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ENGENHARIA BIOMÉDICA
The constant advance of medical-hospital technology brought the insertion of the clinical
engineer. This professional has an important role in the management of the technologies in
an efficient way and can contribute significantly in the development processes of health care
establishments. However, this professional is currently found in most hospitals, while the
appearance of clinical engineer in laboratories is rare, even though laboratory results are
extremely important for medical diagnosis. While for the performance of the clinical engineer,
it is necessary to implant the clinical engineering sector in the institution, and for that, one
must know and understand the unit situation, initially carrying out inventory processes and
patrimony of the technological park, which allows to understand and define the best model of
maintenance and sector management. Therefore, the present work aims to propose a
application model of the implementation of a clinical engineering service in a small clinical
analyzes laboratory with a modest technological park, and show their contribution in the
development of a quality program, through its performance in relation to the 3 main pillars:
technology, infrastructure and human resources.
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 11
2. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 13
2.1. Pesquisa ..................................................................................................................... 13
2.2. Implantação da Engenharia Clínica ........................................................................... 13
2.2.1. Inventário ............................................................................................................ 13
2.2.2. Patrimônio .......................................................................................................... 14
2.2.3. Modelo de Manutenção ...................................................................................... 14
2.2.4. Recurso de Gerenciamento ................................................................................. 14
2.3. Desenvolvimento do Programa de Qualidade............................................................ 14
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 15
3.1. Pesquisa ..................................................................................................................... 15
3.2. Proposta de Implantação da Engenharia Clínica ....................................................... 16
3.2.1. Inventário e Patrimoniação ................................................................................. 16
3.2.2. Estudo sobre Manutenção ................................................................................... 18
3.2.3. Modelo de Gestão de Manutenção ..................................................................... 19
3.2.4. Modelo de gerenciamento EC ............................................................................ 21
3.3. Contribuição no Desenvolvimento de um Programa de Qualidade ........................... 26
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 28
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 30
1. INTRODUÇÃO
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negativos para os EAS. Há uma dependência muito grande em dispor de assistências técnicas
autorizadas dos equipamentos no EAS, que apresentam preços para manutenção muito alto,
isto se deve ao fato da falta do conhecimento necessário para a gestão de equipamentos e
realizar os indicadores de qualidade, da qual o setor da EC é responsável [7].
Neste aspecto, a EC procura contribuir com o desenvolvimento e melhoria da qualidade,
garantindo a segurança, confiabilidade e efetividade em serviços prestados por
estabelecimento de saúde [8]. No entanto, os estudos e ações da EC estão mais voltados aos
hospitais, com isso, há uma carência da aplicação da EC na área de análises clínicas [1].
Visando a importância da confiabilidade que os exames feitos em laboratórios de análises
clínicas devem ter, esse trabalho de conclusão de curso de graduação propõe um modelo de
implantação da EC em um laboratório de análises clínicas (LAC) e demonstrar sua
contribuição em um programa de qualidade focando nos três principais pilares: tecnologia,
infraestrutura e recursos humanos (RH). Salienta-se que o trabalho será desenvolvido focando
em um laboratório de pequeno porte, com um fluxo aproximado de 400 exames por mês,
situado em uma cidade com menos de 30 mil habitantes no interior do estado de São Paulo,
trazendo de maneira sucinta as contribuições de uma implantação do setor de EC.
12
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Pesquisa
2.2.1. Inventário
1
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
2
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA
13
2.2.2. Patrimônio
O controle de patrimônio tem de ser feito a fim de evitar conflitos de informação durante
o inventário [8]. Assim, cada equipamento deve receber uma etiqueta com um número de
patrimônio. Salienta-se que a patrimoniação pode envolver todos os materiais da empresa, no
entanto para esse trabalho focou-se somente na parte de equipamentos laboratoriais.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Pesquisa
15
3.2. Proposta de implantação da engenharia clínica
Conforme relatado por Calil e Teixeira (2002), é preciso conhecer e entender a unidade,
ou seja, tem de ser realizado uma inspeção no LAC, fazendo o levantamento do parque
tecnológico (inventário e patrimônio) e analise da infraestrutura [8].
Em visita realizada a um LAC, pode-se conhecer e analisar os principais equipamentos
que compõem a unidade, a lista dos equipamentos pode-se ver na tabela 1. Ao todo o parque
tecnológico da unidade compreende-se em 14 equipamentos, sendo assim, considerado um
parque tecnológico modesto.
Equipamento
Analisador bioquímico Estufa de esterilização
Auto analisador de hematologia Homogenizador de sangue
Banho Maria Medidor de pH
Centrífuga de tubos Micro centrífuga de hematócrito
Coagulômetro Microscópio
Contador de células Refrigerador
Estufa de cultura de células Termohigrômetro
Fonte: O Autor.
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de série, setor, valor de aquisição, estado do equipamento, entre outras [15]. A Figura 1 mostra
um modelo de formulário desenvolvido para a proposta de implantação da EC.
17
De acordo com Calil e Teixeira (2002), o inventário é extremamente simples, porém
pode demandar um longo período dependendo do tamanho do parque tecnológico, sendo que o
conhecimento da quantidade e qualidade dos equipamentos auxilia na estruturação do
departamento de manutenção. Destaca-se também a importância da criação de um sistema de
codificação para os equipamentos, pois auxilia o setor da manutenção a identificar o
equipamento correto [8]. Sendo assim, é importante que cada equipamento receba um número
de patrimônio, pois nos EAS podem haver mais de uma unidade do mesmo equipamento, dessa
maneira o número auxilia na identificação do equipamento correto. A Figura 2 demonstra um
modelo de etiqueta, conhecida também como TAG, para utilização no controle de patrimônio.
Fonte: O autor.
18
confiabilidade do equipamento, aumentando a vida útil do equipamento [17]. Porém por causa
da limitação de recursos materiais, humanos e financeiro muitas instituições não a utilizam [8].
19
Com a análise dessas informações, o fluxograma apresentado na Figura 3 adota um
modelo de manutenção mista:
Fonte: O autor.
Calil e Teixeira (2002) explicam que para alguns equipamentos há viabilidade de manter
um contrato de manutenção com o fornecedor, porém conforme as exigências especificadas
para atender o EAS, o valor de contrato será maior. Equipamentos de alto custo e complexidade
costumam ter valores contratuais na faixa de 4,5% a 9% do valor do equipamento novo,
enquanto que os equipamentos mais simples apresentam valores contratuais na faixa de 15% a
35% do equipamento de novo [8].
No caso do LAC visitado, a administração possui um contrato de exclusividade de
compras de insumo com determinados fornecedores dos equipamentos, nesse contrato a
empresa compra mensalmente uma determinada quantidade de insumo, em troca, o fornecedor
oferece assistência especializada periodicamente para execução de MP (testes e calibrações). A
princípio o modelo de MP do LAC demonstra-se interessante, porém para avaliar a viabilidade
de contratos (MP e MC), seria preciso iniciar a gestão de EC para implantar indicadores, já que
no laboratório visitado, a administração informou não ter registro, além de ser preciso levantar
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o valor total do parque tecnológico, já que a literatura nacional recomenda que o custo total do
grupo de manutenção não seja superior a 7% ao valor do parque tecnológico [8].
21
Fonte: O autor.
22
Figura 5 - Modelo de Cronograma de Manutenção.
Fonte: O autor.
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A Figura 6 demonstra um modelo para geração de indicador comumente utilizado nos
EAS, o indicador de tempo de máquina parada. A proposta de utilização desse indicador, é
mensurar o tempo que o equipamento permanece parado por causa de manutenção, com esse
indicador pode-se analisar o quanto um equipamento parado afeta a produtividade da empresa,
além de ser um dos indicadores que permite analisar ao longo de um determinado período a
frequência que o equipamento permaneceu parado e determinar se está na hora de investir em
um novo equipamento, realizando assim o processo de incorporação tecnológico no parque de
equipamentos.
Para o seu preenchimento deve-se fazer sempre no fechamento do mês do setor,
informando a quantidade de horas em que cada equipamento ficou parado para reparo.
Os indicadores também são de relevância para a gerência do EAS, já que mensura a
eficiência dos procedimentos adotados, dos profissionais do setor, avaliação de custo, entre
outros. Eles podem ser divididos em três categorias: temporal, qualidade e custo [19]. A Tabela
2 demonstra alguns exemplos de indicadores.
CATEGORIAS:
TEMPORAL QUALIDADE CUSTO
Tempo de Máquina Parada. Total de O.S. por Técnico. Custo de Máquina Parada.
Fonte: adaptado de DE MORAES [19].
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3.3. Contribuição no Desenvolvimento de um Programa de Qualidade
Em 2005 a ANVISA publicou a RDC nº 302, resolução esta que exige que os LAC
realizem um controle de qualidade, para garantir a conformidade e confiabilidade dos
resultados, por meio da reprodutibilidade de amostras de resultados com parâmetros pré-
estabelecidos, bem como um método de avaliar a calibração dos equipamentos [12]. Muitos
LAC participam de um programa nacional de qualidade [20], que ocorre de duas maneiras,
interna e externamente:
- Controle de qualidade Interno: O LAC participante recebe uma amostra-controle de
soro liofilizada preparada sob os mais rigorosos padrões internacionais de qualidade e
segurança, para controle interno em bioquímica.
- Controle de qualidade Externo: O LAC recebe mensalmente um kit de controle para
realizar análises diárias, que serão encaminhas posteriormente para verificação, realizando uma
comparação entre os laboratórios participantes, levando em consideração o tipo de reagente e
aparelho utilizado por cada instituição, para que no final da avaliação seja emitida uma
avaliação de cada LAC.
Em vista dessa exigência, a EC pode contribuir no desenvolvimento da qualidade dos
serviços, para isso o setor deve apoiar-se nos três principais pilares: tecnologia, infraestrutura e
recursos humanos [1]. A Figura 7, permite identificar de modo sucinto, onde cada pilar atua no
desenvolvimento de um programa qualidade na unidade.
Figura 7 - Modelo de Atuação da EC em Programa de Qualidade em Saúde
ENGENHARIA CLÍNICA
Fonte: O autor
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Dessa forma sugere-se que na gestão de tecnologia, a engenharia foque completamente
no gerenciamento do parque tecnológico, realizando periodicamente manutenções, instalação
dos equipamentos, recolocar equipamentos parados em operação, dispor de equipamentos
básicos para cada tipo de setor, ter o controle de todos equipamentos do parque, verificar a
regularização dos equipamentos junto a ANVISA/MS, implantar procedimentos operacionais
dos equipamentos e principalmente utilizar a ferramenta de indicadores para avaliar a
efetividade do trabalho.
Já em relação a Infraestrutura, é importante dar enfoque nas normas, portarias e
legislação, verificando assim se a unidade está de acordo com padrões estabelecidos visando
suprir as necessidades da unidade, com área mínima para cada setor, instalação de climatização,
piso e paredes adequados ao setor, atender a protocolos de gerenciamento de risco, verificar
estrutura elétrica adequada.
E por fim, na gestão de recursos humanos, a EC atuará na promoção da capacitação da
equipe (técnica e operacional), avaliando o grau de conhecimento, implementando processos
de treinamento e educação contínua, como também quando for necessário deve-se realizar curso
de reciclagem para manter a equipe sempre capacitada.
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4. CONCLUSÃO
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qualidade dentro da instituição. Também deve-se levar em conta que o engenheiro clínico
precisa estar em constante contato com todas as partes (operadores, administração e técnicos).
De maneira geral, a implantação de um setor de engenharia clínica em um laboratório de
análises clínica, poderá possibilitar os seguintes benefícios:
- Controle do Parque Tecnológico;
- Auxiliar na aquisição de novas tecnologias;
- Manter os equipamentos operando em um maior clico de vida;
- Proporcionar protocolos de controle e segurança no ambiente;
- Desenvolver metodologias para obter indicadores de qualidade e/ou produtividade.
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REFERÊNCIAS
[2] ACCE, American College Of Clinical Engineering. Enhancing Patient Safety The Role of
Clinical Engineering. Section I. In: DYRO, J. F. Clinical Engineering Handbook. USA:
Elsevier, 2004, p.14 – 15
[7] ANTUNES, E. V. et al. A engenharia clínica como estratégia na gestão hospitalar. Gestão
da tecnologia biomédica: tecnovigilância e engenharia clínica, ANVISA, 2002, cap. 4.
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[12] BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005.
Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. Órgão emissor: ANVISA - Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em:
<http://www.pncq.org.br/uploads/2012/09/RDC-302-2005.pdf>. Acesso em 5 de mar. 2016.
[17] MORO, N.; AURAS, A. P. Centro Federeal de Educação Tecnológica de Santa Catarina.
Introdução à Gestão da Manutenção, 2007. Disponível em:
<http://docente.ifb.edu.br/paulobaltazar/lib/exe/fetch.php?media=apostila_manutencao.pdf>.
Acesso em: 02 nov 2016.
[18] BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria conjunta SVS/SAS n.1 de 23 de Jan. de 1996.
Diário Oficial, Brasília, 24 de Jan. 1996.
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