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2016
ano-base 2015
Brasília, 2016
É permitida a reprodução parcial ou total desta
obra, desde que citada a fonte.
C775j
Justiça em números 2016: ano-base 2015/Conselho
Nacional de Justiça - Brasília: CNJ, 2016.
Anual.
404 f:il.
I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração
pública - estatística - Brasil.
CDU: 342.56:311(81)
Apresentação
O Conselho Nacional de Justiça cumpre o seu dever de entregar ao público a 12ª edição do Relatório Justiça
em Números. Importante fonte de divulgação das estatísticas judiciárias oficiais, este instrumento evoluiu em seu
objetivo de tornar-se referência para os órgãos do Poder Judiciário e de informação da sociedade.
Também se fortaleceu o cumprimento do princípio constitucional da publicidade, conferindo-se transparência
e segurança dos dados relativos à atuação do Poder Judiciário para amplo conhecimento dos cidadãos.
Nesta publicação, demonstra-se como atuam os órgãos do Poder Judiciário, suas despesas e receitas, as estru-
turas orgânicas e como se formam e se decidem os litígios conduzidas ao Estado-juiz.
O relatório apresenta os dados informativos judiciais, detalhando, por especialização dos órgãos do Judiciário,
dados relativos ao número e à localização das varas, juizados especiais, auditorias militares e zonas eleitorais.
Informa, ainda, a política nacional de atenção prioritária ao primeiro grau de jurisdição, apresentando quadro
comparativo entre os dados relativos ao primeiro e ao segundo graus de jurisdição; evolução da implantação de
processos judiciais eletrônicos; consequência da finalização ou pendência de processos de execução na litigiosi-
dade, dentre outros esclarecimentos.
O Justiça em Números 2016 também apresenta as classes processuais e os assuntos mais frequentemente de-
mandados, para conduzir a pesquisa e apresentação de propostas para se pensar a gestão da jurisdição no Brasil.
Tem-se, ainda, análise sobre o desempenho dos órgãos jurisdicionais, com o Índice de Produtividade Comparada
da Justiça (IPC-Jus), indicador comparativo da eficiência de tribunais dos diferentes órgãos especializados do
Poder Judiciário nacional.
Pela vez primeira, esta edição do relatório contabiliza o prazo de duração do processo, permitindo compa-
rações entre ramos do judiciário e os respectivos órgãos, esclarecendo o período de permanência e dinâmica do
acervo e o período decorrido até a sentença e até a baixa definitiva do processo.
Novo indicador também apresentado é o índice de homologação de acordos, revelando, também inedita-
mente, o resultado das políticas de estímulo à conciliação e à mediação no Brasil, uma das linhas de atuação do
Conselho Nacional de Justiça desde a sua implantação. Mostra-se também o índice de conciliação como medida
inicial para avaliar as consequências das recentes alterações determinadas pelo novo Código de Processo Civil,
conferindo-se maior relevo ao relatório neste novo contexto legal.
A distinção das despesas por grau de jurisdição também é novidade com a qual se pretende contribuir para
se saber, com maior grau de precisão, em que medida a alocação de recursos orçamentários equilibra-se com a
demanda, em consonância com as linhas da política de atenção prioritária ao primeiro grau de jurisdição.
O Conselho Nacional de Justiça trabalha para aperfeiçoar cada vez mais a exposição de informações oficiais
sobre o Judiciário brasileiro, para garantir o direito do cidadão a ser informado, contribuindo, desta forma, para o
integral respeito aos princípios, direitos, deveres e responsabilidades constitucionais.
INTRODUÇÃO
1 Introdução
Como todos os anos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) traz a público mais uma edição do Rela-
tório Justiça em Números. Em seus doze anos de história, o relatório não apenas é a principal fonte das
estatísticas oficiais do Judiciário brasileiro, como também desempenhou e ainda desempenha importante
papel na transformação que o CNJ como um todo tem liderado junto ao Poder Judiciário ao longo desta
última década.
Principal produto do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), o relatório é aguardado pela comu-
nidade jurídica brasileira, pois é a única fonte de divulgação periódica das principais evidências e análises
sobre o Poder Judiciário. A evolução de seu escopo é evidente. Hoje, é relatório de referência não apenas
dentro do Judiciário, mas também tem sido apresentado como modelo para outras agências governamen-
tais brasileiras e de outros países. É a principal fonte de referência dos tribunais, com reflexos muito claros
na profissionalização e modernização das suas administrações.
Sob a supervisão da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento, o DPJ não
apenas planeja, recebe, trata, audita e analisa os dados encaminhados por todos os tribunais brasileiros,
como participou dos processos de aperfeiçoamento pelos quais passou a principal regulamentação do
Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ), a Resolução n. 76, de 2009. Ao folhear o presente
relatório, o que se vê são análises de primeira linha sobre a estrutura e o funcionamento das cortes brasi-
leiras, com importantes subsídios para a gestão judiciária, tanto em nível local, quanto em nível nacional.
O relatório é referência em termos de gestão judiciária no Brasil, pois detalha, por segmentos de justiça
e tribunal, dados sobre o número e a localização das varas, juizados especiais, auditorias militares e zonas
eleitorais; informações sobre a política nacional de atenção prioritária ao primeiro grau de jurisdição,
com farto comparativo entre o primeiro e o segundo graus de jurisdição; evolução da implantação de
processos judiciais eletrônicos; impacto dos processos de execução na litigiosidade, entre inúmeras outras
informações.
A partir destas evidências são traçados indicadores que alimentam as decisões do plenário, das co-
missões e dos grupos de trabalho do CNJ, além de municiar os próprios tribunais em seus planos e pleitos
por melhorias, deixando às claras a gestão judiciária, seus critérios de avaliação, contribuindo para a exis-
tência de veios seguros e uniformes para que seus avanços sejam vistos e tomados como exemplos para
que outros tribunais enveredem pelo mesmo caminho. Este é o resultado de um trabalho sério da equipe
de pesquisa do DPJ, que só é possível dada a importante liderança da Comissão Permanente de Gestão
Estratégica, Estatística e Orçamento.
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caminhos para tanto, além de permitirem o monitoramento dos avanços e a avaliação da efetividade das políticas institucionais.
INTRODUÇÃO
Só se melhora o que se mensura, e quanto melhor se mensura, maiores são as chances de aprimorarem‑se os aspectos mais
urgentes e necessários.
Se a seriedade das pesquisas institucionais é determinante da presteza e do profissionalismo dos processos de planejamento
e execução das políticas públicas, o paralelo entre o desenvolvimento histórico do Justiça em Números e das políticas judiciárias
induzidas ou orquestradas pelo CNJ ganha ainda mais força.
Exemplos deste paralelo podem ser vistos nas ênfases que o relatório e a própria agenda institucional tiveram, ao longo dos
últimos anos, nos temas da execução, sobretudo da execução fiscal; dos desequilíbrios entre o primeiro e o segundo graus de
jurisdição, hoje uma das grandes linhas das políticas judiciárias do CNJ; na justiça digital e expansão do Processo Judicial Eletrôni-
co (PJe); no congestionamento e nos índices de produtividade dos tribunais. Muitos destes temas foram originalmente suscitados
por conselheiros e pela presidência em pedidos de informações e de pareceres técnicos, objetos de outras pesquisas de menor
escopo, tendo sido posteriormente incorporados e mantidos continuamente no relatório.
Enfim, o que está sendo traçado talvez seja algo mais que um mero paralelo entre a instituição e um de seus principais produ-
tos. Trata‑se, na verdade, da expressão, em um de seus produtos, da maturidade e da seriedade com que o CNJ, e também cada
tribunal que contribui para as suas demandas por informações, têm tratado o conhecimento técnico‑científico. Só se investe em
conhecimento técnico, como fez e faz o CNJ, quem realmente almeja aprimorar‑se. Mais do que isso, só se investe em informa-
ção técnica de qualidade, quem vê na transparência ativa o mais legítimo veio de melhora institucional.
Embora o relatório Justiça em Números tenha auxiliado o CNJ a justificar e a monitorar a trajetória das suas ambições por
melhoria no conjunto do Poder Judiciário, nem sempre é possível o mesmo grau de sintonia entre as ambições institucionais e as
possibilidades institucionais. Ainda há muitos e relevantes descompassos entre o que se almeja transformar no Judiciário e o que
as informações possíveis de serem coletadas e analisadas efetivamente permitem.
Há muitos temas em destaque no CNJ, alguns importantes desde sempre, mas que apenas nesta edição do Relatório tiveram
possibilidades de serem conhecidos por meio das estatísticas oficiais. O tempo do processo é o exemplo mais emblemático. Até
a edição passada, a principal evidência disponível nesta linha era a taxa de congestionamento. Ainda que correto e bastante
útil ao planejamento institucional, o congestionamento processual revela apenas o percentual de processos iniciados em anos
anteriores e que ainda não tiveram soluções, deixando sem respostas mais precisas uma das principais perguntas sobre a entrega
da jurisdição no Brasil.
Ainda que exista descompassos entre os anseios institucionais e as possibilidades institucionais, até esta edição do relatório
não havíamos chegado a uma forma de coletar tal informação de maneira uniforme e segura para todos os tribunais brasileiros,
considerando todas as singularidades de cada rito processual e características típicas de cada modo de tramitar os processos. A
partir de agora, a justiça que tarda terá sua falha conhecida, podendo ser endereçada com maior grau de precisão. Um impor-
tante e aguardado retorno do Judiciário aos que nele confiam seus destinos.
O tempo do processo é um objeto de pesquisa de difícil apuração, pois são quase infinitas as combinações de situações
de fato e de direito a caracterizarem cada ação judicial no Brasil. Quando tantas especificidades são reunidas em um número
apenas, a natural primeira impressão é de imprecisão, já que os extremos são diluídos em uma média. Portanto, a duração dos
casos judicializados no Brasil ainda não detalhará os efeitos de cada componente de tantas combinações a configurarem cada
característica de um processo, nem possibilitará que se saiba quais as causas para as maiores delongas, tampouco aclarará por
completo o que faz com que muitos casos sejam bastante céleres. Ainda estamos perseguindo estes objetivos por outros cami-
nhos, paralelos ao Justiça em Números.
O que é inegável é que agora temos uma importante e necessária resposta a oferecer à sociedade. Ainda que provisório,
temos um parâmetro seguro, pois adequado às realidades das diversas cortes brasileiras. Nem todas elas têm condições de prestar
a mesma informação, já que sua diversidade não é apenas de competências, características das demandas e dos demandantes,
mas também, e sobretudo, em níveis de desenvolvimento institucional. Tudo isso se reflete, sem sombra de dúvidas, nas suas
estruturas de registro, de organização e de recuperação sistematizada de informações processuais. Embora não seja um objeti-
vo dado como superado, o que se caminhou até este ponto é digno de ênfase, além de revelar algo até então completamente
desconhecido.
Análise do Poder Judiciário
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Outra pergunta de notória importância institucional é o percentual de processos solucionados por meios consensuais. A taxa
INTRODUÇÃO
de homologação de acordos será conhecida em espectro nacional apenas a partir das páginas seguintes. Assim como o tempo
do processo e o afã por diminuí‑lo, também a conciliação e a mediação, importantes meios para tanto, são apostas institucionais
não apenas antigas, mas também da mais alta prioridade, dadas as taxas de judicialização do nosso país não apenas serem das
mais altas internacionalmente, como estarem crescendo contínua e incessantemente. A conciliação e a mediação, a despeito
de serem agendas antigas do CNJ, ainda não haviam seus números oficiais divulgados ampla e sistematicamente. Além disso, o
índice de conciliação servirá de mensuração inicial apta a avaliar o impacto das recentes alterações advindas do novo Código de
Processo Civil, conferindo ainda mais importância ao relatório neste novo contexto legal.
Além de afirmar os paralelismos entre as agendas política e informacional do CNJ, esclarecer alguns de seus descompassos,
é oportuno mencionar também que há conceitos que emanaram das análises do Justiça em Números e que hoje são utilizados
correntemente para decisões e referências dos tribunais e demais atores do sistema de justiça. É o caso, por exemplo, da classi-
ficação dos tribunais por portes, algo calcado em metodologia robusta e que permite que sejam comparadas apenas unidades
efetivamente comparáveis.
Outra classificação de grande valor para o conjunto do Poder Judiciário é aquela derivada do Índice de Produtividade Com-
parada da Justiça (IPC‑Jus). A partir desta inovação, revelada pelo Justiça em Números de 2013, uma nova concepção de pro-
dutividade passou a operar nos inúmeros procedimentos e racionalidades utilizadas para analisar os tribunais e inferir sobre suas
capacidades produtivas, usos de recursos, com reflexos diretos na própria concepção do que se entende por gestão judiciária.
Apenas a partir de critérios comparativos é que se tornou possível saber o que é exequível, de onde poderão advir boas práticas
de gestão, quais projetos e programas podem ser utilizados como referência.
As decorrências destes passos vão muito além da ampliação do nível de conhecimento sobre o Judiciário. Suas aplicações
poderão revolucionar o próprio processo judicial do modo como o conhecemos, pois, o público em geral e, em particular, os
atores do sistema de justiça poderão vir a ter um mapa completo e disponível eletronicamente do funcionamento dos tribunais
e das próprias unidades judiciárias.
Ao iniciar esta reestruturação dos processos de coleta e dos próprios usos que as estatísticas judiciárias oficiais poderão vir a
ter, sabíamos que as capacidades dos tribunais de responderem de modo imediato a tais desafios não seriam as mesmas. Em vista
disso e da premente demanda por dados mais detalhados, uniformes e comparáveis, a Comissão Permanente de Gestão Estra-
tégica, Estatística e Orçamento, propôs solução intermediária, denominada “Módulo de Produtividade Mensal”, recentemente
implementada4.
Em verdade, tal módulo é a migração e o aperfeiçoamento do Sistema Justiça Aberta da Corregedoria Nacional de Justiça
para o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ). Trata‑se de solução intermediária, pois apesar de não coletar dados
individualmente de cada processo judicial, retrata em detalhes as características das unidades judiciárias, dos magistrados e ser-
vidores, além de coletar as características agregadas da litigiosidade de cada uma das varas, juizados e tribunais brasileiros. Além
desses níveis de detalhamento, ainda desconhecidos em nível nacional, tais dados são coletados mensalmente, o que fornecerá,
por exemplo, um inédito retrato da sazonalidade da litigiosidade brasileira, com poderosos reflexos na gestão processual e judi-
ciária dos tribunais.
Até julho de 2016, o Módulo de Produtividade Mensal foi estruturado, regulado, repassado aos tribunais e alimentado por
eles. As potencialidades destas informações são inúmeras, e estarão disponíveis ao grande público no curto prazo por meio de
ferramentas on‑line de divulgação dinâmica de estatísticas, além de passarem a subsidiar os relatórios de pesquisa, as consultas
necessárias a subsidiar as políticas judiciárias, as comissões do CNJ e as próprias decisões do plenário.
Dentre os muitos produtos futuros possíveis com o Módulo de Produtividade, a chance de se ter informações atualizadas
ao nível das unidades judiciárias, sejam elas quais forem (CEJUSCs, varas especializadas, juizados especiais, tribunais, etc.), sua
localização geográfica precisa, tudo isso alinhado às informações pessoais, como a identificação do magistrado e o número de
servidores e demais colaboradores, abrem uma oportunidade sem precedentes para ampliar o acesso à informação e, conse-
quentemente, contribuir para aprimorar os meios de acesso à Justiça.
Os avanços em termos do nível de detalhamento das informações, sejam elas advindas do módulo de produtividade, sejam
elas provenientes dos microdados por processos resultantes do selo Justiça em Números, são essenciais para garantir que todos se
sintam representados nas estatísticas oficiais. É preciso que não apenas as altas administrações vejam seus resultados espelhados
e expostos ao grande público. O que está se desenhando é uma revolução, não somente porque trará conteúdos ainda inexplo-
rados, seja pelo Judiciário, seja pelos especialistas brasileiros. A revolução está no fato de o magistrado, de o servidor, passarem a
se enxergar nos números da justiça, com importantes resultados nos seus modos de trabalhar e, consequentemente, de entregar
a jurisdição àqueles que dela dependem para seguirem suas vidas.
Por derradeiro, convidamos a todos a avaliarem e a refletirem sobre os conteúdos a seguir, cientes de que avançamos, mas
também conscientes de que há ainda muito a avançar. Se só se aprimora aquilo que se conhece, temos consciência de que o pa-
ralelo entre gestão e informação não será olvidado, pois é dele que emanará a compreensão necessária para fazermos do Poder
Judiciário referência não apenas na produção de dados, mas na sua transformação em diretrizes e linhas de ação.
Boa leitura!
4 Criado a partir do provimento nº 49/2015 da Corregedoria Nacional de Justiça, e integrado ao Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ), por meio da criação de novos Anexos
da Resolução CNJ 76, de 12/05/2009, publicados no Diário de Justiça Eletrônico, em 06/11/2015, Ed. nº 198/2015 às fls 2‑4 e 7‑123.
Análise do Poder Judiciário
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METODOLOGIA
Números
O Relatório Justiça em Números é regido pela Resolução CNJ 76, de 12 de maio de 2009, e compõe o Sistema de Estatísticas
do Poder Judiciário (SIESPJ).
Os seguintes tribunais integram o SIESPJ:
Superior Tribunal de Justiça (STJ);
Superior Tribunal Militar (STM);
Tribunal Superior do Trabalho (TST);
Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
5 Tribunais Regionais Federais (TRFs);
24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);
27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs);
3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs);
27 Tribunais de Justiça (TJs).
Os dados do SIESPJ devem ser obrigatoriamente informados pela presidência dos tribunais, os quais se regem pelos princípios
da publicidade, eficiência, transparência, obrigatoriedade de informação dos dados estatísticos e presunção de veracidade.
A presidência dos tribunais é responsável pela fidedignidade da informação apresentada ao Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) e pode delegar a magistrado ou a serventuário especializado integrante do Núcleo de Estatística a função de gerar, conferir
e transmitir os dados estatísticos.
O SIESPJ abrange os indicadores estatísticos fundamentais do Judiciário dispostos nas seguintes categorias:
I – Insumos, dotações e graus de utilização:
a) Receitas e despesas; e
b) Estrutura;
II – Litigiosidade:
a) Carga de trabalho;
b) Taxa de congestionamento;
c) Produtividade; e
d) Recorribilidade;
III – Acesso à justiça; e
IV – Tempo do processo.
Os dados referentes ao módulo de litigiosidade são informados semestralmente, enquanto os demais, anualmente. Os dados
estatísticos anuais e do segundo semestre são transmitidos no período de 10 de janeiro a 28 de fevereiro do ano seguinte ao
ano‑base, e os do primeiro semestre, de 10 de julho a 31 de agosto do mesmo ano‑base. O prazo para retificações dos dados é
estabelecido no período entre 15 de março e 15 de abril e entre 15 de setembro e 15 de outubro. As falhas de fornecimento de
dados devem ser corrigidas pelos tribunais no prazo de dez dias, a contar da notificação.
O Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ recebe os dados estatísticos enviados pelos tribunais sob a supervisão
da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento. A primeira edição do Relatório Justiça em Números
Relatório Justiça em Números 2016
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ocorreu no ano de 2004 e ampliou os princípios norteadores do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário (BNDPJ)5, que
METODOLOGIA
serviu de balizamento para fundamentar a Resolução CNJ 15, editada em 20 de abril de 2006. Tal resolução representou um
marco para a metodologia de coleta de dados estatísticos nos tribunais das esferas federal, estaduais e trabalhistas e para a inau-
guração da série histórica em 2004, que perdurou até 2008.
Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do SIESPJ e dar prosseguimento ao processo de aprimoramento dos
dados do Relatório Justiça em Números, foi editada a Resolução CNJ 76/2009, norma que tem norteado a coleta e a sistematiza-
ção dos dados, a partir do ano de 2009, ponto inicial da série histórica vigente. Desde então, os dados de litigiosidade, quando
aplicável a cada ramo de justiça, passaram a ser coletados na forma do diagrama constante na Figura 2.1.
Figura 2.1 ‑ Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009
2º Grau e Criminal
Turmas Recursais
Não criminal
Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal
1º Grau Fiscais
Execuções
Extrajudiciais Não Fiscais
Fase de
Execução Não criminais
Penas não
Privativas de
Liberdade
Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal
Juizados
Especiais Execuções
Extrajudiciais
Fase de
Execução
Não criminais
Execuções
Judiciais Penas não
Privativas de
Liberdade
Em 2011, concluiu‑se a elaboração dos indicadores estatísticos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), da Justiça Eleitoral, da
Justiça Militar da União e da Justiça Militar dos Estados, que passaram a constar nos anexos da Resolução CNJ 76/2009.
Em 2015, duas grandes mudanças ocorreram no Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário: a revisão dos indicadores e a
criação do módulo de produtividade mensal.
O módulo de produtividade mensal originou da migração do antigo sistema Justiça Aberta, que era gerido pela Corregedoria
Nacional de Justiça, para o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário. A sistematização do envio dos dados foi reformulada, os
5 O BNDPJ foi regulamentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano de 2004 em decorrência da necessidade de se instituir um banco de dados que pudesse ser utilizado como
instrumento de planejamento, gerência e transparência do Poder Judiciário.
Análise do Poder Judiciário
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conceitos e a forma de apuração de dados de litigiosidade foram alterados, e alinhados com os utilizados no Relatório Justiça
METODOLOGIA
em Números.
Tal migração trouxe imenso benefício na qualidade da informação, haja vista que a responsabilidade pela confiabilidade
dos dados passou a ser dos presidentes de cada tribunal e das corregedorias regionais, ao invés de cada magistrado atuante na
jurisdição. Outra inovação do módulo de produtividade foi expandir o escopo para além da Justiça Estadual e Federal, passando
a abarcar também os Tribunais Superiores, Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais de Justiça Militar dos estados e Tribunais
Regionais Eleitorais.
Outro imenso benefício do módulo de produtividade mensal consiste no cadastro atualizado e permanente de todas as uni-
dades judiciárias do Brasil, georeferenciadas, e o cadastro único dos magistrados.
A partir de 2016, com a criação do módulo de produtividade, os tribunais passaram a transmitir as informações mensalmente
e por serventia, enviados sempre até o dia 20 do mês subsequente ao mês de referência.
A outra grande mudança ocorrida em 2015, e completamente refletida neste relatório, diz respeito às alterações dos glos-
sários e indicadores dos anexos I de cada segmento de justiça, da Resolução 76/2009. Neste processo de revisão, os anexos
passaram por ampla reformulação, e tiveram a primeira coleta de dados neste ano de 2016. Conduzida pela Comissão de Gestão
Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão contou com a participação dos tribunais por meio de consulta pública e de
reuniões com o comitê gestor nacional do Sistema de Estatística do Poder Judiciário.
Neste relatório de 2016 as novas informações já estão disponíveis, o que ensejou importantes modificações no relatório em
relação à última edição:
OO Criação de tópicos relacionados ao tempo de tramitação do processo, que será desdobrado em diversas variáveis. Além
do tempo médio desde o início até o encerramento definitivo do processo, será possível mensurar o tempo médio de
manutenção do acervo, o tempo até a sentença e o tempo entre a sentença e a baixa do processo, o que facilitará a
identificação de gargalos e a elaboração de políticas de gestão;
OO Apuração de indicadores sobre conciliação;
OO Indicadores de carga de trabalho e taxa de congestionamento líquida, que excluem do estoque os processos sobrestados,
suspensos e em arquivo provisório;
OO Divisão dos processos de tribunais superiores e do segundo grau entre originários e recursais, evitando dupla contagem
com os de primeiro grau;
OO Publicação dos indicadores de gestão de pessoas divididos entre primeira e segunda instância, inspirados nas políticas de
atenção ao primeiro grau (Resoluções CNJ 194 e 195, de 2014 e Resolução 219, de 2016),
OO Divulgação da média de gastos com magistrados, servidores, terceirizados e estagiários separadamente;
OO Inclusão do tempo de afastamento do magistrado e do servidor por motivo de licenças, concessões e convocações, de
forma a apurar mais fidedignamente os índices de produtividade.
OO Alteração dos casos pendentes do início do período‑base para o final do período‑base, com o objetivo de obter infor-
mações mais atualizadas relativas ao número de processos em tramitação, e que acarretou em adaptação de algumas
fórmulas.
Cumpre informar que os novos indicadores iniciarão a série histórica no ano de 2015. Para os indicadores já existentes e
que tiveram as fórmulas alteradas, como por exemplo, na carga de trabalho e na taxa de congestionamento, a série histórica foi
reconstruída utilizando‑se as novas definições.
Outro impacto da alteração dos casos pendentes de início para final do período‑base é que o número de processos em
tramitação ao final de cada ano passou a ser conhecido, e não mais estimado como anteriormente. O termo “processos que
tramitaram” que antigamente se referiam à soma dos casos novos e pendentes, passaram a ser computados pela soma dos casos
baixados e pendentes. Este universo de processos, que em 2014 era de 100 milhões e em 2015 passou a ser de 102 milhões,
representa o montante de casos que o judiciário precisou lidar durante o ano, entre os já resolvidos e os não resolvidos.
Para que fosse possível consolidar em um único anuário estatístico, esperado pela comunidade jurídica e com direito à am-
pla divulgação, este relatório foi pensado a ser publicado e dois volumes. No primeiro, o presente documento é constituído do
Relatório Justiça em Números 2016
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relatório analítico que abarca dados gerais de todos os segmentos de justiça e do Poder Judiciário. O segundo documento é o
METODOLOGIA
Envio dos
dados
Tabulação
dos dados
Retificação
dos dados
Análise
dos dados
Informação de
valor agregado
Visualização Tabelas e
Infográficos da informação Gráficos
Mapas Textos
Índice de Produtividade Analíticos
Comparada da Justiça
IPC-Jus
As descrições das técnicas e metodologias utilizadas no presente relatório estão detalhadas a seguir.
Análise do Poder Judiciário
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2.1 Infográficos
METODOLOGIA
Os infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e sintetização de dados, com
o objetivo de facilitar a compreensão das informações. Conforme já explicitado, os infográficos comporão um caderno à parte,
publicado em um segundo volume. Por essa forma de visualização da informação, são expressados de maneira clara e intuitiva os
seguintes dados: orçamento, força de trabalho, tempo médio de tramitação do processo, os assuntos e as classes mais recorrentes
nos processos novos, índice de eficiência comparada, dados gerais de litigiosidade, indicadores de produtividade do tribunal,
indicadores de produtividade dos magistrados e indicadores de produtividade dos servidores da área judiciária.
Na primeira parte dos infográficos encontram‑se os dados para o ano‑base de 2015 sobre o orçamento do tribunal e a força
de trabalho, com as seguintes informações:
OO Orçamento do tribunal: despesa total, com detalhe nas despesas com recursos humanos (remuneração, proventos e
pensão; benefícios; encargos; terceirizados; estagiários e outras) e o restante das despesas com destaque para aquisições
e contratos em informática.
OO Força de trabalho:
OO Magistrados: quantitativo de cargos de magistrados existentes (criados por lei), separados em providos e vagos, com
classificação dos cargos providos por instância (2º e 1º graus), considerando ainda os magistrados que atuam exclusi-
vamente em uma unidade judiciária e os que acumulam funções em mais de uma unidade.
OO Servidores: quantitativo de cargos efetivos existentes (criados por lei), separados em providos e vagos, com classifica-
ção dos servidores da área judiciária por instância e área administrativa.
OO Auxiliares: quantitativo de trabalhadores auxiliares (juízes leigos, conciliadores, terceirizados, estagiários e voluntários).
Já em sua segunda parte são demonstrados por meio de tabelas infográficas e gráficos‑resumo as classes e assuntos mais
recorrentes.
Na segunda página, são apresentados um diagrama com o tempo médio do processo baixado, separando por grau e fases
de conhecimento e execução. Também são apresentados infográficos com o tempo da sentença, tempo da baixa e tempo do
pendente, separados por grau, e no 1º grau, pelas fases de conhecimento e execução.
Na última parte, são apresentados a série histórica do IPC‑Jus e sua posição no ranking, comparativamente a outros tribunais
de mesmo porte. Também são apresentados, por meio de tabelas infográficas, os principais indicadores do tribunal, separados
por grau, tipo e fase, nas seguintes categorias: movimentação processual, gestão do tribunal e produtividade por magistrado e
por servidor.
Relatório Justiça em Números 2016
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O Judiciário possui uma característica peculiar, pois os juízes podem acumular função no juízo comum (1º grau), nos juiza-
dos especiais e nas turmas recursais. Dessa forma, para compor o total de magistrados, é preciso separá‑los em alguns grupos:
a) exclusivos de 1º grau; b) exclusivos de juizados especiais; c) exclusivos de turmas recursais; d) acumulam 1º grau e juizados
especiais; e) acumulam 1º grau e turmas recursais e f) acumulam juizados especiais e turmas recursais. Uma forma interessante
de apresentar esquematicamente problemas relativos aos conjuntos e suas intersecções é o “Diagrama de Venn”, técnica muito
utilizada na matemática.
O “Diagrama de Venn” consiste no uso de figuras geométricas fechadas, normalmente círculos, simbolizando conjuntos e que
permitem verificar a existência de intersecção, ou não, entre eles. Assim, a área sobreposta de dois ou mais círculos significa que
existem elementos que fazem parte dos conjuntos simultaneamente. Caso as figuras não se toquem, temos que os elementos
pertencem a apenas um dos conjuntos, não tendo nenhuma intersecção entre estes.
No relatório utilizaremos os Diagramas de Venn para ilustrar a distribuição dos magistrados e dos servidores entre as diversas
áreas de lotação. Para aumentar a informação disponibilizada pelo diagrama, o tamanho do círculo correspondente a cada área
será proporcional a quantidade de magistrados ou servidores alocados nela. Como exemplo, o gráfico abaixo apresenta a juris-
dição dos magistrados na Justiça Estadual.
1º Grau
1.526
2º Grau (Turmas Recursais)
8.833
(1º grau)
1.684
2.805
(Juizados Especiais)
Analisando‑se o gráfico verificamos que não existe nenhuma intersecção entre o 2º grau, formado por desembargadores e
juízes substitutos de 2º grau, e o conjunto do 1º grau, com juízes de direito. Quanto a estes últimos, verificamos que os juízes de
direito podem atuar simultaneamente em áreas distintas, o que mostra que não poderíamos somar as quantidades apresentadas
no gráfico, devido às intersecções existentes. A soma dos magistrados atuando em cada área é de 13.164 enquanto temos 10.123
juízes de direito, o que mostra que temos 3.041 magistrados atuando em mais de uma área. As diversas intersecções não foram
mostradas devido à dificuldade de visualização das informações detalhadas.
Análise do Poder Judiciário
21
METODOLOGIA
A classificação dos tribunais em portes tem por objetivo criar agrupamentos de forma a respeitar características distintas den-
tro do mesmo ramo de justiça. A separação é feita sempre em três grupos, quais sejam: grande porte, médio porte e pequeno
porte. Os ramos de justiça que contam com essa separação são: Justiça Estadual (27 tribunais), Justiça do Trabalho (24 tribunais)
e Justiça Eleitoral (27 tribunais). Tendo em vista que a Justiça Federal é subdivida em apenas cinco regiões e que a Justiça Militar
Estadual conta com apenas três tribunais, não faria sentido classificá‑los conforme a metodologia.
Para a classificação dos tribunais em portes, utiliza‑se a técnica estatística de análise multivariada6 denominada análise de
componentes principais. A partir da sua aplicação, passa a ser possível reduzir o número de dimensões em análise. No caso es-
pecífico, quatro variáveis são sintetizadas em apenas um fator (escore) obtido por meio de uma combinação linear das variáveis
originais. As quatro variáveis utilizadas no cálculo do escore foram: despesa total da Justiça, total de processos que tramitaram,
total de magistrados e força de trabalho7.
A seguir, apresenta‑se a técnica estatística de análise de componentes principais, utilizada para cálculo dos escores, e, conse-
quentemente, para a definição dos grupos.
Com
Assim, as componentes principais (escores) são as combinações lineares não correlacionadas Y1, Y2,..., Yp, cujas variâncias são
as maiores possíveis. Dessa forma, a primeira componente principal é a que produz combinação linear com variância máxima, a
segunda componente tem a segunda maior variância, e, assim, sucessivamente. Matematicamente, pode‑se escrever:
Primeira componente principal = combinação linear que maximiza , sujeito a .
6 Técnica estatística voltada para casos em que se deseja sintetizar a informação fornecida por diversas variáveis/indicadores.
7 Por força de trabalho, devem ser entendidos os servidores efetivos, os requisitados e os servidores sem vínculo efetivo com a administração pública, assim como as demais categorias
que integram a força de trabalho auxiliar, tais como terceirizados, estagiários, juízes leigos e conciliadores.
Relatório Justiça em Números 2016
22
.
i‑ésima componente principal = combinação linear que maximiza , sujeito a e
.
Dessa forma, o vetor aleatório , com matriz de covariância associada dada por ∑ e com pares de au-
tovalores‑autovetores dados por , onde , tem a i‑ésima componente principal igual a:
Ou seja, a soma das variâncias das p componentes principais é igual à soma das variâncias das p variáveis originais. Conse-
quentemente, a proporção de variância populacional explicada pela k‑ésima componente principal é igual:
Por esse resultado pode‑se concluir que, quando um número pequeno de componentes (digamos, 1, 2 ou até 3, a depender
da quantidade de variáveis em análise) consegue explicar uma proporção satisfatória da variância populacional, ou seja, cerca
de 80% a 90% dos dados, o pesquisador pode utilizar os fatores para suas análises, ao invés das variáveis originais, sem perda de
muita informação.
Considerando que as variáveis utilizadas neste modelo possuem escalas bastante distintas e para que todas pudessem ter o
mesmo peso de influência no modelo, optou‑se pelo uso dos dados padronizados pela distribuição normal, que se resume à
substituição da matriz de covariância pela de correlação.
Uma ferramenta importante na interpretação de fatores é a rotação fatorial. Nela, os eixos dos fatores (escores) são rotacio-
nados em torno da origem até que alguma outra posição seja alcançada. Conforme detalha Hair et al. (2005), existem diversos
métodos de rotação fatorial. Neste trabalho, optou‑se pela varimax, uma das técnicas mais empregadas, na qual a soma de vari-
âncias das cargas da matriz fatorial é maximizada8.
Utilizando essa técnica foi possível obter um escore único, por ramo de justiça, capaz de resumir todo o conteúdo das quatro
variáveis, e com variância explicada de 98% nos tribunais da Justiça Estadual, de 97% nos tribunais da Justiça do Trabalho e de
87% nos tribunais da Justiça Eleitoral. Os tribunais foram ordenados por meio do fator (escore) resultante da análise fatorial e
posteriormente classificados em 3 grupos pré‑definidos: pequeno, médio e grande porte.
8 Mais detalhes sobre tipos de rotação e o método de componentes principais podem ser encontrados em Johnson & Wichern (2007), Hair et al. (2005) e Rencher (2002).
Análise do Poder Judiciário
23
2.4 Mapas
METODOLOGIA
Os mapas foram desenvolvidos nas Justiças Estadual, Trabalhista, Federal, Eleitoral e Militar Estadual com a finalidade de re-
presentar, em perspectiva nacional, como se comportam algumas das variáveis de estrutura, quando correlacionadas com outros
dados tais como litigiosidade e recursos humanos. Alguns dos indicadores constantes dos mapas foram:
OO Habitantes por unidade judiciária de primeiro grau;
OO Casos novos de primeiro grau por unidade judiciária;
OO Casos novos por 100.000 habitantes;
OO Magistrados por 100.000 habitantes.
Devido às especificidades de cada ramo de justiça foram elaborados mapas diferentes ou efetuadas adaptações em relação
a cada ramo.
Na Justiça Federal, a informação territorial valeu‑se, além da divisão em cinco regiões, também da partição por seção judici-
ária. Cabe esclarecer que, quando apresentados os dados pelos cinco TRFs, computam‑se os totais da Justiça, ou seja, a soma do
2º grau, do 1º grau, das turmas recursais, dos juizados especiais e das turmas regionais de uniformização. Já na apresentação por
seção judiciária, apenas a primeira instância está considerada (1º grau, juizados especiais e turmas recursais).
Os dados representados em cada mapa estão dispostos em grupos com o mesmo número de divisões. Para tanto, calculou‑se
a amplitude do indicador (maior valor deduzido do menor valor) e dividiu‑se por cinco. Esse resultado é o intervalo de cada
grupo. Por exemplo, suponha um indicador em que o menor valor é de 1.000 e o maior, 5.000. Assim, a amplitude é de 4.000
(igual a 5.000 – 1.000). Dividindo‑se a amplitude de 4.000 por 5, obtém‑se que cada classe conterá um intervalo de 800. Dessa
forma, a primeira classe abrangerá os tribunais cujo indicador está entre 1.000 (inclusive) e 1.800 (exclusive), a segunda classe de
1.800 a 2.600, e, assim, sucessivamente até a quinta classe.
A vantagem dessa abordagem é que ela permite identificar realmente aqueles tribunais que se destacam, nos grupos extre-
mos, sob a ótica do indicador.
Escala Cartográfica
A escala cartográfica de todas as figuras deste relatório está na ordem de 1:5.000.000, ou seja, (um para cinco milhões).
Isto significa que cada centímetro da escala numérica corresponde a cinco milhões de centímetros do território brasileiro, ou
quinhentos quilômetros.
Em representação gráfica, a escala utilizada é simbolizada por uma linha horizontal com divisão exata da medida numérica.
No caso da escala gráfica utilizada em todas as figuras deste neste relatório, a sua representação da distância existente na super-
fície real é:
Destarte, a representação desta transposição de informações territoriais para o plano gráfico não está presente nas figuras dos
diferentes ramos de Justiça. Mas caso surja o interesse do leitor pelas distâncias entre as unidades da federação, basta se utilizar
da escala gráfica apresentada no parágrafo anterior.
Por fim, a redução escalar é de caráter linear, e não de área. O espaço territorial representado pelas figuras deste relatório foi
reduzido em cinco milhões de vezes horizontal e verticalmente.
Relatório Justiça em Números 2016
24
As seções a seguir apresentam o detalhamento das fórmulas utilizadas no cálculo do IPC‑Jus, bem como o mecanismo de
construção dos gráficos de fronteira de quadrantes, forma ilustrativa muito útil para auxiliar na compreensão do resultado final
do modelo DEA.
Segundo Yeung e Azevedo (2009), o modelo CCR orientado ao output pode ser escrito como um problema de programação
METODOLOGIA
linear da seguinte forma:
Sujeito a
em que é o vetor de inputs, é o vetor de outputs e representa o montante de output necessário para transformar uma uni-
dade (DMU9) ineficiente em eficiente. A variável s‑ mede o excesso de inputs de uma unidade ineficiente e s+ mede a falta de output.
Neste trabalho, a técnica DEA foi aplicada aos dados do Relatório Justiça em Números com o objetivo de verificar a capa-
cidade produtiva de cada tribunal, considerando‑se os insumos disponíveis. A seleção das variáveis para a definição dos inputs
foi feita com o intuito de contemplar a natureza dos três principais recursos utilizados pelos tribunais: os recursos humanos, os
financeiros e os próprios processos. A princípio, foram testados métodos de seleção de variáveis, tais como o Método I‑O Ste‑
pwise Exaustivo Completo, o Método Multicritério para Seleção de Variáveis e o Método Multicritério Combinatório Inicial para
Seleção de Variáveis (SENRA, 2007). Entretanto, esses modelos favoreceram os inputs que tiveram maior correlação linear com o
output (total de processos baixados), favorecendo‑se em alguns casos variáveis semelhantes, como, por exemplo, número de ser-
vidores e, logo em seguida, a despesa com pessoal ativo. Sendo assim, o processo de seleção partiu da categorização das variáveis
nos critérios definidos a seguir, permitindo‑se a utilização em parte do Método Multicritério em conjunto com critérios subjetivos.
Os inputs foram divididos em:
a) Exógeno (não controlável): relativos à própria demanda judicial, pois é essencial para o desenvolvimento do trabalho
jurisdicional a existência de processos que tramitam nos tribunais. Sendo assim, os testes empreendidos levaram em con-
sideração tanto o quantitativo de casos pendentes, quanto o de processos baixados, revelando‑se a soma desses, ou
seja, o total de processos que tramitaram como variável explicativa para os resultados de eficiência.
b) Endógeno (controlável):
i. Recursos financeiros: utilizou‑se a despesa total de cada tribunal excluída a despesa com pessoal inativo e as
despesas com projetos de construção e obras, tendo em vista que tais recursos não contribuem diretamente para a
produção ou a produtividade dos tribunais;
ii. Recursos humanos: como dados de força de trabalho foram utilizados os números de magistrados e de servidores
efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo, excluídos os cedidos a outros órgãos.
Com relação ao output, tem‑se que a variável total de processos baixados é aquela que melhor representa o fluxo de saída
dos processos do Judiciário sob a perspectiva do jurisdicionado que aguarda a resolução do conflito.
Sendo assim, o modelo do IPC‑Jus considera o total de processos baixados com relação ao total de processos que tramita-
ram, o quantitativo de magistrados e servidores (efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo) e a despesa total do tribunal
(excluídas as despesas com pessoal inativo e com obras).
Com as despesas com recursos humanos separadas por grau de jurisdição, foi possível calcular pela primeira vez o IPC‑Jus
do total, e também, de forma separada entre 1º grau e 2º grau. Dessa forma, o IPC‑Jus do total abarca a área administrativa e
as despesas de capital e outras despesas correntes, e o IPC‑Jus do 1ºe 2º graus consideram apenas a força de trabalho que atua
diretamente com a tramitação do processo.
Como resultado da aplicação do modelo DEA, tem‑se um percentual, que varia de 0 (zero) a 100%, revelando que, quanto
maior o valor, melhor o desempenho da unidade, pois significa que ela foi capaz de produzir mais (em baixa de processos) com
9 DMU representa cada unidade de produção analisada no modelo DEA. Do inglês, Decision Making Unit.
Relatório Justiça em Números 2016
26
menos recursos disponíveis (de pessoal, de processos e de despesas). Essa é a medida de eficiência do tribunal, também aqui
METODOLOGIA
onde j = {1,2,3,4,5}, representa cada TRF e nj representa o número de unidades produtivas de cada TRF.
Esse mesmo método também foi utilizado para mensuração da eficiência total dos ramos de Justiça Estadual, Federal e do
Trabalho.
Os gráficos de quadrante estão apresentados em conjunto com o gráfico de fronteira, sem perda de informação. O gráfico é
METODOLOGIA
incrementado pela informação do porte dos tribunais, o que facilita a análise do seu comportamento diante dos demais.
Dessa forma, esses gráficos mostram, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois além dos dois indicadores e do por-
te, os tamanhos de cada ponto estão associados à eficiência do tribunal, sendo que quanto maior o símbolo, maior a eficiência
relativa (IPC‑Jus).
Esses gráficos serão de grande utilidade para ajudar na compreensão do modelo multivariado, que considera simultanea-
mente todos esses insumos e o produto. Se uma unidade de produção alcança o valor máximo de insumo/produto, então ela
é uma unidade eficiente e está localizada na linha de produção do gráfico de fronteira. Além disso, cada quadrante traz uma
interpretação singular sobre as unidades. No primeiro quadrante, estão as unidades cujas duas variáveis estão em níveis altos,
no segundo quadrante encontram‑se as unidades cuja variável representada na horizontal está em um menor nível e a variável
representada na vertical está no maior nível. Já o terceiro quadrante detalha unidades com ambas as variáveis em menor nível e o
quarto quadrante, as que tem maior nível na variável representada na horizontal e menor nível na variável da vertical. No Gráfico
2.2, apresenta‑se um exemplo de gráfico de fronteira. Os tribunais que estão na linha azul são aqueles mais eficientes (tribunais
1 a 4). O tribunal 5, apesar de possuir taxa de congestionamento menor que do tribunal 2, também possui menor Índice de
Produtividade dos Magistrados (IPM). O tribunal 6 é o menos eficiente, nessa exemplificação, pois encontra‑se mais afastado da
linha de produção, e combina maior congestionamento com menor produtividade. As linhas pontilhadas horizontais e verticais
representam, respectivamente, a média do IPM e da taxa de congestionamento. Nesse exemplo em particular, o segundo qua-
drante seria o que os tribunais deveriam visar, pois representam um maior IPM com uma menor taxa de congestionamento. Já o
quarto quadrante seria o que deveria ser evitado, pois combina menor IPM com maiores taxas de congestionamento.
Tribunal 1
2.500
Tribunal 2
2.000
Tribunal 3
Tribunal 5
1.500
Tribunal 4
1.000
500
Tribunal 6
0
Os gráficos de fronteira e de quadrante foram produzidos para a Justiça Estadual, Trabalhista e Federal, ramos de justiça em
que o método DEA foi aplicado. Nos Tribunais Regionais Federais, os gráficos contemplam, além dos resultados dos 5 TRFs,
também das 27 seções judiciárias e do 2º grau.
Por se tratar de uma análise complementar à modelagem DEA, utilizada no cálculo do IPC‑Jus, os gráficos de quadrante e de
fronteira não serão utilizados na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual, pelos motivos já explicitados na subseção anterior.
Nos capítulos da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal serão apresentados em detalhes os resultados do
IPC‑Jus decorrentes da aplicação do método DEA, com os percentuais obtidos por tribunal, e ainda, nas duas primeiras, segundo
o porte.
Análise do Poder Judiciário
29
PODER JUDICIÁRIO
3 Poder Judiciário
Quem compõe:
São órgãos do Poder Judiciário1:
OO Supremo Tribunal Federal;
OO Conselho Nacional de Justiça;
OO Superior Tribunal de Justiça;
OO Tribunal Superior do Trabalho;
OO Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
OO Tribunais e Juízes do Trabalho;
OO Tribunais e Juízes Eleitorais;
OO Tribunais e Juízes Militares;
OO Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Este capítulo destina‑se à análise dos órgãos do Poder Judiciário brasileiro, excluídos o Supremo Tribunal Federal e o Conse-
lho Nacional de Justiça. As informações apresentadas consolidam o total, por grau de jurisdição, das 90 cortes de justiça, quais
sejam: 4 Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM), 27 Tribunais de Justiça Estaduais, 5 Tribunais Regionais Federais, 24 Tribunais
30 Regionais do Trabalho, 27 Tribunais Regionais Eleitorais e 3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais.
É importante frisar que os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Esta-
PODER JUDICIÁRIO
tística do Poder Judiciário (SIESPJ), conforme o art. 4.º da Resolução CNJ 76/2009.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores do Poder Judiciário, com informações abran-
gendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
A primeira seção traz um resumo da estrutura das unidades judiciárias de primeiro grau, com apresentação dos quantitativos
de varas, juizados especiais, zonas eleitorais e auditorias militares. As análises contam com técnica de visualização territorial e,
ainda, com algumas correlações entre estrutura, litigiosidade e aspectos demográficos.
Na segunda seção, apresenta‑se um panorama global dos principais dados constantes no Sistema de Estatística do Poder Ju-
diciário referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) Despesas e receitas totais; b) Despesas
com pessoal e; c) Quadro de pessoal.
A terceira seção demonstra o diagnóstico global da gestão judiciária, com base em indicadores como: índices de produtivi-
dade e carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária; taxa de congestionamento; recorribilidade e índices de
atendimento à demanda, de processos eletrônicos e de conciliação.
Em consonância com a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição regulamentada pela Resolução
CNJ 194/2014, a quarta seção traz comparações entre o 1º e o 2º graus.
A quinta seção se destina à análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com parti-
cular atenção às execuções fiscais. Os indicadores são apresentados separadamente entre as fases de conhecimento e execução
do 1º grau.
A sexta seção é destinada à análise do tempo médio de tramitação processual. A sétima seção mostra um panorama dos
processos criminais; em que há análise da série histórica dos casos novos e pendentes criminais da fase de conhecimento e das
execuções penais.
Por fim, a oitava seção permite uma análise mais detalhada das demandas existentes no Poder Judiciário, com segmentação
dos casos novos por classe processual e por assunto.
Análise do Poder Judiciário
PODER JUDICIÁRIO
Gráfico 3.1 – Unidades judiciárias de 1º grau por justiça
Justiça Estadual
Justiça Militar Estadual 10.156 (64,4%)
13 (0,1%)
Auditoria Militar da União
19 (0,1%)
Justiça Federal
976 (6,2%)
Justiça do Trabalho Justiça Eleitoral
1.570 (10,0%) 3.039 (19,3%)
Total de unidades
judiciárias:
15.773
Varas: Varas:
8.711 (86%) 763 (78%)
Juizados: JEFs:
1.385 (14%) 213 (22%)
A seguir, serão apresentadas as informações de estrutura, na forma de indicadores e mapas de visualização no território nacional.
Os três maiores índices de habitantes por unidade judiciária de primeiro grau estão nos estados do Amazonas, Pará, Maranhão.
Essa é a realidade tanto na Justiça Estadual quanto na Justiça Federal. O Maranhão apresenta o maior índice também no âmbito
da Justiça do Trabalho. Esses três estados possuem 9% da população brasileira, 37% da extensão territorial do Brasil e apenas 7%
das unidades judiciárias. Este pode ser um indicativo de falta de acesso à justiça nestes estados, e que mereceria uma análise mais
aprofundada quanto à distribuição geográfica das varas e da demanda processual. O estado de São Paulo ocupa, no cômputo
geral, o quarto maior índice de concentração de habitantes por unidade judiciária, reflexo na obtenção de índices relativamente
altos concomitantemente na Justiça Estadual e Eleitoral, que juntas são responsáveis por 84% da estrutura de 1º grau.
Relatório Justiça em Números 2016
RR AP
32
AM PA
MA CE
RN
PODER JUDICIÁRIO
PI PB
AC PE
TO AL
RO SE
MT BA
DF
GO
MG
ES
MS
Abaixo de 9.055
SP RJ
9.055 |− 10.965
10.965 |− 12.875 PR
12.875 |− 14.785
Acima de 14.785 SC
RS
Figura 3.3 – Habitantes por varas e juizados especiais estaduais Figura 3.4 – Habitantes por zona eleitoral
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
AC PE AC PE
TO AL AL
SE TO SE
RO RO
MT BA MT BA
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
Abaixo de 13.321 Abaixo de 53.916
SP RJ SP RJ
13.321 |− 17.338 53.916 |− 75.137
17.338 |− 21.356 PR 75.137 |− 96.359 PR
21.356 |− 25.373 96.359 |− 117.580
SC Acima de 117.580 SC
Acima de 25.373
RS RS
Figura 3.5 – Habitantes por vara do trabalho Figura 3.6 – Habitantes por vara e juizado especial federal
RR AP
TRT11 TRT8
AM PA
TRT16 TRT7 TRT21 MA CE
RN
TRT13 PB
TRT22 TRT6 PI PE
AC AL
TRT14 TRT10 TRT19 TO SE
TRT20 RO
TRT23 TRT5 MT BA
DF
GO
TRT18
TRT3 MG
TRT17 ES
TRT24 MS
Abaixo de 124.330 TRT15
Abaixo de 155.435 SP RJ
124.330 |− 168.293 TRT1 155.435 |− 215.034
168.293 |− 212.257 TRT9 TRT2 215.034 |− 274.634 PR
212.257 |− 256.221 274.634 |− 334.234 SC
TRT12
Acima de 256.221 Acima de 334.234
TRT4 RS
Análise do Poder Judiciário
PODER JUDICIÁRIO
3.2.1 Despesas e receitas totais
No ano de 2015, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 79,2 bilhões, o que representou um crescimento de
4,7% e, considerando o quinquênio 2011‑20153, um crescimento médio na ordem de 3,8% ao ano4. Essa despesa equivale a
1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou a 2,6% dos gastos totais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos muni-
cípios ou a um custo pelo serviço de Justiça de R$ 387,56 por habitante, com tendência de crescimento, conforme o Gráfico 3.2.
Na Justiça Estadual, segmento mais representativo, e que abarca 80% dos processos em tramitação, está alocada 56,4% das
despesas (Gráfico 3.3).
R$ 400 R$ 387,56
R$ 368,45 R$ 373,28
R$ 361,08
R$ 360 R$ 346,38
R$ 320 R$ 307,53
R$ 295,73
R$ 280
R$ 240
R$ 200
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Justiça Estadual
Justiça Militar Estadual 44.715.908.973 (56,4%)
132.788.330 (0,2%)
Tribunais Superiores
3.339.508.735 (4,2%)
Justiça Eleitoral
4.576.274.780 (5,8%)
Justiça Federal Justiça do Trabalho
9.977.720.623 (12,6%) 16.485.133.575 (20,8%)
Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 89% da despesa total e compreendem, além da remuneração com
magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio-
‑alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao grande montante destas despesas, elas serão detalhadas no próximo
tópico. Os demais 11% gastos são referentes às despesas de capital (2,2%) e outras despesas correntes (8,6%), que somam R$ 1,7
bilhão e R$ 6,9 bilhões, respectivamente.
A série histórica de gastos com informática apresentou crescimento até 2014. Já em relação a 2015, houve leve redução de
4,6%, reflexo da diminuição de R$ 310,8 milhões nas aquisições com equipamentos de informática.
2 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
3 Para análise do crescimento das despesas, deve‑se considerar o período de 2011 a 2015, tendo em vista que nos anos anteriores a 2011, o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário
ainda não era regulamentado para a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar, o STJ, o STM e o TSE.
4 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Relatório Justiça em Números 2016
As despesas com capital retraíram em 900 milhões (‑34,3%) em relação ao ano anterior. Elas abrangem a aquisição de ve-
ículos, equipamentos e programas de informática e demais bens permanentes, aquisição de imóveis ou bens de capital já em
utilização e outras inversões financeiras.
34
Gráfico 3.4 – Série histórica das despesas com informática e com capital
PODER JUDICIÁRIO
R$ 4,00
R$ 3,38 R$ 3,09
R$ 2,62 R$ 2,72 R$ 2,63
R$ 2,76
Bilhões de R$
R$ 2,33
R$ 1,91 R$ 2,00 R$ 1,90
R$ 2,14 R$ 1,74 R$ 1,75
R$ 1,43 R$ 1,73
R$ 1,52
R$ 0,96 R$ 1,06
R$ 0,90
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
Apesar da expressiva despesa do Poder Judiciário, os cofres públicos receberam em decorrência da atividade jurisdicional,
durante o ano de 2015, cerca de R$ 44,7 bilhões, o que representou um retorno da ordem de 56% das despesas efetuadas. Esse
foi o maior montante aferido na série histórica do septênio (Gráfico 3.5). A Justiça Federal é o segmento responsável pela maior
parte das arrecadações, 53,7% do total do Poder Judiciário (Gráfico 3.6), e único capaz de retornar aos cofres públicos valor
superior às despesas (Gráfico 3.7).
Computam‑se nessa rubrica os recolhimentos com custas, fase de execução, emolumentos e eventuais taxas (R$ 9,2 bilhões,
20% da arrecadação), as receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos judiciais (R$ 4,6 bilhões,
10%), da atividade de execução fiscal (R$ 28,6 bilhões, 64%), da execução previdenciária (1,9 bilhão, 4,2%), da execução das
penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (17 milhões, 0,04%) e receita de imposto de renda
(322,7 milhões, 0,7%). Cabe esclarecer, todavia, que parte de tais arrecadações é realizada por atuação do Judiciário para uma
finalidade de cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, nos processos de execução fiscal e nos impostos causa
mortis, que podem, inclusive, incorrer extrajudicialmente, em valores não computados neste relatório.
R$ 50 R$ 44,7 80%
R$ 37,0
R$ 36,4
R$ 40 R$ 30,8 R$ 29,9 70%
R$ 28,0 R$ 29,1
Bilhões de R$
R$ 30 60%
R$ 20 50%
R$ 10 40%
65,3% 47,7% 46,2% 40,7% 50,1% 39,5% 56,4%
R$ 0 30%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Justiça Federal
Justiça Militar Estadual 23.977.874.778 (53,7%)
1.412.514 (0,0%) 35
Tribunais Superiores
PODER JUDICIÁRIO
48.777.108 (0,1%)
Justiça do Trabalho
2.680.744.430 (6,0%) Justiça Estadual
17.967.189.702 (40,2%)
Despesa Total
Despesa com RH
Percentual de gasto com RH
Relatório Justiça em Números 2016
36 Pessoal e encargos
59.852.642.532
Outras 84,7%
2.544.630.967
PODER JUDICIÁRIO
3,6%
Estagiários
602.817.057
0,9%
Terceirizados
2.921.087.127 Benefícios
4,1% 4.744.766.600
6,7%
Gráfico 3.10 – Despesa média mensal com magistrado e servidor, por justiça
As despesas com magistrados e servidores aumentaram entre 2009 a 2014, e reduziram em 2015 (Gráfico 3.11).
Gráfico 3.11 – Despesas com magistrados e servidores no Poder Judiciário por tipo
42,2
Bilhões de R$
28,4
14,5 4,7
2,0 2,4 3,1 3,7 4,0 4,2
0,6
0,7 0,7 0,8 0,9 1,1 1,3 2,5
De forma inédita, as despesas com cargo em comissão e função comissionada puderam ser separadas entre: 1º grau, 2º grau
e área administrativa.
Observa‑se por intermédio do Gráfico 3.12 que, apesar do 2º grau deter 14% do número total de magistrados, 12% do total
de servidores e 18% do total gasto com ambos, esta instância abarca 30% das despesas com cargos em comissão e com funções
de confiança, o que demonstra que a alocação dos mais altos cargos ocorre na sua área judiciária. Na área administrativa, há
maior equivalência entre quantidade de servidores e valores das funções.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 3.12 – Percentual de despesas e recursos humanos no Poder Judiciário por cargo e instância
PODER JUDICIÁRIO
Cargos em comissão 27% 53% 20%
Despesas com cargo em comissão 30% 50% 20%
Funções comissionadas 18% 55% 26%
Despesa com função comissionada 30% 46% 24%
2° Grau 1° Grau Área Administrativa
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: cedidos, requisitados
auxiliar:
17.338 (3,8%) e comissionados:
155.644 (34,5%)
278.515 (61,7%)
2º grau: Superiores:
2.381 (13,7%) 3.466 (1,6%)
2º grau:
32.991 (15%)
1º grau (varas,
juizados especiais 1º grau, juizados
e turmas recursais): e turmas:
14.882 (85,8%) 182.998 (83,4%)
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 3.13 – Total de magistrados no Poder Judiciário, por justiça Gráfico 3.14 – Magistrados por 100.000 habitante, por justiça
Tribunais Superiores
75 (0,5%) Poder Judiciário 7,91
Justiça Federal
1.659 (10,3%) Justiça do Trabalho
3.332 (20,6%)
Ao final de 2015, havia 17.338 cargos de magistrados providos no Poder Judiciário. Considerando a soma de todos os dias
de afastamento, obtém‑se uma média de 1.161 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício
de 2015, o que representaria um absenteísmo de 6,7%. Tais afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações
para instância superior, entre outros motivos. Não são computados períodos de férias e recessos. Isso implica dizer, que, em
média, 16.177 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição durante o ano.
Existem, criados por lei, 22.423 cargos de magistrados no Poder Judiciário, o que implica a existência de 5.085 cargos vagos
(22,7%), conforme consta no Gráfico 3.15. Apesar da série histórica de 2011‑2015 apontar para um aumento de 6% no número
de cargos existentes, o número de cargos providos cresceu em apenas 3%. Por esse motivo, há aumento no número de cargos
vagos. Na Justiça Federal e na Justiça Estadual está a maior parcela de cargos não providos, com 27% e 26%, respectivamente,
conforme aponta o Gráfico 3.16.
Dos 17.338 magistrados, 75 são ministros5, 14.882 são juízes de direito (86%), 2.211 são desembargadores (13%) e 170 são juízes
substitutos de 2º grau (1,0%). É interessante ainda constatar que os cargos vagos são basicamente de juízes de direito, pois, ao passo que
no segundo grau existem 75 cargos de desembargadores criados por lei e não providos (3,1%), no primeiro grau tem‑se 5.010 (25,2%).
30.000 30%
20.722 21.210 21.829 22.314 22.421 22.423
24.000 20.003 26%
18.000 22%
15.946 16.883 16.908 16.686 17.088 17.404 17.338 18%
12.000
6.000 20,3% 18,5% 20,3% 23,6% 23,4% 22,4% 22,7% 14%
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Percentual de cargos vagos
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
5 Incluídos os 33 Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os 27 Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os 15 Ministros do STM.
Análise do Poder Judiciário
O Gráfico 3.17 demonstra as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 14.882 juízes de direito, 13.067
atuam no juízo comum, sendo 9.858 (75%) de forma exclusiva e os demais 3.209 (25%) com acúmulo de função em juizados
especiais e/ou em turmas recursais. Magistrados atuando em juizados especiais exclusivos são apenas 1.256, ou seja, correspon-
dem a 8% dos juízes e a 35% daqueles que atuam em juizados cumulativamente ou não (3.554). Dos que exercem jurisdição em 39
turmas recursais (1.724), 18% (205) o fazem de forma exclusiva. Na Justiça Federal, 90% dos magistrados de turma recursal são
exclusivos e, na Justiça Estadual, apenas 8%.
PODER JUDICIÁRIO
Gráfico 3.17 ‑ Jurisdição dos magistrados no Poder Judiciário
1º Grau
Tribunais 2º Grau
Superiores
75 2.381 3.554
(Juizados Especiais)
1.724 13.067
(Turmas Recursais) (1º grau)
Ao final de 2015, o Poder Judiciário possuía o total de 278.515 servidores, sendo 242.646 do quadro efetivo (87,1%),
20.405 requisitados e cedidos de outros órgãos (7,3%) e 15.464 comissionados sem vínculo efetivo (5,6%). Considerando o tem-
po total de afastamento, aproximadamente 12.254 servidores (4,4%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015.
Do total de servidores, 219.455 (78,8%) estavam lotados na área judiciária, restando 59.060 (21,2%) na área administrativa.
Dentre os que atuam diretamente com a tramitação do processo, 182.998 (83,4%) estão no primeiro grau de jurisdição (Grá-
fico 3.20), que concentra 85,3% dos processos ingressados e 94,7% do acervo processual. Vale lembrar que a Resolução CNJ
219/2016 estabelece que a área administrativa deve ser composta por, no máximo, 30% da força de trabalho. O Gráfico 3.19
demonstra essa distribuição por segmento de justiça, pelo qual observa‑se que na Justiça Estadual, na Justiça Federal e na Justiça
do Trabalho, no geral, a relação está sendo cumprida.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 55.031 cargos criados por lei e ainda não providos6, que
representam 18,8% dos cargos efetivos existentes, percentual que apresenta leve redução desde 2011 (Gráfico 3.21). Cerca de
95% dos cargos vagos são referentes à Justiça Estadual.
Justiça Eleitoral
20.442 (7,3%)
Justiça Federal Justiça do Trabalho
28.296 (10,2%) 41.747 (15,0%)
6 O Tribunal Regional Federal da 1ª Região não encaminhou o quantitativo de cargos existentes no ano de 2015, por isso a diferença entre o número de cargos existentes e providos
difere do número de cargos vagos.
Relatório Justiça em Números 2016
1º Grau
Tribunais 2º Grau
Superiores Administrativa
27.793
(Juizados Especiais)
3.466 32.956
164.372 59.060
(1º grau)
35
(Turmas Regionais de
Uniformização)
1.656
(Turmas Recursais)
Gráfico 3.21 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Poder Judiciário
400.000 30%
291.956 294.468 298.784 300.629 293.287
320.000 240.711 245.279 26%
240.000 22%
237.128 242.707 245.335 246.339
160.000 202.859 209.599 232.640 18%
80.000 19,7% 18,6% 20,4% 19,7% 18,9% 18,5% 18,8% 14%
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Por fim, o Poder Judiciário conta, ainda, com o apoio de 155.644 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma de
terceirizados (47%) e estagiários (42%), conforme observado no Gráfico 3.23. Esses dois tipos de contratação têm crescido gra-
dativamente e chegaram a acumular, respectivamente, variação de 85% e 83% no período 2009‑2015. Neste mesmo período, o
número de servidores efetivos cresceu apenas 6%. 41
PODER JUDICIÁRIO
Gráfico 3.23 – Força de trabalho auxiliar do Poder Judiciário
1,4%
7,4% 1,1%
Auxiliares
1,9%
Conciliadores
Estagiários
Juízes leigos
155.644 Terceirizados
46,5% Trabalhadores de serventias privatizadas
41,7% Voluntários
Relatório Justiça em Números 2016
dos anexos da Resolução 76/20097, alguns indicadores tiveram suas fórmulas adaptadas.
Dentre as alterações, pode‑se citar a adaptação nos indicadores de demanda, produtividade e de carga de trabalho por
magistrado e servidor. Os índices passaram a ser mais precisos e a refletir valores mais próximos da realidade, ao deduzirem da
força de trabalho o número de dias de afastamento ocorridos em virtude de licenças, convocações e concessões, e, sendo assim,
passaram a considerar o número médio de trabalhadores que efetivamente permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015.
Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamentos por 6 meses ou mais e no caso dos servidores da área
judiciária, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
Outra grande mudança diz respeito à data‑base de aferição dos casos pendentes, que passou do início para o final de cada
ano de referência. A principal vantagem é que o número de processos em tramitação ao final de cada ano passou a ser conheci-
do, e não mais estimado como nas edições anteriores. Por consequência, as fórmulas dos indicadores precisaram ser adaptadas.
É importante esclarecer que tal modificação se deu unicamente sobre o conceito matemático, sendo mantida a interpretação
do indicador. Assim sendo, foram alteradas as fórmulas da taxa de congestionamento, da carga de trabalho e do número de
“processos que tramitaram”.
O termo “processos que tramitaram”, que antigamente se referia à soma dos casos novos e pendentes, passou a ser computa-
do pela soma dos casos baixados e pendentes. Este universo de processos, que em 2014 era de 100 milhões e em 2015 passou
a ser de 102 milhões, representa o montante de casos que o judiciário precisou lidar durante o ano, entre os já resolvidos e os
não resolvidos. Não é, de forma alguma, o número de processos em tramitação, pois por este conceito compreende‑se o que de
fato está pendente no judiciário aguardando solução definitiva.
Com isto posto, podemos afirmar que o Poder Judiciário finalizou o ano de 2015 com quase 74 milhões de processos em
tramitação. Mesmo tendo baixado 1,2 milhão de processos a mais do que o quantitativo ingressado (índice de atendimento à
demanda de 104%), o estoque aumentou em 1,9 milhão de processos (3%) em relação ao ano anterior. Tais resultados são basi-
camente um reflexo direto da Justiça Estadual, que abarca 80% dos processos pendentes. Destaca‑se que, conforme o glossário
da Resolução CNJ 76/2009, consideram‑se baixados os processos:
a) Remetidos para outros órgãos judiciais competentes, desde que vinculados a tribunais diferentes;
b) Remetidos para as instâncias superiores ou inferiores;
c) Arquivados definitivamente;
d) Em que houve decisões que transitaram em julgado e iniciou‑se a liquidação, cumprimento ou execução.
Os casos pendentes, por sua vez, são todos aqueles que nunca receberam movimento de baixa, em cada uma das fases
analisadas. Observe que podem existir situações em que autos já baixados retornam à tramitação sem figurar como caso novo.
São os casos de sentenças anuladas na instância superior, de remessas e retornos de autos entre tribunais em razão de declínio
de competência ou de devolução dos processos para a instância inferior para aguardar julgamento dos recursos repetitivos ou
em repercussão geral.
Tais fatores ajudam a entender porque, apesar de se verificar um número de processos baixados quase sempre equivalente
ao número de casos novos, o estoque de processos no Poder Judiciário (74 milhões) continua aumentando desde o ano de 2009,
conforme demonstra o Gráfico 3.24. O crescimento acumulado deste período foi de 19,4%, ou seja, 9,6 milhões de processos a
mais em relação àquele ano. Dessa forma, mesmo que o Poder Judiciário fosse paralisado sem ingresso de novas demandas, com
a atual produtividade de magistrados e servidores, seriam necessários aproximadamente 3 anos de trabalho para zerar o estoque.
Na Justiça Militar Estadual e na Justiça Eleitoral, a situação é inversa, pois o acervo é menor que a demanda.
A série histórica aponta crescimento no número de casos novos até o ano de 2014, com uma redução de 5,5% em 2015.
Com exceção da Justiça do Trabalho (+1,7%), todos os demais segmentos tiveram queda na demanda. O número de processos
baixados também sofreu leve retração (‑0,01%), apesar do aumento de 1,2% na Justiça do Trabalho e de 17,5% nos Tribunais
Superiores. 43
A Justiça Estadual é o segmento responsável por 69,3% da demanda e 79,8% do acervo processual do Poder Judiciário. Em
PODER JUDICIÁRIO
segundo lugar, por sua vez, está a Justiça Federal no que tange ao acervo (12,9% do total), e a Justiça do Trabalho (14,9% do total),
no que tange à demanda. A Justiça Federal foi a única que conseguiu reduzir o número de casos pendentes em 2015 (‑3,7%),
mesmo que sutilmente. No total, o crescimento dos casos pendentes foi de 2,6% no último ano e 21,8% no período 2009‑2015.
Os casos novos retraíram no último ano (‑5,5%), fenômeno observado em todos segmentos de justiça, à exceção da Justiça
do Trabalho (alta de 1,7%). Em 2015, ingressaram 1,6 milhão de processos a menos que em 2014.
80 72,0 73,9
70,8
67,1
68 61,9 64,4
60,7
56
Milhões
44
20,0 19,8
13,2
Gráfico 3.26 – Casos novos do Poder Judiciário, por justiça Gráfico 3.27 – Casos pendentes do Poder Judiciário, por justiça
Gráfico 3.29 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados no Poder Judiciário
7.000 6.577
6.055 6.182 6.177
5.525 5.650
5.800 5.371
5.966
4.600
3.400
Gráfico 3.31 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário
600
490 506
470 464 468 474
500 452
459
45
400
PODER JUDICIÁRIO
300
Gráfico 3.32 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por segmento de justiça
8 As únicas exceções, a teor do artigo 334, seriam os casos nos quais a petição inicial não preenche os seus requisitos essenciais ou nos processos em que seja possível decidir, desde
logo, pela improcedência liminar do pedido.
Relatório Justiça em Números 2016
Tribunais Superiores 0%
Poder Judiciário 11%
9 A recorribilidade externa total considera a recorribilidade do 1º grau para o 2º grau e a recorribilidade do 2º grau para os tribunais superiores.
Análise do Poder Judiciário
Importante ter em mente que o resultado global do Poder Judiciário, advém, especialmente, do comportamento da Justiça
Estadual, que concentra a maioria dos processos.
Quanto à recorribilidade interna, o maior índice está no âmbito dos Tribunais Superiores (30,4%) e os menores valores estão
na Justiça Estadual (7,3%) e na Eleitoral (3,6%). 47
PODER JUDICIÁRIO
Gráfico 3.34 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa no Poder Judiciário
Gráfico 3.35 – Indicadores de recorribilidade interna e externa do Poder Judiciário, por justiça
O diagrama apresentado na Figura 3.8 representa bem como funciona o sistema recursal do Poder Judiciário. É nítido per-
ceber que, quanto mais se aproxima das instâncias superiores, maiores são os índices de recorribilidade, tanto externos quanto
internos. Os Tribunais Superiores, assim como está o funcionamento da justiça brasileira, ficam abarrotados de casos eminente-
mente de natureza recursal, que correspondem a 89,4% de suas demandas.
No primeiro grau, ao contrário, os índices de recorribilidade tendem a ser menores e variam significativamente entre os
segmentos de justiça. Ainda assim, os tribunais de segunda instância também trabalham predominantemente com processos em
grau de recurso. A exceção é nos TREs, com mais da metade dos casos novos originários.
A Justiça do Trabalho é o segmento com maior recorribilidade externa, com altos índices nas varas do trabalho (45,9%) e nos
TRTs (73%). Nos juizados especiais federais, também com alto índice, verifica‑se que, em média, 42% das decisões chegam às
turmas recursais.
A recorribilidade interna é outro entrave nos tribunais, mas pouco presente no 1º grau. Os maiores índices ocorrem no STJ
(33,0%), no TSE (32,6%) e nos TRFs (37,8%).
Relatório Justiça em Números 2016
Recorribilidade
48
Supremo Tribunal Federal
PODER JUDICIÁRIO
Superior Tribunal de Justiça Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior Eleitoral Superior Tribunal Militar
Casos novos Originários: 55.697 (17%) Casos novos Originários: 959 (0,5%) Casos novos Originários: 246 (7%) Casos novos Originários: 243 (28%)
Casos novos Recursais: 269.966 (83%) Casos novos Recursais: 207.290 (99,5%) Casos novos Recursais: 3.280 (93%) Casos novos Recursais: 632 (72%)
Recorribilidade interna: 33,0% Recorribilidade interna: 26,6% Recorribilidade interna: 32,6% Recorribilidade interna: 27,4%
Varas Estaduais Varas Federais Auditorias Varas do Trabalho Cartórios Eleitorais Auditorias
Casos novos: 11.260.388 Casos novos: 1.093.395 Casos novos: 2.734 Casos novos: 3.401.510 Casos novos: 91.218 Casos novos: 1.658
Recorribilidade interna: 5,3% Recorribilidade interna: 12,2% Recorribilidade interna: 1,0% Recorribilidade interna: 11,2% Recorribilidade interna: 0,3% Recorribilidade interna: -
12,7% 48,8%
Gráfico 3.36 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda
e de processos eletrônicos no Poder Judiciário
90%
49
70,6% 72,0% 71,4% 70,8% 71,6% 71,7% 72,2%
70%
PODER JUDICIÁRIO
55,7% 69,2%
50% 44,3%
30,4%
30% 18,4% 20,3%
11,2% 13,2%
10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
O indicador de casos novos eletrônicos é calculado considerando o total de casos novos ingressados eletronicamente em
relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, desconsideradas as execuções judiciais iniciadas. O Brasil caminha a passos
largos no cenário mundial como precursor na virtualização dos processos, tendo em vista que o percentual de casos novos ele-
trônicos tem aumentado gradativamente desde o ano de 2009 no Poder Judiciário.
Com o advento das Tabelas Processuais Unificadas (TPUs), instituída pela Resolução CNJ 46/2007, os códigos de classe,
assunto e movimentos foram padronizados nacionalmente, sendo este o primeiro passo para viabilizar a criação de um sistema
único de informações. Dessa forma, em junho de 2011, o CNJ, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançou
o sistema PJe – Processo Judicial eletrônico. Trata‑se de ferramenta gratuita, disponibilizada a todos os tribunais brasileiros, capaz
de permitir a tramitação e o acompanhamento processual, independentemente do ramo de justiça. Por meio da Resolução CNJ
185, de 18 de dezembro de 2014, o Conselho Nacional de Justiça instituiu formalmente o sistema PJe e estabeleceu os parâme-
tros para sua implementação e seu funcionamento. A referida resolução determinou, ainda, que todos os tribunais constituíssem
comitês gestores, com plano e cronograma de implantação do PJe.
Relatório Justiça em Números 2016
Mais da metade dos processos ingressaram eletronicamente no Poder Judiciário em 2015, o que implica o universo de 13,6
milhões de processos (Gráfico 3.39). Destaca‑se a justiça trabalhista, segmento com maior índice de virtualização dos processos,
com 100% dos casos novos eletrônicos no TST e 77,1% nos Tribunais Regionais do Trabalho, sendo 82,9% no 2º grau e 54% no
50 1º grau. Até o final de 2015, a Justiça Eleitoral ainda não tinha iniciado a implantação de processos eletrônicos, movimento que
foi iniciado em 2016. A Justiça Militar Estadual iniciou a implantação do PJe ao final de 2014, e chegou em 2015 com 13,7% dos
processos novos eletrônicos. Causa estranheza o dado da Justiça Federal, único segmento com redução no índice (de 73,2% em
PODER JUDICIÁRIO
2014 para 63,6% em 2015), fenômeno observado em quase todos os TRFs, à exceção da 2ª Região.
PODER JUDICIÁRIO
serviços judiciários da primeira instância dos tribunais brasileiros.
Na mesma linha de atuação, o CNJ publicou as seguintes resoluções:
Resolução CNJ 195, de 3 de junho de 2014: determinou que a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder Judiciário
de primeiro e segundo graus fosse proporcional à demanda e ao acervo processual;
Resolução CNJ 219, de 26 de abril de 2016: determinou que a distribuição de servidores, de cargos em comissão e de
funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus fosse proporcional à demanda, e criou
critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias.
Esta seção tem como objetivo central compreender o fenômeno da litigiosidade e dos recursos humanos disponíveis no Poder
Judiciário, trazendo análises sobre os principais indicadores de desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada tri-
bunal, comparando‑se os resultados do 1º e 2º graus. Também é apresentado, para cada indicador, um gráfico da série histórica
do consolidado do Poder Judiciário, segmentado por grau de jurisdição.
Diante de tais dados, espera‑se compreender como os recursos humanos estão distribuídos nos tribunais, e ainda, como tal
distribuição impacta os resultados globais. Importante ressaltar que o primeiro grau se refere à soma do juízo comum aos juizados
especiais e às turmas recursais. Nas análises que seguem excluem‑se os dados dos tribunais superiores.
Gráfico 3.40 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e
funções comissionadas no primeiro grau de jurisdição, por justiça
75%
66%
Poder Judiciário 83%
52 86%
76%
PODER JUDICIÁRIO
68%
Justiça Estadual 87%
89%
78%
59%
Justiça Federal 83%
86%
69%
54%
Justiça do Trabalho 73%
84%
87%
0%
Justiça Eleitoral 87%
74%
0%
38%
Justiça Militar Estadual 68%
63%
10 Ao contrário dos casos novos por magistrado, que somente as execuções extrajudiciais e casos novos de conhecimento são computados.
Análise do Poder Judiciário
OO Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação ao número
de acórdãos e decisões publicadas.
OO Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais). 53
OO IAD – Índice de Atendimento à Demanda: indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos
PODER JUDICIÁRIO
em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para
evitar aumento dos casos pendentes.
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao
final do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
É importante esclarecer que, a partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos servidores passou
a ser mais preciso, ao computar a soma de todos os dias de afastamento. Dessa forma, o denominador dos indicadores de carga
de trabalho, IPM, IPS‑Jud e casos novos por magistrado e servidor passaram a considerar o número médio de trabalhadores que
permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015. Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamentos
por 6 meses ou mais. No caso dos servidores, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
2° Grau 1° Grau
3.612 Justiça Federal 1.823
1.495 Justiça Estadual 1.590
1.210 Justiça do Trabalho 951
71 Justiça Militar Estadual 106
56 Justiça Eleitoral 30
1.455 Poder Judiciário 1.487
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 3.42 – Série histórica dos casos novos por magistrado no Poder Judiciário
2.000
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 3.43 – Casos novos por servidor da área judiciária, por justiça
2° Grau 1° Grau
139 Justiça Federal 162
138 Justiça Estadual 120
79 Justiça do Trabalho 118
21 Justiça Militar Estadual 14
7 Justiça Eleitoral 8
109 Poder Judiciário 116
Gráfico 3.44 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária
200
178
156
131
134 121 125 122 121
120 116
126 118 123 120 116
112 119
102 116 95
100 105 101 109 109
90
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2° Grau 1° Grau
2.897 Justiça Estadual 8.219
14.764 Justiça Federal 7.432
2.294 Justiça do Trabalho 3.143
139 Justiça Militar Estadual 246
209 Justiça Eleitoral 53
3.250 Poder Judiciário 7.082
Análise do Poder Judiciário
8.000
7.082
6.522 6.673 6.631
6.800 6.058
5.916 5.747 6.417 55
5.600 6.577
6.055 6.182 6.177
5.525 5.371 5.650
PODER JUDICIÁRIO
4.400
3.269 3.210 3.437 3.250
2.912 2.953 3.099
3.200
2.970
2.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
2º grau (sem suspensos)
Total
2° Grau 1° Grau
569 Justiça Federal 662
268 Justiça Estadual 618
150 Justiça do Trabalho 391
41 Justiça Militar Estadual 33
26 Justiça Eleitoral 15
244 Poder Judiciário 554
2° Grau 1° Grau
4.339 Justiça Federal 1.979
1.416 Justiça Estadual 1.895
1.146 Justiça do Trabalho 1.305
87 Justiça Militar Estadual 123
138 Justiça Eleitoral 30
1.436 Poder Judiciário 1.784
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 3.51 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud), por justiça
2° Grau 1° Grau
167 Justiça Federal 176
75 Justiça do Trabalho 162
131 Justiça Estadual 142
25 Justiça Militar Estadual 17
17 Justiça Eleitoral 8
108 Poder Judiciário 140
Gráfico 3.52 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud)
200
178
156 150
136 135 140
134 132 134
134 141
131 135
129 126 129 130
112 105 108
98 101 101
94 94
90
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2° Grau 1° Grau
0,3% Justiça do Trabalho 31,1%
0,2% Justiça Estadual 10,7% 57
1,0% Justiça Federal 4,0%
0,0% Justiça Eleitoral 1,0%
PODER JUDICIÁRIO
0,3% Poder Judiciário 13,0%
As diferenças aqui percebidas, acentuadas e praticamente constantes de tribunal para tribunal, podem ser explicadas pela
praxe jurídica corrente no Brasil. De fato, é incomum a inserção, nas rotinas de trabalho dos órgãos de 2º grau de jurisdição, de
providências de aproximação, conciliação ou mediação entre as partes de um recurso.
Em geral, as secretarias das turmas e câmaras e os próprios julgadores priorizam a análise minuciosa dos requisitos de ad-
missibilidade das diversas espécies recursais, na produção e exaurimento de pautas de julgamento e, com isso, as alternativas
consensuais de solução de litígios são deixadas em segundo plano.
Além disso, não se pode desconsiderar o efeito desestimulante ao acordo operado pela sucumbência determinada na decisão
recorrida. Em regra, da sentença resultam vencedor e vencido, o que reduz a propensão do primeiro de transigir com direitos
que já lhe foram reconhecidos em pronunciamento judicial.
Numa ou noutra hipótese, as dificuldades parecem mais culturais do que efetivamente estruturais, sendo de se esperar uma inver-
são de tendência na série histórica que ora se inicia em razão das exaustivas políticas desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Justiça
e da lógica do novo Código de Processo Civil, voltadas e amplamente favoráveis às soluções consensuais dos processos judiciais.
2° Grau 1° Grau
21,9% Justiça do Trabalho 11,2%
37,8% Justiça Federal 6,3%
21,2% Justiça Estadual 4,6%
20,6% Justiça Militar Estadual 1,0%
12,0% Justiça Eleitoral 0,3%
23,8% Poder Judiciário 5,7%
11 Nos agravos internos e regimentais a reapreciação do recurso é feita por um órgão colegiado, ao qual o relator é vinculado. Nos embargos infringentes a matéria é submetida a
outro órgão colegiado do tribunal.
Relatório Justiça em Números 2016
30%
23,6% 23,7% 24,3% 24,3% 24,6% 23,4% 23,8%
24%
58
18%
10,4%
PODER JUDICIÁRIO
1º Grau
2º Grau
Total
2° Grau 1° Grau
73,0% Justiça do Trabalho 45,5%
28,8% Justiça Federal 35,0%
34,0% Justiça Militar Estadual 12,8%
29,3% Justiça Estadual 8,2%
16,8% Justiça Eleitoral 4,2%
38,5% Poder Judiciário 12,7%
24%
15,9% 14,7% 14,9%
16% 10,9% 11,3% 12,0%
10,3%
13,6% 12,6% 12,7%
8% 10,3%
8,5% 9,0% 9,4%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Justiça Federal, Militar Estadual e Eleitoral, os processos baixados superam os casos novos apenas no 2º grau. A série histórica (Grá-
fico 3.61), apesar de apresentar muitas oscilações no período, mostra que em 2015 houve crescimento em ambas as instâncias.
Sobre a taxa de congestionamento, chama atenção a diferença da taxa de congestionamento líquida entre as duas instâncias.
Esse índice, que passou a ser aferido somente a partir de 2015, demonstra o percentual de processos que permaneceu sem solução 59
durante o ano, desconsiderando os casos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório. A diferença da taxa de congestionamento
PODER JUDICIÁRIO
bruta entre as duas instâncias que já é alta, em 25 pontos percentuais (p.p.), passa a ser de 28 p.p, quando considerada a taxa líquida.
Observe‑se pelo Gráfico 3.63, que a alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário segue, basicamente, o reflexo do
primeiro grau de jurisdição. Em relação a este indicador pode‑se dizer que o 2º grau está até relativamente bem, pois com uma
taxa de congestionamento líquida de 43,1% e um estoque inferior à demanda que registrou queda de 9% no último ano, trata‑se
de situação bem mais favorável do que a constatada no 1º grau, cujo estoque cresceu em 3% e equivale ao triplo dos casos novos.
Daí verifica‑se que, de fato, há necessidade de um olhar mais atento para esta instância, conforme prevê a Política Nacional de
Atenção Prioritária do Primeiro Grau de Jurisdição, instituída pelo CNJ desde 2015.
2° Grau 1° Grau
54,0% Justiça do Trabalho 82,9%
44,1% Justiça Federal 66,9%
36,9% Justiça Estadual 51,7%
6,3% Justiça Militar Estadual 18,9%
0,0% Justiça Eleitoral 0,0%
41,0% Poder Judiciário 57,6%
Gráfico 3.59 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos no Poder Judiciário
57,6%
60%
45,7% 55,7%
48%
2° Grau 1° Grau
94,7% Justiça do Trabalho 107,0%
94,7% Justiça Estadual 106,8%
226,9% Justiça Eleitoral 98,0%
120,1% Justiça Federal 94,9%
123,5% Justiça Militar Estadual 89,9%
98,7% Poder Judiciário 105,2%
Relatório Justiça em Números 2016
110%
105,2%
106% 103,7%
60 101,1% 99,6% 104,4%
102% 99,4% 99,7%
102,9% 98,9% 98,8% 98,4% 99,7%
100,5% 98,7%
PODER JUDICIÁRIO
98%
95,5% 98,4% 98,6% 98,4% 98,6%
94,2%
94%
93,0%
90%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2° Grau 1° Grau
43,6% Justiça Estadual 76,4%
65,6% Justiça Federal 72,5%
41,8% Justiça do Trabalho 55,8%
26,9% Justiça Militar Estadual 49,6%
29,3% Justiça Eleitoral 43,7%
48,8% Poder Judiciário 74,1%
80%
73,5% 73,1% 73,4% 73,3% 74,1%
72,0% 72,7%
72% 72,2%
72,0% 71,4% 70,8% 71,6% 71,7% 71,3%
70,6%
64%
PODER JUDICIÁRIO
adianta envidar esforços para solucionar rapidamente o mérito do conflito se o Poder Judiciário não consegue entregar, de ma-
neira efetiva, a prestação jurisdicional a quem faz jus.
O novo Código de Processo Civil deu um passo na direção da execução mais equilibrada, ao criar a necessidade de dotar o
credor de mecanismos ágeis e efetivos de satisfação de seus direitos com a menor onerosidade possível para o devedor.
Para bem ilustrar o desafio a ser enfrentado, constava no Poder Judiciário um acervo de quase 74 milhões de processos pen-
dentes de baixa no final do ano de 2015, dentre os quais, mais da metade (51,9%) se referiam à fase de execução. Por essa razão,
desenvolveu‑se uma seção que trata especificamente sobre os processos que tramitaram nesta fase processual. Dentre as execuções,
consideram‑se, conforme o Gráfico 3.65, as execuções judiciais criminais (de pena privativa de liberdade e pena não‑privativa de li-
berdade), as execuções judiciais não criminais e as execuções de títulos executivos extrajudiciais, segregadas entre fiscais e não fiscais.
O impacto da execução é significativo não somente no âmbito do Poder Judiciário, como também nos três principais seg-
mentos de justiça, e representam, 53,7%, 50% e 41,9% do acervo das Justiças Estadual, Federal e do Trabalho, respectivamente.
Dentre as execuções pendentes, 82,7% (32 milhões) está na Justiça Estadual, 11,8% (4,5 milhões) está na Justiça Federal e 5,5%
(2,1 milhões), na Justiça do Trabalho, conforme aponta o Gráfico 3.64.
Os processos de execução fiscal são os grandes responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário, tendo
em vista que representam aproximadamente 39% do total de casos pendentes e apresentaram congestionamento de 91,9%, o
maior dentre os tipos de processos analisados neste relatório. Devido ao seu grande impacto nos indicadores globais, esta classe
será tratada detalhadamente a seguir.
Justiça do Trabalho
Justiça Estadual 2.115.171 (5,5%)
31.719.049 (82,7%) Justiça Federal
4.537.809 (11,8%)
Relatório Justiça em Números 2016
1.167.469
Turmas Recursais 1.065.633 1.508.160
3.777
Turmas Regionais de Uniformização 3.918 5.080
Conhecimento
2.225.873
Criminal 1.931.542 5.751.312
15.160.418
Não criminal 14.027.975 24.347.933
17.386.291
Total Conhecimento 15.959.517 30.099.245
Execução
2.534.902
Execução fiscal
Extrajudicial
2.650.326 28.937.316
619.817
Execução não fiscal 732.953 2.555.626
3.154.719
Total Execução Extrajudicial 3.383.279 31.492.942
169.850
Pena privativa de liberdade 281.007 831.196
154.390
Pena não privativa de liberdade
Judicial
165.810 343.893
2.953.484
Não criminal 2.421.212 5.706.810
2.768.073
Total Execução Judicial 2.868.961 6.883.541
5.922.792
Total Execução 6.252.240 38.376.483
2º Grau 49%
Análise do Poder Judiciário
PODER JUDICIÁRIO
Dessa forma, o processo judicial acaba por repetir etapas e providências de localização do devedor ou patrimônio capaz de
satisfazer o crédito tributário já adotadas pela administração fazendária ou pelo conselho de fiscalização profissional sem sucesso,
de modo que chegam ao Judiciário justamente aqueles títulos cujas dívidas já são antigas, e por consequência, mais difíceis de
serem recuperadas.
Basta ver que os processos de execução fiscal representam, aproximadamente, 39% do total de casos pendentes e 75% das
execuções pendentes no Poder Judiciário. Os processos desta classe apresentam alta taxa de congestionamento, 91,9%, ou seja,
de cada 100 processos de execução fiscal que tramitaram no ano de 2015, apenas 8 foram baixados. Desconsiderando estes
processos, a taxa de congestionamento do Poder Judiciário cairia de 72,2% para 63,4% no ano de 2015 (redução de 9 pontos
percentuais). A maior taxa de congestionamento de execução fiscal está na Justiça Federal (93,9%), e a menor, na Justiça do
Trabalho (75,8%).
Cabe esclarecer que a execução fiscal, apesar de existente no âmbito da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral, estes seg-
mentos concentram apenas 0,38% e 0,01% de tal acervo. A maioria dos processos está na Justiça Estadual, com 86% dos casos
e na Justiça Federal, com 13% dos casos, sendo que, em ambos os segmentos, a execução fiscal é a responsável por 42% dos
casos pendentes.
O IAD na execução fiscal foi de 95,6%, ou seja, apesar da significativa elevação em relação ao ano de 2014 em 15 pontos
percentuais, ainda não foi possível baixar mais do que entrou. Em complemento, constata‑se que na Justiça do Trabalho e na
Justiça Estadual o IAD, nessa classe processual, superou o patamar de 100%, mas na Justiça Federal, foi de apenas 53,9%.
Outro aspecto interessante, diz respeito à queda, desde 2012, nas execuções fiscais iniciadas (Gráfico 3.67). Apenas no úl-
timo ano, houve redução de 21%. Esse movimento de decréscimo tem sido sentido na Justiça Estadual e na Justiça do Trabalho,
sendo uma realidade em vários tribunais desses segmentos, mas impactado especialmente pelo desempenho do TJSP, TJMG e
TJRS, que somados, registraram diminuição de 635 mil execuções iniciadas. Na Justiça Federal, ao contrário, houve alta de 11,5%
nesse tipo de demanda. Mesmo assim, o acervo de execução permaneceu subindo, visto que o total de processos baixados tam-
bém caiu, em 6,1% no total do Poder Judiciário, e em 25,6% na Justiça Federal.
28,4 28,9
30,0 26,5 27,0
24,5 25,7
24,0
24,4
18,8
Milhões
13,2
8,0 8,7 9,0 8,9 9,4
6,2 7,8
7,6
3,1 3,8 3,7 3,6 3,4 2,7
3,5 3,6
2,0 2,6 2,3 2,8 2,9 3,3 3,3
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Execuções Fiscais Pendentes
Demais Execuções Pendentes
Execuções Fiscais Novas
Demais Execuções Novas
Relatório Justiça em Números 2016
100%
91,3% 91,3% 91,9%
92% 89,7% 89,6% 90,0%
86,8%
84% 87,2% 85,4% 85,5% 85,9% 86,6%
83,6% 85,1%
76%
60%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 3.71 – Série histórica do impacto da execução fiscal no índice de atendimento à demanda
PODER JUDICIÁRIO
Poder Judiciário 95,6%
Gráfico 3.73 – Índice de produtividade do magistrado no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
460 Justiça Estadual 1.365
543 Justiça Federal 1.180
327 Justiça do Trabalho 978
13 Justiça Militar Estadual 110
0 Justiça Eleitoral 29
439 Poder Judiciário 1.267
2.000 1.784
1.730 1.726 1.719
1.630 1.590
1.660 1.497
1.234 1.215 1.222 1.267
1.320 1.155 1.113 1.132
980
Gráfico 3.75 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
41 Justiça do Trabalho 122
66 43 Justiça Federal 105
34 Justiça Estadual 103
2 Justiça Militar Estadual 15
PODER JUDICIÁRIO
0 Justiça Eleitoral 8
34 Poder Judiciário 99
Gráfico 3.76 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária
200
166 150
134 136 134 135 140
132
132
106 99
100 94 97 94 96
98
64 39
30 34 34 35 34 34
30
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Execução Conhecimento
5% Justiça do Trabalho 40%
3% Justiça Federal 5%
PODER JUDICIÁRIO
De toda sorte, há de se registrar que um IAD de 94,7% na fase de execução é um resultado favorável, haja vista que foi o
maior valor obtido desde 2010, com aumento de 2,5 pontos percentuais entre 2014 e 2015 (Gráfico 3.79).
Gráfico 3.78 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
93,8% Justiça Estadual 111,9%
116,6% Justiça do Trabalho 104,1%
43,0% Justiça Militar Estadual 103,4%
80,7% Justiça Federal 98,1%
85,3% Justiça Eleitoral 98,1%
94,7% Poder Judiciário 108,9%
107,6% 108,9%
110% 107,1% 106,3%
102,5% 103,1% 105,2%
104% 103,7% 101,1% 101,5%
98,7% 99,4% 98,6%
98% 99,7% 94,7%
98,4%
92% 90,4%
87,0% 86,5% 92,4% 92,2%
86%
80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Não fossem pelos processos de execução, a taxa de congestionamento do Judiciário seria de 63,4%, ao invés dos atuais
72,2%, conforme pode‑se observar no Gráfico 3.80. Retirando também os processos suspensos, sobrestados e em arquivo provi-
sório, tal índice chegaria a 61,2%, representada pela taxa de congestionamento líquida na fase de conhecimento.
Em todos os segmentos de justiça, a taxa de congestionamento da execução supera a de conhecimento, com uma diferença
que chega a 23 pontos percentuais (p.p) no total, e que varia de 22 a 36 p.p entre as justiças.
A série histórica do período 2009‑2015, apresentada no Gráfico 3.81, aponta para valores relativamente estagnados ao longo
dos anos, e com sutil crescimento em 2015.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 3.80 – Taxa de congestionamento no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
88,1% Justiça Estadual 66,3%
68 86,0% Justiça Federal 57,7%
69,9% Justiça do Trabalho 47,7%
79,0% Justiça Eleitoral 42,9%
PODER JUDICIÁRIO
Conhecimento
Conhecimento líquida
Execução
Execução líquida
1º grau
Análise do Poder Judiciário
PODER JUDICIÁRIO
seja, 1,5 ano representa 1 ano e 6 meses.
Por ser a primeira coleta de dados relativa ao tempo do processo, alguns tribunais não encaminharam as informações ao
CNJ. Antes de iniciarmos as análises que seguem, é importante ter em mente as limitações metodológicas ainda existentes. Neste
relatório trataremos da média como medida estatística para representar o tempo. Apesar de extremamente útil, ela é limitada,
pois resume em uma única métrica os resultados de informações que sabemos ser extremamente heterogêneas. Para adequada
análise de tempo, seria necessário estudar curvas de sobrevivência, agrupando os processos semelhantes, segundo as classes e os
assuntos. Tais dados ainda não estão disponíveis, e são complexos para serem obtidos, mas o CNJ, por meio do Selo Justiça em
Números, está trabalhando para o aperfeiçoamento do Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário e planeja obter as informações
necessárias para produção de estudos mais aprofundados sobre o tempo de tramitação processual.
A divisão da aferição do tempo do processo por fases processuais faz sentido na medida em que os marcos temporais usados
para os cálculos são bem claros. Assim, na apuração do tempo médio dos processos até a sentença de mérito, sabe‑se exatamen-
te quando o processo começa (protocolo) e qual o termo final de apuração (última sentença proferida).
Importante esclarecer que a apuração dos tempos médios se deu pela avaliação da duração em cada fase ou instância. Por
exemplo, na execução, conta‑se o tempo a partir do início da execução ou liquidação ou cumprimento, até a data da última
sentença em execução. No conhecimento, conta‑se a partir da data do protocolo. No 2º grau conta‑se a partir do protocolo do
processo no tribunal, e assim por diante.
A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio dado em
análise. Há uma imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles em que, verificada
a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença terminativa sem resolução de
mérito que acaba sendo a única e última a ser computada.
Por outro lado, há processos nos quais mais de uma sentença acaba por ser proferida, como ocorre com aqueles que, subme-
tidos à revisão no 2º grau de jurisdição, acabam voltando ao juízo de origem para prolação de novas decisões. Saber exatamente
que processos seguem um ou outro padrão de duração é uma tarefa extremamente minuciosa, ainda por ser realizada.
O diagrama apresentado na Figura 3.912 demonstra o tempo em cada uma das fases, e em cada uma das instâncias do Poder
Judiciário. Pode‑se verificar que são muitas as variáveis que interferem neste tipo de análise. É importante que o leitor tenha em
mente que nem todos os processos seguem a mesma história, e, portanto, os tempos não podem ser simplesmente somados. Por
exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e lá mesmo são finalizados. Outros recorrem até a última instância possível,
uns passando, e outros não, pela fase de execução.
Em geral, o tempo médio do acervo (processos não‑baixados) é maior que o tempo da baixa, com poucos casos de inversão
desse resultado. As maiores faixas de tempo estão concentradas no tempo do processo pendente, em específico na execução
da Justiça Estadual (8 anos e 11 meses) e da Justiça Federal (7 anos e 9 meses). Importante esclarecer que as execuções penais
foram excluídas do cômputo, já que a execução penal visa justamente o cumprimento da pena. O alto valor constante na Justiça
Militar da União deve‑se ao fato de que todos os processos possuem natureza criminal, logo, não faria sentido excluí‑los da base
de cálculo.
12 A mesma imagem está disponível no caderno de infográficos, segundo volume do Relatório Justiça em Números 2016.
Relatório Justiça em Números 2016
Superior Tribunal de Justiça Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior Eleitoral Superior Tribunal Militar
Tempo da sentença: 10 meses Tempo da sentença: 1 ano Tempo da sentença: 1 ano Tempo da sentença: 8 meses
Tempo da baixa: 1 ano 1 mês Tempo da baixa: 1 ano 3 meses Tempo da baixa: 11 meses Tempo da baixa: 1 ano 11 meses
70 Tempo do pendente: 1 ano 6 meses Tempo do pendente: 2 anos 1 mês Tempo do pendente: 6 meses Tempo do pendente: 5 anos 11 meses
PODER JUDICIÁRIO
Tempo da sentença: 6 meses Tempo da sentença: 1 ano 8 meses Tempo da sentença: 4 meses Tempo da sentença: 4 meses Tempo da sentença: 7 meses
Tempo da baixa: 9 meses Tempo da baixa: 2 anos 9 meses Tempo da baixa: 7 meses Tempo da baixa: 8 meses Tempo da baixa: 1 ano 1 mês
Tempo do pendente: 1 ano 10 meses Tempo do pendente: 3 anos Tempo do pendente: 6 meses Tempo do pendente: 8 meses Tempo do pendente: 3 anos
Tempo do pendente: 3 anos 2 meses Tempo do pendente: 2 anos 6 meses Tempo do pendente: 1 ano Tempo do pendente: 1 ano 2 meses Tempo do pendente: 1 ano 11 meses
Conhecimento Conhecimento
Tempo da sentença: 11 meses Tempo da sentença: -
Tempo da baixa: 2 anos 3 meses Tempo da baixa: 1 ano 2 meses
Especiais
Juizados
Execução Execução
Tempo da sentença: 1 ano 1 mês Tempo da sentença:
Tempo da baixa: 1 ano 1 mês Tempo da baixa: 3 meses
Tempo do pendente: 6 anos 9 meses Tempo do pendente: 7 meses
O que se pode destacar, desde já, é que, paradoxalmente, a fase de conhecimento, na qual o juiz tem que vencer a postula-
ção das partes e a dilação probatória para chegar à sentença acaba sendo mais célere do que a fase de execução que não envolve
atividade de cognição, mas somente de concretização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
O Gráfico 3.82 bem ilustra esse paradoxo. Nota‑se que a execução (4,3 anos) leva mais que o dobro de tempo do conhe-
cimento (1,5 ano) para receber uma sentença. O dado, contudo, é coerente com o observado na taxa de congestionamento.
Nos juizados especiais estaduais, as médias são bem menores do que nas varas, com uma diferença de 1 ano a menos no
conhecimento e 3 anos e 3 meses a menos na execução. Os juizados especiais não estão considerados no Gráfico 3.82.
Gráfico 3.82 – Tempo médio da sentença no 1º grau (exceto juizados especiais): execução x conhecimento
Execução Conhecimento
4,3 Justiça Estadual 1,9
5,3 Justiça Federal 1,7
1,1 Justiça Militar Estadual 1,0
3,5 Justiça do Trabalho 0,6
4,3 Poder Judiciário 1,5
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido entre o
protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo em cada fase.
Também aqui, verifica‑se desproporção entre os processos da fase de conhecimento e de execução, o que é esperado, já que
a baixa do conhecimento é caracterizada, inclusive, pela entrada no processo na execução, ao passo que a baixa na execução
somente ocorre quando de fato o jurisdicionado tem seu conflito solucionado perante a justiça.
O tempo da baixa no conhecimento é de 0,9 ano (11 meses) e o tempo da baixa na execução é de 4,3 anos (4 anos e 4 meses).
É possível que o tempo da baixa seja inferior ao tempo da sentença. Isso ocorre porque os dados são representados por
médias de eventos ocorridos em um ano específico, no caso, 2015. Nem todos os processos que foram baixados em 2015, ne-
cessariamente também foram sentenciados no mesmo ano, ou seja, o universo de processos que são objeto de análise do tempo
Análise do Poder Judiciário
até a sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles analisados no tempo até a baixa. Os tempos tão semelhantes
apenas demonstram que a baixa, em geral, ocorre logo após a sentença, sem grandes delongas.
Gráfico 3.83 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados no 1º grau (exceto juizados especiais): execução x conhecimento 71
Execução Conhecimento
PODER JUDICIÁRIO
4,1 Justiça Estadual 2,8
6,1 Justiça Federal 2,0
1,4 Justiça Militar Estadual 1,3
2,6 Justiça Eleitoral 1,1
4,0 Justiça do Trabalho 0,9
4,3 Poder Judiciário 0,9
Além do diagnóstico do tempo até a sentença e até a baixa, faz‑se necessário computar o tempo de duração daqueles pro-
cessos que ainda estão pendentes de baixa, para os quais o termo final de cálculo foi 31 de dezembro de 2015.
A elevação do tempo do baixado para o tempo do pendente na média de 2 anos no conhecimento (triplo do tempo) e de 4
anos na execução (dobro do tempo) conduz à conclusão de que há uma prevalência, entre os pendentes, dos casos mais antigos.
Em outras palavras, se a grande maioria dos processos pendentes fosse formada por casos recém ingressados no Poder Judiciário,
o tempo médio seria invariavelmente menor do que o tempo médio dos processos baixados ou sentenciados.
O dado revela a imensa dificuldade enfrentada pelo Poder Judiciário para lidar com o estoque, o processo naturalmente mais
moroso por sua natureza.
Nos juizados especiais estaduais, criados para ser uma justiça mais célere, o tempo do acervo chega a quase 5 anos no conhe-
cimento e a 6 anos e 9 meses na execução. Nos JEFs o trâmite é substancialmente mais rápido, e os processos pendentes estão
nesta situação, em média, há a 1 ano e 3 meses no conhecimento e há 7 meses na execução.
Gráfico 3.84 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes no 1º grau (exceto juizados especiais): execução x conhecimento
Execução Conhecimento
8,9 Justiça Estadual 3,2
7,7 Justiça Federal 2,5
4,9 Justiça do Trabalho 1,2
1,7 Justiça Militar Estadual 1,0
8,5 Poder Judiciário 2,9
Relatório Justiça em Números 2016
direito possibilita, por exemplo, a condenação de uma pessoa com a pena de restrição da sua liberdade. Assim, tendo implica-
ções tão graves, o direito penal só deve ser utilizado quando os demais ramos de direito se mostrem incapazes ou ineficientes
para a proteção ou controle social.
Dada esta particularidade, obviamente, o volume processual dos processos penais é menor que o referente aos processos não
criminais. Entretanto, como se trata do último recurso que o Estado deve dispor, o volume processual de casos criminais ainda é
relativamente alto. Além disto, como estes processos podem resultar em restrição de direito fundamental, exige‑se procedimen-
tos mais demorados, atento a todas as garantias penais e processuais a fim de não condenar pessoas inocentes.
No ano de 2015, ingressaram, no Poder Judiciário, 3 milhões de casos novos criminais, sendo 1,9 milhão (64,9%) na fase de
conhecimento de 1º grau, 448 mil (15,0%) na fase de execução de 1º grau, 17 mil (0,6%) nas turmas recursais, 514 mil (17,3%)
no 2º grau e 67 mil (2,2%) nos tribunais superiores.
Se a Justiça Estadual já é o segmento com maior representatividade de litígios no Poder Judiciário, com 69,3% da demanda,
na área criminal tal representatividade aumenta para 93,5%. Dessa forma, as análises aqui apresentadas quase espelham os da-
dos constantes no capítulo da Justiça Estadual.
O Gráfico 3.85 mostra que em 2015 ingressaram 22% processos de conhecimento criminais a menos do que em 201413.
Apesar disso, o acervo cresceu em 6%.
Gráfico 3.85 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais
7.000.000
6.115.845 6.152.967
5.797.133
6.000.000 5.377.503 5.374.300 5.425.880 5.513.490
5.000.000
4.000.000 3.282.804
3.072.031 3.119.224 3.246.558
2.772.461 2.945.538
3.000.000 2.530.246
2.000.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
O Gráfico 3.86 mostra que 92,7% dos casos novos e 95,8% do acervo criminal se encontra na Justiça Estadual. Os pendentes
equivalem a 2,4 vezes a demanda.
Gráfico 3.86 –Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por justiça
13 Decorrente da redução de 657 mil casos novos de conhecimento criminais informados pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que a partir de 2015 deixou de contabilizar
os inquéritos e os termos circunstanciados, em consonância com as regras de parametrização da Resolução 76/2009 divulgadas pelo CNJ.
Análise do Poder Judiciário
Ao final de 2015, havia 1,2 milhão de execuções penais pendentes, sendo que as execuções iniciadas dessa natureza têm
aumentado gradativamente, e totalizaram 448 mil processos em 2015. Dentre as execuções penais iniciadas, a maior parte, 63%,
foram privativas de liberdade. Dentre as não privativas, 10,5 mil (6,3%) ingressaram nos juizados especiais e 155,3 mil (93,7%)
no juízo comum. 73
Apesar do acréscimo nas execuções penais iniciadas, houve queda do acervo. Observa‑se pelo Gráfico 3.87 redução tanto
PODER JUDICIÁRIO
nas execuções pendentes de penas privativas de liberdade (‑11,3%), quanto nas não privativas (‑7,4%).
1.000.000 937.044
880.374
831.196
820.000 708.436 709.581 736.101
650.007
640.000
informados nas demais seções do presente relatório. No cômputo do total de casos novos do Poder Judiciário algumas classes são
excluídas, como é o caso dos precatórios judiciais, requisições de pequeno valor, embargos de declaração, entre outras. Todavia,
nesta seção, o objetivo é conhecer a demanda para cada uma dessas classes em separado e, portanto, todas são consideradas.
Com relação aos assuntos, é comum o cadastro de mais de um assunto em um mesmo processo, e neste caso, todos são conta-
bilizados. Portanto, os números que serão apresentados não refletem a quantidade de processos ingressados no Poder Judiciário,
mas tão somente a quantidade de processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto.
O universo da presente análise agrega as informações de 83 tribunais, entre os 90 órgãos objeto de análise deste relatório
(92%). Não encaminharam as informações requeridas o STM, 3 Tribunais de Justiça dos estados (TJBA, TJPB e TJRO) e 3 Tribunais
Regionais Eleitorais (TRE‑AM, TRE‑MA e TRE‑PA).
PODER JUDICIÁRIO
6. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Processo e Procedimento/Antecipação de Tutela / Tutela Específica 114.340 (1,86%)
7. DIREITO TRIBUTÁRIO - Dívida Ativa 111.463 (1,82%)
8. DIREITO DO CONSUMIDOR - Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 104.290 (1,70%)
9. DIREITO CIVIL - Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 100.484 (1,64%)
10. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor Público Civil/Sistema Remuneratório e Benefícios 98.604 (1,61%)
11. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Partes e Procuradores/Assistência Judiciária Gratuita 89.815 (1,46%)
12. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Serviços/Saúde 85.254 (1,39%)
13. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Pedidos Genéricos Relativos aos Benefícios em Espécie/Concessão 81.640 (1,33%)
14. DIREITO DO TRABALHO - Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 74.418 (1,21%)
15. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 72.950 (1,19%)
16. DIREITO DO TRABALHO - Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 70.821 (1,15%)
17. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor Público Civil/Reajustes de Remuneração, 64.578 (1,05%)
Proventos ou Pensão
18. DIREITO CIVIL - Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Material 60.504 (0,99%)
19. DIREITO CIVIL - Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 60.340 (0,98%)
20. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Medida Cautelar/Liminar 59.867 (0,98%)
14 Na Justiça Estadual, apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível.
Análise do Poder Judiciário
Assim como ocorre na análise dos assuntos, quanto maior o nível de abertura, mais difícil fica a interpretação, já que não é
conhecido o procedimento de autuação de cada tribunal e de cada unidade judiciária. É possível que alguns processos sejam
cadastrados apenas nas classes mais globais, sem detalhamento dos itens mais específicos. Por esse motivo, para melhor consis-
tência e confiabilidade dos dados, as informações apresentadas abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. 77
PODER JUDICIÁRIO
Gráfico 3.93 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário
Gráfico 3.96 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário nas turmas recursais
Gráfico 3.97 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário nos juizados especiais
PODER JUDICIÁRIO
6. PROCESSO CRIMINAL - Cartas/Carta Precatória Criminal 94.758 (1,13%)
7. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Conhecimento/Procedimento de Cumprimento de Sentença/Decisão 79.065 (0,95%)
8. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 16.327 (0,20%)
9. PROCESSO CRIMINAL - Procedimento Comum/Ação Penal − Procedimento Sumaríssimo 16.226 (0,19%)
10. PROCESSO CRIMINAL - Processo Especial/Processo Especial de Leis Esparsas 10.649 (0,13%)
11. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 10.318 (0,12%)
12. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Cautelares/Medidas Protetivas de urgência (Lei Maria da Penha) 8.433 (0,10%)
13. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução/Execução de Título Judicial 7.426 (0,09%)
14. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS - Processo Administrativo 6.199 (0,07%)
15. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Incidentes 5.894 (0,07%)
16. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Procedimento Investigatório Criminal (PIC−MP) 5.454 (0,07%)
17. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Representação Criminal 4.711 (0,06%)
18. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução 4.681 (0,06%)
19. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Embargos 4.404 (0,05%)
20. PROCESSO CRIMINAL - Petição 4.074 (0,05%)
Estadual Estadua
Estadual
Estadual
Análise do Poder Judiciário
4 Justiça Estadual 81
JUSTIÇA ESTADUAL
O que é a Justiça Estadual:
A Justiça Estadual, integrante da justiça comum (junto com a Justiça Federal), é responsável por
julgar matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário – Federal,
do Trabalho, Eleitoral e Militar, ou seja, sua competência é residual.
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos Tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal. É im-
portante frisar que os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Estatística do
Poder Judiciário (SIESPJ), conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores da Justiça Estadual, com informações abran-
gendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
Na primeira seção, será apresentada a divisão dos tribunais em pequeno, médio e grande porte. Tal segmentação se faz ne-
cessária em razão das características distintas de cada um dos 27 Tribunais de Justiça.
82
A segunda seção traz um resumo da estrutura das unidades judiciárias de primeiro grau, com apresentação dos quantitativos
de varas e juizados especiais, classificados pela competência. As análises contam com técnica de visualização territorial e, ainda,
JUSTIÇA ESTADUAL
JUSTIÇA ESTADUAL
características distintas dentro do mesmo ramo de justiça.
Para a classificação por porte dos Tribunais de Justiça, foram consideradas as despesas totais, os processos que tramitaram no
período (baixados + pendentes), o número de magistrados, o número de servidores (efetivos, requisitados, cedidos e comissio-
nados sem vínculo efetivo) e de trabalhadores auxiliares (terceirizados, estagiários, juízes leigos e conciliadores). A consolidação
dessas informações forma um escore único, por tribunal, a partir do qual se procede o agrupamento em três categorias segundo
o respectivo porte, quais sejam: tribunais de grande, médio ou pequeno porte. Detalhes técnicos estão disponíveis na seção
“Metodologia”, que contém informações sobre a técnica estatística empregada (Análise de componentes principais).
A seguir, a Tabela 4.1 ‑ Classificação e ranking da Justiça Estadual, ano base 2015 apresenta os dados utilizados na análise de
agrupamento, os escores obtidos, o ranking, bem como a classificação em grupos de cada um dos tribunais da Justiça Estadual.
A Figura 4.1 demonstra a classificação por porte com visualização no território, ao passo que o Gráfico 4.1 apresenta além do
ranking e do porte atuais, as evoluções na série histórica do septênio 2009‑2015.
Entre os cinco tribunais de grande porte, observa‑se a estabilidade histórica dos quatro maiores (TJSP, TJRJ, TJMG e TJRS),
devendo ser ressaltada a considerável distância do TJSP em relação aos demais. O mesmo ocorre com os seis menores tribunais
(TJRR, TJAP, TJAC, TJTO, TJAL e TJPI) que permanecem nestas posições durante toda a série histórica, apesar de uma inversão
no ano de 2013 e outra em 2015. Considerando o número atual de tribunais em cada porte, observa‑se que a única alteração
ocorreu no ano de 2010, quando o TJPR passou a ser considerado de grande porte.
Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes, as regiões geográficas e os dados demográficos. Conforme ilustra a Figura
4.1, enquanto as regiões Sul e Sudeste são compostas, basicamente, por tribunais de grande porte (exceção TJSC e TJES, ambos
de médio porte), a região Norte possui predominantemente tribunais de pequeno porte (exceção TJPA, médio porte). A região
Nordeste, por sua vez, é distribuída de forma praticamente equânime entre tribunais de pequeno e médio porte e a região Cen-
tro‑Oeste apresenta predominância de tribunais de médio porte. Tem‑se ainda, que, os cinco tribunais de grande porte concen-
tram 66% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 51% da população brasileira, ao passo que os dez tribunais de médio porte
são responsáveis por 26% do PIB e 35% da população. Tribunais de pequeno porte concentram 8% do PIB e 14% dos habitantes.
Relatório Justiça em Números 2016
Força de Trabalho
Despesa Total da Casos Novos + Número de
Grupo Tribunal Escore (servidores e
Justiça Pendentes Magistrados
auxiliares)
1 TJ - São Paulo 4,303 10.085.769.619 25.366.780 2.607 70.300
2 TJ - Rio de Janeiro 1,359 4.466.509.654 13.628.030 869 25.991
1º Grupo:
3 TJ - Minas Gerais 1,104 4.628.780.379 5.858.735 1.015 27.201
Grande Porte
4 TJ - Rio Grande do Sul 0,478 2.633.953.610 4.617.385 753 17.066
84 5 TJ - Paraná 0,428 2.047.662.117 3.938.734 900 16.112
1 TJ - Bahia 0,180 2.299.390.847 2.745.529 611 11.876
2 TJ - Santa Catarina 0,108 1.703.661.270 3.341.649 503 13.315
JUSTIÇA ESTADUAL
RR AP
AM PA
MA CE
RN
PI PB
AC PE
TO AL
RO SE
MT BA
DF
GO
MG
ES
MS
Grande Porte SP RJ
Médio Porte PR
Pequeno Porte
SC
RS
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 4.1 ‑ Série histórica do ranking e da classificação dos tribunais, segundo o porte
TJMG TJMG
TJRS TJRS 85
TJBA TJPR
JUSTIÇA ESTADUAL
TJPR TJBA Médio
Porte
TJDFT TJSC
TJSC TJDFT
TJPE TJGO
TJGO TJPE
TJCE TJES
TJES TJCE
TJMT TJMT
TJPA TJPA
TJMA TJMA
TJPB TJPB Pequeno
TJMS TJMS Porte
TJRN TJRN
TJAM TJRO
TJSE TJSE
TJRO TJAM
TJAL TJPI
TJPI TJAL
TJTO TJTO
TJAP TJAC
TJAC TJAP
TJRR TJRR
Varas de juízo único: comarcas que contam com a instalação de apenas uma unidade judiciária, que processa
Varas com
Juizado feitos de todas as naturezas e competências da Justiça Estadual, inclusive de juizado especial.
Adjunto Outras varas com juizado especial adjunto: unidades judiciárias que acumulam competência do juízo
comum e do juizado especial, e que não sejam varas de juízo único na comarca.
Juizados especiais cíveis: unidades judiciárias com competência exclusiva para o processamento de feitos de
natureza cível de juizado especial.
Juizados especiais criminais: unidades judiciárias com competência exclusiva para o processamento de feitos
Juizados de natureza criminal do juizado especial.
Especiais Juizados especiais da fazenda pública: unidades judiciárias com competência exclusiva para o processa-
mento de feitos da fazenda pública do juizado especial.
Juizados especiais únicos ou que acumulem mais de uma competência: unidades judiciárias com com-
petência exclusiva para processamento de feitos de juizado especial, que acumulem naturezas cível e/ou cri-
minal e/ou fazenda pública.
Análise do Poder Judiciário
O Gráfico 4.2 apresenta o quantitativo de cada tipo de unidade judiciária, conforme a classificação anteriormente apresen-
tada, existente no âmbito de toda a Justiça Estadual.
87
Varas Cíveis e Criminais 514
Varas Exclusivas de Infância e Juventude 172
JUSTIÇA ESTADUAL
Varas Exclusivas de Execução Penal 121
Varas Exclusivas de Violência Doméstica 105
Varas de Infância e Juventude que acumulam idoso e/ou família 83
Juizados Especiais Únicos ou que acumulem mais de uma competência 731
Juizado Especial
Nota‑se uma relação bastante direta entre o número de unidades judiciárias e o porte do tribunal, conforme ilustra o Gráfico
4.3 , com exceção do Distrito Federal, por sua característica peculiar em termos demográficos, e o Rio Grande do Norte, cujo
tribunal fica no limiar quando feita a separação entre médio e pequeno porte.
Gráfico 4.3 – Número de unidades judiciárias (varas e juizados) na Justiça Estadual, por tribunal
A seguir, serão apresentadas as informações de estrutura, na forma de indicadores e com visualização no território nacional.
De forma geral, as regiões Norte e Nordeste apresentam baixos índices de casos novos por unidade judiciária (Figura 4.2),
com valores inferiores ao patamar de 1.007 (menor classe). Apesar disso, os Tribunais de Justiça de Amazonas, Pará e Maranhão
apresentaram os maiores indicadores de habitantes por unidade judiciária, mesmo exercendo suas competências sobre área com
grande extensão territorial.
A combinação de um alto número de habitantes por unidade judiciária e baixa litigiosidade por vara, verificada nos estados
citados acima, pode ser um indicativo de baixo acesso à Justiça.
88
Se considerarmos que, possivelmente o maior número das unidades judiciárias fica nas comarcas mais populosas dos referi-
dos estados, notadamente nas capitais e em regiões de influência, é possível cogitar que o índice de acionamento do Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
nas demais localidades é extremamente baixo. Comportamento inverso foi verificado no TJ ‑ Rio de Janeiro, com alto quantitativo
de habitantes e de casos novos por unidade judiciária.
Figura 4.2 – Habitantes por unidade judiciária Figura 4.3 – Casos novos no primeiro grau por unidade judiciária
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
AC PE AC PE
TO AL AL
RO SE RO TO SE
MT BA MT BA
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
Abaixo de 13.321 Abaixo de 1.007
SP RJ SP RJ
13.321 |− 17.338 1.007 |− 1.688
17.338 |− 21.356 PR 1.688 |− 2.369 PR
21.356 |− 25.373 2.369 |− 3.051
SC SC
Acima de 25.373 Acima de 3.051
RS RS
Observa‑se que os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal e Territórios apresentaram mais
de 11,7 mil casos novos por 100.000 habitantes, índice que equivale a quase o dobro do aferido nas regiões Norte e Nordeste
(Figura 4.4), destaca‑se, também, a homogeneidade da região Nordeste, na qual apenas Sergipe apresentou indicador na faixa
entre 6.369 a 9.034 casos novos para cada cem mil habitantes, o maior da região.
No total, a Justiça Estadual possui 5,4 magistrados por 100.000 habitantes. No TJDFT esse número é o dobro da média da
justiça, e atinge o patamar de 11,3. O TJPA, por sua vez, possui os menores índices, com pouca demanda e poucos magistrados
em relação à população do estado.
Análise do Poder Judiciário
Figura 4.4 – Casos novos por 100.000 habitantes Figura 4.5 – Magistrados por 100.000 habitantes
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
AC PE AC PE
TO AL TO AL
RO SE RO SE
MT BA MT BA
DF DF 89
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
JUSTIÇA ESTADUAL
Abaixo de 3.704 Abaixo de 4,0
SP RJ SP RJ
3.704 |− 6.369 4,0 |− 5,8
6.369 |− 9.034 PR 5,8 |− 7,6 PR
9.034 |− 11.699 7,6 |− 9,4
SC SC
Acima de 11.699 Acima de 9,4
RS RS
A Resolução CNJ 125, de 29 de novembro 2010, que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado
dos Conflitos de Interesse no âmbito do Poder Judiciário, instituiu os Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução
de Conflitos, compostos por magistrados e servidores, com as atribuições de desenvolver, planejar, implementar, manter e aper-
feiçoar ações voltadas ao cumprimento da política judiciária dos conflitos de interesse, entre outros.
A resolução citada também instituiu os CEJUSCs ‑ Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania, que concentram
a realização das sessões de conciliação e mediação que estejam a cargo de conciliadores e mediadores e dos órgãos por eles
abrangidos. Em relação aos referidos centros, a Justiça Estadual passou de 362 em 2014 para 649 CEJUSCs no ano de 2015, o
que representa um aumento de 79%. Cerca de 24% dos centros estão localizados no estado de São Paulo, conforme apresenta
o Gráfico 4.4 a seguir.
Gráfico 4.4 – Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), por tribunal
TJSP 154
Grande Porte
TJMG 55
TJRS 19
TJPR 19
TJRJ 1
TJBA 107
TJCE 90
TJMT 32
TJGO 32
Médio Porte
TJSC 18
TJMA 15
TJDFT 8
TJPA 6
TJES 1
TJPE 0
TJRO 25
TJAC 21
TJPB 15
TJMS 9
Pequeno Porte
TJAM 7
TJTO 5
TJRR 4
TJRN 2
TJAL 2
TJSE 1
TJPI 1
TJAP 0
Relatório Justiça em Números 2016
de Justiça de R$ 218,74 por habitante. Este último indicador aumenta gradativamente desde o ano de 2009, conforme ilustra
o Gráfico 4.5.
R$ 300
R$ 260
R$ 218,74
R$ 220 R$ 201,73 R$ 199,10 R$ 205,23
R$ 176,10 R$ 181,14
R$ 180 R$ 163,90
R$ 140
R$ 100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Os gastos com recursos humanos ocupam 89% da despesa total e compreendem, além da remuneração com magistrados,
servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio‑alimentação,
diárias, passagens, entre outros. Devido ao grande montante destas despesas, elas serão detalhadas no próximo tópico.
Os demais 11% dos gastos são referentes a outras despesas correntes e de capital, tendo esta última rubrica apresentado que-
da entre os anos de 2012 e 2015 de mais de R$ 1 milhão. As despesas com informática, por sua vez, após a redução observada
em 2014, voltaram a crescer, e chegaram a R$ 1,13 bilhão em 2015. Pela primeira vez, desde o ano de 2009, os gastos com
informática ultrapassaram as despesas com capital, que segue em queda. Dentre os gastos com informática, as despesas com o
custeio de tecnologia da informação e comunicação representam 65%, e as aquisições de softwares e hardwares, 35%.
Gráfico 4.6 – Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 1,99
R$ 2,00
R$ 1,50 R$ 1,49
R$ 1,44
R$ 1,25 R$ 1,25
R$ 1,13
R$ 1,16 R$ 1,07
R$ 0,92
R$ 0,88 R$ 0,77 R$ 0,98
R$ 0,70 R$ 0,69
R$ 0,60
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
1 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
2 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste Relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
Apesar da expressiva despesa da Justiça Estadual, os cofres públicos receberam em decorrência da atividade jurisdicional du-
rante o ano de 2015, cerca de R$ 18 bilhões, o que representou um retorno da ordem de 40% das despesas efetuadas. Compu-
tam‑se, nessa rubrica, os recolhimentos com custas, incluindo os referentes à fase de execução, aos emolumentos e às eventuais
taxas (R$ 8,7 bilhões, 48% da arrecadação), às receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos judi-
ciais (R$ 4,7 bilhões, 26% da arrecadação) e às receitas transferidas aos cofres públicos em decorrência da atividade de execução
fiscal (R$ 4,6 bilhões, 26% da arrecadação). Cabe esclarecer, todavia, que parte de tais arrecadações é realizada por atuação do
Judiciário para uma finalidade de cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, nos processos de execução fiscal e
nos impostos causa mortis, que podem, inclusive, ser recolhidos extrajudicialmente, em valores não computados neste relatório.
91
JUSTIÇA ESTADUAL
R$ 20 R$ 18,0 60%
R$ 15,9
R$ 16 R$ 14,2 R$ 13,5 R$ 14,4 52%
R$ 12,5
Bilhões de R$
R$ 12 R$ 10,0 44%
R$ 8 36%
R$ 0 20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Total de Receitas
Percentual de Receitas em relação às Despesas
R$ 50 R$ 44,7 110%
R$ 40,0 R$ 41,6
R$ 39,1
R$ 40 R$ 33,6 R$ 34,8 102%
R$ 31,4 R$ 39,9
R$ 37,1
Bilhões de R$
R$ 0 70%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesa Total
Despesa com RH
Percentual de gasto com RH
Relatório Justiça em Números 2016
Terceirizados Benefícios
1.701.366.132 2.807.280.271
4,3% 7,0%
Gráfico 4.10 – Despesa média mensal com magistrados e servidor na Justiça Estadual
Despesa mensal por Servidor Despesa mensal por Magistrado
Grande Porte
14.850 TJRJ 68.739
13.525 TJMG 58.840
8.983 TJPR 50.171
8.721 TJSP 45.906
9.918 TJRS 41.188
Médio Porte
12.908 TJGO 93.597
9.404 TJMA 79.607
8.454 TJPE 54.549
9.932 TJSC 52.870
10.666 TJMT 49.363
15.444 TJDFT 45.581
13.165 TJCE 40.524
15.059 TJBA 38.731
10.755 TJES 37.767
11.123 TJPA 34.260
Pequeno Porte
10.003 TJMS 77.242
19.331 TJTO 62.722
8.362 TJSE 51.949
10.027 TJRO 48.898
12.553 TJAM 48.871
8.307 TJPB 48.391
8.561 TJAC 46.417
15.338 TJRN 45.633
12.419 TJRR 43.983
10.110 TJAP 43.117
9.935 TJPI 31.181
9.054 TJAL 23.023
10.942 Estadual 49.967
Análise do Poder Judiciário
As despesas com remuneração e encargos de magistrados e servidores, que vinham de uma sequência histórica de aumentos
entre 2009 e 2014, reduziram no ano de 2015, conforme verificado no Gráfico 4.11. Esta redução foi compensada pelo aumento
de outras despesas indenizatórias, que inclui, entre outras rubricas, o auxílio moradia.
Gráfico 4.11 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Estadual, por tipo
40,00
32,72 34,23 33,03
32,13
32,08 27,56 29,01
25,98
93
Bilhões de R$
24,16
16,24
JUSTIÇA ESTADUAL
8,32 1,00 1,33 1,67 2,06 2,33 2,46 2,81
0,47 0,42 0,47 0,56 0,71 0,89 1,92
0,40
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Remuneração e encargos
Benefícios
Indenizatórias
De forma inédita, houve separação destas despesas e dos gastos com cargo em comissão e função comissionada entre 1º
grau, 2º grau e área administrativa. Observa‑se por intermédio do Gráfico 4.12 que, apesar do 2º grau deter 14% do número
total de magistrados, 10% do total de servidores e 15% do total gasto com ambos, esta instância abarca 30% e 42% das despesas
com cargo em comissão e função de confiança, respectivamente.
Gráfico 4.12 – Percentual de despesas com recursos humanos na Justiça Estadual, por cargo e instância
Magistrados
14% 86%
Servidores 10% 72% 18%
Despesas com magistrado e servidor 15% 70% 14%
Servidores sem vínculo efetivo 35% 49% 16%
Cargos em comissão 26% 55% 19%
Despesas com cargo em comissão 30% 51% 18%
Funções comissionadas 17% 55% 27%
Despesa com função comissionada 42% 35% 23%
2° Grau 1° Grau Área Administrativa
Relatório Justiça em Números 2016
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: cedidos, requisitados
auxiliar:
11.807 (3,9%) e comissionados:
107.044 (35,7%)
180.935 (60,4%)
Superiores:
1º grau (varas, 18.963 (13%)
juizados especiais
e turmas recursais): 1º grau, juizados
e turmas:
10.123 (86%)
129.606 (87%)
Ao final de 2015, havia 11.807 cargos de magistrados providos na Justiça Estadual. Considerando a soma de todos os dias
de afastamento, obtém‑se uma média de 768 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício
de 2015, o que representaria um absenteísmo de 6,5%. Tais afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações
para instância superior, entre outros motivos. Não são computados períodos de férias e recessos. Isso implica dizer, que, em
média, 11.039 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição durante o ano.
Cumpre informar que existem, criados por lei, 15.891 cargos de magistrados na Justiça Estadual, com a existência de 25,7%
de cargos vagos (Gráfico 4.13). Desde 2010, o número de cargos providos de magistrados na Justiça Estadual tem se mantido
constante, com um tênue crescimento de 0,3% neste período, enquanto que os cargos existentes aumentaram até o ano de 2013
e, após, mantiveram‑se em torno de 15,9 mil cargos.
Do total de 11.807 cargos providos de magistrados, 10.123 são juízes de direito (86%), 1.514 são desembargadores (13%) e
170 são juízes substitutos de 2º grau (1%). É interessante ainda constatar que os cargos vagos são basicamente de juízes de direito,
pois, ao passo que no segundo grau existem 45 cargos de desembargadores criados por lei e não providos (2,6%), no primeiro
grau tem‑se 4.039 (28,5%).
Análise do Poder Judiciário
20.000 40%
8.000 22%
22,1% 21,9% 23,2% 25,5% 25,9% 24,8% 25,7%
4.000 16%
95
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
JUSTIÇA ESTADUAL
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
Percentual de cargos vagos
O Gráfico 4.14 demonstra as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 10.123 juízes de direito, 8.833 atuam
no juízo comum, sendo 6.028 (68%) de forma exclusiva e os demais 2.805 (32%) com acúmulo de função em juizados especiais
e/ou em turmas recursais. Magistrados em juizados especiais exclusivos são apenas 927, ou seja, 9% dos juízes e 33% daqueles
que atuam em juizados cumulativamente ou não (2.805). Dos que exercem jurisdição em turmas recursais (1.526), apenas 8%
(127) a fazem de forma exclusiva.
1º Grau
1.526
2º Grau (Turmas Recursais)
8.833
(1º grau)
1.684
2.805
(Juizados Especiais)
Ao final de 2015, a Justiça Estadual possuía uma equipe de 180.935 servidores, sendo 156.655 do quadro efetivo (87%),
9.414 requisitados e cedidos de outros órgãos (5%) e 14.866 comissionados sem vínculo efetivo (8%). Considerando os tempos
totais de afastamento, em média 7.303 servidores (4,0%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015.
Do total de servidores, 148.569 (82%) estavam lotados na área judiciária, restando 32.366 (18%) na área administrativa. Den-
tre os que atuam diretamente com a tramitação do processo, 129.606 (87,2%) estão no primeiro grau de jurisdição, incluindo
juizados especiais e turmas recursais (Gráfico 4.15), onde estão 87,7% dos processos ingressados e 97,1% do acervo processual.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 52.244 cargos criados por lei e ainda não providos, que
representam 25% dos cargos efetivos existentes, mesmo percentual aferido em 2014 (Gráfico 4.16).
Relatório Justiça em Números 2016
19.283
2º Grau (Juizados Especiais) Administrativa
18.963 32.366
114.893
(1º grau)
96 862
(Turmas Recursais)
JUSTIÇA ESTADUAL
Gráfico 4.16 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Estadual
300.000 40%
120.000 28%
60.000 24%
25,0% 23,9% 27,1% 26,2% 25,4% 24,9% 24,9%
0 20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
Percentual de cargos vagos
Por fim, a Justiça Estadual conta, ainda, com o apoio de 107.044 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma de
terceirizados (42%) e estagiários (40,9%), conforme observado no Gráfico 4.17. Esses dois tipos de contratação têm crescido
gradativamente e chegaram a acumular, respectivamente, variação de 85% e 68% no período 2009‑2015, sendo de 9,3% e 2,5%
somente no último ano.
2,1%
2,7% 1,6%
10,7% Auxiliares
Conciliadores
Estagiários
107.044 42,0%
Juízes leigos
Terceirizados
Trabalhadores de serventias privatizadas
40,9%
Voluntários
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Os casos pendentes, por sua vez, são todos aqueles que nunca receberam movimento de baixa, em cada uma das fases
analisadas. Observe que podem existir situações em que autos já baixados retornam à tramitação sem figurar como caso novo.
São os casos de sentenças anuladas na instância superior, de remessas e retornos de autos entre tribunais em razão de declínio
de competência e de devolução dos processos para a instância inferior para aguardar julgamento do STJ em recurso repetitivo
ou do STF em repercussão geral.
Tais fatores ajudam a entender porque, apesar de se verificar um número de baixados quase sempre equivalente ao de casos
novos, o estoque de processos na Justiça Estadual (59 milhões) continua aumentando desde o ano de 2009, chegando ao triplo
do total de casos novos e baixados, conforme o Gráfico 4.18. O crescimento acumulado deste período foi de 19,4%, ou seja, 9,6
milhões de processos a mais em relação aquele ano. Dessa forma, mesmo que a Justiça Estadual fosse paralisada sem ingresso
de novas demandas, com a atual produtividade de magistrados e servidores seriam necessários praticamente 3 anos de trabalho
para zerar o estoque.
O número de casos novos aumentou até o ano de 2013, atingindo 20,5 milhões de casos, e depois apresentou duas reduções
consecutivas, e chegou a 18,9 milhões de processos em 2015. Os processos baixados oscilaram neste período, culminando em
19,9 milhões de baixas em 2015.
40
Milhões
30
18,3 18,6 19,8 20,5 20,1 19,9
20 17,5
17,8 18,1 19,1 19,4 19,9 18,9
17,1
10
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Processos Baixados
Casos Pendentes
Casos Novos
Ao analisar os índices de produtividade dos magistrados e servidores da área judiciária por tribunal, Gráfico 4.20 e Gráfico
4.22, verifica‑se que há certa proporcionalidade entre os dados relativos à produtividade dos magistrados e dos servidores nos
tribunais, uma vez que a posição dos tribunais em ambos os gráficos apresenta um alto grau de equivalência. A maior discrepân-
cia foi identificada no Tribunal de Justiça do Maranhão, que apresentou o segundo maior IPM dos tribunais de pequeno porte e
o segundo menor IPS‑Jud.
Gráfico 4.19 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Estadual
98 8.000 7.372
6.666 6.860 6.884
6.151 6.292
6.600 5.970 6.970
JUSTIÇA ESTADUAL
5.200
3.800
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
TJRJ 3.634
Grande Porte
TJRS 2.407
TJSP 2.217
TJMG 1.935
TJPR 1.519
TJMA 2.032
TJMT 1.992
TJGO 1.508
TJSC 1.474
Médio Porte
TJDFT 1.450
TJES 1.221
TJCE 1.202
TJBA 1.152
TJPE 1.012
TJPA 800
TJRR 2.188
TJMS 1.784
TJAL 1.782
TJRO 1.717
Pequeno Porte
TJAP 1.639
TJSE 1.547
TJTO 1.241
TJAC 1.194
TJPB 1.022
TJRN 942
TJPI 941
TJAM 175
Estadual 1.804
Gráfico 4.21 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na Justiça Estadual
600 570
517 513 532 531
495 508
500 539
400
300
Gráfico 4.22 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Estadual, por tribunal
TJRJ 223
Grande Porte
TJRS 208
TJPR 182
TJSP 146
TJMG 142
TJMT 145
TJSC 135
TJCE 123
TJES 123
Médio Porte
TJGO 119
TJBA 106
TJDFT 92 99
TJPE 79
TJPA 77
TJMA 74
TJRR 174
JUSTIÇA ESTADUAL
TJAL 160
TJMS 145
TJAP 131
Pequeno Porte
TJSE 125
TJRO 125
TJTO 102
TJPB 93
TJAC 82
TJPI 81
TJRN 78
TJAM 20
Estadual 140
3 As únicas exceções, a teor do artigo 334, seriam os casos nos quais a petição inicial não preenche os seus requisitos essenciais ou nos processos em que seja possível decidir, desde
logo, pela improcedência liminar do pedido.
Relatório Justiça em Números 2016
TJRJ 14,0%
Grande Porte
TJMG 13,7%
TJPR 8,8%
TJRS 7,0%
TJSP 1,3%
TJBA 18,1%
TJDFT 17,8%
TJMA 16,4%
TJPE 16,4%
Médio Porte
TJCE 16,0%
TJPA 12,8%
100 TJGO 12,4%
TJES 10,9%
TJSC 10,6%
TJMT 7,6%
TJSE 21,7%
JUSTIÇA ESTADUAL
TJRN 18,3%
TJPB 14,5%
TJTO 14,2%
Pequeno Porte
TJMS 13,8%
TJRR 13,7%
TJAC 13,7%
TJAP 12,0%
TJAM 11,3%
TJAL 11,1%
TJRO 10,3%
TJPI 0,1%
Estadual 9,4%
O que se pretende demonstrar é que, considerado o universo de decisões passíveis de recurso externo e interno, os índices
de recorribilidade podem não corresponder àquela percepção intuitiva acerca do manejo excessivo das possibilidades de recurso
pelas partes em litígio.
Na verdade, a relação entre casos novos no 1º e no 2º grau de jurisdição sempre guardou uma forte desproporção, sendo de
se sublinhar que aqui estão incluídos como casos novos de 2º grau os processos de natureza recursal, que concentram 80% da
demanda, e os únicos com repercussão no índice de recorribilidade.
Em outras palavras, são efetivamente muitos recursos a pressionar a carga de trabalho no 2º grau de jurisdição, o que não
necessariamente corresponde a um alto índice de recorribilidade; porquanto sua fórmula de aferição contrasta o número de 101
recursos com a imensidão do número de decisões proferidas no 1º grau de jurisdição.
JUSTIÇA ESTADUAL
Assim, é possível afirmar que em aproximadamente 9,5% do total de acórdãos publicados, sentenças e decisões interlocu-
tórias proferidas em 2015 houve recursos às instâncias superiores4. O Gráfico 4.24 mostra que este indicador cresceu entre os
anos de 2009 e 2013, quando atingiu o maior percentual (10,3%), e depois reduziu nos dois anos subsequentes. Com relação à
recorribilidade interna, em média, apenas 7,3% das decisões terminativas sofreram recurso interno.
Gráfico 4.24 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Estadual
20%
16%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
4 A recorribilidade externa total considera a recorribilidade do 1º grau para o 2º grau e a recorribilidade do 2º grau para os tribunais superiores.
Relatório Justiça em Números 2016
4.4.4 T
axa de congestionamento e índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos
O Gráfico 4.26 permite a visualização da série histórica da taxa de congestionamento, do Índice de Atendimento à Demanda
(IAD) e do percentual de processos eletrônicos. Verifica‑se que esses três indicadores cresceram no ano de 2015. O IAD foi de
105,3%, isso significa que o total de processos baixados na Justiça Estadual seria suficiente para finalizar todos os casos ingressa-
dos mais parte do estoque. Dos 27 tribunais desta Justiça, 18 (67%) apresentaram indicador superior a 100%.
102 Ao excluir do cálculo da taxa de congestionamento os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, há redu-
ção do indicador da Justiça Estadual em 1,5 ponto percentual, ou seja, de 74,8% para 73,3%. As maiores diferenças ocorreram
nos Tribunais de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, de 54% para 45,1% e do Mato Grosso do Sul, de 70,1% para 64,4%,
JUSTIÇA ESTADUAL
Gráfico 4.26 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de
processos eletrônicos na Justiça Estadual
102,8% 105,3%
110% 97,8% 97,3% 96,6% 94,6% 98,9%
Gráfico 4.27 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Estadual, por tribunal
O indicador de casos novos eletrônicos é calculado considerando‑se o total de casos novos ingressados eletronicamente em
relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, desconsiderando as execuções judiciais iniciadas. O Brasil caminha a passos lar-
gos no cenário mundial como precursor na virtualização dos processos, tendo em vista que o percentual de casos novos eletrônicos
tem aumentado gradativamente desde o ano de 2009 na Justiça Estadual. Praticamente metade dos processos ingressaram eletro-
nicamente na Justiça Estadual em 2015, o que implica o universo de 8,5 milhões de processos. Destacam‑se os Tribunais de Justiça
de Tocantins, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Alagoas e Acre, por apresentarem índice de 100% de virtualização (Gráfico 4.29).
Com o advento das Tabelas Processuais Unificadas (TPUs), instituída pela Resolução CNJ 46/2007, os códigos de classe,
assunto e movimentos foram padronizados nacionalmente, sendo este o primeiro passo para viabilizar a criação de um sistema 103
único de informações. Dessa forma, em junho de 2011, o CNJ, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançou
o sistema PJe – Processo Judicial eletrônico. Trata‑se de ferramenta gratuita disponibilizada a todos os tribunais brasileiros, capaz
JUSTIÇA ESTADUAL
de permitir a tramitação e acompanhamento processual, independentemente do ramo de justiça. Por meio da Resolução CNJ
185, de 18 de dezembro de 2014, o Conselho Nacional de Justiça instituiu formalmente o sistema PJe e estabeleceu os parâme-
tros para sua implementação e seu funcionamento. A referida resolução determinou, ainda, que todos os tribunais constituíssem
Comitês Gestores, com plano e cronograma de implantação do PJe.
TJSP 112,5%
Grande Porte
TJRJ 111,9%
TJRS 107,2%
TJMG 95,7%
TJPR 89,0%
TJCE 126,2%
TJES 122,5%
TJMT 119,1%
TJDFT 118,4%
Médio Porte
TJPE 106,6%
TJGO 100,6%
TJPA 93,4%
TJBA 91,4%
TJSC 89,6%
TJMA 78,4%
TJAL 133,1%
TJRR 132,1%
TJAP 127,7%
TJAC 125,0%
TJPB 118,1%
Pequeno Porte
TJRO 110,0%
TJPI 107,3%
TJTO 106,3%
TJSE 105,0%
TJMS 91,9%
TJRN 77,5%
TJAM 71,3%
Estadual 105,3%
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.29 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Estadual, por ano e tribunal
TJTO 100%
TJMS 100%
TJAM 100%
TJAL 100%
TJAC 100%
TJSC 85%
TJPR 83%
TJBA 75%
TJSP 67%
TJRR 65%
TJRN 64%
104 TJSE 63%
TJCE 60%
TJMT 51%
TJRO 46%
TJGO 45%
JUSTIÇA ESTADUAL
TJPB 42%
TJPE 35%
TJRJ 34%
TJAP 33%
TJPI 33%
TJES 31%
TJMG 18%
TJMA 18%
TJPA 15%
TJDFT 12%
TJRS 12%
Estadual 50%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
OO
funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus fosse proporcional à demanda, e criou
critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias.
Esta seção tem como objetivo central compreender o fenômeno da litigiosidade e dos recursos humanos disponíveis na Jus-
tiça Estadual, trazendo análises sobre os principais indicadores de desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada
tribunal, comparando‑se os resultados do 1º e 2º graus. Também é apresentado, para cada indicador, um gráfico da série histórica
do consolidado da Justiça Estadual, segmentado por grau de jurisdição.
Diante de tais dados, espera‑se compreender como os recursos humanos estão distribuídos nos tribunais, e ainda, como tal
distribuição impacta os resultados globais. Importante ressaltar que o primeiro grau se refere à soma do juízo comum aos juizados
especiais e às turmas recursais.
Gráfico 4.30 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais de grande porte da Justiça Estadual
87%
TJRJ 1% 88%
93%
71%
TJPR 50%
Grande Porte
82%
90%
100%
TJMG 45%
87%
87%
12%
TJSP 81%
89%
87%
84%
TJRS 56%
87%
81%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Funções comissionadas Servidores da área judiciária
Cargos em comissão Média de casos novos no triênio
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.31 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais de médio porte da Justiça Estadual
0%
TJPA 74%
92%
95%
21%
TJMA 55%
86%
94%
TJBA 86%
90%
94%
64%
73%
Médio Porte
TJES 92%
106 93%
TJCE 68%
87%
92%
87%
TJPE 4%
JUSTIÇA ESTADUAL
87%
91%
0%
TJSC 69%
87%
90%
92%
TJMT 63%
84%
89%
70%
TJGO 89%
84%
89%
76%
TJDFT 71%
79%
87%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Funções comissionadas Servidores da área judiciária
Cargos em comissão Média de casos novos no triênio
Gráfico 4.32 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais de pequeno porte da Justiça Estadual
91%
TJAP 55%
90%
97%
100%
TJPI 62%
88%
93%
83%
TJAC 68%
90%
92%
41%
TJSE 65%
88%
91%
TJRN 76%
88%
Pequeno Porte
91%
88%
TJAM 59%
83%
90%
100%
TJTO 63%
82%
90%
TJRR 70%
86%
90%
81%
TJRO 71%
87%
90%
96%
TJPB 61%
86%
89%
74%
TJMS 62%
84%
87%
100%
TJAL 54%
83%
85%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Funções comissionadas Servidores da área judiciária
Cargos em comissão Média de casos novos no triênio
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
recursos internos pendentes (inicial), dos incidentes em execução novos e dos incidentes em execução pendentes (inicial).
Após, divide‑se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que na carga de trabalho todos os processos
são considerados, inclusive as execuções judiciais6.
OO Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de
servidores da área judiciária.
OO IPM – Índice de Produtividade dos Magistrados: indicador que computa a média de processos baixados por magistrado
em atuação.
OO IPS‑Jud – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária: indicador que computa a média de processos
baixados por servidor da área judiciária.
OO Índice de Conciliação: indicador que computa o percentual de decisões e sentenças homologatórias de acordo em rela-
ção ao total de decisões terminativas e de sentenças.
OO Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de
decisões terminativas e de sentenças proferidas.
OO Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação ao número
de acórdãos e decisões publicadas.
OO Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
OO IAD – Índice de Atendimento à Demanda: verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos em número
equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento
dos casos pendentes.
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao
final do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
É importante esclarecer que, a partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos servidores passou
a ser mais preciso, ao computar a soma de todos os tempos de afastamento. Dessa forma, o denominador dos indicadores de
carga de trabalho, IPM, IPS‑Jud e casos novos por magistrado e servidor passaram a considerar o número médio de trabalhadores
que permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015. Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamen-
tos por 6 meses ou mais. No caso dos servidores, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
5 O TJPR e o TJAM não encaminharam os dados de litigiosidade de 2º grau. Por esta razão, para estes casos, as análises comparativas desta seção restaram prejudicadas.
6 Ao contrário dos casos novos por magistrado, que somente as execuções extrajudiciais e casos novos de conhecimento são computados.
Relatório Justiça em Números 2016
do 2º grau (138) foi superior ao do primeiro grau (120), conforme observado no Gráfico 4.36. É importante esclarecer que tal
indicador desconsidera as execuções judiciais iniciadas e, portanto, difere dos critérios da Resolução CNJ 219/2016.
Apesar do aumento gradativo do índice de produtividade dos magistrados e servidores no 1º grau desde o ano de 2010
(Gráfico 4.42 e Gráfico 4.44), a carga de trabalho cresceu em proporções ainda maiores nesse período (Gráfico 4.38 e Gráfico
4.40), mesmo com a redução do quantitativo de casos novos por magistrado e por servidor da área judiciária entre os anos de
2013 e 2015 (Gráfico 4.34 e Gráfico 4.36.
Ao analisar os indicadores por tribunal, há de se destacar os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro (grande porte) e de Roraima
108 (pequeno porte) por apresentarem as maiores produtividades por magistrado e servidor do 1º grau (Gráfico 4.41 e Gráfico 4.43)
e os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul (grande porte) e de Alagoas (pequeno porte) com os maiores indicadores do 2º
grau. Destes tribunais, o Tribunal de Justiça de Roraima foi o único que não apresentou também as maiores cargas de trabalho e
JUSTIÇA ESTADUAL
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
1.128 TJRJ 3.599
2.420 TJRS 2.011
TJPR 1.856
1.994 TJMG 1.741
1.920 TJSP 1.673
Médio Porte
851 TJMA 2.753
1.012 TJSC 1.705
1.433 TJMT 1.629
1.102 TJGO 1.472
559 TJBA 1.294
1.305 TJDFT 1.113
739 TJCE 933
971 TJPE 888
888 TJES 885
559 TJPA 810
Pequeno Porte
1.294 TJMS 1.785
1.144 TJRR 1.530
1.155 TJRO 1.282
385 TJAP 1.206
1.930 TJSE 1.181
1.510 TJRN 1.098
2.951 TJAL 1.040
1.290 TJTO 986
625 TJPI 899
413 TJAC 843
1.218 TJPB 785
TJAM 257
1.495 Estadual 1.590
Gráfico 4.34 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Estadual
Gráfico 4.35 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Estadual
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
130 TJPR 234
TJRJ 194
295 TJRS 162
155 TJMG 126
220 TJSP 101
Médio Porte
132 TJSC 146
86 TJMT 122
77 TJGO 118
77 TJBA 112
65 TJCE 98 109
41 TJMA 96
85 TJES 89
59 TJPA 77
60 TJDFT 76
JUSTIÇA ESTADUAL
63 TJPE 71
Pequeno Porte
112 TJMS 144
123 TJRR 115
91 TJSE 100
184 TJAL 99
82 TJRN 95
40 TJAP 93
96 TJRO 91
62 TJTO 88
52 TJPI 78
60 TJPB 77
49 TJAC 53
TJAM 32
138 Estadual 120
Gráfico 4.36 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Estadual
180
160
131 138
140 130 129
125 125
121 120
120 127 128 129 124
120 123 123
119 120
108 112 111 113
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
1.912 TJRJ 22.247
2.580 TJSP 12.502
4.595 TJRS 6.946
4.549 TJMG 6.756
TJPR 6.157
Médio Porte
1.816 TJMA 11.278
2.545 TJSC 8.479
3.297 TJMT 6.913
2.202 TJGO 6.754
3.838 TJES 6.524
2.568 TJPE 5.481
3.022 TJBA 5.053
1.588 TJPA 4.459
3.887 TJCE 4.348
2.174 TJDFT 3.419
Pequeno Porte
2.133 TJMS 6.926
5.532 TJAL 5.661
2.132 TJRR 4.601
4.147 TJRN 4.596
1.711 TJPI 4.278
3.178 TJRO 4.122
2.225 TJTO 3.855
700 TJAP 3.684
3.525 TJSE 3.534
2.603 TJPB 3.222
774 TJAC 2.987
TJAM 1.365
2.897 Estadual 8.219
Relatório Justiça em Números 2016
110 2.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
JUSTIÇA ESTADUAL
2º Grau
Total
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
221 TJRJ 1.199
TJPR 777
295 TJSP 752
560 TJRS 561
353 TJMG 491
Médio Porte
332 TJSC 726
369 TJES 657
155 TJGO 543
197 TJMT 519
340 TJCE 457
167 TJPE 440
416 TJBA 439
169 TJPA 425
87 TJMA 392
99 TJDFT 235
Pequeno Porte
184 TJMS 557
344 TJAL 538
226 TJRN 397
143 TJPI 371
230 TJRR 345
108 TJTO 344
129 TJPB 316
166 TJSE 301
264 TJRO 292
73 TJAP 284
91 TJAC 189
TJAM 171
268 Estadual 618
Gráfico 4.40 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Estadual
700
618
561 580 577
600 549 556 593
532
500 570
517 513 532 531
495 508
400
JUSTIÇA ESTADUAL
TJPE
443 TJPA 837
Pequeno Porte
1.312 TJRR 2.386
1.220 TJMS 1.897
384 TJAP 1.828
1.457 TJRO 1.763
3.525 TJAL 1.549
1.763 TJSE 1.531
491 TJAC 1.335
919 TJTO 1.278
450 TJPI 1.008
1.355 TJPB 995
1.984 TJRN 851
TJAM 196
1.416 Estadual 1.895
Gráfico 4.42 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Estadual
2.000 1.895
1.770 1.768 1.807
1.800 1.712
1.659 1.804
1.600 1.553 1.736
1.701 1.703
1.635 1.585 1.416
1.400 1.491 1.284 1.309 1.315
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1° Grau
2° Grau
Total
Gráfico 4.43 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Estadual
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
129 TJRJ 236
TJPR 224
313 TJRS 191
175 TJSP 143
137 TJMG 142
Médio Porte
96 TJMT 154
126 TJSC 137
85 TJGO 125
96 TJES 125
161 TJCE 118
92 TJBA 108
53 TJDFT 103
53 TJPE 83
47 TJPA 80
40 TJMA 80
Pequeno Porte
141 TJRR 179
105 TJMS 153
219 TJAL 147
40 TJAP 141
83 TJSE 130
121 TJRO 125
44 TJTO 114
67 TJPB 98
38 TJPI 87
58 TJAC 85
108 TJRN 74
TJAM 24
131 Estadual 142
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.44 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Estadual
200
178
Total
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
0,0% TJMG 16,1%
0,0% TJRJ 15,4%
TJPR 8,8%
0,1% TJRS 8,6%
0,2% TJSP 1,5%
Médio Porte
0,7% TJDFT 20,2%
0,3% TJCE 19,0%
0,6% TJBA 18,5%
0,5% TJPE 18,4%
0,0% TJMA 17,8%
0,1% TJGO 14,6%
0,0% TJPA 13,9%
0,0% TJSC 12,0%
0,3% TJES 11,6%
0,0% TJMT 8,8%
Pequeno Porte
0,3% TJSE 24,0%
1,1% TJRN 20,8%
0,1% TJPB 16,7%
0,2% TJTO 16,4%
0,0% TJMS 15,7%
TJRR 15,5%
0,3% TJAL 15,2%
0,0% TJAC 14,2%
0,1% TJAP 12,3%
0,0% TJRO 11,7%
0,9% TJAM 11,3%
0,7% TJPI 0,1%
0,2% Estadual 10,7%
As diferenças aqui percebidas, acentuadas e praticamente constantes de tribunal para tribunal, podem ser explicadas pela
praxe jurídica corrente no Brasil. De fato, é incomum a inserção, nas rotinas de trabalho dos órgãos de 2º grau de jurisdição, de
providências de aproximação, conciliação ou mediação entre as partes de um recurso.
Em geral, as secretarias das turmas e câmaras e os próprios julgadores, de tão absorvidos que estão na análise minuciosa dos
requisitos de admissibilidade das diversas espécies recursais, na produção e exaurimento de pautas de julgamento, acabam por
deixar as alternativas consensuais de solução de litígios para um segundo plano.
Além disso, não se pode desconsiderar o efeito desestimulante ao acordo operado pela sucumbência determinada na decisão
recorrida. Em regra, da sentença resultam vencedor e vencido, o que reduz a propensão do primeiro de transigir com direitos
que já lhe foram reconhecidos em pronunciamento judicial.
Análise do Poder Judiciário
Numa ou noutra hipótese, as dificuldades parecem mais culturais do que efetivamente estruturais, sendo de se esperar uma
inversão de tendência na série histórica que ora se inicia em razão das exaustivas políticas desenvolvidas pelo Conselho Nacional
de Justiça e da lógica do novo Código de Processo Civil, voltadas e amplamente favoráveis às soluções consensuais dos processos
judiciais.
JUSTIÇA ESTADUAL
29,3% do total de acórdãos publicados.
Ao verificar os indicadores por tribunal, Gráfico 4.46 e Gráfico 4.48, os Tribunais de Justiça da Bahia e do Maranhão apresen-
taram percentuais destoantes dos demais no cálculo da recorribilidade interna de 2º e 1º graus, respectivamente.
O TJRS apresenta o maior indicador de recorribilidade externa do 1º grau e o quinto menor do 2º grau.
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
18% TJMG 7%
TJPR 7%
18% TJSP 6%
16% TJRJ 1%
21% TJRS 1%
Médio Porte
25% TJMA 22%
132% TJBA 9%
22% TJSC 6%
24% TJMT 5%
26% TJDFT 4%
24% TJPA 4%
39% TJPE 2%
22% TJGO 2%
59% TJCE 2%
28% TJES 2%
Pequeno Porte
33% TJSE 7%
15% TJTO 4%
19% TJRO 4%
22% TJRN 3%
0% TJAL 3%
TJAM 2%
21% TJPB 2%
44% TJAC 1%
6% TJRR 1%
27% TJMS 1%
19% TJAP 0%
28% TJPI 0%
21% Estadual 5%
30%
23,0% 22,8% 22,3% 22,0% 21,9%
24% 20,8% 21,2%
18%
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
As diferenças de recorribilidade interna entre o 1º e o 2º graus de jurisdição podem ser explicadas pelo número de recursos
cabíveis contra as decisões proferidas nas respectivas instâncias.
Com efeito, a recorribilidade interna no 1º grau fica praticamente restrita à interposição de embargos declaratórios julgados
pela mesma autoridade judicial prolatora da decisão recorrida, o que em si, representa um desestímulo ao recurso. Já no 2º grau
de jurisdição, ainda que não tenham o condão de levar o processo para julgamento por outro tribunal, o que os coloca dentro
do índice de recorribilidade interna, recursos como os agravos internos, agravos regimentais e embargos infringentes submetem
a matéria recorrida a um órgão julgador diferente daquele que prolatou a decisão que sofreu recurso7.
114
Gráfico 4.48 – Recorribilidade externa na Justiça Estadual
JUSTIÇA ESTADUAL
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
13% TJRS 27%
TJPR 25%
35% TJMG 8%
47% TJRJ 8%
34% TJSP 7%
Médio Porte
TJBA 19%
41% TJSC 9%
27% TJGO 8%
2% TJPA 4%
19% TJMA 3%
31% TJPE 3%
19% TJCE 2%
20% TJES 1%
46% TJDFT 0%
42% TJMT 0%
Pequeno Porte
18% TJPI
31% TJPB 13%
4% TJRR 10%
4% TJAP 10%
26% TJMS 9%
11% TJTO 8%
16% TJRO 8%
0% TJAL 7%
TJAC 5%
31% TJRN 5%
17% TJSE 5%
TJAM 0%
29% Estadual 8%
16%
10,3% 9,6% 9,5%
6,0% 6,6% 7,2% 7,2%
8% 9,1% 8,4% 8,2%
4,5% 5,4% 5,9% 6,3%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
7 Nos agravos internos e regimentais a reapreciação do recurso é feita por um órgão colegiado, ao qual o relator é vinculado. Nos embargos infringentes a matéria é submetida a outro
órgão colegiado do tribunal.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Roraima apresentaram elevados indicadores de produtividade
dos magistrados e servidores de 1º grau e índice de atendimento à demanda superior a 100%. Apesar dos três tribunais citados
terem apresentado alta produtividade, possuem taxas de congestionamento díspares. Observa‑se por intermédio do Gráfico
4.54, que Roraima apresentou congestionamento de 48%, a menor taxa da Justiça Estadual, Rio Grande do Sul, taxa de 66%,
dez pontos percentuais abaixo da média, e Rio de Janeiro, percentual de 80%, uma das maiores taxas.
Apesar da taxa de congestionamento de 1º grau permanecer relativamente constante no período de 2009‑2015, em torno
de 76%, no 2º grau é o inverso, pois apresenta comportamento de queda, tendo atingido no ano de 2015 o menor percentual
da série histórica, 43,6%.
De forma geral, verifica‑se que, apesar da maior taxa de congestionamento, o 1º grau apresentou os maiores índices de pro-
dutividade dos magistrados e dos servidores e de atendimento à demanda, do que aqueles observados no 2º grau. Isso significa
que, apesar de os magistrados e servidores lotados neste grau de jurisdição produzirem mais e possuírem maior carga de trabalho,
tal esforço produtivo não tem sido suficiente para desafogar este grau de jurisdição, pois a taxa de congestionamento permanece
em altos patamares (em torno de 76%) desde 2010, sem qualquer tendência de queda ou crescimento.
Não obstante a taxa de congestionamento do 2º grau (44%) seja substancialmente inferior à taxa do 1º grau (76%), quando
são retirados do acervo os processos suspensos ou sobrestados, inclusive aqueles que aguardam julgamento de tribunal superior
em matéria de repercussão geral ou recursos repetitivos, a diferença fica ainda maior. Neste contexto, a taxa de congestionamen-
to líquida do 2º grau passaria de 44% para 37% (queda de 7 p.p) e a do 1º grau, com redução de apenas 1 p.p, passaria de 76%
para 75%. Em outras palavras, a taxa de congestionamento líquida do 2º grau é metade da taxa do 1º grau.
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
TJPR 83%
53% TJSP 70%
100% TJRJ 28%
9% TJMG 20%
5% TJRS 13%
Médio Porte
0% TJSC 98%
0% TJBA 81%
0% TJMT 58%
100% TJCE 56%
0% TJGO 50%
0% TJPE 40%
0% TJES 34%
0% TJMA 19%
0% TJPA 16%
0% TJDFT 14%
Pequeno Porte
100% TJTO 100%
100% TJMS 100%
TJAM 100%
100% TJAL 100%
100% TJAC 100%
0% TJRR 76%
0% TJRN 72%
53% TJSE 65%
18% TJPB 45%
67% TJRO 42%
0% TJPI 36%
0% TJAP 35%
37% Estadual 52%
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.51 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Estadual
60%
51,7%
48% 36,2%
35,3% 49,7%
36% 23,1%
22,3% 36,9%
24% 15,1% 28,7%
11,9% 13,8%
6,4% 10,9%
12% 4,7% 5,7% 16,0%
4,2% 6,1%
116 0% 0,0% 0,1% 3,6%
2º Grau
Total
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
79% TJSP 120%
99% TJRJ 113%
106% TJRS 108%
89% TJMG 97%
TJPR 89%
Médio Porte
89% TJDFT 124%
112% TJES 123%
112% TJMT 120%
248% TJCE 115%
84% TJPE 109%
110% TJGO 100%
79% TJPA 94%
119% TJBA 89%
96% TJSC 89%
99% TJMA 77%
Pequeno Porte
119% TJAL 138%
115% TJRR 135%
100% TJAP 129%
119% TJAC 125%
111% TJPB 119%
71% TJTO 111%
72% TJPI 111%
126% TJRO 108%
91% TJSE 106%
94% TJMS 92%
131% TJRN 72%
TJAM 71%
95% Estadual 107%
80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Análise do Poder Judiciário
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
30% TJSP 81%
32% TJRJ 80%
55% TJMG 69%
TJPR 68%
35% TJRS 66%
Médio Porte
58% TJSC 81%
60% TJPE 81%
70% TJPA 81%
43% TJMA 79%
72% TJES 77%
30% TJGO 76% 117
77% TJBA 75%
47% TJCE 74%
39% TJMT 70%
38% TJDFT 56%
JUSTIÇA ESTADUAL
Pequeno Porte
TJAM 86%
43% TJRN 81%
72% TJPI 76%
30% TJMS 72%
36% TJAL 72%
45% TJPB 69%
55% TJTO 66%
44% TJRO 56%
37% TJSE 55%
33% TJAC 55%
40% TJAP 50%
36% TJRR 48%
44% Estadual 76%
Para bem ilustrar o desafio a ser enfrentado, constava na Justiça Estadual um acervo de 59 milhões de processos que estavam
pendentes de baixa no final do ano de 2015, dentre os quais, mais da metade (54%) se referiam à fase de execução. Por essa
razão, desenvolveu‑se uma seção que trata especificamente sobre os processos que tramitaram nesta fase processual. Dentre
as execuções, consideram‑se, conforme o Gráfico 4.56 as execuções judiciais criminais (de pena privativa de liberdade e pena
não‑privativa de liberdade), as execuções judiciais não criminais e as execuções de títulos executivos extrajudiciais, segregadas
entre fiscais e não fiscais.
Os processos de execução fiscal são os grandes responsáveis pela alta litigiosidade da Justiça Estadual, tendo em vista que
representam aproximadamente 42% do total de casos pendentes e apresentaram taxa de congestionamento de 91,7%, que é a
maior dentre os tipos de processos analisados. Devido ao seu grande impacto nos indicadores globais da Justiça Estadual, esta
classe será tratada detalhadamente a seguir.
Conhecimento
2.129.122
Criminal 1.835.317 5.596.928
10.638.234
Não criminal 9.575.834 19.493.666
12.767.356
Total Conhecimento 11.411.151 25.090.594
Execução
2.252.239
Execução fiscal
Extrajudicial
2.161.918 25.009.802
588.178
Execução não fiscal 672.179 2.354.961
2.840.417
Total Execução Extrajudicial 2.834.097 27.364.763
167.499
Pena privativa de liberdade 277.989 824.356
151.065
Judicial
119
44% 2º Grau
JUSTIÇA ESTADUAL
43% Turmas Recursais
18,4
Milhões
12,6
5,3 5,5 6,1 6,3 6,2
3,3 3,3 3,2 2,9 6,7
6,8 2,8
3,8
2,4
3,1
1,0 2,2 2,3 2,2
1,5 1,4 1,8 1,8
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Execuções Fiscais Pendentes
Demais Execuções Pendentes
Execuções Fiscais Novas
Demais Execuções Novas
Relatório Justiça em Números 2016
100%
91,6% 91,4% 91,7%
92% 89,6% 89,5% 89,9%
86,1%
89,1% 87,4% 88,1%
84% 87,2% 87,1% 86,3%
84,8%
76%
65,7% 65,7% 65,9% 65,5% 66,8% 65,8%
68% 65,0%
120 60%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Sem Execução Fiscal
Execuçao Fiscal
JUSTIÇA ESTADUAL
Execução
Execução Conhecimento
Grande Porte
931 TJRJ 3.254
539 TJRS 1.760
802 TJSP 1.503
550 TJMG 1.353
400 TJPR 1.264
Médio Porte
180 TJMA 2.023
295 TJMT 1.545
271 TJGO 1.228
283 TJDFT 1.199
386 TJSC 1.159
165 TJES 1.075 121
224 TJBA 916
187 TJCE 905
185 TJPE 831
116 TJPA 704
JUSTIÇA ESTADUAL
Pequeno Porte
330 TJRR 1.873
263 TJAP 1.516
510 TJMS 1.319
528 TJRO 1.163
336 TJSE 1.121
464 TJAL 1.065
261 TJTO 991
320 TJAC 941
42 TJPI 891
79 TJPB 836
113 TJRN 707
14 TJAM 181
460 Estadual 1.365
980
Gráfico 4.63 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
Grande Porte
48 TJRJ 175
49 TJPR 159
42 TJRS 142
40 TJMG 98
49 TJSP 90
Médio Porte
21 TJMT 116
17 TJES 108
33 TJSC 99
22 TJGO 99
20 TJCE 95
19 TJDFT 82
19 TJBA 80
6 TJMA 70
11 TJPA 67
15 TJPE 67
Pequeno Porte
25 TJRR 140
19 TJAP 117
41 TJMS 106
44 TJAL 101
28 TJSE 95
23 TJTO 88
36 TJRO 82
8 TJPB 82
4 TJPI 77
10 TJRN 61
20 TJAC 60
2 TJAM 23
34 Estadual 103
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.64 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária
200
56 38 34 37 34 34
27 33
122 20
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
JUSTIÇA ESTADUAL
1º grau
Execução Conhecimento
Grande Porte
1% TJRJ 24%
8% TJMG 20%
5% TJPR 11%
3% TJRS 11%
0% TJSP 2%
Médio Porte
TJBA 25%
4% TJCE 23%
4% TJPE 21%
7% TJMA 19%
10% TJGO 16%
1% TJSC 15%
12% TJPA 14%
4% TJES 14%
3% TJMT 11%
42% TJDFT 11%
Pequeno Porte
0% TJRN 25%
35% TJSE 21%
4% TJPB 20%
7% TJMS 20%
0% TJRO 19%
11% TJTO 18%
2% TJAL 18%
8% TJRR 18%
4% TJAC 17%
6% TJAP 14%
0% TJAM 12%
0% TJPI 0%
4% Estadual 14%
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
centuais em relação a 2014. Apesar do crescimento, o IAD atualmente observado na execução ainda é menor que o valor mais
baixo observado no conhecimento, que foi de 97,7% em 2013.
Gráfico 4.66 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
Grande Porte
73% TJRJ 132%
105% TJSP 131%
124% TJRS 104%
108% TJMG 93%
88% TJPR 89%
Médio Porte
90% TJES 134%
108% TJDFT 130%
93% TJPE 115%
115% TJMT 113%
139% TJCE 110%
81% TJGO 105%
55% TJBA 102%
74% TJPA 99%
72% TJSC 95%
58% TJMA 80%
Pequeno Porte
69% TJAP 149%
59% TJTO 145%
106% TJRR 142%
119% TJAC 124%
107% TJPB 119%
230% TJAL 119%
98% TJSE 110%
100% TJRO 110%
93% TJPI 107%
78% TJMS 96%
50% TJRN 76%
41% TJAM 76%
94% Estadual 112%
Pelo Gráfico 4.68, percebe‑se que a taxa de congestionamento na execução (88%) é 22 pontos percentuais maior que a taxa
no conhecimento (66%), o que aumenta, substancialmente, a taxa de congestionamento total da Justiça Estadual. Importante
ressaltar que todos os TJs apresentam taxa de congestionamento na execução maior que no conhecimento. A maior disparidade
é observada no TJDFT, com a diferença da taxa entre as duas fases em 38 pontos percentuais, ou seja, neste tribunal a taxa na
execução é quase o dobro da aferida no conhecimento.
A série histórica do período 2009‑2015, apresentada no Gráfico 4.69, aponta uma constância nos valores das taxas de con-
gestionamento totais e da fase de conhecimento, com sutil crescimento na fase de execução.
124
Gráfico 4.68 – Taxa de congestionamento no primeiro grau: execução x conhecimento
JUSTIÇA ESTADUAL
Execução Conhecimento
Grande Porte
75% TJMG 67%
90% TJSP 66%
93% TJRJ 65%
80% TJPR 64%
79% TJRS 59%
Médio Porte
90% TJPA 77%
88% TJMA 77%
84% TJBA 74%
82% TJCE 72%
93% TJPE 71%
91% TJSC 70%
89% TJGO 69%
91% TJES 69%
86% TJMT 66%
79% TJDFT 41%
Pequeno Porte
90% TJAM 85%
92% TJRN 77%
94% TJPI 73%
75% TJAL 70%
87% TJPB 66%
85% TJMS 62%
66% TJSE 52%
66% TJAC 51%
85% TJTO 50%
68% TJRO 50%
68% TJAP 46%
65% TJRR 45%
88% Estadual 66%
JUSTIÇA ESTADUAL
pois resume em uma única métrica os resultados de informações que sabemos ser extremamente heterogêneas. Para adequada
análise de tempo, seria necessário estudar curvas de sobrevivência, agrupando os processos semelhantes, segundo as classes e
os assuntos. Tais dados ainda não estão disponíveis, e são complexos para serem obtidos, mas o CNJ, por meio do Selo Justiça
em Números, está trabalhando no aperfeiçoamento do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, e planeja obter as informações
necessárias para produção de estudos mais aprofundados sobre o tempo de tramitação processual.
A divisão da aferição do tempo do processo por fases processuais faz sentido na medida em que os marcos temporais usados
para os cálculos são bem claros. Assim, na apuração do tempo médio dos processos até a sentença de mérito, sabe‑se exatamen-
te quando o processo começa (protocolo) e qual o termo final de apuração (última sentença proferida).
Importante esclarecer que a apuração dos tempos médios se deu pela avaliação da duração em cada fase ou instância. Por
exemplo, na execução, conta‑se o tempo a partir do início da execução ou liquidação ou cumprimento, até a data da última
sentença em execução. No conhecimento, conta‑se a partir da data do protocolo. No 2º grau conta‑se a partir do protocolo do
processo no tribunal, e assim por diante.
A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio dado em
análise. Há uma imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles em que, verificada
a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença terminativa sem resolução de
mérito que acaba sendo a única e última a ser computada.
Por outro lado, há processos nos quais mais de uma sentença acaba por ser proferida, como ocorre com aqueles que, subme-
tidos à revisão no 2º grau de jurisdição, acabam voltando ao juízo de origem para prolação de novas decisões. Saber exatamente
que processos seguem um ou outro padrão de duração é uma tarefa extremamente minuciosa, ainda por ser realizada.
O diagrama apresentado na Figura 4.7 demonstra o tempo em cada uma das fases, e em cada uma das instâncias do Poder
Judiciário. Pode‑se verificar que são muitas as variáveis que interferem neste tipo de análise. É importante que o leitor tenha em
mente que nem todos os processos seguem a mesma história, e, portanto, os tempos não podem ser simplesmente somados. Por
exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e lá mesmo são finalizados. Outros, recorrem até a última instância possível,
uns passando, e outros não, pela fase de execução.
Relatório Justiça em Números 2016
TJ Turma Recursal
Tempo da sentença: 6 meses Tempo da sentença: 6 meses
Tempo da baixa: 9 meses Tempo da baixa: 8 meses
126 Tempo do pendente: 1 ano 10 meses Tempo do pendente: 1 ano 10 meses
Conhecimento
JUSTIÇA ESTADUAL
Conhecimento
Tempo da sentença: 1 ano 11 meses Tempo da sentença: 11 meses
Tempo da baixa: 2 anos 9 meses Tempo da baixa: 2 anos 3 meses
Tempo do pendente: 3 anos 2 meses Tempo do pendente: 4 anos 11 meses
Execução Execução
Tempo da sentença: 4 anos 4 meses Tempo da sentença: 1 ano 1 mês
Tempo da baixa: 4 anos 1 mês Tempo da baixa: 1 ano 1 mês
Tempo do pendente: 8 anos 11 meses Tempo do pendente: 6 anos 9 meses
O que se pode destacar, desde já, é que, paradoxalmente, a fase de conhecimento, na qual o juiz tem que vencer a postula-
ção das partes e a dilação probatória para chegar à sentença acaba sendo mais célere do que a fase de execução que não envolve
atividade de cognição, mas somente de concretização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
O Gráfico 4.70 bem ilustra esse paradoxo. Nota‑se que a execução (4,3 anos) leva mais que o dobro de tempo do conhe-
cimento (1,9 anos) para receber uma sentença. O dado, contudo, é coerente com o observado na taxa de congestionamento.
A maior discrepância entre o tempo médio de sentença de execução e de conhecimento é observado no TJPE, onde a exe-
cução (7,0 anos) leva quase três vezes mais tempo que o conhecimento para receber uma sentença (2,4 anos). Por outro lado, o
TJSE apresenta um tempo quase igual de sentença no conhecimento (0,9 ano) e na execução (1,0 ano). O TJRJ também apresenta
certa similaridade entre o tempo de sentença na execução (1,7 anos) e no conhecimento (1,3 anos).
A desproporção entre tempo de duração e complexidade das fases de conhecimento e execução verifica‑se com menor
intensidade nos juizados especiais.
Aqui, os tempos médios de sentença de execução e de conhecimento, apresentados no Gráfico 4.71, são muito próximos,
sendo 0,9 ano para sentença de conhecimento e 1,1 ano para sentença de execução.
O TJPI apresentou um tempo médio de sentença de conhecimento nos juizados especiais extremamente alto (5,5 anos),
mais de cinco vezes a média da Justiça Estadual. Porém, observa‑se que este tribunal não apresenta tempo médio de sentença
de execução, que pode ser indício de alguma inconsistência.
127
O TJCE, diferentemente de todos os demais, apresenta um tempo médio da sentença de conhecimento nos juizados espe-
ciais (2,9 anos) menor que o mensurado na execução (2,0 anos). O TJPA, por sua vez, apresenta tempos médios de sentença nos
JUSTIÇA ESTADUAL
juizados especiais iguais no conhecimento na execução, equivalentes a 2,0 anos.
Gráfico 4.71 – Tempo médio da sentença nos juizados especiais: execução x conhecimento
Execução nos Juizados Especiais Conhecimento nos Juizados Especiais
Grande Porte
1,1 TJSP 0,9
0,6 TJMG 0,7
1,4 TJRS 0,7
2,4 TJRJ 0,6
TJPR
Médio Porte
2,0 TJES 2,9
2,0 TJPA 2,0
1,1 TJBA 1,4
2,4 TJMT 1,2
1,8 TJSC 1,1
1,9 TJMA 1,0
1,1 TJGO 0,9
1,0 TJPE 0,7
TJDFT
TJCE
Pequeno Porte
TJPI 5,5
1,3 TJAL 0,9
0,8 TJAP 0,8
0,8 TJTO 0,8
0,6 TJMS 0,8
0,7 TJPB 0,7
0,9 TJRO 0,6
0,8 TJRR 0,6
1,8 TJAC 0,3
0,2 TJSE 0,2
TJRN
TJAM
1,1 Estadual 0,9
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido entre o
protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo em cada fase.
Também aqui, verifica‑se desproporção entre os processos da fase de conhecimento e de execução, o que é esperado, já que
a baixa do conhecimento é caracterizada, inclusive, pela entrada no processo na execução, ao passo que a baixa na execução
somente ocorre quando de fato o jurisdicionado tem seu conflito solucionado perante a justiça.
No TJPI estão os maiores tempos de tramitação de processos baixados tanto em conhecimento (5,2 anos) quanto em exe-
cução (10,1 anos). No TJPE e no TJMS, por sua vez, a tramitação até a baixa na execução leva, em média, o triplo do tempo da
baixa no conhecimento.
Por outro lado, o TJMA, o TJAP e o TJSE apresentam tempos de tramitação de processos baixados na fase de execução, res-
pectivamente, 2,8 anos, 2,2 anos e 1,7 anos, muito próximos dos tempos observados no conhecimento, respectivamente, 2,5
anos, 1,8 anos e 1,3 anos.
Por fim, observa‑se que em alguns casos o tempo até a baixa ficou inferior ao tempo até a sentença. Cumpre esclarecer que
os dados aqui apresentados são representados por médias de eventos ocorridos em um ano específico, no caso, 2015. Nem to-
dos os processos que foram baixados em 2015, necessariamente também foram sentenciados no mesmo ano, ou seja, o universo
de processos que são objeto de análise do tempo até a sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles analisados
no tempo até a baixa.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.72 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nas varas: execução x conhecimento
Execução no 1º grau Conhecimento no 1º grau
Grande Porte
6,0 TJSP 3,3
1,5 TJRJ 2,4
4,5 TJRS 2,1
4,6 TJMG 1,9
TJPR
Médio Porte
6,4 TJBA 4,9
6,7 TJMT 3,9
9,2 TJPE 3,6
5,5 TJPA 3,2
7,2 TJGO 2,9
128 4,9 TJSC 2,7
2,8 TJMA 2,5
TJES
TJDFT
TJCE
JUSTIÇA ESTADUAL
Pequeno Porte
10,1 TJPI 5,2
8,2 TJAL 3,4
TJRN 2,8
3,5 TJTO 2,6
5,7 TJPB 2,4
6,0 TJMS 2,0
2,2 TJAP 1,8
4,6 TJRR 1,7
2,2 TJAC 1,5
3,3 TJRO 1,4
1,7 TJSE 1,3
TJAM
4,1 Estadual 2,8
Gráfico 4.73 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nos juizados especiais: execução x conhecimento
Execução nos Juizados Especiais Conhecimento nos Juizados Especiais
Grande Porte
2,3 TJSP 3,1
0,6 TJRJ 1,0
1,2 TJMG 0,9
1,3 TJRS 0,8
TJPR
Médio Porte
3,7 TJES 6,9
2,5 TJPA 2,3
2,0 TJMA 1,9
2,7 TJMT 1,5
1,2 TJSC 1,4
1,3 TJBA 1,3
1,4 TJGO 1,1
1,2 TJPE 1,0
TJDFT
TJCE
Pequeno Porte
TJPI 5,5
1,5 TJAL 2,3
3,1 TJPB 2,2
1,1 TJAP 1,4
1,3 TJRN 1,2
1,4 TJTO 1,1
0,7 TJAC 1,1
0,8 TJRR 0,9
1,3 TJRO 0,9
1,4 TJMS 0,7
0,8 TJSE 0,5
TJAM
1,0 Estadual 2,2
Além do diagnóstico do tempo até a sentença e até a baixa, faz‑se necessário computar o tempo de duração daqueles pro-
cessos que ainda estão pendentes de baixa, para os quais o termo final de cálculo foi 31 de dezembro de 2015.
A elevação quase linear de todos os números conduz à conclusão de que há uma prevalência, entre os pendentes, dos casos
mais antigos. Em outras palavras, se a grande maioria dos processos pendentes fosse formada por casos recém ingressados no
Poder Judiciário, o tempo médio seria invariavelmente menor do que o tempo médio dos processos baixados ou sentenciados.
O dado revela a imensa dificuldade enfrentada pelo Poder Judiciário para lidar com o estoque, o processo naturalmente mais
moroso por sua natureza.
Especificamente no que se refere ao tempo médio de tramitação de processos pendentes na execução, demonstrados no
Gráfico 4.74 e no Gráfico 4.75, nota‑se que, seja nas varas, seja nos juizados especiais, estes tempos são significantemente maio-
res que os tempos médios dos processos baixados. As execuções pendentes estão nesta situação, em média, há 9 anos no juízo
Análise do Poder Judiciário
comum e há 7 anos nos juizados especiais. O valor nos juizados é muito elevado, especialmente quando lembramos que eles
existem há apenas 11 anos, e que foi criado para ser uma justiça mais célere.
Isto indica, assim como sinalizado acima, que os processos de execução que são resolvidos são mais recentes que os proces-
sos que se encontram pendentes, demonstrando que o gargalo da execução se deve a um acervo de processos antigos onde não
se conseguiu efetivar a execução, por motivos diversos.
Gráfico 4.74 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nas varas: execução x conhecimento
129
Execução no 1º grau Conhecimento no 1º grau
Grande Porte
4,7 TJMG 2,4
4,8 TJRS 2,2
JUSTIÇA ESTADUAL
0,8 TJRJ 2,0
11,5 TJSP
TJPR
Médio Porte
4,8 TJBA 4,8
7,0 TJPE 4,2
6,4 TJSC 4,1
4,6 TJPA 3,7
5,8 TJMT 3,6
4,2 TJGO 3,3
4,9 TJMA 3,1
5,1 TJES 2,2
TJDFT
TJCE
Pequeno Porte
8,7 TJPI 5,0
6,6 TJMS 3,7
2,9 TJSE 3,7
5,9 TJAL 3,3
3,9 TJTO 3,2
6,3 TJPB 2,6
3,8 TJRR 2,4
4,2 TJAC 2,3
3,2 TJAP 2,2
3,6 TJRO 2,0
TJRN
TJAM
8,9 Estadual 3,2
Gráfico 4.75 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nos juizados especiais: execução x conhecimento
Execução nos Juizados Especiais Conhecimento nos Juizados Especiais
Grande Porte
9,5 TJSP 8,8
1,5 TJRS 1,0
1,3 TJMG 1,0
0,8 TJRJ 0,8
TJPR
Médio Porte
5,5 TJES 4,7
2,7 TJMA 2,1
2,2 TJPA 1,9
1,5 TJSC 1,5
2,6 TJMT 1,3
1,5 TJGO 1,1
1,3 TJPE 0,7
2,2 TJBA 0,2
TJDFT
TJCE
Pequeno Porte
8,1 TJSE 7,4
2,0 TJMS 3,8
3,2 TJPI 2,8
2,3 TJAL 1,6
2,6 TJPB 1,6
1,4 TJRN 1,4
2,2 TJTO 1,1
1,2 TJRR 1,1
0,9 TJAP 1,0
1,3 TJAC 0,9
1,0 TJRO 0,7
TJAM
6,8 Estadual 4,9
Relatório Justiça em Números 2016
relativamente alto. Além disto, como estes processos podem resultar em restrição de direito fundamental, exige‑se procedimen-
tos mais demorados, atento a todas as garantias penais e processuais a fim de não condenar pessoas inocentes.
No ano de 2015, ingressaram, na Justiça Estadual, 2,8 milhões de casos novos criminais, sendo 1,8 milhão (65,9%) na fase de
conhecimento de 1º grau, 439 mil (15,8%) na fase de execução de 1º grau, 17 mil (0,6%) nas turmas recursais e 493 mil (17,7%)
no 2º grau.
O total de casos novos de conhecimento criminais equivale a aproximadamente 16% do total de casos novos de conhecimen-
to da Justiça Estadual, sendo que, aproximadamente, um a cada 3 processos criminais ingressou nos juizados especiais. Com rela-
ção à fase de execução, os casos novos criminais equivalem a cerca de 10% do total, sendo 2,4% relativos aos juizados especiais.
O total de casos novos criminais no 2º grau, equivale a aproximadamente 21,3% do total de casos novos desta instância,
sendo que cerca de 36,7% (181.067) ingressou originalmente e 63,3% (311.793) de forma recursal. Nas turmas recursais os pro-
cessos criminais representam 2,7% do total de casos novos, sendo 8,2% (1.384) casos novos originários e 91,8% (15.586) casos
recursais.
Em se tratando de casos pendentes criminais, no final de 2015, havia, na Justiça Estadual, 7 milhões de processos, o que re-
presenta 12% do total de casos pendentes. Destes, 5,6 milhões (79,3%) estavam pendentes na fase de conhecimento, 1,2 milhão
(16,4%) na fase de execução, 11,9 mil (0,2%) nas turmas recursais e 288 mil (4,1%) no 2º grau.
A Justiça Estadual baixou, em 2015, 2,9 milhões de processos criminais, 15% de todos os processos baixados neste ramo de
justiça. Destes, 2,1 milhões (72%) estavam pendentes na fase de conhecimento do 1º grau, 318.564 (11%) na fase de execução,
19.136 (1%) nas turmas recursais e 474.364 (16%) no 2º grau.
Ao comparar os indicadores de taxa de congestionamento e Índice de Atendimento à Demanda (IAD) entre os processos
criminais e os não‑criminais, observa‑se que, apesar dos trâmites processuais serem extremamente distintos, tal fato não reflete
no resultado dos indicadores. A taxa de congestionamento criminal é de 71% e a não criminal, 75%. O IAD criminal, por sua
vez é de 106%, e o não criminal, 105%.
No Gráfico 4.76, percebe‑se que o total de casos novos de conhecimento criminais no 1º grau de jurisdição, apresentou
certa estabilidade no período 2009‑2014, tendo variado no período entre 2,3 e 2,7 milhões de processos. Entretanto, em 2015,
houve uma queda de 28%, tendo chegado a 1,9 milhão de processo8. Já o total de casos pendentes de conhecimento criminais,
neste grau de jurisdição, atingiu o maior valor de sua série histórica (5,6 milhões) em 2015. Interessante perceber que apesar da
alta queda no total de casos novos de conhecimento criminais, houve um acentuado crescimento no total de casos pendentes.
Isto dá indícios que alguns processos criminais, após baixados, retornam à tramitação, em razão, por exemplo de anulação de
sentença, necessidade de produção de provas, dentre outras. No 2º grau, ao contrário, houve queda no número de ações cri-
minais pendentes.
8 Decorrente da redução de 657 mil casos novos de conhecimento criminais informados pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que a partir de 2015 deixou de contabilizar
os inquéritos e os termos circunstanciados, em consonância com as regras de parametrização da Resolução 76/2009 divulgadas pelo CNJ.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 4.76 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais de 2º grau e de 1º grau na fase de conhecimento
3.680.000
2.459.448 2.493.822 2.501.904 2.652.505 2.565.738
2.312.702
2.520.000 1.835.317
1.360.000
340.690 359.199 381.149 419.584 441.159 480.737 492.860
200.000
243.864 296.402 325.344 313.477 305.696 340.710 288.748
131
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento
JUSTIÇA ESTADUAL
Casos novos criminais de 1º grau na fase de conhecimento
Casos pendentes criminais de 2º grau
Casos novos criminais de 2º grau
A análise dos dados dos processos de conhecimento criminais no primeiro grau por TJ, a partir dos dados constantes do
Gráfico 4.77, a priori, se apresenta dentro do esperado, pois os maiores tribunais possuem os maiores valores tanto de casos
pendentes quanto de casos novos, bem como há uma certa proporcionalidade entre estas duas variáveis. Entretanto, o TJSP apre-
sentou, tanto na fase de conhecimento de 1º grau, quanto no 2º grau, estoque criminal quase sete vezes maior que a demanda.
Gráfico 4.77 –Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal
Novos Pendentes
Grande Porte
253.601 TJSP 1.845.800
233.636 TJRJ 441.208
177.455 TJMG 434.691
258.032 TJRS 295.551
131.899 TJPR 257.487
Médio Porte
97.607 TJBA 326.665
54.579 TJPA 202.789
99.728 TJSC 200.624
38.488 TJES 199.684
43.912 TJCE 187.463
45.031 TJPE 185.949
50.517 TJGO 175.310
35.746 TJMT 135.529
29.819 TJMA 90.122
70.610 TJDFT 72.729
Pequeno Porte
31.270 TJSE 82.589
43.440 TJMS 74.629
25.818 TJPB 68.768
14.879 TJPI 58.404
14.050 TJRN 57.665
15.319 TJAL 50.358
5.560 TJAM 38.277
12.983 TJTO 34.920
20.242 TJRO 34.566
12.967 TJAC 18.586
12.933 TJAP 13.496
5.196 TJRR 13.069
Relatório Justiça em Números 2016
Pequeno Porte
11.867 TJMS 6.591
3.676 TJAL 6.185
4.357 TJPI 3.834
3.177 TJRN 2.531
3.040 TJPB 2.116
5.426 TJRO 1.870
3.169 TJTO 1.859
2.084 TJAC 1.356
1.317 TJAP 1.186
2.317 TJSE 1.107
1.003 TJRR 1.082
TJAM
Ao final de 2015, havia 1,1 milhão de execuções penais pendentes, sendo que as execuções iniciadas dessa natureza aumen-
tam gradativamente desde o ano de 2009, totalizando 439 mil processos em 2015. Dentre as execuções penais, a maior parte,
63%, foram privativas de liberdade e 37%, não privativas de liberdade. Dentre as não privativas, 10,5 mil (6%) ingressaram nos
juizados especiais e 150,7 mil (94%) no juízo comum.
O Gráfico 4.79 apresenta a série histórica das execuções penais e os Gráfico 4.80 e Gráfico 4.81, as execuções penais por TJ.
872.107
900.000 835.394 824.356
701.095 702.021 728.138
738.000 642.596
576.000
Gráfico 4.80 – Execuções penais privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal
Iniciadas Pendentes
Grande Porte
143.688 TJSP 296.439
13.773 TJRJ 142.848
6.418 TJRS 52.853
5.180 TJMG 11.704
10.227 TJPR 5.845
Médio Porte
28.778 TJES 44.339
6.561 TJPE 37.291
4.824 TJGO 29.227
6.540 TJSC 28.388
5.171 TJPA 28.059
8.588 TJCE 22.555 133
4.758 TJBA 13.659
2.226 TJMT 8.036
1.109 TJMA 4.654
5.956 TJDFT 2.359
JUSTIÇA ESTADUAL
Pequeno Porte
5.258 TJRO 23.221
3.010 TJPB 16.052
2.658 TJSE 11.425
3.064 TJTO 10.584
2.195 TJAC 8.588
2.489 TJRN 7.886
3.028 TJAP 7.022
873 TJMS 5.471
507 TJRR 2.527
837 TJAL 2.445
206 TJAM 622
67 TJPI 257
Gráfico 4.81 – Execuções penais não privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal
Iniciadas Pendentes
Grande Porte
40.389 TJSP 139.133
43.904 TJMG 26.299
1.385 TJRJ 22.572
17.050 TJPR 17.398
3.336 TJRS 11.211
Médio Porte
6.481 TJGO 15.696
2.197 TJMA 11.150
4.326 TJSC 10.844
4.101 TJBA 5.306
2.079 TJPE 5.281
6.399 TJPA 3.905
713 TJCE 3.510
1.375 TJMT 3.393
523 TJES 2.606
3.895 TJDFT 1.235
Pequeno Porte
2.565 TJSE 8.912
2.238 TJMS 7.225
1.410 TJPB 6.978
2.081 TJTO 6.248
4.888 TJRO 5.748
2.318 TJAC 4.582
2.308 TJRR 4.538
3.955 TJAP 4.222
717 TJRN 2.711
471 TJAL 1.961
111 TJPI 176
32 TJAM 106
Relatório Justiça em Números 2016
Em resumo, este método permite comparações entre tribunais do mesmo ramo de justiça, independentemente do porte, pois
considera o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada tribunal. Como insumos, o índice agrega
informações de litigiosidade, tais como o número de processos que tramitaram no período, bem como de recursos humanos
(magistrados, servidores efetivos, comissionados e ingressados por meio de requisição ou cessão) e financeiros (despesa total da
Justiça excluídas as despesas com inativos e com projetos de construção e obras). Como produto, o índice avalia a quantidade de
processos baixados. Ademais, o índice de eficiência é uma medida comparativa entre os tribunais, que, para sua mensuração, é
sempre atribuído maior peso ao resultado das unidades que são mais parecidas. Dessa forma, por se tratar de um modelo orien-
tado ao resultado, ponderado aos insumos e ao comparativo entre tribunais que se assemelham entre si, o DEA traz a grande
vantagem de produzir um índice sintético capaz de comparar tribunais de magnitudes e estruturas totalmente distintas, ou seja,
independentemente do porte dos tribunais.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida de eficiên-
cia do tribunal, denominada por IPC‑Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, pois significa que ela foi
capaz de produzir mais com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado são colocados na linha de fronteira
e, por consequência, passam a ser considerados eficientes e se tornam a referência do ramo de justiça. Os demais, por sua vez,
são comparados com os paradigmas mais semelhantes de forma ponderada. O IPC‑Jus do tribunal será simplesmente a propor-
ção do que ele conseguiu produzir em relação à proporção do que ele deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência.
Cabe esclarecer, todavia, a obtenção de eficiência de 100% não significa que um tribunal não precisa melhorar, mas apenas
que tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, que possuem recursos semelhantes.
Assim, esse percentual serve para verificar a capacidade produtiva de cada tribunal e para estimar dados quantitativos sobre o
quanto cada tribunal deveria ter aumentado sua produtividade, em termos de processos baixados, para alcançar a eficiência.
Os valores do IPC‑Jus por tribunal da Justiça Estadual podem ser verificados no Gráfico 4.82. Pela primeira vez, o Justiça em
Números apresenta as despesas desagregadas por instância, possibilitando o cálculo do IPC‑Jus de 2º e de 1º graus, conforme
observado no Gráfico 4.83. Verifica‑se por intermédio destes gráficos que somente o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
(grande porte) apresentou indicador de 100% tanto no 1º quanto no 2º grau e também ao considerar a área administrativa.
Devido ao grande volume de processos no 1º grau, o IPC‑Jus desta instância é semelhante ao observado no indicador total,
apresentando os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro (grande porte) e Roraima (pequeno porte) também eficientes.
Considerando o IPC‑Jus do 2º grau, destacaram‑se os Tribunais de Justiça de São Paulo (grande porte), Goiás (médio porte),
Alagoas (pequeno porte) e Mato Grosso do Sul (pequeno porte). Interessante notar que, apesar do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte ter apresentado indicador no 2º grau de 86%, este tribunal apresentou o menor indicador do 1º grau, 40%. De
modo geral, o 2º grau apresentou indicador superior ao do 1º, com IPC‑Jus de, respectivamente, 83% e 76%.
Não foi possível calcular o IPC‑Jus do TJAM e do TJPR, pois eles não encaminharam os dados de litigiosidade do 2º grau.
Análise do Poder Judiciário
TJPR
Grande Porte
TJRS 100%
TJRJ 100%
TJMG 81%
TJSP 77%
TJDFT 86%
TJMT 82%
TJMA 74%
TJCE 69%
Médio Porte
TJGO 64%
TJBA 60%
TJSC 59% 135
TJES 58%
TJPE 48%
TJPA 43%
TJAM
JUSTIÇA ESTADUAL
TJRR 100%
TJAP 95%
TJSE 91%
Pequeno Porte
TJRO 86%
TJAC 86%
TJAL 82%
TJMS 75%
TJTO 67%
TJPB 64%
TJPI 52%
TJRN 47%
Estadual 77%
Gráfico 4.83 – Resultado do IPC‑Jus da área judiciária na Justiça Estadual, por instância e tribunal
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
100% TJRS 100%
97% TJRJ 100%
68% TJMG 76%
100% TJSP 75%
TJPR
Médio Porte
90% TJMT 85%
89% TJDFT 85%
82% TJMA 73%
62% TJSC 67%
100% TJGO 65%
43% TJES 65%
81% TJCE 63%
35% TJBA 58%
57% TJPE 46%
43% TJPA 45%
Pequeno Porte
95% TJRR 100%
85% TJAP 95%
83% TJRO 95%
93% TJSE 93%
96% TJAC 86%
100% TJAL 82%
100% TJMS 79%
64% TJTO 65%
80% TJPB 62%
40% TJPI 49%
86% TJRN 40%
TJAM
83% Estadual 76%
Para melhor compreensão dos resultados do IPC‑Jus sugere‑se a análise dos gráficos a seguir que fazem o cruzamento, dois
a dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos indicado-
res relaciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente, quatro dimensões
distintas, pois além dos dois indicadores, também demonstram, por meio da forma do símbolo, a classificação de cada tribunal
em relação ao seu porte associado, pelo tamanho, o nível de eficiência. Maiores descrições sobre a interpretação desse tipo de
gráfico podem ser encontradas na seção sobre metodologia deste relatório.
O Gráfico 4.84 apresenta a relação entre a taxa de congestionamento e o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), isto
é, o percentual de processos em tramitação que não foram resolvidos no ano de 2015 versus o total de processos baixados por
magistrado. Nele, pode‑se perceber que apenas o TJRJ (grande porte) e o TJRR (pequeno porte) constam na fronteira de eficiên-
cia. O primeiro apresentou o maior quantitativo de processos baixados por magistrado da Justiça Estadual, enquanto que o outro
Relatório Justiça em Números 2016
apresentou a menor taxa de congestionamento. Além disso, note que os tribunais presentes no segundo quadrante são aqueles
que tiveram melhor desempenho, pois harmonizam alto IPM com baixa taxa de congestionamento. Já os que se encontram no
quarto quadrante merecem maior atenção, pois estão mais distantes da fronteira e combinam alta taxa de congestionamento
com baixo IPM. Os tribunais deste quadrante são majoritariamente os que se encontram na região Nordeste do país e os de
médio porte.
Já o Gráfico 4.85 traz a relação entre a produtividade dos servidores (IPS) e a taxa de congestionamento. Nesse gráfico, além
do TJRR e TJRJ, também aparece na fronteira de eficiência o TJRS (grande porte), com segunda maior produtividade e taxa de
136 congestionamento menor que a do TJRJ. Observa‑se que mesmo os Tribunais de Justiça do Amapá, Rondônia, Sergipe, Acre e
Distrito Federal e Territórios terem apresentado baixas produtividade por servidor, eles apresentam baixa taxa de congestiona-
mento, ao contrário de São Paulo, que mesmo com alta produtividade, também possui alto congestionamento.
JUSTIÇA ESTADUAL
A análise conjunta do Gráfico 4.84 e do Gráfico 4.85 permite que se reforcem os resultados negativos do TJPI, TJRN, TJPE
e TJPA, sendo os dois primeiros de pequeno porte e os outros dois de médio porte. Esses tribunais, além do TJBA, constam no
quadrante de menor eficiência (4) tanto quando analisada a produtividade dos servidores quanto dos magistrados, pois possuem
taxas de congestionamento acima da média aliadas às produtividades abaixo da média. Ao contrário, TJRS, TJRR, TJMS, TJMT e
TJAL permaneceram no quadrante de melhor desempenho em ambas as visualizações.
Por fim, o Gráfico 4.86 pondera a taxa de congestionamento com a despesa total por baixado, descontando‑se as despesas
relativas ao pessoal inativo e com projetos de construção e obras, tendo em vista que esta despesa não possui relação direta com
a produtividade do tribunal. Como o objetivo é minimizar a despesa por processo baixado, houve inversão da linha de fronteira
de eficiência em relação aos gráficos anteriores, sendo nesse caso o terceiro quadrante aquele de maior eficiência e o primeiro
o de menor eficiência. Nota‑se a permanência do TJRR (pequeno porte) e do TJRS (grande porte) na fronteira de eficiência, com
a menor taxa de congestionamento e a menor despesa por processo baixado, respectivamente, e a grande proximidade do TJAP,
TJSE e TJAL, todos de pequeno porte, à curva. Com destaque negativo, encontram‑se novamente o TJRN (pequeno porte) e TJPA
(médio porte), devido a altas taxas de congestionamento e umas das mais altas despesas.
RJ
Índice de Produtividade do Magistrado
3.000
RS
RR SP
2.000
MT MA
MG
RO TJ
AP AL MS
DF GO SC
SE
CE ES
AC TO
1.000
BA PE
PB PI RN
PA
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
200
RJ
Índice de Produtividade do Servidor RS
150
AL MG SP
RR TJ 137
MT CE
100
MS GO ES SC
AP BA
RO
JUSTIÇA ESTADUAL
SE TO
PI RN
DF PB
PE
MA PA
50
AC
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
Gráfico 4.86 – Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados
Despesa total (exceto inativos) por Baixados
15.000
10.000
5.000
RN
DF TO PA
PB MSGO PI MA
AC ES PE
RR RO MT CE BA SC
Grande porte MG
Médio porte AP SE TJ SP RJ
Pequeno porte RS AL
0
mais com menos recursos. Entretanto, tal enquadramento, não significa que o tribunal que atinja seu máximo de produção não
tenha como aperfeiçoar ainda mais seu desempenho. Mesmo os tribunais que atingiram o percentual máximo devem considerar
a necessidade de aprimoramentos, já que o volume de processos que tramita na Justiça Estadual é muito elevado e o julgamento
e a baixa dos processos de forma célere são pressupostos constitucionais para a prestação jurisdicional justa. Dessa forma, na
simulação apresentada a seguir, não significa, por exemplo, que a taxa de 79% de congestionamento aferida no TJRJ seja satisfató-
ria, mas sim que, em relação aos demais tribunais e aos seus insumos, o tribunal baixou, comparativamente, um alto quantitativo
de processos. Se todos os tribunais conseguirem baixar significativamente a cada ano mais processos, o ótimo alcançado pela
curva de eficiência se tornará cada vez mais próxima do ótimo subjetivo, que seria, de fato, um patamar mais satisfatório de taxas
de congestionamento para o Poder Judiciário.
O comparativo será produzido com base no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), no Índice de Produtividade dos
Servidores (IPS) 9 e na Taxa de Congestionamento (TC), ou seja, caso o tribunal tivesse atingido aquela produtividade por magis-
trado constante no Gráfico 4.87 ou por servidor, constante no Gráfico 4.88, seu IPC‑Jus seria de 100% e, como consequência, a
taxa de congestionamento seria conforme observado no Gráfico 4.89.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro se destaca ao analisar os Índices de Produtividade dos Magistrados (IPM) e de Produ-
tividade dos Servidores (IPS) e Taxa de Congestionamento (TC), uma vez que este tribunal apresentou no ano de 2015 os maiores
IPM e IPS, e mesmo assim, obteve a quinta maior taxa de congestionamento da Justiça Estadual, tais indicadores demonstram que
mesmo com alta produtividade, o TJRJ não consegue diminuir o resíduo processual de anos anteriores. Já o Tribunal de Justiça
de Roraima atingiu o IPC‑Jus de 100% com a menor taxa de congestionamento da Justiça e estoque próximo ao quantitativo de
casos novos (apenas 15% superior ao número de casos novos).
Caso os tribunais atingissem o índice de 100% no IPC‑Jus do ano de 2015, as maiores alterações nos indicadores seriam dos
Tribunais de Justiça do Pará, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, pois passariam de taxas de congestionamento acima de
78% para índices inferiores a 60%.
9 Nesta situação hipotética a lotação do servidor não é considerada, ou seja, são computados tanto os servidores da área judiciária quanto os servidores da área administrativa.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 4.87 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100%
Grande Porte
TJRS 2.407 2.407
TJSP 2.217 2.869
TJMG 1.935 2.386
TJPR
TJMA 2.032 2.756
TJMT 1.992 2.415
TJGO 1.508 2.369
TJSC 1.474 2.506
Médio Porte
TJDFT 1.450 1.687
TJES 1.221 2.088
TJCE 1.202 1.749 139
TJBA 1.152 1.935
TJPE 1.012 2.099
TJPA 800 1.851
TJRR 2.188 2.188
JUSTIÇA ESTADUAL
TJMS 1.784 2.391
TJAL 1.782 2.186
TJRO 1.717 1.989
Pequeno Porte
Gráfico 4.88 – Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100%
TJGO 94 148
TJBA 91 154
TJDFT 64 75
TJPE 60 124
TJMA 58 78
TJPA 53 122
TJAL 123 151
TJRR 110 110
TJMS 93 124
TJAP 87 91
Pequeno Porte
TJRO 81 94
TJSE 79 86
TJTO 76 114
TJPI 67 127
TJRN 64 136
TJPB 63 99 IPS Realizado
TJAC 57 66 IPS Estimado
TJAM
Estadual 110 135
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.89 – Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC‑Jus de 100%
TJPR
Grande Porte
TJRJ 79% 79%
TJSP 73% 79%
TJRS 62% 62%
TJMG 61% 68%
TJMA 70% 78%
TJSC 65% 79%
TJMT 61% 68%
TJES 60% 77%
Médio Porte
TJGO 60% 74%
TJBA 59% 75%
140 TJPE 59% 80%
TJCE 59% 72%
TJPA 54% 80%
TJDFT 46% 54%
TJAM
JUSTIÇA ESTADUAL
JUSTIÇA ESTADUAL
mas tão somente a quantidade de processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto.
O universo da presente análise é composto por 24 Tribunais de Justiça, dentre os 27 existentes, uma vez que o Tribunal de
Justiça da Bahia não prestou as informações requeridas, enquanto Paraíba e Rondônia encaminharam os dados como nulos.
JUSTIÇA ESTADUAL
14.903 (1,94%)
13. DIREITO DO CONSUMIDOR - Responsabilidade do Fornecedor 12.530 (1,63%)
14. DIREITO CIVIL - Obrigações/Inadimplemento 12.232 (1,59%)
15. DIREITO DO CONSUMIDOR - Responsabilidade do Fornecedor/Rescisão do contrato e devolução do dinheiro 11.575 (1,50%)
16. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Recurso 6.862 (0,89%)
17. DIREITO DO CONSUMIDOR - Responsabilidade do Fornecedor/Interpretação / Revisão de Contrato 6.849 (0,89%)
18. DIREITO DO CONSUMIDOR - Contratos de Consumo 6.707 (0,87%)
19. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Militar/Sistema Remuneratório e Benefícios 6.579 (0,85%)
20. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Serviços/Saúde 5.894 (0,77%)
Assim como ocorre na análise dos assuntos, quanto maior o nível de abertura, mais difícil fica a interpretação, já que não é
conhecido o procedimento de autuação de cada tribunal e de cada unidade judiciária. É possível que alguns processos sejam
cadastrados apenas nas classes mais globais, sem detalhamento dos itens mais específicos. Por esse motivo, para melhor consis-
tência e confiabilidade dos dados, as informações apresentadas abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico.
10 Na Justiça Estadual, apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
12. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 31.162 (0,51%)
13. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso em Sentido Estrito 28.456 (0,47%)
14. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Revisão Criminal 20.028 (0,33%)
15. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Embargos de Declaração 10.556 (0,17%)
16. PROCESSO CRIMINAL - Questões e Processos Incidentes/Incidentes 7.955 (0,13%)
17. PROCESSO CRIMINAL - Processo Especial/Processo Especial de Leis Esparsas 7.030 (0,12%)
18. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Remessa Necessária 6.654 (0,11%)
19. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo Cautelar/Cautelar Inominada 6.437 (0,11%)
20. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS - Precatório 6.035 (0,10%)
Gráfico 4.98 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual nas turmas recursais
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Recurso Inominado 463.830 (77,08%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 53.182 (8,84%)
3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Embargos 30.840 (5,12%)
4. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Apelação 16.425 (2,73%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Agravos 13.458 (2,24%)
6. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 8.827 (1,47%)
7. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Incidentes 1.610 (0,27%)
8. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Embargos de Declaração 1.135 (0,19%)
146 9. JUIZADOS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE - Seção Cível/Processo de Conhecimento 966 (0,16%)
10. PROCESSO CRIMINAL - Processo Especial/Processo Especial de Leis Esparsas 656 (0,11%)
11. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 648 (0,11%)
12. PROCESSO CRIMINAL - Questões e Processos Incidentes/Incidentes 587 (0,10%)
JUSTIÇA ESTADUAL
Gráfico 4.99 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual nos juizados especiais
JUSTIÇA ESTADUAL
A redução dos casos novos teve como resultado um índice de atendimento à demanda de 105,3%, com superação do pa-
tamar mínimo desejável de 100% pela primeira vez nos últimos 6 anos. A taxa de congestionamento permanece alta, e atingiu
74,8%, ou seja, obteve leve crescimento de 0,6 ponto percentual em relação ao ano de 2014. Isso implica que, de cada 100
processos que tramitaram na Justiça Estadual, apenas 25 foram baixados.
A análise dos casos novos por grau de jurisdição revela que a queda na demanda se deve ao resultado do primeiro grau, no
qual se nota redução da demanda tanto no âmbito do juízo comum (‑9,8%), quanto nos juizados especiais (‑1,6%). Em específi-
co, a queda de 26% no número de execuções fiscais ingressadas foi fator predominante em tal acontecimento (redução de 758
mil processos).
Com a retração dos casos novos, também veio contingenciamento de aumento da estrutura de pessoal, especialmente na
área finalística. O número de cargos de magistrados providos reduziu em 1,0% e o número de servidores da área judiciária re-
duziu em 0,1%, apesar do total de servidores (área meio e área fim) terem tido pequeno acréscimo de 0,7% (1.224). Assim, o
aumento da força de trabalho se deu basicamente na forma de terceirizações (+9,3%) e estagiários (2,5%).
A queda no número de cargos de magistrados providos (‑116 cargos) ocorreu em paralelo com o aumento no número de
cargos vagos (+159 cargos), com acréscimo apenas de 43 novos cargos criados por lei (+0,3%), por onde subtende‑se que não
houve reposição de eventuais evasões desses profissionais. Quanto aos servidores, apenas 30 novos cargos de servidores efetivos
foram criados em 2015 (+0,01%).
Mesmo assim, as despesas cresceram e alcançaram R$ 44,7 bilhões em 2015, aumento de 7,5%. O acréscimo se deu tanto
nas despesas com recursos humanos (+7,6%), quanto nas outras despesas correntes (+26,1%). As despesas com informática
cresceram no total em 5,9%, sendo que as despesas com aquisição decresceram (‑24,5%), e as despesas com custeio aumenta-
ram (+35,3%).
Uma das novidades desse relatório foi a apresentação das despesas com pessoal desmembradas entre área administrativa, 1º
grau e 2º grau. Observou‑se que o 2º grau concentra 12% da demanda processual e 13% dos servidores. Ao tratar de cargos e
funções comissionadas, passa a ser mais interessante falar em percentuais baseados em valores financeiros, já que as diferenças
entre os níveis das funções podem ser grandes. Neste contexto, verificou‑se que, em termos monetários, está no 2º grau, 37%
das despesas destinadas aos cargos comissionados e 54% das funções comissionadas destinadas à área judiciária11, o que mostra
um descompasso na distribuição de tais cargos entre os graus de jurisdição.
A produtividade da Justiça Estadual permanece alta e vem crescendo ano após ano, totalizando no ano de 2015 cerca de
1.804 baixas por magistrado e 139 baixas por servidor da área judiciária, índices que registraram aumento de 3,9% e 4,2% no
último ano, respectivamente.
Os elevados índices de produtividade são, contudo, bastante prejudicados quando se tem em foco os processos na fase de
execução, que compõem 54% do acervo processual (31,7 milhões sob o total de 59 milhões de processos). A produtividade dos
magistrados nesta fase equivale a aproximadamente um terço da produtividade aferida na fase de conhecimento (1.365 baixados
por magistrado no conhecimento em relação a 460 baixados por magistrado na execução).
11 Nesta comparação foi excluído do cômputo as despesas com cargos e funções da área administrativa, a fim de comparar somente a distribuição entre o 1º e 2º graus.
Relatório Justiça em Números 2016
O impacto na produtividade não pode ser atribuído à falta de operosidade dos juízes, até mesmo porque os atos decisórios
praticados ao longo da fase de conhecimento são muito mais complexos do que os que são exigidos na fase de execução. A
queda sensível na capacidade de concluir a prestação jurisdicional se deve, portanto, a questões relativas às dificuldades para
a comunicação processual com os devedores, na localização e liquidação de ativos patrimoniais diversos pelo Poder Judiciário,
entre outros fatores de natureza mais administrativa do que jurisdicional propriamente dita.
Dentro do quadro geral das execuções, pode‑se afirmar que o maior problema são as execuções fiscais. Basta ver que os
processos de execução fiscal representam aproximadamente 79% do total de casos pendentes de execução e 42% do total de
148 casos pendentes da justiça. Os processos desta classe apresentam alta taxa de congestionamento, 91,7%.
As dificuldades impostas pelo processo de execução refletem‑se, ainda, no Índice de Atendimento à Demanda (IAD). O IAD
mede a relação dos processos baixados com os casos novos, que é de 105,3% na Justiça Estadual, sendo 93,8% na execução
JUSTIÇA ESTADUAL
e 109% no conhecimento. O comportamento histórico de um IAD na execução abaixo do patamar de 100%12 gera, ano após
ano, aumento dos casos pendentes. Se a execução fiscal fosse excluída dos cálculos dos indicadores de produtividade, a taxa de
congestionamento da Justiça Estadual seria reduzida de 74,8% para 65,8% (‑9 pontos percentuais).
Um aspecto importante é a disparidade identificada nos resultados entre os tribunais. As análises comparativas devem ser
produzidas com um olhar atento ao porte de cada corte, dadas suas peculiares características regionais e territoriais. Exatamente
por este motivo, a técnica utilizada neste relatório para análise da eficiência relativa (DEA), pelo então denominado Índice de
Produtividade Comparada do Poder Judiciário (IPC‑Jus), é capaz de comparar os diferentes TJs, pois mede quanto cada tribunal
deveria baixar em número de processos, de forma ponderada aos recursos existentes. Se todos os tribunais fossem igualmente
produtivos, seria possível uma Justiça equilibrada e homogênea. Mesmo considerando que cada tribunal somente pode baixar o
equivalente aos recursos disponíveis13, alguns tribunais poderiam ampliar, em muito, sua produtividade. Neste quesito, é digno
de nota o resultado do TJRR que conseguiu em apenas dois anos sair de uma das piores posições no ranking do IPC‑Jus (em 2013
tinha apenas 58% de eficiência), para 100% eficiente em 2015. O TJRS e TJRJ também merecem destaque, pois se mantêm na
fronteira de eficiência dede 2009.
No que se refere aos assuntos mais demandados, chama atenção a pulverização das ações em muitos assuntos diferentes, o
que pode ser explicado pela competência residual e comum da Justiça Estadual. Os cinco assuntos mais recorrentes alcançam
cerca de 20% do total, com especial destaque para o direito civil e o direito processual civil que abarcam 47,8% dos processos,
e direito penal, com 15,7% dos processos.
As grandes novidades do Relatório Justiça em Números 2015 são as apresentações do índice de conciliação, da taxa de re-
corribilidade externa e interna e do tempo médio de tramitação do processo.
A conciliação ainda ocupa tímido papel como medida de solução dos conflitos no âmbito da Justiça Estadual. Apenas 9,4%
das sentenças terminativas foram homologatórias de acordo. Na fase de conhecimento do 1º grau o índice é maior e alcança
14%. Mesmo nos juizados especiais, onde tal prática deveria ser mais costumeiramente utilizada, o índice de conciliação na fase
de conhecimento foi de apenas 19%.
O indicador de recorribilidade desmistifica a concepção de que tudo é recorrido. Observou‑se que a recorribilidade externa
do 1º para o 2º grau é de 7% e do 2º grau para o STJ é de 29%. A recorribilidade interna de 1º grau é de 5% e a recorribilidade
interna do 2º grau é de 21%. Tais dados fazem sentido quando se observa que os casos novos de 2º grau representam 12% dos
casos novos totais, e ainda, que 80% dos processos de 2º grau possuem natureza recursal. Ou seja, se tudo fosse recorrido, o 2º
grau teria quase a mesma demanda do 1º, o que, de fato, não ocorre.
A aferição do tempo médio de tramitação dos processos, outra novidade há tempos esperada no Relatório Justiça em Nú-
meros, mostrou que muitos casos são solucionados rapidamente, enquanto outros, permanecem por longa data no acervo. Da
distribuição até a baixa do processo, leva‑se, em média, 3 anos e 2 meses, considerando o universo dos processos baixados em
2015. Mas o tempo do acervo é o dobro. Levando em conta todos os casos pendentes de solução em 31/12/2015, verifica‑se
que estes processos estão pendentes, em média, há 6 anos e 10 meses. Também foi possível perceber uma certa homogeneidade
entre o tempo de sua instauração e sentença e o tempo necessário para a baixa dos autos.
12 Patamar mínimo necessário para que o tribunal seja capaz de baixar ao menos o equivalente ao quantitativo ingressado, e assim, evitar aumento do estoque.
13 Resultado do IPC‑Jus, detalhado em seção específica.
Análise do Poder Judiciário
Na justiça criminal, percebe‑se um processo de retomada de litigiosidade no último ano em relação a 2014. As execuções
penais representam apenas 2% do total de casos pendentes da Justiça Estadual, entretanto, o quantitativo ultrapassa 1,1 milhão
de processos. Além disso, as execuções iniciadas dessa natureza aumentam gradativamente desde o ano de 2009, e totalizaram
439 mil processos em 2015.
Merece destaque, neste particular, o predomínio das execuções de penas privativas de liberdade sobre as formas alternativas
de cumprimento de pena, o que reforça a ideia de que a política do encarceramento ainda domina as possibilidades de resposta
penal do Estado, aqui representado pelo Poder Judiciário.
149
JUSTIÇA ESTADUAL
Trabalho Trabalh
Trabalho
rabalho
Análise do Poder Judiciário
5 Justiça do Trabalho
O que é a Justiça do Trabalho:
151
A Justiça do Trabalho concilia e julga as ações judiciais entre empregados e empregadores
avulsos e seus tomadores de serviços e outras controvérsias decorrentes da relação do tra-
JUSTIÇA DO TRABALHO
balho, além das demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças,
inclusive as coletivas.
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) das 24 Regiões. É im-
portante frisar que os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Estatística do
Poder Judiciário (SIESPJ), conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores da Justiça do Trabalho, com informações
abrangendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
Na primeira seção, será apresentada a divisão dos tribunais em pequeno, médio e grande porte. Tal segmentação se faz ne-
cessária em razão das características distintas de cada um dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho.
A segunda seção traz um resumo da estrutura das unidades judiciárias. As análises contam com técnica de visualização terri-
torial e, ainda, com algumas correlações entre estrutura, litigiosidade e aspectos demográficos.
Na terceira seção, apresenta‑se um panorama global dos principais dados constantes no Sistema de Estatística do Poder Ju-
diciário referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) despesas e receitas totais; b) despesas
152 com pessoal e c) quadro de pessoal.
A quarta seção demonstra o diagnóstico global da gestão judiciária, com base em indicadores como: índices de produtivida-
JUSTIÇA DO TRABALHO
de e carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária; taxa de congestionamento; recorribilidade e índices de
atendimento à demanda, de processos eletrônicos, e de conciliação.
Em consonância com a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau regulamentada pela Resolução CNJ
194/2014, a quinta seção traz comparações entre o 1º e o 2º graus de jurisdição.
A sexta seção se destina à análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade. Os indicadores
são apresentados separadamente entre as fases de conhecimento e execução do 1º grau.
A sétima seção é destinada à análise do tempo médio de tramitação processual.
A oitava seção trata da Gestão e do Desempenho da Justiça, com apresentação do IPC‑Jus ‑ Índice de Produtividade Com-
parada da Justiça, indicador sintético que compara a eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise de fronteira
denominada Data Envelopment Analysis ‑ DEA. Também serão apresentados estudos de cenário, com o objetivo de comparar o
desempenho atual dos tribunais com o desempenho esperado para estes órgãos, segundo um modelo retrospectivo. De forma
inédita, o IPC‑Jus será apresentado separadamente para o 2º e o 1º graus.
A nona seção permite uma análise mais detalhada das demandas existentes na Justiça do Trabalho, com segmentação dos
casos novos por classe processual e por assunto.
Ao final do capítulo, apresenta‑se uma síntese com os principais resultados.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA DO TRABALHO
segundo o respectivo porte, quais sejam: tribunais de grande, médio ou pequeno porte. Detalhes técnicos estão disponíveis na
seção “Metodologia”, que contém informações sobre a técnica estatística empregada (Análise de componentes principais).
A seguir, a Tabela 5.1 apresenta os dados utilizados na análise de agrupamento, os escores obtidos, o ranking, bem como a
classificação em grupos de cada um dos tribunais da Justiça do Trabalho. A Figura 5.1 demonstra a classificação por porte com
visualização no território, ao passo que o Gráfico 5.1 apresenta além do ranking e do porte atuais, as evoluções na série histórica
do período 2009‑2015.
Entre os cinco tribunais de grande porte, observa‑se uma estabilidade histórica, todos nas mesmas posições desde o ano de
2010, devendo ser ressaltada a considerável distância do TRT 02 em relação aos demais. Entre os médios e pequenos há algumas
oscilações, mas a formação dos grupos não sofre qualquer alteração.
Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes e regiões geográficas e os dados demográficos. Conforme ilustra a Figura
5.1, a região Sudeste é composta basicamente por tribunais de grande porte, exceção feita somente ao Tribunal Regional do
Trabalho da 17ª Região, que é de pequeno porte, já a região Sul tem um Tribunal Regional do Trabalho de grande porte (TRT
da 4ª Região) e dois de médio (TRTs da 9ª e 12ª Regiões). As outras regiões geopolíticas (Centro‑Oeste, Norte e Nordeste) têm
somente tribunais de médio e pequeno porte, distribuídas de forma semelhante.
Relatório Justiça em Números 2016
Figura 5.1 – Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça do Trabalho segundo o porte
TRT11 TRT8
TRT16 TRT7
TRT21
TRT13
TRT22 TRT6
TRT14 TRT10 TRT19
TRT20
TRT23 TRT5
TRT18
TRT3
TRT24 TRT17
Grande porte
TRT15
Médio porte TRT1
Pequeno porte TRT9 TRT2
TRT12
TRT4
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.1 ‑ Série histórica do ranking e da classificação dos tribunais, segundo o porte
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT10 TRT8
TRT8 TRT10
TRT18 TRT18
TRT11 TRT7
TRT13 TRT11
TRT7 TRT13 Pequeno
TRT17 TRT23 Porte
TRT21 TRT17
TRT23 TRT14
TRT24 TRT21
TRT14 TRT24
TRT19 TRT16
TRT16 TRT19
TRT22 TRT20
TRT20 TRT22
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Relatório Justiça em Números 2016
27 TRT6 70
30 TRT12 60
19 TRT8 55
22 TRT18 48
15 TRT7 37
6 TRT10 35
12 TRT11 32
Pequeno Porte
26 TRT23 38
20 TRT14 32
14 TRT13 27
18 TRT24 26
9 TRT17 24
9 TRT21 23
16 TRT16 23
11 TRT19 22
7 TRT20 15
11 TRT22 14
A seguir, serão apresentadas as informações de estrutura, na forma de indicadores e com visualização no território nacional.
De forma geral, a grande maioria dos tribunais que compõem a Justiça do Trabalho enfrenta um quantitativo de casos novos
por unidade judiciária igual ou inferior à terceira classe (1.937 a 2.333 casos novos/vara), com destaque para os TRTs da 23ª e
14ª Regiões que apresentaram uma relação de menos de 1.540 casos novos por unidade judiciária no ano de 2015. Do mesmo
modo, a maior parte dos tribunais oferece à população um número de varas que fixa a relação habitantes/unidade judiciária
abaixo das 168.293 pessoas por vara – primeira e segunda classes.
Merecem destaque as situações dos TRTs da 22ª e 2ª Regiões. O primeiro, que exerce competência sobre o território do esta-
do do Piauí, está entre os que apresentam maior índice de casos novos e habitantes por unidade judiciária. Já o TRT da 2ª Região,
que exerce competência sobre a região metropolitana de São Paulo, ocupa sozinho a última classe de número de casos novos
por unidade judiciária (acima de 2.730 casos novos/vara) e a primeira classe de habitantes por vara (abaixo de 124.330/vara).
Levando‑se em consideração que se trata da cidade mais populosa do país, pode‑se considerar que o número de varas é
elevado, o que não impede uma demanda igualmente alta.
Análise do Poder Judiciário
Figura 5.2 – Habitantes por unidade judiciária Figura 5.3 – Casos novos no primeiro grau e nos juizados especiais
por unidade judiciária
TRT11 TRT8
TRT16 TRT7 TRT21 TRT11 TRT8
TRT13 TRT16 TRT7 TRT21
TRT22 TRT6
TRT13
TRT14 TRT10 TRT19 TRT22
TRT20 TRT6
TRT5 TRT14 TRT10 TRT19
TRT23 TRT20
TRT23 TRT5
TRT18
TRT3
TRT17 TRT18
TRT24 TRT3
Abaixo de 124.330 TRT15 TRT17
TRT24
124.330 |− 168.293 TRT1
Abaixo de 1.540
168.293 |− 212.257 TRT9 TRT2 TRT15
1.540 |− 1.937 TRT1
212.257 |− 256.221 1.937 |− 2.333 TRT9 TRT2
TRT12
Acima de 256.221 2.333 |− 2.730
TRT12
157
TRT4 Acima de 2.730
TRT4
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ainda quando considerada a litigiosidade em relação à população, a grande maioria dos TRTs (20 regiões) está localizada nas
três primeiras classes com a menor relação – abaixo de 1.786 casos novos para cada 100.000 habitantes. Dos quatro tribunais
restantes, destaca‑se a situação da 2ª Região (São Paulo), que se posiciona novamente entre os maiores índices de casos novos
pela amostra populacional citada, com 2.177 ações no ano de 2015.
Com relação ao número de magistrados, registra‑se o fato de que 8 regiões possuem mais de dois juízes trabalhistas e apenas
duas têm menos de um juiz do trabalho por 100.000 habitantes. Estas duas, 16ª e 7ª Regiões, são também duas das que apre-
sentam menor número de casos novos em relação à mesma amostra populacional.
Figura 5.4 – Casos novos por 100.000 habitantes Figura 5.5 – Magistrados por 100.000 habitantes
TRT18 TRT18
TRT3 TRT3
TRT24 TRT17 TRT24 TRT17
Abaixo de 1.003 Abaixo de 1,0
TRT15 TRT15
1.003 |− 1.395 TRT1 1,0 |− 1,3 TRT1
1.395 |− 1.786 TRT9 TRT2 1,3 |− 1,7 TRT9 TRT2
1.786 |− 2.177 1,7 |− 2,0
TRT12 TRT12
Acima de 2.177 Acima de 2,0
TRT4 TRT4
Relatório Justiça em Números 2016
R$ 90
JUSTIÇA DO TRABALHO
R$ 86
R$ 82 R$ 80,64
R$ 79,00 R$ 78,67
R$ 77,04 R$ 77,21 R$ 77,12 R$ 77,53
R$ 78
R$ 74
R$ 70
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 91,9% da despesa total e compreendem, além da remuneração com
magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio-
‑alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao grande montante destas despesas, elas serão detalhadas no próximo
tópico. Os demais 8,1% dos gastos são referentes a outras despesas correntes e de capital, tendo esta última despesa apresentado
queda nos últimos dois anos. Já as despesas com informática, que estavam em crescimento, também tiveram uma grande queda
no último ano. As duas despesas atingiram baixo patamar no ano de 2015 (Gráfico 5.4).
R$ 243,34 R$ 229,07
R$ 260
R$ 187,14 R$ 195,83
R$ 177,85 R$ 178,39
R$ 180 R$ 142,49
R$ 118,90 R$ 110,05 R$ 113,36
R$ 100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
Apesar da expressiva despesa da Justiça do Trabalho, os cofres públicos receberam em decorrência da atividade jurisdicional
durante o ano de 2015 cerca de R$ 2,7 bilhões, o que representou um retorno da ordem de 16,3% das despesas efetuadas
(Gráfico 5.5). Computam‑se nessa rubrica as receitas de execução previdenciária (R$ 1,9 bilhão, 70% da arrecadação) e os re-
colhimentos diversos, as receitas de arrecadação de imposto de renda e outras receitas (R$ 0,8 bilhões, 30% da arrecadação).
1 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
2 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
Cabe esclarecer, todavia, que parte de tais arrecadações é realizada por atuação do Judiciário para uma finalidade de cobrança
do Poder Executivo. Observe‑se que as receitas totais estão decrescendo desde 2009, com uma queda total de 47% no período.
159
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ao detalhar as despesas com recursos humanos, já que são responsáveis pela maior parte dos gastos dos tribunais (92%),
observa‑se que 97,2% destes gastos destinam‑se ao custeio de magistrados e servidores, ativos e inativos, abrangendo remune-
ração, proventos, pensões, encargos e benefícios e outras despesas indenizatórias, 2,5% a gastos com terceirizados, 0,3% com
estagiários (Gráfico 5.6). Apesar das despesas com recursos humanos terem aumentado 3,1% em relação à 2014, o percentual de
participação desta em relação a despesa do total da Justiça do Trabalho diminuiu 1,5 ponto percentual (Gráfico 5.7).
R$ 20 R$ 16,5 120%
R$ 15,1 R$ 15,0 R$ 14,8 R$ 15,0 R$ 15,5 R$ 15,7
R$ 16 112%
R$ 15,2
Bilhões de R$
Pela primeira vez no Relatório Justiça em Números os gastos foram desagregados entre magistrados e servidores, de forma
que a despesa média mensal da Justiça do Trabalho foi de aproximadamente R$ 34,9 mil por magistrado, R$ 16,3 mil por servi-
dor, R$ 3,2 mil por terceirizado e R$ 838 por estagiário (Gráfico 5.8).
Gráfico 5.8 – Despesa média mensal com magistrados e servidores na Justiça do Trabalho
Despesa mensal por Servidor Despesa mensal por Magistrado
Grande Porte
18.495 TRT1 40.898
17.325 TRT15 40.561
17.595 TRT4 37.207
18.731 TRT3 31.756
15.330 TRT2 31.114
Médio Porte
13.094 TRT18 78.466
19.552 TRT5 49.478
15.887 TRT11 43.211
15.646 TRT12
TRT8 41.833
17.199 TRT6 34.440
160 17.914 TRT7 29.351
15.487 TRT9 12.467
181 TRT10 425
Pequeno Porte
JUSTIÇA DO TRABALHO
As despesas com remuneração e encargos de magistrados e servidores reduziram, em termos reais, de 2009 a 2015, em 4%,
conforme verificado no Gráfico 5.9 e houve aumento de 51% em benefícios e de 184,5% em outras despesas indenizatórias, que
inclui, entre outras despesas, o valor do auxílio moradia.
Gráfico 5.9 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça do Trabalho por tipo
20,00
8,06
O Gráfico 5.10 mostra a série histórica do percentual das despesas com pessoal ativo e inativo na Justiça do Trabalho. Obser-
va‑se que o percentual gasto com pessoal ativo atingiu no ano de 2015 o menor valor desde 2009, enquanto que o gasto com
inativo em 2015 foi o maior percentual em relação à despesa total da justiça, embora tenha permanecido praticamente estável
em todo o período.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.10 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação à despesa total da Justiça do Trabalho
100%
20,9% 20,8% 20,6%
20,5% 20,4% 21,0% 21,1%
80%
72,0% 72,0% 70,8%
68,3% 68,4% 68,1% 66,6%
60%
40%
20%
161
0%
JUSTIÇA DO TRABALHO
2009
De forma inédita, houve separação destas despesas e dos gastos com cargo em comissão e função comissionada entre 1º
grau, 2º grau e área administrativa (Gráfico 5.11). Observa‑se que, apesar do 2º grau apresentar 15% do número total de ma-
gistrados, 21% do total de servidores, esta instância apresentou 28% do total gasto com pessoal, 25% do total gasto com função
comissionada e 27% do total gasto com cargos em comissão. Ressalta‑se, também, que aproximadamente 9,5% dos gastos com
pessoal advêm das despesas com cargo em comissão e função de confiança.
Gráfico 5.11 – Percentual de despesas e recursos humanos na Justiça do Trabalho por área
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: cedidos, requisitados
auxiliar:
3.600 (6%) e comissionados:
14.946 (25%)
41.747 (69%)
162 2º grau:
8.667 (27%)
1º grau:
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ao final de 2015, havia 3.600 cargos de magistrados providos na Justiça do Trabalho. Considerando a soma de todos os dias
de afastamento, obtém‑se uma média de 268 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício
de 2015, o que representaria um absenteísmo de 7,4%. Tais afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações
para instância superior, entre outros motivos. Não são computados períodos de férias e recessos. Isso implica dizer, que, em
média, 3.332 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição durante o ano.
Cumpre informar que existem, criados por lei, 3.928 cargos de magistrados na Justiça do Trabalho, com a existência de 8,4%
de cargos vagos (Gráfico 5.12). Desde 2009, o número de cargos providos de magistrados na Justiça do Trabalho cresceu 20,5%;
enquanto que o quantitativo de cargos existentes cresceu até o ano de 2013 e permaneceu praticamente constante.
5.000 20%
3.832 3.907 3.928 3.929 3.928
4.000 3.569 3.574 16%
3.000 3.478 3.517 3.600 12%
3.217 3.262 3.339
2.988
2.000 8%
16,3% 10,0% 14,9% 14,5% 11,5% 10,5% 8,4%
1.000 4%
0 0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Do total de cargos providos de magistrados (3.600), 85% são juízes de direito (3.057) e 15% são desembargadores (543). É
interessante ainda constatar que os cargos vagos são basicamente de juízes de direito, pois, ao passo que no segundo grau exis-
tem 24 cargos de desembargadores criados por lei e não providos (4,4%), no primeiro grau tem‑se 304 cargos de juiz do trabalho
criados e não providos (10,0%).
Análise do Poder Judiciário
1º Grau
2º Grau
543 3.057
Em relação aos servidores, ao final de 2015, a Justiça do Trabalho possuía uma equipe de 41.747 servidores, sendo 39.326 163
do quadro efetivo (94,2%), 2.259 requisitados (5,4%) e 162 comissionados sem vínculo efetivo (0,4%). Considerando os tempos
JUSTIÇA DO TRABALHO
totais de afastamento dos servidores, aproximadamente 2.000 (4,8%) ficaram afastados durante todo o exercício de 2015.
Do total de servidores, 77% (32.168) estavam lotados na área judiciária, restando 23% (9.579) na área administrativa (Gráfico
5.14). Dentre os que atuam diretamente com a tramitação do processo, 23.501 (73%) estão no primeiro grau de jurisdição, onde
também estão 84% dos processos ingressados e 91% do acervo processual.
Cumpre informar a existência de 782 cargos criados por lei e ainda não providos, que representam 1,9% dos cargos efe‑
tivos existentes, percentual que apresenta redução desde o ano de 2011 (Gráfico 5.15).
2º Grau Administrativa
Gráfico 5.15 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça do Trabalho
Por fim, a Justiça do Trabalho conta, ainda, com o apoio de 14.946 trabalhadores auxiliares, que se dividem entre 9.827
terceirizados (66%) e 5.119 estagiários (34%), conforme observado no Gráfico 5.16. Esse tipo de contratação tem crescido grada-
tivamente e chegou a acumular um crescimento de 66% no período 2009‑2015, sendo de 6% no último ano.
34,2%
Auxiliares
Estagiários
14.946 Terceirizados
65,8%
164
JUSTIÇA DO TRABALHO
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA DO TRABALHO
ou do STF em repercussão geral.
Tais fatores ajudam a entender porque, apesar de se verificar um número de baixados quase sempre equivalente ao número
de casos novos, o estoque de processos na Justiça do Trabalho (5 milhões) continue aumentando desde o ano de 2009, chegando
a representar 119% do total de casos baixados, conforme o Gráfico 5.17. O crescimento acumulado deste período foi de 53,6%,
ou seja, 1,7 milhão de processos a mais em relação aquele ano. Dessa forma, mesmo que a Justiça do Trabalho fosse paralisada
sem ingresso de novas demandas e com a atual produtividade de magistrados e servidores, seriam necessários cerca de 14 meses
de trabalho para zerar o estoque.
O número de casos novos teve uma tendência de aumento no período, atingindo o seu máximo em 2015, 4,1 milhões de
processos. O total de processos baixados cresceu em todo o período, culminando em 4,3 milhões de processos em 2015.
6,0
5,4 5,0
4,8 4,6
Milhões
4,4 4,3
4,0 4,2
4,2 3,7 3,9 4,0
3,4 3,7 4,1
3,4 3,4 4,0 4,0
3,6 3,3 3,8
3,3 3,4
3,3
3,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Processos baixados Casos novos
representam 1,5 milhão de casos, 7,5% dos pendentes. Os indicadores de carga de trabalho líquida apresentaram quantitativo
de 441 processos por magistrado e 47 processos por servidor a menos que o indicador bruto.
Ao analisar os índices de produtividade dos magistrados e servidores da área judiciária por tribunal, Gráfico 5.19 e Gráfico
5.21, verifica‑se que há certa proporcionalidade entre os dados relativos à produtividade de magistrados e servidores da Justiça
do Trabalho. Entre os tribunais de grande porte, os dois índices se apresentam na mesma ordem decrescente. Já entre os Tribunais
Regionais do Trabalho de médio e pequeno porte, as cortes alteram de posição conforme o índice considerado por margens
pouco significativas.
Gráfico 5.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça do Trabalho
4.000
3.400 3.005
2.686 2.780
166 2.800 2.594 2.564
2.359 2.403
2.258
2.200
JUSTIÇA DO TRABALHO
Gráfico 5.19 –Índice de produtividade dos magistrados por Tribunal Regional do Trabalho
Grande Porte
TRT2 1.723
TRT15 1.682
TRT1 1.348
TRT3 1.284
TRT4 1.118
TRT11 1.487
TRT7 1.268
TRT9
Médio Porte
1.238
TRT8 1.224
TRT6 1.218
TRT18 1.187
TRT12 1.103
TRT10 914
TRT5 810
TRT16 1.428
Pequeno Porte
TRT22 1.354
TRT21 1.294
TRT19 1.097
TRT20 1.095
TRT17 872
TRT24 826
TRT23 771
TRT14 719
TRT13 605
Trabalho 1.279
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na Justiça do Trabalho
400
325
340 300
275 288 278
280 261 254 257
220
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
167
Gráfico 5.21 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça do Trabalho por tribunal
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT2 201
TRT15 197
Grande Porte
TRT1 141
TRT3 135
TRT4 109
TRT11 135
TRT9 130
TRT6 129
TRT7 127
TRT12 119
Médio Porte
TRT8 117
TRT18 108
TRT10 106
TRT5 91
TRT16 174
TRT22 153
TRT21 127
Pequeno Porte
TRT20 125
TRT19 125
TRT23 103
TRT24 101
TRT17 99
TRT14 98
TRT13 55
Trabalho 139
TRT3 26,4%
Grande Porte
TRT15 25,2%
TRT2 24,8%
TRT4 24,6%
TRT1 24,1%
TRT9 31,6%
TRT12 31,2%
TRT18 29,0%
Médio Porte
TRT6 27,0%
TRT7 26,4%
TRT8 24,6%
TRT10 22,0%
TRT11 21,1%
TRT5 21,1%
TRT19 38,3%
TRT23 32,7%
Pequeno Porte
TRT24 30,2%
TRT14 25,4%
168 TRT16 23,2%
TRT13 22,7%
TRT21 17,6%
TRT17 17,3%
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT22 16,9%
TRT20 15,5%
Trabalho 25,3%
Trabalho/Verbas Rescisórias” – responde por quase a metade (49%) de todos os novos casos, de modo que eventual tendência
ao recurso nele verificada exerça maior impacto nos dados gerais de recorribilidade.
Por outro lado, assuntos com menor potencial de geração de recursos como “Direito de Família/Alimentos” totalizaram, na
Justiça Estadual, 835.440 casos, mais do que o segundo assunto mais recorrente em toda a Justiça do Trabalho, que foi a “Res-
ponsabilidade Civil do Empregador/Indenização por Dano Moral” – matéria comumente objeto de recursos ‑ com um total de
704.345 ações em 2015.
O que se pretende demonstrar é que o universo de decisões passíveis de recurso externo e interno, bem como uma tendên-
cia a recursos verificada em uma matéria muito dominante em determinado ramo de justiça impactam diretamente os índices
de recorribilidade.
Gráfico 5.23 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça do Trabalho
60%
57,7% 56,6% 169
53,0% 52,1% 52,8%
49,8% 50,4%
50%
JUSTIÇA DO TRABALHO
40%
30%
Gráfico 5.24 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça do Trabalho por tribunal
Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa
Grande Porte
14,5% TRT2 69,9%
13,6% TRT4 64,0%
13,7% TRT3 61,3%
17,3% TRT1 51,3%
11,9% TRT15 48,6%
Médio Porte
13,3% TRT12 61,5%
17,2% TRT5 51,7%
6,1% TRT10 50,5%
16,9% TRT9 50,0%
10,2% TRT18 44,5%
9,9% TRT11 38,0%
7,4% TRT8 36,7%
13,5% TRT6 35,3%
7,9% TRT7 22,6%
Pequeno Porte
24,4% TRT17 56,3%
11,0% TRT24 55,0%
14,1% TRT13 50,1%
6,6% TRT14 46,4%
20,6% TRT20 44,7%
11,0% TRT23 44,2%
8,0% TRT19 43,7%
10,6% TRT22 39,8%
13,8% TRT21 39,7%
7,9% TRT16 30,1%
13,5% Trabalho 52,8%
Relatório Justiça em Números 2016
5.4.4 T
axa de congestionamento e índices de atendimento à demanda e de
processos eletrônicos
O Gráfico 5.25 permite a visualização da série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à
demanda (IAD) e do percentual de processos eletrônicos, onde verifica‑se um crescimento acentuado no índice de processos
eletrônicos, que chegou a 77,1% em 2015. O índice de atendimento à demanda foi de 105%, pouco inferior ao de 2014, o que
significa que o total de processos baixados na Justiça do Trabalho seria suficiente para finalizar todos os casos ingressados mais
parte do estoque. Dos 24 tribunais desta justiça, 13 (54%) apresentaram indicador superior a 100%.
Ao excluir do cálculo da taxa de congestionamento os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, há redu-
ção do indicador da Justiça do Trabalho em 8,5 pontos percentuais, ou seja, de 54,2% para 45,7%. A maior diferença ocorreu
no TRT8, conforme o Gráfico 5.26.
170 Gráfico 5.25 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos na
Justiça do Trabalho
JUSTIÇA DO TRABALHO
88% 77,1%
66% 51,1% 52,6% 56,9% 54,2%
49,7% 49,4% 47,7%
44% 33,3% 52,1%
45,7%
22% 13,4%
2,8% 2,1% 5,4%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
Gráfico 5.26 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça do Trabalho por tribunal
TRT15 127,9%
Grande Porte
TRT1 113,2%
TRT2 108,8%
TRT4 102,8%
TRT3 100,6%
TRT6 105,7%
TRT7 102,0%
TRT9 101,0%
Médio Porte
TRT11 100,6%
TRT12 96,6%
TRT5 92,5%
TRT8 92,2%
TRT10 89,6%
TRT18 87,4%
TRT21 125,7%
TRT19 107,9%
TRT16 104,7%
TRT14 100,5%
Pequeno Porte
TRT22 99,4%
TRT20 96,6% 171
TRT23 93,8%
TRT17 85,8%
TRT24 83,9%
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT13 73,0%
Trabalho 105,0%
O indicador de casos novos eletrônicos é calculado considerando‑se o total de casos novos ingressados eletronicamente em
relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, desconsiderando as execuções judiciais iniciadas. O Brasil caminha a passos
largos no cenário mundial como precursor na virtualização dos processos, tendo em vista que o percentual de casos novos ele-
trônicos tem aumentado gradativamente desde o ano de 2009 na Justiça do Trabalho. No ano de 2015, 77% dos processos novos
eram eletrônicos. Destaca‑se o TRT 13, por apresentar índice de 100% de virtualização (Gráfico 5.28).
Com o advento das Tabelas Processuais Unificadas (TPUs), instituída pela Resolução CNJ 46/2007, os códigos de classe,
assunto e movimentos foram padronizados nacionalmente, sendo este o primeiro passo para viabilizar a criação de um sistema
único de informações. Dessa forma, em junho de 2011, o CNJ, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançou
o sistema PJe – Processo Judicial eletrônico. Trata‑se de ferramenta gratuita disponibilizada a todos os tribunais brasileiros, capaz
de permitir a tramitação e acompanhamento processual, independentemente do ramo de justiça. Por meio da Resolução CNJ
185, de 18 de dezembro de 2014, o Conselho Nacional de Justiça instituiu formalmente o sistema PJe e estabeleceu os parâme-
tros para sua implementação e seu funcionamento. A referida resolução determinou, ainda, que todos os tribunais constituíssem
Comitês Gestores, com plano e cronograma de implantação do PJe.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 5.28 – Índice de processos eletrônicos na Justiça do Trabalho por ano e tribunal
TRT13 100%
TRT9 99%
TRT23 99%
TRT22 98%
TRT11 98%
TRT14 97%
TRT7 97%
TRT21 97%
TRT19 96%
TRT20 96%
TRT16 96%
TRT24 95%
TRT1 94%
172 94%
TRT6
TRT17 91%
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT15 88%
TRT18 80%
TRT4 80%
TRT5 80%
TRT3 69%
TRT8 64%
TRT12 56%
TRT2 45%
TRT10 39%
TRT 77%
JUSTIÇA DO TRABALHO
cada tribunal, comparando‑se os resultados do 1º e 2º graus. Também é apresentado, para cada indicador, um gráfico da série
histórica do consolidado da Justiça do Trabalho, segmentado por grau de jurisdição.
Diante de tais dados, espera‑se compreender como os recursos humanos estão distribuídos nos tribunais, e ainda, como tal
distribuição impacta os resultados globais.
Gráfico 5.29 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais da Justiça do Trabalho – grande porte
69%
TRT2 38% 75%
86%
67%
TRT1 52%
Grande Porte
70%
84%
77%
TRT3 59% 79%
81%
72%
TRT15 58% 76%
80%
TRT4 57% 65% 75%
79%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Gráfico 5.30 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais da Justiça do Trabalho – médio porte
80%
TRT8 64% 79%
89%
64%
TRT7 61% 68% 89%
TRT6 51% 74% 75%
88%
TRT11 57% 58%67%
Médio Porte 88%
74%
TRT18 60% 76%
87%
65%
TRT10 44% 68% 84%
63%
TRT12 61% 72% 83%
65% 70%
TRT9 64%
82%
174 72%
TRT5 69% 78%81%
Gráfico 5.31 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais da Justiça do Trabalho – pequeno porte
82%
70%
TRT19 55% 69%
91%
TRT16 59% 62% 70%
86%
TRT14 58% 68% 76%
85%
72%
TRT23 68% 80%
85%
Pequeno Porte
62%
TRT20 52% 66% 84%
63%
TRT24 65% 68%
84%
TRT21 57% 64% 68%
82%
59%
TRT13 57% 60%
81%
45%
TRT22 52% 57%
80%
58%
TRT17 54% 65%
80%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Funções comissionadas Servidores da área judiciária
Cargos em comissão Média de casos novos no triênio
internos pendentes (inicial), dos incidentes em execução novos e dos incidentes em execução pendentes (inicial). Após,
divide‑se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que na carga de trabalho todos os processos são
considerados, inclusive as execuções judiciais3.
OO Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de ser-
vidores da área judiciária.
OO IPM – Índice de Produtividade dos Magistrados: indicador que computa a média de processos baixados por magistrado
em atuação.
OO IPS‑Jud – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária: indicador que computa a média de processos baixa-
dos por servidor da área judiciária.
OO Índice de Conciliação: indicador que computa o percentual de decisões e sentenças homologatórias de acordo em rela-
ção ao total de decisões terminativas e de sentenças.
OO Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de
175
decisões terminativas e de sentenças proferidas.
OO Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação ao número
JUSTIÇA DO TRABALHO
de acórdãos e decisões publicadas.
OO Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
OO IAD – Índice de Atendimento à Demanda: verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos em número
equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento
dos casos pendentes.
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao final
do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados)
É importante esclarecer que, a partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos servidores passou
a ser mais preciso, ao computar a soma de todos os tempos de afastamento. Dessa forma, o denominador dos indicadores de
carga de trabalho, IPM, IPS‑Jud e casos novos por magistrado e servidor passaram a considerar o número médio de trabalhadores
que permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015. Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamen-
tos por 6 meses ou mais. No caso dos servidores, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
3 Ao contrário dos casos novos por magistrado, que somente as execuções extrajudiciais e casos novos de conhecimento são computados.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 5.33 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça do Trabalho
2.000
1.740
1.480
1.234 1.258 1.228 1.219 1.210
1.220 1.109
1.020 912 925 939
869 886 993
960 848 837 847 868
785 803 951
814
700
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 5.34 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho
2º grau 1º grau
Grande Porte
98 TRT2 151
123 TRT15 136
62 TRT1 122
123 TRT3 118
86 TRT4 88
Médio Porte
36 TRT11 159
39 TRT7 121
67 TRT8 120
74 TRT9 119
69 TRT12 117
70 TRT18 114
59 TRT10 111
62 TRT6 110
83 TRT5 81
Pequeno Porte
68 TRT22 165
70 TRT16 138
71 TRT20 123
63 TRT24 114
41 TRT19 112
67 TRT17 108
80 TRT23 96
65 TRT14 88
62 TRT21 87
33 TRT13 85
79 Trabalho 118
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.35 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho
200
174
148
111 118
122 105 108 101
109 98 101 99 108
93 97
90
96 98
72 76 76 75 79
70 71
70
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
JUSTIÇA DO TRABALHO
Grande Porte
3.360 TRT15 4.047
2.380 TRT2 3.728
2.610 TRT1 3.613
2.380 TRT4 2.888
2.692 TRT3 2.865
Médio Porte
1.590 TRT7 3.978
2.361 TRT9 3.544
1.346 TRT11 2.954
1.183 TRT8 2.891
2.104 TRT12 2.858
2.096 TRT18 2.666
2.368 TRT5 2.636
1.803 TRT10 2.560
1.773 TRT6 2.306
Pequeno Porte
2.330 TRT16 4.188
1.275 TRT19 3.757
1.640 TRT21 3.524
2.046 TRT20 3.459
1.792 TRT22 3.323
1.780 TRT24 2.255
2.117 TRT17 1.937
2.516 TRT23 1.724
1.650 TRT13 1.547
1.251 TRT14 1.457
2.294 Trabalho 3.143
4.000
3.143
3.400 2.795 2.918 3.005
2.714 2.780
2.480 2.489 2.594 2.686
2.800 2.382 2.359 2.403
2.258 2.619
2.200
2.236 2.178 2.294
2.093 2.141
1.600 1.746 1.866
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
93 TRT14 228
59 TRT13 198
150 Trabalho 391
Gráfico 5.39 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho
391
400 366
336 348
340 318 309 312 325 326
288 300
275
280 261 254 257
220
139 150
160 123 129 134
120 119
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Gráfico 5.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça do Trabalho
2.000
1.800
1.600
179
Gráfico 5.42 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça do Trabalho
JUSTIÇA DO TRABALHO
2º grau 1º grau
Grande Porte
98 TRT2 237
123 TRT15 221
60 TRT1 176
128 TRT3 137
82 TRT4 118
Médio Porte
34 TRT11 209
41 TRT7 168
61 TRT9 159
64 TRT6 150
55 TRT12 147
46 TRT10 134
61 TRT8 132
57 TRT18 125
68 TRT5 98
Pequeno Porte
38 TRT22 241
68 TRT16 222
47 TRT19 159
56 TRT21 158
71 TRT20 152
58 TRT17 121
57 TRT24 120
53 TRT14 113
64 TRT23 113
38 TRT13 66
75 Trabalho 162
Gráfico 5.43 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça do Trabalho
200
88 70 73 75 74 76 72 75
60
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
As diferenças aqui percebidas, acentuadas e praticamente constantes de tribunal para tribunal, podem ser explicadas pela
praxe jurídica corrente no Brasil. De fato, é incomum a inserção, nas rotinas de trabalho dos órgãos de 2º grau de jurisdição, de
providências de aproximação, conciliação ou mediação entre as partes de um recurso.
Em geral, as secretarias das turmas e câmaras e os próprios julgadores priorizam a análise minuciosa dos requisitos de ad-
missibilidade das diversas espécies recursais, na produção e exaurimento de pautas de julgamento e, com isso, as alternativas
consensuais de solução de litígios são deixadas em segundo plano.
Além disso, não se pode desconsiderar o efeito desestimulante ao acordo operado pela sucumbência determinada na decisão
recorrida. Em regra, da sentença resultam vencedor e vencido, o que reduz a propensão do primeiro de transigir com direitos
que já lhe foram reconhecidos em pronunciamento judicial.
Numa ou noutra hipótese, as dificuldades parecem mais culturais do que efetivamente estruturais, sendo de se esperar uma
inversão de tendência na série histórica que ora se inicia em razão das exaustivas políticas desenvolvidas pelo Conselho Nacional
de Justiça e da lógica do novo Código de Processo Civil, voltadas e amplamente favoráveis às soluções consensuais dos processos
judiciais.
A maior ocorrência de recorribilidade interna no 2º grau pode ser explicada por serem os Tribunais Regionais do Trabalho, em
regra, os foros de competência para julgamento de recursos como o agravo e o agravo de instrumento. Embora menor, o índice
de recorribilidade interna no primeiro grau de jurisdição também não é irrelevante, isto porque, na Justiça do Trabalho, cabem
embargos de declaração mas também agravos de instrumento contra decisões proferidas pelos juízes de 1º grau de jurisdição que
neguem seguimento a recursos ordinários ou agravos de petição, por exemplo.
Já o alto índice de recorribilidade externa no 2º grau de jurisdição pode ser explicado pelo perfil das demandas e dos recor-
rentes. Dado o alto índice de conciliação realizado na fase de conhecimento no 1º grau de jurisdição, pode‑se concluir que se
submetem à sentença aqueles casos mais controversos, no qual os valores ou interesses de um dos demandantes impedem uma
solução consensual.
Ultrapassado este primeiro filtro, cabe considerar, ainda, que os recursos trabalhistas exigem, para sua interposição, de de-
pósito recursal, de modo que as demandas que ultrapassam o 1º grau de jurisdição são aquelas cuja condenação possui maior
valor e/ou o condenado tem condições de arcar com os ônus do prolongamento do litígio.
181
Neste contexto, os Tribunais Regionais do Trabalho acabam funcionando como um rito de passagem para o Tribunal Superior
do Trabalho, fator agravado a partir de 2012.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ao verificar os indicadores de recorribilidade interna por tribunal, Gráfico 5.45, os TRT11 e TRT17 apresentaram os maiores
percentuais no cálculo da recorribilidade interna de 2º e 1º graus, respectivamente, 41% e 21%.
No Gráfico 5.47, índice de recorribilidade externa, o TRT2 apresenta o maior indicador de recorribilidade externa do 1º grau
(68%) e o TRT4 e TRT14 os maiores no 2º grau (87%). O menor índice ficou com o TRT7, em ambos graus de jurisdição (21%
no 1º grau e 33% no 2º grau).
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
182
Gráfico 5.47 – Recorribilidade externa na Justiça do Trabalho
JUSTIÇA DO TRABALHO
2º grau 1º grau
Grande Porte
73% TRT2 68%
87% TRT4 54%
86% TRT3 51%
72% TRT1 44%
79% TRT15 38%
Médio Porte
82% TRT12 53%
76% TRT5 45%
69% TRT9 43%
78% TRT10 43%
55% TRT18 41%
43% TRT6 33%
63% TRT8 31%
74% TRT11 30%
33% TRT7 21%
Pequeno Porte
65% TRT24 51%
73% TRT17 50%
38% TRT19 46%
43% TRT23 45%
75% TRT13 42%
66% TRT20 39%
51% TRT22 36%
87% TRT14 35%
64% TRT21 33%
44% TRT16 26%
73% Trabalho 45%
80%
73,8% 72,8% 73,0%
72%
5.5.2.4 T
axa de congestionamento e índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos
O quantitativo de processos ingressados eletronicamente no 1º grau da Justiça do Trabalho tem aumentado gradativamente
ao longo da série histórica e chegou a atingir 83% dos casos novos no ano de 2015. Quase metade dos tribunais (46%) destaca‑se
por apresentar todos os casos ingressados de forma eletrônica neste ano. Em relação ao 2° grau, 54% são casos novos eletrônicos,
destacando‑se o TRT13 com o índice de 98%.
Os tribunais da Justiça do Trabalho baixaram no 1º grau em 2015 mais processos do que o quantitativo ingressado nesse
período (107%). Dos 24 tribunais, 15 apresentaram Índice de Atendimento à Demanda (IAD) superior a 100% no 1º grau ou no
2º grau. Destacam‑se o TRT 13 com o maior IAD do 2º grau (115%) e o TRT15 e o TRT21 com os maiores do 1º grau (134%).
Os Tribunais Regionais do Trabalho da 2ª, 11ª e 22ª Regiões se destacam por apresentarem no ano de 2015 as maiores pro-
dutividades de cada porte, índices de atendimento à demanda superiores a 100% e as menores taxas de congestionamento de
183
cada porte. Apenas a 14ª e 17ª Regiões apresentaram taxas inferiores ao índice da 22ª Região no pequeno porte.
Enquanto que a taxa de congestionamento do 1º grau da Justiça do Trabalho cresceu cerca de 5 pontos percentuais entre os
JUSTIÇA DO TRABALHO
anos de 2011 e 2015, a taxa do 2º grau teve um crescimento acelerado nesse período, cerca de 15 pontos percentuais. Ambas
tiveram o maior percentual da série 2015, 56% e 42%, respectivamente. Observe‑se que mesmo com o crescimento maior da
taxa de congestionamento do 2º grau, ela ficou bem abaixo da do 1º grau.
De forma geral, verifica‑se que, apesar da maior taxa de congestionamento, o 1º grau apresentou os maiores índices de pro-
dutividade dos magistrados e dos servidores e Índice de Atendimento à Demanda (IAD) do que aqueles observados no 2º grau.
Isso significa que, apesar de os magistrados e servidores lotados neste grau de jurisdição produzirem mais e de possuírem maior
carga de trabalho, tal esforço produtivo não tem sido suficiente para desafogar este grau de jurisdição, pois a taxa de congestio-
namento permanece superior (em torno de 56%) à taxa do 2º grau (42%) e sem tendência de queda.
Não obstante a taxa de congestionamento do 2º grau (42%) seja substancialmente inferior à taxa do 1º grau (56%), quando
são retirados do acervo os processos suspensos ou sobrestados, inclusive aqueles que aguardam julgamento de tribunal superior
em matéria de repercussão geral ou recursos repetitivos, a diferença reduz significativamente. Neste contexto, a taxa de con-
gestionamento líquida do 2º grau passaria de 41,8% para 41,2% (queda de 0,6 p.p) e a do 1º grau, com redução de quase 10
pontos percentuais, passaria de 55,8% para 46,3%. Em outras palavras, a taxa de congestionamento líquida do 2º grau é 5 pontos
percentuais inferior à taxa do 1º grau.
Gráfico 5.50 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça do Trabalho
90% 82,9%
77,1%
72% 63,9%
54,0%
54%
38,5% 56,9%
36% 29,6%
6,6% 15,4% 33,3%
2,6% 5,4% 13,4% 13,4%
18% 3,3% 2,1% 1,4%
2,8% 2,0%
0% 0,8% 6,3%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
184
2º grau 1º grau
Grande Porte
101% TRT15 134%
96% TRT1 116%
100% TRT2 110%
95% TRT4 105%
104% TRT3 100%
Médio Porte
103% TRT6 106%
83% TRT9 105%
104% TRT7 102%
93% TRT11 102%
80% TRT12 100%
82% TRT5 95%
92% TRT8 92%
78% TRT10 92%
81% TRT18 88%
Pequeno Porte
91% TRT21 134%
56% TRT22 110%
113% TRT19 107%
97% TRT16 106%
81% TRT14 104%
99% TRT20 96%
81% TRT23 96%
87% TRT17 85%
90% TRT24 83%
115% TRT13 64%
95% Trabalho 107%
90%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Análise do Poder Judiciário
55%
35% TRT24
TRT16
63%
62%
185
45% TRT21 56%
51% TRT23 55%
56% TRT22 51%
JUSTIÇA DO TRABALHO
44% TRT17 50%
37% TRT14 48%
42% Trabalho 56%
20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º grau (sem suspensos)
2º Grau
2º grau (sem suspensos)
Total
Relatório Justiça em Números 2016
Os processos de execução são os grandes responsáveis pela alta litigiosidade da Justiça do Trabalho, pois apresentaram taxa
de congestionamento de quase 69,9%, bem superior à taxa de 47,7% na fase de conhecimento do 1º grau. Aqui se percebe que
o problema da execução no Brasil não está atrelado ao princípio da inércia de jurisdição, pois mesmo na Justiça do Trabalho,
na qual a execução das sentenças inicia‑se de ofício, a conclusão do módulo executivo mostra‑se mais penosa do que a fase de
conhecimento.
Conhecimento
2.726.808
Não criminal 2.619.867
2.486.915
2.726.808
Total Conhecimento 2.619.867
2.486.915
Execução
35.413
Execução fiscal 30.200
111.126
Extrajudicial
4.556
Execução não fiscal 3.198
20.049
39.969
Total Execução Extrajudicial 33.398
131.175
871.763
Não criminal 1.983.996
Judicial
748.245
871.763
Total Execução Judicial 748.245
1.983.996
911.732
Total Execução 781.643
2.115.171
Conhecimento 48%
42% 2º Grau
187
JUSTIÇA DO TRABALHO
5.6.1 Indicadores por magistrado e servidor
Esta subseção destina‑se à comparação dos indicadores de primeiro grau, entre as fases de conhecimento e execução. Como o
mesmo magistrado pode atuar no processo tanto na fase de conhecimento como na execução, não é possível calcular a real pro-
dutividade em cada fase, sendo a produtividade na fase de conhecimento o total de processos baixados nesta fase em relação ao
total de magistrados de 1º grau e a produtividade na fase de execução o número de processos baixados nesta fase em relação aos
mesmos magistrados de 1º grau. Dessa forma, o indicador do total sempre corresponderá à soma dos indicadores nas duas fases.
Verifica‑se que o quantitativo de processos baixados é sempre maior na fase de conhecimento do que na execução, tanto na
análise da série histórica (Gráfico 5.58 e Gráfico 5.60), quanto na análise por tribunal (Gráfico 5.57 e Gráfico 5.59).
2.000
1.660
1.251 1.305
1.320 1.097 1.134 1.152 1.166
1.055
978
826 849 898
980 748 775 783
640
313 323 351 326 317 352 327
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
188
Gráfico 5.59 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento
JUSTIÇA DO TRABALHO
Execução Conhecimento
Grande Porte
70 TRT2 168
58 TRT15 163
38 TRT1 138
24 TRT3 113
38 TRT4 80
Médio Porte
35 TRT11 174
42 TRT9 117
30 TRT12 116
19 TRT8 113
55 TRT7 113
29 TRT10 105
24 TRT18 101
49 TRT6 100
27 TRT5 71
Pequeno Porte
48 TRT22 193
57 TRT16 165
33 TRT19 126
35 TRT20 118
19 TRT17 101
63 TRT21 95
26 TRT24 94
20 TRT23 92
24 TRT14 88
5 TRT13 61
41 Trabalho 122
Gráfico 5.60 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária
200
157 162
166 142 143 145
141 137
132 122
106 113
100 96 98 102
98
64 42 40 44 40 39 44 41
30
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA DO TRABALHO
1% TRT2 42%
8% TRT3 41%
6% TRT1 36%
Médio Porte
10% TRT9 50%
7% TRT12 49%
4% TRT7 43%
4% TRT6 41%
7% TRT18 40%
8% TRT5 32%
6% TRT8 31%
8% TRT10 31%
2% TRT11 29%
Pequeno Porte
24% TRT19 46%
9% TRT23 45%
12% TRT24 43%
8% TRT16 35%
15% TRT14 35%
0% TRT13 34%
5% TRT21 32%
5% TRT17 30%
3% TRT22 28%
11% TRT20 22%
5% Trabalho 40%
Gráfico 5.62 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
Grande Porte
200% TRT15 121%
98% TRT2 116%
125% TRT1 114%
121% TRT3 96%
153% TRT4 91%
Médio Porte
71% TRT11 111%
99% TRT12 100%
125% TRT9 99%
79% TRT8 95%
82% TRT10 95%
123% TRT7 94%
156% TRT6 92%
85% TRT18 89%
118% TRT5 88%
Pequeno Porte
79% TRT16 120%
87% TRT22 117%
91% TRT19 112%
190 199% TRT21 110%
117% TRT14 101%
95% TRT23 96%
96% TRT20 96%
JUSTIÇA DO TRABALHO
Pelo Gráfico 5.64, percebe‑se que a taxa de congestionamento na execução (70%) é 22 pontos percentuais maior que a taxa
no conhecimento (48%), o que aumenta, substancialmente, a taxa de congestionamento total da Justiça do Trabalho. Importante
ressaltar que todos TRTs apresentam taxa de congestionamento na execução maior que no conhecimento. A maior disparidade
é observada no TRT17 (Espírito Santo), com a diferença da taxa entre as duas fases em 48 pontos percentuais, ou seja, neste
tribunal a taxa na execução é mais que o dobro da aferida no conhecimento.
A série histórica do período 2009‑2015, apresentada no Gráfico 5.65, aponta uma constância nos valores das taxas de con-
gestionamento da fase de execução e crescimento das taxas da fase de conhecimento. Destaca‑se o fato da taxa de congestio-
namento líquida na fase de execução ser quase 14 pontos percentuais inferior à taxa convencional, que considera no acervo os
processos suspensos ou sobrestados, inclusive aqueles que aguardam julgamento de tribunal superior em matéria de repercussão
geral ou recursos repetitivos. Na fase de conhecimento, no entanto, essa diferença foi de aproximadamente 6 pontos percentuais.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA DO TRABALHO
70% TRT14 36%
80% TRT17 32%
70% Trabalho 48%
80%
69,3% 70,1% 69,1% 70,4% 69,9%
70% 66,9% 67,1%
58,4% 58,9% 57,9% 56,9%
60% 56,0% 53,7% 55,0% 54,1% 56,2%
53,7% 55,8%
50% 44,2% 45,6% 47,7%
52,1% 52,2% 50,5% 42,4%
37,5% 42%
40% 36,3% 36,4%
30%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Conhecimento líquida
Execução
Execução líquida
1º grau
Relatório Justiça em Números 2016
necessárias para produção de estudos mais aprofundados sobre o tempo de tramitação processual.
A divisão da aferição do tempo do processo por fases processuais faz sentido na medida em que os marcos temporais usados
para os cálculos são bem claros. Assim, na apuração do tempo médio dos processos até a sentença de mérito, sabe‑se exatamen-
te quando o processo começa (protocolo) e qual o termo final de apuração (última sentença proferida).
Importante esclarecer que a apuração dos tempos médios se deu pela avaliação da duração em cada fase ou instância. Por
exemplo, na execução, conta‑se o tempo a partir do início da execução ou liquidação ou cumprimento, até a data da última
sentença em execução. No conhecimento, conta‑se a partir da data do protocolo. No 2º grau conta‑se a partir do protocolo do
processo no tribunal, e assim por diante.
A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio dado em
análise. Há uma imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles em que, verificada
a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença terminativa sem resolução de
mérito que acaba sendo a única e última a ser computada.
Por outro lado, há processos nos quais mais de uma sentença acaba por ser proferida, como ocorre com aqueles que, subme-
tidos à revisão no 2º grau de jurisdição, acabam voltando ao juízo de origem para prolação de novas decisões. Saber exatamente
que processos seguem um ou outro padrão de duração é uma tarefa extremamente minuciosa, ainda por ser realizada.
O diagrama apresentado na Figura 5.7 demonstra o tempo em cada uma das fases e instâncias na Justiça do Trabalho. Pode‑se
verificar que são muitas as variáveis que interferem neste tipo de análise. É importante que o leitor tenha em mente que nem
todos os processos seguem a mesma história, e, portanto, os tempos não podem ser simplesmente somados. Por exemplo, alguns
casos ingressam no primeiro grau e lá mesmo são finalizados. Outros, recorrem até a última instância possível.
Análise do Poder Judiciário
TRT
Tempo da sentença: 4 meses
Tempo da baixa: 8 meses
Tempo do pendente: 8 meses
Conhecimento
Tempo da sentença: 7 meses
Tempo da baixa: 11 meses
Tempo do pendente: 1 ano 2 meses
Execução
Tempo da sentença: 3 anos 7 meses
Tempo da baixa: 3 anos 11 meses
Tempo do pendente: 4 anos 11 meses
193
A Justiça do Trabalho, que apresenta, historicamente, taxas de congestionamento baixas e índices de atendimento à demanda
JUSTIÇA DO TRABALHO
elevados se comparados aos verificados nos demais ramos de justiça, é reconhecida como um aparato ágil e eficiente. O reflexo
de um rito processual historicamente voltado para as soluções consensuais dos conflitos, já sentido no índice de conciliação,
faz‑se presente novamente na apuração do tempo do processo na Justiça do Trabalho.
Note‑se, por exemplo, que assim como ocorre na Justiça Estadual, a fase de conhecimento acaba sendo mais célere do que
a fase de execução mesmo sendo, esta última, iniciada de ofício na Justiça do Trabalho.
O Gráfico 5.66 bem ilustra essa diferença. Nota‑se que a execução (3,5 anos) leva quase seis vezes mais tempo do que a
fase de conhecimento (0,6 ano) para receber uma sentença. O dado é coerente com o observado na taxa de congestionamento.
A maior discrepância entre o tempo médio de sentença de execução e de conhecimento é observado no Tribunal Regional
do Trabalho da 3ª Região (TRT3), onde a execução (4.5 anos) leva mais de dez vezes mais tempo que o conhecimento para
receber uma sentença (0,4 ano). Por outro lado, o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região apresenta um tempo de sentença
no conhecimento (1,1 ano) maior do que o verificado na execução (0,3 ano).
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido entre o
protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo em cada fase. Também aqui, verifica‑se desproporção entre os proces-
Relatório Justiça em Números 2016
sos da fase de conhecimento e de execução, o que é esperado, já que a baixa do conhecimento é caracterizada, inclusive, pela
entrada no processo na execução, ao passo que a baixa na execução somente ocorre quando de fato o jurisdicionado tem seu
conflito solucionado perante a justiça
De acordo com o observado no Gráfico 5.67, o tempo de baixa, na execução, é maior que o tempo médio de sentença na
mesma fase, indicando a ocorrência de entraves em atividades adjacentes ao exercício da jurisdição propriamente dito, como,
por exemplo, o tempo dispendido nos setores responsáveis pela realização de cálculos judiciais e para certificação de leilões
e hastas públicas. Chama atenção o dado apurado no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que baixa os processos de
conhecimento, em média, em 1,1 ano e demora 6,2 anos para a baixa dos processos de execução.
No outro extremo, os dados do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região apontam para um tempo de baixa na execução
(0,8 ano) um pouco inferior ao tempo de baixa do processo de conhecimento (0,9 ano).
Por fim, observa‑se que em alguns casos o tempo até a baixa ficou inferior ao tempo até a sentença, o que é contra intuitivo.
194 Entretanto, é importante esclarecer, que os dados aqui apresentados são representados por médias de eventos ocorridos em um
ano específico, no caso, 2015. Nem todos os processos que foram baixados em 2015, necessariamente também foram sentencia-
dos no mesmo ano, ou seja, o universo de processos que são objeto de análise do tempo até a sentença não é, de forma alguma,
JUSTIÇA DO TRABALHO
Gráfico 5.67 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados no 1º grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
Grande Porte
4,2 TRT1 1,4
6,2 TRT4 1,1
5,8 TRT15 0,8
3,2 TRT2 0,8
3,8 TRT3 0,7
Médio Porte
TRT5
TRT7
TRT9
3,5 TRT6 1,1
4,0 TRT11 0,9
0,9 TRT18 0,9
1,5 TRT12 0,7
1,3 TRT10 0,6
2,5 TRT8 0,6
Pequeno Porte
4,9 TRT19 2,0
2,9 TRT17 1,9
4,6 TRT20 1,6
2,2 TRT22 1,3
3,1 TRT24 1,0
5,1 TRT21 0,9
0,8 TRT16 0,9
1,5 TRT23 0,8
3,8 TRT14 0,6
1,6 TRT13 0,3
4,0 Trabalho 0,9
Além do diagnóstico do tempo até a sentença e até a baixa, faz‑se necessário computar o tempo de duração daqueles pro-
cessos que ainda estão pendentes de baixa, para os quais o termo final de cálculo foi 31 de dezembro de 2015.
Na Justiça do Trabalho, diferentemente do que ocorre na Justiça Estadual, o tempo médio do processo pendente não difere
significativamente do tempo médio de sentença ou de baixa no processo de conhecimento, o que indica a alta rotatividade dos
feitos. Em outras palavras, o processo de conhecimento na Justiça do Trabalho fica pendente somente durante o tempo necessá-
rio para que seja sentenciado e baixado, não havendo margem para a formação de grandes acervos.
O quadro se inverte drasticamente quando considerados os processos de execução no qual o tempo dos processos penden-
tes supera os tempos de sentença e baixa, indicando a predominância dos casos mais antigos. Em outras palavras, se a grande
maioria dos processos pendentes fosse formada por casos de execução recém instaurados, o tempo médio dos pendentes seria
invariavelmente menor do que o tempo médio dos processos baixados ou sentenciados.
Isto indica, assim como sinalizado acima, que os processos de execução que são resolvidos são mais recentes que os proces-
sos que se encontram pendentes, demonstrando que o gargalo da execução se deve a um acervo de processos antigos onde não
se conseguiu efetivar a execução, por motivos diversos.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.68 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes no 1º grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
Grande Porte
5,1 TRT1 1,7
5,7 TRT15 1,5
5,8 TRT2 1,2
4,9 TRT3 0,9
6,2 TRT4 0,7
Médio Porte
TRT6
TRT5
1,2 TRT7 1,2
4,3 TRT9 1,0
4,2 TRT18 0,9
5,8 TRT8 0,7
2,0 TRT11 0,7
6,1 TRT12 0,6
2,1 TRT10 0,5
Pequeno Porte
5,1 TRT20 4,3
8,0 TRT19 1,7
1,2 TRT17 0,9
5,6 0,8
0,6
TRT24
TRT16 0,7
195
4,8 TRT21 0,7
4,8 TRT23 0,7
4,5 TRT14 0,7
JUSTIÇA DO TRABALHO
2,6 TRT22 0,6
1,2 TRT13 0,5
4,9 Trabalho 1,2
Relatório Justiça em Números 2016
processos baixados. Ademais, o índice de eficiência é uma medida comparativa entre os tribunais, que, para sua mensuração, é
sempre atribuído maior peso ao resultado das unidades que são mais parecidas. Dessa forma, por se tratar de um modelo orien-
tado ao resultado, ponderado aos insumos e ao comparativo entre tribunais que se assemelham entre si, o DEA traz a grande
vantagem de produzir um índice sintético capaz de comparar tribunais de magnitudes e estruturas totalmente distintas, ou seja,
independentemente do porte dos tribunais.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida de eficiên-
cia do tribunal, denominada por IPC‑Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, pois significa que ela foi
capaz de produzir mais com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado são colocados na linha de fronteira
e, por consequência, passam a ser considerados eficientes e se tornam a referência do ramo de justiça. Os demais, por sua vez,
são comparados com os paradigmas mais semelhantes de forma ponderada. O IPC‑Jus do tribunal será simplesmente a propor-
ção do que ele conseguiu produzir em relação à proporção do que ele deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência.
Cabe esclarecer, todavia, a obtenção de eficiência de 100% não significa que um tribunal não precisa melhorar, mas apenas
que tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, que possuem recursos semelhantes.
Assim, esse percentual serve para verificar a capacidade produtiva de cada tribunal e para estimar dados quantitativos sobre o
quanto cada tribunal deveria ter aumentado sua produtividade, em termos de processos baixados, para alcançar a eficiência.
Os valores do IPC‑Jus por Tribunal Regional do Trabalho podem ser observados no Gráfico 5.69, onde verificamos como desta-
que os tribunais TRT15 e TRT12 (grande porte) e TRT11 e TRT6 (médio porte), que atingiram o IPC‑Jus de 100%. Pela primeira vez
o Justiça em Números apresenta as despesas desagregadas por instância, possibilitando o cálculo do IPC‑Jus de 2º e de 1º graus,
conforme observado no Gráfico 5.70. Verifica‑se por intermédio deste gráfico que nenhum tribunal apresentou indicador 100%
tanto no 1º quanto no 2º grau, tendo 4 atingido o índice no 1º grau (TRT2, TRT1, TRT11 e TRT22) e 3 no 2º grau (TRT15, TRT3
e TRT6). De modo geral, o indicador apresentou comportamento semelhante, com índice de 81% no 2º grau e 84% no 1º grau.
Análise do Poder Judiciário
TRT15 100%
Grande Porte
TRT2 100%
TRT3 88%
TRT1 79%
TRT4 77%
TRT11 100%
TRT6 100%
TRT8 88%
TRT18 85%
Médio Porte
TRT12 77%
TRT9 74%
TRT7 74%
TRT10 71%
TRT5 62% 197
TRT22 89%
TRT14 88%
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT17 85%
TRT16 83%
Pequeno Porte
TRT21 80%
TRT23 78%
TRT13 71%
TRT24 70%
TRT20 70%
TRT19 64%
Trabalho 85%
Gráfico 5.70 – Resultado do IPC‑Jus da área judiciária na Justiça do Trabalho por instância e tribunal
2º Grau 1º Grau
Grande Porte
83% TRT2 100%
67% TRT1 100%
100% TRT15 93%
100% TRT3 76%
78% TRT4 69%
Médio Porte
65% TRT11 100%
100% TRT6 95%
90% TRT8 83%
72% TRT18 80%
62% TRT7 77%
TRT12
70% TRT9 70%
75% TRT5 70%
64% TRT10 55%
Pequeno Porte
55% TRT22 100%
62% TRT16 93%
69% TRT21 89%
73% TRT14 86%
70% TRT17 83%
67% TRT23 76%
78% TRT19 67%
74% TRT20 67%
79% TRT24 62%
82% TRT13 61%
81% Trabalho 84%
Para melhor compreensão dos resultados do IPC‑Jus sugere‑se análise dos gráficos a seguir que fazem o cruzamento, dois a
dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos indicadores re-
laciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente, quatro dimensões distintas,
pois além dos dois indicadores, também demonstram, por meio da forma do símbolo, a classificação de cada tribunal em relação
ao seu porte associado, e pelo tamanho, o nível de eficiência. Maiores descrições sobre a interpretação desse tipo de gráfico
podem ser encontradas na seção sobre metodologia deste relatório.
Relatório Justiça em Números 2016
O Gráfico 5.71 apresenta a relação entre a taxa de congestionamento e o índice de produtividade dos magistrados (IPM),
isto é, o percentual de processos em tramitação que não foram resolvidos no ano de 2015 versus o total de processos baixados
por magistrado. Nele, pode‑se perceber que o TRT6, o TRT11 e o TRT2 constam na fronteira de eficiência. O TRT6 e o TRT11
apresentaram a menor taxa de congestionamento enquanto o TRT2 apresentou o maior quantitativo de processos baixados por
magistrado da Justiça do Trabalho. Além disso, note que os tribunais presentes no segundo quadrante são aqueles que tiveram
melhor desempenho, pois harmonizam alto IPM com baixa taxa de congestionamento. Já os que se encontram no quarto qua-
drante merecem maior atenção, pois se encontram mais distantes da fronteira e combinam alta taxa de congestionamento com
baixo IPM.
Já o Gráfico 5.72 traz a relação entre a produtividade dos servidores (IPS) e a taxa de congestionamento. Nesse gráfico, apa-
recem novamente na fronteira de eficiência o TRT6, TRT11 e TRT2, além do TRT15, por possuir a melhor produtividade por ser-
vidor. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região consta no quadrante de melhor desempenho (2º) quando considerado tanto
a produtividade dos magistrados quanto a dos servidores. Por outro lado, os tribunais da 13ª, 5ª, 24ª e 10ª Regiões apresentaram
198 alta taxa de congestionamento em conjunto com baixas produtividades por magistrado e por servidor.
Por fim, o Gráfico 5.73 pondera a taxa de congestionamento com a despesa total por baixado, descontando‑se as despesas
JUSTIÇA DO TRABALHO
relativas ao pessoal inativo e com projetos de construção e obras, tendo em vista que estas despesas não possuem relação direta
com a produtividade do tribunal. Como o objetivo é minimizar a despesa por processo baixado, houve inversão da linha de
fronteira de eficiência em relação aos gráficos anteriores, sendo nesse caso o terceiro quadrante aquele de maior eficiência e o
primeiro o de menor eficiência. Os tribunais na fronteira de eficiência são os mesmos que os do Gráfico 5.72. O Tribunal Regio-
nal do Trabalho da 13ª Região apresentou alta taxa de congestionamento, a maior despesa por processo baixado e os menores
índices de produtividade dos magistrados e servidores da Justiça do Trabalho.
TRT2 TRT15
Índice de Produtividade do Magistrado
TRT11
1.500
TRT16
TRT22 TRT1
TRT3 TRT21 TRT7
TRT6 TRT8 TRT TRT9
TRT18 TRT4TRT20
TRT12 TRT19
1.000
TRT17 TRT10
TRT24
TRT5
TRT23
TRT14
TRT13
500
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
TRT15
Índice de Produtividade do Servidor TRT2
150
TRT22 TRT9
TRT6
TRT4 TRT7 TRT19
TRT8 TRT21
TRT20
TRT11 TRT18 TRT12
TRT10
TRT17 TRT23TRT24
TRT5
TRT14
50
TRT13
199
Grande porte
Médio porte
JUSTIÇA DO TRABALHO
Pequeno porte
0
Gráfico 5.73 – Taxa de congestionamento x despesa total (exceto inativos) por processos baixados
4 Nesta situação hipotética a lotação do servidor não é considerada, ou seja, são computados tanto os servidores da área judiciária quanto os servidores da área administrativa.
Relatório Justiça em Números 2016
Observa‑se por intermédio destes gráficos que o TRT da 13ª Região (Paraíba) apresenta atualmente os menores indicadores
de produtividade por magistrado e por servidor, sendo necessário pouco aumento destas produtividades para que ele se tornasse
eficiente, ou seja, seria necessário somente que este tribunal tivesse obtido no ano de 2015 o quinto menor IPM da Justiça do
Trabalho ou IPS de 50 processos baixados por servidor, mantendo‑se como o menor indicador desta justiça.
Já o TRT16 (Maranhão) apresentou situação diversa, tendo em vista que, mesmo tendo apresentado a maior produtividade
por magistrado e por servidor dentre os tribunais de pequeno porte, seria necessário que este tribunal tivesse apresentado o
maior IPM da Justiça do Trabalho ou o 3º maior IPS (de 110 para 133 processos baixados por servidor). Mesmo com estas pro-
dutividades, a taxa de congestionamento teria reduzido de 61% para 53%, percentual que seria atualmente o décimo menor
indicador desta justiça.
Gráfico 5.74 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100%
TRT20
TRT17 872 1.025
TRT24 826 1.179
TRT23 771 983 IPM Realizado
TRT14 719 812 IPM Estimado
TRT13 605 850
Trabalho 1.279 1.496
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 5.75 – Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100%
Grande Porte
TRT2 152 152
TRT3 104 118
TRT1 103 129
TRT4 87 112
TRT9 99 133
TRT6 90 90
TRT8 87 99
TRT7 87 118
Médio Porte
TRT11 83 83
TRT12 79 103
TRT18 78 91
TRT10 75 106
TRT5 71 114 201
TRT16 110 133
TRT22 101 113
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRT19 86 134
TRT21 84 105
TRT20 82 118
Pequeno Porte
TRT23 77 98
TRT24 72 103
TRT17 72 84
TRT14 58 66 IPS Realizado
TRT13 36 50 IPS Estimado
Trabalho 102 119
Gráfico 5.76 – Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC‑Jus de 100%
202
5.9.1 Assuntos mais recorrentes
JUSTIÇA DO TRABALHO
As tabelas processuais unificadas da Justiça do Trabalho possuem quatro níveis hierárquicos de assuntos. Por exemplo, no
grande grupo que aglomera as matérias de “Direito do Trabalho” (nível 1), há a segmentação de outros grupos de assuntos, entre
os quais, “Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios” (nível 2), que por sua vez pode, também, ser subdividido em “Gra-
tificação” ou “Salário / Diferença Salarial”, entre outros (nível 3). Por fim, dentro de “Salário / Diferença Salarial”, por exemplo,
há o último nível que detalha se trata de salário mínimo, salário família, reajuste salarial, entre outras questões (nível 4).
Quanto maior o nível de abertura, mais difícil fica a análise, pois não é conhecido o procedimento de autuação de cada tri-
bunal e de cada unidade judiciária. É possível que alguns processos possam ser cadastrados apenas nos assuntos mais globais, sem
detalhamento dos itens mais específicos. Por este motivo, para melhor consistência e confiabilidade dos dados, as informações
apresentadas abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico.
As informações também estão segmentadas por grau de jurisdição: 2º grau e 1º grau.
JUSTIÇA DO TRABALHO
18. DIREITO DO TRABALHO - Responsabilidade Civil do Empregador/Indenização por Dano Material 14.916 (1,26%)
19. DIREITO DO TRABALHO - Rescisão do Contrato de Trabalho/Rescisão Indireta 14.646 (1,24%)
20. DIREITO DO TRABALHO - Outras Relações de Trabalho/Honorários Profissionais 14.462 (1,23%)
JUSTIÇA DO TRABALHO
18. PROCESSO CRIMINAL - Questões e Processos Incidentes/Incidentes 35 (0,00%)
19. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo Cautelar/Contraprotesto Judicial 31 (0,00%)
20. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS - Sindicância 25 (0,00%)
A força de trabalho é de 3.600 magistrados, o que representa um crescimento acumulado de 20,5% desde 2009, 41.747
servidores e 14.946 trabalhadores auxiliares, o que também significa acréscimo de 15,4% e 66% no período, respectivamente.
A produtividade da Justiça do Trabalho é relativamente alta e vem crescendo ano após ano, totalizando no ano de 2015
quase 4,3 milhões de baixas e 4,2 milhões de sentenças. Ao correlacionar tal informação com os 3.332 magistrados em atividade
jurisdicional6, obtém‑se uma média anual de 1.279 processos baixados ao ano e de 1.261 sentenças, o que equivale a mais de
5 processos baixados e sentenças proferidas por dia7. Ainda assim, os juízes e os desembargadores foram capazes de melhorar
no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o qual registrou aumento de 3% no último ano e 22% no último septênio. É
importante, todavia, uma análise mais detalhada dos processos na fase de execução, pois, apesar de comporem 42% do acervo
processual (2,1 milhões sob o total de 5 milhões de processos), a produtividade dos magistrados nesta fase equivale a aproxi-
madamente um terço da produtividade aferida na fase de conhecimento (978 baixados por magistrado no conhecimento em
relação a 327 baixados por magistrado na execução).
No que se refere aos assuntos mais demandados, chama atenção a concentração das ações em alguns assuntos bastante
recorrentes, o que pode ser explicado pela competência material específica da Justiça do Trabalho. Basta considerar que, se
levados em consideração apenas os primeiros níveis de assuntos predominantes, a saber: “Rescisão do Contrato de Trabalho” e
“Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios”, tem‑se 49% de todos os processos que ingressaram neste ramo de justiça
no ano de 2015.
As grandes novidades do Relatório Justiça em Números 2015 são as apresentações do índice de conciliação, da taxa de recor-
ribilidade externa e interna e do tempo médio do processo, até a sentença, até a baixa dos autos e dos pendentes.
O índice de conciliação ficou em pouco menos de 25,3%, sendo as soluções consensuais de conflitos bastante mais comuns
no 1º grau de jurisdição do que nas fases recursais, assim como as iniciativas de composição entre as partes tendem a ter maior
sucesso na fase de conhecimento do que na fase de execução. Na fase de conhecimento de 1º grau, o índice atinge 40%. O
referido índice merece destaque, especialmente se comparado com o apurado nos demais ramos de justiça. A menor variedade
dos objetos das ações e um rito processual mais célere e prioritariamente voltado para a solução consensual de litígios podem
explicar os bons resultados percebidos neste particular.
No que diz respeito à taxa de recorribilidade, os números revelam grande disparidade em relação aos índices apurados na
Justiça Estadual. Percebe‑se um índice de recorribilidade externa alto no 1º grau de jurisdição, apesar da existência de mecanis-
mos voltados à inibição dos recursos ordinários e agravos de petição como o depósito recursal e a necessidade de garantia do
juízo na fase executiva. Chama atenção, contudo, a elevada recorribilidade externa no 2º grau de jurisdição que está a indicar
que os Tribunais Regionais do Trabalho funcionam como um rito de passagem do litígio para a instância superior.
O dado pode ser explicado, pelo menos em parte, pela difusão do processo eletrônico na Justiça do Trabalho e no incremen-
to do acesso à jurisdição do TST representado por esta mudança.
Quanto ao tempo do processo judicial, foi possível perceber uma certa homogeneidade entre o tempo de sua instauração
e sentença e o tempo necessário para a baixa dos autos. Chama atenção, quanto ao dado, a disparidade do tempo do processo
pendente no conhecimento e na execução.
Enquanto na fase de conhecimento o tempo médio para julgamento dos processos pendentes não difere muito do tempo da
sentença ou baixa, na fase de execução, o tempo médio do processo pendente é bastante maior do que os outros dois índices
de medição temporal.
Com isso, pode‑se afirmar que, enquanto no conhecimento, o processo trabalhista dura praticamente o tempo necessário
para prolação da sentença, sem maiores impactos de processos antigos no dado apurado; no processo de execução, o impacto
dos processos que integram o estoque no tempo médio dos pendentes é sentido de maneira mais marcante.
Assim, ainda que na Justiça do Trabalho a execução se realize de ofício, o que agiliza o início da fase executiva, os proble- 207
mas sentidos com maior pesar nos outros ramos de justiça acabam por, em alguma medida, se reproduzir também na Justiça do
JUSTIÇA DO TRABALHO
Trabalho.
Federal Federal
Federal
Federal Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Análise do Poder Judiciário
6 Justiça Federal
O que é a Justiça Federal:
De acordo com o disposto nos artigos 92 e 106 da Constituição Federal, a Justiça Federal,
ramo integrante da estrutura do Poder Judiciário, é composta pelos Tribunais Regionais Fede-
rais e pelos juízes federais.
A Justiça Federal compõe, juntamente com a Justiça Estadual, a chamada justiça comum.
Compete, especificamente, à Justiça Federal, julgar as causas em que a União, entidades
209
autárquicas ou empresas públicas federais sejam interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes; as causas que envolvam estados estrangeiros ou tratados internacio-
nais; os crimes políticos ou aqueles praticados contra bens, serviços ou interesses da União; os
JUSTIÇA FEDERAL
crimes contra a organização do trabalho; a disputa sobre os direitos indígenas, entre outros.
Exclui‑se da competência da Justiça Federal as causas de falência, as de acidente de trabalho
e as de competência das justiças especializadas.
Destaca‑se que, em razão de inclusão definida pela Emenda Constitucional n. 45/2004, a
Justiça Federal também passou a julgar causas relativas a graves violações de direitos humanos,
desde que seja suscitado pelo Procurador‑Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça
incidente de deslocamento de competência.
Relatório Justiça em Números 2016
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos cinco Tribunais Regionais Federais. É importante frisar que
os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Estatística do Poder Judiciário
(SIESPJ), conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores da Justiça Federal, com informações abran-
gendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
A primeira seção traz um resumo da estrutura das unidades judiciárias. As análises contam com técnica de visualização terri-
torial e, ainda, com algumas correlações entre estrutura, litigiosidade e aspectos demográficos.
Na segunda seção, apresenta‑se um panorama global dos principais dados constantes no Sistema de Estatística do Poder Ju-
diciário referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) despesas e receitas totais; b) despesas
com pessoal e c) quadro de pessoal.
A terceira seção demonstra um diagnóstico global da gestão judiciária, com base em indicadores como: índices de produtivi-
dade e carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária, taxa de congestionamento, recorribilidade e índices de
atendimento à demanda, de processos eletrônicos e de conciliação.
Em consonância com a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau, regulamentada pela Resolução CNJ
194/2014, a quarta seção traz comparações dos indicadores entre 1º grau e 2º grau.
A quinta seção se destina à análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com parti- 211
cular atenção às execuções fiscais. Os indicadores são apresentados separadamente entre as fases de conhecimento e execução
do 1º grau.
JUSTIÇA FEDERAL
A sexta seção é destinada à análise do tempo médio de tramitação processual.
A sétima seção mostra um panorama dos processos criminais, em que há análise da série histórica dos casos novos e penden-
tes criminais da fase de conhecimento e das execuções penais.
A oitava seção trata da gestão e do desempenho da justiça, com apresentação do IPC‑Jus ‑ Índice de Produtividade Com-
parada da Justiça, indicador sintético que compara a eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise de fronteira
denominada “Data Envelopment Analysis”‑DEA. Também serão apresentados estudos de cenário, com o objetivo de comparar o
desempenho atual dos tribunais com o desempenho esperado para estes órgãos, segundo um modelo retrospectivo.
A nona seção permite uma análise mais detalhada das demandas existentes na Justiça Federal, com segmentação dos casos
novos por classe processual e por assunto.
Ao final do capítulo, apresenta‑se uma síntese com os principais resultados observados.
Relatório Justiça em Números 2016
Casos Novos
Litigiosidade
A seguir, serão apresentadas as informações de estrutura, com visualização no território nacional por faixas de valores.
De forma geral, as regiões Norte e Nordeste apresentam altos índices de habitantes e de casos novos por unidade judiciária
(Figura 6.1 e Figura 6.2), com destaque para o TRF da 1ª Região, pois engloba as quatro seções judiciárias de maior número de
habitantes por unidade judiciária. A combinação de um alto número de habitantes e baixa litigiosidade por vara/juizado verifica-
da na seção judiciária do Amazonas pode ser um indicativo de baixo acesso à Justiça.
Os Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 5ª Regiões também se destacam por apresentarem as seções judiciárias com os
menores quantitativos de magistrados a cada cem mil habitantes (Figura 6.3). Com relação à Figura 6.4, observa‑se que as seções
judiciárias do TRF da 4ª Região apresentam os maiores números de casos novos por habitante em conjunto com a seção judiciária
do Distrito Federal (TRF1).
Figura 6.1 – Habitantes por unidade judiciária Figura 6.2 – Casos novos no primeiro grau e nos juizados
especiais por unidade judiciária
RR AP
RR AP
AM PA
MA CE
RN AM PA
PB MA CE
PI PE RN
AC AL PB
TO SE PI PE
RO AC
BA TO AL
MT RO SE 213
DF MT BA
GO DF
MG GO
ES
MS
JUSTIÇA FEDERAL
MG
Abaixo de 155.435 SP RJ ES
MS
155.435 |− 215.034 Abaixo de 2.129
215.034 |− 274.634 PR SP RJ
2.129 |− 2.928
274.634 |− 334.234 SC 2.928 |− 3.728 PR
Acima de 334.234 3.728 |− 4.527
RS SC
Acima de 4.527
RS
Figura 6.3 – Magistrados por 100.000 habitantes Figura 6.4 – Casos novos por 100.000 habitantes
nas seções judiciárias nas seções judiciárias
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PB PB
PI PE PI PE
AC AL AC AL
TO SE TO SE
RO RO
MT BA MT BA
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
Abaixo de 0,6 SP RJ Abaixo de 1.033 SP RJ
0,6 |− 1,0 1.033 |− 1.484
1,0 |− 1,3 PR 1.484 |− 1.934 PR
1,3 |− 1,6 SC 1.934 |− 2.385 SC
Acima de 1,6 Acima de 2.385
RS RS
1 No indicador por seção judiciária incluem-se os magistrados das varas, dos juizados especiais e das turmas recusais. No indicador por tribunal, somam-se, ainda, os desembargadores.
2 No indicador por seção judiciária incluem-se os casos novos das varas, dos juizados especiais e das turmas recusais. No indicador por tribunal, somam-se, ainda, os casos novos de
2º grau e de turmas regionais de uniformização, não considerando as execuções judiciais.
Análise do Poder Judiciário
R$ 50 R$ 48,81
R$ 47,67 R$ 47,82 R$ 47,54
R$ 48 R$ 46,65
R$ 46,02 R$ 45,59
R$ 46 215
R$ 44
JUSTIÇA FEDERAL
R$ 42
R$ 40
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 89,2% da despesa total e compreendem, além da remuneração com
magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio‑ali-
mentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao grande montante destas despesas, elas serão detalhadas no próximo tópico.
Os demais 11% gastos são referentes às despesas de capital (2,5%) e outras despesas correntes (8,3%), que somam R$ 248,7
milhões e R$ 827,2 milhões, respectivamente. As despesas de capital apresentaram queda entre os anos de 2010 e 2013 de mais
de R$ 138 milhões e aumento de quase R$ 97 milhões em 2014 (Gráfico 6.4). Já as despesas com informática apontaram para
tendência de crescimento, com o maior valor atingido no ano de 2014, RS 210,4 milhões.
Gráfico 6.4 – Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 397,13
R$ 400
R$ 342,50 R$ 355,48
R$ 340 R$ 297,88
R$ 258,88
R$ 280 R$ 248,71
Milhões de R$
R$ 208,40 R$ 210,40
R$ 220
R$ 165,15 R$ 156,62 R$ 153,45 R$ 205,31
R$ 160 R$ 143,14
R$ 128,54
R$ 100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
3 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
4 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Relatório Justiça em Números 2016
Apesar da expressiva despesa da Justiça Federal, os cofres públicos receberam em decorrência da atividade jurisdicional
durante o ano de 2015, cerca de R$ 24 bilhões, o que representou um montante 2,4 vezes superior ao quantitativo de despesas
efetuadas. Este é o único segmento de justiça capaz de retornar aos cofres públicos quantia superior ao despendido.
Dentre as receitas, computam‑se os recolhimentos com custas, incluindo as referentes à fase de execução, aos emolumentos
e às eventuais taxas (R$ 93,1 milhões, 0,4% da arrecadação) e às receitas transferidas aos cofres públicos em decorrência da
atividade de execução fiscal (R$ 23,9 bilhões, 99,6% da arrecadação). Cabe esclarecer, todavia, que parte de tais arrecadações
é realizada por atuação do Judiciário para uma finalidade de cobrança do Poder Executivo.
R$ 30 R$ 24,0 290%
R$ 24 R$ 21,9 252%
R$ 18,5
Bilhões de R$
Ao detalhar as despesas com recursos humanos, responsáveis pela maior parte dos gastos dos tribunais (89,2%), observa‑se
que 94% dos gastos destinam‑se ao custeio de magistrados e servidores, ativos e inativos, abrangendo remuneração, proventos,
pensões, encargos, benefícios e outras despesas indenizatórias, 5% a gastos com terceirizados e 1% com estagiários (Gráfico 6.6).
Apesar do aumento de 3% destas despesas em relação ao ano anterior, o indicador reduziu em 0,6 ponto percentual em relação
ao ano de 2014, Gráfico 6.7.
Pela primeira vez no Relatório Justiça em Números os gastos foram desagregados entre magistrados e servidores, de forma
que a despesa média mensal desta Justiça foi de aproximadamente R$ 38 mil por magistrado, R$ 18,6 mil por servidor, R$ 4,4
mil por terceirizado e de R$ 694 por estagiário no ano de 2015. Estes indicadores estão discriminados por tribunal no Gráfico 6.8.
R$ 20 120%
R$ 16 112%
R$ 12 R$ 9,1 R$ 9,1 R$ 9,2 R$ 9,6 R$ 10,0 104%
Bilhões de R$
R$ 9,0 R$ 8,9
R$ 8 96%
R$ 8,5 R$ 8,3 R$ 8,1 R$ 8,1 R$ 8,3 R$ 8,7 R$ 8,9
R$ 4 88%
93,0% 91,3% 90,8% 90,7% 91,0% 89,8% 89,2%
R$ 0 80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesa Total
Despesa com RH
Percentual de gasto com RH
Gráfico 6.8 – Despesa média mensal com magistrados e servidor na Justiça Federal
As despesas com remuneração e encargos de magistrados e servidores apresentaram uma sequência de reduções entre 2009
JUSTIÇA FEDERAL
e 2012 e posteriores aumentos em 2013 e 2014. Em 2015 houve outra redução, que culminou no segundo menor quantitativo
desde o ano de 2009, conforme verificado no Gráfico 6.9. Já os gastos com benefício e indenizações, que inclui, entre outras
despesas, o valor do auxílio moradia, apresentaram aumento nesse período.
O Gráfico 6.10 mostra a série histórica do percentual das despesas com pessoal ativo e inativo na Justiça Federal. Observa‑se
que o percentual gasto com pessoal ativo atingiu no ano de 2015 o menor valor desde 2009, e o gasto com inativo o maior
percentual em relação à despesa total da justiça.
Gráfico 6.9 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Federal por tipo
5,44
Bilhões de R$
3,66
1,88 0,60
0,40 0,40 0,42 0,46 0,49 0,52
0,10 0,11 0,19
0,11 0,11 0,11 0,13 0,12
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Remuneração e encargos
Benefícios
Indenizatórias
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.10 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação à despesa total da Justiça Federal
100%
10,2% 10,1% 10,3% 10,4%
80%
10,6% 10,6%
77,2% 10,9%
74,9% 75,3% 73,9% 73,6% 72,4%
68,4%
60%
40%
20%
0%
De forma inédita, as despesas com cargo em comissão e função comissionada foram separadas entre 1º grau, 2º grau e área
administrativa.
Observa‑se por intermédio do Gráfico 6.11 que, apesar do 2º grau possuir 7% do número total de magistrados, 13% do total
de servidores e 15% do total gasto com ambos, esta instância concentra 51% do total de servidores sem vínculo efetivo, 35% dos
cargos em comissão (tanto em valor quanto em quantidade) e 17% das funções comissionadas (sendo 15% em valor).
Gráfico 6.11 – Percentual de despesas e recursos humanos na Justiça Federal por área
Magistrados 7% 93%
Servidores 13% 64% 24%
Despesas com magistrado e servidor 15% 68% 17%
Servidores sem vínculo efetivo 51% 30% 18%
Cargos em comissão 35% 49% 16%
Despesas com cargo em comissão 35% 46% 19%
Funções comissionadas 17% 59% 25%
Despesa com função comissionada 15% 65% 21%
2° Grau 1° Grau Área Administrativa
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: cedidos, requisitados
auxiliar:
1.775 (3,7%) e comissionados:
18.238 (37,8%)
28.296 (58,6%)
2º grau e turmas
regionais de
1º grau (varas,
uniformização:
juizados especiais e
turmas recursais): 3.577 (16,6%)
1.642 (92,5%)
1º grau, juizados
e turmas: 219
17.974 (83,4%)
JUSTIÇA FEDERAL
Ao final de 2015, havia 1.775 cargos de magistrados providos na Justiça Federal. Considerando a soma de todos os dias de
afastamento, obtém‑se uma média de 116 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício de
2015, o que representaria um absenteísmo de 6,5%. Tais afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações para
instância superior, entre outros motivos. Não são computados períodos de férias e recessos. Isso implica dizer que, em média,
1.659 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição durante o ano.
Existem, criados por lei, 2.442 cargos de magistrados na Justiça Federal, com a existência de 27,3% de cargos vagos (Gráfico
6.12). Desde o ano de 2012, o número de cargos providos de magistrados na Justiça Federal tem acompanhado a oscilação do
total de cargos existentes, mantendo o percentual de cargos vagos entre 26% e 28% nesse período. Nos anos anteriores esse
percentual variou entre 8% e 14%.
Do total de 1.775 cargos providos de magistrados, 1.642 são juízes federais (92,5%) e 133 são desembargadores (7,5%). É
interessante ainda constatar que os cargos vagos são basicamente de juízes, pois, ao passo que no segundo grau existem 6 cargos
de desembargadores criados por lei e não providos (4,3%), no primeiro grau tem‑se 661 (28,7%).
O Gráfico 6.13 demonstra as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 1.775 juízes, 1.642 atuam no juízo
comum, sendo 1.220 (74%) de forma exclusiva e os demais 422 (26%) com acúmulo de função em juizados especiais e/ou em
turmas recursais. Magistrados de juizados especiais exclusivos são 329, ou seja, correspondem a 20% dos juízes e a 44% daqueles
que atuam em juizados, cumulativamente ou não (749). Dos que exercem jurisdição em turmas recursais (198), 90% (178) o
fazem de forma exclusiva.
1º Grau
2º Grau
1.117
(1º grau)
133
749
(Juizados Especiais)
198
Turmas
Recursais
220
Em relação aos servidores, ao final de 2015, a Justiça Federal possuía uma equipe de 28.296 servidores, sendo 26.336 do
quadro efetivo (93,1%), 1.819 requisitados e cedidos de outros órgãos (6,4%) e 141 comissionados sem vínculo efetivo (0,5%).
JUSTIÇA FEDERAL
Considerando os tempos totais de afastamento, aproximadamente 1.370 servidores (4,8%) permaneceram afastados durante
todo o ano de 2015.
Do total de servidores, 21.551 (76,2%) estavam lotados na área judiciária, restando 6.745 (23,8%) na área administrativa.
Dentre os que atuam diretamente com a tramitação do processo, 17.974 (83,4%) estão no primeiro grau de jurisdição, incluindo
juizados especiais e turmas recursais (Gráfico 6.14), onde estão 86,9% dos processos ingressados e 87,9% do acervo processual.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região não encaminhou o quantitativo de cargos existentes no ano de 2015, por isso a
queda acentuada verificada no Gráfico 6.15. Verifica‑se que o percentual de cargos vagos dos demais tribunais representa apro-
ximadamente 3,6% do total de cargos existentes.
1º Grau
Administrativa
2º Grau
8.510
3.542 (Juizados Especiais) 6.745
14.061
(1º grau)
794 35
(Turmas Recursais) (Turmas Regionais de
Unfiformização)
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 6.15 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Federal
Por fim, a Justiça Federal conta, ainda, com o apoio de 18.238 trabalhadores auxiliares, sendo 44% terceirizados e 56%
estagiários, conforme observado no Gráfico 6.16. Esses dois tipos de contratação têm permanecido em torno de 18,2 mil traba-
lhadores desde o ano de 2012.
44%
Auxiliares
221
Estagiários
18.238 Terceirizados
JUSTIÇA FEDERAL
56%
Relatório Justiça em Números 2016
O número de casos novos aumentou entre os anos de 2010 e 2012, atingindo 3,9 milhões de casos, e depois apresentou re-
duções consecutivas, com 3,7 milhões de processos em 2015. Já o total de processos baixados oscilou neste período, culminando
em 3,6 milhões de processos em 2015.
10,0 9,4
9,1
8,5
8,6 8,0 8,1 8,1
7,8
7,2
Milhões
5,8
3,9 3,8 3,4 3,7
4,4 3,5 3,6 3,3 4,1 3,6
3,0 3,4 3,7
3,3 3,1
3,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Processos baixados
Casos novos
Com relação aos Tribunais Regionais Federais, verifica‑se que os da 5ª e da 3ª Regiões apresentaram as maiores cargas de
trabalho por magistrado e por servidor da área judiciária, e a 2ª Região, o menor indicador.
Gráfico 6.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Federal
4.200
2.266 2.565 2.435
1.906 2.122 2.113 2.169
2.600
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 6.19 –Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Federal por tribunal 223
TRF5 3.154
TRF3 2.534
JUSTIÇA FEDERAL
TRF1 2.111
TRF4 1.912
TRF2 1.449
TRF 2.169
Gráfico 6.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na Justiça Federal
800 714
657 631 652 654 646
660 571
520 458
380
198 190 221
240 181 169 178 175
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 6.21 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Federal por tribunal
TRF3 214
TRF5 192
TRF4 177
TRF1 169
TRF2 115
TRF 175
Relatório Justiça em Números 2016
TRF1 6,1%
TRF2 3,6%
TRF4 3,2%
TRF3 3,2%
TRF5 0,6%
TRF 3,4%
Assim, é possível afirmar que em aproximadamente 34,2% do total de acórdãos publicados, sentenças e decisões interlocutó-
rias proferidas em 2015 houve recursos às instâncias superiores. O Gráfico 6.23 mostra que este indicador oscilou entre os anos
de 2009 e 2013, com aumentos em 2014 e 2015. Já com relação à recorribilidade interna, apesar de poder ser apresentado
mais de um recurso interno a uma decisão ou sentença, o indicador oscilou na série histórica entre 9% e 15%, apresentando uma
média de 13,1% de recursos internos por decisão ou sentença no ano de 2015.
Gráfico 6.23 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Federal
40% 34,2%
30,8%
32% 26,3% 27,5% 26,7% 28,3%
25,4%
24%
14,1% 15,0% 14,0% 13,8%
16% 11,9% 13,1%
9,9%
8%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
225
Gráfico 6.24 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Federal por tribunal
JUSTIÇA FEDERAL
Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa
8,1% TRF1 71,4%
21,7% TRF3 30,1%
14,8% TRF4 25,4%
10,4% TRF5 23,8%
11,0% TRF2 13,2%
13,1% TRF 34,2%
Gráfico 6.25 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de
processos eletrônicos na Justiça Federal
130% 124,4%
112,4% 112,5%
114% 108,0% 108,5%
98,2%
91,3%
98%
82% 71,8%
68,9% 70,2% 69,6% 69,2% 71,6%
67,7%
66% 73,2% 63,6%
65,3% 64,6% 65,3% 68,4%
59,5% 59,1%
50%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
Gráfico 6.26 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Federal por tribunal
TRF3 125,9%
TRF5 102,1%
TRF2 100,9%
TRF4 90,6%
TRF1 82,5%
TRF 98,2%
O indicador de casos novos eletrônicos é calculado considerando o total de casos novos ingressados eletronicamente em
relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, desconsideradas as execuções judiciais iniciadas. O Brasil caminha a passos
largos no cenário mundial como precursor na virtualização dos processos, tendo em vista que o percentual de casos novos ele-
trônicos tem aumentado gradativamente desde o ano de 2009 na Justiça Federal até o ano de 2014. A queda verificada no ano
de 2015 ocorreu devido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região ter apresentado neste ano metade do percentual informado
em 2010, ou seja, reduziu de 64% em 2010 para 32% em 2015 (Gráfico 6.28).
Apesar disso, praticamente dois a cada três processos na Justiça Federal ingressaram eletronicamente, o que implica em um
universo de mais de 2 milhões de processos.
Gráfico 6.28 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Federal por ano e tribunal
TRF2 96%
TRF4 96%
TRF5 87%
TRF3 46%
TRF1 32%
TRF 64%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
6.4.1 Distribuição de recursos humanos
Os artigos 3º e 12 da Resolução CNJ 219/2016 determinam que a quantidade total de servidores das áreas de apoio direto
à atividade judicante e a alocação de cargos em comissão e de funções de confiança de primeiro e de segundo graus devem ser
proporcionais à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos a cada grau de jurisdição no último triênio. Apesar
desta resolução ter entrado em vigor somente de 2016, é possível verificar como estes cargos e funções estavam distribuídos ao
final do ano de 2015 por tribunal (Gráfico 6.29).
Considerando apenas as áreas de apoio direto à atividade judicante, a Justiça Federal concentra, no 1º grau de jurisdição,
86% dos processos ingressados no último triênio, 83% dos servidores lotados na área judiciária, 59% dos cargos em comissão
(57% em valor) e 78% das funções comissionadas (82% em valor), mostrando que, para atender ao disposto na Resolução
219/2016, e a depender do tribunal, é possível que alguns dos servidores da área judiciária, dos cargos em comissão e das fun-
ções comissionadas precisem ser remanejados do 2º para o 1º grau.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.29 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no
1º grau da Justiça Federal
83%
60%
TRF5 85%
93%
TRF1 89%
89%
72%
55%
TRF2 79%
85%
85%
66%
TRF4 85%
84%
73%
55%
TRF3 76%
82%
78%
59%
TRF 83%
86%
228
6.4.2 Comparação dos indicadores
Para as análises subsequentes é importante ressaltar que 87% dos processos ingressados e 88% do acervo processual encon-
JUSTIÇA FEDERAL
travam‑se no primeiro grau no ano de 2015. Os seguintes indicadores serão analisados por grau de jurisdição:
OO Casos Novos por Magistrado: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução
extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não sendo computadas as execuções judiciais.
OO Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução
extrajudicial com o número de servidores da área judiciária em atuação, não sendo computadas as execuções judiciais.
OO Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador computa a média de efetivo trabalho de cada magistrado durante o ano
de 2015. É calculado pela soma dos casos novos, dos casos pendentes (inicial), dos recursos internos novos, dos recursos
internos pendentes (inicial), dos incidentes em execução novos e dos incidentes em execução pendentes (inicial). Após,
divide‑se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que na carga de trabalho todos os processos são
considerados, inclusive as execuções judiciais5.
OO Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de ser-
vidores da área judiciária.
OO IPM – Índice de Produtividade dos Magistrados: indicador que computa a média de processos baixados por magistrado
em atuação.
OO IPS‑Jud – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária: indicador que computa a média de processos baixa-
dos por servidor da área judiciária.
OO Índice de conciliação: indicador que computa o percentual de decisões e sentenças homologatórias de acordo em relação
ao total de decisões e sentenças.
OO Recorribilidade interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de
decisões e sentenças proferidas.
OO Recorribilidade externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação ao número
de acórdãos e sentenças publicados.
OO Índice de processos eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
5 Ao contrário dos casos novos por magistrado, que somente as execuções extrajudiciais e casos novos de conhecimento são computados.
Análise do Poder Judiciário
OO IAD – Índice de Atendimento à Demanda: verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos em número
equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento
dos casos pendentes.
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao final
do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
É importante esclarecer que, a partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos servidores passou
a ser mais preciso, ao computar a soma de todos os tempos de afastamento. Dessa forma, o denominador dos indicadores de
carga de trabalho, IPM, IPS‑Jud e casos novos por magistrado e servidor passaram a considerar o número médio de trabalhadores
que permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015. Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamen-
tos por 6 meses ou mais. No caso dos servidores, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
6.4.2.1 Índices de produtividade e casos novos e carga de trabalho por magistrado e servidor
Os gráficos apresentados nesta seção demonstram que, de forma global, o primeiro grau de jurisdição possui maior quantita-
tivo de casos novos, carga de trabalho e produtividade por servidor da área judiciária e os menores indicadores por magistrado.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região se destaca por apresentar os menores valores tanto no 1º quanto no 2º grau na maioria
dos indicadores. Já a 5ª Região apresentou baixos quantitativos no 2º grau e altos no 1º grau.
229
Os índices de produtividade dos magistrados e dos servidores oscilou entre os anos de 2009 e 2015 tanto no 1º quanto no
2º grau. Entretanto, os índices de 2º grau aumentaram no ano de 2015, enquanto que os de 1º grau diminuíram. O IPM do
2º grau é mais que o dobro do 1º grau no ano de 2015, já o IPS‑Jud do 1º grau é superior ao do 2º grau, 167 e 176 processos
JUSTIÇA FEDERAL
baixados por servidor da área judiciária; entretanto, o índice do 2º grau apresenta tendência de crescimento, e do 1º grau, de
decrescimento (Gráfico 6.31 e Gráfico 6.33).
2º grau 1º grau
2.281 TRF5 2.676
4.414 TRF1 2.051
5.062 TRF4 1.786
3.735 TRF3 1.650
1.955 TRF2 1.146
3.612 TRF 1.823
Gráfico 6.31 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Federal
3.931 3.923
4.000 3.750 3.772
3.612
3.263 3.308
3.400
2.800
2.213
1.965 2.066 1.967
2.200 1.895 1.862
1.593
1.600 1.760 1.907 2.082
1.781 1.823
1.682
1.453
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.32 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Federal
2º grau 1º grau
227 TRF4 181
82 TRF5 174
185 TRF1 173
129 TRF3 165
74 TRF2 104
139 TRF 162
Gráfico 6.33 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Federal
200 192
175 179
180 171
186 162
158 144
166
160 167 170 144
152 157 158
140 149
144 139
136
120 129
124
100
230 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
JUSTIÇA FEDERAL
2º grau 1º grau
17.986 TRF3 10.061
6.544 TRF5 7.561
25.995 TRF1 7.338
11.660 TRF4 6.458
7.085 TRF2 5.099
14.764 TRF 7.432
20.000
17.000
14.098 14.417 14.764
13.889
14.000 12.780 12.669
11.647
11.000 8.273 8.207 8.020
7.505 7.275 7.894 7.766
7.137 6.625 7.791 7.290 7.432
8.000 6.159 6.746
5.071
5.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Análise do Poder Judiciário
2º grau 1º grau
621 TRF3 1.008
523 TRF4 654
1.092 TRF1 621
235 TRF5 491
268 TRF2 462
569 TRF 662
Gráfico 6.37 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Federal
782
800
710
720 670 686 672 662
714
640 595 654 646
657 631 652 569
560 527 571 598
481 488 488
460 451
480
400
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 231
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
JUSTIÇA FEDERAL
Total
2º grau 1º grau
2.367 TRF5 3.227
5.644 TRF3 2.193
5.368 TRF1 1.920
4.697 TRF4 1.685
2.251 TRF2 1.360
4.339 TRF 1.979
Gráfico 6.39 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Federal
5.000 4.562
4.339
4.200 3.892
3.478 3.521 3.458
3.308
3.400
2.565 2.435
2.600 2.266 2.122 2.113 2.169
1.906
1.800 2.377 2.332
2.146 1.968 1.979
1.791 1.999
1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.40 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Federal
2º grau 1º grau
195 TRF3 220
85 TRF5 209
211 TRF4 171
225 TRF1 162
85 TRF2 123
167 TRF 176
Gráfico 6.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Federal
300
260 239
214
220 195 200
221 176 184 176
180 198
181 190 175
138 169 178
140 124 167
148 158
143
135
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
232
1º Grau
2º Grau
Total
JUSTIÇA FEDERAL
2º grau 1º grau
1,9% TRF1 7,1%
0,0% TRF2 4,4%
0,9% TRF4 3,8%
0,6% TRF3 1,9%
0,0% TRF5 0,6%
1,0% TRF 4,0%
JUSTIÇA FEDERAL
altos índices no 2º grau, com 77% de recorribilidade interna e 49% de recorribilidade externa.
As diferenças de recorribilidade interna entre o 1º e o 2º graus de jurisdição podem ser explicadas pelo número de recursos
cabíveis contra as decisões proferidas num e noutro grau de jurisdição assim como pela alteração de competência gerada pelos
mecanismos de recorribilidade interna no 2º grau de jurisdição.
Com efeito, a recorribilidade interna no 1º grau de jurisdição fica praticamente restrita à interposição de embargos declarató-
rios julgados pela mesma autoridade judicial prolatora da decisão recorrida, o que em si, representa um desestímulo ao recurso.
Já no 2º grau de jurisdição, ainda que não tenham o condão de levar o processo para julgamento por outro tribunal, o que os
coloca dentro do índice de recorribilidade interna, recursos como os agravos internos, agravos regimentais e embargos infringen-
tes submetem a matéria recorrida a um órgão julgador diferente daquele que prolatou a decisão recorrida.
Assim é que agravos internos e regimentais levam decisões proferidas monocraticamente pelos relatores para reapreciação por
um órgão colegiado ao qual ele é vinculado; enquanto os embargos infringentes submetem a matéria objeto do recurso a outro órgão
colegiado dentro do mesmo tribunal, o que, pelo menos em tese, alimenta a possibilidade de alteração do entendimento anterior.
No que se refere à recorribilidade externa no 2º grau de jurisdição, é preciso considerar que o conceito de recorribilidade é
relacional, ou seja, ele não depende exclusivamente do número de recursos efetivamente ajuizados pelos jurisdicionados, mas
se estabelece a partir de sua relação ou proporção em relação ao universo de decisões recorríveis.
Neste sentido, cumpre anotar que o universo de decisões que compõe o denominador da fórmula de cálculo do índice cai
drasticamente quando apurado exclusivamente no 2º grau de jurisdição. Na verdade, aqui, leva‑se em consideração exclusiva-
mente o número de acórdãos publicados no período de apuração que correspondeu a 409.345 julgados em 2015. Por óbvio, a
redução significativa do denominador gera o aumento igualmente relevante do índice.
2º grau 1º grau
43% TRF3 12%
34% TRF4 9%
27% TRF2 7%
77% TRF5 4%
31% TRF1 2%
38% TRF 6%
Relatório Justiça em Números 2016
50%
42,8%
39,9%
36,6% 36,5% 37,8%
40% 33,8%
30,1%
30%
2º grau 1º grau
5% TRF1 86%
51% TRF3 26%
35% TRF4 24%
49% TRF5 22%
234 29% TRF2 12%
29% TRF 35%
JUSTIÇA FEDERAL
50%
44,4% 43,2%
44% 40,9%
39,6%
38% 34,7% 35,0%
31,2% 30,8% 34,2%
32% 28,3%
26,3% 27,5% 26,7%
25,4% 28,8%
26% 29,1%
25,2% 25,8% 25,0% 26,5%
24,8%
20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2º grau 1º grau
79% TRF4 99%
98% TRF2 96%
56% TRF5 89%
0% TRF3 57%
29% TRF1 32%
44% TRF 67%
Gráfico 6.48 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Federal
JUSTIÇA FEDERAL
Total
2º grau 1º grau
151% TRF3 120%
104% TRF5 102%
115% TRF2 99%
93% TRF4 90%
122% TRF1 78%
120% TRF 95%
130% 126,0%
124,4% 120,1%
122% 114,5% 116,3% 115,7%
114% 110,3%
108,2% 112,5%
108,0% 112,4%
106% 108,5%
106,6% 100,0% 99,0% 91,3% 98,2%
98% 91,2%
93,9% 91,7% 94,9%
90%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
2º grau 1º grau
63% TRF3 78%
76% TRF1 73%
51% TRF4 73%
64% TRF2 72%
54% TRF5 55%
66% TRF 73%
80%
70,2% 71,8% 72,5%
74%
69,3% 70,7% 70,0%
68,6% 69,5% 72,2%
71,6%
68% 68,9% 71,8%
66,5% 70,2% 69,6% 69,2% 65,6%
67,3% 67,7% 66,8%
62% 61,9% 59,1%
58,8%
56%
50%
236 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º grau (sem suspensos)
2º Grau
JUSTIÇA FEDERAL
JUSTIÇA FEDERAL
482.648
Turmas Recursais 432.822 983.579
3.777
Turmas Regionais de Uniformização 3.918 5.080
Conhecimento
89.512
Criminal 91.492 143.527
1.710.551
Não criminal 1.743.330 2.308.821
1.800.063
Total Conhecimento 1.834.822 2.452.348
Execução
246.527
Execução fiscal 457.360 3.813.672
Extrajudicial
27.083 180.616
Execução não fiscal 57.576
273.610
Total Execução Extrajudicial 514.936 3.994.288
2.351
Pena privativa de liberdade 3.018 6.840
3.325
Pena não privativa de liberdade
Judicial
4.563 10.947
458.661
Não criminal 392.359 525.734
464.337
Total Execução Judicial 399.940 543.521
737.947
Total Execução 914.876 4.537.809
2.018.304 1.009.152 0 1.009.152 2.018.304 3.027.456 4.036.608
Relatório Justiça em Números 2016
Turmas Regionais de Uniformização 57% 57% Conhecimento Não Criminal (1ª instância)
Na verdade, o processo judicial acaba por repetir etapas e providências de localização do devedor ou patrimônio capaz de
satisfazer o crédito tributário já adotadas pela administração fazendária ou pelo conselho de fiscalização profissional sem sucesso,
de modo que chegam ao Judiciário justamente aqueles títulos cujos valores são mais difíceis de serem recuperados.
Basta ver que os processos de execução fiscal representam, aproximadamente, 42% do total de casos pendentes totais e 84%
do total de casos pendentes de execução na Justiça Federal. Os processos desta classe apresentam alta taxa de congestionamen-
to, aproximadamente 94%, ou seja, de cada 100 processos de execução fiscal que tramitaram no ano de 2015, apenas 6 foram
baixados. Desconsiderando estes processos, a taxa de congestionamento da Justiça Federal cairia de 71,6% para 61,1% no ano
de 2015 (Gráfico 6.56).
Observa‑se que, no ano de 2015, o IAD das execuções fiscais foi o menor desde o ano de 2009, com apenas 54%, indicando
que a Justiça Federal conseguiu baixar apenas um pouco mais da metade das execuções fiscais ingressadas. Desconsiderando tais
processos, o IAD da Justiça Federal aumentaria de 98,2% para 104,5% (Gráfico 6.57).
3,8
4,0 3,6
3,4 3,5
3,0 3,2
3,2 2,9
2,4
Milhões
1,7
100% 93,9%
92,3% 91,0% 90,9% 91,2% 91,7%
90,0%
90%
50%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Sem Execução Fiscal
Execuçao Fiscal
Execução
JUSTIÇA FEDERAL
70,6%
50%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Sem Execução Fiscal
Execuçao Fiscal
Execução
A seguir serão apresentados indicadores de primeiro grau separados entre fase de conhecimento e fase de execução, a fim
de verificar as diferenças entre as duas fases nos principais indicadores de produtividade. Consideram‑se como conhecimento e
execução a soma dos juizados especiais federais e a justiça comum de 1º grau.
Execução Conhecimento
994 TRF5 1.786
410 TRF1 1.271
730 TRF3 1.251
293 TRF4 1.067
587 TRF2 665
543 TRF 1.180
Relatório Justiça em Números 2016
3.000
2.377 2.332
2.480 2.146
1.968 1.999 1.979
1.960 1.791
1.447 1.526 1.519
1.316 1.265
1.440 1.182 1.180
Gráfico 6.60 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
66 TRF3 125
54 TRF5 116
240 27 TRF4 108
31 TRF1 108
47 TRF2 60
43 TRF 105
JUSTIÇA FEDERAL
Gráfico 6.61 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária
300
239
246 214
195 200
176 184 176
192 153
144 134
129 117
138 114 105
84 49 45 56
44 38 39 43
30
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Execução Conhecimento
15% TRF1 8%
5% TRF2 6%
2% TRF4 6%
0% TRF3 3%
0% TRF5 1%
3% TRF 5%
JUSTIÇA FEDERAL
vo provisório, a taxa de congestionamento da fase de conhecimento reduz de 57,7% para 45,9% (redução 11,8 pontos percen-
tuais). No mesmo cenário, o congestionamento na execução passa de 86,0% para 75,7% (redução de 10,3 pontos percentuais).
Gráfico 6.63 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
107% TRF3 125%
101% TRF2 97%
104% TRF5 95%
49% TRF1 91%
75% TRF4 89%
81% TRF 98%
150% 141,1%
137,7%
133,8%
136%
131,8%
120,8%
122% 116,8% 117,4% 117,1%
126,0% 109,3%
108% 110,6% 114,5% 110,3% 115,7%
108,2% 108,7% 98,1%
94% 94,9%
91,2%
85,5% 80,7%
80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Relatório Justiça em Números 2016
Execução Conhecimento
89% TRF4 64%
88% TRF1 61%
89% TRF3 58%
81% TRF2 56%
73% TRF5 37%
86% TRF 58%
70%
70,2% 70,0% 71,8% 72,5%
69,3% 68,6% 69,5%
56,0% 56,6% 56,9% 57,7%
60% 54,0%
51,3% 51,7%
50% 45,9%
40%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
242
Conhecimento
Conhecimento líquida
Execução
JUSTIÇA FEDERAL
Execução líquida
1º grau
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
processo no tribunal, e assim por diante.
A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio dado em
análise. Há uma imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles em que, verificada
a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença terminativa sem resolução de
mérito que acaba sendo a única e última a ser computada.
Por outro lado, há processos nos quais mais de uma sentença acaba por ser proferida, como ocorre com aqueles que, subme-
tidos à revisão no 2º grau de jurisdição, acabam voltando ao juízo de origem para prolação de novas decisões. Saber exatamente
que processos seguem um ou outro padrão de duração é uma tarefa extremamente minuciosa, ainda por ser realizada.
O diagrama apresentado na Figura 6.6 demonstra o tempo em cada uma das fases e instâncias da Justiça Federal. Pode‑se
verificar que são muitas as variáveis que interferem neste tipo de análise. É importante que o leitor tenha em mente que nem
todos os processos seguem a mesma história e, portanto, os tempos não podem ser simplesmente somados. Por exemplo, alguns
casos ingressam no primeiro grau e lá mesmo são finalizados. Outros, recorrem até a última instância possível, uns passando, e
outros não, pela fase de execução.
Relatório Justiça em Números 2016
Conhecimento Conhecimento
Tempo da sentença: 1 ano 8 meses Tempo da sentença: -
Tempo da baixa: 2 anos Tempo da baixa: 1 ano 2 meses
Tempo do pendente: 2 anos 6 meses Tempo do pendente: 1 ano 3 meses
Execução Execução
Tempo da sentença: 5 anos 3 meses Tempo da sentença:
Tempo da baixa: 6 anos 1 mês Tempo da baixa: 3 meses
Tempo do pendente: 7 anos 9 meses Tempo do pendente: 7 meses
O que se pode destacar, desde já, é que, paradoxalmente, a fase de conhecimento, na qual o juiz tem que vencer a postula-
244
ção das partes e a dilação probatória para chegar à sentença acaba sendo mais célere do que a fase de execução que não envolve
atividade de cognição, mas somente de concretização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
JUSTIÇA FEDERAL
O Gráfico 6.67 bem ilustra esse paradoxo. Nota‑se que a execução (5,3 anos) leva mais que o triplo de tempo do conhe-
cimento (1,7 ano) para receber uma sentença. O dado, contudo, é coerente com o observado na taxa de congestionamento.
A maior discrepância entre o tempo médio de sentença de execução e de conhecimento é observado no Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, onde a execução (5,5 anos) leva quatro vezes e meio mais tempo que o conhecimento para receber uma
sentença (1,2 ano). Por outro lado, a 5ª Região informou um tempo médio de apenas 7 meses na fase de conhecimento e não
informou os tempos da fase de execução.
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido entre
o protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo, o que inclui o tempo gasto com as etapas burocráticas cartoriais
que ficam de fora do cálculo anterior, onde o marco final é a data da sentença. Também aqui, verifica‑se desproporção entre os
processos da fase de conhecimento e de execução.
Em se tratando do tempo médio de tramitação dos processos baixados no primeiro grau, observado no Gráfico 6.68, perce-
be‑se que tanto o tempo dos processos baixados da fase de conhecimento quanto da execução na Justiça Federal são maiores
que os tempos das sentenças. Somente a 2ª Região, tanto na fase de conhecimento como na execução, e a 1ª Região, fase de
execução, apresentaram tempo de sentença maior que da baixa. Como esta variável é nova, tendo sido inserida neste ano no
“Justiça em Números”, ainda é necessário o desenvolvimento de instrumentos de gestão que permitam uma apuração melhor e
uma maior precisão destes dados.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região se destaca por apresentar o menor tempo de baixa dos processos na fase de conhe-
cimento (1,4 ano) e o maior tempo da fase de execução (7,5 anos).
Análise do Poder Judiciário
Em relação ao tempo médio de tramitação de processos baixados nos juizados especiais, constantes do Gráfico 6.69, obser-
va‑se que os tempos na fase de conhecimento dos juizados especiais federais são menores em todos os tribunais em relação ao
tempo do 1º grau, sendo o tempo médio da baixa nos juizados da Justiça Federal quase a metade do tempo verificado no 1º
grau, respectivamente, 1,1 ano e 2 anos.
Gráfico 6.68 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados no 1º grau: execução x conhecimento
Gráfico 6.69 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nos juizados especiais: execução x conhecimento
JUSTIÇA FEDERAL
0,3 TRF
Bem ou mal, nos cálculos anteriores, foram computados aqueles feitos nos quais o Poder Judiciário conseguiu fazer a relação
jurídico processual chegar a termo, em muito ou pouco tempo, os processos sentenciados ou baixados encontraram uma solução
em juízo.
A discussão acerca do tempo de duração dos processos não termina nesta análise. Faz‑se necessário computar o tempo de
duração daqueles processos que, tendo ingressado muito recentemente ou em época mais remota, ainda estão pendentes de
decisão, para os quais o termo final de cálculo foi 31 de dezembro de 2015.
Aqui estão computados os casos sem uma solução definitiva pelo Poder Judiciário. Reflete‑se abaixo o tempo de duração dos
feitos considerados pendentes na Justiça Federal.
Em geral, o tempo do acervo é maior que o tempo do processo baixado, o que revela a dificuldade para lidar com o estoque,
processo naturalmente mais moroso por suas características ou natureza. O dado revela a imensa dificuldade enfrentada pelo
Poder Judiciário para lidar com o estoque, o processo naturalmente mais moroso por suas características ou natureza. Especifi-
camente no que se refere ao tempo médio de tramitação de processos pendentes, demonstrados no Gráfico 6.70 e no Gráfico
6.71, nota‑se a existência de grandes diferenças entre a fase de conhecimento e execução, assim como diagnosticado na análise
do tempo até a baixa. Os gráficos também demonstram que os casos pendentes dos JEFs ingressaram, em média, há 1 ano e 3
meses atrás, a metade do tempo dos pendentes do juízo comum (2 anos e 6 meses).
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.70 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes no 1º grau: execução x conhecimento
Gráfico 6.71 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nos juizados especiais: execução x conhecimento
246
JUSTIÇA FEDERAL
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA FEDERAL
representam 0,1% do total de casos novos, sendo 20% (56) casos novos originários e 80% (222) casos recursais.
Em se tratando de casos pendentes criminais, no final de 2015, havia, na Justiça Federal, 187.725 processos, o que represen-
tam 2% do total de casos pendentes deste ramo de justiça, destes, 143.527 (76,5%) estavam pendentes na fase de conhecimento,
17.787 (9,5%) na fase de execução, 125 (0,1%) nas turmas recursais e 26.286 (14%) no 2º grau.
A Justiça Federal baixou, em 2015, 115.764 processos criminais, o que representa 3% de todos os processos baixados por
este ramo de justiça, destes, 89.512 (77,3%) estavam pendentes na fase de conhecimento, 5.676 (4,9%) na fase de execução,
329 (0,3%) nas turmas recursais e 20.247 (17,5%) no 2º grau.
Os casos criminais pendentes representam 6% do acervo de conhecimento de 1º grau e 2,4% do acervo de 2º grau. Em
relação aos baixados, equivalem a 5% do conhecimento de 1º grau e a 3,5% do 2º grau.
No Gráfico 6.72, percebe‑se que o total de casos novos de conhecimento criminais no primeiro grau de jurisdição e de 2º
grau apresentaram certa estabilidade no período 2009‑2014, tendo variado no período entre, respectivamente, 84 mil a 101 mil
e 18 mil e 22 mil processos. Já com relação aos casos pendentes, observa‑se certa tendência de queda dos processos de conhe-
cimento do 1º grau e de crescimento no 2º grau, sendo que no ano de 2015 o primeiro atingiu o menor valor da série, 143.527
processos e o 2º grau o segundo maior valor, com 26.286 processos.
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.72 – Série histórica dos casos novos criminais de 2º grau e de 1º grau na fase de conhecimento
124.000 100.951
96.087 94.259 90.256 91.492
84.485 85.149
86.000
A análise dos dados dos processos de conhecimento criminais no primeiro grau por tribunal, a partir dos dados constantes do
Gráfico 6.73, mostra que a maior discrepância está no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, pois, apesar do ingresso de novos
casos criminais ser baixo em relação aos demais tribunais, há mais do que o triplo de casos pendentes referentes a estes processos.
248 Com relação ao segundo grau, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região se destaca por apresentar menos casos pendentes
criminais do que o quantitativo ingressado no ano de 2015.
JUSTIÇA FEDERAL
Gráfico 6.73 – Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal
Novos Pendentes
48.107 TRF1 64.414
23.824 TRF4 31.857
6.091 TRF3 19.726
10.124 TRF2 18.009
3.346 TRF5 9.521
Novos Pendentes
6.037 TRF1 9.352
5.149 TRF3 8.865
5.345 TRF4 3.046
1.900 TRF5 2.674
1.763 TRF2 2.349
Análise do Poder Judiciário
As execuções penais representam apenas 0,2% do total de casos pendentes da Justiça Federal, com quantitativo equivalente a
17.787 processos, destes, mais da metade estavam pendentes no Tribunal Regional Federal da 4ª Região ao final do ano de 2015.
O Gráfico 6.75 mostra a grande discrepância que este tribunal apresenta em relação aos demais da Justiça Federal com relação às
execuções judiciais de penas privativas de liberdade. Ao analisar as penas não privativas de liberdade, Gráfico 6.76, o TRF4 con-
tinua com os maiores quantitativos de execuções iniciadas e pendentes, mas com valores próximos aos demais tribunais. Além
disso, observa‑se que no ano de 2015 havia neste tribunal mais execuções penais privativas de liberdade do que não privativas.
Gráfico 6.75 – Execuções penais privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal
Iniciadas Pendentes
2.059 TRF4 6.030
225 TRF5 329
204 TRF1 272
530 TRF3 209
0 TRF2 0
Gráfico 6.76 – Execuções penais não privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal
JUSTIÇA FEDERAL
976 TRF5 2.029
0 TRF1 2
Relatório Justiça em Números 2016
sempre atribuído maior peso ao resultado das unidades que são mais parecidas. Dessa forma, por se tratar de um modelo orien-
tado ao resultado, ponderado aos insumos e ao comparativo entre tribunais que se assemelham entre si, o DEA traz a grande
vantagem de produzir um índice sintético capaz de comparar tribunais e seções judiciárias de magnitudes e estruturas totalmente
distintas, ou seja, independentemente do tamanho de cada unidade.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida de eficiên-
cia do tribunal, denominada por IPC‑Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, pois significa que ela foi
capaz de produzir mais com menos recursos disponíveis. As unidades com melhor resultado são colocadas na linha de fronteira
e, por consequência, passam a ser considerados eficientes e se tornam a referência do ramo de justiça. Os demais, por sua vez,
são comparados com os paradigmas mais semelhantes de forma ponderada. O IPC‑Jus de cada unidade será simplesmente a
proporção do que ela conseguiu produzir em relação à proporção do que deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência,
com os insumos que tinha à disposição.
Cabe esclarecer, todavia, que obter produtividade de 100% não significa que o tribunal/unidade judiciária não precisa
melhorar, significa apenas que foram capazes de baixar mais processos na comparação com os demais tribunais que possuem
recursos semelhantes. Assim, esse percentual serve para verificar a capacidade produtiva de cada tribunal e para estimar dados
quantitativos sobre o quanto cada unidade deveria ter aumentado sua produtividade, em termos de processos baixados, para
alcançar a eficiência.
De acordo com o Gráfico 6.77, observa‑se que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região apresentou o maior IPC‑Jus da
Justiça Federal, com 97%, tendo como eficientes o 2º grau e a seção judiciária de São Paulo, enquanto que a seção do Mato
Grosso do Sul apresentou indicador de 47%. Por outro lado, o TRF da 2ª Região apresentou tanto o menor IPC‑Jus da Justiça
(59%) quanto o menor do 2º grau (70%), além do índice de 58% na seção judiciária do Rio de Janeiro e 52% no Espírito Santo.
As seções judiciárias do Rio Grande do Norte (TRF5), Alagoas (TRF5), São Paulo (TRF3) e do Maranhão (TRF1), além do 2º
grau da 4ª, 3ª e 1ª Regiões apresentaram IPC‑Jus de 100%. Dos 6 menores índices, 4 são de seções judiciárias abrangidas pelo
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim como o menor indicador da Justiça Federal, que foi apresentado pela seção judi-
ciária do Mato Grosso, 46% (Gráfico 6.79).
Análise do Poder Judiciário
TRF3 97%
TRF5 93%
TRF4 75%
TRF1 69%
TRF2 59%
TRF 78%
TRF1 100%
TRF3 100%
TRF4 100%
TRF5 89%
TRF2 70%
TRF 95%
JUSTIÇA FEDERAL
PB 94%
SE 89%
PE 84%
1º Grau 94%
RS 75%
TRF4 SC 74%
PR 64%
1º Grau 71%
SP 100%
TRF3 MS 47%
1º Grau 96%
RJ 58%
TRF2 ES 52%
1º Grau 57%
MA 100%
PI 97%
PA 96%
TO 81%
RR 76%
71%
TRF1 GO
BA 66%
AC 62%
AP 61%
RO 59%
MG 53%
DF 52%
AM 52%
MT 46%
1º Grau 66%
TRF 75%
Para melhor compreensão dos resultados do IPC‑Jus sugere‑se análise dos gráficos a seguir que fazem o cruzamento, dois a
dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos indicadores re-
laciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente, quatro dimensões distintas,
pois além dos dois indicadores, também demonstram, por meio da forma do símbolo, a vinculação de cada unidade em relação
ao tribunal e, por meio do tamanho do símbolo, a eficiência de cada unidade, em que quanto maior o símbolo, mais eficiente
o tribunal. Maiores descrições sobre a interpretação desse tipo de gráfico podem ser encontradas na seção sobre metodologia
deste relatório.
Relatório Justiça em Números 2016
O Gráfico 6.80 apresenta a relação entre a taxa de congestionamento e o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM),
isto é, o percentual de processos em tramitação que não foram resolvidos no ano de 2015 versus o total de processos baixados
por magistrado. Nele, pode‑se perceber que apenas a seção judiciária do Rio Grande do Norte (TRF5) e os 2º graus da 3ª e 4ª
Regiões constam na fronteira de eficiência. O primeiro apresentou a menor taxa de congestionamento da Justiça, o segundo
o maior quantitativo de processos baixados por magistrado, enquanto que o terceiro, alta produtividade e baixo congestiona-
mento. Além disso, note que os tribunais presentes no segundo quadrante são aqueles que tiveram melhor desempenho, pois
harmonizam alto IPM com baixa taxa de congestionamento, todas as unidades da 5ª Região encontram‑se neste quadrante. Já os
que se encontram no quarto quadrante merecem maior atenção, pois estão em uma posição crítica em relação ao IPC‑Jus, uma
vez que se encontram mais distantes da fronteira e combinam alta taxa de congestionamento com baixo IPM. Os tribunais deste
quadrante são majoritariamente os da 1ª e 4ª Regiões.
Já o Gráfico 6.81 traz a relação entre o Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) e a taxa de congestionamento. Nesse
gráfico, além do Rio Grande do Norte (TRF5), também aparecem na fronteira de eficiência Maranhão (TRF1) e Alagoas (TRF5), o
primeiro com o maior quantitativo de processos baixados por servidor e o segundo com alta produtividade por servidor e baixa
taxa de congestionamento. Observa‑se que mesmo a seção judiciária de São Paulo apresentando alta produtividade por servidor,
ela apresentou alto congestionamento.
A análise conjunta do Gráfico 6.80 e do Gráfico 6.81 permite que se reforcem os resultados negativos das seções judiciárias
do Mato Grosso do Sul (TRF3), Espírito Santo (TRF2), Rio de Janeiro (TRF2), Acre (TRF1), Amapá (TRF1), Amazonas (TRF1),
252
Distrito Federal (TRF1), Mato Grosso (TRF1), Minas Gerais (TRF1) e Rondônia (TRF1). Estes tribunais, constam no quadrante de
menor eficiência (4) tanto quando analisada a produtividade dos servidores quanto dos magistrados, pois possuem taxas de con-
gestionamento acima da média aliadas às produtividades abaixo da média. Ao contrário, o 2º grau e a seção judiciária de Goiás,
JUSTIÇA FEDERAL
2º Grau
Índice de Produtividade do Magistrado
2º Grau
5.000
2º Grau
2º Grau
4.000
AL MA
PA
CE total
3.000
RN
1º Grau
SE PB PI total
GO SP
2º Grau total total 1º Grau
2.000
TRF2
TRF3 AC RO ES DF
TRF4 MS
TRF5
TRF
0
300
MA
Índice de Produtividade do Servidor PI
250 AL PA
CE PB 2º Grau SP
2º Grau 1º Grau 1º Grau
TO
200
RN SC
PE 2º Grau GO
SE RS
1º
1º Grau
Grau
BA 1º Grau
2º Grau PR total
150
total total RO MG DF
RR totalRJ 1ºtotal
Grau
ESMS
AC AM MT
100
APtotal
TRF1 2º Grau 2º Grau
TRF2
50
TRF3
TRF4
TRF5
TRF
0
Gráfico 6.82 – Taxa de congestionamento x despesa total (exceto inativos) por processos baixados
JUSTIÇA FEDERAL
1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000
2º Grau
Despesa total (exceto inativos) por Baixados
2º Grau
AP
AC
MT DF
total ES
RR ROAM 2ºMSGrau
RJ1º Grau MG
2º Grau BAtotal
GO 1º Grau
totaltotal
SE TO 1º Grau
PR
SC
RN total PE PB 1º Grau
PI RS total
1º Grau PA
TRF1 MA 1º Grau
TRF2 AL 2ºCEGrau 2º Grau
TRF3 SP
TRF4
TRF5
TRF
0
Servidores (IPS) 6 e na Taxa de Congestionamento (TC), ou seja, caso o tribunal tivesse atingido aquela produtividade por magis-
trado constante no Gráfico 6.83 ou por servidor, constante no Gráfico 6.86, seu IPC‑Jus seria de 100% e, como consequência, a
taxa de congestionamento seria conforme observado no Gráfico 6.89.
A seção judiciária do Maranhão (TRF1) se destaca ao analisar os Índices de Produtividade dos Magistrados (IPM) e de Pro-
dutividade dos Servidores (IPS) e Taxa de Congestionamento (TC), uma vez que esta seção apresentou no ano de 2015 dentre
os maiores IPM e IPS, e mesmo assim obteve alta taxa de congestionamento, com cerca de 66%, tais indicadores demonstram
que mesmo com alta produtividade, ela não consegue reduzir o resíduo processual de anos anteriores. Já a seção judiciária do
Rio Grande do Norte (TRF5) atingiu o IPC‑Jus de 100% com a menor taxa de congestionamento da Justiça e estoque inferior ao
quantitativo de casos novos (96% do número de casos novos).
Caso os tribunais atingissem o índice de 100% no IPC‑Jus do ano de 2015, a maior alteração nos indicadores seria a seção
judiciária do Mato Grosso (TRF1), pois passaria de taxa de congestionamento de 78% (5ª maior da Justiça Federal) para apenas
51%, que seria atualmente o segundo menor índice dessa Justiça. Para atingir tal resultado, seria necessário que esta seção tivesse
baixado o equivalente a 3.355 processos por magistrado no ano de 2015 ou 219 processos por servidor, marcas superiores a estas
foram atingidas por três seções judiciárias no primeiro indicador e por sete seções no segundo.
Gráfico 6.83 – IPM realizado X necessário para que cada Gráfico 6.84 – IPM realizado X necessário para que cada
tribunal atinja IPC‑Jus de 100% tribunal atinja IPC‑Jus de 100% no 2º grau
6 Nesta situação hipotética a lotação do servidor não é considerada, ou seja, são computados tanto os servidores da área judiciária quanto os servidores da área administrativa.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 6.85 – IPM realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100% no 1º grau
AL 3.632 3.632
CE 3.132 3.198
RN 3.007 3.007
TRF5 SE 2.845 3.192
PB 2.763 2.942
PE 2.346 2.781
1º Grau 2.871 3.062
RS 1.794 2.398
1.737 2.352
TRF4 SC 1.521 2.385
PR
1º Grau 1.685 2.383
SP 2.326 2.326
TRF3 MS 837 1.782
1º Grau 2.193 2.277
RJ 1.384 2.373
TRF2 ES 1.236 2.396
1º Grau 1.360 2.377
MA 3.665 3.665
PA 3.534 3.678
PI 2.481 2.562
GO 2.406 3.379
BA 2.026 3.085
TO 2.009 2.471
1.781 2.329
TRF1 RR 1.666 2.743
AP
MG 1.553 2.941 255
MT 1.530 3.355
AM 1.475 2.841
RO 1.278 2.173 IPM Realizado
JUSTIÇA FEDERAL
DF 1.189 2.285 IPM Estimado
AC 1.114 1.794
1º Grau 1.916 2.908
TRF - 1º Grau 1.953 2.588
Gráfico 6.86 – IPS realizado X necessário para que cada tribunal Gráfico 6.87 – IPS realizado X necessário para que cada tribunal
atinja IPC‑Jus de 100% atinja IPC‑Jus de 100% no 2º grau
Gráfico 6.88 – IPS realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100% no 1º grau
AL 232 232
PB 231 246
CE 230 235
TRF5 RN 200 200
PE 183 217
SE 175 196
1º Grau 209 223
SC 194 262
RS 177 237
TRF4 PR 149 234
1º Grau 171 241
SP 227 227
TRF3 MS 113 241
1º Grau 220
ES 124 240
TRF2 RJ 123 211
1º Grau 123 215
MA 277 277
PI 261 269
PA 251 261
TO 199 245
GO 182 255
BA 163 248
TRF1 DF 135 260
MG 134 254
256 RO 132 224
RR 119 155
AM 117 225
AC 113 181
JUSTIÇA FEDERAL
MT 100 219
AP 89 147 IPS Realizado
1º Grau 162 247 IPS Estimado
TRF - 1º Grau 176 234
Gráfico 6.89 – Taxa de congestionamento realizada X necessária Gráfico 6.90 – Taxa de congestionamento realizada X necessária
para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100% para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100% no 2º grau
Gráfico 6.91 – Taxa de congestionamento realizada X necessária para que cada tribunal atinja IPC‑Jus de 100% no 1º grau
PB 58% 60%
CE 53% 54%
AL 52% 52%
TRF5 PE 51% 58%
SE 49% 55%
RN 49% 49%
1º Grau 52% 55%
RS 64% 73%
SC 62% 72%
TRF4 PR 58% 73%
1º Grau 62% 73%
SP 78% 78%
TRF3 MS 56% 79%
1º Grau 77% 78%
ES 55% 77%
TRF2 RJ 50% 71%
1º Grau 51% 72%
MA 66% 66%
PI 64% 65%
PA 62% 64%
DF 62% 80%
GO 61% 72%
MG 60% 79%
TRF1 BA 58% 73%
TO 57% 65%
AM 51% 75% 257
RO 51% 71%
MT 51% 78%
AC 49% 68%
JUSTIÇA FEDERAL
AP 49% 69%
RR 49% 61%
1º Grau 60% 73% TC Consequência
TRF −1º Grau 64% 73% TC Realizada
Relatório Justiça em Números 2016
Quanto maior o nível de abertura, mais difícil fica a análise, visto que não é conhecido o procedimento de autuação de cada
tribunal e de cada unidade judiciária. É possível que alguns processos possam ser cadastrados apenas nos assuntos mais globais,
sem detalhamento dos itens mais específicos. Por este motivo, para melhor consistência e confiabilidade dos dados, as informa-
ções apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico.
As informações aqui referidas serão apresentadas de forma global e de forma segmentada por grau de jurisdição, quais sejam:
2º grau, 1º grau exclusivo (justiça comum), turmas recursais, juizados especiais e turmas regionais de uniformização.
259
JUSTIÇA FEDERAL
1. DIREITO TRIBUTÁRIO - Dívida Ativa 354.425 (20,92%)
2. DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições/Contribuições Sociais 106.456 (6,28%)
3. DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições/Contribuições Corporativas 81.499 (4,81%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Objetos de cartas precatórias/de ordem 78.641 (4,64%)
5. DIREITO CIVIL - Obrigações/Espécies de Contratos 75.175 (4,44%)
6. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Dívida Ativa não−tributária/Multas e demais Sanções 68.859 (4,06%)
7. DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos/IRPF/Imposto de Renda de Pessoa Física 68.069 (4,02%)
8. DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições/Contribuições Previdenciárias 51.471 (3,04%)
9. DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos/IRPJ/Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 44.599 (2,63%)
10. DIREITO TRIBUTÁRIO - Regimes Especiais de Tributação/SIMPLES 35.350 (2,09%)
11. DIREITO PENAL - Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral/Contrabando ou descaminho 27.010 (1,59%)
12. DIREITO PENAL - Crimes contra o Patrimônio/Estelionato Majorado 24.798 (1,46%)
13. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 23.503 (1,39%)
14. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Organização Político-administrativa/Administração Pública/
Conselhos Regionais de Fiscalização Profissional e Afins 21.902 (1,29%)
15. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - RMI − Renda Mensal Inicial, Reajustes e Revisões Específicas/RMI − Renda Mensal Inicial 19.106 (1,13%)
16. DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Benefícios em Espécie/Aposentadoria Especial (Art. 57/8) 18.518 (1,09%)
17. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor Público Civil/Sistema Remuneratório e Benefícios 16.470 (0,97%)
18. DIREITO CIVIL - Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 16.350 (0,97%)
19. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Organização Político-administrativa/Administração Pública/FGTS/
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 15.645 (0,92%)
20. DIREITO DO CONSUMIDOR - Contratos de Consumo/Bancários 15.631 (0,92%)
Relatório Justiça em Números 2016
260
261
JUSTIÇA FEDERAL
Relatório Justiça em Números 2016
7 Apesar desta classe ser genérica para todos os ramos da justiça, a Justiça Federal abrange apenas processos de natureza cível.
Análise do Poder Judiciário
263
Gráfico 6.101 – Classes mais demandadas na Justiça Federal nas turmas recursais
JUSTIÇA FEDERAL
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Recurso Inominado 343.773 (96,74%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Recurso de Medida Cautelar 6.051 (1,70%)
3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 3.824 (1,08%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 643 (0,18%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos 599 (0,17%)
6. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Incidentes 190 (0,05%)
7. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Apelação 155 (0,04%)
8. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Agravos 59 (0,02%)
9. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 28 (0,01%)
10. PROCESSO CRIMINAL - Petição 22 (0,01%)
11. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Embargos 5 (0,00%)
12. PROCESSO CRIMINAL - Questões e Processos Incidentes/Incidentes 4 (0,00%)
13. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso de Medida Cautelar 3 (0,00%)
14. PROCESSO CRIMINAL - Questões e Processos Incidentes/Exceções 1 (0,00%)
15. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Revisão Criminal 0 (0,00%)
16. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Remessa Necessária 0 (0,00%)
17. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso Ordinário 0 (0,00%)
18. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso em sentido estrito/Recurso ex officio 0 (0,00%)
19. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso em Sentido Estrito 0 (0,00%)
20. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Recurso de Sentença Criminal 0 (0,00%)
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 6.102 – Classes mais demandadas na Justiça Federal nos juizados especiais
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 3.607.501 (99,59%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Cartas 4.089 (0,11%)
3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução 3.319 (0,09%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 3.307 (0,09%)
5. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Termo Circunstanciado 1.300 (0,04%)
6. PROCESSO CRIMINAL - Procedimento Comum/Ação Penal − Procedimento Sumaríssimo 818 (0,02%)
7. PROCEDIMENTOS PRÉ−PROCESSUAIS DE RESOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS - Reclamação Pré−processual 602 (0,02%)
8. PROCESSO CRIMINAL - Petição 312 (0,01%)
9. PROCESSO CRIMINAL - Processo Especial/Processo Especial de Leis Esparsas 287 (0,01%)
10. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Procedimento Investigatório Criminal (PIC−MP) 273 (0,01%)
11. PROCESSO CRIMINAL - Cartas/Carta Precatória Criminal 159 (0,00%)
12. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo Cautelar/Justificação 130 (0,00%)
13. PROCESSO CRIMINAL - Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 99 (0,00%)
14. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Incidentes 71 (0,00%)
15. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos 39 (0,00%)
16. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos/Embargos 15 (0,00%)
17. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução/Execução de Título Judicial 9 (0,00%)
18. PROCESSO CRIMINAL - Processo Especial/Processo Especial do Código de Processo Penal 7 (0,00%)
19. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 6 (0,00%)
20. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução/Execução de Título Extrajudicial 6 (0,00%)
264
Gráfico 6.103 – Classes mais demandadas na Justiça Federal nas turmas regionais de uniformização
JUSTIÇA FEDERAL
JUSTIÇA FEDERAL
Com relação a força de trabalho, a Justiça Federal conta com um quadro de 1.775 magistrados, redução de 2,4% em relação
ao ano anterior, 28.296 servidores, redução de 1,7%, e 18.238 terceirizados e estagiários, redução de 0,2%. Um dos reflexos
desta redução foi a diminuição de mais de 100 mil processos baixados entre os anos de 2014 e 2015.
Durante o ano 2015 foram baixados 3,6 milhões e proferidas 3,1 milhões de sentenças. Ao correlacionar tal informação com
os 1.659 magistrados em atividade jurisdicional8, obtém‑se uma média anual de 2.169 processos baixados ao ano e de 1.858
sentenças, o que equivale a 9 processos baixados e a 8 sentenças proferidas por dia9. Apesar da série histórica apontar para
aumento do IPM, é importante ter em mente que os afastamentos passaram a ser mais precisamente apurados em 2015, e que,
portanto, tal elevação foi influenciada pela mudança na metodologia de cálculo.
A execução merece um olhar mais detalhado pois, mesmo compondo 50% do acervo processual (4,5 milhões sob o total de
9,1 milhões de processos), a produtividade dos magistrados nesta fase é menos da metade da produtividade no conhecimento
(1.180 baixados por magistrado no conhecimento em relação a 543 baixados por magistrado na execução). A taxa de conges-
tionamento chega a 86% na execução, 28 pontos percentuais acima da taxa de congestionamento no conhecimento (58%). Ao
contrário do ocorrido com os casos novos de conhecimento, as execuções iniciadas cresceram em 2015, e registraram aumento
de 126% em relação ao ano de 2014, com variação de 132% nas execuções judiciais e de 11% nas execuções fiscais.
Dentre as execuções, destaca‑se a dificuldade de solução definitiva nos processos de execução fiscal, que apresentam con-
gestionamento de 94% e concentram 84% das execuções pendentes.
O Índice de Atendimento à Demanda (IAD), que mede a relação dos processos baixados com os casos novos, foi de 98,2%
na Justiça Federal, com 120% no 2º grau, 98,1% na fase de conhecimento e 81% na execução. Se a execução fiscal fosse excluída
dos cálculos, a taxa de congestionamento reduziria de 71,6% para 61,1% (‑10,5 p.p. ‑ pontos percentuais) e o IAD passaria de
98,2% para 104,5% (+ 6,3 p.p).
Um aspecto importante é a disparidade identificada nos resultados entre as seções judiciárias. As análises comparativas de-
vem sempre ser produzidas com um olhar atento a abrangência de cada tribunal, dadas suas peculiares características regionais
e territoriais. Exatamente por este motivo, a técnica utilizada neste relatório para análise da eficiência relativa (DEA), pelo então
denominado Índice de Produtividade Comparada do Poder Judiciário (IPC‑Jus), é capaz de comparar os diferentes Tribunais Re-
gionais Federais, pois mede quanto cada tribunal e seção judiciária deveria baixar em número de processos, de forma ponderada
aos recursos existentes. Se todos os tribunais fossem igualmente produtivos, seria possível uma justiça equilibrada e homogênea.
Verificou‑se que enquanto o TRF da 3ª Região apresentou o maior IPC‑Jus da Justiça Federal, com 97%; o TRF da 2ª Região
apresentou o menor, tanto no total (58,9%), quanto no 2º grau (70%) e no 1º grau (57,2%). Por seção judiciária, observa‑se que
dentre os seis menores índices, quatro são de seções judiciárias abrangidas pelo TRF da 1ª Região, assim como o menor indicador
da Justiça Federal, que foi apresentado pela seção judiciária do Mato Grosso, 46%.
As seções judiciárias do Rio Grande do Norte (TRF5), Alagoas (TRF5), São Paulo (TRF3) e do Maranhão (TRF1), além do 2º
grau da 4ª, 3ª e 1ª Regiões apresentaram IPC‑Jus de 100%. Interessante notar que o TRF da 5ª é o único em que o IPC‑Jus do
1º grau supera do 2º grau.
No que se refere aos assuntos mais demandados, chama atenção a concentração das ações em assuntos correlatos de nature-
za previdenciária, tributária ou administrativa, o que pode ser explicado pela competência especial da Justiça Federal para julgar
as ações contra a União, suas autarquias e empresas públicas.
As grandes novidades do Relatório Justiça em Números 2015 são as apresentações do índice de conciliação, da taxa de re-
corribilidade externa e interna e do tempo médio de tramitação do processo.
A conciliação ainda ocupa tímido papel como medida de solução dos conflitos no âmbito da Justiça Federal. Apenas 3,4%
266 das decisões terminativas foram homologatórias de acordo, sendo de 1% no segundo grau e de 3,3% na fase de execução, o que,
como destacados em passagem anterior, tem direta correlação com a presença do poder público como parte na grande maioria
dos casos.
JUSTIÇA FEDERAL
Observou‑se que a recorribilidade externa no ano de 2015 foi de 34,2%, sendo de 35% no 1º grau e de 29% no 2º grau. Já a
recorribilidade interna foi de 13,1%, sendo 6% no 1º grau e de 38% no 2º grau. Tais dados fazem sentido quando se observa que
os recursos normalmente interpostos para garantir a admissibilidade de outros recursos, como os agravos internos, são contados
como recorribilidade interna de 2º grau.
A aferição do tempo médio de tramitação dos processos, outra novidade há tempos esperada no Relatório Justiça em Núme-
ros, mostrou que muitos processos são solucionados rapidamente, e que outros tantos permanecem por longa data no acervo.
Da distribuição até a sentença do processo no 1º grau, leva‑se, em média, 1 ano e 8 meses na fase de conhecimento e 5 anos e
3 meses na fase de execução. Considerando o universo dos processos baixados em 2015, estes tempos aumentam para, respec-
tivamente, 2 anos e 6 anos e 1 mês. O tempo do acervo é ainda maior, sendo de 2 anos e 6 meses na fase de conhecimento e
de 7 anos e 9 meses na execução, levando em conta todos os casos pendentes de solução em 31/12/2015.
A Justiça Federal criminal revela‑se extremante específica de modo que os casos novos de conhecimento criminais equivalem
a aproximadamente 5% do total de casos novos de conhecimento da Justiça Federal, sendo que, dos processos criminais, apro-
ximadamente, 3,6% ingressaram nos juizados especiais. Com relação à fase de execução, os casos novos criminais equivalem a
cerca de 0,8% do total. Quanto à execução penal, destaca‑se que, mesmo com a manutenção do número de execuções iniciadas
em relação ao ano de 2014, houve uma inversão na forma de aplicação das penas, visto que as penas privativas de liberdade
diminuíram em 16%, enquanto as penas não restritivas de direito subiram em 14%.
Eleitoral Eleitora
Eleitoral
Análise do Poder Judiciário
al
7 Justiça Eleitoral
O que é a Justiça Eleitoral:
A Justiça Eleitoral é um ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro, a qual se responsa-
biliza pela organização e realização de eleições, referendos e plebiscitos, pelo julgamento de
questões eleitorais e pela elaboração de normas referentes ao processo eleitoral. Trabalha para
assegurar a efetivação da democracia e garantir o respeito à soberania popular e à cidadania.
JUSTIÇA ELEITORAL
a existência de um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada estado e no Distrito Federal.
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais dos estados e do Distrito Federal.
É importante frisar que os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Estatística
do Poder Judiciário (SIESPJ), conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
É oportuno esclarecer que os Tribunais Regionais Eleitorais, sendo órgãos responsáveis pela organização e realização de elei-
ções, possuem uma forte atuação de cunho administrativo. Tais elementos não são computados nos indicadores de produtivida-
de dos magistrados e servidores, bem como na carga de trabalho, e apenas os processos judiciais são considerados. É importante
ter em mente que, ao contrário dos demais segmentos de justiça, a atividade finalística da Justiça Eleitoral não consiste apenas
em baixar e julgar processos.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores da Justiça Eleitoral, com informações abran-
gendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
Na primeira seção, será apresentada a forma de divisão dos tribunais em pequeno, médio e grande porte. Tal segmentação
se faz necessária em razão das características distintas de cada um dos 27 TREs.
A segunda seção traz um resumo da estrutura das unidades judiciárias, com apresentação dos quantitativos de zonas eleito-
rais. As análises contam com técnica de visualização territorial e, ainda, com algumas correlações entre estrutura, litigiosidade e
aspectos demográficos.
Na terceira seção apresenta‑se o panorama global dos principais dados constantes no Sistema de Estatística do Poder Judiciá-
rio referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) despesas e receitas totais; b) despesas com
pessoal e c) quadro de pessoal.
A quarta seção demonstra o diagnóstico global da gestão judiciária, com base em indicadores como: índices de produtivida-
de e carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária; taxa de congestionamento; recorribilidade e índices de
270 atendimento à demanda, de processos eletrônicos e de conciliação.
A quinta seção traz comparações dos indicadores entre 1º grau e 2º grau.
JUSTIÇA ELEITORAL
A sexta seção se destina à análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com particular
atenção às execuções fiscais. Os indicadores são apresentados separadamente entre as fases de conhecimento e execução do
1º grau.
A sétima seção mostra um panorama dos processos criminais; há análise da série histórica dos casos novos e pendentes cri-
minais da fase de conhecimento e das execuções penais.
A oitava seção permite uma análise mais detalhada das demandas existentes na Justiça Eleitoral, com segmentação dos casos
novos por classe processual e por assunto.
Ao final do capítulo, apresenta‑se uma síntese com os principais resultados alcançados.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ELEITORAL
comportamento sazonal, observa‑se a existência de algumas oscilações no ranking de classificação durante a série histórica de
2009‑2015, com ocorrência em alguns casos de migração de grupos, como é a situação do TRE‑AM, que oscila entre pequeno
e médio porte e TRE‑RN que foi pequeno porte até 2012, e em 2013 passou para médio porte.
Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes, as regiões geográficas e os dados demográficos. Conforme ilustra a Figura
7.1, os tribunais de grande porte ocupam quase a totalidade das regiões Sul e Sudeste, com a exceção de TRE‑ES (pequeno porte)
e do TRE‑SC (médio porte). O TRE‑BA é o único da região Nordeste no grupo de grande porte. Nas regiões Norte e Nordeste, a
predominância é de tribunais de médio e pequeno porte. Tem‑se ainda que, os seis tribunais de grande porte concentram 69%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 58% da população brasileira, ao passo que no médio porte, 11 tribunais possuem
jurisdição em 21% do PIB e 32% da população, e no pequeno porte, dez tribunais detêm 10% do PIB e 10% dos habitantes.
Relatório Justiça em Números 2016
Figura 7.1 – Distribuição territorial dos Tribunais Regionais Eleitorais, segundo o porte
RR AP
AM PA
MA CE
RN
PI PB
AC PE
TO AL
RO SE
MT BA
DF
GO
MG
ES
MS
Grande porte SP RJ
Médio porte
Pequeno porte PR
SC
RS
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 7.1 ‑ Série histórica do ranking e da classificação dos tribunais, segundo o porte
JUSTIÇA ELEITORAL
TRE-ES TRE-MS Pequeno
Porte
TRE-AM TRE-ES
TRE-SE TRE-RO
TRE-DF TRE-AL
TRE-AL TRE-SE
TRE-TO TRE-DF
TRE-RO TRE-TO
TRE-RR TRE-AP
TRE-AP TRE-RR
TRE-AC TRE-AC
21
12 TRE−AP 13
8 TRE−AC 10
7 TRE−RR 8
A seguir, serão apresentadas as informações de estrutura, na forma de indicadores e com visualização no território nacional.
No DF e em SP estão as maiores concentrações de habitantes por zona eleitoral, os únicos acima de 100.000.
De forma geral, a grande maioria dos estados da região Nordeste apresenta baixos índices de casos novos por unidade judiciária
(Figura 7.3), com valores inferiores ao patamar de 31 (menor classe). Por outro lado, na região Norte encontram‑se os três estados
com os maiores indicadores, a saber: Amapá, Rondônia e Roraima, estes dois últimos com valores superiores a 100 (maior classe).
Figura 7.2 – Habitantes por zona eleitoral Figura 7.3 – Casos novos no 1º grau por zona eleitoral
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
AC PE AC PE
AL TO AL
TO SE SE
RO RO
MT BA MT BA
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
Abaixo de 53.916 Abaixo de 31
SP RJ SP RJ
53.916 |− 75.137 31 |− 54
75.137 |− 96.359 PR 54 |− 77 PR
96.359 |− 117.580 77 |− 100
Acima de 117.580 SC SC
Acima de 100
RS RS
Análise do Poder Judiciário
Observa‑se que a Justiça Eleitoral possui uma baixa relação de casos novos por habitantes, com apenas dois tribunais (TRE‑RR
e TRE‑RO), apresentando mais de 255 casos novos por grupo de 100 mil habitantes, o que se justifica por seu caráter predomi-
nantemente administrativo. No total da Justiça, tem‑se 50 casos novos por 100 mil habitantes e apenas 1,6 magistrado por 100
mil habitantes, lembrando que os juízes eleitorais são juízes de direito que acumulam jurisdição.
Figura 7.4 – Casos novos por 100.000 habitantes Figura 7.5 ‑ Magistrados por 100.000 habitantes
RR AP RR AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
AC PE AC PE
TO AL TO AL
RO SE RO SE
MT BA MT BA
DF DF
GO GO
MG MG
ES ES
MS MS
Abaixo de 78 Abaixo de 118
SP RJ SP RJ
78 |− 137 118 |− 209
137 |− 196 PR 209 |− 301 PR
196 |− 255 301 |− 393
SC SC
Acima de 255 Acima de 393
RS RS
No DF está um dos menores índices de eleitores por urna, ao mesmo tempo que possui o maior índice de habitantes por
unidade judiciária, o que se justifica por sua alta concentração demográfica1. No estado do Amazonas, está a maior concentração
de eleitores por urna. 275
JUSTIÇA ELEITORAL
Figura 7.6 – Eleitores por urna
RR AP
AM PA
MA CE
RN
PI PB
AC PE
TO AL
RO SE
MT BA
DF
GO
MG
ES
MS
Abaixo de 0,8
SP RJ
0,8 |− 1,5
1,5 |− 2,1 PR
2,1 |− 2,7
Acima de 2,7 SC
RS
1 Concentração demográfica é calculada pela relação entre o número de habitantes e a superfície do território (em km2).
Relatório Justiça em Números 2016
R$ 28 R$ 26,71
R$ 26,11
R$ 26 R$ 24,87
R$ 23,89
R$ 24
R$ 22,39
276
R$ 22
R$ 20
JUSTIÇA ELEITORAL
Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 89,3% da despesa total e compreendem, além da remuneração com
magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos, tais como auxílio‑ali-
mentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao grande montante destas despesas, elas serão detalhadas no próximo tópico.
Os demais 10,7% de gastos são referentes a outras despesas correntes e de capital, tendo esta última despesa apresentado
queda de 61,6% entre os anos de 2012 e 2015 (Gráfico 7.4). Já as despesas com informática apresentaram tendência de queda,
sendo o valor observado em 2015 o menor atingido na série histórica, RS 112,9 milhões. Pela primeira vez, desde o ano de 2011,
os gastos com informática ultrapassaram as despesas com capital. Tal ocorreu, principalmente, porque as despesas com o custeio
da tecnologia de informação e comunicação foram 144% superiores às despesas com aquisições de softwares e hardwares.
Gráfico 7.4 – Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 300
R$ 259,71
R$ 258
R$ 218,71
Milhões de R$
R$ 216
R$ 174,15 R$ 177,94
R$ 174
R$ 133,43 R$ 124,55
R$ 119,99 R$ 122,67 R$ 112,95
R$ 132
R$ 99,75
R$ 90
2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
2 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
3 Todos os valores monetários de 2011 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ELEITORAL
Gráfico 7.6 – As despesas com recursos humanos na Justiça Eleitoral
Gráfico 7.7 – Despesa média mensal com magistrados e servidores na Justiça Eleitoral
Despesa mensal por Servidor Despesa mensal por Magistrado
Grande Porte
12.742 TRE−RS 9.071
8.591 TRE−SP 8.988
18.089 TRE−PR 8.946
16.068 TRE−MG 8.399
15.669 TRE−RJ 8.398
12.270 TRE−BA 8.289
Médio Porte
13.913 TRE−SC 9.290
18.866 TRE−PB 9.128
9.729 TRE−PE 8.400
13.217 TRE−MA 8.299
11.401 TRE−RN 7.570
7.876 TRE−CE 7.401
12.773 TRE−AM 7.278
17.585 TRE−PA 4.578
11.710 TRE−MT 4.362
15.782 TRE−PI 4.147
TRE−GO
Pequeno Porte
10.660 TRE−DF 33.702
20.372 TRE−RO 10.804
14.740 TRE−AP 9.301
15.797 TRE−AC 9.079
14.447 TRE−AL 8.583
14.454 TRE−ES 8.513
13.596 TRE−TO 8.507
543 TRE−SE 8.363
16.743 TRE−RR 5.378
12.642 TRE−MS 4.482
12.461 Eleitoral 8.138
As despesas com remuneração e encargos de magistrados e servidores aumentaram entre 2012 e 2014, e reduziram em
2015, conforme verificado no Gráfico 7.8. As despesas com benefícios e as outras despesas indenizatórias pouco variaram na
série histórica.
278 O Gráfico 7.9 mostra a série histórica do percentual das despesas com pessoal ativo e inativo na Justiça Eleitoral. A oscilação
apresentada deve‑se às variações das despesas totais, sendo que a despesa com inativo equivale a 15,8% dos gastos totais e a
20% dos gastos com pessoal.
JUSTIÇA ELEITORAL
Gráfico 7.8 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Eleitoral por tipo
5,00
4,01 3,97 3,99 4,09
4,01 3,55
3,02
Bilhões de R$
2,02
Gráfico 7.9 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação às despesas totais
100%
80%
15,8% 15,1% 15,8%
14,0% 13,8%
60% 67,7% 67,9% 67,8%
62,5% 63,4%
40%
20%
0%
De forma inédita, houve separação dos gastos com cargo em comissão e função comissionada, entre 1º grau, 2º grau e área
administrativa. Observa‑se por intermédio do Gráfico 7.10 que, apesar do 2º grau apresentar 6% do número total de magistra-
279
dos e 8% do total de servidores, é responsável por 17% do total gasto em recursos humanos. Ademais, apresentou 25% do total
de servidores sem vínculo efetivo. Além disto, este grau de jurisdição foi responsável por 30% dos cargos em comissão, 9% das
JUSTIÇA ELEITORAL
funções comissionadas, bem como 26% das despesas com cargos em comissão e 16% das despesas com funções comissionadas.
Gráfico 7.10 – Percentual de despesas e recursos humanos na Justiça Eleitoral por área
Magistrados 6% 94%
Servidores 8% 56% 35%
Despesas com magistrado e servidor 17% 39% 44%
Servidores sem vínculo efetivo 25% 19% 55%
Cargos em comissão 31% 69%
Despesas com cargo em comissão 26% 0% 74%
Funções comissionadas 9% 62% 29%
Despesa com função comissionada 16% 34% 50%
2° Grau 1° Grau Área Administrativa
Relatório Justiça em Números 2016
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: requisitados e
auxiliar:
3.199 (9,4%) comissionados:
10.053 (30%)
20.442 (60,6%)
2º grau:
1º grau: 1.709 (13%)
280 3.009 (94%)
1º grau:
JUSTIÇA ELEITORAL
11.481 (87%)
Em 2015, 3.199 magistrados4 atuaram na Justiça Eleitoral, dos quais 3.009, 94,1%, no 1º grau e 190, 5,9%, no 2º grau.
2º Grau
190
3.009
Ao final de 2015, a Justiça Eleitoral possuía uma equipe de 20.442 servidores, sendo 14.084 do quadro efetivo (69%), 6.244
requisitados e cedidos de outros órgãos (30%) e 114 comissionados sem vínculo efetivo (1%). Considerando os tempos totais de
afastamento, em média 1.213 servidores (6%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015. Cumpre informar a
existência de 432 cargos criados por lei e ainda não providos, que representam 3,9% dos cargos efetivos existentes, percen-
tual que apresenta um aumento em relação ao ano de 2014 (Gráfico 7.12).
4 Cabe lembrar que a Justiça Eleitoral não possui quadro próprio de magistrados, sendo o primeiro grau formado por juízes de direito e o segundo grau por desembargadores de
Tribunais de Justiça, por juízes de direito, por desembargadores dos Tribunais Regionais Federais, por juízes federais e por advogados.
Análise do Poder Judiciário
Do total de servidores, 65% (13.190) estavam lotados na área judiciária, restando 35% (7.252) na área administrativa. Dentre
os que atuam diretamente com a tramitação dos processos, 11.481 (87%) estão no primeiro grau de jurisdição (Gráfico 7.13),
onde também estão 88,5% dos processos ingressados e 86,1% do acervo processual.
Gráfico 7.12 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Eleitoral
20.000 10%
16.000 14.613 14.592 14.617 14.617 14.807 8%
12.000 14.185 14.171 14.183 14.176 14.375 6%
8.000 4%
4.000 2,9% 2,9% 3,0% 3,0% 3,9% 2%
0 0%
2011 2012 2013 2014 2015
Percentual de cargos vagos
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
281
JUSTIÇA ELEITORAL
Por fim, a Justiça Eleitoral conta, ainda, com o apoio de 10.053 trabalhadores auxiliares, sendo, deste total, 54,7% terceiriza-
dos e 45,3% estagiários, conforme observado no Gráfico 7.14. Esses dois tipos de contratação têm crescido gradativamente e che-
garam a acumular, respectivamente, variação de 12,8% e 243% no quinquênio, sendo de 2,9% e 29,6% somente no último ano.
45,3%
Auxiliares
Estagiários
10.053 Terceirizados
54,7%
Relatório Justiça em Números 2016
734.000
Pelo Gráfico 7.16 é possível verificar que a litigiosidade na Justiça Eleitoral é predominantemente do tipo não‑criminal, dentre
eles, com 58 mil (72,0%) casos pendentes na fase de conhecimento de 1º grau e 10.674 (13,2%) no 2º grau.
Análise do Poder Judiciário
Conhecimento
4.707
Criminal 2.204 8.678
83.922
Não criminal 88.166 58.036
88.629
Total Conhecimento 90.370 66.714
Execução
723
Extrajudicial - Execução fiscal 848 2.716
723
Total Execução 848 2.716
JUSTIÇA ELEITORAL
de processos, que correspondem 7,3% dos pendentes. Desconsiderar tais processos reduz a carga de trabalho média em apenas
2 processos por magistrado (de 63 para 61) e não altera a carga de trabalho do servidor (mantida em 16).
Ao analisar os índices de produtividade dos magistrados e servidores da área judiciária por tribunal, Gráfico 7.18 e Gráfico
7.20, verifica‑se que há proporcionalidade entre os índices de magistrado e servidores nos tribunais, uma vez que não há grandes
alterações das ordens dos tribunais entre os gráficos.
Gráfico 7.17 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Eleitoral
300
251
246
192 165
138
138
129 73
84 54 63
61
30 31 44 36
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.18 – Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Eleitoral por tribunal
TRE−RS 66
Grande Porte
TRE−BA 57
TRE−SP 46
TRE−PR 33
TRE−RJ 32
TRE−MG 14
TRE−MA 51
TRE−MT 50
TRE−AM 43
Médio Porte TRE−RN 38
TRE−SC 34
TRE−CE 32
TRE−PA 30
TRE−PI 24
TRE−PE 18
TRE−GO 12
TRE−PB 12
TRE−DF 198
TRE−RO 89
TRE−RR 84
Pequeno Porte
TRE−AP 64
TRE−SE 54
TRE−AC 50
TRE−MS 41
TRE−TO 32
TRE−ES 29
TRE−AL 20
Eleitoral 36
Gráfico 7.19 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na Justiça Eleitoral
70 61
58
45 40
284
34 32
33
17
JUSTIÇA ELEITORAL
20 14 16
16
10
8 8 9
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 7.20 – Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Eleitoral por tribunal
TRE−RS 16
Grande Porte
TRE−BA 15
TRE−PR 14
TRE−RJ 8
TRE−SP 6
TRE−MG 5
TRE−MA 29
TRE−PA 16
TRE−MT 13
TRE−AM 12
Médio Porte
TRE−PI 10
TRE−RN 9
TRE−SC 9
TRE−PB 6
TRE−CE 6
TRE−PE 5
TRE−GO 3
TRE−RR 51
TRE−SE 38
TRE−RO 32
Pequeno Porte
TRE−AP 18
TRE−DF 15
TRE−AC 12
TRE−TO 11
TRE−MS 11
TRE−ES 9
TRE−AL 5
Eleitoral 9
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ELEITORAL
Gráfico 7.21 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Eleitoral
20%
17,0%
16%
12% 8,6%
7,8%
8% 5,5% 6,2%
5,0%
4% 2,8%
2,7% 1,8% 3,6%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.22 – Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Eleitoral por tribunal
Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa
Grande Porte
11,9% TRE−RJ 37,2%
7,3% TRE−MG 15,0%
3,7% TRE−BA 9,0%
2,5% TRE−PR 4,4%
2,7% TRE−RS 4,2%
1,7% TRE−SP 3,1%
Médio Porte
1,9% TRE−CE 24,1%
5,6% TRE−PI 10,3%
7,9% TRE−GO 7,7%
4,5% TRE−MA 6,0%
0,9% TRE−PE 5,8%
6,0% TRE−AM 5,6%
3,3% TRE−PB 4,9%
5,9% TRE−MT 4,9%
1,7% TRE−RN 4,0%
1,5% TRE−SC 3,9%
1,9% TRE−PA 1,0%
Pequeno Porte
2,1% TRE−RO 31,0%
3,8% TRE−DF 13,5%
2,2% TRE−MS 8,2%
6,9% TRE−SE 7,8%
3,0% TRE−RR 7,0%
0,7% TRE−AC 6,1%
1,5% TRE−ES 5,1%
1,8% TRE−TO 3,8%
8,6% TRE−AP 3,3%
8,6% TRE−AL 1,3%
3,6% Eleitoral 6,2%
O Gráfico 7.23 permite visualizar a série histórica da taxa de congestionamento e do IAD, bem como o valor da taxa de
congestionamento líquida em 2015.
O índice de atendimento à demanda, em 2015, foi de 112,8%. Isso significa que o total de processos baixados na Justiça Elei-
toral seria suficiente para finalizar todos os casos ingressados naquele ano mais parte do estoque remanescente. Dos 27 Tribunais
Regionais Eleitorais, 17 (63%) apresentaram indicador superior a 100%.
Ao excluir do cálculo da taxa de congestionamento os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, há redu-
ção do indicador da Justiça Eleitoral em 1,8 ponto percentual, ou seja, de 40,9% para 39,1%. As maiores diferenças ocorreram
nos Tribunais Regionais Eleitorais de Sergipe, de 21,8% para 14,3% e do Ceará, de 35% para 29,2%, conforme o Gráfico 7.24.
Gráfico 7.23 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos na
Justiça Eleitoral
289,1%
290%
232%
174%
122,9% 128,0%
112,8%
116% 55,5%
42,4% 44,2%
58% 36,5% 40,9%
20,7% 39,1%
0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 7.24 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Eleitoral por tribunal
Grande Porte
TRE−RS 29,3% 29,7%
TRE−SP 25,9% 28,7%
TRE−PR 25,3% 28,0%
TRE−RJ 24,7% 26,3%
TRE−PB 83,6% 83,9%
TRE−AM 66,8% 67,0%
TRE−GO 60,5% 64,9%
TRE−PA 58,4% 59,2%
Médio Porte
JUSTIÇA ELEITORAL
Gráfico 7.25 – Índice de atendimento à demanda da Justiça Eleitoral por tribunal
TRE−BA 175,8%
Grande Porte
TRE−RS 164,7%
TRE−RJ 140,3%
TRE−MG 123,1%
TRE−SP 109,6%
TRE−PR 84,0%
TRE−MA 255,9%
TRE−PA 165,0%
TRE−CE 131,5%
TRE−PI 116,1%
Médio Porte
TRE−SC 110,1%
TRE−RN 109,1%
TRE−MT 108,3%
TRE−PE 105,0%
TRE−AM 88,0%
TRE−GO 42,2%
TRE−PB 26,6%
TRE−MS 173,5%
TRE−AP 152,3%
TRE−DF 119,1%
Pequeno Porte
TRE−SE 109,0%
TRE−ES 90,8%
TRE−RR 87,9%
TRE−AL 73,0%
TRE−TO 72,4%
TRE−AC 70,5%
TRE−RO 56,3%
Eleitoral 112,8%
Relatório Justiça em Números 2016
2º Grau 42%
288
JUSTIÇA ELEITORAL
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 7.27 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau na
Justiça Eleitoral – grande porte
0% 96%
TRE−SP 95%
289
86%
0% 92%
TRE−PR 86%
83%
JUSTIÇA ELEITORAL
Grande Porte
0% 96%
TRE−RJ 79%
94%
0% 93%
TRE−RS 90%
77%
0% 96%
TRE−BA 91%
74%
0% 95%
TRE−MG 82%
36%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Funções comissionadas Servidores da área judiciária
Cargos em comissão Média de casos novos no triênio
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.28 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau na
Justiça Eleitoral – médio porte
87%
TRE−SC 0% 85%
82%
85%
TRE−PB 0% 72%
81%
87%
TRE−RN 0% 90%
79%
82%
TRE−PI 0% 74%
79%
86%
TRE−CE 0% 86%
Médio Porte
76%
86%
TRE−PA 0% 74%
75%
86%
TRE−GO 0% 85%
75%
81%
TRE−MT 0% 85%
71%
91%
TRE−AM 0% 88%
71%
0%
TRE−MA 0% 58%
59%
82%
TRE−PE 0% 85%
55%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Gráfico 7.29 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau na
Justiça Eleitoral – pequeno porte
82%
0% 83%
TRE−AL 82%
0% 73%
TRE−SE 59% 79%
0% 65%
TRE−TO 63% 74%
0% 77%
TRE−ES 74% 80%
Pequeno Porte
0% 75%
TRE−RO 66%
69%
0% 38%
TRE−RR 30% 66%
0% 84%
TRE−MS 56% 91%
0% 51%
TRE−AP 37% 53%
0% 87%
TRE−DF 31% 79%
0% 56%
TRE−AC 27% 71%
JUSTIÇA ELEITORAL
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao final
do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
É importante esclarecer que, a partir de 2015, passou‑se a aferir a soma de todos os tempos de afastamento dos servidores.
Dessa forma, o denominador dos indicadores de carga de trabalho, IPS‑Jud e casos novos por servidor passaram a ser mais
precisos, ao considerar o número médio de trabalhadores que permaneceu ativo durante todo o exercício de 2015. Até 2014,
utilizava‑se como critério o total de servidores em atividade no final de cada ano‑base.
Gráfico 7.31 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Eleitoral
400
324
322 249
248
292 244
240
166 110
98
JUSTIÇA ELEITORAL
88 34 56
25 45 17 32
20 40 30
10
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 7.32 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral
2º grau 1º grau
Grande Porte
5 TRE−PR 19
5 TRE−RS 10
11 TRE−BA 8
13 TRE−RJ 5
10 TRE−SP 5
6 TRE−MG 4
Médio Porte
7 TRE−PB 32
3 TRE−MA 17
12 TRE−AM 14
6 TRE−MT 13
3 TRE−PA 12
3 TRE−PI 11
3 TRE−SC 9
4 TRE−GO 9
8 TRE−RN 9
3 TRE−CE 5
3 TRE−PE 5
Pequeno Porte
34 TRE−RR 108
37 TRE−RO 66
11 TRE−SE 52
2 TRE−TO 24
4 TRE−AP 20
7 TRE−DF 14
3 TRE−ES 12
37 TRE−AC 10
5 TRE−AL 8
14 TRE−MS 5
7 Eleitoral 8
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 7.33 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral
70 63
57
60
44 40
36
30
14
17 11 8
7 4 8
7 8
4 6 11 7
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
JUSTIÇA ELEITORAL
288 TRE-GO 24
Pequeno Porte
TRE-RO 135
95 TRE-RR 111
35 TRE-AP 108
60 TRE-TO 65
125 TRE-SE 63
90 TRE-AC 59
62 TRE-AL 39
140 TRE-ES 28
261 TRE-MS 25
318 TRE-DF
209 Eleitoral 53
500 434
408 344
316
245 251
201 209
224 243
132 163 73
54
42 165 51 63 53
40 51
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.37 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral
70
62 61
58
48
57 43
294 46 40
34 26
25
18
JUSTIÇA ELEITORAL
22 17 16
14 13
14 15
14
10
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Gráfico 7.39 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Eleitoral
300
247
242 220
178
184 130
138 138
129
126
128 118
68 44
31 36
20 33 30
10
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 7.40 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Eleitoral
2º grau 1º grau
Grande Porte
14 TRE−RS 16
1 TRE−PR 16
5 TRE−BA 16
22 TRE−SP 5
11 TRE−MG 4
78 TRE−RJ 3
Médio Porte
14 TRE−MA 39
7 TRE−PA 20
4 TRE−AM 13
12 TRE−MT 13
9 TRE−PI 10
18 TRE−RN 8
13 TRE−SC 8
14 TRE−CE 5
10 TRE−PE
TRE−PB
4 295
14 3
18 TRE−GO 1
Pequeno Porte
JUSTIÇA ELEITORAL
37 TRE−RR 81
22 TRE−SE 50
22 TRE−RO 37
0 TRE−AP 34
7 TRE−TO 14
42 TRE−DF 8
17 TRE−ES 7
5 TRE−AL 5
29 TRE−AC 5
72 TRE−MS 4
17 Eleitoral 8
Gráfico 7.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Eleitoral
50
41
41
34 34
33
33 32 25
24
17
13 15
15 10
8 9
6 7 8 8
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Relatório Justiça em Números 2016
20% TRE−BA 0%
Médio Porte
8% TRE−AM 1%
12% TRE−MA 1%
2% TRE−PE 1%
8% TRE−RN 0%
21% TRE−GO 0%
6% TRE−CE 0%
26% TRE−MT 0%
4% TRE−PA 0%
7% TRE−SC 0%
21% TRE−PI 0%
12% TRE−PB 0%
Pequeno Porte
1% TRE−AC 1%
4% TRE−MS 1%
7% TRE−TO 0%
25% TRE−SE 0%
4% TRE−ES 0%
23% TRE−AL 0%
16% TRE−RO 0%
6% TRE−RR 0%
5% TRE−DF 0%
21% TRE−AP 0%
12% Eleitoral 0%
30%
23,1%
24% 19,9%
18% 15,6%
12,0%
12% 8,6%
5,3% 2,8%
6% 0,7% 1,8% 3,6%
2,7% 0,5% 0,7%
0,5% 0,3%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ELEITORAL
14,3% 7,8%
8% 5,5% 6,2%
5,0%
3,5% 4,1% 3,7% 4,2%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 7.47 – Série histórica do Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Eleitoral
321,9%
330%
274%
226,9%
298 289,1%
218%
197,8%
182,4%
162% 128,0%
JUSTIÇA ELEITORAL
299
JUSTIÇA ELEITORAL
Relatório Justiça em Números 2016
300 A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio dado em
análise. Há uma imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles em que, verificada
a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença terminativa sem resolução de
JUSTIÇA ELEITORAL
TRE
Tempo da sentença: 7 meses
Tempo da baixa: 1 ano 1 mês
Tempo do pendente: 3 anos
1º grau
Tempo da sentença: 10 meses
Tempo da baixa: 1 ano 2 meses
Tempo do pendente: 1 ano 11 meses
Análise do Poder Judiciário
No Gráfico 7.50 é possível ver a comparação dos tempos médios por TRE e instância. A maior discrepância entre o tempo
médio de sentença do 1º grau e do 2º grau foi observado no TRE‑MG, onde o 2º grau (1,3 anos) leva um ano a mais que o 1º
grau para receber uma sentença (0,2 anos). Situação similar se verifica no TRE‑CE e TRE‑PI. Por outro lado, o TRE‑MS apresenta
um tempo praticamente igual de sentença nas duas instâncias (0,6 ano). Os TRE‑AM, TRE‑MT, TRE‑PR e TRE‑SC também apre-
sentam certa similaridade entre o tempo de sentença no 1º grau e no 2º grau, com diferença de apenas 0,1 ano (ou 1 mês e 1
semana) e entre eles.
JUSTIÇA ELEITORAL
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º e no 2º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido
entre o protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo.
Aqui, verifica‑se uma sutil diferença entre os processos do 1º grau (1,2 ano, ou, 1 ano e 2 meses) e do 2º grau (1,1 ano, ou, 1
ano e 1 mês). A maior discrepância entre o tempo médio dos processos baixados do 1º grau e do 2º grau é observado no TRE‑AP,
onde o 1º grau (2,4 anos) leva mais que o triplo do tempo que o 2º grau para baixar um processo (0,7 anos).
No TRE‑PA está o maior tempo de tramitação de processos baixados no 2º grau (1,7 anos). No TRE‑PR e no TRE‑RR, por sua
vez, a tramitação até a baixa leva, em média, apenas 7 meses no 2º grau (0,6 ano), o menor valor entre os TREs.
Em relação ao 1º grau, observa‑se que o TRE‑RN apresenta o maior tempo de tramitação de processos baixados (2,5 anos), se-
guido pelo TRE‑AP e TRE‑BA, ambos com 2,4 anos. Em contrapartida, o TRE‑RS e o TRE‑MA apresentaram os menores tempos mé-
dios de tramitação até a baixa (0,2 ano, ou apenas 2 meses e 12 dias), um ano a menos que a média da Justiça Eleitoral no 1º grau.
Por fim, observa‑se que em alguns poucos casos o tempo até a baixa ficou inferior ao tempo até a sentença. Cumpre escla-
recer que os dados aqui apresentados são representados por médias de eventos ocorridos em um ano específico, no caso, 2015.
Nem todos os processos que foram baixados em 2015, necessariamente também foram sentenciados no mesmo ano, ou seja,
o universo de processos que são objeto de análise do tempo até sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles
analisados no tempo até a baixa.
Relatório Justiça em Números 2016
Além do diagnóstico do tempo até a sentença e até a baixa, faz‑se necessário computar o tempo de duração daqueles pro-
cessos que ainda estão pendentes de baixa, para os quais o termo final de cálculo foi 31 de dezembro de 2015.
O dado revela a dificuldade para lidar com o estoque, processo naturalmente mais moroso por sua natureza. Especificamente
no que se refere ao tempo médio de tramitação de processos pendentes na Justiça Eleitoral, demonstrados no Gráfico 7.52, no-
302 ta‑se que, seja no 1º grau, seja no 2º grau, estes tempos são maiores que os tempos médios dos processos baixados. Os processos
pendentes estão nesta situação, em média, há 3 anos no 2º grau e há 1 ano e 11 meses no 1º grau. Como destaque pode‑se citar
o tempo médio de tramitação dos processos pendentes no 2º Grau do TRE‑CE (11,4 anos), 3,8 vezes maior que o tempo médio
JUSTIÇA ELEITORAL
JUSTIÇA ELEITORAL
de acervo.
Ao comparar a taxa de congestionamento entre os processos criminais e os não‑criminais, observa‑se que os processos cri-
minais apresentam índice de 63%, e os não criminais, de 39%. A justificativa para tal diferença deve‑se ao fato de que o acervo
criminal equivale ao triplo dos casos novos criminais, enquanto nos demais processos judiciais eleitorais, o acervo é menor que
a demanda.
Gráfico 7.53 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais de 2º e de 1º graus na fase de conhecimento
20.000
16.100
10.847 11.625
12.200 10.650
8.678
7.459 7.689
8.300
4.953
3.732 2.991
4.400 2.204
721 946 947 898
500 870
652 656 684 941 513
2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento
Casos novos criminais de 1º grau na fase de conhecimento
Casos pendentes criminais de 2º grau
Casos novos criminais de 2º grau
Relatório Justiça em Números 2016
A análise dos dados dos processos de conhecimento criminais no primeiro grau por TRE, a partir dos dados constantes do
Gráfico 7.54, mostra que alguns tribunais de médio porte, como TRE‑RN e TRE‑GO possuem mais casos pendentes criminais do
que os tribunais de grande porte. Além disso, nota‑se que o problema do elevado acervo comparativamente à demanda, é uma
realidade de quase todos os tribunais, visto que em 21 dos 27 TREs os casos pendentes representam mais do dobro dos casos
novos. No 2º grau é o inverso, e os casos novos tendem a superar os pendentes (Gráfico 7.55)
Gráfico 7.54 – Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal
Novos Pendentes
Grande Porte
251 TRE−MG 912
181 TRE−BA 715
110 TRE−RJ 503
140 TRE−RS 473
169 TRE−SP 207
103 TRE−PR 207
Médio Porte
125 TRE−RN 1.078
215 TRE−GO 1.047
107 TRE−PB 665
62 TRE−MA 611
75 TRE−PE 445
111 TRE−CE 338
60 TRE−MT 283
61 TRE−PA 195
25 TRE−AM 155
33 TRE−PI 124
67 TRE−SC 119
Pequeno Porte
75 TRE−MS 153
32 TRE−TO 115
19 TRE−RO 67
28 TRE−AL 60
19 TRE−DF 55
20 TRE−AC 48
35 TRE−RR 43
37 TRE−SE 25
12 TRE−AP 23
32 TRE−ES 12
304
JUSTIÇA ELEITORAL
JUSTIÇA ELEITORAL
sem detalhamento dos itens mais específicos. Por este motivo, para melhor consistência e confiabilidade dos dados, as informa-
ções apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico.
As informações aqui referidas serão apresentadas de forma global e de forma segmentada por grau de jurisdição, quais sejam:
2º grau e 1º grau exclusivo.
JUSTIÇA ELEITORAL
16. PROCESSO CRIMINAL - Recursos/Revisão Criminal 250 (0,19%)
17. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos 208 (0,16%)
18. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Registro de Candidatura 190 (0,14%)
19. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Execução/Embargos 174 (0,13%)
20. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Administrativos da Justiça Eleitoral/Revisão de Eleitorado 170 (0,13%)
308
JUSTIÇA ELEITORAL
Análise do Poder Judiciário
JUSTIÇA ELEITORAL
Em relação à força de trabalho auxiliar, houve aumento de 2,9% nas terceirizações e de 29,6% no total de estagiários, em
relação a 2014. Considerando o ano de 2011, estes quantitativos aumentaram, respectivamente, 12,8% e 242,8%.
Em relação a 2014, as despesas diminuíram e alcançaram R$ 4,6 bilhões em 2015, uma redução de 13,5%. Esta queda se
justifica pela redução de outras despesas correntes, como a diminuição dos gastos com recursos humanos em 8,2%. As despesas
com informática diminuíram em 9,3% com relação a 2014 e em 5,9% em relação a 2011.
Uma das novidades desse relatório foi apresentar as despesas com pessoal, desmembradas entre área administrativa, 1º grau
e 2º grau. Observou‑se que o 2º grau concentra 13,8% do estoque processual e 12,9% dos servidores da área judiciária. Apesar
disso, concentra 98,1% dos valores das comissões e 32,4% dos valores das funções destinadas à área judiciária.
No ano de 2015, a Justiça Eleitoral totalizou cerca de 36,4 baixas de processos por magistrado, uma queda de 17,5% em rela-
ção a 2014; entretanto, com um crescimento de 19,0% em relação aos números de 2011. Já as baixas de processos por servidor
da área judiciária (9,3) diminuíram 8,1%, em relação a 2014; entretanto, cresceram 14,4%, se comparadas a 2011.
No que se refere aos assuntos mais demandados, chama atenção o fato do alistamento eleitoral ser responsável por 62,5%
da demanda da Justiça Eleitoral. Em relação às classes, 66,2% dos processos são referentes a procedimentos relativos à realização
de eleições.
Outra novidade foi a apresentação dos índices de recorribilidade externa e interna. O índice de recorribilidade externa des-
mistificou a concepção de que toda decisão judicial é recorrida. Observou‑se que a recorribilidade externa para o 2º grau é de
4,2% e para o TSE é de 16,8%. A recorribilidade interna do 1º grau é de 0,3% e a recorribilidade interna do 2º grau é de 12,0%.
Na justiça criminal, percebe‑se uma queda nos casos novos, tanto em relação a 2014, quanto em relação a 2011.
Militar Militar
Militar
Análise do Poder Judiciário
311
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos três Tribunais de Justiça Militar, localizados nos estados de
Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. É importante frisar que os dados fornecidos são de responsabilidade exclusiva dos
tribunais que integram o Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ), conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Outro ponto a ser destacado, além das competências constitucionais delineadas, é que o magistrado militar é responsável por
acompanhar, decidir e finalizar os procedimentos investigatórios. Esse quantitativo de procedimentos administrativos (inquéritos
militares) não está computado na carga de trabalho deste relatório. Não obstante, vale ressaltar que essa peculiaridade demanda
um grande esforço dos magistrados militares, eis que nesta fase são realizados estudos e diligências antes mesmo do recebimento
da denúncia.
Em resumo, serão apresentados dados e análises sobre os principais indicadores da Justiça Militar Estadual, com informações
abrangendo aspectos orçamentários, estruturais, de recursos humanos e de litigiosidade.
Na primeira seção apresenta‑se um panorama global dos principais dados constantes no Sistema de Estatística do Poder Ju-
diciário referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) despesas e receitas totais; b) despesas
com pessoal e c) quadro de pessoal.
A segunda seção demonstra o diagnóstico global da gestão judiciária, com base em indicadores como: índices de produtivi-
dade, carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária; taxa de congestionamento; recorribilidade e índices de
atendimento à demanda, de processos eletrônicos e de conciliação.
Considerando a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau, a terceira seção se destina às comparações entre
o 1º e o 2º graus de jurisdição, tanto no tocante a distribuição dos recursos quanto na comparação dos principais indicadores.
A quarta seção se destina à análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade. Os indica-
dores são apresentados separadamente entre as fases de conhecimento e execução do 1º grau.
A quinta seção é destinada à análise do tempo médio de tramitação processual.
A sexta seção mostra um panorama dos processos criminais, em que há análise da série histórica dos casos novos e pendentes
criminais da fase de conhecimento e das execuções penais.
A sétima seção analisa‑se as demandas existentes na Justiça Militar Estadual, com segmentação dos casos novos por classe
312
processual e por assunto.
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
R$ 1,78
R$ 1,73 R$ 1,74
R$ 1,72 R$ 1,70
R$ 1,68
R$ 1,66
R$ 1,60
2011 2012 2013 2014 2015
As despesas com recursos humanos foram de R$ 122,6 milhões, no ano de 2015. Estas despesas foram responsáveis por 92%
da despesa total e compreendem a remuneração com magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários. Também estão
incluídos todos os auxílios e assistências devidos, tais como: auxílio‑alimentação, diárias, passagens e outros. As despesas com
pessoal serão detalhadas no próximo tópico. 313
O restante dos custos, que representam 8% da despesa total, são despesas liquidadas do ano‑base, como, por exemplo,
Gráfico 8.2 – Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 10,0 R$ 9,19
R$ 8,2
R$ 6,4
Milhões de R$
R$ 4,6 R$ 3,73
R$ 2,81
R$ 2,8 R$ 1,47
R$ 1,65 R$ 1,40 R$ 1,40 R$ 1,53
R$ 1,21 R$ 2,14
R$ 1,0
2011 2012 2013 2014 2015
Despesas com informática
Despesas com capital
1 Os índices de execução orçamentária estão disponíveis no portal da transparência do CNJ. Os indicadores constantes nos anexos da Resolução CNJ 76/2009 estão sendo revistos pela
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
2 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Relatório Justiça em Números 2016
No ano de 2015, as receitas da Justiça Militar Estadual diminuíram 50% em relação ao ano de 2014. O montante recolhido
foi R$ 1,4 milhões, representando um retorno da ordem de 1,1% das despesas efetuadas, conforme Gráfico 8.3. Computam‑se,
nessa rubrica, os recolhimentos com custas, emolumentos e eventuais taxas.
R$ 200 120%
R$ 160 R$ 134,1 R$ 130,3 R$ 129,4 R$ 132,8 110%
R$ 121,4
314
Milhões de R$
R$ 120 100%
R$ 111,2 R$ 115,9 R$ 113,6 R$ 122,6
R$ 111,8
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
R$ 80 90%
R$ 40 91,6% 83,4% 88,9% 87,8% 92,3% 80%
R$ 0 70%
2011 2012 2013 2014 2015
Pela primeira vez, no Relatório Justiça em Números, os gastos foram desagregados entre magistrados, servidores, terceiriza-
dos e estagiários. No ano de 2015, a despesa média mensal da Justiça Militar Estadual foi de aproximadamente R$ 45,4 mil por
magistrado, de R$ 12,8 mil por servidor, de R$ 2.096 por terceirizado e de R$ 784 por estagiário. As despesas médias mensais
de magistrados e servidores por tribunal de justiça estão discriminadas no Gráfico 8.6.
Gráfico 8.6 – Despesa média mensal com magistrados e servidores na Justiça Militar Estadual
Despesa mensal por Servidor Despesa mensal por Magistrado
13.167 TJMMG 49.632
14.143 TJMSP 44.558
9.217 TJMRS 41.494
12.836 Militar Estadual 45.378
As despesas com remuneração e encargos, benefícios e indenizatórias mantiveram‑se estáveis no quinquênio, conforme
Gráfico 8.7.
Gráfico 8.7 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Militar Estadual, por tipo
200,0
160,2
80,6
Das despesas totais em 2015, observou‑se que 24,7% foram utilizadas com pessoal inativo e 60,5% com pessoal ativo. Ou
315
seja, a cada R$ 10 de despesas com pessoal, R$ 2,9 são utilizados para as despesas com pessoal inativo, conforme Gráfico 8.8.
26,3%
24,7%
80%
21,5% 22,0%
21,7%
60%
De forma inédita, foram separadas as despesas e os gastos por cargos em comissão e funções comissionadas, entre 1º grau, 2º grau e área administrativa.
Observa‑se, por intermédio do Gráfico 8.9, que metade dos magistrados está no 1º grau e a outra no 2º grau. Cada instância possui 21 magistrados.
Do total de servidores, tem‑se que 46% estão na área administrativa, sendo o maior percentual observado entre os demais ramos de justiça. Metade dos
servidores sem vínculo está na segunda instância. Mesmo observando menos servidores no 2º grau do que no 1º, há proporcionalmente mais cargos em comissão
na segunda instância do que na primeira. Cumpre informar que, no ano de 2015, não foram informadas as funções comissionadas do 2º grau, porém foram
verificadas as suas despesas.
Gráfico 8.9 – Percentual de despesas com recursos humanos na Justiça Militar Estadual, por cargo e instância
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Magistrados: cedidos, requisitados
auxiliar:
42 (7,1%) e comissionados:
122 (20,6%)
428 (72,3%)
2º grau:
75(32,3%)
1º grau:
21 (50%)
1º grau:
157 (67,7%)
Análise do Poder Judiciário
Em 2015, a Justiça Militar Estadual tinha 42 cargos de magistrados providos, de 48 cargos existentes (Gráfico 8.10). Deste
total de cargos providos (42), 21 são juízes auditores militares (50%) e 21 são desembargadores (50%), conforme Gráfico 8.11.
Gráfico 8.10 ‑ Série histórica dos cargos de magistrados na Justiça Militar Estadual
60 48 48 48 20%
48
48 42 16%
36 40 40 40 41 42 12%
24 8%
12 4,8% 16,7% 16,7% 14,6% 12,5% 4%
0 0%
2011 2012 2013 2014 2015
Percentual de cargos vagos
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
21 21
Ao final de 2015, a Justiça Militar Estadual possuía uma equipe de 428 servidores, sendo 313 do quadro efetivo (73%), 65
requisitados ou cedidos de outros órgãos (15%) e 50 comissionados sem vínculo efetivo (12%). Considerando o tempo total que
os servidores permaneceram afastados, 21 servidores (5%) permaneceram afastados durante todo o ano de 2015. Cumpre infor-
mar a existência de 74 cargos criados por lei e não providos, o que representa 19% dos cargos efetivos existentes. O número
de cargos existentes diminuiu de 414, em 2014, para 391 cargos, em 2015 (Gráfico 8.12). 317
Do total de cargos providos de servidores, 232 (54%) estavam lotados na área judiciária e 196 (46%) na área administrativa.
Gráfico 8.12 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Militar Estadual
600 40%
468
480 414 415 414 391 34%
360 350 28%
342 330 324 317
240 22%
120 25,2% 17,4% 20,5% 21,7% 18,9% 16%
0 10%
2011 2012 2013 2014 2015
75 157 196
Por fim, a Justiça Militar Estadual conta com apoio de 122 trabalhadores auxiliares, sendo 57 terceirizados (46,7%) e 65
estagiários (53,3%), conforme Gráfico 8.14
46,7% Auxiliares
Estagiários
122 Terceirizados
53,3%
318
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.16 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Militar Estadual
400
340
324
340
281
280
219
220 191
177
161 164 185
160 127
105
100
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 8.17 – Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Militar Estadual, por tribunal
TJMSP 147
TJMMG 108
TJMRS 59
Militar Estadual 105
Gráfico 8.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na Justiça Militar
Estadual
57 57
60
50 46
37 36
40
31 35
30 27 27
22
20
20
320
10
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Gráfico 8.19 – Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Militar Estadual, por tribunal
TJMMG 21
TJMRS 19
TJMSP 19
Militar Estadual 20
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.20 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Militar Estadual
30%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
Gráfico 8.21 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Militar Estadual, por tribunal
321
8.2.3 Taxa de congestionamento, índices de atendimento à demanda e percentual de
Gráfico 8.22 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos na
Justiça Militar Estadual
115,0% 114,4% 114,8%
120%
101,7%
96% 87,0%
72%
50,9%
42,8% 38,3% 41,9%
48% 37,4%
39,9%
24% 13,7%
0,0% 0,0% 0,0% 0,2%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
Gráfico 8.23 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Militar Estadual, por tribunal
Gráfico 8.24 – Índice de atendimento à demanda da Justiça Militar Estadual, por tribunal
TJMMG 111,1%
TJMRS 103,3%
TJMSP 95,6%
322 Militar Estadual 101,7%
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Quando observado o índice de processos eletrônicos por tribunal e ano percebe‑se realidades distintas em cada corte. Em
2015, o Tribunal Militar Estadual de Minas Gerais recebeu eletronicamente 30% dos processos novos, o Tribunal Militar Estadual
de São Paulo 9%, já o Tribunal Militar Estadual do Rio Grande do Sul não registrou a entrada de processos por meio eletrônico.
Gráfico 8.25 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Militar Estadual, por ano e tribunal
TJMMG 30%
TJMSP 9%
TJMRS 0%
Militar Estadual 14%
2014 2015
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.26 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no 1º grau dos
tribunais da Justiça Militar Estadual
0%
0%
TJMRS 57%
68%
39%
TJMMG 62%
66%
50%
TJMSP 75%
58%
0%
38%
Militar Estadual 68%
63%
extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não sendo computadas as execuções judiciais.
OO Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução
extrajudicial com o número de servidores da área judiciária em atuação, não sendo computadas as execuções judiciais.
OO Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador computa a média de efetivo trabalho de cada magistrado durante o ano
de 2015. É calculado pela soma dos casos novos, dos casos pendentes (inicial), dos recursos internos novos, dos recursos
internos pendentes (inicial), dos incidentes em execução novos e dos incidentes em execução pendentes (inicial). Após,
divide‑se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que na carga de trabalho todos os processos são
considerados, inclusive as execuções judiciais3.
OO Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de ser-
vidores da área judiciária.
OO IPM – Índice de Produtividade dos Magistrados: indicador que computa a média de processos baixados por magistrado
em atuação.
OO IPS‑Jud – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária: indicador que computa a média de processos baixa-
dos por servidor da área judiciária.
OO Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de
decisões terminativas e de sentenças proferidas.
3 Ao contrário dos casos novos por magistrado, que somente as execuções extrajudiciais e casos novos de conhecimento são computados.
Análise do Poder Judiciário
OO Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação ao número
de acórdãos e decisões publicadas.
OO Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
OO IAD – Índice de Atendimento à Demanda: indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos
em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para
evitar aumento dos casos pendentes.
OO Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao final
do ano‑base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
A partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos servidores passou a ser mais preciso, ao
computar a soma de todos os tempos de afastamento. Dessa forma, o denominador dos indicadores de carga de trabalho, IPM,
IPS‑Jud e casos novos por magistrado e servidor passaram a considerar o número médio de trabalhadores que permaneceu ativo
durante todo o exercício de 2015. Até 2014, para os magistrados, somente eram considerados afastamentos por 6 meses ou mais.
No caso dos servidores, utilizava‑se o total em atividade no final de cada ano‑base.
2º grau 1º grau
52 TJMMG 125
126 TJMSP 135
34 TJMRS 61
71 Militar Estadual 106
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 8.28 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Militar Estadual
200
174 161
Gráfico 8.29 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual
2º grau 1º grau
14 TJMMG 18
32 TJMSP 11
13 TJMRS 17
21 Militar Estadual 14
Gráfico 8.30 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual
38
40
33
34
28 24 24
21 21
22 19 18
326
16 20 16 16
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
15 14
15 14
10
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2º grau 1º grau
89 TJMMG 293
266 TJMSP 280
62 TJMRS 172
139 Militar Estadual 246
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.32 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Militar Estadual
500
439 439
420 374
340
324
340 284
281
246 246
260 216 219 235
197
157 191
180
139
100
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
1º Grau (sem suspensos)
2º Grau
Total
Gráfico 8.33 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual
2º grau 1º grau
25 TJMMG 43
66 TJMSP 24
23 TJMRS 48
41 Militar Estadual 33
Gráfico 8.34 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual
80
72
70 65
60 57 57
48
50 54 46
52 39 327
37 41
40 43 36
Gráfico 8.35 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Militar Estadual
2º grau 1º grau
61 TJMMG 164
153 TJMSP 141
48 TJMRS 70
87 Militar Estadual 123
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 8.36 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Militar Estadual
300
256
223 213
212
177 177
164 166
168 161
134 127
117 123
124 146
89 105
80 87
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
Gráfico 8.37 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Militar Estadual
2º grau 1º grau
17 TJMMG 24
38 TJMSP 12
18 TJMRS 20
25 Militar Estadual 17
Gráfico 8.38 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Militar Estadual
50 45
42 38
34 31 28
27 27 25
23
26 22
26 25 20
328 22
18 20
17
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
10
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2º grau 1º grau
13% TJMMG 2%
25% TJMSP 1%
23% TJMRS 0%
21% Militar Estadual 1%
30%
2º grau 1º grau
22% TJMMG 13%
41% TJMSP 9%
23% TJMRS 19%
34% Militar Estadual 13%
329
2º grau 1º grau
24% TJMMG 33%
1% TJMSP 16%
0% TJMRS 0%
6% Militar Estadual 19%
Gráfico 8.44 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Militar Estadual
20% 18,9%
16% 13,7%
12%
8% 6,3%
2º grau 1º grau
118% TJMMG 109%
121% TJMSP 78%
140% TJMRS 87%
124% Militar Estadual 90%
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.46 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Militar Estadual
130% 123,5%
116,7% 119,2% 118,7%
117,0% 115,0% 114,8%
118%
114,0% 114,4%
106% 101,7%
106,9% 108,2%
94% 87,0% 89,9%
82%
71,2%
70%
2011 2012 2013 2014 2015
1º Grau
2º Grau
Total
2º grau 1º grau
23% TJMMG 43%
33% TJMSP 49%
5% TJMRS 60%
27% Militar Estadual 50%
59,5%
60%
50,9% 49,6%
52% 48,5%
47,2%
44% 41,6% 41,9%
39,8%
35,1% 42,8%
36% 30,9% 38,3% 37,4% 331
26,9%
28% 31,6% 32,4%
Conhecimento
1.290
Criminal 1.342 1.129
903
Não criminal 778 495
2.193
Total Conhecimento 2.120 1.624
Execução
264
Judicial não criminal 153 96
264
Total Execução Judicial 614 794
264
Total Execução 614 794
2.412,30 1.206,15 0,00 1.206,15
332
Conhecimento Criminal (1º Grau) 47%
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Gráfico 8.53 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento 333
Execução Conhecimento
Gráfico 8.54 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária
30 26 28
22 23
24
22 17
19
19 20 19
15
13
7
7 5
4
2 2
2
2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 8.55 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
132% TJMMG 104%
17% TJMSP 99%
5% TJMRS 113%
43% Militar Estadual 103%
124%
98,0% 119,2% 103,4%
114,0% 118,7%
98% 81,2% 75,2%
68,7% 89,9%
72%
71,2% 43,0%
46%
22,2%
20%
2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Execução
1º grau
70%
59,5% 60,0%
60% 53,0%
50,0% 49,6%
50% 54,1% 48,5%
41,6% 39,8% 42,5%
40% 46,7%
39%
34,5% 37,1%
30%
2011 2012 2013 2014 2015
Conhecimento
Conhecimento líquida
Execução
1º grau
Análise do Poder Judiciário
Conhecimento
Tempo da sentença: 1 ano
Tempo da baixa: 1 ano 4 meses
Tempo do pendente: 1 ano
Execução
Tempo da sentença: 1 ano 1 mês
Tempo da baixa: 1 ano 4 meses
Tempo do pendente: 1 ano 8 meses
Relatório Justiça em Números 2016
Verifica‑se, no 1º grau, que os tempos da sentença e baixa são semelhantes, diferenciando‑se mais do tempo do pendente,
que é maior no conhecimento. Já no 2º grau todos os tempos são muito inferiores.
Considerando‑se cada tribunal isoladamente, percebe‑se que os tempos médios até a sentença mudam bastante, dependen-
do do tribunal ou da fase em que se encontra o processo, conforme Gráfico 8.59.
No intuito de apurar o tempo efetivamente despendido no 1º grau de jurisdição, fez‑se o cálculo do lapso decorrido entre
o protocolo e o primeiro movimento de baixa do processo, o que inclui o tempo gasto com as etapas burocráticas cartoriais que
ficam de fora do cálculo anterior, onde o marco final é a data da sentença.
Também aqui, verifica‑se o quão diferente podem ser os tempos até a baixa dependendo da fase de conhecimento e de
execução ou do tribunal.
Gráfico 8.60 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nas varas: execução x conhecimento
Execução Conhecimento
1,1 TJMMG 1,8
3,4 TJMRS 1,7
2,0 TJMSP 0,7
1,4 Militar Estadual 1,3
Reflete‑se abaixo o tempo de duração dos feitos considerados pendentes na Justiça Militar Estadual.
336
Gráfico 8.61 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nas varas: execução x conhecimento
JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Execução Conhecimento
1,5 TJMMG 1,6
2,4 TJMSP 0,6
0,3 TJMRS 0,7
1,7 Militar Estadual 1,0
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.62 – Série histórica dos casos novos criminais de 2º grau e de 1º grau na fase de conhecimento
3.000
2.460 2.092
1.920 1.579 1.065
1.446 1.262
1.039 1.164 1.342
1.380 985 832
841 816 1.129
840 989 853
572 490 427 383
300 595
2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento
Casos novos criminais de 1º grau na fase de conhecimento
Casos pendentes criminais de 2º grau
Casos novos criminais de 2º grau
337
Novos Pendentes
550 TJMSP 308
126 TJMMG 60
177 TJMRS 15
Relatório Justiça em Números 2016
173 (0,90%)
17. PROCESSO CRIMINAL - Execução Criminal/Incidentes 166 (0,86%)
18. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras 147 (0,76%)
19. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 142 (0,73%)
20. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Cautelares/Pedido de Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônico 136 (0,70%)
Análise do Poder Judiciário
seus acervos processuais de forma relativamente rápida, sem acúmulo de casos antigos.
Pela análise das demandas mais recorrentes, verifica‑se que 46% dos processos referem‑se a atos processuais e atos proces-
suais de intimação/notificação.
Quanto às classes, 39,8% da demanda é relativa a procedimentos investigatórios, ou seja, inquéritos, autos de prisão, termos
circunstanciados, representações criminais, dentre outros. É oportuno esclarecer que tais valores não são computados para fins
de aferição dos casos novos, pendentes e baixados deste relatório.
Superiores Supe
Superior
perioores
Análise do Poder Judiciário
eriores
9 Tribunais Superiores
O que são os Tribunais Superiores:
Os Tribunais Superiores são os órgãos máximos de seus ramos de justiça, atuando tanto em
causas de competência originária quanto como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São
eles: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior Elei-
toral (TSE) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os magistrados que compõem esses colegia-
dos são denominados Ministros.
A Justiça Militar de União é composta por 15 ministros vitalícios, conforme art. 123 da Cons-
TRIBUNAIS SUPERIORES
tituição Federal. Sua principal competência é de processar e julgar os integrantes das Forças
Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) nos crimes militares definidos no Código Penal
Militar.
Outro ponto a ser destacado, além das competências constitucionais explicitadas, o magistra-
do militar é responsável por acompanhar, decidir e finalizar os procedimentos investigatórios.
Esses quantitativos de procedimentos administrativos (inquéritos militares) não estão compu-
tados na carga de trabalho deste relatório, mas vale ressaltar que essa peculiaridade demanda
um grande esforço dos magistrados militares, visto que nessa fase são realizados estudos e
diligências antes mesmo do recebimento da denúncia.
Relatório Justiça em Números 2016
346
TRIBUNAIS SUPERIORES
Análise do Poder Judiciário
Neste capítulo, serão analisadas as informações enviadas pelos Tribunais Superiores. É importante frisar que os dados forneci-
dos são de responsabilidade exclusiva dos tribunais que integram o Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ), conforme
o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Cada seção apresenta dados e análises sobre os principais indicadores de cada tribunal superior STJ, TST, TSE e STM. As
informações do STM estão dispostas na seção destinada à Justiça Militar da União, a qual agrega, inclusive, os dados de suas
respectivas auditorias militares.
A primeira subseção de cada Tribunal Superior apresenta um panorama global dos principais dados constantes no Sistema
de Estatística do Poder Judiciário referentes aos recursos financeiros e humanos, subdivididos da seguinte forma: a) despesas e
receitas totais; b) despesas com pessoal e c) quadro de pessoal.
A segunda subseção de cada tribunal exibe as séries históricas da movimentação processual, indicadores de produtividade e
carga de trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária, taxa de congestionamento, recorribilidade, índices de atendi-
mento à demanda e de casos novos eletrônicos.
A terceira subseção de cada tribunal contém informações sobre o tempo médio de tramitação processual.
A quarta subseção de cada tribunal detalha as demandas existentes nos tribunais, com segmentação dos casos novos por
classe processual e por assunto.
347
TRIBUNAIS SUPERIORES
Relatório Justiça em Números 2016
R$ 42 6%
R$ 28 R$ 22,4 R$ 18,0 4%
348 R$ 14 2%
5,0% 2,0% 1,5% 2,7% 3,4%
R$ 0 0%
2011 2012 2013 2014 2015
TRIBUNAIS SUPERIORES
1 Todos os valores monetários de 2011 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
R$ 2,0 120%
R$ 1,6 R$ 1,2 R$ 1,4 108%
R$ 1,2 R$ 1,1 R$ 1,2
R$ 1,2 96%
Bilhões de R$
Despesa Total
Despesa com RH
Percentual de gasto com RH
TRIBUNAIS SUPERIORES
9,6%
602
403
94,72 102,94 78,63 92,89
204 16,56 20,72 20,76 7,95
36,00
5 5,12
2011 2012 2013 2014 2015
Remuneração e encargos
Benefícios
Indenizatórias
Relatório Justiça em Números 2016
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Ministros: requisitados
auxiliar:
33 (0,6%) e comissionados:
2.349 (44,3%)
2.916 (55,0%)
Área judiciária:
1.690 (58,0%)
Área administrativa
1.226(42,0%)
O Superior Tribunal de Justiça possui 33 ministros e uma equipe de 2.916 servidores, sendo 2.667 do quadro efetivo (91,5%)
e 127 que saíram do STJ por cessão ou requisição de outro órgão. Considerando os tempos totais de afastamento, em média 153
servidores (5,2%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015.
De forma inédita, houve separação das despesas e dos quantitativos de cargos em comissão e de funções comissionada entre
área judiciária e área administrativa. A maior parte da força de trabalho e dos cargos está na área judiciária, que detém 58,0% dos
servidores, 73,1% dos cargos em comissão (sendo 74,1% em valores remuneratórios) e 72,5% das funções de confiança (sendo
69,3% em valores remuneratórios).
350
Do total de servidores do quadro efetivo, cumpre informar a existência de 136 cargos criados por lei e ainda não providos,
que representam 4,6% dos cargos existentes, percentual que apresenta leve diminuição em relação ao ano de 2014 (Gráfico 9.5).
TRIBUNAIS SUPERIORES
Gráfico 9.5 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Superior Tribunal de Justiça
4.000 10%
2.741 2.741 2.737 2.930 2.930
3.200 8%
2.400 2.718 2.768 2.794 6%
2.660 2.691
1.600 4%
800 2%
3,0% 0,8% 1,7% 5,5% 4,6%
0 0%
2011 2012 2013 2014 2015
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
Percentual de cargos vagos
Por fim, o Superior Tribunal de Justiça conta, ainda, com o apoio de 2.349 trabalhadores auxiliares, sendo 1.742 terceiri-
zados (74,2%) e 607 estagiários (25,8%). As contratações por meio de terceirização cresceram em 12% no ano, com inclusão de
192 trabalhadores. O número de estagiários manteve‑se praticamente constante.
Análise do Poder Judiciário
TRIBUNAIS SUPERIORES
A recorribilidade interna vinha em tendência de queda desde 2012, mas em 2015 subiu para 33% (Gráfico 9.11). Dentre os
tribunais superiores é o com maior valor.
É interessante observar a diferença na natureza dos processos ingressados no STJ, quando são comparados os casos criminais
com os não‑criminais. Os processos originários representam 10,8% da demanda não‑criminal. Dentre as ações penais, todavia,
o percentual de casos originários se eleva para 42,3%. O número de casos novos criminais no STJ tem subido, e registrou alta de
1,5% em 2015 e de 21% no quinquênio.
Os processos criminais representam 20,2% dos casos novos, 20,9% dos baixados e 19,5% do acervo processual do STJ.
2 Índice de Produtividade dos Magistrados calculado pela razão entre o total de processos baixados e o total de magistrados em atividade.
3 Índice de Produtividade dos Servidores calculado pela razão entre o total de processos baixados e o total de servidores da área judiciária.
Relatório Justiça em Números 2016
240.000 261.382
200.000
2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Casos novos
Gráfico 9.8 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Superior Tribunal de Justiça
30.000
25.533
25.200 22.624 23.453 25.293
20.656
20.400 18.190
15.600
8.935 10.350
10.800 8.488 8.652
6.202
6.000
352 2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
TRIBUNAIS SUPERIORES
Índice de produtividade
Gráfico 9.9 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do Superior Tribunal
de Justiça
600
506 524
476 494 519
500
415
400
300
196 200 213
182
200 142
100
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.10 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos do
Superior Tribunal de Justiça
Gráfico 9.11 – Série histórica do índice de recorribilidade interna e externa do Superior Tribunal de Justiça
40% 34,5% 33,0%
30,4%
32% 28,5%
25,0%
24%
16%
9,3% 9,0% 9,6% 9,0% 7,7%
8%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
TRIBUNAIS SUPERIORES
análise de tempo, seria necessário estudar curvas de sobrevivência, agrupando os processos semelhantes, segundo as classes e
os assuntos. Tais dados ainda não estão disponíveis, e são complexos para serem obtidos, mas o CNJ, por meio do Selo Justiça
em Números, está trabalhando no aperfeiçoamento do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, e planeja obter as informações
necessárias para produção de estudos mais aprofundados sobre o tempo de tramitação processual.
A Figura 9.2 demonstra o tempo médio de tramitação do processo no STJ, em cada uma das fases. O tempo médio entre a
distribuição e a última sentença é de 10 meses e da distribuição até a solução definitiva é um pouco maior, 1 ano e 1 mês. Os
processos pendentes estão nesta situação, em média, há um ano e meio.
conhecimento, existem os “Procedimentos Especiais” (nível 4), “Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa” (nível 5) e,
por fim, chegando ao sexto nível, “Restauração de Autos”.
Assim como ocorre na análise dos assuntos, quanto maior o nível de abertura, mais difícil fica a interpretação, já que não é
conhecido o procedimento de autuação do tribunal. É possível que alguns processos sejam cadastrados apenas nas classes mais
globais, sem detalhamento dos itens mais específicos. Por este motivo, para melhor consistência e confiabilidade dos dados, as
informações apresentadas abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico.
355
TRIBUNAIS SUPERIORES
Relatório Justiça em Números 2016
R$ 2,0 120%
R$ 1,6 110%
R$ 1,2 R$ 1,0 R$ 0,9 R$ 0,9 100%
Bilhões de R$
Despesa Total
Despesa com RH
Percentual de gasto com RH
4 Todos os valores monetários de 2009 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
Pessoal e encargos
Outras 690.642.167
22.514.776 83,2%
2,7%
Estagiários
4.648.966
0,6%
Terceirizados
63.279.072 Benefícios
7,6% 48.719.679
5,9%
482,4
323,6
TRIBUNAIS SUPERIORES
b) Servidores, que abrangem o quadro efetivo, os requisitados e os cedidos de outros órgãos, pertencentes ou não à es-
trutura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo. Excluem‑se os servidores do quadro efetivo que estão
requisitados ou cedidos para outros órgãos;
c) Os trabalhadores auxiliares, que abrangem os terceirizados e os estagiários.
Relatório Justiça em Números 2016
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Ministros: requisitados
auxiliar:
27 (0,7%) e comissionados:
1.414 (37,8%)
2.303 (61,5%)
Área judiciária:
1470 (63,8%)
Área administrativa
833 (36,2%)
O Tribunal Superior do Trabalho é formado por 27 ministros. Em relação aos servidores, ao final de 2015, o Tribunal Superior
do Trabalho possuía uma equipe de 2.303 servidores, sendo 1.899 do quadro efetivo (82,5%). Considerando os tempos totais
de afastamento, aproximadamente 148 servidores (6,4%) permaneceram afastados durante todo o ano de 2015.
De forma inédita, houve separação dos quantitativos de cargos em comissão e de funções comissionada entre área judiciária
e área administrativa. A maior parte da força de trabalho e dos cargos está na área judiciária, que detém 63,8% dos servidores,
79,3% dos cargos em comissão e 68,1% das funções de confiança.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 40 cargos criados por lei e ainda não providos, que re-
presentam 1,9% dos cargos existentes, percentual que apresenta leve aumento em relação ao ano de 2014, mas em patamares
bem inferiores aos dos anos de 2011 e 2012 (Gráfico 9.17).
Gráfico 9.17 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Tribunal Superior do Trabalho
3.000 20%
2.400 2.104 2.103 2.103 2.103 2.125 2.125 2.125 16%
1.800 2.059 2.060 2.078 2.094 2.085 12%
1.866 1.821
1.200 8%
600 2,1% 2,0% 11,3% 13,4% 2,2% 1,5% 1,9% 4%
358
0 0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
TRIBUNAIS SUPERIORES
Por fim, o TST conta, ainda, com o apoio de 1.414 trabalhadores auxiliares, sendo 1.050 terceirizados (74,3%) e 364
estagiários (25,7%). Enquanto a quantidade de terceirizados está crescendo paulatinamente (aumento de 51% desde 2009), a
quantidade de estagiários decresceu em 38% no mesmo período.
5 Índice de Produtividade dos Magistrados calculado pela razão entre o total de processos baixados e o total de magistrados em atividade.
6 Índice de Produtividade dos Servidores calculado pela razão entre o total de processos baixados e o total de servidores da área judiciária.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.20 e Gráfico 9.21, respectivamente. Isso implica em dizer que cada ministro solucionou, em média 8.701 processos no
ano, ou seja, 36 casos ao dia, considerando 20 dias úteis por mês.
Interessante observar que o aumento da produtividade ocorreu mesmo com a retração dos casos novos em 14,8%. O Índice
de Atendimento à Demanda (IAD), que mede a relação entre o que foi baixado e o que entrou de processo novo, superou o
patamar mínimo desejável de 100%, e atingiu 112,8%, maior valor desde 2010 (Gráfico 9.22).
Ainda assim, o acervo subiu, atingiu 321 mil processos, com alta de 19,8%. A taxa de congestionamento manteve‑se relati-
vamente estável e seu valor em 2015 foi de 57,7%.
O índice de processos eletrônicos continuou em 100% pelo quinto ano seguido. O TST é o único tribunal superior com a
totalidade de casos novos ingressados eletronicamente.
Apesar de bastante presente nas varas do trabalho, a conciliação é uma prática ainda quase inexistente no TST. Das 255.769
decisões terminativas, apenas 13 foram homologatórias de acordo (0,005%).
Pela primeira vez, foi feita a separação entre os processos originários e recursais nos tribunais. No caso do TST, dos 208.249 que
entraram em 2015, apenas 959 (0,5%) eram originários, sendo os demais provenientes de recursos dos Tribunais Regionais do Trabalho.
O TST recebe recursos provenientes dos Tribunais Regionais do Trabalho, nos quais 73% das decisões de 2º grau são recorri-
das. Dentre todos os segmentos de justiça, é o maior índice de recorribilidade externa de 2º grau para tribunal superior.
A recorribilidade interna é o resultado da relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão jurisdicional pro-
lator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas no período de apuração. O índice no TST chegou a 26,6%
em 2015, o maior patamar da série histórica (Gráfico 9.23), apesar de ser o tribunal superior com menor recorribilidade interna.
A recorribilidade interna do TST está detalhada entre: a) recorribilidade de decisão monocrática; b) recorribilidade de embar-
gos de declaração e c) recorribilidade de embargos interpostos para Seção Especializada. A maior delas é a de decisão monocrá-
tica, em 55,2%. A recorribilidade de Embargos de Declaração (ED) é de 10,6%, ou seja, de 256 mil publicadas, 29 mil sofreram
ED. O menor índice é o de recorribilidade de embargos, com 5,3%.
340.000 320.668
265.543 267.605
280.000
214.360 204.988 212.097 216.435
220.000 239.644 244.555
208.249 359
160.000 183.303
157.335 157.068 169.818
TRIBUNAIS SUPERIORES
100.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Casos novos
100.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Casos Baixados
Decisões Terminativas
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 9.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Tribunal Superior do Trabalho
30.000
25.000 23.227
18.823 19.263 20.041
20.000 17.737
15.581 16.228
14.973
15.000
Gráfico 9.21 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do Tribunal Superior
do Trabalho
500 452
420
347 345 353 390
340 306 306
267
260
169
180 142 136 126 131 136
111
100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 9.22 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos do
Superior Tribunal do Trabalho
360
TRIBUNAIS SUPERIORES
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.23 – Série histórica do índice de recorribilidade interna do Tribunal Superior do Trabalho
30%
26,6%
26% 24,3% 23,7%
21,5% 21,6%
22% 20,2%
18,7%
18%
14%
10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Interna
TRIBUNAIS SUPERIORES
Tempo do pendente: 2 anos 1 mês
TRT
Tempo da sentença: 4 meses
Tempo da baixa: 8 meses
Tempo do pendente: 8 meses
Relatório Justiça em Números 2016
363
TRIBUNAIS SUPERIORES
Relatório Justiça em Números 2016
R$ 326 R$ 288,23
Milhões de R$
R$ 226,50
R$ 252
R$ 203,27
R$ 130,70
R$ 178
R$ 232,80
364 R$ 153,65 R$ 154,77
R$ 104
R$ 62,90
R$ 32,76
R$ 30
TRIBUNAIS SUPERIORES
7 Todos os valores monetários de 2011 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
Pessoal e encargos
Outras 193.825.065
3.748.623 69,6%
1,3% 365
Estagiários
TRIBUNAIS SUPERIORES
648.042
0,2%
Terceirizados
62.234.791 Benefícios
22,3% 18.096.908
6,5%
Relatório Justiça em Números 2016
Milhões de R$
180,4
120,6
Remuneração e encargos
Benefícios
Indenizatórias
Servidores efetivos,
Força de trabalho
Ministros: requisitados e
auxiliar:
14 (0,7%) comissionados:
1.324 (63,9%)
733 (35,4%)
366
Área judiciária:
201 (27,4%)
TRIBUNAIS SUPERIORES
Área administrativa
532 (72,6%)
O Tribunal Superior Eleitoral é formado por 14 ministros, sendo 7 titulares e 7 substitutos. Em relação aos servidores, ao final
de 2015, o TSE possuía uma equipe de 733 servidores, sendo 695 do quadro de provimento efetivo (94,8%). Considerando
os tempos totais de afastamento, em média, 39 servidores (5,3%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015.
Do total de servidores, 201 (27,4%) estavam lotados na área judiciária, e a maioria, 532 (72,6%), na área administrativa.
De forma inédita, houve separação das despesas e dos quantitativos de cargos em comissão e de funções comissionada entre
área judiciária e área administrativa. Assim como o número de servidores, as comissões também estão majoritariamente alocadas
na área meio, que detém 66,1% dos cargos em comissão (sendo 74,2% em valores remuneratórios) e 76,2% das funções de
confiança (sendo 72,7% em valores remuneratórios).
Análise do Poder Judiciário
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 64 cargos criados por lei e ainda não providos, que re-
presentam 7,1 % dos cargos existentes. Tal percentual reduziu para menos da metade, comparativamente aos anos de 2012 a
2014 (Gráfico 9.30).
Gráfico 9.30 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Tribunal Superior Eleitoral
1.000 897 30%
779 779 779 779
800 24%
833
600 779 18%
626 647 637
400 12%
200 0,0% 19,6% 16,9% 18,2% 7,1% 6%
0 0%
2011 2012 2013 2014 2015
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos
Percentual de cargos vagos
Por fim, o Tribunal Superior Eleitoral conta, ainda, com o apoio de 1.324 trabalhadores auxiliares, cujos percentuais de
terceirizados e estagiários são 95,8% e 4,2%, respectivamente. Ambos os tipos de contratação reduziram em 2015, tendo em
vista se tratar de ano não eleitoral.
TRIBUNAIS SUPERIORES
43 processos ingressaram eletronicamente em 2015, o que representou 1,2% dos casos novos.
O TSE recebe recursos provenientes dos Tribunais Regionais Eleitorais. A recorribilidade desses tribunais para o TSE foi de
16,8% em 2015.
A recorribilidade interna é o resultado da relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão jurisdicional
prolator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas no período de apuração. Neste índice são considerados
os embargos de declaração e os agravos regimentais. A recorribilidade interna no TSE chegou a 32,6% em 2015, menor valor
desde 2013.
No TSE, os processos criminais representam 4,6% dos casos novos, 4,5% dos baixados e 4,9% do acervo processual total do
tribunal.
Relatório Justiça em Números 2016
16.200
12.793
12.400
8.600 7.387
6.260
4.800 3.653 2.989 3.526
5.025 5.637
2.497 1.607
1.000
2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Casos novos
16.800 15.880
13.600
10.193
10.400 8.121 8.105
Gráfico 9.33 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Tribunal Superior Eleitoral
3.000
2.460
1.972 2.015
1.920
1.380 1.089
887 952
821 738
840 602 718
458 353
368 300
2011 2012 2013 2014 2015
TRIBUNAIS SUPERIORES
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.34 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do Tribunal Superior
Eleitoral
200
164
128 128
128
92 81
57 60 54
56 45 53
26
20
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 9.35 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos do
Tribunal Superior Eleitoral
Gráfico 9.36 – Série histórica do índice de recorribilidade interna e externa do Tribunal Superior Eleitoral
40%
35,4% 35,2%
34% 31,8% 32,6% 369
26,8%
28%
TRIBUNAIS SUPERIORES
22% 24,1% 19,8%
16,5% 15,7%
16%
11,1%
10%
2011 2012 2013 2014 2015
Recorribilidade Externa
Recorribilidade Interna
pois resume em uma única métrica os resultados de informações que sabemos ser extremamente heterogêneas. Para adequada
análise de tempo, seria necessário estudar curvas de sobrevivência, agrupando os processos semelhantes, segundo as classes e
os assuntos. Tais dados ainda não estão disponíveis, e são complexos para serem obtidos, mas o CNJ, por meio do Selo Justiça
em Números, está trabalhando no aperfeiçoamento do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, e planeja obter as informações
necessárias para produção de estudos mais aprofundados sobre o tempo de tramitação processual.
A Figura 9.6 demonstra o tempo de tramitação do processo no TSE, em cada uma das fases. Interessante que o tempo do pro-
cesso pendente é a metade do tempo até a sentença ou até a baixa, denotando assim que, ao contrário da maioria dos tribunais,
o TSE resolve rapidamente seus casos mantendo um acervo de processos mais novos. O tempo médio da sentença superou em
1 mês o tempo médio da baixa, ou seja, os tempos das duas fases são semelhantes. Por se tratar de médias, é importante ter em
mente que o universo de processos utilizado em ambos os cálculo não é necessariamente o mesmo.
TRE
Tempo da sentença: 7 meses
Tempo da baixa: 1 ano 1 mês
Tempo do pendente: 3 anos
todos são contabilizados. Portanto, os números que serão apresentados não refletem a quantidade de processos ingressados no
Tribunal Superior Eleitoral, mas tão somente a quantidade de processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto.
TRIBUNAIS SUPERIORES
3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo Cautelar/Cautelar Inominada 112 (3,17%)
4. PROCESSO ELEITORAL - Recursos Eleitorais/Recurso Ordinário 98 (2,78%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 86 (2,44%)
6. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Atos e expedientes 63 (1,79%)
7. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Recurso em Mandado de Segurança 42 (1,19%)
8. PROCESSO ELEITORAL - Consulta 41 (1,16%)
9. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Partidos Políticos/Propaganda Partidária 35 (0,99%)
10. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 32 (0,91%)
12. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Administrativos da Justiça Eleitoral/Lista Tríplice 28 (0,79%)
11. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Recurso contra Expedição de Diploma 28 (0,79%)
13. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Recurso em Habeas Corpus 26 (0,74%)
14. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS - Processo Administrativo 26 (0,74%)
15. PROCESSO CRIMINAL - Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 23 (0,65%)
16. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Administrativos da Justiça Eleitoral/Instrução 12 (0,34%)
17. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Representação 8 (0,23%)
18. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Administrativos da Justiça Eleitoral/Criação de Zona Eleitoral ou Remanejamento 7 (0,20%)
19. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Outros Procedimentos/Incidentes 7 (0,20%)
20. PROCESSO ELEITORAL - Procedimentos Relativos a Partidos Políticos/Cancelamento de Registro de Partido Político 6 (0,17%)
Relatório Justiça em Números 2016
8 Todos os valores monetários de 2011 a 2014 apresentados neste relatório encontram‑se deflacionados pelo IPCA/Dez 2015.
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.41 – As despesas com magistrados e servidores na Justiça Militar da União, por tipo
321
Milhões de R$
242
163
TRIBUNAIS SUPERIORES
tura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo. Excluem‑se os servidores do quadro efetivo que
estão requisitados ou cedidos para outros órgãos;
c) Os trabalhadores auxiliares, que abrangem os terceirizados e os estagiários.
Relatório Justiça em Números 2016
Servidores efetivos,
Ministros e Força de trabalho
requisitados
Juízes Auditores: auxiliar:
e comissionados:
54 (5,9%) 154 (16,6%)
715 (77,5%)
A Justiça Militar da União é formada por 15 ministros e 39 juízes auditores militares. Em relação aos servidores, ao final de
2015, a JMU possuía uma equipe de 715 servidores, sendo 684 do quadro efetivo (95,7%). Considerando os tempos totais de
afastamento, em média, 7 servidores (1%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2015.
Do total de servidores, 384 (58,0%) estavam lotados na área judiciária e 331 (46,3%) na área administrativa.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 130 cargos criados por lei e ainda não providos, que
representam 16% dos cargos existentes, percentual que apresenta leve diminuição em relação ao ano de 2014 (Gráfico 9.42).
Gráfico 9.42 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Militar da União
Por fim, a Justiça Militar da União conta, ainda, com o apoio de 154 trabalhadores auxiliares, sendo todos eles estagiários.
Não consta, em 2015, trabalhadores terceirizados, apenas de em 2014 possuir o registro de 431 profissionais assim contratados.
O Índice de Atendimento à Demanda (IAD) aumentou somente meio ponto percentual, que chegou ao patamar de 97,5%,
ou seja, baixou menos processos do que o número de processos novos. A taxa de congestionamento em 2015 foi de 54,7% e
atingiu maior valor da série histórica (Gráfico 9.47).
Durante o ano de 2015 nenhum processo ingressou eletronicamente na Justiça Militar da União.
Pela primeira vez, foi feita a separação entre os processos originários e recursais nos tribunais. Em específico em relação ao STM,
dos 875 novos processos de 2015, a maioria, 632 (72,2%), foram de natureza recursal e os demais 243 (27,8%) foram originários.
O índice de recorribilidade externa do STM, que mede a relação entre o número de recursos endereçados ao Supremo Tri-
bunal Federal em relação ao número de acórdãos publicados pelo STM, foi de 18%, patamar que tem se mantido ao longo da
série histórica. A recorribilidade das auditorias militares da união para o STM é semelhante, de 18,5%.
A recorribilidade interna é o resultado da relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão jurisdicional
prolator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas no período de apuração. Neste índice são considerados
os embargos de declaração, infringentes e de nulidade, os agravos regimentais e outros recursos regimentais.
A recorribilidade interna no STM é de 27,4% e registrou alta de 6,6 pontos percentuais em relação ao ano de 2014.
2.200
2.000
2011 2012 2013 2014 2015
Casos pendentes
Casos novos
3.600
375
3.200 3.374
2.781 2.814
TRIBUNAIS SUPERIORES
2.800 2.665
2.510 2.469
2.717 2.780
2.400
2.372 2.310
2.000
2011 2012 2013 2014 2015
Casos Baixados
Decisões Terminativas
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 9.45 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados da Justiça Militar da União
200
170
80 66 65
59 54
50
50
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 9.46 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária da Justiça Militar da
União
40
35
33 31 29
26
27
20
20 15
14 15
13 15
13
7
6
2011 2012 2013 2014 2015
Carga de trabalho bruta
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
Gráfico 9.47 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos eletrônicos da
Justiça Militar da União
129,3%
130%
110,3%
94,5% 97,0% 97,5%
104%
376
78%
51,6% 49,6% 54,7%
46,9% 53,5%
52% 40,9%
TRIBUNAIS SUPERIORES
26%
0% 0% 0% 0% 0%
0%
2011 2012 2013 2014 2015
Índice de Atendimento à Demanda
Taxa de Congestionamento bruta
Taxa de Congestionamento líquida
Índice de Processos Eletrônicos
Análise do Poder Judiciário
TRIBUNAIS SUPERIORES
Gráfico 9.48 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Militar da União
70
70
62
54
54 58
53 54 52
43 45
46 42 42
46
38
38 38 38 38
30
2011 2012 2013 2014 2015
Total
1º Grau
STM
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 9.49 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar da União
20
17
14 13
14 13 12
13
11 12 13
11 11 12 9
7 9
5
6 4
4
2011 2012 2013 2014 2015
Total
1º Grau
STM
Gráfico 9.50 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Militar da União
200
178 170
Gráfico 9.51 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar da União
50 46
42 38 39
36
34
35 25
26 31 29
19 26 19
378 23 17
18 15
12
10
TRIBUNAIS SUPERIORES
Gráfico 9.52 – Série histórica do índice de produtividade dos magistrados na Justiça Militar da União
90
82
80 74
72 70
70
65
66 59
60 53
52 50 60
54
50 54
46 40
40
2011 2012 2013 2014 2015
IPM Total
1º Grau
STM
Gráfico 9.53 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária na Justiça Militar da União
30
26
25
20 17 18 17
20
15 12
14 15
13 12
10 11 10 9 7
4 4
2011 2012 2013 2014 2015
IPS−Jud Total
1º Grau
STM
Gráfico 9.54 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Militar da União
TRIBUNAIS SUPERIORES
98,8%
86% 92,1%
85,1% 74,9%
70%
2011 2012 2013 2014 2015
Total
1º Grau
STM
Relatório Justiça em Números 2016
70%
61,6%
60% 55,9%
52,7% 53,4% 54,7%
50% 46,9%
42,4% 49,6% 44,6%
51,6%
40% 48,5%
40,9% 41,7%
30% 35,0% 23,5%
20%
2011 2012 2013 2014 2015
TC Total
1º Grau
STM
9 Este é o único segmento de justiça em que as execuções penais são consideradas no tempo médio de tramitação, haja vista que todos processos possuem natureza criminal.
Análise do Poder Judiciário
10 Considerações Finais
As novidades metodológicas
Esta edição do Relatório Justiça em Números oferece, ao público que o aguarda, além de informações inéditas, novas formas
de visualização das estatísticas, como infográficos, diagramas e mapas.
Dentre as novidades, o Relatório traçou o estado da arte da conciliação brasileira e revelou não somente o tempo de duração
dos processos, como os índices de recorribilidade – indicador que permite a compreensão mais clara da relação entre instâncias
da Justiça, além do desenrolar das fases processuais.
O Relatório se propôs ainda a lançar um novo olhar sobre evidências já conhecidas do público, como a taxa de congestiona-
mento, calculada agora de modo a desconsiderar os processos sobrestados, suspensos ou em arquivo provisório.
De modo a atender às diretrizes da Política de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição, as informações relativas à
despesa com pessoal foram detalhadas no primeiro e segundo graus, permitindo um diagnóstico mais preciso sobre a distribuição
dos recursos na Justiça.
As inovações trazidas nesta edição consagram um processo de amadurecimento na apuração e tratamento dos dados estatísti-
cos há muito desejado pelos técnicos do DPJ e pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento, que os supervisiona.
pesquisa para descortinar a diferença entre o tempo de duração do processo eletrônico e o do processo físico, de modo a identificar
em que estágios do fluxo processual deve-se investir mais recursos para potencializar a celeridade do processo eletrônico[2].
Algumas constatações extraídas do Relatório, embora confirmem as impressões do senso comum, oferecem elementos para
a reflexão. Confirmou-se que o Judiciário apresenta problemas relativos à morosidade – situação, todavia, agravada na fase da
execução dos processos.
Outra novidade é a percepção, haurida das estatísticas, de que os juizados especiais – criados a partir dos princípios da sim-
plicidade, informalidade e economia processual – também sofrem o impacto da morosidade da execução. Enquanto na Justiça
Estadual os casos em execução permanecem aguardando desfecho por quase 9 anos (em média), nos juizados especiais o tempo
médio de espera é de 6 anos e 9 meses.
Relatório Justiça em Números 2016
No âmbito da Política Judiciária Nacional de Tratamento de Conflitos, algumas conclusões se destacam. Até a presente
edição do Relatório Justiça em Números não era possível saber qual a contribuição – em termos estatísticos – das vias consensuais
para a diminuição da litigiosidade brasileira.
As pesquisas demonstram que os meios consensuais foram responsáveis por apenas 11% da solução dos conflitos, apesar do
imenso investimento do CNJ e dos tribunais, desde 2006, em atos normativos, campanhas, sistemas e atividades de capacitação.
Em relação aos processos de conhecimento, o índice de processos concluídos por meio de acordo homologado nos juizados
especiais estaduais não superou 20% das demandas – percentual próximo ao da Justiça comum, que foi de 10,5%. Nos juizados
especiais federais, a realidade é ainda menos alentadora, pois apenas 5,6% dos processos de conhecimento tiveram seu desfecho
por meio de acordo homologado.
Pesquisas prévias realizadas pelo CNJ, seguras tecnicamente, porém de menor escopo[3], demonstraram que o encerramento
de boa parte dos processos pela via da conciliação nos juizados cíveis ocorre ao final do processo de conhecimento, quando o
requerido percebe que não obterá êxito em sua defesa.
Verifica-se, assim, que as conclusões conduzem a necessária reflexão sobre a Política de Tratamento de Conflitos, seja no
sentido da formulação de ações mais intensas, seja na elaboração de estratégias mais eficientes, de modo a que o tempo de
duração do processo venha a ser mais fortemente impactado pelos índices de conciliação. Essa reflexão, obviamente, deve levar
em consideração o advento do novo Código de Processo Civil, que certamente incidirá positivamente neste índice. Seus efeitos,
todavia, só serão sentidos no próximo Relatório, em 2017.
oportuno mencionar que os Tribunais Superiores estão assoberbados com processos de natureza eminentemente recursal, o que
representa 89% de suas demandas.
Em vista disso, o Relatório Justiça em Números, já nesta edição, excluiu, dos indicadores de produtividade e congestiona-
mento, os processos sobrestados, suspensos ou aguardando em arquivo provisório, criando assim um novo indicador: a taxa de
congestionamento líquida.
A inovação atende a antiga demanda dos tribunais, para que sejam considerados exclusivamente os processos ativos nos
cálculos das taxas de congestionamento e das cargas de trabalho. Ademais, permitirá uma compreensão mais clara do impacto
das demandas repetitivas e de massa na celeridade processual.
Contudo, a mais importante conclusão até aqui obtida é que o impacto dos processos sobrestados ou suspensos, no
conjunto do Poder Judiciário, é de apenas três pontos percentuais na taxa de congestionamento. Na Justiça Estadual, verifica-
se que o impacto é de apenas 1,5 ponto percentual. Todavia, nas Justiças Federal e do Trabalho, as diferenças chegam a mais
de 10 (dez) pontos percentuais, o que sugere uma maior influência da suspensão e sobrestamento dos feitos na taxa líquida de
congestionamento.
O baixo impacto do sobrestamento e suspensão de feitos na taxa de congestionamento da Justiça Estadual deve, todavia, ser
ponderado a partir de suas especificidades, como a superioridade do acervo de novos processos em relação aos demais ramos.
A racionalização dos recursos e a criação de instrumentos eficazes para a gestão das demandas repetitivas têm merecido
atenção especial do CNJ que editou recentemente a Resolução nº 235 de 13 de julho de 2016, que dispõe sobre a padroniza-
ção de procedimentos administrativos decorrentes de julgamentos de repercussão geral, de casos repetitivos e de incidentes de
assunção de competência.
Busca-se não apenas regulamentar procedimentos, mas tornar mais eficiente a gestão processual com base nesta nova reali-
dade, produzindo reflexos desejados na quantidade de novos processos recebidos pelos tribunais.
Os resultados comprovam a necessidade de o Judiciário intensificar os esforços na redistribuição de seus recursos, investindo
na estruturação física e material do primeiro grau, assim como potencializando a participação e valorização dos juízes e dos
servidores que o integram.
Nesse sentido, foi editada a Resolução CNJ nº 219/2016, que dispõe sobre critérios de distribuição de servidores, de cargos
em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus.
Em outra frente, o CNJ editou a Resolução nº 221/2016, que instituiu princípios de gestão participativa e democrática na
elaboração das metas nacionais do Poder Judiciário e das políticas judiciárias do Conselho Nacional de Justiça.
Relatório Justiça em Números 2016
A busca por maior equilíbrio entre os graus de jurisdição é questão que interessa não somente aos operadores de justiça, mas
aos próprios jurisdicionados. O primeiro grau de jurisdição é a porta de entrada da Justiça, pois estabelece o vínculo imediato
com os cidadãos. Se a experiência vivida neste momento for positiva, será possível reconstruir a confiança nas instituições judici-
árias, com efeitos diretos e indiretos no próprio segundo grau de jurisdição. Para isso, é preciso que o Judiciário esteja cada vez
mais aberto aos que dele verdadeiramente necessitem.
Por fim, merece reflexão a informação de que 62,8% das execuções penais iniciadas em 2015 referem-se a pessoas encarce-
radas, confirmando assim a predominância das execuções de penas privativas de liberdade sobre as formas alternativas de cum-
primento da pena. Constata-se, assim, que o encarceramento ainda é a principal resposta penal do Estado – aqui representado
pelo Poder Judiciário – em sentido oposto ao que vêm preconizando as políticas judiciárias sobre o tema.
Resolução Conjunta Nº 3 de 16/04/2013, Institui Modelo Nacional de Interoperabilidade do Poder Judiciário e do Ministério
[1]
produtividade dos tribunais”. Contrato (CNJ nº 25/2016) assinado entre o CNJ e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Varella, Penalva e Medeiros. “Juizados especiais cíveis: informalidade e acesso à Justiça em perspectiva”. Revista Diálogos sobre
[3]
judiciarias
Análise do Poder Judiciário
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Relatório Justiça em Números 2016
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dimentos administrativos decorrentes de julgamentos de repercussão geral, de casos repetitivos e de incidente de assunção de
competência previstos na Lei 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), no Superior Tribunal de Justiça, no
Tribunal Superior Eleitoral, no Tribunal Superior do Trabalho, no Superior Tribunal Militar, nos Tribunais Regionais Federais, nos
Tribunais Regionais do Trabalho e nos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, e dá outras providências. Disponível
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387
REFERÊNCIAS
Relatório Justiça em Números 2016
12 Anexos
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 3.31 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no
Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gráfico 3.32 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por segmento de justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 3.73 – Índice de produtividade do magistrado no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . 65
Gráfico 3.74 – Série histórica do índice de produtividade dos magistrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Gráfico 3.75 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau, por justiça:
execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 3.76 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Gráfico 3.77 – Índice de conciliação no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Gráfico 3.78 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento . . . . . . . . . 67
Gráfico 3.79 – Série histórica do índice de atendimento à demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gráfico 3.80 – Taxa de congestionamento no primeiro grau, por justiça: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Gráfico 3.81 – Série histórica da taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Gráfico 3.82 – Tempo médio da sentença no 1º grau (exceto juizados especiais): execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . 70
Gráfico 3.83 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados no 1º grau (exceto juizados especiais):
execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Gráfico 3.84 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes no 1º grau (exceto juizados especiais):
execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Gráfico 3.85 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Gráfico 3.86 –Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Gráfico 3.87 – Série histórica das execuções penais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Gráfico 3.88 – Assuntos mais demandados no Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Gráfico 3.89 – Assuntos mais demandados no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Gráfico 3.90 – Assuntos mais demandados no 1º grau (varas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Gráfico 3.91 – Assuntos mais demandados nas turmas recursais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Gráfico 3.92 – Assuntos mais demandados nos juizados especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Gráfico 3.93 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Gráfico 3.94 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Gráfico 3.95 – Classes mais demandadas no 1º grau (varas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Gráfico 3.96 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário nas turmas recursais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Gráfico 3.97 – Classes mais demandadas no Poder Judiciário nos juizados especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Gráfico 4.1 ‑ Série histórica do ranking e da classificação dos tribunais, segundo o porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Gráfico 4.2 – Unidades judiciárias de 1º grau na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Gráfico 4.3 – Número de unidades judiciárias (varas e juizados) na Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Gráfico 4.4 – Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Gráfico 4.5 – Série histórica das despesas por habitante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Gráfico 4.6 – Série histórica das despesas com informática e com capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Gráfico 4.7 – Série histórica das arrecadações da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Gráfico 4.8 – Série histórica das despesas da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Gráfico 4.9 – As despesas com recursos humanos na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Gráfico 4.10 – Despesa média mensal com magistrados e servidor na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Gráfico 4.11 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Estadual, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Gráfico 4.12 – Percentual de despesas com recursos humanos na Justiça Estadual, por cargo e instância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Gráfico 4.13 ‑ Série histórica dos cargos de magistrados na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Gráfico 4.14 ‑ Jurisdição dos magistrados na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Gráfico 4.15 – Lotação dos servidores na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
390 Gráfico 4.16 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Gráfico 4.17 – Força de trabalho auxiliar da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Gráfico 4.18 – Série histórica da movimentação processual da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
ANEXOS
Gráfico 4.19 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Estadual . . . . . . 98
Gráfico 4.20 –Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Gráfico 4.21 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na
Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 4.22 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Gráfico 4.23 – Índice de conciliação na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Gráfico 4.24 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Gráfico 4.25 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Gráfico 4.26 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de
processos eletrônicos na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Gráfico 4.27 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Gráfico 4.28 – Índice de Atendimento à Demanda da Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Gráfico 4.29 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Estadual, por ano e tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Gráfico 4.30 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais de grande porte da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Gráfico 4.31 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais de médio porte da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Gráfico 4.32 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais de pequeno porte da Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Gráfico 4.33 – Casos novos por magistrado na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Gráfico 4.34 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Gráfico 4.35 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Gráfico 4.36 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Gráfico 4.37 – Carga de trabalho do magistrado na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Gráfico 4.38 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Gráfico 4.39 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Gráfico 4.40 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Gráfico 4.41 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Gráfico 4.42 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Gráfico 4.43 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Gráfico 4.44 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Estadual . . . 112
Gráfico 4.45 – Índice de conciliação na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Gráfico 4.46 – Recorribilidade interna na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Gráfico 4.47 – Série histórica da recorribilidade interna na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Gráfico 4.48 – Recorribilidade externa na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Gráfico 4.49 – Série histórica da recorribilidade externa na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Gráfico 4.50 – Índice de casos novos eletrônicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Gráfico 4.51 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Gráfico 4.52 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Gráfico 4.53 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Gráfico 4.54 – Taxa de congestionamento na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Gráfico 4.55 – Série histórica da taxa de congestionamento na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Gráfico 4.56 – Dados processuais na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Gráfico 4.57 – Termômetro da taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 391
Gráfico 4.58 – Série histórica das execuções iniciadas e pendentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
Gráfico 4.59 – Impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Gráfico 4.60 – Impacto da execução fiscal no índice de atendimento à demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
ANEXOS
Gráfico 4.61 – Índice de produtividade do magistrado no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Gráfico 4.62 – Série histórica do índice de produtividade dos magistrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Gráfico 4.63 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . 121
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 4.64 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Gráfico 4.65 – Índice de conciliação no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Gráfico 4.66 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Gráfico 4.67 – Série histórica do índice de atendimento à demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Gráfico 4.68 – Taxa de congestionamento no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Gráfico 4.69 – Série histórica da taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Gráfico 4.70 – Tempo médio da sentença nas varas: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Gráfico 4.71 – Tempo médio da sentença nos juizados especiais: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Gráfico 4.72 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nas varas: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Gráfico 4.73 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados nos juizados especiais: execução x conhecimento . . . . 128
Gráfico 4.74 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nas varas: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Gráfico 4.75 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes nos juizados especiais: execução x conhecimento . . 129
Gráfico 4.76 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais de 2º grau e de 1º grau na fase de conhecimento . . . . 131
Gráfico 4.77 –Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Gráfico 4.78 – Casos novos e pendentes criminais de 2º grau por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Gráfico 4.79 – Série histórica das execuções penais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Gráfico 4.80 – Execuções penais privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Gráfico 4.81 – Execuções penais não privativas de liberdade iniciadas e pendentes por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Gráfico 4.82 – Resultado do IPC‑Jus na Justiça Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Gráfico 4.83 – Resultado do IPC‑Jus da área judiciária na Justiça Estadual, por instância e tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Gráfico 4.84 – Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Gráfico 4.85 – Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Gráfico 4.86 – Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Gráfico 4.87 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja
IPC‑Jus de 100% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Gráfico 4.88 – Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja
IPC‑Jus de 100% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
Gráfico 4.89 – Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse
IPC‑Jus de 100% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
Gráfico 4.90 – Assuntos mais demandados na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
Gráfico 4.91 – Assuntos mais demandados no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Gráfico 4.92 – Assuntos mais demandados no 1º grau (varas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Gráfico 4.93 – Assuntos mais demandados nas turmas recursais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Gráfico 4.94 – Assuntos mais demandados nos juizados especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Gráfico 4.95 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Gráfico 4.96 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Gráfico 4.97 – Classes mais demandadas no 1º grau (varas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Gráfico 4.98 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual nas turmas recursais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Gráfico 4.99 – Classes mais demandadas na Justiça Estadual nos juizados especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
392 Gráfico 5.1 ‑ Série histórica do ranking e da classificação dos tribunais, segundo o porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Gráfico 5.2 – Número de varas do trabalho, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Gráfico 5.3 – Série histórica das despesas por habitante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
Gráfico 5.4 – Série histórica das despesas com informática e de capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
ANEXOS
Gráfico 5.8 – Despesa média mensal com magistrados e servidores na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Gráfico 5.9 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça do Trabalho por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Gráfico 5.10 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação à despesa total da Justiça do Trabalho . . . . . 161
Gráfico 5.11 – Percentual de despesas e recursos humanos na Justiça do Trabalho por área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
Gráfico 5.12 ‑ Série histórica dos cargos de magistrados na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Gráfico 5.13 ‑ Jurisdição dos magistrados na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Gráfico 5.14 – Lotação dos servidores na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Gráfico 5.15 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Gráfico 5.16 – Força de trabalho auxiliar da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Gráfico 5.17 – Série histórica da movimentação processual da Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Gráfico 5.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça do Trabalho . . 166
Gráfico 5.19 –Índice de produtividade dos magistrados por Tribunal Regional do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Gráfico 5.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na
Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Gráfico 5.21 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça do Trabalho por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Gráfico 5.22 – Índice de conciliação na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Gráfico 5.23 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
Gráfico 5.24 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça do Trabalho por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
Gráfico 5.25 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Gráfico 5.26 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça do Trabalho por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Gráfico 5.27 – Índice de atendimento à demanda da Justiça do Trabalho por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Gráfico 5.28 – Índice de processos eletrônicos na Justiça do Trabalho por ano e tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Gráfico 5.29 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais da Justiça do Trabalho – grande porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Gráfico 5.30 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais da Justiça do Trabalho – médio porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
Gráfico 5.31 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais da Justiça do Trabalho – pequeno porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
Gráfico 5.32 – Casos novos por magistrado na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Gráfico 5.33 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Gráfico 5.34 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Gráfico 5.35 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Gráfico 5.36 – Carga de trabalho do magistrado na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Gráfico 5.37 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
Gráfico 5.38 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Gráfico 5.39 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Gráfico 5.40 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Gráfico 5.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Gráfico 5.42 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
393
Gráfico 5.43 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça do Trabalho . . 179
Gráfico 5.44 – Índice de conciliação na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Gráfico 5.45 – Recorribilidade interna na Justiça do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
ANEXOS
Gráfico 6.10 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação à despesa total da Justiça Federal . . . . . . . . . . 218
Gráfico 6.11 – Percentual de despesas e recursos humanos na Justiça Federal por área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
Gráfico 6.12 ‑ Série histórica dos cargos de magistrados na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Gráfico 6.13 ‑ Jurisdição dos magistrados na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Gráfico 6.14 – Lotação dos servidores na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Gráfico 6.15 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
Gráfico 6.16 – Força de trabalho auxiliar da Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
Gráfico 6.17 – Série histórica da movimentação processual da Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
Gráfico 6.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Federal . . . . . . . 223
Gráfico 6.19 –Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Federal por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Gráfico 6.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na
Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Gráfico 6.21 –Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Federal por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Gráfico 6.22 – Índice de conciliação na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
Gráfico 6.23 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Gráfico 6.24 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Federal por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Gráfico 6.25 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de
processos eletrônicos na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Gráfico 6.26 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Federal por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Gráfico 6.27 – Índice de atendimento à demanda da Justiça Federal por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Gráfico 6.28 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Federal por ano e tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Gráfico 6.29 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau da Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
Gráfico 6.30 – Casos novos por magistrado na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
Gráfico 6.31 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
Gráfico 6.32 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
Gráfico 6.33 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
Gráfico 6.34 – Carga de trabalho do magistrado na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
Gráfico 6.35 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
Gráfico 6.36 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
Gráfico 6.37 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
Gráfico 6.38 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
Gráfico 6.39 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231
Gráfico 6.40 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
Gráfico 6.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Federal . . . . 232
Gráfico 6.42 – Índice de conciliação na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Gráfico 6.43 – Recorribilidade interna na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Gráfico 6.44 – Série histórica da recorribilidade interna na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
Gráfico 6.45 – Recorribilidade externa na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
Gráfico 6.46 – Série histórica da recorribilidade externa na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 395
Gráfico 6.47 – Índice de casos novos eletrônicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Gráfico 6.48 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Gráfico 6.49 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
ANEXOS
Gráfico 6.50 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
Gráfico 6.51 – Taxa de congestionamento na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Gráfico 6.52 – Série histórica da taxa de congestionamento na Justiça Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.33 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Gráfico 7.34 – Carga de trabalho do magistrado na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Gráfico 7.35 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
Relatório Justiça em Números 2016
Gráfico 7.36 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Gráfico 7.37 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Gráfico 7.38 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Gráfico 7.39 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Gráfico 7.40 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Gráfico 7.41 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Eleitoral . . . 295
Gráfico 7.42 – Recorribilidade interna na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Gráfico 7.43 – Série histórica da recorribilidade interna na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Gráfico 7.44 – Recorribilidade externa na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Gráfico 7.45 – Série histórica da recorribilidade externa na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Gráfico 7.46 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Gráfico 7.47 – Série histórica do Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Gráfico 7.48 – Taxa de congestionamento na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Gráfico 7.49 – Série histórica da taxa de congestionamento na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299
Gráfico 7.50 – Tempo médio da sentença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
Gráfico 7.51 – Tempo médio de tramitação dos processos baixados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Gráfico 7.52 – Tempo médio de tramitação dos processos pendentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Gráfico 7.53 – Série histórica dos casos novos e pendentes criminais de 2º e de 1º graus na fase de conhecimento . . . . . . . . 303
Gráfico 7.54 – Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304
Gráfico 7.55 – Casos novos e pendentes criminais de 2º grau por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304
Gráfico 7.56 – Assuntos mais demandados na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
Gráfico 7.57 – Assuntos mais demandados no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
Gráfico 7.58 – Assuntos mais demandados no 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306
Gráfico 7.59 – Classes mais demandadas na Justiça Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Gráfico 7.60 – Classes mais demandadas na Justiça Eleitoral no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307
Gráfico 7.61 – Classes mais demandadas no 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308
Gráfico 8.1 – Série histórica das despesas por habitante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Gráfico 8.2 – Série histórica das despesas com informática e com capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Gráfico 8.3 – Série histórica das arrecadações da Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
Gráfico 8.4 ‑ Série histórica das despesas da Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
Gráfico 8.5 – As despesas com recursos humanos na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314
Gráfico 8.6 – Despesa média mensal com magistrados e servidores na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Gráfico 8.7 – Despesas com magistrados e servidores na Justiça Militar Estadual, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Gráfico 8.8 – Percentual das despesas com pessoal ativo e inativo em relação à despesa total da Justiça Militar Estadual . . . 315
Gráfico 8.9 – Percentual de despesas com recursos humanos na Justiça Militar Estadual, por cargo e instância . . . . . . . . . . . . . . 316
Gráfico 8.10 ‑ Série histórica dos cargos de magistrados na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
Gráfico 8.11 ‑ Jurisdição dos magistrados na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
Gráfico 8.12 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317
398
Gráfico 8.13 – Lotação dos servidores na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Gráfico 8.14 – Força de trabalho auxiliar da Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318
Gráfico 8.15 – Série histórica da movimentação processual da Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Gráfico 8.16 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados na Justiça Militar Estadual . . 320
ANEXOS
Gráfico 8.17 – Índice de produtividade dos magistrados da Justiça Militar Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Gráfico 8.18 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária na
Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 8.19 – Índice de produtividade dos servidores da área judiciária da Justiça Militar Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . 320
Gráfico 8.20 – Série histórica dos indicadores de recorribilidade interna e externa na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . 321
Gráfico 8.21 –Indicadores de recorribilidade interna e externa da Justiça Militar Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321
Gráfico 8.22 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Gráfico 8.23 – Taxa de congestionamento bruta e líquida da Justiça Militar Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Gráfico 8.24 – Índice de atendimento à demanda da Justiça Militar Estadual, por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Gráfico 8.25 – Índice de processos eletrônicos na Justiça Militar Estadual, por ano e tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
Gráfico 8.26 – Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas
no 1º grau dos tribunais da Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324
Gráfico 8.27 – Casos novos por magistrado na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325
Gráfico 8.28 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Gráfico 8.29 – Casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Gráfico 8.30 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Gráfico 8.31 – Carga de trabalho do magistrado na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
Gráfico 8.32 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Gráfico 8.33 – Carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Gráfico 8.34 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Gráfico 8.35 – Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Gráfico 8.36 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . 328
Gráfico 8.37 – Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . 328
Gráfico 8.38 – Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS‑Jud) na Justiça Militar Estadual . . . . 328
Gráfico 8.39 – Recorribilidade interna na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Gráfico 8.40 – Série histórica da recorribilidade interna na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Gráfico 8.41 – Recorribilidade externa na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Gráfico 8.42 – Série histórica da recorribilidade externa na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Gráfico 8.43 – Índice de casos novos eletrônicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Gráfico 8.44 – Série histórica do índice de casos novos eletrônicos na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Gráfico 8.45 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330
Gráfico 8.46 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Gráfico 8.47 – Taxa de congestionamento na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Gráfico 8.48 – Série histórica da taxa de congestionamento na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331
Gráfico 8.49 – Dados processuais na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332
Gráfico 8.50 – Termômetro da taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332
Gráfico 8.51 – Índice de produtividade do magistrado no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Gráfico 8.52 – Série histórica do índice de produtividade dos magistrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Gráfico 8.53 – Índice de produtividade do servidor da área judiciária no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . 333
Gráfico 8.54 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Gráfico 8.55 – Índice de Atendimento à Demanda (IAD) no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
Gráfico 8.56 – Série histórica do índice de atendimento à demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334 399
Gráfico 8.57 – Taxa de congestionamento no primeiro grau: execução x conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
Gráfico 8.58 – Série histórica da taxa de congestionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
ANEXOS
Gráfico 8.63 – Casos novos e pendentes criminais de 1º grau na fase de conhecimento por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Gráfico 8.64 – Casos novos e pendentes criminais de 2º grau por tribunal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Gráfico 8.65 – Assuntos mais demandados na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
Gráfico 8.66 – Assuntos mais demandados na Justiça Militar Estadual no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Gráfico 8.67 – Assuntos mais demandados na Justiça Militar Estadual no 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339
Gráfico 8.68 – Classes mais demandadas na Justiça Militar Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 340
Gráfico 8.69 – Classes mais demandadas na Justiça Militar Estadual no 2º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Gráfico 8.70 – Classes mais demandadas na Justiça Militar Estadual no 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341
Gráfico 9.1 – Série histórica das arrecadações do Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348
Gráfico 9.2 ‑ Série histórica das despesas do Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Gráfico 9.3 – As despesas com recursos humanos no Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Gráfico 9.4 – As despesas com magistrados e servidores no STJ, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349
Gráfico 9.5 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
Gráfico 9.6 – Série histórica da movimentação processual do Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
Gráfico 9.7 – Série histórica do total de baixas e decisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
Gráfico 9.8 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Superior Tribunal de Justiça . . . 352
Gráfico 9.9 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do
Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352
Gráfico 9.10 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos do Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353
Gráfico 9.11 – Série histórica do índice de recorribilidade interna e externa do Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . 353
Gráfico 9.12 – Assuntos mais demandados no Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354
Gráfico 9.13 – Classes mais demandadas no Superior Tribunal de Justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Gráfico 9.14 ‑ Série histórica das despesas do Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356
Gráfico 9.15 – As despesas com recursos humanos no Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
Gráfico 9.16 – Despesas com magistrados e servidores no TST, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357
Gráfico 9.17 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 358
Gráfico 9.18 – Série histórica da movimentação processual do Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
Gráfico 9.19 – Série histórica do total de baixas e decisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
Gráfico 9.20 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Tribunal Superior
do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Gráfico 9.21 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do
Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Gráfico 9.22 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos do Superior Tribunal do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360
Gráfico 9.23 – Série histórica do índice de recorribilidade interna do Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361
Gráfico 9.24 – Assuntos mais demandados no Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 362
Gráfico 9.25 – Classes mais demandadas no Tribunal Superior do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363
Gráfico 9.26 – Série histórica das despesas de capital e de informática no TSE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364
400
Gráfico 9.27 ‑ Série histórica das despesas do Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
Gráfico 9.28 – As despesas com recursos humanos no Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365
Gráfico 9.29 – As despesas com magistrados e servidores no TSE, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366
Gráfico 9.30 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos no Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
ANEXOS
Gráfico 9.31 – Série histórica da movimentação processual do Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368
Gráfico 9.32 – Série histórica do total de baixas e decisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368
Gráfico 9.33 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados do Tribunal Superior Eleitoral . . . . 368
Análise do Poder Judiciário
Gráfico 9.34 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária do
Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 369
Gráfico 9.35 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos do Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 369
Gráfico 9.36 – Série histórica do índice de recorribilidade interna e externa do Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . 369
Gráfico 9.37 – Assuntos mais demandados no Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371
Gráfico 9.38 – Classes mais demandadas no Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371
Gráfico 9.39 ‑ Série histórica das despesas da Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372
Gráfico 9.40 – As despesas com recursos humanos na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
Gráfico 9.41 – As despesas com magistrados e servidores na Justiça Militar da União, por tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373
Gráfico 9.42 ‑ Série histórica dos cargos de servidores efetivos na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374
Gráfico 9.43 – Série histórica da movimentação processual da Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Gráfico 9.44 – Série histórica do total de baixas e decisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Gráfico 9.45 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados da Justiça Militar da União . . . 376
Gráfico 9.46 – Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária da
Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376
Gráfico 9.47 – Série histórica da taxa de congestionamento e dos índices de atendimento à demanda e de processos
eletrônicos da Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376
Gráfico 9.48 – Série histórica dos casos novos por magistrado na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377
Gráfico 9.49 – Série histórica dos casos novos por servidor da área judiciária na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378
Gráfico 9.50 – Série histórica da carga de trabalho do magistrado na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378
Gráfico 9.51 – Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . 378
Gráfico 9.52 – Série histórica do índice de produtividade dos magistrados na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Gráfico 9.53 – Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária na Justiça Militar da União . . . . . 379
Gráfico 9.54 – Série histórica do índice de atendimento à demanda na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Gráfico 9.55 – Série histórica da taxa de congestionamento na Justiça Militar da União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 ‑ Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 2.2 ‑ Fluxo do Relatório Justiça em Números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 3.1 – Diagrama das unidades judiciárias de 1º grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 3.2 – Habitantes por unidade judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 3.3 – Habitantes por varas e juizados especiais estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 3.4 – Habitantes por zona eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 3.5 – Habitantes por vara do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 3.6 – Habitantes por vara e juizado especial federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 3.7 – Diagrama da força de trabalho no Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 3.8 – Diagrama da recorribilidade e demanda processual no Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 3.9 – Diagrama do tempo de tramitação do processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 401
Figura 4.1 – Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Figura 4.2 – Habitantes por unidade judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Figura 4.3 – Casos novos no primeiro grau por unidade judiciária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
ANEXOS
402
ANEXOS
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