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Adap Meio Aquatico
Adap Meio Aquatico
DEFINIÇÃO
“Saber nadar é todo aquele que recebendo um certo número de aulas, poderá
percorrer uma distância que irá dos 25 metros em diante” (Carvalho, 1994).
Saber nadar não é mais que dar a possibilidade a um indivíduo de poder para
“cada situação inédita, imprevisível, resolver o triplo problema de uma inter-
relação das três componentes fundamentais: equilíbrio, respiração e
propulsão”, (Raposo, 1981).
. alterações do equilíbrio;
. alterações da visão;
. alterações da audição;
. alterações da respiração;
. alterações das informações recebidas do meio – proprioceptivas;
. alterações do sistema termo – regulador do organismo.
Segundo Carvalho (1994), quando um indivíduo inicia o seu processo de
adaptação ao meio aquático, ocorre um conjunto de transformações ao nível
das referências dos órgãos dos sentidos (equilíbrio, visão, audição e
proprioceptivos) e também ao nível de todas as referências que normalmente
existem em terra (fora de água).
DESLOCAMENTOS
RESPIRAÇÃO
VISÃO
TERMO-REGULAÇÃO
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
É conveniente insistir na expiração forçada pela boca e pelo nariz, que deve ser
contínua, longa e tão completa quanto possível. A imersão tem que ser
adquirida a vários níveis de profundidade.
É pertinente que o aluno realize correctamente o batimento, para que haja uma
boa aquisição da técnica necessária para as diferentes técnicas de nado.
CRIANÇAS
ADULTOS
5 – 6 ANOS
MEDO
São os grandes espaços que desencadeiam na criança uma situação traduzida
por medo. Normalmente assiste-se a situações das crianças procurarem as
pequenas piscinas afastando-se das grandes sem terem a noção de nelas
haver ou não pé.
RESPIRAÇÃO
Verifica-se uma tendência nas crianças para trazerem a cabeça para cima da
água e uma certa inibição em mergulhá-la.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Nestas idades a criança evita perder a posição ventral, evitando sobretudo a
perda de apoios sólidos. Poderá sentar-se e deitar-se facilmente mas sempre
com apoio.
EQUILÍBRIO DINÂMICO
Participa numa actividade que lhe solicite uma situação de equilíbrio dinâmico,
se esta, respeitar a sua posição vertical (bípede) de ser humano.
6 – 12 ANOS
MEDO
Surge o medo pela profundidade em detrimento do medo dos grandes espaços.
Começa a ser muitíssimo influenciada pelas opiniões dos mais velhos, que, por
qualquer razão, tiveram uma má experiência aquática, transmitindo por
palavras, o seu receio que acaba por se instalar na criança.
RESPIRAÇÃO
Vencida que seja a etapa de suportar a água nos olhos, a criança deixa de ter
problemas em imergir a cabeça, assim como todo o corpo.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Predomina a posição vertical. A passagem à posição horizontal é melhor aceite
mediante exercícios em que haja movimento, do que em situações estáticas.
EQUILÍBRIO DINÂMICO
Aceita os exercícios de deslize ventral e dorsal, etc.. É, contudo, preponderante
o equilíbrio vertical. Só quando tem a certeza de poder regressar à posição
vertical é que a criança se “aventura” nos deslizes referidos.
12 AOS 20 ANOS
MEDO
As profundidades são graduadas como manifestação de receio para aqueles
que não dominam nestas idades o meio aquático.
RESPIRAÇÃO
Evoluindo no domínio da técnica desperta-se neste escalão o desejo de corrigir
a respiração. Por outro lado, o facto da execução deficiente de uma técnica
conduzir rapidamente à fadiga leva ao desejo de “precisar aprender a
respiração”. Desaparece em grande parte o receio de imergir a cabeça.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Aceita e deseja evoluir nas posições que levem ao domínio e conquista da água.
EQUILÍBRIO DINÂMICO
O objectivo máximo é o de poder movimentar-se, cumprir uma distância em
perfeição e com rendimento. Verifica-se a aceitação da “correcção do estilo”.
DOS 20 AOS 40 ANOS
MEDO
É mais provocado pela falta de confiança nas suas possibilidades de
aprendizagem do que no problema de espaço e da profundidade.
RESPIRAÇÃO
Sendo a respiração um factor importante para a coordenação dos movimentos
é encarado como uma necessidade e uma etapa a conquistar. Por outro lado,
sabe que se coordenar o tempo de respiração a fadiga aparecerá mais tarde e
será menor.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Qualquer posição no meio aquático é aceite, começando, contudo, a surgir a
necessidade de apoio.
EQUILÍBRIO DINÂMICO
Consequência de uma contracção muito grande é difícil conseguir-se nesta
idade um deslize ventral ou dorsal. Só após um certo relaxamento é que é
possível conseguir ultrapassar-se os problemas levantados pelo equilíbrio
dinâmico.
MAIS DE 40 ANOS
MEDO
Aumenta extraordinariamente o medo das profundidades assim como o das
suas possibilidades mecânicas e fisiológicas.
RESPIRAÇÃO
É um problema nesta idade em virtude da grande inibição em mergulhar a
cabeça.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
Nesta idade verificamos a grande aceitação da posição dorsal, que reflecte o
espírito de “estar na água”, e da posição vertical que representa a segurança
permanente.
EQUILÍBRIO DINÂMICO
Todas as deslocações são feitas lentamente e quase sempre em posição dorsal.
Pode-se afirmar que o desejo é mais o de “manter-se” que o de “deslocar-se”.
TAREFAS E ESTRATÉGIAS DE PROGRESSÃO NO PROCESSO DE
ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO