Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO


DISCENTES: BÁRBARA ALENCAR, BRUNA MENEZES, NATHANAEL
NOBERTO E SARAH ROMINI
DOCENTE: THIAGO NUNES

FICHAMENTO DO CAPITULO "O SÉCULO XIX: O SÉCULO DA PEDAGOGIA”

6 - SOCIEDADE INDUSTRIAL E EDUCAÇÃO: ENTRE POSITIVISMO E


SOCIALISMO.

Pág. 465

O século XIX foi um século com grandes contribuições para a pedagogia. De acordo
com o texto, podemos destacar diversas redefinições na pedagogia, como os difundidos
pela Europa com a sociedade industrial, que redefiniu os objetos e instrumentos da
pedagogia, promovendo a formação do cidadão, difundindo os valores burgueses e
organizando o consenso social.

Pág. 466

A partir da segunda metade do século XIX, temos dois modelos de oposição de classe, o
positivismo e o socialismo. No positivismo, temos um pensamento voltado para a
ciência e a técnica, seu foco é no progresso burguês e o domínio da classe produtiva. No
socialismo, temos um pensamento voltado para uma sociedade sem distinções de
classes, com uma participação da população no governo. A pedagogia é influenciada
por esses dois modelos, se adequando aos contextos dos pensamentos.

Pág. 466 e 467

Na frança e Inglaterra, propuseram transformações no que se consideravam problemas


pedagógicos e educativos, fazendo com que fossem considerados não como
individualidades, mas como problemas científicos, a partir de mudanças nos seus
instrumentos. O positivismo se voltava para a criação de uma ciência da educação e a
redefinição da formação. Esse modelo nunca foi concretizado, ficando apenas na
intenção de sua realização.

Pág. 468 e 469

O positivismo oitocentista trouxe uma fusão entre as ciências biológicas e humanas para
a criação de um novo perfil. O positivismo pedagógico teve os seguintes protagonistas,
pensadores operantes pela Europa: Auguste Comte, que foi seu fundador, com seu curso
de filosofia positiva; Spencer, Bain, John Tyndall e Thomas Huxley, com a defesa da
validação e uma suposta superioridade da pedagogia cientifica; Edouard Séguim,
considerando que a educação de crianças com deficiência deve ser a partir de ações no
contexto senso-motor, mesmo considerando a individualidade de suas atividades físicas;
Emile Durkheim, considerando a educação como algo que se passa de geração para
geração, os mais experientes seriam os responsáveis pelo amadurecimento da criança
pra o convívio com a sociedade.

Pág. 470 e 471

Na obra Educação intelectual, moral e física, Spencer traz uma critica ao costume
educativo baseado nos falsos princípios antropológicos e nos privilégios da chamada
"educação clássica" em comparação com a pedagogia científica, como também teoriza
um processo educativo dedicado a formação que possa ter uma vida completa. Para isso,
a pedagogia deve ser considerada as educações física, intelectual e moral. A educação
spenceriana é guiada, durante a idade evolutiva, pela utilidade quanto ao que a
sociedade tem como demanda, o que consequentemente leva ao que é exigido pelas
experiências da criança e sua evolução psicológica.

Pág. 472
Mesmo sendo extremamente atacado pelos ontologistas, espiritualista, idealistas e
marxistas, o positivismo teve grande importância na área da pedagogia. Os positivistas
procuravam engrandecer a ciência e isso fez nascer um rigorismo dentro da pedagogia.
Pág. 473
Por mais que a pedagogia positivista tivesse pressupostos ligados à ciência, ela tinha
grande parte do seu foco na sociedade, vendo a educação como um instrumento de
“revolução pacífica”. Eles legitimavam firmemente o laiscismo como imprescindível
para a formação das pessoas, como homem e cidadão. O positivismo pedagógico
construiu um pilar com seus três principais fundamentos: pedagogia com a ciência e a
sociedade e o laiscismo na educação.
Pág. 474
Para Andrea Angiulli, pai do positivismo pedagógico, a pedagogia deveria colaborar
com a atividade de Estado, ou seja, ter uma função na formação de cidadãos. Roberto
Ardigo, dizia que a pedagogia era a ciência da educação, que possuía matrizes: “a
sociedade, a família, os educadores de profissão, as maestrias profissionais e as
instituições especiais.”
Pág. 475
Outro positivista, De Dominicis, dizia que havia uma grande relação entre os problemas
político-sociais com a educação. Pasquale Villari relacionava a questão econômica à
educativa, defendia a elevação moral e civil das pessoas através de instrução.
Pág. 476
Aristide Gabelli, foi o maior pedagogo do positivismo na Itália que acreditava que as
classes de massa deveriam ser guiadas por uma classe mais consciente e com mais
autoridade. Para ele, a própria democracia deve ser realizada através da pedagogia. O
papel principal da escola, para Gabelli, é tornar todos os cidadãos, principalmente os de
classes populares, cientes de seus deveres sociais.
Pág. 477
No século XIX, os socialistas utópicos começaram a dar bastante ênfase na área
pedagogia de seus textos. A ideia da reorganização da sociedade, com um ideia de
justiça e igual, teria para eles um grande aspecto educativo. A sociedade pretendida por
eles, exigia que os homems fossem dotados de uma mentalidade fora de um
individualismo e com boa comunicação entre os mesmos. Legitamavam que todos tinha
direito ao desenvolvimento de personalidade, como assim diziam. A pedagogia dos
socialistas utópicos buscavam restaurar a sociedade do agora, uma sociedade terrena,
fugindo da visão divina.
Pág. 478 e 479
Uma das mais interessantes figuras da sociologia utópica foi Babeuf. Em pedagogia, ele
elaborou um plano de educação nacional aberto para todos. Fazia grandes referências
relacionadas ao preconceito, defendia as diferenças de possibilidades físicas e
intelectuais de cada um.
Sanit-Simon também foi um grande sociologista utópico que identificava a educação
como científica e socializante. Já Pierre-Joseph de Proudhon dizia que a educação tinha
grande poder para realizar uma renovação social, porém não sozinha, dizia necessitar
ainda de “uma regeneração de carne e de sangue”.
Pág. 482

As obras propagadas por Karl Marx e Friedrich Engels, trazem perspectivas


pedagógicas, implicitamente ou explicitamente, instruindo ou desenvolvendo temas da
“filosofia” marxista, por exemplo. Assim foi se construindo uma pedagogia marxista
com uma base fortemente histórico-materialista.

Pág. 483

Dois princípios guiam a antropologia-pedagógica de Marx: o papel central e dialético do


trabalho e a idéia do homem “onilateral”. E a escola é um instrumento ideológico que
exprime a concepção do mundo e os interesses socioeconômicos da classe no poder,
como toda instituição e a própria cultura perpetua.

Pág. 484

Para Marx e Engels não é possível falar de educação sem falar da realidade
socioeconômica e à luta de classes em que se está inserida. Inclusive nas Instruções aos
Delegados, Marx determina que toda criança a partir dos nove anos já deve se tornar um
operário produtivo, e divide as crianças em três classes (9 aos 13 anos, 13 aos 15 anos e
16 aos 17), e também ressalta a importância da instrução espiritual, física e politécnica
ou tecnológica.

Pág. 485 e 486

Na Comuna de Paris de 1871, houve a instrução popular como um decreto de 2 de abril,


que proíbe a educação religiosa nas escolas, abrindo uma perspectiva laica, de educação
igualitária para ricos e pobres e o acesso das mulheres a educação. A Comuna também
iniciou um processo de unificação da instrução com o trabalho produtivo.

Você também pode gostar