Faculdade de Engenharia Disciplina Economia da Energia Professor Marcelo Matz
Energia Elétrica: Dez anos de
liberdade no mercado Aluno: Ricardo Santos de Sousa
O mercado livre de energia elétrica ou ambiente de contratação livre de
energia elétrica começou a tomar forma em 1995, ficou definido que os consumidores de energia elétrica cuja carga de consumo fosse igual ou superior a 10.000 kW e atendidos em uma tensão igual ou superior a 69 kV, seriam caracterizados como "consumidores potencialmente livres" e poderiam, portanto escolher um fornecedor alternativo de energia elétrica para suprir suas necessidades, respeitando os atuais contratos de fornecimento. A mudança demorou a ganhar força mas a partir do início do ano 2000, com o racionamento de energia, resultou em sobras de energia e então o mercado livre explodiu de vez. Hoje quase 30% do consumo nacional de energia elétrica já são do mercado livre. A criação do mercado livre no setor energético brasileiro tornou esse segmento mais democrático, quebrando de vez alguns monopólios do setor. A compra de energia elétrica no então criado mercado livre de energia elétrica, passou a ser feita conforme a vontade das partes envolvidas: comprador e vendedor de energia elétrica; ou seja, todas as condições contratuais, incluindo o preço da energia elétrica, passaram a serem negociadas bilateralmente e não mais impostas pelo órgão regulador (Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL) do setor elétrico. A liberdade no mercado elétrico, que vem ganhando força nos últimos dez anos, cresce a cada ano e já uma realidade concreta e definitiva. Com essa medida o segmento de energia elétrica ampliou os seus horizontes e os benefícios são inúmeros como o aumento da competição entre os fornecedores, melhoria da qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos, facilidades nas condições de pagamento e fornecimento, beneficiando também o consumidor final. Além disso, devemos esperar uma ampliação dessa liberdade para os consumidores residências e o restante da parcela industrial que está vinculada ao mercado clássico. Seria o fim do monopólio no setor e o começo de uma nova era no mercado energético brasileiro.