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Sim.

A hipoteca trata-se da sujeição de bens imóveis para garantir o pagamento de uma


dívida, sem transferir ao credor a posse desses mesmos bens. É portanto a dívida que
resulta dessa sujeição, a garantia real sobre imóveis.
Na escritura de constituição da garantia hipotecária deverá constar, além de outras
indicações, "o valor do contrato, da coisa ou da dívida, prazo, condições e mais
especificações, inclusive os juros, se houver" (Lei 6.015/73, art. 176, § 1º, III, 5), assim
como é facultado às partes "fazer constar das escrituras o valor entre si ajustado dos
imóveis hipotecados, o qual, devidamente atualizado, será a base para as arrematações,
adjudicações e remições, dispensada a avaliação" (Código Civil, art. 1.484).
Em princípio, a lei admite a constituição de mais de uma hipoteca sobre um mesmo
imóvel, nos termos da previsão do art. 1.476 do Código Civil: "O dono do imóvel
hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do
mesmo ou de outro credor.
Havendo pluralidade de hipotecas sobre um mesmo imóvel, a lei estabelece o privilégio
dos credores anteriores sobre os credores posteriores, em que o primeiro credor detém
uma hipoteca de primeiro grau, o segundo credor é titular de hipoteca de segundo grau,
e assim sucessivamente.
Havendo pluralidade de hipotecas sobre um mesmo imóvel, a lei estabelece o privilégio
dos credores anteriores sobre os credores posteriores, em que o primeiro credor detém
uma hipoteca de primeiro grau, o segundo credor é titular de hipoteca de segundo grau,
e assim sucessivamente.
Entretanto, a hipoteca tem também como característica a sua indivisibilidade, ou
seja, enquanto não satisfeito integralmente o débito, o direito real de garantia subsiste,
por inteiro, sobre todo o bem gravado.
O privilégio do credor antecedente é assegurado pelo art. 1.477 do Código Civil, o qual
dispõe que, "Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca,
embora vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira", e para
garantir essa precedência, o art. 189 da Lei 6.015/73 estabelece: "Apresentado título de
segunda hipoteca, com referência expressa à existência de outra anterior, o oficial (do
Registro de Imóveis), depois de prenotá-lo, aguardará durante 30 dias que os
interessados na primeira promovam a inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá da
data da prenotação, sem que seja apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e
obterá preferência sobre aquele."
Portanto, a garantia do privilégio do primeiro credor somente se efetiva mediante o
registro imobiliário do título respectivo.

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