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HN0 Tansformagao da caf amagao ‘OBJETIVOBO CAPITULO transformagdo da deformagio em um ponto é semelhante & da tensio ©, por isso, 0s métodos do Capi- julos@rdo aplicados aqui. Discutiremos também vari ios modos de medir deformagées e desenvolveremos slgumeslaces importantes com as propriedades do material, entre elas uma forma generalizada da lei de jlocklo final do capitulo, discutiremos algumas das teorias usadas para prever a falha de um material. 40.1 Deformagao plana Como descrevemos na Sego 2.2, 0 estado geral de deformacao em um ponto em um corpoé representado puma combinagdo de trés componentes de defor- macao normal, ,,€,, €,,€ trés de deformagao por cisa Thamento, 7,» Y.,» 7,. £88as seis componentes tendem dgformar cada face de um elemento do material e, eomio ocorre com a tenséo, as componentes da defor- macao normal ¢ da deformagao por cisalhamento no powtariardo de acordo com a orientacao do elemen- to. Aemponentes da deformagdo em um ponto cos- tumam ser determinadas por meio de extensometros {medidores de deformagao) que medem essas compo- nentes em direcdes espectficas. Contudo, para andlise € Dojeto, as vezes os engenheiros precisam transformar ‘esses dados para obter as componentes da deformacao ‘em outras diregdes. Para entender como isso ¢ feito, em primeiro lugar vamos dedicar atengao ao estudo da deformagao pla- na. Especificamente, no consideraremos os efeitos das ‘omponentes €,,7,, € ,,. Logo, em geral, um elemento deformado no plano esté sujeito a duas componentes deformacao normal, ¢,,€,,€ a uma componente de ' i Deformasio normal ey @ © Deformagio normal ¢, deformagéo por cisalhamento, y,.As deformagées de um elemento provocadas por cada uma dessas tensdes de deformagées sio ilustradas na Figura 10.1. Observe que as deformagdes normais sao produzidas por mu- dangas no comprimento do elemento nas diregoes x ¢ y enquanto aquelas por cisalhamento resultam da rota- ¢f0 relativa de dois lados adjacentes do elemento Embora a deformacao plana e a tenséo plana te- nham, cada qual, trés componentes que se encontram no mesmo plano, entenda que tensio plana ndo causa necessariamente deformagéo plana ou vice-versa, A razio disso tem a ver com 0 efeito de Poisson discuti- do na Secio 3.6, Por exemplo, se o elemento na Figura 10.2for submetido a tensdo plana oy, € o,, nfo somente se produzirao deformagoes normais e,¢'€,,mas haverd também uma deformagao normal associada, €,, Obvia- mente, esse nao é um caso de deformago plana, Desse modo, em geral, a menos que » = 0, efeito de Pois- son impedird a ocorréncia simultanea de deformagio plana e tensio plana, Devemos salientar também que, ‘uma vez que a tensio de cisalhamento e a deformagio por cisalhamento ndo sao afetadas pelo coeficiente de Poisson, a condigéo 7,, = r,, = Oexige x, = 7,, =0. » x Deformagio por cisalhamento 7, ) © Figura 10.1 362. Resistencia 00s MATERIA Estado plano de tensio, 0, ,,ndo causa estado plano de deformagio no plano 2-y desde que e, # 0. igura 10.2 10.2 Equagées gerais de transformagao no plano de deformacao Na anélise do estado plano de deformagio, im- portante estabelecer equagées de transformacao que possam ser usadas para determinar as componentes x', y’ da deformacao normal e daquela por cisalhamento em um ponto, desde que as componentes x, y da de- formagao sejam conhecidas. Em esséncia, esse € um problema de geometria ¢ requer relacionar as defor- magGes e rotagdes de segmentos de reta diferenciais que representam os lados de elementos diferenciais paralelos a cada conjunto de eixos. Convengao de sinal. Antes de desenvolver as equagdes de transformacao da deformagao, & preciso definir uma convengdo de sinal para as deformagoes Essa convengao é a mesma estabelecida na Se¢ao 2.2 serd definida novamente aqui para a condicdo de esta- do plano de deformagao, Com referéncia ao elemento diferencial mostrado na Figura 10.3a, as deformacdes normais €, € €, sero positivas, se provocarem alon- gamento ao longo dos eixos x e y, respectivamente, € aquelas por cisalhamento y,, serao positivas, se 0 angu- lo interno AOB ficar menor que 90°. Essa convengao de sinal também segue a correspondente usada para © estado plano de tensao (Figura 9.5a), isto & 0, 0,, 77, positivas provocardo deformacdo no elemento nas diregdes e,,€,,7,, positivas, respectivamente. Aqui, o problema serd determinar, em um ponto, as deformagdes normais e de cisalhamento €,,,€,, 7, medidas em relagdo aos eixos x’ e y’, se conhecermos (O) Convengéo de sinal postive Figura 103 €s€ 7%, medidas em relagéo aos eixos x,y. Se oAngulo entre 0s eixos x ¢ x' for 8 entdo, assim como ocorte com 0 estado plano de tensio, @ seré positivo, contanto que siga a curvatura dos dedos da mao direita, isto ¢, sentido anti-hordrio, como mostra a Figura 10.3b. Deformagées normal e por cisalhamento. Para desenvolver a equagdo de transformagao da de- formagao e determinar e,,temos de determinar 0 alon- gamento de um segmento de reta dx’ que se encontra a0 longo do eixo x’ e esté sujeito As componentes da deformagio €,,€,,7,- Como mostra a Figura 10.4a, as componentes da reta dx’ ao longo dos eixos x e y sio dx = dx' cos dy = dx' sen6 oD) Quando ocorre a deformagao normal positiva ¢ (Figura 10.4b), a reta dx sofre um alongamento ¢,!, © que provoca um alongamento e,dx eos @ na retads" Do mesmo modo, quando ocorre ¢, (Figura 10.4) @ reta dy sofre um alongamento e,dy, 0 que provoca Um alongamento e,dy sen @ na reta dx’. Por fim, consile- rando que dx permanega fixa na posigao, a deformasé” por cisalhamento y, ,que é a mudanga no angulo entre dx e dy, provoca 0 deslocamento y, dy para a dite! ta da extremidade da reta dy, como mostra a Figt@? 10.4d. Isso acarreta o alongamento +, ,dy cos @.na Felt dx', Se esses trés alongamentos forem somados, 0 a0" gamento resultante de dx’ sera bx’ = €,dxcos 6 + €, dy send + yxy dy cos } pela Equagao 2.2, a deformacéo normal ao longo jureta de’ €€, = 5x'/dx’. Portanto, usando a Equacao {0,.,temos cos? @ + €,Sen'O + yxy sencos@ — (49,2 ‘A equagdo de transformagao da deformagio para geterminar 7,,, Pode ser desenvolvida considerando-se aquantidade’ ‘de rotacdo que cada um dos segmentos de feta dv’ e dy’ Sofre quando submetido as componentes dadeformagao ¢,,€,,7,, .Em primeiro lugar, considera- remos a totacao de dx", definida pelo Angulo em sentido anti-horério « mostrado na Figura 104e. Esse angulo pode ser determinado pelo deslocamento 8y' pela ex- pressio ar = 6y'/dx’. Para obter By’, considere as trés ‘componentes do deslocamento seguintes que agem na direcdo y'suma de €,,que dé ~e,dx send (Figura 10.4b); uma outra de «,, que dé e,dy cos @ (Figura 10.4c); € a atima de y,,,que dé —7, dy sen 0 (Figura 10.4d). Assim, Sy’ provocada pelas trés componentes da deformacao,é by’ = —exdx send + € dy cos 0 ~ yxy dy send Pela Equagdo 10.1, com a = 6y/dx', temos €, + &) send cos — y,ysen"@ (10,3) ‘Antes da deformagio @ \eS a aed |e ae & Deformagio por cisalhamento Yn, @ Deformagio normal é, TRANSFORMAGAO DA DEFORMACAO 363 Como mostra a Figura 10.4e, a reta dy’ sofre uma rotagao de B. Podemos determinar esse Angulo por uma anélise semelhante ou simplesmente substituindo @ por 6 + 90° na Equagao 10.3. Usando as identidades sen(6 + 90°) = cos 6, cos(@ + 90°) = —sen 4, temos €, + 6) sen (0 + 90°) cos(# + 90°) = yyy sen’(@ + 90°) = —(-e, + €,) cos@ sen@ — yxy cos? 6 Visto que a e B representa a rotagao dos lados dx' e dy’ de um elemento diferencial cujos lados e: tavam originalmente orientados ao longo dos eixos x’ ey’ e que f esté na diregdo oposta de a, Figura 10.4e, entdo 0 elemento esté sujeito a uma deformagdo por cisalhamento de Yay =a — B= ~2(€, — €,) send cos O 26 — sen? + yxy(cos?6 — sen?) (10.4) Usando as identidades trigonométricas sen 26 = 2 sen 8 cos 8, cos? @ = (1 + cos 26)/2.€ sen? @ + cos? @ = 1, podemos rescrever as equagdes 10.2 ¢ 104 na forma final aw | de edx? ed send Deformagio normal e, () © figura 10.4

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