Você está na página 1de 16

GEOGRAFIA DA PARAÍBA

GEOGRAFIA DA PARAÍBA
Sendo o Areópagos fundado pelo naturalista paraibano Ma-
1. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO noel de Arruda da Câmara no ano de 1799 em Itambé com a fi-
PARAIBANO. nalidade de estudar as ideologias da revolução francesa contra o
absolutismo monárquico de Portugal e preparou adeptos para o sis-
tema republicano essencialmente democrático com noção da dig-
nidade do homem sem diferenciação de raça, que entre eles faziam
parte André Dias de Figueiredo, do Padre João Ribeiro Pessoa,
Por ter sido um dos pontos territoriais do Brasil conhecido e Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque Montenegro, José
explorado desde o início da colonização, a paraíba em sua história, Pereira Tinoca e outras figuras de destaque da Paraíba e Pernam-
acompanha a própria História do Brasil, desde seu descobrimento buco que cogitavam na criação de uma republica sob a proteção de
até os dias atuais. Napoleão Bonarparte na qual os irmãos Suassuna foram os mais
Após a descoberta do Brasil, como capitania, a paraíba foi ex- comprometidos na conjura, e logo após o plano ser descoberto foi
plorada e colonizada. Na administração colonial do Brasil, foram aberto uma devassa na qual não se apurou nada de positivo, e os
configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capita- acusados sendo libertados, porém a idéia de independência con-
nias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba, tinuou bailando no ar quando cresceu e se propagou através das
tivemos a criação da Capitania Real em 1574. Em 1694, esta capi- lojas maçônicas que funcionavam com o rótulo de academia.
tania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessen- Academia do Cabo fundada por Francisco Paes Barreto, o
ta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1º Morgadodo Cabo, que funcionava no Recife e também nesta mes-
de janeiro de 1756. Assistiu e participou dos movimentos contra a
ma cidadefuncionavam a Pernambuco do Oriente fundada por
invasão dos estrangeiros (franceses e holandeses).
Cruz Cabugá e a do Oriente fundada por Domingos José Martins,
Com a vinda da família real para o brasil, em 1808, a Paraíba
ea
passou à condição de província. D. João VI, que governava Por-
tugal e suas colônias, como príncipe-regente, no lugar de sua mãe Academia Suassuna,além destas academias também haviam
D. Maria (que era doente mental), fugiu para o brasil com toda sua em Iguaraçu uma oficina quefoi fundada pelo Capitão Francisco
cotre, por causa de guerras na Europa entre França e Inglaterra. Xavier de Morais Cavalcanti, nestaépoca não funcionava nenhuma
A paraíba, participou, então, dos movimentos contra o domí- academia na Paraíba, porém pessoascomo Amaro Gomes Couti-
nio português. Esses movimentos tinham como objetivo separar o nho, Estevan José Carneiro da Cunha, Joaquim Manoel Carneiro
Brasil de Portugal. Em 1817, quando se iniciou em pernambuco da Cunha, Joaquim Batista Avundano, Francisco Xavier Monteiro
uma revolta contra o domínio Português, na paraíba logo se aderiu da França, André Dias de Figueiredo e outros mais que já estavam
ao movimento. Nosso estado participou ativamente do movimento iniciado nos mistérios da maçonaria.
e muitos paraíbanos ilustres perdeam sua vida lutando por esse E no ano de 1800 o bispo Azeredo Coutinho que era um ho-
ideal entre eles: José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes Cou- mem culto, viajado e integrado no espírito da época, muito embora
tinho e padre Antônio de Albuquerque. A revolução foi derrotada, não participasse das idéias revolucionarias, fundou o Seminário
mas a ideia de libertação continuou viva. de Olinda que concorreu em muito para a propagação da idéias
Aumentava a cada dia nos brasileiros o desejo de independê- republicana no nordeste brasileiro em virtude dos padres estarem
cia e este sentimento se espalava por todo o território nacional. D. bem informados a respeito da revolução francesa e por se coloca-
João voltou a portugal, para assumir o governo em lisboa, ois os rem em posição contraria com o poder absoluto do monarca e com
franceses já tinham se retirado. Deixou no Brasil seu filho D. Pe- isto acabaram-se se tornando os arautos da idéias que só admitiam
dro I, que proclamou nossa independência; as margens do riacho independência com republica, E a par disso, crescia a animosidade
do Ipirannga , em São paulo, no dia 7 de setembro de 1822. ele se entre brasileiros e portugueses que acabou irrompendo o sentimen-
tornou imperadordo Brasil. to nativista que foi a primeira manifestação de nacionalismo e que
Assim a paraíba foi das primeiras provincias a declarar apoio deu aos brasileiro a consciência de pátria que naquela época não
a D.Pedro I e a reconhecer a sua autoridade para resolvel todos os existia. E devido aos ânimos acirrados em 6 de Março de 1817
negócios do Brasil, antes mesmo da proclamação da independên- ocorreu a prisão de alguns militantes maçons quando o brigadei-
cia. Essa atitude fez com que José Bonifácio de Andrada e Silva ro Manoel Joaquim Barbosa que era odiado por sua prepotência
se dirigi-se ao povo paraibano, chamando de “povo bom e leal da e superioridade portuguesa mandou chamar ao quartel para que
paraíba”. A paraíba recebeu com festas a notícia da proclamação
fossem preso todos os oficiais brasileiros suspeitos de serem cons-
da independência e a da aclamação de D.Pedro I como Imperador
piradores.
do Brasil.
E como conseqüência a cidade de Recife foi tomada de in-
teira desordem quando o Governador Caetano Pinto que havia se
De 1808 até a República
refugiado ma fortaleza do Brum foi obrigado a renunciar e alguns
Com a chegada da família real portuguesa no Brasil, entra- oficiais foram mortos após esboçarem alguma reação, desta forma
va em decomposição o sistema colonial no Brasil em virtude das estava vitorioso o movimento revolucionário que rebentou inopi-
transformações exercidas na colônia tanto na administração, como no, sem data marcada, sem plano de ação e sem articulação com as
nas novas idéias implantadas, assim como na abertura dos portos capitanias vizinhas, porém compensado pelo contágio ideológico
ao comércio das nações estrangeiras, a elevação da colônia à cate- dos chefes locais para exercerem de forma maravilhosa a organiza-
goria de reino com a criação da impressão régia, e a revogação das ção e a propaganda do plano revolucionário quando implantou de
leis que proibiam as atividades industriais no Brasil. pronto uma república com bases democráticas, e no momento em

Didatismo e Conhecimento 1
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
que organizavam o governo, os pernambucanos enviaram alguns Gomes Coutinho para um confronto que se realizou no dia 5 de
emissários para explicar o sentido da revolução e pedir adesão do Maio em Tibiri que levou as forças republicanas a baixar as armas
movimento ao triunvirato que administrava a Paraíba em virtude com a capitulação de Amaro Gomes Coutinho no dia 6 no impro-
da morte do Governador Antônio Caetano Pereira. visado quartel armado no Convento de São Bento quando jurou
E partiu junto com Manoel Clemente Cavalcanti para Pilar obediência e vassalagem ao Rei Dom VI, e que com isto a Paraíba
comandando um terço armado para plantar a bandeira da liberda- foi restaurada, e para compor o governo em caráter provisório foi
de e se juntar as tropas de André Dias de Figueiredo e de Inácio chamado os legalistas Gregário José da Silva Coutinho, o Capitão
Leopoldo de Albuquerque Maranhão e partiu com destino a capital João Soares Neiva e o Vereador Manoel José Ribeiro de Almeida
onde a administração da Paraíba era exercida interinamente por que ficaram em plena liberdade para atuarem conforme os termos
um triunvirato composto pelo Ouvidor Geral André Alves Pereira da capitulação e por conta disto no periodo do dia6 a 13 de Maio
Ribeiro Cirne, pelo Coronel Francisco José da Silveira e do Verea- ninguém foi punido ou molestado.
dor Manoel José Ribeiro de Almeida que ao tomarem conhecimen- A exceção de José Carneiro da Cunha que era o líder da revo-
to dos primeiros rumores dos fatos ocorridos na cidade de Recife, lução e que era o líder da revolução e que escapou de ser preso por
imediatamente colocaram os quartéis de prontidão e confiaram a estar escondido no seu engenho Tibiri nas proximidades de Santa
ordem publica ao Coronel de Milícia Amaro Gomes Coutinho e ao Rita, pois quando procurado por agentes da legalidade se encon-
Comandante da Tropa de Linha Estevam José Carneiro da Cunha, trava metido num buraco que fora cavado na choupana de uma
e na madrugada do dia 13 ao tomar conhecimento da aproximação escrava de estimação onde permaneceu até que cessou as buscas
das forças revolucionarias vinda do interior da capitania, o Ouvi- e seguiu para a cidade do Recife onde se escondeu na casa de um
dor Geral André Pereira Cirne que era o presidente da junta gover- amigo e embarcou para a Inglaterra junto com José da Cruz Gou-
nativa, imediatamente fugiu da capital para Mamanguape de onde veia que chegou da Paraíba por outros caminhos.
seguiu para o sertão disfarçado de vaqueiro e pela manhã quando Com o restabelecimento do legalismo, foi instalado na cidade
os outros membros da junta chegaram ao palácio do governo, fo- do Recife uma comissão militar que ficou encarregada de apurar a
ram surpreendido com a fuga do presidente e por conta dista e sem responsabilidade dos implicados na revolução de 1817, comissão
medirem as conseqüências, de imediato entregaram o governo aos esta que praticou as mais variadas injustiças ao exercer todo tipo
chefes militares Amaro Gomes Coutinho e Estevam José Carneiro de vingança em nome do poder legal, pois as vitimas foram suma-
da Cunha que também participavam das mesmas idéias democráti- riamente condenadas e a primeira a ser executada foi o Tenente
cas e estavam dispostos a proclamarem a república na Paraíba, por Antônio Henrique que comandava a fortaleza de cinco pontas no
este motivo quando da chegada das forças revolucionarias avinda Recife, e que ao caminhar para o patíbulo onde foi degredado se-
do interior em 15 de Março. guiu resoluto e soltou alguns impropérios contra ao absolutismo
Que proclamaram a república e elegeram no palácio do gover- monárquico até ser empurrado pelo carrasco e a seguir no dia 10
no umajunta composta pelo Padre Antônio Pereira de Albuquerque de Maio foram enforcados os Capitães Domingos Teotônio Jorge e
Melo,Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão, Francisco Xa- José de Barros Lima o Leão Dourado que do alto da forca vocifera-
vier Monteiro de França e Francisco José da Silveira que aboliram ram contra a vingança legal e no dia 21 de Maio foram enforcados
as insígnias reaisa fim de apagar a lembrança do absolutismo mo- os patriotas paraibanos José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes
nárquico quandoextinguiram os cargos de ouvidor geral e juiz de Coutinho e Francisco José da Silveira e no dia 6 de Setembro subi-
fora, anistiaram todosaqueles que haviam sido condenados pelo ram ao patíbulo os seus companheiros de infortúnio os Padres An-
ex-Ouvidor Geral AndréAlves Pereira Ribeiro Cirne, acabaram tônio Pereira de Albuquerque e Inácio de Albuquerque Maranhão.
com o imposto da carne, proibiram a criação de gado solto nas E que fez parte da junta que governou a Paraíba na república
terras de cultura, prescreveram concessões para novas sesmarias, de 1817, e ao tomar conhecimento da conspiração que sufocou as
regulamentaram a administração dos índios e adotaram a bandeira tropas comandadas por Amaro Gomes Coutinho na batalha trava-
da república da Paraíba. da nas margens do rio Tibiri, se manifestou no sentido de que as
Os revolucionários paraibanos que se denominaram como tropas revolucionarias deveriam se render debaixo do titulo de ca-
patriotas imediatamente enviaram ao Rio Grande do Norte uma pitulação para evitar uma efusão inútil de sangue e por ser um dos
expedição militar sob o comando de José Peregrino de Carvalho, lideres dainsurreição acabou preso e condenado a morte, porém a
com a missão de propagar a causa da república, que já estava pro- sentença que o condenou teve efeito suspensivo por força de um
clamada em terras potiguar pelo patriota André de Albuquerque recurso quando Francisco Xavier Monteiro de França declarou que
Maranhão senhor de Cunhaú com pouca aceitação pelo povo, e por foi levado contra a sua vontade a fazer parte da revolução e por
conta disto José Peregrino permaneceu alguns dias no Rio Grande conta disto a comissão militar interpôs para ao soberano que atra-
do Norte para ajudar a André de Albuquerque Maranhão na sua vés da carta régia de 28 de Novembro concedeu perdão da pena
sustentação a frente do governo, porém no final do mês de Abril de morte para o réu e o remeteu aos cárceres da Bahia de onde foi
José Peregrino foi chamado de volta a Paraíba, e a república poti- libertado em 2 de Março de 1821 por força do perdão geral.
guar acabou se desmoronando em virtude do assassinato do patrio- Através da carta régia de 6 de Agosto foi criada uma alça-
ta André de Albuquerque Maranhão dentro do palácio do governo. da quesubstituiu a comissão militar em 13 de Outubro quando se
No retorno de José Peregrino de Carvalho a Paraíba ele en- instalou soba presidência do Desembargador Bernardo Teixeira
controu a república bastante enfraquecida em seus movimentos em Coutinho Alvares de Carvalho que pertencia a relação da Bahia
face do bloqueio praticado em todas as partes pelas forças legais e de formação granítica que sabia prender mas não sabia soltar e
que acarretavam um desânimo nas hostes republicanas da Paraíba, por conta disto Manoel da Fonseca Galvão que havia levantado a
e por conta disto João Alves Sanches Massa e Matias da Gama bandeira da liberdade em Mamanguape cuja guarda foi confiada
Cabral marcharam contra as forças rebeldes do Coronel Amaro ao Vigário Veríssimo Machado Coelho que hospedara a tropa de

Didatismo e Conhecimento 2
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
Peregrino de Carvalho em seu regresso do Rio Grande do Nor- do ouvidor geral, e um outro que nada sofreu foi o Capitão Manoel
te acabou sendo preso quando o Capitão mor Sebastião Nobre de Alves da Costa Lima que comandou uma companhia de ordenan-
Almeida hasteou o estandarte real como triunfo da legalidade e na ça na marcha de Pilar à Paraíba e que era genro do Coronel João
oportunidade alguns moradores do lugar deixaram de comparecer Alves Sanches Massa, e num outro caso o governador do Ceará
ao ato da restauração e por conta disto acabaram sendo presos e Manoel Inácio Sampaio organizou um exército sob o comando do
remetidos para os calabouços da Bahia junto ao vigário, em Vila Coronel Alexandre José Leite Chaves para vasculhar os sertões da
Nova da Rainha o vigário da freguesia VirginioRodrigues Campe- Paraíba, onde capturou diversos elementos comprometidos com
lo foi preso, processado e enviado aos cárceres daBahia por ter fei- o movimento, e entre eles estava o Padre Luís José Correia de Sá
to propaganda da revolução para os seus paroquianosno Brejo da e o seu filho Francisco Antônio Correia de Sá os quais o Ouvidor
Areia quando da contra revolução Antônio José Gomes Loureiro e Geral André Alves Cirne os acolheu em Souza e os excluíram da
o Frei João de Santa Teresa que faziam parte do governo estabele- devassa por entender que estavam inocentes das acusações recebi-
cido para restabelecer a ordem do lugar e que haviam se arrependi- das e os fizeram regressar a capital, e pela carta régia de 6 de Feve-
do de terem tomado parte na república instalada na Paraíba e que reiro de 1812 a devassa foi encerrada e os presos que não fossem
recriminavam-se reciprocamente, acabaram sendo presos quando lideres da revolução deveriam ser postos em liberdade, todavia o
acompanhavam alguns prisioneiros que eram remetidos para a ca- Presidente da Alçada Bernardo Teixeira interpretou que todos os
pital sob a acusação de cometerem desmandos durante a jornada e presos eram lideres do movimento, e por este motivo nenhum pre-
um outro fato relevante se deu quando Antônio Tomaz Duarte ao so foi solto, e por conta disto o Governador de Pernambuco Luís
chegar em Brejo de Areia foi imediatamente peso e remetido para do Rego através de uma carta enviada ao Ministro Tomaz Antônio
a capital fortemente escoltado, no entanto misteriosamente acabou Vila Nova Portugal pediu clemência para todos os envolvidos na
fugindo junto com os soldados que o conduziam. devassa e relatou como agia o presidente da alçada contra os que
Em Vila do Pombal o Vigário José Ferreira Nobre e seu ir- apesar da esmagadora opressão faziam continuar viva a idéia de
mão Antônio José Nobre implantaram a revolução instruído pelo independência com democracia nas grades das prisões que servi-
Frei Miguelito e por João Ribeiro quando estavam no seminário de ram de lenitivo para as pregações cívicas.
Olinda, e ao organizarem um corpo de tropa e marcharam para a E bem antes do grito de independência em 11 de Junho de
cidade de Souza ao encontro do Padre Luís José Correia de Sá que 1822 ajunta de governo da Paraíba através de um oficio enviado a
era considerado como um homem forte do sertão José Bonifácio deu adesão ao Príncipe Dom Pedro I e pleitearam
Na intenção de derrubar o governo tirano de Manoel Inácio por parte dele que as prerrogativas de igualdade que a constituição
Sampaio e proclamarem a república da liberdade, todavia ao che- jurada assegurava as comunidades luso-brasileiras
garem em São João do Rio do Peixe foi surpreendido com a noticia O absolutismo monárquico contra o qual os nordestinos se le-
de que havia caído a república na Paraíba e em Pernambuco, e vantaram na revolução de 1817 e que os portugueses não consenti-
por conta disto imediatamente dissolveu o seu exército e ainda de ram que fosse empregado no Brasil, acabou-se realizando na revo-
armas nas mãos passou para a legalidade exatamente quando o lução do Porto quando forçaram que o Rei Dom João VI jurasse as
Ouvidor Geral André Alves Cirne abandonava o seu esconderijo bases de uma constituição que os deputados das cortes portuguesas
em Painço e marchava em direção a capital acompanhado de um iriam ainda aprovar e cujas bases o rei ficaria amputado dos pode-
exército fortemente armado e que ao chegarem na Paraíba em 9 res absoluto por ele exercido, e por conta disto em 26 de Fevereiro
de Junho destituiu o triunvirato que a governa e constituiu um de 1821 Dom João VI jurou a constituição no Rio de Janeiro e no
outro que junto a ele ficou formado por Matias da Gama Cabral e dia 10 de Junho ela foi jurada pela câmara da Paraíba onde os régu-
Manoel José Ribeiro de Almeida que foi dissolvido três dias após los do soberano poder que tão enfurecidos se mostraram contra os
em virtude da posse do novo Governador Tomaz de Souza Mafra patriotas, estavam agora desencantados com o rei por ter jurado e
que era um homem demasiadamente tímido e por isto viveu grande mandado jurar a constituição e por conta disto João Alves Sanches
parte de seu governo assustado com o fantasma de outra revolução Massa e Matias da Gama Cabral impugnaram a constituição jurada
e para que isto não acontecesse ordenou que o ouvidor geral que por considerarem obra de libertinos, e por conta disto foram afasta-
deixou fama de desonesto em virtude da distriçao da justiça por dos do poder em virtude da nova câmara que se implantava na Pa-
ele aplicada, que abrisse uma devassa contra os suspeitos de terem raíba, e a partir deste momento tomaram como pretexto que o Rei
participado da república paraibana, e por conta da recomendação Dom João VI estaria sendo coagido quando jurou a constituição
do Presidente da Alçada Bernardo Teixeira para que dessem prefe- e nesse pressuposto sairam em defesa do rei com um bando
rencia para as testemunhas portuguesas, as quais acabaram acusan- armado a cometerem violências pelo interior, quando depredaram
do e prestando falsos testemunhos por meras suspeição e por conta e saquearam Pilar, Itabaiana, Guarabira, Alagoas Grande até serem
disto a cadeia da Paraíba e a fortaleza do Cabedelo se encheram contidos e desbaratados ao penetrarem na Vila Real do Brejo de
de muitos inocentes, como no caso de Manoel Lobo de Miranda Areia quando foram presos e mandados para as prisões da cidade
Henriques que não teve nenhuma participação ativa, porém por do Recife e o governador da Paraíba solicitando através de um
ser genro de Francisco José da Silveira que era membro da junta oficio enviado a José Bonifácio de Andrada e Silva que baixasse
revolucionaria acabou sendo preso e remetido para a Bahia, entre- uma ordem proibindo o regresso dos mesmos a Paraíba. Com o
tanto muitos revolucionários a não prestaram conta a justiça em decreto das cortes de 29 de Setembro de 1821 que determinava
virtude das extorsões praticadas pelo ouvidor geral como no caso que fosse realizada as eleições de uma junta governativa para cada
do Sargento mor Antônio Galdino Alves da Silva que comandou a província e que na Paraíba a mesma se realizou em 25 de Outu-
tropa rebelde na marcha de Pilar sobre à Paraíba em 13 de Março e bro quando foram escolhido para presidente o português João de
que nada sofreu pois nenhum processo foi aberto contra ele por ser Araújo que em 18 de Julho de 1822 renunciou o seu cargo e como
filho do Coronel João Alves Sanches Massa que era amigo intimo seu substituto foi nomeado o Padre Galdino da Costa Vilar e no

Didatismo e Conhecimento 3
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
dia 29 de Setembro a câmara da Paraíba realizou as eleições para No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas
deputados a assembléia constituinte do Rio de Janeiro, e no dia 8 praias e terras arenosas.
de Outubro declarava-se desligada da metrópole portuguesa e em Na região da mata, temos os tabuleiros que são fomados por
28 de Novembro proclamavam Dom Pedro I como Imperador do acúmulos de terras que descem de lugares altos.
Brasil e entre os dias 16 a 24 de Dezembro festejou-se na Paraíba No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os ta-
a aclamação do imperador, e o governador que nesta época além buleiros e o Planalto da Borborema, onde apresenta muitas serras,
de assegurar a ordem interna na Paraíba, enviou uma força militar como a Serra de Teixeira, etc.
para Bahia com a finalidade de ajudar na expulsão dos portugueses No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende do
que se opunham a independência do Brasil sob o comando do Ge- município de Patos até após a Serra da Viração.
neral Madeira, e um outro contingente foi enviado ao Ceará para
reforçar as forças de José Pereira Filguera que lutava contra as for- Planalto da Borborema
ças portuguesas de João da Cunha Fidié que acabou sendo vencido
em uma batalha que foi travada no Piauí, e no dia 3 de Fevereiro O Planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do Nor-
de 1823 uma nova junta governativa foi eleita sob a presidência de deste. Na Paraíba ele tem um papel fundamental no conjunto do re-
Estevan José Carneiro da Cunha que de imediato se viu envolvido levo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem
nos tumultos altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude.
Com intento de fugir para restabelecer na Paraíba os laços do
A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, com uma al-
colonialismo e em conseqüência desse distúrbios acabaram sendo
titude média de 700 metros, onde se encontra o ponto culminante
presos muitos portugueses na Paraíba e remetidos para a ilha de
da Paraíba, a saliência do Pico do Jabre, que tem uma altitude de
Fernando de Noronha.
1.197 metros acima do nível do mar, e fica localizado no município
de Matureia.
O Planalto da Borborema, também conhecido como Serra das
2. GEOGRAFIA FÍSICA: RELEVO, CLIMA, Ruças, e denominado antigamente como Serra da Copaoba, é uma
VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA.
região montanhosa brasileira no interior do Nordeste. Situa-se nos
estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e de
Alagoas.
Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada litorânea
Clima com um desnível de 300m, o que lhe confere ao topo uma altitude
de 500m. Para o interior, o planalto ainda se alteia mais e alcança
O clima nesta região varia de acordo com o relevo. Na Baixa- média de 800m em seu centro, donde passa a baixar até atingir
da Litorânea e na encosta leste da Borborema predomina o clima 600m junto ao rebordo ocidental. Diferem consideravelmente as
tropical úmido, com chuvas de outono-inverno e estação seca du- topografias da porção oriental e da porção ocidental.
rante o verão. As chuvas no litoral atingem índices de 1.700mm A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de les-
anuais e temperaturas na casa dos 24°C. Seguindo para o interior te para oeste, separadas por vales, que configuram parcos relevos
as chuvas diminuem (800mm - encosta leste da Borborema), vol- de 300m. Aproximadamente no centro-sul do planalto eleva-se o
tando a aumentar o índice pluviométrico no topo do planalto para maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude de 1.000m.
1.400mm. Com altitude média de 400 metros, podendo chegar a mais
Dominando o planalto da Borborema, exceto a encosta leste, de 1.000 metros (como é o caso do Pico do Jabre, de 1.197 m e
está o clima semi-árido quente; o índice pluviométrico nesta região do Pico do Papagaio, de 1.260 m) em seus pontos extremos (ser-
pode ser considerado baixo chegando a 500-600mm anuais. ras), o planalto está encrustado no agreste do Nordeste Oriental,
O menor índice pluviométrico anual do Brasil é registrado no espalhando-se de norte a sul e tendo como fronteira natural as
município de Cabaceiras, 279mm. planícies do litoral (região úmida) e a depressão sertaneja (região
Uma terceira tipologia climática ocorre a oeste do Estado, no semi-árida). Constitui uma área de transição entre a mata atlântica
planalto do rio Piranhas. Clima tropical úmido caracterizado por e a caatinga, possuindo vegetação variada que vai desde a caatinga
apresentar chuvas de verão e inverno seco, as temperaturas médias
propriamente dita até resquícios de mata atlântica (matas de brejo)
anuais são elevadas, marcando 26°C; o índice pluviométrico é de
nos pontos mais altos das serras, como ocorre na Unidade de Con-
600 a 800 mm/ano. A leste da Borborema as chuvas são irregula-
servação Estadual Mata de Goiamunduba, na Paraíba.
res, o que resulta em secas prolongadas.
Com amplitude térmica acentuada, que vai dos 35ºC duran-
Relevo te o dia e 18ºC/20ºC à noite, chegando a cair, no inverno, para
20ºC/25ºC dia e 8ºC/12ºC noite, vem se constituindo em uma re-
A maior parte do território paraibano é constituída por rochas gião de forte atração turística, principalmente para os habitantes
resistentes, e bastantes antigas, que remontam a era pré-cambriana da área litorânea. O ecoturismo também vem pouco a pouco se
com mais de 2,5 bilhões de anos. desenvolvendo, como é o que vem ocorrendo no Parque Estadual
Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocor- Pedra da Boca, recentemente criado.
rência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios No Planalto da Borborema localizam-se importantes cidades,
arqueológicos e paleontológicos, também resultam da idade geo- como Campina Grande (Paraíba), Caruaru e Garanhuns (Pernam-
lógica desses terenos. buco) e Arapiraca (Alagoas).

Didatismo e Conhecimento 4
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
Hidrografia Como a caatinga cobre a maior parte do território, a agricul-
tura restringe-se ao litoral e à Zona da Mata. O principal produto
Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, é a cana de açúcar. Destacam-se também a mandioca, o feijão, o
Rios Litorâneos e Rios Sertanejos. milho, fumo, e o sisal. Entre as frutas, há produção importante de
laranja, abacaxi, graviola, umbu, caju, tamarindo, acerola e coco-
Rios Litorâneos -da-baía.
Na pecuária, o estado é responsável pela criação de diversos
São rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do tipos de animais, com destaque para os caprinos. Uma atividade
litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes de grande relevância para a economia é o turismo. As praias parai-
tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da banas oferecem aos turistas águas tranquilas e com temperaturas
Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, com uma extensão de agradáveis. No município de Conde, ao sul da capital, está loca-
360 km de curso d’água e o maior rio do estado. Também podemos lizada a primeira praia de nudismo oficial do Nordeste, Tambaba.
destacar outros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape. Outro fator atrativo da Paraíba são as comidas típicas, as belezas
do artesanato local e o ecoturismo.
Rios Sertanejos O setor industrial é responsável por 30,2% da economia do
estado e produz principalmente alimentos, pescados, vestuário e
São rios que vão em direçao ao norte em busca de terras bai- metal mecânico. Na lista de importações estão algodão, máquinas,
xas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais trigo e petroquímicos.
importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Serra de A renda per capita do estado é uma das mais baixas do país. O
Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito estado detém o quarto menor Índice de Desenvolvimento Humano
importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita (IDH) do país, e o terceiro mais baixo índice de analfabetismo,
a irrigação de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda atrás apenas de Alagoas e Piauí. A taxa de mortalidade é a terceira
outros rios, como o Rio do Peixe, Rio Piancó e o Rio Espinhara, maior do Brasil.
todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos A cada mil crianças nascidas vivas, cerca de 35 morrem antes
na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nas- de completar 1 ano. Seis em cada dez domicílios não têm coleta
cem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. de esgoto.
Os outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desa- A economia paraibana se baseia na agricultura, principalmen-
guando no litoral do Rio Grande do Norte. te de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, cajú,
manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo,
Vegetação urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão.
Nas indústrias, as alimentícia, têxtil, de couro, de calçados, me-
A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta, matas, talúrgica, sucroalcooleira se destacam. A pecuária de caprinos e o
manguezais e cerrados, que recebem a denominação de “tabulei- turismo também são relevantes. O PIB do Estado, em 2007, foi de
ro”, formado por gramíneias e arbustos tortuosos, predominante- R$ 22.202.000.000,00 e o PIB per capita foi de R$ 6.097.
mente representados, entre outras espécies por batiputás e manga- O transporte marítimo é fundamental à economia. As exporta-
beiras. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a pre- ções e importações são operadas principalmente por meio do Por-
sença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. to de Cabedelo e pelas estradas. São mais de 5.300 quilômetros
Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com de rodovias, 4.000 km estaduais e 1.300 km federais. O sistema
raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambien- ferroviário faz o transporte de cargas entre João Pessoa e várias
te natural. localidades do Estado. o Estado ainda conta com dois terminais aé-
reos: Aeroporto Castro Pinto, distando 8 km de João Pessoa, com
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão pista de 2.515 m, de boas condições para aterrissagem de aviões
caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e de grande porte, opera com linhas regulares nacionais e internacio-
seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, nais do sistema Charter; e o Aeroporto João Suassuna, localizado
com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre vizinho ao Distrito Industrial de Campina Grande, opera com vôos
outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru. diários para Brasília e o Sul, via Recife. Já o Porto de Cabedelo,
a 18 km de João Pessoa, é o mais oriental do Brasil. Tem 700 m
de extensão e 300 m de largura. Movimentou 1,2 milhões de to-
3. GEOGRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECO- neladas em 1995, destacando-se o petróleo, carga geral e cereais.
NÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS. É equipado a contento para a movimentação de cargas gerais e
containeres.
As cidades paraibanas que tem maior destaque no seu PIB,
valores em R$ 1.000,00, são João Pessoa com 5.966.595, Campina
Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com
A capital da Paraíba é a cidade de João Pessoa, situada na fai- 739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com
xa litorânea do estado, sendo o turismo um dos principais respon- 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde
sáveis pela economia do município. Outras cidades importantes do com 210.440. Já o maior PIB per capita permanece com Cabedelo
estado são: Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, desde 2003. A distribuição espacial do PIB da Paraíba segundo,
Cajazeiras, Guarabira, Sapé, Cabedelo. cada Região Geoadministrativa, demonstra uma forte concentra-

Didatismo e Conhecimento 5
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
ção da economia estadual em três pontos: João Pessoa, Campina nesse segmento. O valor do PIB de Santa Rita passou de R$ 0,979
Grande e Guarabira – que, conjuntamente, representaram 75% do bilhão, em 2008, para R$ 1,139 bilhões, em 2009, um incremento
PIB estadual, em 2009. Da mesma forma, o município sede de nominal de 16,3%, que fez com que sua participação no PIB esta-
cada uma dessas regiões foi o centro dinâmico da economia local. dual passasse de 3,8% para 4%.

  João Pessoa –  Em 2009, João Pessoa continuou sendo o Patos – Quinta economia municipal do Estado da Paraíba,
centro dinâmico da economia paraibana, tendo um incremento de com dinâmica econômica no comércio, na indústria e no setor pri-
12,8% no valor de seu PIB (passou de R$ 7,658 bilhões, em 2008, mário. No comércio, é um importante pólo distribuidor de bens e
para R$ 8,638 bilhões, em 2009), em decorrência do crescimento serviços para ouost municípios do Sertão paraibano e dos Estados
no Valor Adicionado e nos tributos relacionados ao processo pro- de Pernambuco e Rio grande do Norte. Na indústria de transfor-
dutivo. Isso contribuiu para que sua participação no PIB estadual mação, destacam-se os ramos de calçados, óleos vegetais e bene-
passasse de 29,80%, em 2008, para 30,12%, em 2009. As ativida- ficiamento de cereais. No setor primário, destacam-se a pecuária
des econômicas que tiveram maior relevância para o crescimento (criação de bovinos e caprinos) e a agricultura (produção de milho,
nominal do PIB estão no setor secundário, mais especificamente, feijão e algodão), em anos de bom inverno. O valor do PIB de
nos ramos de alimentos, bebidas, têxtil e calçados da indústria de Patos passou de R$ 543,033 milhões, em 2008, para R$ 615,181
transformação. O setor de serviços continuou a ter o maior peso da milhões, em 2009, um incremento nominal de 13,3%.
economia da Capital paraibana, em 2009.
Cinco menores PIB – No grupo dos municípios com os me-
  Campina Grande – É o segundo maior centro econômico nores valores do PIB em 2009, temos Quixabá (R$ 8.295), Areia
do Estado, caracterizando-se como entreposto distribuidor de Baraúnas (R$ 8.849), São José do Brejo do Cruz (R$ 8.949),
para diversas cidades da Paraíba e do Nordeste. As atividades Amparo (R$ 9.380) e Coxixola (R$ 9.451). A variação nominal
econômicas mais importantes no município são o comércio, a de 11,8% no valor do PIB paraibano entre 2008 e 2009 (passou de
indústria de transformação, a administração pública e a educação de R$ 25,697 bilhões para R$ 28,719), ocorreu de forma diferenciada
nível superior, tanto pública (o município sedia duas universidades, entre os seus municípios, havendo casos de elevações positivas
sendo uma estadual e outra federal) quanto privada. Possui também bem superiores à média estadual e, no extremo oposto, variações
dois importantes polos tecnológicos, nas áreas de couro e calçados negativas de valores.
e de tecnologia da informação. O valor do PIB municipal passou
de R$ 3,458 bilhões, em 2008, para R$ 3,894 bilhões, em 2009, Demografia
um crescimento nominal de 12,6%. Com isso, a participação de
Segundo o  censo brasileiro de 2010, a população do estado
Campina Grande no PIB paraibano ficou relativamente estável
da Paraíba era de 3 766 528 habitantes, sendo a décima terceira
no período (passou de 13,5%, em 2008, para 13,6%, em 2009).
unidade da federação mais populosa do país, concentrando cerca
A atividade que mais contribuiu para que a economia campinense
de 2% da população brasileira e apresentando uma densidade de-
registrasse um resultado positivo foi o comércio, com crescimento
mográfica de 66,70 habitantes por quilômetro quadrado. 
de 1,1% – a participação no valor do comércio estadual passou de
De acordo com este mesmo censo demográfico, 2 838 678 ha-
12,6%, em 2008, para 13,4%, em 2009.
bitantes viviam na  zona urbana(75,37%) e  927  850  na  zona ru-
ral (24,63%).
 Cabedelo – Terceira maior economia municipal, cuja dinâ- Ao mesmo tempo,  1  824  379  pessoas eram do  sexo mas-
mica assenta-se principalmente no comércio, nas atividades imo- culino  (48,44%) e  1  942  149  do  sexo feminino  (51,56%),  ten-
biliárias e na indústria de transformação. Ressalte-se a existência do uma razão de sexo  de 93,94. Sua capital, João Pessoa, com
de ramos da indústria que estão ligados às importações paraibanas, seus 723 515 habitantes, concentrava, neste mesmo ano, 19,2% da
destinadas ao beneficiamento e à distribuição em seu território e população estadual  e possuía a maior densidade demográfica da
no Nordeste, como as unidades de combustíveis, petróleo e cooke, Paraíba (3 421,30 hab./km²). Da população total do estado, consi-
bem como de trigo. Também são consideradas as atividades de derando-se a nacionalidade, 3 765 131 (99,96%) eram brasileiros,
alojamento e alimentação, ligadas à cadeia produtiva do turismo, sendo  3  764  722  brasileiros natos  (99,95%) e 409 naturalizados
e as relativas aos serviços de movimentação de cargas do Porto, o brasileiros (0,01%), além de 1 397 estrangeiros (0,04%). 
maior existente no Estado. A pesquisa constatou crescimento de Simultaneamente, 3  464  844  pessoas eram nascidas no pró-
6,8% no PIB desse município, que passou de R$ 2,185 bilhões, em prio estado (91,99%) e os 301 684 restantes eram de outros estados
2008, para R$ 2,333 bilhões, em 2009. ou até mesmo do exterior (8,01%).
Dos 223 municípios do estado, apenas quatro possuíam popu-
 Santa Rita – Quarta maior economia municipal do Estado, lação superior a cem mil habitantes (João Pessoa, Campina Gran-
a cidade possui base produtiva na agropecuária e na indústria. Na de, Santa Rita e Patos), seis entre 50 e 100 mil habitantes (Bayeux,
agropecuária, destaca-se a produção de abacaxi, cana-de-açúcar, Sousa, Cajazeiras, Cabedelo, Guarabira e Sapé), 20 entre vinte e
mamão e mandioca. A bovinocultura também é expressiva nesse cinquenta mil, 56 entre dez e vinte mil, 68 entre cinco e dez mil, 63
município. No setor secundário, destaca-se a indústria de trans- entre dois e cinco mil e seis abaixo de dois mil habitantes (Areia de
formação, mais especificamente os ramos de calçados, fabricação Baraúnas, Coxixola, Riacho de Santo Antônio, Quixaba, São José
de velas, estofados, minerais não-metálicos (cerâmicas e tijolos), do Brejo do Cruz e Parari). Entre 2000 e 2010, a Paraíba registrou
pré-moldados, bem como a indústria sucroalcooleira (açúcar, rapa- um crescimento populacional 9,51%, inferior às médias da região
dura e álcool). Este município tem a maior incidência de fontes de Nordeste (11,29%) e do Brasil (12,48%). Para 2012, a estimativa
água mineral do Estado e, por isso mesmo, possui várias indústrias populacional é de 3 815 171 habitantes.

Didatismo e Conhecimento 6
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
O Índice de Desenvolvimento Humano do estado da Paraí- 03- Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram
ba é considerado médio conforme dados do Programa das Nações responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da Pa-
Unidas para o Desenvolvimento. Segundo o último relatório, di- raíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente:
vulgado em 2008 com dados relativos a 2005, o seu valor era de
0,718, um pouco abaixo da média regional (0,720), estando na 24ª a) a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o
colocação a nível nacional e em sexto a nível regional, sendo supe- binômio couro/tabaco
rado pelos estados da Bahia (0,742), Sergipe (0,742), Rio Grande b) a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o
do Norte (0,738), Ceará (0,723) e Pernambuco (0,718), e à frente binômio algodão/tabaco.
do Piauí (0,703), Maranhão (0,683) e Alagoas (0,677). c) o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o binô-
Considerando-se o índice da educação, seu valor é de 0,793 mio pecuária/algodão no sertão.
(24º), o índice de longevidade é de 0,723 (23º) e o de renda é 0,638 d) o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria-
(19º). A incidência de pobreza, em 2003, era de 57,48% (sendo -prima, e a monocultura de açúcar no litoral.
61,75% o índice de pobreza subjetiva) e o índice de Gini no mes- e) a economia de subsistência, com base na mão de obra livre,
mo ano era 0,46. Em 2009, a taxa de fecundidade era de 2,25 filhos e a agroindústria açucareira no sertão.
por mulher, adécima maior do Brasil.
04- (...) as fugas individuais e coletivas, o suicídio, o assassi-
QUESTÕES nato dos senhores e colonos, a destruição das fazendas de gado e
das plantações dos colonos, o estupro, o furto de alimentos como
01- Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como “Tra- farinha e milho, o casamento com o não indígena, e até a ressigni-
gédia de Tracunhaém”, no qual índios mataram todos os morado- ficação dos valores cristãos para os aspectos relacionados às suas
res de um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse respectivas culturas. 
episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de (Jean Paul Gouveia Meira e Juciene Ricarte Apolinário. His-
uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. tória Indígena no Sertão da Capitania Real da Paraíba no Século
Com base no conhecimento da História da Paraíba, é correto afir- XVIII. Campina Grande: Cadernos do LEME, jan./jun. 2010, v. 2,
mar que essa Tragédia contribuiu para: n. 1. p. 90) 

Considerando a História Colonial da Paraíba, o texto identi-


a) a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o
fica:
progresso da Paraíba.
b) o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a for-
a) as inúmeras práticas indígenas de resistência à colonização
mação da capitania da Paraíba.
portuguesa, no Sertão da Paraíba.
c) a autonomia administrativa de colônia e para a expansão
b) as práticas dos indígenas que contribuíram para seu desapa-
das bandeiras no interior da Paraíba.
recimento do sertão paraibano.
d) a resistência indígena à conquista portuguesa e para a ex-
c) algumas das faces do caráter dos indígenas, “ferozes guer-
pansão da pecuária na Paraíba. reiros selvagens”, do Sertão da Paraíba
e) o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a cate- d) as formas de hostilidade dos indígenas do sertão, despos-
quização dos índios da Paraíba. suídos de valores e princípios civilizados.
e) alguns aspectos da cultura das populações que viviam no
02- Em verdade, os portugueses aproveitaram-se das dife- litoral, na época da conquista da Paraíba.
renças étnicas entre as tribos indígenas para jogar umas contra as
outras e prevalecer. Assim, aliás, atuará sempre o colonialismo... 05- Para o pesquisador Humberto Nóbrega, trata-se do “maior
Sem a cisão do campo dos naturais da terra, os representantes do e mais respeitável monumento histórico da Paraíba”. É a única pra-
Império não teriam dominado parte alguma do mundo. (José Oc- ça forte ainda de pé que nos ficou dos primórdios da colonização.
távio de Arruda Mello. História da Paraíba, lutas e resistência. Pa- Fundada em 1589, após a celebração da paz entre os colonizadores
raíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC): União Editora, s/d. p. e o chefe índio Piragibe, a fortaleza inicialmente era de taipa e foi
25-26)  erguida pelo alemão Cristóvão Linz, a 18 Km da Capital do Esta-
Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se afir- do, João Pessoa.
mar que o sucesso da expedição chefiada por João Tavares na con-
quista da Paraíba em 1585 deveu-se, principalmente: Com base no conhecimento histórico da Paraíba, assinale a
afirmação que se relaciona ao monumento a que o texto se refere.
a) aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo
Tapuias. a) Com o objetivo de evitar a entrada dos franceses, Frutuoso
b) ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e Barbosa ordenou a construção da Fortaleza de Santa Catarina, em
invasores. Cabedelo.
c) à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e b) Visando defender os engenhos de ataques de índios Poti-
Tapuias. guaras, André de Albuquerque construiu o Forte de Inhobin, em
d) à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e Poti- João Pessoa.
guaras. c) Para resistir aos ataques indígenas potiguaras, João Tava-
e) aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-Gua- res iniciou a construção do Forte de São Sebastião, na foz do rio
ranis. Paraíba.

Didatismo e Conhecimento 7
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
d) Durante o governo de Martim Leitão, foi edificada a capela
de São Gonçalo, ainda hoje, um dos grandes monumentos históri- ANOTAÇÕES
cos da Paraíba.
e) A Igreja de São Bento, na Avenida General Osório, onde há
um cata-vento em lâmina, construído em 1753, foi obra iniciada
por Feliciano Coelho.

Gabarito: —————————————————————————
—————————————————————————
01- B
02- D —————————————————————————
03- C
04- A —————————————————————————
05- A
—————————————————————————
—————————————————————————

ANOTAÇÕES —————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————
—————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 8
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 9
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 10
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 11
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 12
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 13
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

ANOTAÇÕES

————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
———————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————
————————————————————————————————————————————————————

Didatismo e Conhecimento 14

Você também pode gostar