Você está na página 1de 6
nit MATEAPRIMA, rico Ans ‘thon 6, ion, eo 2018, or aie om a //moberigrina fb ‘ro or prs ne dale nd rere Feculdae de Sala An do Uvenidods ‘del & Cone de eniorso ‘sooo cents Academic Omi Te Petroomsn gags con/n/ cases, Disc desing ol rtn ‘omerch oa» hp few eco NEN / Cao demos Recor, ? Mp fps tan gute cela DON! Desc of Ope Acs owl, s/f dn CO bot og) hiv aio com LGNE Cenggs iaing = rm Acadiico ir cog co tgs Tap / wnt en IMAt ions demain pore whoioe ‘deer ship /aaec Ope Acad rl ade (Qual 2015 81 fms) isi caper gone fabk/ envoy wsedepb eso {2ol:/ldncnsiogeopaiodos OAD Dies of Open eres Sry ips Findon SHERPA RoE py: harp. ak b_ @lebe _belas-artes ulisboa ide: een Reve de abner’ aoogm cp oe pais (ani note: tba Vaio, Cats Soro Freprindade e ersigsodminiravos {aon / Cato delemigaow da Eee fn avd aged Acodamio Neco Cte de caps x Impone: ACO Pi Dept leg 361773718 15S porte pape 21829756 ISS oper lec: 21829829 ez asin de exemplars, oistrs «parts: Fecal de Bld do Unidad ‘aon Cn devised Eos ‘n elor tr» ange de Acadia Noe e351 219 252 108/251 213 470689 Nal conpesmet opine oe Consetho Editorial / Paros Aen Pores académicos intrnos: ‘ANA SOUSA [Pergo Universidade de ideo, ocldode de Blor Aes) ANTONIO FEDRO FERRERA MARQUES [Perugal, Univenidads de ibe, Faculdade de Bois Aes) ANTOMO TRINOADE (Perag, Uienidade de Laboo, Fculdade do Bis Aes) ‘ARTUR RAMOS (Prt, Usveridade de boo, Focldade de Bla Aes) HELENA BARRANEA [Porta Universidade de ison, nite Super Secrico) fusaRETE OUVEIA {Portugal Uivenidade de boo, tite de coe) {Io satreIRo (Prk, Universidade de Liboo Fecaldade de Belases) 2080 PALKO QUEROZ FPortgal, Uiesidode de Lisboa, Focus de Bel Actes) JOKO CASTRO SIVA Ponugal, Unorsdade de Liboo, Fecxldade de Belo Ate) JORGE RAMOS 006 (Porgal, Universidade de Lib, tito se Edcosto) luis 10RGE GONCALvES (Portal, Universidade de lisboo, Fecldade de Blas Aree) MARGARIDA CALADO (Porivgal,Unividode de Faculdade de BelarAtes) SARA BAHIA Portal, Unveidads de lisbon, Facdode de Piolo) Pores ecodémicosexternos [AEXSANDRO DOS SANTOS MACHADO (Bri, Usversidade Federal do Vol do S30 Franco) [ANA ZA RUSCHEL NUNES (Gro, Ushacaidade Estadual do Porta Grow) [ANA NARIA ARAIIO PESSANHA (Poriga, Universidade lala, Escola Supe Aes: Ete ay som atsden- Alta Tanideesns aod ‘ohiesnocugacingtoar pelo icmp ag ound dpe Solkennaem Aegina InVsulsrseacomeny erty Stiecomnitra neo ese Can MesmgnGuarne/ el epee sence spats mm sos np f wong Comotntindetabariarcccenat rani plan ponent fecertpis deamon shined ce Ker: tly lca ara Polovras-chave: Fotografia / cultura local / teaching / artists, a id fe eo at Introduséo (© presente relato apresenta uma proposta de arte/edueagio, tendo como base a fotografia artistica da cidade de Chapec6/SC, partindo das exposigdes ocomri- das na Galeria Municipal de Artes Dalme Marie Grando Rauen de 2010 a 2014. ‘A imagem fotogritica faz parte do cotidiano da maioria dos estudantes, as- ‘sim, éimportante ser trabalhada nas escolas, como também, investigada como produto artistico que carrega consigo um grande potencial gerador de novas priticas e percepsées, principalmente no que se refere a arte local, mais préx- madosestudantes. 1. Relagées entre Arte e Fotogra ‘Quando nascemos, somos inseridos em um ambiente com costumes, crengas ‘ecultura propria, é através deste meio que construimos nossa identidade, Para Ferraz e Fusari (199916) “A arte se constitui de modos especificos de manifes- tagio da atividade eriativa dos seres humanos ao interagirem com omundoem, que vivem, ao se conhecerem ea0 conhecé-to.” ‘Assim sendo, a Arte aeompanhou a evohiao humana, erefletiua sociedade de cada época de acordo com sua identidade cultural. Atualmente, a arte con- tempordnea tem refletido a sociedade atual, contando com muitas formas de se fazer Arte, onde nas produgées, 0 objeto arti valor mas sim, aintencionalidade do artista, o conceito e significado atribuido (2005 ‘objeto que conta, é0 valor que voeé deseja que eletenha’” Devido a infinidade de materiais ¢ inguagens, as teenologias também ga- rnham espago e estio sendo utilizadas em prol da arte, como por exemplo a fo- tografia. Desde sua invengao, a fotografia adqui ue justificam sua expansio, referenciando cada espago de tempo em que foi utilizada. Os usos sociais da fotografia estendem-se ha iniimeras éteas do co- rnhecimento, como na ciéneia, matematica, imprensa, medicina, porém aqui, seri abordada especificamente na arte. ‘Ahistra da fotografia na Arte foiacompanhada por muitos questionamentos ‘e afirmagies sobre sua fungao. André Rouillé (2009) nos raz eflexdes acerca da arte dosfotégrafos e daartedosartistas, eo motivo da separagio destes. artista situa-se no campo da arte, enquantoo fotdgrafo artista aprofunda seus conheci- :mentos nafotografia. io |... dois mundos, oda fotografiaeodaarte, assim seen frentam ¢, muitas vezes,ignoram-se” (Rouillé:2009).Pormeados do século XX, «fotografia adquire higar de destaque naarte contempordinea, porém distante da artedosfotégrafos, que continua estagnadaamerarepresentagao (Roullé:2009) .o em si no demonstra seu a determinado trabalho. Conforme Caugu: 19) “[.] nioé ovalordo vimeras aplicabilidades, nora dx Ares Varo gf orca am hopes Somente nos anos 1980 a fotografia liga-se a arte contemporanea como ma: terial de arte, aparecendo “|. ndio somente 0 uso do procedimento fotogrifico ‘como ferramenta ou vetor de arte, mas a adogio da fotografia como materia, (muitas vezes) exclusiva das obras.” (Rouillé, 2009:335) Assim, podemos observar o percurso da fotografia até tornar-se uma das principais linguagens da arte contemporanea, como analisar sua evolugo para contemplar o espago que conquistou, e principalmente, sua presenga na arte feita na cidade de Chapecs/SC. Accidade de Chapeed poss sma diversidade cultural influenciada na sua maioria pelos povos indigenas, italianos e alemies que aqui vieram residir per- ‘mitindo assim uma miscigenago cultural. (Plano Municipal de cultura de Cha- pecé 2010/2020:12). Nesse sentido, as produgdesartisticas desenvolvidasem determinadolugar ros permitem reflexdes acerca da realidade em que se std inserido, por isso a importincia de se conhecer a cultura c histéria local, para que assim seja pos- sivel entender os fatos que acontecem cotidianamente, e que possuem reflexos deatos de outrora. “..| A produsio, circulagiio e apropriagiio da arte no campo artistico chapecoense, nos leva a tornar visivel essa nova possibilidade de cons- ciéncia histética, partindo de estudos culturais.” (Schvambach, 2013:05) © fato de estarmos expostos & inimeras imagens o todo tempo, torna 0 ¢s- tudo da fotografia essencial nas escolas. A fotografia pode contribuir para que ‘osalanos possam pensar criticamente e questionar as informagGes visuais con- sumidas diatiamente, Nas escolas, discutir esses diferentes elementos visuais, ‘capacita o aluno para pensar o seu cotidiano eo que vé habitualmente, pois Ll as artes plisscas, que entre outros estimulos, provocam a experiénia estética ‘visual, devem incr hoje muito mais que o leo em moldura dourada eo mérmore sobreo pedestal dos museus. Devem incluirartexanato carte popular em particular € ‘mia elesronica como cinema etelevisio. (Barbosa, 1999:46) Para conhecer, visualizare interpretar todas essas informagies precisamos ‘compreender inicialmente a cultura visual, que & 0 estudo ea decodificasdo desses produtos culrunas mididticas. Conhecimento que talvez ndoseja conveniente aprender na escola, o ques persegue éque sindividuos respondam indefesos diante da ensurrada medidtica que se thes cai em cima” (Hernandéz2000:43) A compreensio da cultura visual, engloba também as raizes histéricas do ‘estudante por isso se faz importante entender e interpretar o local onde mora, 1 Fogo do eit Mow Basar — CChopec, 2016, Fri: Pigina da ats am rede eco. Figo 2 - Excl do oa Vivane Becks ‘Chapa, 2016, Foe: Pégina doi om ee sca Figure 3-Almosconceondo ecltne Chaps, 2016. Foe: ppc: a sua histéria e histéria de seu povo, “|. abordar a cultura visual também tem. aver com o estudo de diferentes exemplos em seu contexto social histérieo. O ‘que nos possibilita conhecer as sociedades do passado” (Hernandéz, 2000:135) Em Chapecé/SC, quase nao ha pesquisas na area das Artes que relatem a atuagiio da dea na cidade, por isso estas informagdes acerca da fotografia local se fazem necessérias tantona esfera historiogréfica, como no ensino da arte. 2. Prétiea Docente A pritica docente em sala de aula foi realizada com estudantes da 3° série do En- sino Médio do periado notumo a Escola Basica Professor Nelson Horostecki econtou com 10 ka de duragao. Em um primeiro momento, foi realizada uma ccontextualizago, com questionamentos aos estudantes sobre o que pensavam, ser uma fotografia e qual sua importincia. Relacionando com o cotidiano, fo- ram instigados a refletir como utilizam a fotografia, e qual a intensidade da pre- senca desta em suas atividedes. Chapecs foi utilizada como temitica ¢ referéneia de estude, possbilitan- do uma anilise sobre a cidade para introdusira histéria da fotografia e realizar contrapontos para compreensio de fotografia artisticae os artistas locais,esta- belecendo relagdes entre os artistas que jé expuseram na Galeria Dalme Rauen que também discorrem sobre Chapecé em seus trabalhos. ara auxiliar foram apresentadas algumas fotografias antigas da cidade, onde puderam comentar as diferengas visiveis de uma cena registrada com- parando-a com a realidade atual. Assim, foram instigados a refletir sobre os ‘elementos presentes nas imagens e que nos possibilitavam o ripido reconhe- cimentodo local. ‘Ao final da apresentacao, os estudantes foram questionados se as imagens «rain fotografia artisticas, Um dos alunos comentou “Sim, pois sto fotografias bonitas”, outro mencionou, “Sim, pois sio lembrangas”. ‘Atodo momento durante a aula, foram realizaos dislogos com os estudan- tes, que podiam conversar abertamente, contribuindo com a aula de acordo com as relagées que efetuavam. Conforme nos diz Hernandés. (2000) “L.A conversacdo toma-se, neste sentido, fundamental para interiorizar a com- preensio e vem a serum processo mediacional entre o processo interno de per samento-ea realidade externa.” (2000) Para contextualizar a fotografia como linguagem axtistica, foi realizado um didlogo acerea da arte contemporiinea, onde os estudantes puderam contribuir falando.o que pensavam serarte. Paraque os estudantes se situassem, foi realiza~ vance Monat a Cava & Sconce 2018 Figura 6 Floss copra plo ones — hope, 2014, Fons: pi, Figura 7 Fog cpio polos nes — Capes, 2016. Fon: pip, 1s mudangas que ocorreram, principalmente apés o surgimento da fotografia Foram apresentados aos estudantes alguns artistas chapecoenses e scus trabalhos, em especial a artista/fotégrafa chapecoense Mari Baldissera, al- sgumas de suas fotografias da cidade de Chapecé. Foram questionados sobre 0 contexto da imagem, e puderam falar a respeito do que estavam visualizando. Aoobservar uma imagem uma aluna comentou que: “A minha impressio é que a catedal vai se desmanchar” (Figura 3). Essas percepgdes e leturas a partir dasimagens, fazem-se importantes, pois ampliame desenvolvem o pensamen~ tocritico, Para sso é importante a abordagem acerca da cultura visual, Artecculturavisualdevemconvivernoscurriculosesalasde alas, suasimagens devem ‘ser analisadas com mesmo rigor critico para combatermo: formas colonizadorasda mentee dos comportamentos. (Barbose 2010:22) ‘Apés a contextualizagio, foi apresentada aos estudantes a artista chape~ coense Viviane Becker, que trabalha com a mesma temytica em alguns de seus trabalhos pela linguagem da escultura, visualizaram a fotografia dasesculturas ‘epuderam conjeturar sobre seu contexto. tados sobre a atividade pritica que iriam realizar. uadacom ‘Apésa conversa foram: Em grupos deveriam elaborar o projeto de uma escultura para ser exes papeldoe argilapartindo da contextualizagio realizada sobre a cidade em que vi- ‘vein, Foi explicado, também, que a inica finalidade de se concretizara escultura cera que, depois de acabada seria fotografada. Para realizar o projeto, deveriam pensar qual o conceito do que seria produzido para socializar ao final da aula Por conseguinte, além de pensar acerca das atribuiges da arte contempo- rinea, deviam também olhar atentamente para a sua cidade e repensé-la de modo eritico, para que fosse possivel a reproduso na escultura, ‘Ao final, foi realizada uma conversa sobre composigao fotogrifiea, para istas chapecoenses para real compreensio, foram utilizadas fotografias de a zar contrapontos com imagens com erros em sua composigio, para que perce- bessem as diferengas e assim capturassem uma boa imagem. (Os estudantes foram convidados a montar um espago simulando um es- ttidio fotografico com cartolinas, luminrias e celulares, ¢ sob orientasio da professora, desenvolveram fotografias que dialogavam com a cidade e com as produgdes dos artistas/fotdgrafos estudados. Para fotografar, foram orientados 1s um registro da escultura, mas a sair do olhar convencional e nio fazer ape sim decompor 0 objeto de maneira diferenciada. Depois de finalizada a fotografia, as mesmas foram impressas para que fos se possivel uma roda de conversa, onde cada grupo argumentou sobre a sua fine SN 21829756 oSSN2 eens Sr As Vasa ong tien Nor, A Cin Schon ine fotografia e 0 que originou 0 produto final. Foram realizadas, também, compa rages com as fotografias de artistas Chapecoenses, estabelecendo relagdes de composigaoe contexto. Portanto, puderam questionar-se sobre o significado de cada imagem, re- fletir sobre o que o grupo quis manifestar, ¢ 20 mesmo tempo contribuir com Ieituras individuais. As produgdes realizadas indicaram uma tendéncia & abstrag3o nas compo- Sipdes fotogrificas, eem fungio disso, escolheu-se trabalhar em preto-e branco para promover um entendimento sobre a luz, privilegiando assim as formas, texturas e angulos. Apés todos os grupos comentarem sobre seus trabalhos, foram distribuidas ‘molduras para que colassem em suas Fotografias, e estas foram expostas no es- ago da escola, rages sobre as préticas ‘Ao realizar as priticas, considera-se que é possivel trabalhar em sala de aula « partir de perspectivas que englobam a cultura e arte local, wtilizando princi- almente a leitura de imagens com os estudantes, para que consigam fazer re- lagGes entre o que esto visualizando e discutindo com o que acontece em seu. cotidiano. A partir dessa vivéncia, foi possivel, também, analisar 0 distancia- ‘mento dos estudantes de sua prépria cultura e das manifestages que ocorrem ‘em seu meio. Entao, cabe ao professor saber mediar a proposta da atividade, evando para o ambiente escolar novos recursos para amenizar essas disparida- des relacionadas a identidade do educando, buscando alternativas para contex- tualizar as praticas para que as mesmas tornem-se significativas. Portanto, as experiéncias realizadas apontam que a utilizagio das novas teenologias no ensino da educagao basica podem ser uma ferramenta que con- tribui para o desenvolvimento de trabalhos criativos, além disso, favorecem ‘no envolvimento coletivo entre estudantes, justamente pela aproximagio dos ‘mesmos is novas teenologias. Felerdncios oldie, Mar, Disponivel om hips sw focebook.com/MriBeldssarePhowgreph yfihos orboxa, Ana Moo (1998) Tics apices. Bolo Horizonte: Eciora / Ae forbes, Ana Mos (1999) A imagen no ensine da ate. S80 Paul: Ector sonipoctv. orboro, Ana Mac (2010 A Aberdogan Tangulor no ensino dos artes culo visucis, Sao Poulo: Cove. Becker, Vivione,Dsponivel em: hips://www. Facebook com /photo php@bid=1 968 7215678268s0t~po. 1536948854, 17207520000.1467223487 Bype=3&t her Cougusin, Ane (2005} Arte contompordnc: Una intoduedo. So Paulo: Meri, Hornend, Fernando (2090) Core Visa, mmudanga educatvae projet de habato. Porto Algre: Aes Médicas Sa Ferraz, Maia Heloise Corda de Toledo [1999] Metodologa do Ensino da Arte / Movie Heloza C. de Fotos, Maria F de Rezorde ¢ Fuso. So Poul: Cortez Pano Musical de Cola de Chopecs (2010/2020) Consalho Municipal de Cuba, Peetura Municipal de Chopecs. Rous, Ans (2009) A fotografia ene documento earl conomporénea. S80 Povo: Edora Sone. Schvombeeh, Jaraina (2013) Circuito Arisco ‘om Chopecé,silncios de uma cidade

Você também pode gostar