A BONDADE DE DEUS

"A bondade de Deus permanece continuamente" (Salmo 52:1).

A bondade de Deus está ligada a sua natureza - 1Jo 1:5 (Deus é summum
bonum, o Sumo Bem).

Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade (nas
criaturas, a bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua
essência).

Ele é infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em

Deus há um oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade.

Ele é eterna e imutavelmente bom: Ele não pode ser (1) menos bom do que
é; (2) como não se pode fazer nenhum acréscimo a Ele.

Ele era eternamente bom, antes de haver qualquer comunicação da Sua

generosidade, ou antes de haver qualquer criatura à qual essa
generosidade pudesse ser infundida ou exercida.

Tudo que provém de Deus — os Seus decretos, a Sua criação» as Suas leis,
as Suas providências — só pode ser bom, como está escrito: "E viu Deus
tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom..." (Gênesis 1:31). Toda nossa
bondade é derivada de deus, mas a bondade de Deus não deriva de ninguém
(Tg 1:17).

Ele dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade é para sempre"

(Salmo 136:25). Verdadeiramente, "...a terra está cheia da bondade do Senhor"
(Salmo 33:5). Deus é bom para que vejamos sua glória – Rm 9:17; com sua
bondade ele sustenta e dirige todas as criaturas – Sl 135:6

Marcos 10.18: Aqui, Jesus está num contato e relacionamento direto com as
pessoas na qualidade de homem. Portanto, não há conflito em dizer “Por que
me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus”.

É como se Jesus dissesse ao moço rico: “Se você me considera apenas um

homem, mesmo que Mestre, não posso aceitar este título qualificativo de
bom”. Ou seja, Jesus não nega sua divindade – ele está apontando a Deus
para esse moço! Apontando a Deus, sim, o único bom! Ainda que as
qualidades de Deus sejam, também, qualidades de Jesus, sabemos disso!
A lado visível da bondade de Deus é sua providência:

A terra poderia ser tão fértil como é, sem a sua superfície ser tão
deleitavelmente variegada, A nossa vida física poderia ser mantida
sem as lindas flores para encantarem os nossos olhos e para
exalarem suaves perfumes. Poderíamos andar pelos campos, sem
que os nossos ouvidos fossem saudados pela música dos
pássaros. Donde, pois, esta beleza, este encanto, tão livremente
difundido pela face da natureza? Verdadeiramente, "O Senhor é
bom para todos, e as suas ternas misericórdias são sobre todas as
suas obras" (Salmo 145:9).

A MAIOR expressão da bondade de Deus ilustremente visível quando Ele

enviou o Seu Filho, "... nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que
estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gaiatas 4:4-
5). - A bondade de Deus é o sustentáculo da confiança do crente

A bondade dura para sempre, jamais deveríamos ficar desanimados-. "O

Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam
nele" (Naum 1:7).

“Não deixe seu coração tolerar um instante de descrença na

bondade, do Senhor; seja o que for que possa ser questionado, isto
é absolutamente certo, que o Senhor é bom; as Suas dispensações
podem variar, mas a Sua natureza é sempre a mesma” (C. H.
Spurgeon).

Deus não cansa, nem esgota em fazer bem a sua noiva. Ele cuida dela d modo
especial (1Tm 4.10; Jr 32:40-41)

“E a tua clemência me engrandeceu” (Sl. 18:35).

Estas palavras podem ser traduzidas como “Tua bondade me

engrandeceu”. O motivo de sermos engrandecidos é Deus fazer-se a Si
mesmo pequeno. Somos tão pequenos que, se Deus manifestasse Sua
grandeza sem a Sua condescendência (abrir mão de toda sua majestade),
seríamos esmagados debaixo de Seus pés; mas Deus, que precisa Se
inclinar para ver os céus, e se curvar para ver o que os anjos fazem, volta
Seus olhos ainda mais abaixo, e olha para o abatido e contrito, e o
engrandece.
Quão maravilhosa tem sido a nossa experiência da bondade de
Deus! Quão doce tem sido Sua correção! Quão gentil Sua
tolerância! Quão suave Seus ensinamentos. Quão benéfica Sua
atração! Medita sobre isso, ó crente. Deixa a gratidão ser
despertada; antes que caias no sono esta noite.

“E não te esqueças de nenhum só de Seus benefícios” (Salmos 103:2)

Sensações podem querer nos fazer duvidar da bondade de Deus, é nesse

momento que somos convocados por Deus para caminharmos pela história e
vermos que ele não falha com nenhum daqueles a quem ele chama de filho.

É muito benéfico e proveitoso ver a mão de Deus na vida dos santos do

passado, e observar Sua bondade em livrá-los, Sua misericórdia em perdoá-
los, e Sua fidelidade em manter Sua aliança com eles. Mas, não seria bem
mais interessante e benéfico para nós mesmos, observar as mãos de Deus
em nossa própria vida?

Você nunca teve nenhuma libertação ? Nunca atravessou os rios amparado

pela presença divina? Nunca passou pelo fogo sem se queimar? Nunca teve
nenhuma manifestação do poder divino? Nunca recebeu um raro favor? O
Deus que concedeu a Salomão o desejo de seu coração, nunca ouviu e
atendeu suas petições? Aquele Deus transbordante de bondade, de quem Davi
cantou: “Aquele que farta de bens a tua velhice” (Sl. 103:5a), nunca te saciou
com fartura? Você nunca repousou em pastos verdejantes? Nunca foi levado
para junto das águas de descanso? Certamente a bondade de Deus é a
mesma para nós como o foi para os santos do passado. Vamos, então, compor
uma canção com Suas misericórdias.

Deus priva parcialmente manifestações de sua bondade para que seus filhos
enxerguem melhor seus corações, sua corrupção e voltem-se a ele em
arrependimento, fazendo segurança e morada apenas no Senhor (Dt 8).

Deus não apenas criou o universo, ele também decidiu regê-lo. Deus não tem
outro objetivo em relação aos seus filhos que não seja lhe fazer o bem. Deus
faz mal redundar em bem, algumas vezes testemunharmos isso nessa vida (Gn
50.20) ou na próxima (2cor 4:17-18).

Deus não quer que vivamos em choro, devemos lembrar daquilo que ele fez e
continuará fazendo por nós. Ele conheceu nossas trevas e nos falou
amorosamente quando o repudiávamos – transformou nosso inferno em céu,
nosso lamento em canto.

Lembre-se disto, aqueles que por terem sofrido pacientemente, tiveram seus
nomes escritos com letras de sangue no calendário da Igreja, terão seus
nomes escritos com letras de ouro no livro de registro de Cristo, no livro da
vida.