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Guia Aprendiz Macom - Ir Bruno Carraveta PDF
Guia Aprendiz Macom - Ir Bruno Carraveta PDF
A Preparação do Candidato
Sessão Magna de Iniciação. Módulo: A Preparação do Candidato. Trabalho: O Despojamento dos Metais.
Após a Cerimônia de Iniciação, é dado a cada novo Irmão o módulo intitulado “A Preparação do Candidato”.
A partir deste módulo de Oswald Wirth, para a próxima sessão, cada um dos Iniciados deverá apresentar
um pequeno trabalho intitulado “O Despojamento dos Metais”.
Complemento à Iniciação
Meios de Reconhecimento
Módulo: Meios de Reconhecimento.Trabalho em Loja: Recreação e Prática. A Ordem do Dia é reservada à
leitura do módulo. Com a Loja em recreação, há treinamento de todos, com exercícios referentes a “estar à
ordem”, ao toque e à marcha. Retoma-se o trolhamento. Os trabalhos da Sessão passada devem ser
entregues à Administração da Loja.
É fundamental aprofundar o significado e a importância de nossos símbolos. O que significa "estar à
ordem"? Por que a palavra é "soletrada"? Qual o significado do "toque"? Por que os três pontos
caracterizam a assinatura de um Maçom? O texto suporte de O. Wirth que apresentamos a seguir sugere
uma série de idéias que podem ser desenvolvidas pelos novos Aprendizes, a critério da Administração da
Oficina. Os Segredos do Aprendiz, O. Wirth, em Os Mistério da Arte Real.
4. A quarta sessão reservada ao Grau de A.'. M.'. vai tratar do significado da bebida oferecida ao
neófito por ocasião de seu ingresso na Maçonaria. De que maneira o Maçom deve enfrentar a
amargura do cálice da vida?
O Cálice da Amargura (I)
Módulo: O Cálice da Amargura. Trabalho: O que o Aprendiz Espera da Maçonaria. Na Ordem do Dia, há
leitura e reflexão sobre o texto. O trabalho que o Aprendiz deverá apresentar, — a respeito do que espera
da Maçonaria, — deve relacionar-se ao texto que trata, especificamente, de um dos momentos
vivenciados na Iniciação. Como se pode observar, há alternância entre sessões eminentemente
recreativas e sessões reflexivas. Com isso, a Direção, analisando cada trabalho, pode avaliar o Aprendiz
e medir seu grau de assimilação. Mais ainda, saber até que ponto a Iniciação teve importância e
significado em sua vida.
O texto suporte, ilustrativo, trata do mesmo tema. O. Wirth aborda novamente o assunto, desta vez, em Os
Mistérios da Arte Real, O Cálice da Amargura (II).
5. Chegamos à quinta sessão A.'. M.'.. Desta vez, os Aprendizes são convidados a pensar, a refletir
sobre dois momentos de sua Iniciação. Recebem dois textos de O. Wirth e devem correlacionar um e
outro.
O Fogo Sagrado
A Magna Obra
Módulos: O Fogo Sagrado e A Magna Obra.Trabalho: A Iniciação. Trata-se agora de aprofundar a vivência
iniciática. São dois textos complementares que deverão ser lidos na Ordem do Dia. O Trabalho escrito
exigido dos Aprendizes deverá versar sobre a Iniciação. O primeiro texto aborda a prova da água e a do
fogo; o segundo, o significado da obra.
6. Na sexta sessão, apresentam-se os cargos aos A.'. M.'.. Tratam-se das funções e atribuições
inerentes aos cargos em seu desempenho ritualístico e legislativo.
Os Cargos e sua Competência
Módulo: Os Cargos e sua Competência. A Ordem do Dia é reservada a uma breve análise dos cargos em
Loja e à competência administrativa de cada um. Recomenda-se a distribuição do módulo a todos os
presentes, cada um lendo a parte que lhe cabe.
Como texto suporte, vamos explorar o sentido esotérico da Loja. O que sugere a universalidade da
Maçonaria? Como os antigos representavam o Quadrilongo? Que valor o mais puro esoterismo maçônico
atribui ao L.'. da L.'.. A Loja, O. Wirth, em Os Mistérios da Arte Real.
7. 8. 9. 10. As sétima, oitava, nona e décima sessões são dedicadas, especificamente, à ritualística.
Trata-se da prática, do trabalho em Loja. O módulo "Legislação" é bastante extenso, mas esclarece
muitas dúvidas à luz das leis observadas em nossa Potência.
Legislação
Módulo: Legislação. Este módulo deve ser desdobrado em quatro sessões, em demonstração prática com
Loja em Recreação. Trata-se de um módulo complexo que aborda todo o desenvolvimento ritualístico dentro
de uma Loja. Tem caráter eminentemente prático e visa a familiarizar os Aprendizes com a Loja aberta.
Tudo é abordado, desde o traje maçônico até a cadeia de união. Cada item deve ser comentado
minuciosamente.
11. É hora de testar conhecimentos.
Avaliação
Módulo: Teste de Avaliação. Aplicação: mediante sorteio em que todos participam.Trata-se de um momento
de descontração. Há várias maneiras de se aplicar este módulo. As respostas podem ser anônimas,
fornecidas à Direção que pode assim avaliar o progresso dos Aprendizes. Outra maneira é através de
sorteio. Todos, — inclusive o Venerável Mestre, —recebem um número. Estando, por exemplo, presentes
vinte Irmãos na Loja, cada um recebe um número de 1 a 20. Os mesmos números, depois, são sorteados,
cabendo a cada Irmão responder às questões na ordem em que aparecem na folha.
12. Apenas agora, depois de prolongado contato com o Templo e maior intimidade com a ritualística,
acreditamos haver chegado o momento de ministrar a 1ª Instrução aos Aprendizes.
1ª Instrução do Grau de A∴M∴
1ª Instrução do Grau de A∴M∴.Trabalho: Entrega dos módulos devidamente preenchidos pelos
Aprendizes. A primeira Instrução é dada, e cada um dos AA.’. MM.’. recebe um módulo que vai preencher e
devolver à direção. O objetivo é forçar a leitura do Ritual e familiarizar o dissente com o vocabulário
maçônico.
O texto suporte, extraído da obra Os Mistérios da Arte Real, intitula-se A Restituição dos Metais e, entre
outras reflexões, sugere que descubramos em nós mesmos o que seria a matéria primeira dos sábios...
13. Cada um deverá descobrir por si mesmo o que existe de iniciático em nossa ritualística.
Ritualismo Iniciático
Módulo extraído da obra Os Mistérios da Arte Real – Estudo sobre o Ritualismo Iniciático das
Confraternidades de Construtores. Trabalho em Loja: recapitulação dos meios de reconhecimento.
Trabalho: As Três Vias Secretas através das quais se Opera a Iniciação. Lendo com atenção o texto, o
Aprendiz deverá descobrir quais são as três vias secretas que a Maçonaria disponibiliza aos seus. É um
trabalho reflexivo e deve ser entregue à direção. Em Loja, são recapitulados os meios de reconhecimento.
14. Chegamos à 14ª Sessão em grau de A.'. M.'.. A reflexão torna-se imperativa, e o trabalho exigirá
bastante de cada um.
A Serpente do Gênesis
Módulo: A Serpente do Gênesis.Trabalho em Loja: Revisão dos ss∴tt∴pp∴. Trabalho: Correlacione com a
“A Magna Obra”. Este módulo apresenta um dos mais polêmicos e complexos textos de Oswald Wirth.
Trata-se de uma interpretação fundamental ao desempenho do trabalho maçônico. Os Aprendizes devem
correlacioná-lo a outro texto do autor: aquele que se refere à Magna Obra e encontrar pontos de contato
que se evidenciam.
15. Sessão reservada à 2ª Instrução A.'. M.'..
2ª Instrução do Grau de A.'.M.'.
O Templo de Salomão
Complemento
A Cabala
Módulo: Trabalho para Aumento de Salário. Instrução em Loja. Distribuição do módulo de apoio. A
administração de cada oficina deve resolver de que maneira os AA.’. MM.’. deverão apresentar seu
“Trabalho”, obtendo assim o “aumento salarial” que lhes vai permitir chegar ao Grau de C.’. M.’.. Trata-se de
uma situação angustiante para alguns que, muitas vezes, não sabem sequer como começar a escrever e
têm, além disso, muitas dúvidas sobre o que fazer na hora de se apresentarem perante os MM.’. da Loja a
que pertencem. Assim, o presente roteiro, uma vez distribuído àqueles que estão por se tornarem CC.’.
MM.’., poderá ser de alguma utilidade.
22. Sessão reservada à apresentação dos trabalhos para concessão do aumento de salário.
A Preparação do Candidato
Solicitar a iniciação não é algo superficial. É necessário firmar um pacto. A verdade não tem firma
estampada, visível e externa, não vai aposta com uma pena empapada de sangue, senão que moral e
imaterial, comprometendo puramente a alma consigo mesma. Não se trata aqui de um pacto com o
diabo, espírito maligno e, por certo, fácil de enganar, mas, na realidade, trata-se de um
comprometimento bilateral e muito sério, cujas cláusulas são iniludíveis. Os iniciados, com efeito,
contraem deveres muito sérios com o discípulo que admitem em seus templos e este fica, por sua vez,
unicamente pelo ato de sua admissão, ligado de modo indissolúvel a seus Mestres.
Seguramente, é possível enganar nossos Mestres e burlar-lhes as esperanças ao nos revelarmos maus
discípulos, depois de lhes haver feito conceber grandes esperanças. Mas toda experiência resulta
instrutiva e, por dolorosa que seja, ensina-nos a prudência; quem resta, ao final, confundido é o
presunçoso que quis empreender uma tarefa superior às suas forças. Na verdade, se sua ambição
limita-se a luzir as insígnias de uma associação iniciática como a Franco-Maçonaria, pode, com pouco
dinheiro, pagar-se esta satisfação. Mas as aparências são enganadoras e, do mesmo modo que o
hábito não faz o monge, tampouco pode o avental fazer por si só o Maçom. Ainda que alguém fosse
recebido na devida forma e proclamado membro de uma Loja regular, poderia ficar para sempre profano
no que se refere a seu interior. Uma fina capa de verniz iniciático pode induzir em erro as mentes
superficiais, mas não pode, de modo algum, enganar o verdadeiro iniciado. Não consiste a Iniciação
num espetáculo dramático nem aparatoso, sem que sua ação profunda transmute integralmente o
indivíduo.
Se não se verificar em nós a Magna Obra dos hermetistas, seguiremos sendo profanos e jamais poderá
o chumbo de nossa natureza transmutar-se em ouro luminoso. Mas quem seria bastante crédulo para
imaginar que tal milagre pudesse ter lugar em virtude de um apropriado cerimonial? Os ritos da
iniciação são apenas símbolos que traduzem, em objetos visíveis, certas manifestações internas de
nossa vontade, com a finalidade de ajudar-nos a transformar nossa personalidade moral. Se tudo se
reduzisse ao externo, a operação não daria resultado: o chumbo permanece chumbo, ainda que
recoberto de ouro.
Entre os que lerem estas linhas, ninguém, por certo, há de querer ser iniciado por um método
galvanoplástico. O que se chama toque não se aplica à Iniciação. O iniciado verdadeiro, puro e
autêntico não se contenta de um verniz superficial: deve trabalhar ele mesmo, na profundidade de seu
ser, até matar nele o profano e fazer com que nasça um homem novo.
O Ritual exige, como primeiro passo, que se despoje dos metais. Materialmente, é coisa fácil e rápida;
sem embargo, o espírito se desprende com dificuldade de tudo quanto o deslumbra. O brilho externo o
fascina e é com profundo pesar que se decide a abandonar suas riquezas. Aceitar a pobreza intelectual
é condição prévia para ingressar na confraternidade dos Iniciados, como também no reino de Deus.
Ser consciente de nossa própria ignorância e rechaçar os conhecimentos que acreditamos possuir é o
que nos capacita a aprender o que desejamos saber. Para chegar à Iniciação, é preciso voltar ao ponto
de partida do próprio conhecimento, em outros termos: à ignorância do sábio que sabe ignorar o que
muitos outros figuram saber, quiçá demasiado facilmente. As idéias preconcebidas, os preconceitos
admitidos sem o devido contraste falseiam nossa mentalidade. A iniciação exige que saibamos
desprezá-los para voltar à candura infantil ou à simplicidade do homem primitivo, cuja inteligência é
virgem de todo ensinamento pretensioso.
Podemos pretender o êxito completo? É, desde logo, muito duvidoso; mas todo sincero esforço nos
aproxima da meta. Lutemos contra nossos preconceitos, buscando nos livrar de nós mesmos; sem
pretender atingir uma libertação integral, este estado de ânimo favorecerá nossa compreensão que se
abrirá, assim, às verdades que nos incumbe descobrir, principiando nossa instrução.
Em primeiro lugar, o desenvolvimento de nossa sagacidade. Nos serão propostos enigmas, a fim de
despertar nossas faculdades intuitivas, posto que, antes de tudo, devemos aprender a adivinhar. Em
matéria de iniciação, não se deve inculcar nada, nem se impor nada, ainda que com o mínimo espírito.
Sua linguagem é sóbria, sugestiva, cheia de imagens e parábolas, de tal maneira que a idéia expressa
escapa a toda assimilação direta. O iniciado deve negar-se a ser dogmático e guardar-se-á de dizer:
“Estas são minhas conclusões; acreditai na superioridade de meu juízo e aceitai-as como verdadeiras”.
O iniciado duvida sempre de si mesmo, teme um possível equívoco e não quer se expor a enganar os
demais. Assim é que seu método remonta até o nada saber, à ignorância radical, confiando em sua
negatividade para preservar-lhe de todo erro inicial.
Entre os que pretendem ser iniciados por se haver empapado de literatura ocultista, quantos haverão de
saber depositar seus metais? Se eles faltam, de tal sorte, ao primeiro de nossos ritos, é de todo ilusório
o valor de sua ciência, tanto mais mundana quanto mais originária de dissertações profanas. Tantos
quantos tentaram vulgarizar os mistérios, profanaram-nos, e os únicos escritores que permaneceram
fiéis ao método iniciático foram os poetas, cuja inspiração nos revelou os mitos, e os filósofos
herméticos, cujas obras resultam de propósitos ininteligíveis à primeira leitura.
A iniciação não se dá nem está ao alcance dos débeis: é preciso conquistá-la e, como o céu, só a
conseguirão os decididos. Por isso se exige do candidato um ato heróico: deve fazer abstração de
tudo, realizar o vazio em sua mente, a fim de logo poder criar seu próprio mundo intelectual, partindo do
nada e imitando Deus no microcosmo.
Oswald Wirth
Os Metais
Os simples enganam-se menos, em sua ignorância cândida, que os soberbos em seu saber
pretensioso. Descartes, em seu método, prescreve ao filósofo começar esquecendo-se de tudo
aquilo que ele sabe, a fim de reduzir seu intelecto à tabula rasa. É uma ignorância querida que
se torna o começo do verdadeiro conhecimento; o despojamento dos metais faz alusão a esse
empobrecimento intencional, graças ao qual o espírito, desembaraçado de todos os falsos bens,
prepara-se para a aquisição de incontestáveis riquezas.
O metal lembra, além disso, aquilo que é artificial e que não pertence à natureza
original do homem; ele é o símbolo da civilização que faz pagar caro aos humanos as
vantagens que ela proporciona. O civilizado ignora aquilo que perdeu; é preciso, todavia, que
ele saiba disso, para reconquistar as virtudes primitivas. Ele nem sempre é tornado melhor
pela instrução, e numerosos vícios, ignorados pelo selvagem, são nele desenvolvidos. Uma
associação visando à melhora dos indivíduos e, através deles, à melhora da sociedade
humana, deve esforçar-se para remediar as perversões consecutivas aos progressos das
artes e das ciências.
Não se trata, todavia, de uma reintegração tal como entendem certas escolas. A
conquista de um paraíso, análogo àquele do qual foi expulsa a humanidade primitiva, não é
uma perspectiva do amanhã; não pode se tratar senão que do despertar de faculdades
naturais, das quais a vida civilizada não exige mais o emprego. A perda dessas faculdades
nos coloca em inferioridade, quando somos chamados a compreender outra coisa além de
frases. Ora, como a sabedoria fundamental do gênero humano é independente dos modos de
expressão de nossa época, é preciso, para iniciar-se nos mistérios dessa sabedoria, começar
por uma renúncia aos processos modernos, que nos levam a brincar com as palavras de cujo
valor nós abusamos.
Não há lugar, no começo da Iniciação, para ver os metais sob os múltiplos aspectos de
seu simbolismo. O programa iniciático é gradual. O estudo dos números prossegue
normalmente, partindo da Unidade para chegar ao Setenário após uma preparação. Ora, os
Metais-Planetas figuram as causas segundas, coordenadoras do caos. O Companheiro
penetra-se das leis de sua ação para elevar-se ao Mestrado; quanto ao recipiendário, ele não
irá além daquilo que sugere a deposição dos metais, vistos como fazendo obstáculo ao
exercício das faculdades intelectuais que o homem possuiu em estado de natureza. Estas
faculdades se manifestam por uma acuidade de percepção que fazia o primitivo adivinhar
aquilo que o civilizado não chega a conceber. Tudo é símbolo para o espírito ingênuo posto
em presença de fenômenos naturais: a criança possui o sentido de uma poesia que o adulto
erra em desdenhar, porque a prosa está longe de reinar sozinha no universo. A revelação
mais antiga e mais sagrada liga-se a idéias que nascem delas mesmas em intelecto virginal.
Retornemos ao frescor original de nossas impressões, se aspiramos a nos iniciar. Initium
significa começo; saibamos, pois, recomeçar para entrar na boa via.
Complemento à Iniciação
O objetivo inicial de uma sociedade de iniciação é indicar a seus membros, da melhor maneira possível,
o caminho do aperfeiçoamento espiritual, que deve ser realizado pelo esforço individual. A doutrina
ensinada deve versar sobre a fraternidade, fonte de todos os desenvolvimentos posteriores do ser
humano. Stanislas de Guaita
Não impõe limites à livre investigação da verdade, razão pela qual exige de todos a maior tolerância.
Proíbe, em suas Oficinas, toda e qualquer discussão sobre matéria política ou religiosa.
Tem, por finalidade, combater a ignorância em todas as suas modalidades; como escola mútua,
impõe o seguinte programa:
Perguntas:
O que você entende por trabalhar pela felicidade do gênero humano e conseguir sua emancipação?
Em que consiste, especificamente, esta emancipação progressiva e pacífica?
DO TEMPLO MAÇÔNICO
No decorrer das instruções que oportunamente serão ministradas aos Aprendizes, o Templo
Maçônico será objeto de rigoroso estudo. Todavia, desde logo, coloca-se a seguinte questão: o
Trono do Ven∴ Mest∴ está sobre um sólio. Para chegar a este, faz-se necessário subir dez degraus
– sete e três. O que representam estes primeiros quatro degraus?
Observe atentamente a planta do Templo Maçônico e procure identificar cada um dos 31 itens.
“Os Templos Maçônicos, da mesma maneira que as Igrejas, têm sua origem no tabernáculo hebreu e
no Templo de Jerusalém; a semelhança entre eles e as Igrejas é devida ao fato de ambos haverem
sido construídos na Idade Média e no início da Moderna pelos Maçons de Ofício que eram,
principalmente, construtores de Templos, membros de associações monásticas ou de associações
leigas dirigidas pela Igreja. Sendo a Igreja herdeira direta do judaísmo, não é de estranhar que os
Templos fossem baseados no Santuário de Jerusalém”. Ir∴ José Castellani
Primeira Coluna
01. Venerável Mestre
02. Régua
03. Uma Lira
04. 2º Vigilante
05. Duas Penas Cruzadas
06. Guarda do Templo
07. Punhal
08. 2º Experto
09. Mestre de Banquetes
10. Uma Espada
11. 1º Vigilante
12. Livro Aberto
13. Saco ou Bolsa
14. Tesoureiro
15. Estandarte
16. Cobridor
17. Arquiteto
18. Malho
19. 2º Diácono
20. Timbre da Loja
Segunda Coluna
( ) Secretário
( ) Trolha
( ) Diretor de Harmonia
( ) Maço e Cinzel Cruzados
( ) Porta Estandarte
( ) Mestre de Cerimônias
( ) Esquadro, Compasso e Arco de Círculo
( ) Alfange
( ) Porta Espada
( ) Orador
( ) Chanceler
( ) 1º Experto
( ) Punhal
( ) Prumo
( ) Hospitaleiro
( ) Uma Chave
( ) Nível
( ) Duas Espadas Cruzadas
( ) Dois Bastões Cruzados
( ) 1º Diácono
Maçons Regulares têm direito de visitar Lojas Regulares, sujeitando-se, todavia, a disposições
disciplinares estabelecidas pela Loja visitada, e, ainda, ao Trolhamento. Decorar o trolhamento,
sabê-lo por inteiro, memorizá-lo item a item, pergunta e resposta, é fundamental para todo o Maçom
que se orgulhe de sua posição.
___________ Maçom?
Meus ____________ __________ _______ me reconhecem.
De _________ vindes?
De uma __________ de _____ ________, justa e __________.
Que _________?
Amizade, _______ e _________ de ____________ a todos os ___________.
_________ mais _________?
O _____________ ___________ de minha ________ vos saúda por ________ vezes três.
Que se faz ______ _________ _______?
Levantam-se Templos à _______________ e cavam-se _______________ ao vício.
Que __________ fazer aqui?
______________ as minhas paixões, ________________ a minha vontade e ____________ novos
progressos na Maçonaria, ________________ ___ laços de fraternidade que nos ____________
como verdadeiros ____________.
Que desejais?
__________ _____________ entre _______.
Este vos é concedido. Irmão Mestre de Cerimônias, conduzi o nosso Irmão ao lugar que lhe
compete. Sentemo-nos, meus Irmãos.
O Rito Escocês Antigo e Aceito tem, como data de sua existência regular, o dia 31 de maio de 1801,
quando foi fundado o seu Primeiro Supremo Conselho. O escocesismo, todavia, tem, como forma
doutrinária, uma história mais antiga. Ele nasceu na França, a partir da chegada do séqüito dos
Stuart da Inglaterra. Quando da decapitação do Rei Carlos I, em 1649, após a revolta liderada por
Oliver Cromwell, sua viúva, Henrieta de França, aceitava, do Rei Luiz XIV, asilo no Castelo de Saint
Germain, para onde foram também os demais membros da nobreza escocesa, que passaram a
trabalhar pela restauração do Trono, sob a cobertura das Lojas Maçônicas, das quais eram membros
honorários; isso evitava que os espiões ingleses de Cromwell pudessem tomar conhecimento da
conspiração restauradora.
Consta que Carlos II, ao se preparar para recuperar o Trono, criou um regimento chamado de
“guardas irlandeses” em 1661; esse regimento possuía uma Loja Maçônica, cuja Constituição data
de 25 de março de 1688, e que foi a única Loja do Século XVII, cujos vestígios ainda existem,
embora devam ter, os stuartistas, criado outras Lojas.
Assim, após a criação da Grande Loja de Londres, em 1717, existiam, na França, dois ramos
maçônicos: a Maçonaria Escocesa, stuartista, ainda com Lojas Livres e a Maçonaria Inglesa, com
Lojas subordinadas à Grande Loja. A Maçonaria Escocesa, mais pujante, resolvia, em 1735,
escolher um Grão-Mestre, partindo para adoção do regime obediencial inglês, o que levaria à
fundação da Grande Loja da França, em 1738 (Grande Oriente em 1772), embora essa designação
oficial só apareça em 1765, segundo Paul Naudon. Surgiram, posteriormente, no escocesismo,
várias peculiaridades ritualísticas e doutrinárias, sendo que a principal foi a introdução dos altos
graus (1758) não aceita pela Maçonaria Inglesa.
A Descida aos Infernos
Para distinguir-se da multidão que permanece supérflua em sua
maneira de pensar, convém aprender a meditar profundamente. Para esse
efeito, o isolamento silencioso impõe-se, porque nós não podemos seguir o
curso de nossos pensamentos, senão evitando aquilo que nos distrai;
retirar-se para a solidão foi, pois, outrora, o primeiro ato do aspirante à
sabedoria. Fugir do tumulto dos vivos para refugiar-se perto dos mortos, a
fim de inspirar-se naquilo que eles sabem melhor do que nós, tal nos
parece haver sido o instinto dos mais antigos adeptos da Arte de pensar.
As frases que pode ler e os objetos que surpreendem sua visão à luz
de uma lâmpada funerária levam ao recolhimento. Se o recipiendário entra
no espírito da mise em scène ritualística, ele esquecerá o mundo exterior
para voltar-se sobre si mesmo. Tudo aquilo que é ilusório e vão apaga-se
diante da realidade viva que o indivíduo traz dentro de si. No fundo de nós
reside a consciência; escutemo-la. Que responde ela às três questões que
se colocam ao futuro iniciado? Quais são os deveres do homem em
relação a Deus, a ele mesmo e a seus semelhantes?
Deus é uma palavra que não poderia ser retirada da linguagem dos
sábios, porque a inteligência humana se consome em esforços constantes
para conceber o divino. Representações grosseiras tem tido lugar, no
decorrer de inumeráveis séculos, chegaram idéias mais sutis, mas o
enigma do Ser permanece sem solução. Nenhum pensador adivinhou a
palavra daquele que é, e, quando hierogramas nos são propostos como
solução, esses não são senão símbolos de um indecifrável Desconhecido.
Deus permanece o “x” de uma irredutível equação.
O TOQUE
A MARCHA DO APRENDIZ
A PALAVRA SAGRADA
Os Segredos do Aprendiz
É isso que exprime a mão direita dominando o tórax para domar sua
ebulição. Nada daquilo que ruge no domínio da sensibilidade deve obter
acesso ao cérebro do Iniciado, onde a calma é indispensável às
deliberações frutuosas. Um agitado não saberia pensar justamente;
conseqüentemente, a aquisição da serenidade cerebral impõe-se desde o
começo da iniciação.
Observemos aqui o erro dos processos que exploram uma forma qualquer
de exaltação. Os excitantes que provocam um funcionamento artificial do
cérebro estão proscritos a quem quer pensar de maneira sã. Nós não
pensamos com justeza senão em perfeita calma, calma que os Maçons
procuram realizar em Loja, quando se colocam “a coberto”. O cérebro do
Aprendiz é, ele também, uma oficina a ser preservada da agitação exterior:
ele não funcionará bem se as paixões para aí aportarem qualquer
perturbação.
Se, sob esse último ponto de vista elementar, a lei do Ternário for
compreendida e aplicada como debutante, ele estará em excelente
caminho de aprofundamento progressivo no mistério dos Números.
O CÁLICE DA AMARGURA
Em seu Quadro da Vida Humana, Cebes, que nasceu em Tebas,
cidade da Beócia, no Século V a. C., descreve-nos um vasto
recinto onde vivem seus habitantes. Uma multidão de candidatos
à vida aglomera-se à porta. Um gênio, representado por um
venerável ancião, dirige aos candidatos atilados conselhos.
Infelizmente, suas sábias advertências sobre a conduta que se
deve observar perante a vida, são de pronto esquecidas pelas
almas ávidas de viver. Tão logo entram no fatal recinto, sentem-se
obrigadas a desfilar diante do trono da Impostura, mulher cujo
semblante é de uma expressão convencional e que tem maneiras
insinuantes. Ela lhes apresenta um copo. Não se pode entrar sem
beber pouco ou muito. Para viver intensamente, muitos bebem a
grandes sorvos o erro e a ignorância; outros, mais prudentes,
apenas provam a mágica beberagem e, em conseqüência,
esquecem menos os conselhos recebidos e não sentem tanto
apego à vida.
Este rito nos inicia no grande mistério da vida que nos brinda com
suas doçuras, mas que quer que saibamos aceitar também seus
rigores e crueldades.
Sem embargo, a vida nos brinda felicidade. Todo ser acredita ter
direito a ela e esta é sua constante aspiração. Vivemos de
esperanças, e nos parecem mais leves as penas de hoje, se as
ponderarmos com as alegrias de amanhã. A vida corrente pode
trazer para nós certas ilusões e tratar-nos como adolescentes, mas
a vida iniciática considera-nos homens já maduros, pouco
dispostos, portanto, a deixar-se levar por ilusões. A felicidade nos
é assegurada, contanto que saibamos buscá-la nós mesmos. De
nada somos credores sem merecimento: se a vida nos é dada, é
para utilizá-la como é devido, não para desfrutar dela sem pagar
tributo. Saibamos, pois, considerá-la sob seu verdadeiro aspecto.
Entremos a seu serviço dispostos a consagrarmo-nos ao estrito
cumprimento de nossa obra de vida, que deve ser a Magna Obra
dos Alquimistas.
Oswald Wirth
O Cálice da Amargura
A vida não é cruel para quem a começa entre os vivos. Mimada por
sua mãe, a criança não manifesta senão a alegria de viver; do instinto, ela
reivindica seu direito à vida, que parece não lhe ser dada senão para
permitir que goze dela sem reservas. A juventude ensina, todavia, que nem
tudo é encanto na vida que está longe de nos ser outorgada gratuitamente.
A necessidade, para cada um, de ganhar sua vida não tarda a se impor. A
despreocupação infantil não dura senão um tempo, porque, rapidamente, a
vida nos instrui de suas rudezas e, desde que nos tornemos fortes, ela
exige que aprendamos a suportar as durezas da existência: mostrar-se
covarde diante da dor é confessar-se indigno de viver.
A Iniciação, — ensinando a Arte de Viver, — concebeu torturas
infligidas a título de provas no curso das iniciações primitivas. A resistência
à dor física não se impõe mais no mesmo grau na vida civilizada, pois o
místico moderno não está mais exposto ao menor tratamento cruel;
todavia, ele deve esvaziar certo cálice que lhe é apresentado.
Ele não contém nem veneno nem droga que provoque perturbações
psicofisiológicas, mas água fresca e pura, reconfortante para o neófito que
acaba de sofrer a prova do fogo. É a beberagem da vida, doce como o leite
materno para quem experimenta seus primeiros goles. Mas de que
maneira tal líquido se torna subitamente amargo, para voltar depois à sua
primitiva doçura, quando o bebedor se decide a esvaziar até o fim o cálice
fatal? Beber malgrado a amargura é aceitar estoicamente os rigores da
vida. O hábito nos alivia as penas e as dores que aprendemos a suportar.
Quando o sofrimento nos torna fortes, a amargura se nos faz doce, pois
que ela nos confere vigor e saúde, temperando nosso caráter.
Os ritualistas superficiais imaginaram uma sorte de julgamento de
Deus relacionado ao juramento do Iniciado, a amargura a fazer alusão ao
remorso que dilaceraria seu coração, se ele se tornasse perjuro. Outros se
contentam em dizer: “Essa bebida, por sua amargura, é o emblema das
aflições inseparáveis da vida humana; a resignação aos decretos da
Providência unicamente pode abrandá-las”.
A lição é menos elementar. O místico purificado leva aos seus lábios
o cálice do Saber Iniciático, no qual sua inteligência abebera-se de uma
nova vida, isenta das brutalidades profanas. Concebendo uma existência
de doçura em meio a irmãos que sonham apenas em ajudá-lo em todas as
coisas, o neófito sente-se feliz e satisfaz-se com uma água deliciosa; a
reflexão, porém, revela-lhe as responsabilidades que ele assume em razão
de seu avanço espiritual. O ignorante, que não compreende o sentido da
vida, pode abandonar-se ao egoísmo; vivendo apenas para si, ele não se
coloca a serviço da Grande Obra, e nada há a se lhe reprovar, se,
respeitando os outros, ele leva uma honesta existência profana. De outro
modo exigente mostra-se a vida iniciática: ele impõe o devotamento, o
esquecimento de si, a constante preocupação com o bem geral. A
preocupação com o outro angustia a alma generosa que sofre as misérias
humanas; querendo aliviá-las, o filantropo expõe-se a não ser
compreendido. Seus conselhos são mal interpretados; a multidão imputa-
lhe todas as calamidades. Ele é então maldito, perseguido, no mínimo,
cruelmente desprezado: é a amargura que ele bebeu a grandes goles.
A ingratidão incompreensiva não saberia, porém, desencorajar o
Iniciado; ele a prevê e nem por isso prossegue menos com sua obra de
abnegação. A calúnia não o alcança; ele se fixa com perseverança na
realização do bem. Que lhe importam as gritarias maldosas e as críticas
injustas? Sem cessar preocupado em fazer o melhor, ele aperfeiçoa seus
métodos, tudo isso tirando partido da ingratidão de sua tarefa. Seu
heroísmo encontra sua recompensa: vivendo para o bem, o sábio vive no
bem. A cólera dos maldosos não o atinge mais, porque ele se eleva acima
do mal cometido por outrem.
O FOGO SAGRADO
Oswald Wirth
A MAGNA OBRA
"O sábio busca a Pedra em seu foro interno, como recorda muito
bem a engenhosa fórmula tirada da palavra VITRIOL, à maneira do
acróstico: VISITA INTERIORA TERRAE, RECTIFICANDO INVIENIES
OCULTUM LAPIDEM, ou, em outros termos: desce a ti mesmo,
submete-te às provas purificadoras e encontrarás a pedra
escondida".
VENERÁVEL MESTRE
1º VIGILANTE
2º VIGILANTE
SECRETÁRIO
ORADOR
TESOUREIRO
CHANCELER-GUARDA-SELOS
HOSPITALEIRO-ESMOLER
1º E 2º DIÁCONOS
MESTRE DE CERIMÔNIAS
ARQUITETO DECORADOR
MESTRE DE BANQUETES
PORTA-ESTANDARTE e PORTA-ESPADA
GUARDA DO TEMPLO
1º e 2º EXPERTOS
COBRIDOR
DIRETOR DE HARMONIA
VENERÁVEL MESTRE
O Venerável Mestre é o primeiro oficial e o Presidente de uma Loja
Simbólica. Para que possa ser eleito a este elevado cargo, o
candidato precisa ter desempenhado os cargos e dignidades
inferiores e, necessariamente, ter exercido o cargo de Vigilante.
Estará, desta forma, habilitado a desempenhar as funções de
instrutor da Loja.
OS DIÁCONOS
Dois Oficiais exercem este cargo nas Lojas dos Ritos de York e
Escocês Antigo e Aceito. Sua função é transmitir as ordens das
Luzes aos Irmãos e cumprir determinadas cerimônias.
Além dos cargos principais, para que uma Loja se torne justa e
perfeita, outros existem que se tornaram essenciais para o
funcionamento de uma Oficina com número regular de Obreiros.
Um deles é o de Mestre de Cerimônias, cargo no qual se
desdobrou o de Experto. Atualmente, é um dos mais importantes
da Loja, cabendo a ele introduzir os Irmãos visitantes, depois de
severamente trolhados. Encabeça os cortejos que passam sob a
abóbada de aço, cerimonial este tirado da corte da França.
ARQUITETO DECORADOR
Compete-lhe:
DIRETOR DE HARMONIA
Introdução
Sumário
Sinal de Ordem
Sinal de Saudação
Da Movimentação
Dos Malhetes
Indumentária
Circulação do S∴ de P∴ e I∴ e do T∴ de S∴
Entrada Ritualística em Loja Aberta
Cadeia de União
Decifração do Balaústre
e do Tronco de Solidariedade
Nenhum Irmão falará por seu cargo, mas por si próprio. Não cabe,
pois, a palavra de ofício, mas de ordinário, uma vez que os
assuntos administrativos foram dados por esgotados na Ordem do
Dia.
Anúncio
Palavra do Orador
Ver Ritual.
Teste seus Conhecimentos
Primeira Instrução
O falso brilho das coisas não o ofusca mais; ele aprecia, com seu justo valor,
o saber profano, sem partilhar das ilusões daqueles que acreditam que a
verdade se deixa aprisionar em fórmulas verbais.
Entre esses atores figura a serpente que, longe de ser maldita por
nossos longínquos ancestrais, aparece-lhes, ao contrário, como digna de
veneração. Adornando as fontes que fazem jorrar a água vivificante do
seio da terra divinizada, os lígures estabeleceram uma analogia entre o
riacho serpeante através da pradaria e a serpente deslizando entre as
ervas, tanto fizeram eles do réptil animal sagrado diretamente relacionado
com a vida. Partindo de uma concepção idêntica, os gregos atribuíram
mais tarde à serpente, um poder curativo. Eles mantinham, nos templos
de Esculápio, ofídios cujo contado deveria curar os doentes. O Ouroboros,
a imensa serpente que morde a própria cauda, simbolizava, de outra parte,
a via geral, indestrutível, em seu eterno recomeço.
Eva adivinha, ela concebe femininamente aquilo que lhe sugere uma
influência misteriosa, porque se desenvolve nela um dom de vidência que
se relaciona diretamente ao instinto. Deste à inteligência controlada, há
uma etapa que consiste na adivinhação. Eva aí é elevada, depois faz subir
Adão, porque a intelectualidade feminina não pode realizar um progresso
sem que a mentalidade masculina disso se beneficie em contrapartida.
Eva não pode provar o fruto da árvore do discernimento sem partilhar com
Adão o novo alimento que ela considera excelente.
2º A Pedra Bruta
3º A Pedra Cúbica
5º O Malho e o Cinzel
6º O Painel da Loja
8º O pavimento de Mosaico
As duas colunas de ________________ representam os dois
postos solsticiais. As Romãs colocadas sobre seus
_________________ representam a unidade dos maçons em todo
o mundo e lembram a fraternidade que deve existir entre os
homens.
O TEMPLO DE SALOMÃO
Também chamado de Templo de Jerusalém, interessa a todos
nós, Maçons, pela intrínseca relação existente entre essa antiga
obra e o Templo Maçônico propriamente dito. Desde a Primeira
Instrução do Grau de Aprendiz, todo Maçom aprende que nosso
Templo é como é, para lembrar o Rei Salomão, Hiran, Rei de Tiro
e Hiran Abib ou Abif. Nossa tradição – de pedreiros – é como é,
para lembrar daqueles obreiros primevos que participaram da
construção do Templo. O Livro da Lei, – no nosso caso, a Bíblia, –
descreve, em detalhes, o mesmo Templo e, — nunca é demais
repetir, — os detalhes coincidem muito mais do que divergem.
Embora o Templo Maçônico não seja idêntico ao Templo de
Jerusalém, não há como repelir a íntima relação entre ambos, sem
falar nos cargos. Ora, o Ven∴ Mest∴ representa, afinal, o próprio
Rei Salomão.
por
Oswald Wirth
Introdução
Oswald Wirth
Trata-se agora de uma das etapas mais importantes de toda a
nossa vida maçônica. Do perfeito entendimento desta 4º Instrução
vão depender muitas etapas futuras de nosso desenvolvimento
como bons Maçons. É por isso que se faz necessário exigir um
pouco mais de você.
(Convém esclarecer que se trata do Rei Henrique VIII, não ainda intitulado
Majestade, que, quando da supressão dos monastérios, encarregara
Leylande de velar pela conservação de livros e manuscritos preciosos).
Da Trimurti hindu:
________, ________ e ________.
Sat Chit Ananda
A Magia dos Números
A Matemática
Os vários planos da criação formam dez esferas (sefirot). O espírito tornado Palavra
(análogo ao Verbo) é a primeira esfera e, por meio do sopro, a segunda esfera, que dele
emana, cria as demais através de combinações de letras e números: a água é a terceira,
que produz a terra, o barro, as trevas, os elementos rudes; o fogo é a quarta; as seis
últimas são os quatro pontos cardeais e os dois pólos.
A obra que viria a ser o cânone da cabala surgiu, porém, na Espanha do século XIII; o
Sefer ha-zohar (Livro do esplendor), ou, simplesmente, Zohar. Foi a partir de sua
divulgação que a cabala ganhou dimensão de movimento organizado a doutrina
sistematizada. Já atribuído ao rabi Simão bar Iochai, o Zohar parece ser na verdade uma
compilação de várias obras, feita por Moisés ben Shem Tov, de León. Seu texto
constituiu-se aos poucos, sendo completado entre 1275 e 1286, e só foi impresso, na
versão original em aramaico, em 1558 em Mântua. Como em toda a cabala, vários
conceitos se fundem no Zohar: um panteísmo de influência neoplatônica, idéias
nitidamente teístas, elementos de feitiçaria e demonologia medievais, linhas de exegese
inspiradas pelo racionalismo judaico.
O Ser infinito ou Ein Sof, segundo o Zohar, difere do Deus-Criador das escrituras: é a
substância, a causa imanente, o princípio ativo e passivo de tudo. O Ein Sof desconhece
a si mesmo até que suas emanações se constituam em atributos através de dez sefirot,
esferas que são projeções espirituais desses atributos, e não formadas pelos planos da
Criação, como as esferas do Sefer ietzirah. No Zohar, as dez sefirot assumem uma
imagem antropomórfica, formando a figura do Adam Kadmon: é o demiurgo, o criador da
natureza. Essa imagem do Adam Kadmon corresponde à do homem perfeito que é o
mensageiro de Deus, o messias.
Cordovero e Luria
A expulsão dos judeus da península ibérica em 1492 e a migração dos judeus espanhóis
para a Palestina fizeram florescer na cidade de Safed, na Galiléia, um círculo influente de
cabalistas. Dois cabalistas de Safed se destacaram e marcaram o movimento: Cordovero
e Isaac Luria.
Moisés ben Jacob Cordovero, em sua obra principal, Pardes rimonin (Pomar de romãs),
interpretou e explicou o Zohar, estabelecendo a diferença entre o panteísmo neoplatônico
e o da cabala: "Deus é realidade, mas esta não é Deus”.Explicou ainda a natureza da
criação do universo e das sefirot. Sua atitude filosófica é condizente com a dos cabalistas
contemplativos e puramente especulativos do período espanhol.
Ao contrário de Cordovero, Isaac Luria foi místico e visionário voltado para a cabala
prática e ativa. Filósofo e professor, só falava a seus discípulos, mas nada escreveu. Luria
voltou-se para a contemplação das forças naturais, onde via e ouvia o murmúrio das
almas e a linguagem do espírito. A par de seus arroubos místicos, deixou teorias bem
delineadas.
A existência de uma alma coletiva dá a cada homem uma relação indissolúvel de causa-
efeito com todos os homens. Seus pecados e seus méritos se refletirão no destino de
todos. Derivada dessa teoria, a do dibuk explica a posse de um corpo vivo pela alma de
um morto ou de um demônio.
Luria, conhecido como Haari Hakadosh (leão sagrado) ou simplesmente Haari, tornou-se
um marco de transição entre a cabala especulativa e os movimentos de massa judaicos
nela inspirados. Acentuando a importância do papel do homem no misticismo da cabala,
abriu caminho para uma atitude mística ativa, que visa à busca e ao encontro da
harmonia e da redenção.
Conclusão
Quem quer que aspire conhecer a Cabala deve familiarizar-se com as idéias de Platão no
“Demiurgo” e com as de Filon, no “Logos”, recomenda o Rabino Hirsh Zelkovicz. Mas,
incontestavelmente, a Cabala é hebraica, muito embora alguns pretendam o contrário,
aduzindo teorias e idéias que chegam ao cúmulo de afirmar que a Cabala “foi roubada”
aos arianos pelos judeus. Velha história que conhecemos muito bem, e que não vale a
pena comentar aqui. A obra apresenta-se estruturada de acordo com a lógica costumeira
da divisão de livros. Estes, ao que parece, de diversas épocas, foram unificados
organicamente através de uma redação ulterior. A matéria, assim fragmentada, não
obstante, tem uma característica principal: todas as partes se constituem,
invariavelmente, em comentários a respeito de versículos da Torah, que a Cabala
interpreta de modo eminentemente místico, com profundidade e sabedoria. Muitos vêem a
cabala, erroneamente, apenas como sistema de manipulações mágicas. Em certas
épocas esse aspecto teve papel preponderante, mas a cabala nunca deixou de ser função
de uma busca filosófica da compreensão de Deus, dos mistérios do universo e do destino
do homem.
TROLHAMENTO OU TELHAMENTO
Em atenção ao assunto colocado por um de nossos Irmãos,
ocorreu-me pesquisar o termo e apresentar alguns subsídios
encontrados juntos a obra do escritor maçônico Ir∴ CASTELLANI.
Mais uma vez, meus Irmãos, vamos nos adequar àquilo que
nossa Instituição nos indica, não nos furtando, todavia, de um
exame mais aprofundado, do qual jamais devemos fugir, ainda que
tal exame implique numa postura crítica. Não vai nisso nenhum
demérito. Configura apenas simples exercício de nossa liberdade,
apanágio maior de todo Maçom. Maçonaria, meus Irmãos, é isso.
Aprendizado com base em tomada de consciência revelada no
estudo de cada gesto, de cada palavra, de cada símbolo, com
extração do conteúdo intrínseco de cada um desses elementos.
Isso nos ensina e nos prova que não somos autômatos, robôs que
se repetem. Somos seres conscientes. Se fazemos gestos,
reprisamos condutas e repetimos palavras, façamo-los cônscios de
seu significado. Para chegarmos a isso, mister que perguntemos,
que questionemos e que pesquisemos sempre, ainda que, às
perguntas, correspondam várias respostas, e que sejam até
contraditórias estas respostas entre si. Lidemos com isso desde
cedo, lado a lado com o pragmatismo da tomada desta ou daquela
solução. Não percamos de vista, porém, a fragilidade da versão
unilateral das coisas. Só assim advirá o progresso individual a
cada um de nós, com a descoberta de que existem inúmeros
modos de pensar o mesmo problema, caminhos da criatividade,
dimensão superior do Homem que, — para buscar e encontrar
respostas, — deve, antes de tudo, aprender a fazer perguntas.
PROÊMIO AO ESTUDO DA ABÓBADA CELESTE
bibliografia:
1. Introdução.
2. A Instrução Maçônica.
3. Conclusão
4. Bibliografia