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corpo coletivo, uma vez que esses encontros não se dão sem seus
antagonismos e sofrimento. O desafio parece residir em manter-se aberto a
esses exercícios e suas instabilidades no que trazem de exposição e afecção.
Conforme afirma Lapoujade (2002), em suas considerações
deleuzianas, sofrer não configura um estado particular do corpo, mas é, antes,
a condição corpórea primeva, implicação de sua exposição ao fora, aos afetos,
em sua erupção de encontros com outros corpos, como a luz, o oxigênio,
alimentos, sons, palavras...
O corpo não cessa de sofrer a atuação de forças que agem sobre ele,
gerando desequilíbrio, desorganização, diferença e singularidades. Assim, o
exercício afirmativo da alegria é inseparável de um abrir-se ao afrontamento de
um fora, a partir desse sofrimento primeiro que chega a ser insuportável. Nas
palavras de Lapoujade (2002, p. 87):