Você está na página 1de 1

Winchester possui todos os elementos recorrentes a filmes do gênero terror: a casa mal

assombrada, a história real, a criança possuída, até mesmo mordomos pra lá de misteriosos.
Mas não são os clichês que tornam o filme ruim, é a defeituosa disposição dos mesmos dentro
do roteiro. O filme começa muito bem, e nos apresenta um médico que acaba de perder sua
esposa, e que agora vive consumindo alucinógenos para, de certa forma, fugir da sua própria
realidade. O contraste entre efeitos alucinógenos e a crença em maldições fantasmagóricas
parece interessante, logo que, o médico com certeza não iria acreditar em fantasmas, mas sim,
no efeito da droga. Soa óbvio, mas bem construído daria um ótimo jogo de ambiguidade.
Porém essa ideia (que acredito que salvaria o filme) permeia apenas poucos minutos, quando
o filme tenta nos enfiar garganta a baixo que quem está “certa” é a Senhora Winchester. O
filme tinha tudo para manter o mistério entorno da sua sanidade e da dualidade entre efeitos
de alucinógenos e reais vislumbres de espíritos mal assombrados desperto em uma mente sã,
fazendo o filme se tornar um pouco mais verossímil.

Você também pode gostar