poderé também ser onlenada oficiosamente ou roquerida polo agente do Ministério Piblico, ainda que este nio represente, patro- cine ou assista, qualquer das pertes. 2. Para os efeitos do miimero anterior, o cartério infor- mari os magisteados das acgies que so encontrem ei condigdes de poderem ser spensadas. ‘Art. 46.° A falta do exibigiio de documento comprova- tivo do compromisso das leis fiscais, por parte do autor, sé determina ® suspensio da instineia findos os arti- eulados. CAPITULO IV Das espécies e formas de proceso. Art, 47.* Quanto & espécie, o processo 6 declarativo ou exeeulivo, O provesso deelurativo pode ser comum ou espe: cial. ‘Art, 48.°—1. Quanto forma, o provesso comum é ordindeio, sumério ou sumarissimo, 2. Seo valor da causa excodar a algada dos tribunais do trabalho, empregar-s6-6 © processo crdinério; 6e 8 no exoedar, empregar-se-é o processo sumério, excepto se © valor nfo exceder 10 0008, easy em que o processo adequado é o sumarlssimo, Art, 49.° O processo exceutivo tem formas diferentes, conforme se bascie em sentenga de condenacio em quan: tia certa ou noutzo titulo. ‘TITULO IV Do proceso de declaragio CAPTULO 1 Do processo ordinirio sogio 1 Da tentatiza do concilingdo Art, 50.°—1. Nenhums aego respeitante a questdes previstes nas aliness a), ¢), f). g) 4h) do artigo 14. teed soguimento sem que o autor prove que se realizow tentativa prévia de coneiliagto. 2, A tentative de concilingio serd reslizada perante 9 reapectiva comisstio corporativa ou, easo de esta nio existir, perante o agente do Ministério Piblico junto do ‘eibunal competente para a acco. 8. 0 pedido de intervengio da camissio corporativa ou do agente do Ministério Puiblico interromperd 9 prazo de eadueidade ou da presericfo, mas, no havendo acordo, aquele voltaré a correr trinta dias depois da date em que @ diligéneia tiver lugar ou daquele em que 0 autor ce notificado da impossibilidade de reslizacio da tenta- tive de conciliagio. 4. A tentativa de coneiliagso realizada perunte 0 agente do Ministério Piiblico constard de um auto © terh os mesmos efeitos que « realizada perante as comissbes corporativas. ‘Art, 51.°—1. A tentativa de concilisgio feita em juizo realiza-se obrigatdviamente quando preserita neste Cédigo © facultativamente em qualquer outzo estado do procosso, desde que as partes conjuntamente o requei- ram ou'o julz © julgue qportuno, mas as partes nKo 2 DE FEVEREIRO DE 1970 podem ser eonvooadas exclusivamente para esse fim mais do que uma vee. 2. A tentative de concilingdo seré presidida pelo agente do Ministério Publico e # els s6 poderio assistir, além dos fumciondeies do tribunal, as parley e seus manda trios. Art, §2°—1. A desisténcia, a confissio ou @ tran- sacqlo efectundas nesta diligéneia sem oposigio do agente do Ministério Piblico nfo carecem de homologagio para produzir entre #¢ partes os mesinos efeitos do caso jul- sudo. 2.0 agente do Ministério Piblico procurard certifi car-se da eapacidade das partes e da legalidade do resul- tado da eoneiliagio, que expressamente meneionard no aiuto; terdo divides, opor-se-4 a desisténcia, eonfissio ou transnectio © fard eonstar do auto os fundamentos da oposigdo. Seguidamento os autos serto feitos con

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