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Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em

2016 o Brasil figurava no mundo como sendo o segundo país com mais cirurgias
bariátricas realizadas por ano, perdendo a posição de primeiro lugar para os
Estados Unidos. O número de procedimentos cresceu 90% nos últimos cinco
anos e 300% em dez anos.

Trazer para o centro das discussões a questão da intervenção cirúrgica


no tratamento da obesidade grave, bem como os fatores que desencadeiam
problemas de saúde no qual se originem de um descontrole alimentar,
mostrando a importância do devido acompanhamento nutricional nessa etapa e
na continuação do tratamento, promove com isso enriquecedor esclarecimento
sobre as condições que incorporam o processo de emagrecimento, bem como a
recuperação da saúde, o que de fato contrasta com o que na maioria das vezes
é percebido por aqueles que buscam a Cirurgia Bariátrica como sendo a única
ou mais eficaz solução para obesidade crônica.

Neste sentido, se pondera que o discurso acerca do papel do nutricionista


deve ser mais amplamente divulgado, pois, a nutrição adequada corrobora para
o tratamento pré e principalmente pós-operatório da Cirurgia Bariátrica, sendo
promovedor, a partir da reeducação alimentar, de um processo de melhoria
contínua, onde a perda e manutenção de peso se associa diretamente ao
reestabelecimento da saúde, haja vista que, a obesidade em seu estado grave
promove uma série de problemas de saúde como: diabetes mellitus tipo 2,
doenças cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica, arteriosclerose),
distúrbios ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer, esteatose
hepática e problemas psicológicos dentre outros.

Discutir as consequências do acompanhamento nutricional e suas


relações com a saúde pública é primordial, não somente para o grupo de risco
abordado, mas também, devido aos reflexos diretos que a questão gera na
sociedade como num todo e na comunidade acadêmica, o que afere uma
harmonização do que é desenvolvido na academia e na interação social destes
discursos, o que de fato beneficia a todos, pois, a obtenção de informação gera
um grupo social cada vez mais preparado para lidar com o problema da
obesidade e todo seu arcabouço, sem que a natureza da intervenção cirúrgica
se estabeleça como único recurso a curto e longo prazo capaz de tratar a
obesidade.

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