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Capitulo 6 – Modulo 2

Introdução do capitulo

Antes de 1981, os endereços IP usavam apenas os primeiros 8 bits para especificar a porção da rede do
endereço, limitando a Internet - então conhecida como ARPANET - a 256 redes. Desde o início, ficou óbvio
que esse espaço não seria suficiente para os endereços.

Em 1981, a RFC 791 modificou o endereço de 32 bits IPv4 para permitir três classes ou tamanhos diferentes
das redes: classe A, classe B e classe C. Os endereços de classe A usavam 8 bits para a porção da rede do
endereço, a classe B usava 16 bits e a classe C usava 24 bits. Esse formato ficou conhecido como
endereçamento IP classful.

O desenvolvimento inicial do endereço classful solucionou o problema do limite de 256 redes, mas apenas
por algum tempo. Uma década depois, ficou claro que o espaço para os endereços IP estava acabando
rapidamente. Em resposta, a IETF (Internet Engineering Task Force) introduziu o Roteamento entre domínios
com endereços classless (CIDR, Classless Inter-Domain Routing), que usava Máscara de sub-rede de
tamanho variável (VLSM, Variable Length Subnet Masking) para ajudar a preservar o espaço para os
endereços.

Com a introdução do CIDR e do VLSM, os ISPs podiam atribuir parte de uma rede classful a um cliente e a
outra parte a outro cliente. Essa atribuição de endereço descontíguo realizada pelos ISPs foi comparada ao
desenvolvimento de protocolos de roteamento classless. Para comparar: os protocolos de roteamento
classful são sempre sumarizados no limite classful e não incluem a máscara de sub-rede nas atualizações de
roteamento. Os protocolos de roteamento classless incluem a máscara de sub-rede nas atualizações de
roteamento e não são exigidos para executar a sumarização. Os protocolos de roteamento classless
discutidos neste curso são RIPv2, EIGRP e OSPF.

Com a introdução do VLSM e do CIDR, os administradores de rede tiveram que usar habilidades adicionais
de criação de sub-redes. O VLSM é simplesmente o fato de criar sub-redes de uma sub-rede. As sub-redes
podem ser ainda mais divididas em sub-redes em vários níveis, como você aprenderá neste capítulo. Além
da criação de sub-redes, tornou-se possível sumarizar uma grande quantidade de redes classful em uma
rota agregada ou super-rede. Neste capítulo, você também revisará as habilidades de sumarização de rota.

Endereço IP classful

Quando a ARPANET foi autorizada em 1969, ninguém pensou que a Internet nasceria desse humilde projeto
inicial de pesquisa. Em 1989, a ARPANET havia sido transformada no que chamamos agora de Internet. No
decorrer da década seguinte, o número de hosts na Internet aumentou exponencialmente: de 159.000 em
outubro de 1989 para mais de 72 milhões ao final do milênio. Em janeiro de 2007, havia mais de 433 milhões
de hosts na Internet.

Sem a introdução da notação do VLSM e do CIDR em 1993 (RFC 1519), do Tradutor de endereços de rede
(NAT, Network Address Translator) em 1994 (RFC 1631) e do endereçamento privado em 1996 (RFC 1918),
o espaço de endereço de 32 bits IPv4 já teria acabado.

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Os bits mais altos


Inicialmente, os endereços IPv4 foram alocados com base na classe. Na especificação original de IPv4 (RFC
791) lançada em 1981, os autores estabeleceram as classes para fornecer três tamanhos diferentes de rede
para organizações grandes, médias e pequenas. Como resultado, os endereços de classe A, B e C foram
definidos com um formato específico para os bits mais altos. Em um endereço de 32 bits, os bits mais altos
são os da extremidade esquerda.

Conforme mostrado na figura:


Os endereços de classe A começam com um bit 0. Portanto, todos os endereços de 0.0.0.0 a
127.255.255.255 pertencem à classe A. O endereço 0.0.0.0 é reservado para o roteamento padrão e o
127.0.0.0 para testes de loopback.
Os endereços de classe B começam com um bit 1 e um bit 0. Portanto, todos os endereços de 128.0.0.0 a
191.255.255.255 pertencem à classe B.
Os endereços de classe C começam com dois bits 1 e um bit 0. Os endereços de classe C vão do 192.0.0.0
ao 223.255.255.255.

Os endereços restantes foram reservados para multicast e utilizações futuras. Os endereços multicast
começam com três 1s e um bit 0. Os endereços multicast são usados para identificar um grupo de hosts que
fazem parte de um grupo multicast. Isso ajuda a reduzir a quantidade de processamentos de pacote feitos
pelos hosts, especialmente em meios de transmissão. Neste curso, você verá que os protocolos de
roteamento RIPv2, EIGRP e OSPF usam endereços de multicast específicos.

Os endereços IP que começam com quatro bits 1 foram reservados para uso futuro.

A estrutura de endereços classful IPv4


As designações de bits de rede e de bits de host foram estabelecidas no RFC 790 (lançado com o RFC 791).
Conforme mostrado na figura, as redes de classe A usavam o primeiro octeto para atribuição de rede, que foi
convertido em uma máscara de sub-rede classful 255.0.0.0. Como só foram deixados 7 bits no primeiro
octeto (lembre-se, o primeiro bit é sempre 0), o resultado foi 2 para a 7ª potência ou 128 redes.

Com 24 bits na porção de host, cada endereço de classe A tinha potencial para mais de 16 milhões de
endereços de host individuais. Antes do CIDR e do VLSM, um endereço inteiro de rede classful era atribuído
às organizações. O que uma organização faria com 16 milhões de endereços? Agora você já pode entender
o enorme desperdício de espaço de endereço que ocorria nos primórdios da Internet, quando as empresas
recebiam endereços de classe A. Algumas empresas e organizações governamentais ainda possuem
endereços de classe A. Por exemplo, a General Electric possui o 3.0.0.0/8, a Apple Computer possui o
17.0.0.0/8 e o U.S. Postal Service possui o 56.0.0.0/8. Consulte o link "Espaço de endereço Protocolo IP v4"
abaixo para obter uma listagem de todas as atribuições de IANA.

A classe B não era muito melhor. O RFC 790 especificou os dois primeiros octetos como rede. Com os dois
primeiros bits já estabelecidos como 1 e 0, os bits 14 permaneceram nos dois primeiros octetos para atribuir
redes, o que resultou em 16.384 endereços de rede de classe B. Como cada endereço de rede de classe B
continha 16 bits na porção de host, ele controlava 65.534 endereços. Lembre-se de que dois endereços
foram reservados para os endereços de rede e de transmissão.) Somente as maiores organizações e os
governos poderiam usar todos os 65.000 endereços. Como ocorria com a classe A, o espaço de endereço da
classe B era desperdiçado.

Para piorar as coisas, os endereços de classe C eram freqüentemente muito pequenos! O RFC 790
especificou os três primeiros octetos como rede. Com os três primeiros bits estabelecidos como 1 e 1 e 0, os

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bits 21 foram deixados para atribuição de redes a mais de 2 milhões de redes de classe C. Porém, cada rede
de classe C tinha somente 8 bits na porção de host ou 254 possíveis endereços de host.

Protocolo de roteamento classsful

Exemplo de atualizações de roteamento classful


O uso de endereços IP classful significava que a máscara de sub-rede de um endereço de rede poderia ser
determinada pelo valor do primeiro octeto ou, mais precisamente, pelos três primeiros bits do endereço. Os
protocolos de roteamento, como o RIPv1, só precisavam propagar o endereço de rede de rotas conhecidas e
não precisavam incluir a máscara de sub-rede na atualização do roteamento. Isso ocorria porque o roteador
que recebia a atualização do roteamento podia determinar a máscara de sub-rede simplesmente
examinando o valor do primeiro octeto do endereço de rede ou aplicando sua máscara de interface de
ingresso a rotas em sub-rede. A máscara de sub-rede era relacionada diretamente ao endereço de rede.

Clique em Atualização de R1 para R2 na figura.

No exemplo, o R1 sabe que a sub-rede 172.16.1.0 pertence à mesma rede classful principal que a interface
de saída. Portanto, ele envia uma atualização RIP ao R2 que contém a sub-rede 172.16.1.0. Quando o R2
receber a atualização, ele a aplicará a máscara de sub-rede de interface de recebimento (/24) à atualização
e adicionará a 172.16.1.0 à tabela de roteamento.

Clique em Atualização de R2 para R3 na figura.

Ao enviar atualizações ao R3, o R2 resume as sub-redes 172.16.1.0/24, 172.16.2.0/24 e 172.16.3.0/24 na


rede classful principal 172.16.0.0. Como o R3 não possui nenhuma sub-rede que pertença à 172.16.0.0, ele
aplicará a máscara classful a uma rede de classe B, a /16.

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Endereço IP classless

A mudança para o endereço classless


Em 1992, membros da IETF (Internet engineering task force) estavam seriamente preocupados com o
crescimento exponencial da Internet e a escalabilidade limitada das tabelas de roteamento da Internet. Eles
também estavam preocupados com o esgotamento do espaço de endereço de 32 bits IPv4. O esgotamento
do espaço de endereço de classe B estava ocorrendo tão rapidamente que em dois anos não haveria mais
nenhum endereço de classe B disponível (RFC 1519). Esse esgotamento estava ocorrendo porque todas as
organizações que pediram e obtiveram aprovação para receber um espaço para endereço IP receberam um
endereço de rede classful inteiro – um endereço de classe B com 65.534 endereços de host ou um de classe
C com 254 endereços de host. Uma das principais causas desse problema era a falta de flexibilidade. Não
existia nenhuma classe para servir a uma organização de médio porte que precisava de milhares de
endereços IP, mas não de 65.000.

Em 1993, a IETF introduziu o Roteamento entre domínios classless ou CIDR (RFC 1517). O CIDR permitiu:
o uso mais eficiente do espaço de endereço IPv4
a agregação de prefixos, que reduziu o tamanho das tabelas de roteamento

Para roteadores compatíveis com CIDR, a classe do endereço não tem sentido. A porção da rede do
endereço é determinada pela máscara de sub-rede da rede, também conhecida como prefixo da rede ou
tamanho do prefixo (/8, /19, etc.). O endereço de rede não é mais determinado pela classe do endereço.

Os ISPs já poderiam alocar espaço de endereço de forma mais eficiente usando qualquer tamanho do
prefixo, começando com /8 e aumentando posteriormente (/8, /9, /10, etc.). Os ISPs não eram mais limitados
a uma máscara de sub-rede /8, /16 ou /24. Poderiam ser atribuídos blocos de endereços IP a uma rede com
base nos requisitos do cliente, variando de alguns hosts a centenas ou milhares de hosts.

Sumarização de rota e de CIDR

O CIDR usa VLSMs para alocar endereços IP para sub-redes de acordo com necessidades individuais e não
por classe. Esse tipo de alocação permite que o limite de rede/host ocorra em qualquer bit do endereço. As
redes podem ser divididas em sub-redes cada vez menores.

No início dos anos 1990, a Internet e as tabelas de roteamento mantidas por roteadores de Internet sob
endereços IP classful cresciam exponencialmente. CIDR permitido para a agregação de prefixo, que você já
conhece como sumarização de rota. Lembre-se do Capítulo 2, "Roteamento estático", no qual você viu que
pode criar uma rota estática para várias redes. As tabelas de roteamento da Internet já podiam se beneficiar
do mesmo tipo de agregação de rotas. A capacidade de sumarização das rotas como uma única rota ajuda a
reduzir o tamanho das tabelas de roteamento da Internet.

Na figura, observe que o ISP1 tem quatro clientes, cada um com uma quantidade variável de espaço de
endereço IP. Porém, todo o espaço de endereço do cliente pode ser sumarizado em um anúncio para o ISP2.
A rota de sumarização ou agregada 192.168.0.0/20 inclui todas as redes que pertencem aos Clientes A, B, C
e D. Esse tipo de rota é conhecido como rota de super-rede. Uma super-rede resume vários endereços de
rede com uma máscara menor do que a máscara classful.

Para propagar rotas de VLSM e de super-rede, é necessário um protocolo de roteamento classless, pois a
máscara de sub-rede não pode mais ser determinada pelo valor do primeiro octeto. Agora, a máscara de
sub-rede precisa ser incluída no endereço de rede. Os protocolos de roteamento classless incluem a
máscara de sub-rede com o endereço de rede na atualização de roteamento.

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Capitulo 6 – Modulo 2

Protoloco de roteamento classless

Os protocolos de roteamento classless incluem RIPv2, EIGRP, OSPF, IS-IS, e BGP. Esses protocolos de
roteamento incluem a máscara de sub-rede com o endereço de rede em suas atualizações de roteamento.
Os protocolos de roteamento classless são necessários quando a máscara não pode ser assumida ou
determinada pelo valor do primeiro octeto.

Por exemplo, as redes 172.16.0.0/16, 172.17.0.0/16, 172.18.0.0/16 e 172.19.0.0/16 podem ser sumarizadas
como 172.16.0.0/14.

Se o R2 enviar a rota de sumarização 172.16.0.0 sem a máscara /14, o R3 só saberá aplicar a máscara
classful padrão de /16. Em um cenário de protocolo de roteamento classful, o R3 não conhece as redes
172.17.0.0/16, 172.18.0.0/16 e 172.19.0.0/16.

Nota: Usando um protocolo de roteamento classful, o R2 pode enviar essas redes individuais sem
sumarização, mas os benefícios da sumarização são perdidos.

Os protocolos de roteamento classful não podem enviar rotas de super-rede porque o roteador receptor
aplicará o classful padrão ao endereço de rede na atualização do roteamento. Se a nossa topologia
contivesse um protocolo de roteamento classful, o R3 só instalaria a 172.16.0.0/16 na tabela de roteamento.

Nota: Por exemplo, quando uma rota de super-rede está em uma tabela de roteamento como uma rota
estática, o protocolo de roteamento classful não inclui essa rota nas suas atualizações.

Com um protocolo de roteamento classless, o R2 anunciará a rede 172.16.0.0 junto com a máscara /14 ao
R3. Em seguida, o R3 poderá instalar a rota de super-rede 172.16.0.0/14 em sua tabela de roteamento,
proporcionando acessibilidade às redes 172.16.0.0/16, 172.17.0.0/16, 172.18.0.0/16 e 172.19.0.0/16.

VLSM em ação

Em um curso anterior, você aprendeu como o VLSM permite o uso de máscaras diferentes para cada sub-
rede. Depois que um endereço de rede for dividido em sub-redes, elas também poderão ser subdivididas em
outras sub-redes. Como você deve se lembrar, o VLSM está apenas criando sub-redes de uma sub-rede. O
VLSM pode ser considerado como criador de sub-redes.

Clique em Reproduzir para exibir a animação.

A figura mostra a rede 10.0.0.0/8, que foi dividida em sub-redes usando a máscara de sub-rede de /16, que
gera 256 sub-redes.

10.0.0.0/16
10.1.0.0/16
10.2.0.0/16
.
10.255.0.0/16

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Qualquer uma dessas sub-redes /16 podem ser divididas em outras sub-redes. Por exemplo, na figura, a
sub-rede 10.1.0.0/16 é novamente dividida em uma sub-rede usando a máscara /24 e resulta nas seguintes
sub-redes adicionais.

10.1.1.0/24
10.1.2.0/24
10.1.3.0/24
.
10.1.255.0/24

A sub-rede 10.2.0.0/16 também é subdividida em sub-redes com uma máscara /24. A sub-rede 10.3.0.0/16 é
novamente dividida em sub-redes com a máscara /28 e a sub-rede 10.4.0.0/16 é novamente dividida em sub-
redes com a máscara /20.

São atribuídos endereços de host individuais dos endereços de "sub-redes das sub-redes". Por exemplo, a
figura mostra a sub-rede 10.1.0.0/16 dividida em sub-redes /24. O endereço 10.1.4.10 seria agora um
membro da sub-rede 10.1.4.0/24 mais específica.

VLSM e endereço IP

Outra maneira de exibir as sub-redes de VLSM é listar cada sub-rede e suas sub-redes de sub-redes. Na
figura, a rede 10.0.0.0/8 é o espaço de endereço inicial. Ela é dividida em sub-redes com uma máscara /16
na primeira sessão de criação de sub-redes. Você já sabe que o empréstimo de 8 bits (de /8 a /16) cria 256
sub-redes. Com o roteamento classful, esse é o número máximo de sub-redes que podem ser criadas. Você
pode escolher apenas uma máscara para todas as suas redes. Com o roteamento classless e de VLSM,
você tem mais flexibilidade para criar endereços de rede adicionais e usar uma máscara adequada às suas
necessidades.

Para a sub-rede 10.1.0.0/16, são emprestados mais 8 bits para criar 256 sub-redes com uma máscara /24.
Essa máscara permite 254 endereços de host por sub-rede. As sub-redes de 10.1.0.0/24 a 10.1.255.0/24 são
sub-redes da sub-rede 10.1.0.0/16.

A sub-rede 10.2.0.0/16 também é subdividida em sub-redes com uma máscara /24. As sub-redes de
10.2.0.0/24 a 10.2.255.0/24 são sub-redes da sub-rede 10.2.0.0/16.

A sub-rede 10.3.0.0/16 é subdividida em sub-redes com uma máscara /28. Essa máscara permite 14
endereços de host por sub-rede. Doze bits são emprestados, criando 4.096 sub-redes de 10.3.0.0/28 a
10.3.255.240/28.

A sub-rede 10.4.0.0/16 é subdividida em sub-redes com uma máscara /20. Essa máscara permite 2046
endereços de host por sub-rede. Quatro bits são emprestados, criando 16 sub-redes de 10.4.0.0/20 a
10.4.240.0/20. Essas sub-redes /20 são grandes o suficiente para serem divididas em outras sub-redes,
permitindo a criação de mais redes.

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Capitulo 6 – Modulo 2

Sumarização de rota

Como você já aprendeu, a sumarização de rota, também conhecida como agregação de rota, é o processo
de anúncio de um conjunto contíguo de endereços como um único endereço com uma máscara de sub-rede
mais curta e menos específica. Lembre-se de que o CIDR é uma forma de sumarização de rota e é também
um sinônimo do termo criação de super-redes.

Você já deve conhecer a sumarização de rota feita por protocolos de roteamento classful como a RIPv1. A
RIPv1 resume sub-redes em um único endereço de rede classful principal ao enviar a atualização da RIPv1 a
uma interface que pertence a outra rede principal. Por exemplo, a RIPv1 sumarizará as sub-redes
10.0.0.0/24 (de 10.0.0.0/24 a 10.255.255.0/24) como 10.0.0.0/8.

O CIDR ignora a limitação de limites classful e permite a sumarização com máscaras menores do que a da
máscara classful padrão. Esse tipo de sumarização ajuda a reduzir o número de entradas nas atualizações
de roteamento e nas tabelas de roteamento locais. Ele também ajuda a reduzir a utilização de largura de
banda para atualizações de roteamento e resulta em pesquisas de tabela de roteamento mais rápidas.

A figura mostra uma única rota estática com o endereço 172.16.0.0 e a máscara 255.248.0.0 que resume
todas as redes classful de 172.16.0.0/16 a 172.23.0.0/16. Embora a 172.22.0.0/16 e a 172.23.0.0/16 não
sejam mostradas no gráfico, elas também estão incluídas na rota de sumarização. Observe que a máscara /
13 (255.248.0.0) é menor do que a máscara classful padrão /16 (255.255.0.0).

Nota: Você deve se lembrar de que uma super-rede é sempre uma rota de sumarização, mas uma rota de
sumarização nem sempre é uma super-rede.
É possível que um roteador tenha uma entrada de rota específica e uma entrada de rota de sumarização
abrangendo a mesma rede. Vamos supor que o roteador X tem uma rota específica para a 172.22.0.0/16
usando a 0/0/1 serial e uma rota de sumarização de 172.16.0.0/13 usando a 0/0/0 serial. Os pacotes com o
endereço IP de 172.22.n.n correspondem a ambas as entradas de rota. Esses pacotes, destinados à
172.22.0.0, seriam enviados para fora da interface 0/0/1 serial porque há uma correspondência de 16 bits
mais específica do que a de 13 bits da rota de sumarização da 172.16.0.0/13.

Cálculo da sumarização de rota

O processo de cálculo das sumarizações de rota e de super-redes é idêntico ao que você já aprendeu no
Capítulo 2, "Roteamento estático". Portanto, o exemplo a seguir é apresentado como uma revisão rápida.

A sumarização de redes em um único endereço e uma única máscara pode ser feito em três etapas. Veja
estas quatro redes:
172.20.0.0/16
172.21.0.0/16
172.22.0.0/16
172.23.0.0/16

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Capitulo 6 – Modulo 2

A primeira etapa é listar as redes em formato binário. A figura mostra as quatro redes em formato binário.

A segunda etapa é contar o número de bits correspondentes da extremidade esquerda para determinar a
máscara da rota de sumarização. Você pode exibir na figura que os primeiros 14 bits correspondentes da
extremidade esquerda são correspondentes. Esse é o prefixo, ou máscara de sub-rede, da rota de
sumarização: /14 ou 255.252.0.0.

A terceira etapa é copiar os bits correspondentes e adicionar bits 0 para determinar o endereço da rede
sumarizada. A figura mostra que os bits correspondentes com zeros no final resultam no endereço de rede
172.20.0.0. As quatro redes - 172.20.0.0/16, 172.21.0.0/16, 172.22.0.0/16 e 172.23.0.0/16 – podem ser
sumarizadas no prefixo e endereço de rede único 172.20.0.0/14.

As atividades da próxima seção oferecem uma oportunidade de praticar a criação e a solução de problemas
de esquemas de endereçamento de VLSM. Você também praticará a criação e a solução de problemas de
sumarização de rota.

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