Você está na página 1de 22
NORMA BRASILEIRA NB-1 CALCULO E EXECUCAO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO CAPITULO I GENERALIDADES Objetivo e notacdes 1. a) Esta Norma fixa as condigdes gerais que devem ser: obedecidas no céleulo e na exceugio de obras de conereto armado. Além das condigées desta Norma, deverdo ser obedecidas as de outras normas especiais e as exigéncias peculiares a cada caso, especial- mente as relativas & fissuragio e as deformagées. b) Para efeito desta Norma sio adotadas as seguintes notacdes: a) Dimensses @ = disténeia entre os pontos de momentos nulos; @ = extensio de uma carga pareialmente distribuida, medida na divecio da armadura principal; a” = extensio de uma carga parcialmente distribuida, medida transversalmente & armadura prineipal; 4 = espessura, de um pilar de laje cogumelo ou da parte superior de seu capitel, medida na direeio de ly; > = largura das vigas de seeio retangular ow da mesa das vigas de secio T; bo = largura da nervura das vigas de secéo T (nas vigas de seco retangular signifiea 0 mesmo que b); c! = distancia livre entre nervuras; d= altura total das lajes ou das vigas de secio retan- gular ou da mesa das vigas de secio T; @ = diimetro do miicleo de uma peca eintada; dy = altara total das vigas de secio T; a r CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO = excentricidade de uma férca normal, em relagio ao centre de gravidade da secio geométrica; = espessura do revestimento através do qual se dis- tribuem as cargas sdbre a laje; = distancia do eentro de gravidade da’ armadura de tragéo & borda comprimida, na secio transversal de uma pega fletida (altura ‘itil); = distancia do centro de gravidade da armadura de compressio & borda comprimida, na segdo trans. versal de uma pega flotida; = vio teérieo de uma laje ou viga, ou altura tedrica de um pilar; = vio livre de uma laje ou viga, ou altura livre de um pilar (ineluido o eapitel, no caso da laje eogumelo) ; Vigo de sagioT, LB YY z A! Viga do soe. rofengular = distincia entre og eixos de dois pilares eonsecutivos de uma laje cogumelo; b) ¥ Areas NORMA BRASILEIRA NB-1 859 espacamento dos estribos ou dos aneis de cinta- mento, de eixo a eixo, ou passo da hélice de cinta. mento; perfmetro da seco transversal de uma barra da ar- madura ou, no ¢aso de feixe, o perimetro da figura formada pelas tangentes externas eomuns aos efreulos © pelos areos que elas limitam; soma dos u das barras ou dos feixes na segio trans- versal da armadura; Gistineia da linha neutra a borda comprimida, na seco transversal de uma pece fletida; distinein entre os pontos de aplieagio das resul- tantes das tenses de tragio e de compressio, na segiio transversal de uma peca fletida (brago de alavanea) ; = diimetro. de uma barra da armadura longitudinal; = difimetro da secio circular de frea equivalente & da secio de uma barra de estribo ou cintamento. Grea da segio transversal geométrica da pega; o ba ay be 1 id J go Hes? md?|_ a _| uaee oman Pilar no cintado Pilar cintado 860 e) a) e) CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMLADO frea da segio de téda a armadura longitudinal, nas pecas comprimidas axialmente, ou da armadura de tracéo, nas pecas fletidas; Grea da segio da armadura de compressio, nas pecas fletidas; Si = Grea da segio homogeneizada; Sq = Gvea da segio transversal do nticleo de uma peca cintada, encerrado pela superficie que contém o eixo das barras de cintamento = ze : Sy = Grea da parte central carregada de um bloco de apoio; 3, = Srea fieticia (volume por unidade de comprimento da peca) do cintamento = = ae Cargas 4g = carga permanente uniformemente distribuida; @ = carga permanente coneentrada; p = carga acidental uniformemente distribufda; P = carga acidental concentrada; q = carga total uniformemente distribufda = g + p. Esforcos solicitantes ¢ reativos H = componente horizontal da reagio de apoio; M = momento fletor; AM, = momento fletor num engastamento de viga, su- poste perfeito; 4M, = momento de torgio; M, = momento volvente; NY = forca normal; @ = forea cortante; R= reacéo de apoio; V_ = componente vertieal da reagio de apoio. Tensoes oe = tensio mAxima de compressio no eonereto; f) NORMA BRASTLERA ‘BL 861 tensiio admissivel de compressio no conereto; tensfio média de ruptura do eonereto a compressio, determinada em corpos de prova cilindricos normais (MB2 0 MB-3) com 28 dias de idade; idem, com & dias de idade; o« = tensio de escoamento a tragéo do material da arma- dura; nog agos que nfo tenham escoamento, consi- dera-se como, tensio convencional de eseoamento og aquela a que corresponde a deformagio permanente de 0,2% (MB-4); o = tensio na armadura de compressio correspondente 2 deformagio total de 0,2%; oy = tensio na armadura de tragio; 3 = tensio admissfvel na armadura de tracio; o'; = tensio na armadura de eompressio das pecas fle- tidas; ox = tensiio minima de ruptura do conereto a compres- so definida no item 89; o, = tensio de eseoamento do ago da armadura de einta- mento (real ou convencional) ; o, = maior tenstio principal de tragio no conereto (valor absoluto, considerada nula se nfo houver tenséio de tragio) = maior tensio principal de compressiio no conereto (valor absoluto, considerada nula se nio houver tensio de compressio) + = tensio de cisalhamento no conereto; rs = tensio de aderénein entre a armadura ¢ 0 conereto. Diversos E, = médulo de elasticidade do conereto; HE, = médulo de clasticidade do material da armadara; i = raio de giragio da segio transversal geométriea de uma pega nfo cintada ou do niicleo de uma peca eintada; J = momento do inéreia; I) = comprimento de flambagem; 862 CURSO PRATICO DE GONCRETO ARMADO m = inverso do coeficiente de Poisson; n = E/E; v = eoeficiente de variacio da tensio de ruptara do conereto a compressio, determinada em corpos de prova eilindricos normais (igualA relagio entre o Gesvio padrio e a tensio média de ruptura do con- ereto a eompressio) ; W = médulo de resisténcia; w = J/l = indice de resisténcia; ws = w do pilar inferior; w, = w do pilar ‘superior; w da viga; @ = Angulo entre as faces superior e inferior de uma viga ou laje de altura varidvel; = indice de esbel ex; = S;/dh numa peca fletida ou S4/S- numa pega soli- citada axialmento; cocficiente de seguranca. Projeto de obras 2) As obras a serem executadas total ou parcialmente com conereto armado deverfio obedecer a projetos claborados de acdrdo com esta Norma. Bstes projetos eompreenderio efileulos estitieos, desenhos ¢ memorial justifieativo e s6 poderio ser assinades por profissionais diplomados de aeérdo com a legislagio em vigor, Nos desenhos de formas e de armadura deverfo constar o valor de ox e a categoria do aco. No caso de edificios industriais e memorial justificativo deveré incluir esquema de localizagio das cargas: eon- sideradas. CAPITULO II ESFORCOS SOLICITANTES A— DISPOSICOES GERAIS Célculo dos esforcos solicitantes 3. No efleuio dos esforgos solicitantes, a ser feito de acdrdo com os prinefpios da Bstatiea das Construcdes e com 0 disposto NORMA BRASILEIRA NB-1 863 nessa Norma, devem ser consideradas a influéneia das cargas per- manentes ¢ acidentais e de todos os agentes que possam produzir esforgos importantes, Bstes agentes serio considerados de acérdo com as Normas ¢ as condigdes peculiares a cada obra, aplicando-se & variacio de temperatura, a retragio ¢ & deformacio lenta, o dis. posto nos itens 5, 6 e 7. Cargas acidentais 4. As cargas acidentais sio as fixadas nas Normas e devem ser dispostas na posicio mais desfavordvel pare a secio estudada, ressalvado 0 caso do item 20, alfnea f. Variaco de temperatura 5. Supiese, para o eéleulo, que as variagdes de temperatura sojam uniformes ao longo da estrutura, salvo quando a desigualdade dessas variagées, entre partes diferentes da estrutura, seja muito acentuada, 0 coeficiente de dilatacio térmica do conercto armado é eonsiderado igual a 10* por °C. A variagio de temperatura do conereto eausada pela variagéo de temperatura da atmosfera depende do loeal da obra e deve ser considerada entre = 10°C ¢ -+ 15°C em timo da média. Para pe- gas macicas ou Geas (desde que neste caso os espagos vazios sejam inteiramente fechados) cuja menor dimensio no seja inferior a 70'em, admite-se que essa oseilagio seja reduzida respectivamente para + 5°C e + 10°C, Hm pegas permanentemente envolvidas por terra ou 4gua ¢ em edificios que no tenham, em planta, dimensfo néo interrompida Por junta de dilatagio maior que 30 metros, dispensa-se 0 eéleulo da influéneia da variagio de temperatura. Retracio 6. 0 efeito da retragéo seré considerado como equivalente a uma queda de temperatura de 15°C, salvo nos arcos e abébades com menos de 0,5% e 0,19 de armadura, onde essa queda deve ser aumentada respectivamente para 20°C e 25°C. Apliea-se também & retragio o disposto no pardgrafo final do item 7. 864 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO Deformagio lenta 7. Permite-se considerar a influéneia da deformagio lenta no céleulo. das estruturas hiperestticas. Quando os esforgos resisten- tes da estrutura forem alterados por uma protensio (por exemplo, protensiio de tirantes, deseimbramento de areos por meio de ma. cacos colocados no fecho, ete.), ¢ nos arcos e abjbadas com coefi- cientes de seguranga & flambagem menor que 5, a considerac&o dessa influéneia é obrigatéria. ‘Engastamento parcial 8. Deve-se considerar no efleulo a influéneia desfavoravel de uum engastamento parcial, sempre que nfo se tomem, no projeto na execugéo dos apoios, as precaugies necessirias para garantir as condigées de engastamento perfeito ou de apoio livre. Misulas 9. Para fixagio da altura de lajes ¢ vigas nos apoios, no eél- enlo de dimensionamento, néo se consideram inclinagies de misulas maiores que 1:3. 7 B—LAJES Vio tedrico 10. Considera-se vio tedrico: a) de laje isolada: 0 vio livre acreseido da espessura da laje no meio do vio; NORMA BRASILEIRA NBL 865 b) de laje continua, véo intermediério: a distineia entre os centros dos apoios; ¢) de laje continua, vao extremo: 0 vio livre acreseido da semilargura do apoio interno e da semi-espessura no meio do vao. Armadura de trac&o sobre os apoios 11. Nas lajes engastadas, quando nfo se determinar a exten- sfio og trecho de momentos negatives, as barras da armadura prin- cipal sébre os apoids devem estender-se pelo menos até um quinto © do vao; nas continuas, devem estender-se para cada lado do apoio até pelo menos um quinto do maior dos vos adjacentes. Distribuigao de cargas 12. Supée-se que as cargas coneentradas ou parcialmente dis- tribuidas se estendam, na diregio da armadura principal, sdbre uma distancia a’ + 2 ef ¢ que a largura 6 da faixa da laje que as suporta seja: a) no efleulo da flexdo: baa 42d on v= 2 (14 42") podendo-se adotar o maior déstes dois valores; b) no efleulo do cisalhamento: ee Pea) podendo-se adotar o maior déstes dois valores. Para posigées das cargas junto aos apoios pode-se adotar: bea"™42e ou b =a" 45d. A adociio dos valores citados de esté subordinada as seguintes condigées: 1) que b no seja maior que a Jargura da laje nem maior que a distancia do centro da carga & borda mais préxima da laje acres- cida de 6/2; 866 CURSO PRETICO DE CONCREYO ARMADO 2) que a armadura de distribuigio nao s gao da principal, dada por: ota) oa (1-24 , Nas lajes om balango, desde que a armadura de distribuicio néo seja menor do que 0,15 da principal, admite-se que a segio (itil eresca a partir da carga, segundo dngulos de 45° medidos para cada, lado das perpendiculares & viga de apoio tiradas das extremi- dades da faixa de aplieagio da carga, menor que a fra- Lajes continuas armadas numa unica direco 13. As lajes continuas armadas numa tnica direcio podem ser calculadas como vigas contfnuas livremente apoiadas, com as se- guintes modificags a) niio serfio considerados, nos véos, momentos positives me- nores que 0s que se obteriam se houvesse engustamento perfeito da laje nas extremidades dos referidos vios; i ce i b) em ediffcios, quando o menor vio da laje continua nfo for inferior a 80% do maior, permitese calcular os momentos méximos e minimos, oriundos de carga uniformemente distribufda, com a formula M = qlt/it, sendo h igual a (a 1% coluna refere-se a0 caso de haver misulas nas condigGes do item 9 com altura sébre 0 apoio nijo inferior a 1/30, ¢ a 2* aos demais casos) : Momentos negativos sdbre og apoios, havendo mais de dois vaos (no easo de vios desiguais, 1 designa a média aritmétiea dos dois vaos adjacentes ao apoio considerado) apoios internos dos vios extremos.. — 8— 9 demais apoios intermediarios ...... — 9 — 10 NORMA BRASILEIRA NB-1 867 Idem, havendo dois vios apoio intermedidrios ..... Momentos positivos nos vos Pee eee a ata Bie —18—15 vios extremos .... vios intermedidrios . Os momentos negativos nos véos, sendo t 0 vio maior, podem ser caleulados pela férmula: Lajes armadas em cruz 14, As lajes retangulares armadas em cruz devem ser ealeula- das por um dos seguintes processos: a) Pela Teoria da Hlasticidade, supondo a laje isétropa ou ortétropa, com m = 6 ou com m = © acrescentando-se neste caso 20 menor dos dois momentos 1/6 da diferenga entre éles se a relacio entre os lados for maior que 2. b) Por proceso simplifieade que considere 0 efeito redutor dos momentos yolvents. Em ediffeios dispensa-se a colocacéio de armadura para resistir diretamente aos momentos volventes, salvo nos cantos simplesmente apoiados das lajes. Bstes cantos eonside- ram-se suficientemente armados se se adicionarem, abrangendo um ——+—-) Armadura CE ipector Anagere separ 77] WR me) +N Fs corm > LAI Ue a 5, paca 3 ou re a & = aS Y & / eS Sern He a quadrado de lado igual a 1/5 do lado maior da laje, duas armaduras uma superior paralela & diagonal e outra inferior a ela perpen. dicular — ambas iguais, por .unidade de largura, & armadura do 868 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO éentro da laje na diregio mais armada; a armadura inferior pode ser substituida por uma armadura em eruz, igual, em cada divecio, & citada armadura do centro da laje, ¢ parcla as bordas da laje. No caso de cargas uniformemente distribuidas pode-se admitir que as reagées também se distribuam uniformemente ao longo das bordas. c) No regime de ruptura, se a laje tiver espessura uniforme ¢ a armadura om eada direcio for distribuida uniformemente, utili zando-se as configuragées das: linhas de ruptura conhecidas através da experiéncia. Lajes nervuradas 15. As lajes nervuradas, assim consideradas as lajes euja zona de tragio é constituida por nervuras entre as quais podem ser pos- tos materiais inertes, de modo a tornar plana a superficie externa, podem ser caleuladas de acérdo com os itens 10 a 13 ou como gre- Tha (permitindo-se neste easo, para eargas uniformes, supé-las div: didas em dois quinhées, agindo cada um sobre as vigas em eada di- regio ¢ determinados de modo haver coineidéncia da flecha mé- xima das vigas centrais), desde que se observem as preserigdes do capitulo IV relativas as lajes e 0 seguinte: a) a distincia livre entre nervuras néo deve ultrapassar 100 em; ‘b) a espessura das nervuras nfo deve ser inferior a 4 em ca da mesa nfio deve ser menor que 4 em nem que 1/15 da distancia livre entre nervuras; c) a resisténeia da mesa A flexo ¢ dag nervuras a0 cisalha- mento deve ser demonstrada sempre que haja carga concentrada ou que a distancia livre entre nervuras supere 50 em; 4) 0 apoio das lajes deve ser feito ao longo de uma nervura; nas lajes armadas numa s6 direcéo, sio necessérias nervuras trans- versais sempre que haja cargas concentradas a ditribuir ou quando © vaio tedrico for superior a 4m, exigindo-se duas nervuras, no mi- nimo, se ésse vio ultrapassar 6m; ) nag nervuras com espessura inferior a 8 em niio é permiti do colocar armadura de compressiio no lado oposto & mesa, Lajes cogumelos 16. As lajes retangulares apoiadas em pilares devem ser eal- culadas por um dos processos seguintes: NORMA BRASILEIRA NB-1 869 a) Pela Teoria da Blasticidade, supondo a laje isétropa ou ortétropa om m = 6. Devem ser levados em conta, especialmente no caso de lajes que nfo possuem capitéis de acdrdo com o item 58, os efeitos resultantes da deslocabilidade lateral dos nés da cstrutura, inclusive 0 aumento do comprimento de flambagem a que se refere o item 28. b) Como pérticos miltiplos constituides por vigas continuas solidérias com os pilares. Admite-se a laje dividida em duas sévies ortogonais de vigas, considerando-se no céleulo de cada série o total das cargas. A distribuigao dos momentos, se se dividirem os pai- néis das lajes, com os cantos correspondendo aos pilare, em quatro faixa iguais —, faz-se do seguinte modo, quando os eapitéis obede- cerem ao preserito no item 58: 45% dos momentos positives para as duas faixas internas ¢ 27,59 para cada uma das faixas externas; 25% dos momentos negativos para as faixas internas e 87,59 para cada uma das faixas externas. ¢) No regime de ruptura, de aedrdo com o disposto na alinea ©) do item 14. ~ co —VIGAs Vio teérico 17. Considera-se vio tebrico: a) de viga isolada: a distancia entre os centros dos apoios, nio se considerando valores maiores que 1,05 U'; b) de viga continua, vio intermediério: a distincia entre os centros dos apoios; ¢) de viga continua, vao extremo: 0 vio livre acreseido da semi-largura do apoio interno e de 0,03. Vigas paredes 18. Quando 0 vio tedrieo for menor que o dobro da altura itil da viga, esta deve ser calculada como viga parede. Vigas de secio T 19. No célenlo das vigas de seciio T sé podem ser considera- das lajes que obedecam, no que Ihe fér aplicdvel, as presericées desta Norma. 870 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO A parte da laje que se pode considerar como elemento da viga, medida para cada lado a partir do eixo da nervura, no deve ultra- passar be ot Le Ca ° 2° oV1+ 25 Ca)? A distineia @ pode ser considerada: para vigas simplemente apoiadas a. para vigas continuas viios externos a Wfos interes a = 2.1 para vigas em balango Coa Nas vigas de seco T isoladas a largura da mesa a ser eonside- rada no cdlculo, medida para cada lado do eixo da nervura, nio deve ultrpassar be ¢ za nem ser superior a bo 7 toa b b 3 at Vigas continuas 20. Permitese, em ediffcios, considerar as viges continuas gem as ligagdes rigidas com os apoios, devendo-se porém, observar © seguinte: NORMA BRASILEIRA NB-L 871 a) Nao serfio considerados momentos positives, nos vaos, me.’ nores que 0s quo se obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nas extremidades dos referidos vos. b) Os momentos negativos, nos véos, oriundos da earga aci- dental, podem ser reduzidos a dois tergos do seu valor, desde que haja solidariedade das vigas com os pilares. ©) Sdbre 0s apoios monoliticos, permite-se arredondar 0 dia- grama dos momentos fletores, tomando para valor méximo do mo- ment negativo a média entre o maximo ealeulado ¢ a semi-soma dos que se verificeam nas faces do pilar. Na fixacéio da altura Gtil da seco sobre o pilar, observe-se o disposto no item 9. 4) Quando a viga fér solidaria com pilar intermedidrio © a relagio entre a largure do apoio, medida na direcio da viga ,e a altura do pilar for maior que 1:5, deve-se calculé-la como perfei- tamente engastad anesse apoio. ¢) Quando“nio se fizer 0 céleulo exato da influéneia da soli- Gariedade dos pilares com a viga, deve-se eonsiderar obrigatdria- mente que nos apoios extremos atue um momento fletor igual a ye i te Wy wy + We t) Admitese quo a posieio mais desfavordvel das cargas aei- dentais uniformemente distribufdas se obtenha quando cada um dos vios estiver totalmente earregado ou totalmente descarregado, na combinagio mais desfavordvel para Seco considerada. : g) Para 0 cAleulo dos pilares, ag reagdes das vigas de mais de dois vaos, desde que o'menor ‘indice de rigider (J|Z) néo seja infe- rior a 80% do maior, podem ser ealeuladas eofsiderando-se cada tramo independente e livremente apoiado. Se houver balango, 0 efeito de suas cargas seré caleulado copsiderando-se a continuidade existente. D — PILARES Pilares em edificios 21. Na falta de céleulo rigoroso, permitem-se, nas estruturas comuns de edificios ¢ ressalvado 0 disposto no final déste item, as seguintes simplificagdes : 872 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO . a) 0s pilares intermedidrios podem ser caleulados como subme- tidos a compressio axial, aplicado o disposto no item 20, alinea g; b) 08 momentos fletores, nos nés dos pilares extremos, que devem sempre ser verifieados a flexio composta, podem ser cal- eulados pelas f6rmulas: pilar inferior 10, ME ws pilar superior ie ‘Wy + wo; + We Quando a extremidade opogta do pilar fér engastada, admite-se que 0 momento no engastamento seja igual aos anteriores divididos por 2. Nos casog de estruturas em que a acio do vento possa produzir esforcos importantes e especialmente nos casos de estruturas com nés deslocdveis, nas quais a altura seja maior que 4 vézes a largu- ra, ou em que, numa dada diregao, o nimero de filas de pilares seja inferior a 4, sera sempre exigida a consideragio da agio do vento, permitindo-se, no entanto, processos simplificados de céleulo, desde que justificados. CAPITULO TIT t ESFORCOS RESISTENTES Deformagées © grandezas hiperestaticas 22. No edloulo das deformagées clfstieas*e das grandezas hi- porestaticas, deve-se atribuir ao conercto um médulo de elastici- dade, tanto para a tracio como para a compressio, dez vézes me- nor que o do ago (estédio I). Na determinacéo das grandezas hipe- restiticas, a area e 0 néSmento de inéreia das segdes poderdo ser ealeulados para a seedo transversal geométriea sem consiperacio das armaduras. Compressio axial 23. 0 ealeulo das pecas de concreto armado solicitadas & com- pressfio axial seré feito em funcio da carga de ruptura (estédio TIT), (NORMA BRASILEIRA NB-L 873 com 0 eoeficiente de seguranca estabelecido no item 95, obedecendo-se ainda ao disposto no disposto no item 28 (flambagem). A carga de ruptura da peca ser considerada igual a soma da resisténcia do conereto e da resisténcia da armadura longitudinal. Para 0 edleulo da resisténeia do conereto admite-se que sua tensio de ruptura, na peea, seja igual a 8/9 da tensio minima de ruptura do conereto a compressio gz definida no item 89. Para o cdleulo da resisténcia da armadura longitudinal admite-se que, na ocasio da ruptura da pega, a tensiio 0,’ no aco seja igual ao limite de es- coamento minimo especificado para a categoria correspondente, nos casos de agos 37-CA e 50-CA, e igual respectivamente a 3.600 kg/em? @ 4.000 kg/em?, nos casos de barras de ago torcidas a frio CA-T40 e CA-T50. Para os fins déste item néo se consideraré og superior 2 150 kg/em®, exceto em areos ¢ abébodas para os quais éste limite seré de 180 kg/em? Tragao axial 24. © edleulo das pegas de conereto armado solieitadas a tra- ¢Go axial seré feito em fungio da earga de ruptura (estadio III), com © coeficiente de seguranca estabelecido no item 95. Conside- ra-se nula a resisténeia a tracio do conereto, A tenstio no-ago na ocasifio da ruptura da peca seré considerada como sendo a de es- coamento real ou convencional «. Se se considerar tensio de es- eoamento superior a 3.200 kg/em? (para barras lisas), 4,000 ke/em? (para barras lisas toreidas) ou 5.000 kg/em? (para barras com mos- sas ou saliéneias, toreidas ou nfo), os eveficientes de seguraniia de- verdo ser aumentados, nos térmos do item 86. Flexio © cdileulo das peeas de conereto armado submetidas a es- forcos de flexio simples ou composta, salvo 0 disposto no item 22, ser feito em funcio da earga de ruptura (estédio IIT), com os coe- ficientes de seguranga estabeleeidos no item 95, permitindo-se tam- bém 0 efleulo no estédio II, com as tensdes admissiveis estabele- cidas no item 96. No easo de flexiio composta a pega deve ser capaz de resistir & forea normal atuando axial ¢ isoladamente (item. 28). 874 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO O eAleulo no estédio III de pegas submetidas a flexio simples ou composta seré feito supondo-se validas as seguintes hipéteses simplificadoras, no se tomando no entanto para oz valor superior a 220 kg/em?:; a) que soja nula a resisténeia a tragio do eonereto; b) que a ruptura se dé quando a tensio de compressio no conereto, que se admite uniformemente distribufda, atinja o valor op definido no item 89; ©) que, independentemente do disposto nas alineas b) e f), as deformacdes de um elemento da peca sejam proporcionais & sua distancia & linha neutra; d) que o conereto tenha eneurtamento de ruptura conven- cional de 0,159; e) que a tenstio na armadura de tragio permaneca constante a partir da tensio de eseoamento real ou convencioual; £) que a tensio na armadura de compresséo, na ocasifo da ruptura, seja igual ao limite 0,’ definido no item 23, desde que a disténcia do centro de gravidade da referida armadura & borda eomprimida da secdo transversal seja no maximo igual & metade da distancia da linha neutra & mesma borda. Se se usar ago com limite de eseoamento superior a 3.200 kg/em? (para barras lisas), 4.000 km/em? (para barras lisas torcidas), ou 5.000 kg/em? (para barras com mossas o usaliéneias, toreidas ou nado), os coeficientes de seguranca serio aumentados, nos térmos do item 86. No caso de flexiio composta, os coeficientes de seguranga (item 95, alfnea a) seréo multiplicados por e pe ee (22 Je 1,0 onde e 6 a excentricidade e d, a dimensfio da pega no plano da fle- xo. Dispensa-se esta majoragiio se nZo se considerar, para 0 momen- to da resultante das tensGes de compressio no conereto em relagio ao centro de gravidade da armadura de tracéo, valor superior a 3/4 do que se verificaria na hipétese extrema em que a zona de compres- sfio se estendesse a téda a altura fitil da secio transversal. O edilculo da flexéo simples ou composta poder também ser feito baseado em resultados de pesquisa experimental, realizada em labo- NORMA BRASILEIRA NB-L 875 ratério idéneo, aprovada pela Fiscalizagéio, e na qual sejam levadas em conta nfo s6 a variagio dos earacterfsticos dos materiais como a exigéneia de que nio haja fissuracio com abertura exagerada sob a acio das cargas permanentes ¢ acidentais (item 86). 0 edleulo no estédio II serd* feito supondo-se: g) que soja nula a rosisténcia a tragdo do conereto; h) que as deformeades de um elemento da pega sejam propor- cionais @ sua distancia a linha neutra; i) que 0 aco tenha médulo de clasticidade constante; J) que o médulo de elasticidade do concreto seja também cons- tante e quinze vézes menor que o do ago. Este cfleulo no estédio I pode ser substituido por outro me- nos procigo em que se considere tracio no conereto (mantidas as outras hipéteses), desde que a maxima tensio de tragio nao ultra- passe 25% da méxima tensio de compressio e que a armadura de tragio seja capaz de resistir 4 resultante das tensées de tracio nos dois materia Concentragio de esforcos nos nés e nos apoios 26. Cuidados especiais devem ser tomados quanto & forma e a0 céleulo dos apoios e nés das estruturas, tendo em vista possivel concentragio de tensdes (veja-se também o item 44). Flexo, obliqua 27. Quando o momento fletor atuar, em uma secio transver- sal, obliquamente em relac&o aos eixos prineipais de inéreia, permi- te-se, se 0 efileulo nfo for feito no estédio III, considerar a superpo- si¢Ho dos efeitos de duas solicitagées: uma, principal, constituida da férca normal, easo exista, e da componente do momento fletor, se- gundo um dos eixos principais da seco, que origina maiores tensées; © outra, secundéria, eonstituida da componente do momento fletor segundo 0 outro eixo principal. © edileulo das tensves devidas a solieitagio prineipal seré feito no estédio II, 0 das devidas A solicitaco secundaria ser feito no estédio I constando-se apenas com a parte efetiva da segio corres- pondente 20 eéleulo da solicitagio principal. Exige-se, porém, o céleulo mais rigoroso, com linha neutra in- clinada, sempre que a solicitegio secundério,origine, no conereto, 876 CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO tensdes de tragéo que excedam 20% da tensio de compressio cau- sada no concreto pela solicitagdo prineipal. Flambagem 28. Sempre que seja necessdrio verificar a seguranga de uma pega com relacio & flambagem, deve-se fazer o efleulo de acérdo com a Teoria da Flambagem, considerando os médulos de clastici- dade tangentes do conereto e do aco ¢ Jevando em conta a defor- magio lenta do conereto, quando howver. O coeficiente de seguranca a ser usado 6 3. Dispensa-se éste cfleulo nos seguintes casos: 1) se se tratar de peca reta sob carga axial: a) quando d < 50 b) quando A> 50, se a carga de ruptura f6r dividida por: 100 @= FR Tr Pate AS 100 2 Se = Teng = 1) © raio de girago considerado no eélenlo do indice de esbeltex 2 6 0 raio de giracio da secdo transversal geométrica, no caso de pegas sem cintamento, ou da segio transversal do micleo, no caso de pecas cintadas. A verifieacio da resisténeia & flambagem das pecas cintadas, sempre que A > 50, seré feita para a secio total, sem considevaciio do cintamento. No céilewlo da carga de ruptwra s6 devem ser consideradas como armadura longitudinal as barras eujo centro de gravidade esteja afastado do cixo da segio geométrica, normal ao plano de flamba- gem, do uma distincia igual ou superior ao raio de giracho. © comprimento da flambagem ty dos pilares de estruturas eo- muns de edificios ¢ considerado igual & distincia entre os eixos das vigas, se as extremidades do pilar estiverem suficientemente seguras contra deslocamento Jateral. Em caso contrério, 0 comprimento de flambagem deve ser gumentado de acérdo com a Teoria da Flam- bagem. Para os pilares perfeitamente engastados numa extremidade ¢ inteiramente livres na outra, o comprimento de flambagem é 0 débro do seu comprimento. NORMA BRASILEIRA NB-L 8i7 Os pilares que estiverem seguros, por meio de apoios laterais intermedidrios, contra a flambagem no plano correspondente ao raio de giragio minimo, deverdo ser também verifieados para a hipétese de flambagem na outra directo, 2) se se tratar de peca veta sob flexiio composta, caleulada para esta solicitagio (nfo se deixando de levar em conta no valor do mo- mento fletor o efeito do desloeamento do eixo da peca) e verificada de acérdo com a alinea 1), supondo-se entio a forga normal aginda axial ¢ isoladamente, Torcéo 29. As pecas solicitadas a toredo, sempre que esta cause ten- séo principal ¢; superior a0 limite estabelecido no item 97, alinea 2, devem ter armadura caleulada para resistir a todos os esforgos de tracHo oriundos da toreio. Nas pecas fletidas solicitadas a torelo, devem ser superpostas as tensbes devidas a estas duas solicitagdes, permitindo-se o aumen- to de 30% nos limites estabelecidos no item 97, desde que éstes nao sejam ultrapassados para cada wma das solicitagées consideradas sc- paradamente. Estados multiplos de tens%o e esforcos de tracio oriundos, da forca cortante 30. Nos pontos erfticos em que ocorram estados miltiplos de tensio, 6 necessério demonstrar a seguranca da pega. Tal demons- tracio 6 dispensivel sempre que as tensdes prineipais oy © xr satisfagam as condigSes impostas no item 97. Nas pecas fletidas ealeuladas de acérdo com os itens 25 ¢ 27, basta quo, na segio considerada, se determine ; no ponto em que 6 maxima a tensio de cisalhamento, caleulada pela f6rmula: T= bez com 2 ecorrespondente ao estadio I quando néo houver armadure suficiente para resistir a todos os esforgos de tragio oriundos da forea cortante. 878 CURSO PRiTICO DE CONCRETO ARMADO ‘Nas pecas de altura variével far-se-4 a devida corregdo, sub- traindo de Q (se Mf e h ereseerem no mesmo sentido), ou a éle acres- centando (se M e h creseerem em sentidos opostos) a quantidade Mu tee. Nos trechos em que essa tensio principal de tratio o, seja maior que o limite estabelecido na alinea 2 do item 97, deve-se dis- por armadura para resistir a todos os esforcos de tragio oriundos da férca cortante. Aderéncia 81. Havendo, na armadura de tracdo das pecas fletidas, barras de diimetro maior que 26 mm ou feixes de barras, deve-se caleular a tensio de aderéncia entre elas ¢ 0 conereto, pela férmul: Quando houver barras dobradas, fazendo angulo a < 45° com o eixo da viga, caleuladas para resistir A fracio f dos esforcos de tragio o; permite-se reduzir a tenséio de aderéneia nas barras ainda néio dobradas, multiplieando-a por: teed 1" TFige* Cintamento 82. 0 efeito do cintamento, exeeutado nos térmos do item 40, ser6 considerado no céleulo como trazendo ao conereto um aumento da tensio de ruptura a compressio (para resisténcia definida no item 23) igual a no se computando 0 conereto exterior ao nficleo. A resisténcia total das pecas cintadss nfo deve, porém, ultrapassar o débro da resis- «téncia ealeulada como se nao houvesse cintamento,

Você também pode gostar