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Só Questões

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Sumário

Língua Portuguesa

Questões Objetivas - Nível Fundamental


Página 6

Questões Objetivas - Nível Médio


Página 15

Questões Objetivas - Nível Superior


Página 24

Questões Comentadas
Página 37

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Só Questões

Questões Objetivas - Nível Fundamental

Parte 1

1 - Texto

Férias – cuidados com crianças

O verão começou no dia 21 de dezembro e a estação é sinônimo de férias escolares


para crianças. Mas elas precisam de cuidados redobrados para curtir o sol, praia, piscinas
e parques com segurança. Por isso, os pais devem se informar para evitarem doenças e
acidentes comuns nesta época do ano.
Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que
significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário. Quando
se fala em crianças, o assunto fica ainda mais sério. Como as crianças são mais sensíveis
que adultos, é preciso atenção para exposição a raios solares e a adoção de cuidados
especiais.
[...]

Roupas adequadas

Devido ao calor e ao aumento da sudorese (suor), as roupas devem ser de algodão,


finas e folgadas de modo a
permitir uma maior ventilação, facilitando a evaporação do suor. Roupas íntimas também
devem ser de algodão, evitando- se tecidos sintéticos.
Na praia, sungas e biquínis são os trajes ideais, porém deve-se tomar cuidado com o
hábito de ficar com a roupa
molhada após sair da praia, isso favorece o surgimento de micoses da pele.
As roupas podem proporcionar uma barreira contra a radiação ultravioleta. Para a
prática de esportes ao ar livre, situações que dificultem a aplicação do filtro solar com
frequência ou, no caso das crianças com menos de 6 meses, as roupas podem ser uma
boa opção para a proteção da pele. [...]
E nada de deixar os pequenos sem roupa. O contato com a areia ou cadeiras sujas
pode levar a problemas de pele.

(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-


saude/4535/-1/os- cuidados-para-curtir-o-verao-com-as-criancas.html. Acesso em:
08/01/2015, adaptado)

Pode-se concluir que o texto teve sua produção motivada:


• a) pelo início do verão em dezembro.
• b) pela beleza das praias.
• c) por um cuidado exagerado dos pais.
• d) pela necessidade de vender roupas adequadas.

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2 - De acordo com o texto, ocorrem com maior frequência no verão:

• a) afogamentos de idosos e crianças.


• b) passeios à praia, piscinas e parques.
• c) campanhas de conscientização da população.
• d) brigas em ambientes como praias e piscinas.

3 - No trecho “é preciso atenção para exposição a raios solares e a adoção de


cuidados especiais.”, o termo em destaque pode ter como sinônimo a seguinte
palavra:
• a) anulação
• b) diminuição
• c) evolução
• d) implantação

4 - Dentre as palavras abaixo, presentes no texto, assinale a única que


pertence ao gênero masculino.
• a) “exposição” (2º parágrafo)
• b) “segurança” (1º parágrafo)
• c) “hábito” (4º parágrafo)
• d) “sungas” (4º parágrafo

5 - Nos dois primeiros parágrafos do texto, nota-se uma preocupação maior


com:
• a) as praias
• b) as crianças
• c) os idosos
• d) as roupas

6 - O texto afirma que o verão é sinônimo de:


• a) cuidados redobrados
• b) muita diversão
• c) doenças e acidentes
• d) férias escolares
• e)

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7 - Na segunda parte do texto, dá-se destaque às roupas que devem ser mais
leves, finas e folgadas. Isso porque, com o calor:
• a) aumenta o suor.
• b) protegem de acidentes.
• c) alivia queimaduras.
• d) revela bom gosto.
• e)

8 - Considere a frase abaixo para responder à questão seguinte.

“Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que
significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário.” (2º
parágrafo)

O adjetivo “frequentes” está no plural por concordar com a seguinte palavra:


• a) “piscinas”
• b) “parques”
• c) “passeios”
• d) “alimentação”
• e)

9 - Considere a frase abaixo para responder à questão seguinte.

“Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que
significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário.” (2º
parágrafo)

Além do adjetivo frequente, presente no texto, um outro exemplo dessa classe


de palavras é:
• a) “significa”
• b) “verão”
• c) “atento”
• d) “vestuário”

10 - Observe que a palavras “exposição” escreve-se com “-X”. Desse modo,


assinale a opção em que se ERRA na escrita da palavra ao empregar essa letra.
• a) exame
• b) axei
• c) táxi
• d) deixei

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GABARITO
1-A 2-B 3-D 4-C 5-B 6-D 7-A 8-C 9-C 10 - B

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Parte 2
1 - Texto

Considerando o texto, assinale a alternativa correta.


• a) Nas linhas 1 e 2, “Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de
mortos” constituem um sujeito composto com três núcleos.
• b) Na linha 6, “onde” poderia ser corretamente substituído por aonde sem prejuízo
da estrutura e do significado do período.
• c) Na linha 6, a estrutura “o médico Michael Thali trabalha há 16 anos” seria
corretamente reescrita como o médico Michael Thali trabalha a 16 anos.
• d) Estaria correta a inserção da vírgula imediatamente após o vocábulo “virtobot”
na linha 12.
• e) Na linha 16, o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo.

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2 - Com base no texto, assinale a alternativa correta.

• a) Os vocábulos “autópsias” (linha 2), “superfície” (linha 13), “questionário” (linha


31), “ressonância” (linha 33) e “eficácia” (linha 37) são paroxítonos.
• b) Na linha 8, o vocábulo “3D” deveria estar grafado no plural para que
concordasse com o vocábulo “modelos” ao qual se refere.
• c) Na linha 9, a expressão “sem o bisturi” refere-se a “corpos”.
• d) O texto é predominantemente narrativo.
• e) O trecho “Depois, compararemos com a convencional, diz Saldiva.” (linhas 34 e
35) seria corretamente reescrito como Saldiva disse que compararíamos com a
convencional depois no discurso direto.

3 - De acordo com as ideias contidas no texto, assinale a alternativa correta.

• a) É correto deduzir do texto que o Brasil foi um dos pioneiros na utilização do


método de autópsia virtual.
• b) O robô “virtobot” atua diretamente nos cadáveres, mapeando seu interior para
ajudar os médicos a escolher os melhores pontos para a retirada dos tecidos
necessários à investigação laboratorial.
• c) Para entender os impactos das autópsias virtuais, a Universidade de Zurique
aplica três tipos de autópsias: a verbal, a convencional e a virtual.
• d) Há 16 anos, quando criou o método, o médico Michael Thali utilizava um
conjunto de aparelhos que criava modelos 3D para investigar as causas do óbito.
Atualmente, um robô conhecido como “virtobot” escaneia a superfície do corpo e
cria um modelo em 3D do cadáver.
• e) Subentende-se do texto que é preferível não olhar para os corpos, no momento
da autópsia, de maneira sangrenta, objetivo almejado por Michael Thali no projeto
Virtopsy.

4 – Considerando os aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a


alternativa correta.

• a) As formas verbais “são” (linha 2) e “é” (linha 20) são conjugações do verbo
defectivo “ser”.
• b) Na linha 16, “laboratorial” é adjunto adnominal de “investigação”.
• c) Na linha 29, “pretende submeter” consiste numa locução verbal no futuro do
presente do Indicativo.
• d) Nas linhas 30 e 31, “Faremos a verbal [...]” é um caso de sujeito indeterminado.
• e) “Faremos” (linha 30) e “compararemos” (linha 34) têm a mesma regência.

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5 - Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras grafadas


corretamente.

• a) Tanjer, detenção, ascessorista.


• b) Pretencioso, intercessão, frijir.
• c) Mecher, rúbrica, enxerto.
• d) Intercessão, suspeição, presciência.
• e) Imersão, homogênio, enchoval.

6 - Assinale a alternativa que apresenta trecho grafado no discurso indireto


livre.

• a) - Redijamos o ofício! Ordenou o diretor.


• b) Minha amiga perguntou a quem devia entregar o livro.
• c) “D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando
defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos).
• d) Ao ver Maria, disse-lhe que precisava falar urgentemente. A menina respondeu-
lhe que estava trabalhando e, por isso, ligaria mais tarde.
• e) “Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis).

7 - São exemplos de pronomes demonstrativo, indefinido e relativo,


respectivamente:

• a) quem; aquele; e nada.


• b) este; todos; e cujo.
• c) esse; que; e tudo.
• d) algum; isso; e nenhum.
• e) esta; alguém; e todo.

8 - Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse
colado dois grandes montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a
menor, Alegria.

Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem
também que, por causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou,
deixando a montanha do jeito que está hoje.

Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes,
exatamente onde eles se encontram, moram uma menina chamada Aleteia e sua avó.

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Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas.

Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo,
ninguém sabe quando, Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai
crescer e eu acho que, quando esse dia chegar, elas ainda estarão juntas. Igual às
montanhas da ilha.

Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”.

- Todo ele?
- Sim, todo.
- Sozinho?
- Sim, sozinho.

Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou
muito a respeito do assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou
muito pela ilha. Pensava sozinha, pensava em voz alta e começou a dividir seus
pensamentos com as coisas que lhe apareciam pelo caminho: folhas, árvores, pedras,
formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o mundo sozinho?

(KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.)
Segundo o autor, na ilha, a diferença entre as montanhas de hoje e as de antigamente era
que:
• a) as duas eram da mesma altura.
• b) a Tristeza era mais alta que a Alegria.
• c) a Alegria era mais alta que a Tristeza.
• d) eram coloridas e agora não.

9 - De acordo com o texto, o fato de a montanha Alegria estar na condição em


que está atualmente se deve a:

• a) terremoto.
• b) um vendaval.
• c) uma tempestade.
• d) uma erupção vulcânica.

10 - As personagens do texto que residem na ilha são:

• a) Aleteia e a mãe.
• b) Aleteia e a avó.
• c) A mãe de Aleteia e a avó.
• d) Aleteia com os irmãos.

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GABARITO
1-A 2-A 3-E 4-B 5-D 6-C 7-B 8-C 9-A 10 - B

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Questões Objetivas - Nível Médio

Parte 1
1 - Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu o
seguinte: “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos os
países que têm o jogo reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em
impostos, dão emprego a muita gente. Quem quer jogar, o faz livremente pela
Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é o contraventor. Os mais
abastados deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação e saúde,
aqui dentro”.

A tese defendida pela autora da carta é


• a) o jogo deve ser legalizado no Brasil.
• b) deve-se proibir o jogo ilegal pela internet e nos bingos ilegais.
• c) deve-se impedir que os mais abastados viajem para jogar.
• d) todos devemos jogar livremente pela Internet.
• e) todos os países deveriam ter o jogo reconhecido.

2 - Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu o


seguinte: “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos os
países que têm o jogo reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em
impostos, dão emprego a muita gente. Quem quer jogar, o faz livremente pela
Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é o contraventor. Os mais
abastados deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação e saúde,
aqui dentro”.

As opções a seguir apresentam argumentos para a defesa do ponto de vista da autora, à


exceção de uma. Assinale-a.
• a) A existência do jogo aumenta a arrecadação de impostos.
• b) A legalização do jogo cria postos de trabalho para muitos.
• c) O jogo ilegal só enriquece os contraventores.
• d) A educação e a saúde podem ser ajudadas com a legalização do jogo.
• e) Todos os países reconheceram o jogo como atividade legal.

3 - Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu o


seguinte: “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos os
países que têm o jogo reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em
impostos, dão emprego a muita gente. Quem quer jogar, o faz livremente pela
Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é o contraventor. Os mais
abastados deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação e saúde,
aqui dentro”.

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Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo sublinhado tem
a grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo que em
• a) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”
• b) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
• c) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”
• d) “Esse é o caminho por que ele veio.”
• e) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”

4 - Um outro leitor declara o seguinte: “Toda vez que vejo, ou leio, no


noticiário que alguém foi atingido por uma bala perdida eu me pergunto:
porque será que as pessoas insistem em chamar de bala perdida aquela que
atingiu alguém? Se o objetivo das balas é matar e, na melhor das hipóteses,
ferir alguém, sempre que aquilo acontece a bala cumpriu sua função e, assim
sendo, não deveria ser chamada de bala perdida”.

O objetivo da carta é
• a) protestar contra as mortes causadas por balas perdidas.
• b) condenar a utilização do termo “bala perdida”, por inexatidão.
• c) mostrar que a utilização de armas de fogo deveria ser reconsiderada.
• d) criticar os jornais escritos e falados por abordarem temas nefastos.
• e) denunciar os que usam armas de fogo de forma criminosa.

5 - Um outro leitor declara o seguinte: “Toda vez que vejo, ou leio, no


noticiário que alguém foi atingido por uma bala perdida eu me pergunto:
porque será que as pessoas insistem em chamar de bala perdida aquela que
atingiu alguém? Se o objetivo das balas é matar e, na melhor das hipóteses,
ferir alguém, sempre que aquilo acontece a bala cumpriu sua função e, assim
sendo, não deveria ser chamada de bala perdida".

As opções a seguir apresentam trechos da carta do leitor sobre “bala perdida" que
mostram alguns erros no emprego da língua.
Esses erros estão listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
• a) Deveria haver vírgula após o termo “no noticiário".
• b) Deveria haver vírgula após a oração “que alguém foi atingido por uma bala
perdida".
• c) A grafia do termo “porque" em “porque será que as pessoas insistem em chamar
de bala perdida aquela que atingiu alguém" deveria ser corrigida para “por que".
• d) O termo “na melhor das hipóteses" deveria ser substituíd por “na pior das
hipóteses", para ser mais coerente.
• e) A forma do demonstrativo “aquilo" deveria ser substituída por “isso", para
melhor adequação.

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6 - Um outro leitor declara o seguinte: “Toda vez que vejo, ou leio, no


noticiário que alguém foi atingido por uma bala perdida eu me pergunto:
porque será que as pessoas insistem em chamar de bala perdida aquela que
atingiu alguém? Se o objetivo das balas é matar e, na melhor das hipóteses,
ferir alguém, sempre que aquilo acontece a bala cumpriu sua função e, assim
sendo, não deveria ser chamada de bala perdida”.

Observe os segmentos do texto:

I. “Toda vez que vejo, ou leio, no noticiário que alguém foi atingido por uma bala perdida
eu me pergunto...”
II. “... porque será que as pessoas insistem em chamar de bala perdida”
III. “... aquela que atingiu alguém?”

Assinale a opção que indica as frases em que a palavra sublinhada pertence à mesma
classe gramatical.
• a) as classes são diferentes.
• b) I e II, somente.
• c) I e III, somente.
• d) II e III, somente.
• e) I, II e III.

7 – Veja a charge

O chargista critica o mau desempenho dos alunos de Medicina nas provas do Conselho da
Classe.

A frase do primeiro candidato à esquerda, se reescrita em norma culta, deveria ter a


seguinte forma:
• a) “Esta prova é muito difícil. Há um monte de perguntas a que eu não sei
responder.”

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• b) “Essa prova é dificílima. Tem uma grande quantidade de perguntas que eu não
sei responder.”
• c) “Essa prova é muito difícil. Há um monte de perguntas que não podem ser
respondidas.”
• d) “Esta prova está bastante difícil e há um imenso número de questões a que eu
não sei como responder.”
• e) “Esta prova é muito difícil. Há um montão de perguntas que eu não sei
responder.”

8 – Veja a charge

A resposta do médico à direita denuncia o seguinte problema:

• a) a existência de “cola” nas provas de concursos públicos.


• b) a tentativa de eliminar competidores por parte de alguns candidatos.
• c) o desconhecimento do real sentido do termo “virose”.
• d) a falta de tempo para um exame mais preciso.
• e) o uso da palavra “virose” para diagnosticar doenças desconhecidas.

9 - Um leitor da revista Veja (fevereiro de 2015) escreveu o seguinte texto:


“Ok, o transporte público deve ser priorizado. Ok, quanto menos carros
circulando nas ruas, melhor. Ok, o uso de bicicletas é uma alternativa que deve
ser incentivada. Mas o que não pode continuar é serem eliminadas vagas para
carros nas ruas sem que se viabilize uma alternativa”.

As várias frases iniciadas por OK mostram


• a) crítica de vários pensamentos bastante difundidos.
• b) concordância com alguns pontos de vista gerais.
• c) ironia diante de alguns posicionamentos ridículos.

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Só Questões

• d) discordância em face de algumas opiniões ultrapassadas.


• e) aplauso em relação a alguns posicionamentos legais.

10 - Um leitor da revista Veja (fevereiro de 2015) escreveu o seguinte texto:


“Ok, o transporte público deve ser priorizado. Ok, quanto menos carros
circulando nas ruas, melhor. Ok, o uso de bicicletas é uma alternativa que deve
ser incentivada. Mas o que não pode continuar é serem eliminadas vagas para
carros nas ruas sem que se viabilize uma alternativa”.

As opções a seguir apresentam formas verbais na voz passiva, à exceção de uma.


Assinale-a.
• a) “deve ser priorizado”.
• b) “deve ser incentivada”.
• c) “pode continuar”.
• d) “serem eliminadas”.
• e) “se viabilize”.

GABARITO
1-A 2-E 3-C 4-B 5-A 6-B 7-A 8-E 9-B 10 - C

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Só Questões

Parte 2
1 - “O sujeito entrou no restaurante e serviu-se, armando um prato gigantesco.
Começou a comer com rapidez, mas não era comer, era atropelar a comida com
a fome de sete gerações bíblicas“.

Nesse trecho de uma crônica, os segmentos “Começou a comer” e “mas não era comer”
mostram uma:
• a) incoerência;
• b) retificação;
• c) intensificação;
• d) redundância;
• e) ambiguidade.

2 - A capa da revista Veja, de 7 de janeiro de 2015, mostra uma fotografia da


Presidente Dilma Rousseff cumprimentando o novo Ministro da Fazenda, que
acaba de tomar posse. O texto da capa dizia o seguinte: “O poder e o saber.
Com eles juntos, temos uma chance de atravessar o tempestuoso 2015. Se
duelarem, o Brasil perde.”

Sobre o texto, a afirmação correta é:


• a) as palavras “poder” e “saber” referem-se simultaneamente à Presidente e ao
Ministro;
• b) o segmento “tempestuoso 2015” indica uma mensagem positiva para a crise de
energia;
• c) a forma verbal “temos” mostra como sujeito implícito todos os brasileiros;
• d) o segmento “se duelarem” mostra a certeza sobre um fato futuro por parte do
enunciador do texto;
• e) o adjetivo “tempestuoso” aparece no masculino singular para concordar com o
substantivo oculto “período”.

3 - Um texto publicitário de uma empresa brasileira de alimentos diz o


seguinte: “DETERMINAÇÃO é ter a paixão em fazer produtos cada vez mais
gostosos e com mais qualidade.”

O texto tem a aparência de uma definição, mas não se trata realmente desse tipo de
texto; o segmento abaixo que exemplifica corretamente a estrutura de uma definição é:
• a) Saudade é a presença de um ausente.
• b) Amor é tampar os ouvidos dos cães durante os fogos de final de ano.
• c) A renda fixa é o melhor investimento para 2015.
• d) O Brasil é o maior campeão mundial de futebol de todos os tempos;

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• e) Um lar sem um cachorro não é um lar.

4 - “O quanto a indústria é importante para o Brasil?”

Os itens abaixo mostram respostas dadas a essa pergunta; o item em que a relação entre
os termos da resposta mostra somente uma relação linguística e não factual é:
• a) Sem a indústria da moda, / o ícone da beleza brasileira lá fora seria só a
natureza.
• b) Sem a indústria aeronáutica, / uma parte da nossa história poderia não ter
decolado.
• c) Sem a indústria automobilística, / não teríamos tantos ídolos
• d) Sem a indústria médica, / muitas vidas não teriam sido salvas.
• e) Sem a indústria da música, / jamais teríamos levado o charme de Ipanema para
o resto do planeta.

5 - Uma entrevista com Edward Frenkel, um dos maiores pensadores da


matemática moderna, mostra o seguinte diálogo pergunta/resposta:

Por que tanta gente detesta matemática?

Existem vários fatores. A principal razão de grande parte das pessoas não gostar de
matemática é porque não sabe do que se trata. Mas pensa que sabe, o que é pior ainda,
pois foi apresentada na escola a uma fração minúscula do tema, de forma muito ruim, e
ficou com um gosto amargo na memória. Uma das missões a que me proponho é
diminuir o estrago causado pelo sistema de ensino. Seria muito mais fácil se meus leitores
nunca tivessem ouvido falar do assunto e eu pudesse explicá-lo partindo do zero.

O matemático fala de “vários fatores” e a progressão de sua resposta mostra que:


• a) todos eles podem ser resumidos em um;
• b) o único fator citado é o mau ensino da disciplina;
• c) todos eles são igualmente importantes;
• d) dois desses fatores são enumerados;
• e) os fatores são enumerados, mas não explicados.

6 - Prestes a completar 80 anos, Renato Aragão reclama da perseguição ao


humor politicamente incorreto, visto hoje como preconceituoso. O humorista,
que aniversaria na próxima terça (13) e também comemora 55 anos do
personagem Didi em 2015, relembra que na época de Os Trapalhões (1966-
1995), negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira.
"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas
não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear",
desabafa.

Deduz-se das palavras do texto acima que:

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Só Questões

• a) o humor hoje é politicamente incorreto;


• b) os humoristas hoje não conseguem mais fazer piadas;
• c) a sociedade e o humor mudaram;
• d) os negros e os homossexuais são mais ofendidos que os feios;
• e) o humor antigo era construído para atingir as pessoas.

7 - “...relembra que na época dos Trapalhões (1966-1995), negros e gays


sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira.”

Para evitar a repetição de “quês”, a frase sublinhada poderia ser adequadamente


substituída por:
• a) serem as piadas apenas de brincadeira;
• b) terem sido as piadas apenas brincadeira;
• c) as piadas apenas como brincadeira;
• d) sendo as piadas apenas de brincadeira;
• e) como brincadeira apenas as piadas.

8 - "Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais,
elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear",
desabafa.

A justificativa das formas dos demonstrativos sublinhados é, respectivamente:


• a) tempo distante / referência a termos citados anteriormente;
• b) lugar afastado / referência a algo próximo ao enunciador;
• c) referência a um elemento mais afastado no contexto / referência pejorativa;
• d) referência a um termo próximo do leitor / tempo distante;
• e) tempo longínquo / referência pejorativa.

9 - Quando se pensa em animais hematófagos, ou seja, que vivem (comem) de


sangue, a primeira imagem que vem à cabeça de muita gente é a de um
morcego. Esse mamífero levou toda a fama, provavelmente por ter inspirado
um dos personagens mais famosos das histórias de terror, o Conde Drácula.
(Ciência hoje, UOL)

Nesse segmento, a palavra “hematófago” está explicada por meio de seus radicais
componentes; a palavra abaixo que tem sua explicação dada INCORRETAMENTE,
seguindo o mesmo padrão, é:
• a) biografia / descrição da vida;
• b) paquiderme / que tem pele grossa;
• c) hemisfério / metade da esfera;
• d) ortografia / escrita correta;

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Só Questões

• e) ecologia / estudo das árvores.

10 - “Aos vinte e oito anos Marcus Goldman viu sua vida se transformar
radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se um best- seller, ele virou uma
celebridade e assinou um contrato milionário para um novo romance. E então
foi acometido pela doença dos escritores. A poucos meses do prazo para a
entrega do novo original, pressionado por seu editor e por seu agente, Marcus
não consegue escrever nem uma linha.” (A verdade sobre o caso Harry
Quebert, Jöel Dicker)

Segundo esse pequeno texto da contracapa de um romance, a “doença dos escritores” é:


• a) a vida transformar-se radicalmente;
• b) sua obra de estreia tornar-se um best-seller;
• c) o autor tornar-se uma celebridade;
• d) a pressão dos editores e agentes;
• e) não conseguir produzir nova obra.

GABARITO
1-C 2-C 3-A 4-B 5-B 6-C 7-A 8-A 9-E 10 - E

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Só Questões

Questões Objetivas - Nível Superior

Parte 1
1 - Texto
Conselhos ao candidato

Certa vez um enamorado da Academia, homem ilustre e aliás perfeitamente digno de


pertencer a ela, escreveu-me sondando-me sobre as suas possibilidades como candidato.
Não pude deixar de sentir o bem conhecido calefrio aquerôntico, porque então éramos
quarenta na Casa de Machado de Assis e falar de candidatura aos acadêmicos sem que
haja vaga é um pouco desejar secretamente a morte de um deles. O consultado poderá
dizer consigo que “praga de urubu não mata cavalo". Mas, que diabo, sempre
impressiona. Não impressionou ao conde Afonso Celso, de quem contam que respondeu
assim a um sujeito que lhe foi pedir o voto para uma futura vaga:

-Não posso empenhar a minha palavra. Primeiro porque o voto é secreto; segundo
porque não há vaga; terceiro porque a futura vaga pode ser a minha, o que me poria na
posição de não poder cumprir com a minha palavra, coisa a que jamais faltei em minha
vida.

Se eu tivesse alguma autoridade para dar conselhos ao meu eminente patrício, dir-lhe-
ia que o primeiro dever de um candidato é não temer a derrota, não encará-la como uma
capitis diminutio, não enfezar com ela. Porque muitos dos que se sentam hoje nas
poltronas azuis do Trianon, lá entraram a duras penas, depois de uma ou duas derrotas.
Afinal a entrada para a Academia depende muito da oportunidade e de uma coisa
bastante indefinível que se chama “ambiente". Fulano? Não tem ambiente. [...]

Sempre ponderei aos medrosos ou despeitados da derrota que é preciso considerar a


Academia com certo senso de humour. Não tomá-la como o mais alto sodalício intelectual
do país. Sobretudo nunca se servir da palavra “sodalício", a que muitos acadêmicos são
alérgicos. Em mim, por exemplo, provoca sempre urticária.

No mais, é desconfiar sempre dos acadêmicos que prometem: “Dou-lhe o meu voto e
posso arranjar-lhe mais um". Nenhum acadêmico tem força para arranjar o voto de um
colega. Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do perfeito
candidato.

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993, vol.
único, p. 683-684)

*aquerôntico =relativo ou pertencente a Aqueronte, um dos rios do Inferno, atravessado


pelos mortos na embarcação conduzida pelo barqueiro Caronte.

*capitis diminutio:expressão latina de caráter jurídico empregada para designar a


diminuição de capacidade legal.

24
Só Questões

No desenvolvimento do texto, o autor deixa transparecer


• a) extrema seriedade ao tentar instruir um candidato, com o objetivo de garantir-
lhe sucesso na eleição, ainda que não haja vaga para essa pretensão.
• b) indecisão sobre se haverá meios eficazes para orientar um candidato, já que o
próprio autor é um dos escritores que fazem parte do quadro da Academia.
• c) aconselhamento ao candidato que desista de seu intento, com a certeza de que
será um perdedor, visto que muitos outros já não conseguiram ser eleitos.
• d) tratamento irônico a respeito das pretensões de um candidato a vaga na
Academia, pretensão extemporânea, pois o quadro está completo.
• e) incentivo a quem lhe escreve, de consultar outros acadêmicos, dado que se trata
de candidato merecedor de pertencer ao grupo.

2 - O consultado poderá dizer consigo que “praga de urubu não mata cavalo”.

Infere-se, a partir da referência ao dito popular, que o autor


• a) busca questionar o mal-estar que sentiu ao receber a consulta do provável
candidato, apoiando-se na sabedoria popular, fato que contraria sua formação
erudita de acadêmico.
• b) se vale da sabedoria popular para considerar-se imune a um eventual desejo
secreto do candidato de que surja a vaga com a morte de um dos acadêmicos, até
mesmo a dele.
• c) se considera inteiramente livre de quaisquer compromissos relativos à consulta
que lhe foi enviada, esquivando-se, também, de tentar conseguir votos para o
suposto candidato.
• d) deseja, secretamente e de antemão, que o candidato não consiga comprovar
que tem o mérito necessário para justificar sua pretensão de fazer parte da
Academia.
• e) procura justificar sua isenção quanto ao questionamento do candidato, mesmo
pondo de lado o fato de perceber certo mau agouro embutido na consulta que lhe
foi enviada.

3 - No Dicionário Houaiss encontra-se que sodalício é palavra que


designa grupo ou sociedade de pessoas que vivem juntas ou convivem em uma
agremiação; confraria.

Deduz-se corretamente que, segundo o autor, o emprego da palavra reflete


• a) prepotência, como demonstração de conhecimentos que ultrapassam o dos
demais acadêmicos.
• b) insistência, na tentativa de angariar adeptos para o ingresso no grupo de
escritores.
• c) conhecimento aprofundado, pois se trata de um grupo formado por escritores
eruditos.
• d) pedantismo, tendo em vista tratar-se de termo praticamente desconhecido no

25
Só Questões

uso diário da língua.


• e) ignorância que, já de início, se torna obstáculo intransponível para a eleição
pretendida.

o
4 - A resposta dada pelo conde Afonso Celso, transcrita no 2 parágrafo, é
exemplo de
• a) um raciocínio completo, com as razões que justificam o posicionamento de quem
fala.
• b) argumentos que se sucedem, aparentemente, de modo lógico, porém sem
resultado objetivo.
• c) uma resposta evasiva, em razão da intempestiva consulta feita pelo candidato.
• d) certa incoerência voluntária na sequência de dados oferecidos pelo acadêmico
citado.
• e) um capcioso jogo de palavras cujo sentido, no entanto, não permite conclusão
alguma.

5 - Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do
perfeito candidato.

Identifica-se, no segmento sublinhado acima,


• a) uma finalidade, que reafirma as intenções do autor, expostas no texto.
• b) condição, pois o autor conclui não ter conseguido aconselhar o candidato.
• c) noção de causa, que justifica a decisão tomada pelo autor.
• d) a consequência de uma ação deliberada anteriormente
• e) ressalva que restringe o sentido da afirmativa anterior

6 - Não impressionou ao conde Afonso Celso, de quem contam que respondeu


assim a um sujeito ...

A expressão sublinhada acima preenche corretamente a lacuna existente em:


• a) O novo acadêmico demonstrou grande afeição ...... compartilha das mesmas
ideias literárias e aborda os mesmos temas.
• b) O discurso de recepção do novo integrante do grupo deveria ser
pronunciado ...... apresentasse maior afinidade entre ambos.
• c) Aqueles ...... caberia manifestar apoio aos defensores da causa em discussão
ainda não haviam conseguido chegar à tribuna.
• d) O acadêmico, ...... todos esperavam um vigoroso aparte contrário ao pleito,
permaneceu em silêncio na tumultuada sessão
• e) Em decisão unânime, os acadêmicos ofereceram dados da agremiação ......
desejasse participar da discussão daquele dia.

26
Só Questões

7 - Texto
[...]ser independente significa bem mais do que ser livre para viver como se quer:
significa, basicamente, viver com valores que façam a vida ser digna de ser vivida. Não
basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, “vestir a camisa amarela e sair
por aí". Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo parte do bando. É preciso algo mais.
Ora, um dos valores que vêm sendo retomados pelos filósofos e que cabem como uma
luva nessa questão é o da resistência. Na raiz da palavra resisterese encontra um sentido:
“ficar de pé". E ficar de pé implica manter vivas, intactas dentro de si, as forças da lucidez.
Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra quanto em tempos de
paz. Sobretudo nesses últimos, quando costumamos achar que está tudo bem, que está
tudo “numa boa"; quando recebemos informações de todos os lados, sem tentar, nem ao
menos, analisá-las, e terminamos por engolir qualquer coisa.

Resistir como forma de ser independente é, talvez, uma maneira de encontrar um


significado no mundo. Daí que, para celebrar a independência, vale mesmo é desconstruir
o mundo, desnudar suas estruturas, investigar a informação. Fazer isso sem cansaço para
depois termos vontade de, novamente, desejá-lo, inventá-lo e construí-lo; de reencontrar
o caminho da sensibilidade diante de uma paisagem, ao abrir um livro ou a porta de um
museu. Independência, sim, para defendermos a vida, para defendermos valores para ela,
para que ela tenha um sentido. Independência de pé, com lucidez e prioridades. Clareza,
sim, para não continuarmos a assistir, impotentes, ao espetáculo da própria impotência.

(PRIORE, Mary Del. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta,


2013, p. 281)
De acordo com o texto, a afirmativa correta é:
• a) A liberdade de escolha que poderá tornar-nos seres independentes exige lucidez
diante da enxurrada de informações que recebemos atualmente, e resistência em
prol de valores fundamentais que atribuam significado à existência.
• b) Uma vida realmente digna de ser vivida deve ter como fundamentos essenciais a
ampla liberdade de escolha de valores que se coadunam com as transformações
atuais e a independência para afastar obstáculos que possam impedir a realização
total de nossos objetivos.
• c) O excesso de informações hoje à nossa disposição, em bons ou em maus
momentos, nos propicia elementos para uma vida de liberdade, baseada na
independência e na escolha de novos valores e de novos paradigmas que possam
resistir às inúmeras mudanças que ocorrem habitualmente.
• d) Uma independência de atitudes e de valores perante a vida baseia-se,
especialmente, no grau de liberdade de escolha que cabe a cada um, de modo a
garantir que as informações recebidas se transformem nos fundamentos de uma
vida livre e bem vivida.
• e) A resistência ao acúmulo de informações recebidas aleatoriamente direciona as
escolhas feitas durante a vida, pois nem sempre a liberdade se mostra como o
caminho mais favorável a ser percorrido, principalmente se forem deixados de lado
os valores básicos da existência humana.

27
Só Questões

8 - Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba, “vestir a
camisa amarela e sair por aí”. Tampouco basta sentir-se autônomo, fazendo
parte do bando.(1 o parágrafo)

O sentido do segmento transcrito acima está exposto, de maneira diversa, porém com
correção, clareza e fidelidade, em:

Para ser independente, ..


• a) não é necessário viver sem rumo, a esmo, como um estado de espírito, se o fato
de sentir-se livre de imposições da maioria pudesse mantê-lo inserido no convívio
social, apesar de defender as próprias ideias.
• b) seria importante manter-se segundo as normas de conduta estabelecidas por si
mesmo, deliberadas com determinação, compartilhando, porém, das mesmas ideias
do grupo em que se encontra inserido.
• c) é preciso ter vontade própria, tomar decisões, como diz a letra da música, ou
nem mesmo buscar nas ideias dos outros o mesmo estado de espírito, participando,
portanto, do grupo em que se identifica essa sua maneira de ser.
• d) deve haver correspondência entre a própria maneira de viver, com atitudes
baseadas em escolhas marcadamente pessoais, e a experiência de todo o conjunto,
ainda que possa considerar-se único, sem imposição de ideias alheias.
• e) não é suficiente tomar decisões sem a devida deliberação, nem considerar-se
capaz de determinar as próprias normas de conduta, sem imposição alheia, se
estiver vivendo de acordo com o ideário da maioria.

9 - Considere as alterações propostas nas alternativas abaixo para alguns


segmentos do texto. Mantém-se a correção gramatical no que consta em:

• a) Não basta um estado de espírito.


Não basta algumas decisões tomadas nesse sentido.
• b) Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra quanto em
tempos de paz.
Essa é uma das exigências que se impõem tanto em tempos de guerra quanto em
tempos de paz.
• c) É preciso algo mais.
Faz-se necessário as mudanças de visão e de atitudes
• d) ... para que ela tenha um sentido.
... para que as metas estabelecidas a cada um tenha um sentido
• e) Na raiz da palavra resistere se encontra um sentido ...
Na raiz da palavra resistere se encontra algumas indicações de seu significado ...

10 - Texto
O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres.
Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica. Hoje
as mulheres podem investir numa carreira.

28
Só Questões

A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook.


O Facebook contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.

As frases isoladas acima compõem um único parágrafo, devidamente pontuado, com


clareza e lógica, em:
• a) Com o crescimento da vida urbana, aumentou-se a visibilidade das mulheres, às
quais estão hoje menos obrigadas a se consagrar exclusivamente a vida doméstica,
assim como podem investir numa carreira. Para diluir as fronteiras entre o
isolamento e a vida social, veio a revolução das comunicações, tendo começado
com o telefone e prossegue no Facebook, que contribuiu para esse fato.
• b) A visibilidade das mulheres, depois do crescimento da vida urbana, hoje estão
menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica e poder investir
numa carreira. Em razão da revolução das comunicações, que começou com o
telefone e prossegue no Facebook, o qual contribuiu para diluir as fronteiras entre o
isolamento e a vida social.
• c) Hoje as mulheres estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida
doméstica, com o crescimento da vida urbana, que aumentou sua visibilidade,
podendo investir numa carreira. E ainda a diluição das fronteiras entre o isolamento
e a vida social com a revolução das comunicações que, tendo começado com o
telefone, prossegue no Facebook, contribuiu para isso.
• d) O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres, que hoje
estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica, além de
poderem investir numa carreira. A revolução das comunicações, que começou com
o telefone e prossegue no Facebook, contribuiu para diluir as fronteiras entre o
isolamento e a vida social.
• e) A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no
Facebook. Que contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.
E ainda, com o crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres.
Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica;
que podem investir numa carreira.

GABARITO
1-D 2-B 3-D 4-A 5-C 6-D 7-A 8-E 9-B 10 - D

29
Só Questões

Parte 2
1 - Texto

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos


para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino
são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata
dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se
assim instituições que se destacam também no ensino.

O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades


mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15
encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade
estupidamente cara, seja capaz de ensinar.

O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí
embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa,
incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008).
Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.

Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos
para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de
investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua
população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%,
contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.

Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%). Em
vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam
dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre
instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a
difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)


Considere o seguinte trecho do texto.

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013


trazem elementos para que tentemos desfazer o mito...

Assinale a alternativa em que os pronomes que substituemm as expressões em destaque


estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
• a) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem-
lhes para que tentemos desfazer-lhe..
• b) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem-
lhes para que tentemos desfazê-lo...

30
Só Questões

• c) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem-


nos para que tentemos desfazê-lo..
• d) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem-
nos para que tentemos desfazer-lhe..
• e) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem-
os para que tentemos desfazer-no..

2 - Releia os seguintes trechos do primeiro e do último parágrafos do texto.

• Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos


para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e
ensino são indissociáveis.

• Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país


precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é...

Os termos mito e ficção, em destaque nos trechos, foram utilizados pelo autor para
enfatizar sua opinião, conforme argumentos apresentados no texto, de que o princípio
constitucional que determina que todas as universidades brasileiras devem se dedicar à
pesquisa
• a) atende plenamente a realidade das necessidades do Brasil.
• b) é razoável, no tocante à realidade das necessidades do Brasil.
• c) é pertinente, tendo em vista a realidade das necessidades do Brasil.
• d) não desconsidera a realidade das necessidades do Brasil.
• e) não reflete a realidade das necessidades do Brasil.

3 - Leia o texto.

Mesmo estando apta_________ desenvolver atividades na área de ensino, a maioria dos


profissionais que conclui o ensino superior sente-se impelida __________ buscar outras
áreas _______ que possa trabalhar, geralmente atraída _____ salários mais expressivos e
melhores condições de trabalho.

Considerando-se as regras de regência, verbal e nominal, de acordo com a norma-padrão


da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com:
• a) a … de … de … por
• b) a … a … em … por
• c) em … por … a … de
• d) a … com … por … com
• e) por … a … em … com

31
Só Questões

4 - Leia o texto.

Os amigos haviam nos alertado: “A gravidez dura nove meses mais um século” – só
esqueceram de nos avisar que esse século demorava tanto. A espera é angustiante, mas
compreensível: produzir um ser humano inteirinho, do zero, com braços, pernas,
neurônios, vesícula, cílios, um coração e, muito em breve, infinitas opiniões sobre o
mundo, é um troço tão complexo que não seria despropositado se toda a existência do
universo fosse consumida na formação de um único bebê.

(Antonio Prata. Sobe o pano. Disponível em: folha.uol.com.br. 07.07.2013. Adaptado)

Ao se substituir o termo em destaque na frase – A espera é


angustiante, mas compreensível... –, sua reescrita estará correta, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa, e conservando o sentido inalterado, em:
• a) A espera é angustiante, entretanto compreensível...
• b) A espera é angustiante, logo compreensível...
• c) A espera é angustiante, por isso compreensível...
• d) A espera é angustiante, desde que compreensível...
• e) A espera é angustiante, por conseguinte compreensível...

5 - Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula, considerando-se a


norma-padrão da língua portuguesa.
• a) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar, que demoraria tanto,
informaram-nos de que a gravidez, era algo demorado.
• b) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto,
informaram-nos de que a gravidez era algo demorado
• c) Os amigos, apesar de terem esquecido, de nos avisar que demoraria tanto,
informaram-nos de que a gravidez era algo demorado.
• d) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que, demoraria tanto,
informaram-nos, de que a gravidez era algo demorado.
• e) Os amigos, apesar de, terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto,
informaram-nos de que a gravidez, era algo demorado.

32
Só Questões

6 - Leia a tirinha

Considerando-se o sentido do termo egocêntricas, em destaque no primeiro quadrinho,


é correto concluir, a partir da leitura da tira, que a indignação demonstrada pelo garoto
• a) justifica-se, já que, ao defender que as pessoas deveriam pensar mais nele, dá
um exemplo de postura que se opõe à das pessoas egocêntricas
• b) justifica-se, pois de fato ele acerta ao caracterizar como egocêntricas as pessoas
que se esquecem de si próprias para pensar essencialmente nos outros.
• c) não se justifica, pois ele erra generalizando as pessoas como egocêntricas,
enquanto ele próprio, ao pretender que pensem mais nele, adota uma postura
diferente.
• d) não se justifica, pois, ao defender que as pessoas deveriam ser mais centradas
nele, ele adota precisamente a postura egocêntrica que critica.
• e) não se justifica, pois é equivocado qualificar as pessoas como egocêntricas
apenas pelo fato de elas pensarem essencialmente em si próprias.

33
Só Questões

7 - Considere as frases do texto.

• As pessoas são tão egocêntricas.

• O mundo seria bem melhor se elas parassem de pensar nelas mesmas...

É correto afirmar que os advérbios destacados nas frases expressam circunstância de


• a) dúvida.
• b) negação
• c) intensidade.
• d) modo.
• e) afirmação.

8 - No trecho – O mundo seria bem melhor se elas parassem de pensar nelas


mesmas ... –, a forma verbal destacada indica um fato incerto, em que há
apenas a possibilidade de que se realize, como ocorre com a expressão verbal
destacada em:

• a) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe
de recursos...
• b) Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente
cara, seja capaz de ensinar
• c) ... tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino.
• d) O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina...
• e) É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas...

9 - Texto
Ficção universitária

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos


para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino
são indissociáveis.

É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas,
produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se assim instituições
que se destacam também no ensino. O Ranking Universitário mostra essa correlação de
forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15
lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20
que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.

Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de
ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas,

34
Só Questões

aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa


pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de
2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.

Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos
para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de
investimento das estaduais paulistas.

E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de
escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso
para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%).

Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam


dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre
instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a
difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)

Segundo a opinião do autor do texto,


• a) o Brasil precisa deixar de investir na formação de pesquisadores, pois os custos
para manter a excelência dos cursos são muito elevados.
• b) as universidades que fazem pesquisa perderam a capacidade de produzir
inovação, e deixaram de atrair os alunos mais qualificados.
• c) os novos rumos do ensino demonstram a necessidade de se desfazer o mito de
que pesquisa e ensino podem ser separados um do outro.
• d) no Brasil, instituições voltadas para a produção de conhecimento devem ser
distinguidas das destinadas a difundi-lo, e ambas são necessárias.
• e) apesar do alto custo, apenas as universidades em que os alunos são também
pesquisadores formam profissionais qualificados para ensinar.

10 - Assinale a alternativa em que a expressão destacada é empregada em


sentido figurado.

• a) ... todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa


pesquisa...
• b) .. das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino...
• c) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas...
• d) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013...
• e) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país
não dispõe de recursos...

35
Só Questões

GABARITO
1-C 2-E 3-B 4-A 5-B 6-D 7-C 8-B 9-D 10 - C

36
Só Questões

Questões Comentadas

De acordo com o ponto de articulação, são exemplos de consoantes palatais:

a) nada, cala, cara, tara


b) cinco, zinco, tardo, dardo
c) calo, galo, ralo
d) acho, ajo, alho, anho
e) pato, bato, mato, fato

Resposta: Letra D
“Consoantes palatais ocorrem quando, na saída do ar, há o contato ou aproximação do
dorso na língua com o palato duro ou céu da boca: xe, je , lhe, nhe, exemplos: cheiro,
gente, palha, manha.”

Assinale a alternativa com o emprego adequado da crase:

a) Chegarei à uma hora e sairei às cinco


b) Chegamos à uma cidade que eu não conhecia
c) À partir de hoje, não falo mais sobre o assunto
d) Vamos à pé, pois é mais agradável.
e) A cidade fica à duas horas daqui.

Resposta: Letra A
“Chegarei à uma hora e sairei às cinco.” O termo “à uma” trata-se de hora, portanto,
locução adverbial feminina de tempo. Sendo assim, a crase é obrigatória. O mesmo ocorre
em “às cinco”.

37
Só Questões

Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, o comparativo de


superioridade, o superlativo absoluto e o superlativo relativo, referentes ao
adjetivo MAU:

a) ruim - péssimo - o pior


b) ruim - malíssimo - péssimo
c) pior - ruim - péssimo
d) péssimo - pior - o pior
e) pior - péssimo - o pior

Resposta: Letra E
No grau comparativo, a qualidade expressa pelo adjetivo estabelece comparação entre
dois seres ou dois aspectos de um mesmo ser.
O comparativo de superioridade poderá ser:
1. analítico: bom=mais bom, mau=mais mau, grande=mais grande, pequeno=mais
pequeno; ex: Aquele homem é mais bom do que mau.”
2. sintético: bom=melhor, mau=pior, grande=maior, pequeno=menor; ex.: “O teu quarto é
maior que o meu.”
O grau superlativo absoluto é formado pelo acréscimo dos sufixos –íssimos, -ílimo ou –
érrimo, ex: belíssimo, cruelíssimo e aspérrimo.
O grau superlativo relativo apresenta a qualidade expressa pelo adjetivo em relação a
outros elementos, ex: “Ele era o pior dos jogadores.”

Indique onde há erro de regência nominal:

a) Ele é muito apegado em bens materiais.


b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.

Resposta: Letra A
Na alternativa A a palavra apegado rege a preposição a e não em. O correto é “ Ele é
muito apegado a bens materiais.” As demais apresentam regência correta

38
Só Questões

Identifique a sequência que tenha somente substantivos coletivos:

a) matilha - clientela - flora - constelação


b) elenco - fornada - personagem - fauna
c) país - arquipélago - férias - folclore
d) cardume - medo - vara - galeria
e) manada - molho - prole - honradez

Resposta: Letra A
Essa é fácil. As palavras que não correspondem a coletivos são, em B: personagem; em C:
país, férias e folclore; em D: medo; em E: honradez.

Considere o trecho apresentado a seguir:

O destino me prestava esse pequeno favor: completava minha identificação com o resto
da humanidade...
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para o tempo presente, sem qualquer
outro ajuste, tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa:
a) O destino me prestará esse pequeno favor: completará minha identificação com o resto
da humanidade... (futuro do presente do indicativo)
b) O destino me prestou esse pequeno favor: completou minha identificação com o resto
da humanidade... (pretérito perfeito do indicativo)
c) O destino me prestaria esse pequeno favor: completaria minha identificação com o
resto da humanidade... (futuro do pretérito do indicativo)
d) O destino me prestasse esse pequeno favor: completasse minha identificação com o
resto da humanidade... (pretérito imperfeito do subjuntivo)
e) O destino me presta esse pequeno favor: completa minha identificação com o resto da
humanidade... (presente do indicativo)

Resposta: Letra E
Como vimos, a alternativa E é a única que apresenta o presente do indicativo.

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Só Questões

Indique a alternativa correta:

(A) Tratavam‐se de questões fundamentais.


(B) Comprou‐se terrenos no subúrbio.
(C) Precisam‐se de datilógrafas.
(D) Reformam‐se ternos.
(E) Obedeceram‐se aos severos regulamentos.

Resposta: Letra D
A alternativa (D) está correta, visto que o “se” é classificado como pronome apassivador,
tendo como sujeito da oração a palavra “ternos”; somente os verbos transitivos diretos
têm voz passiva, assim, podemos dizer ternos são reformados. (A), (C) e (E)
estão incorretas porque verbos transitivos indiretos com a partícula se devem ficar no
singular (respectivamente Tratava‐se, Precisa‐se, Obedeceu‐se); (B) está incorreta porque
o verbo transitivo direto (comprou) deve concordar com o termo que recebe a ação
(terrenos), assim Compraram‐se terrenos.

O verbo indicado entre parênteses deverá ser obrigatoriamente flexionado


numa forma do plural para preencher de modo correto a frase:

a) Quanto mais interesses _______________________(haver) em jo go, mais


contundentes serão as iniciativas da máquina neoliberal.
b) A não (ser) pelas miragens que alimenta, muitas pessoas não conseguiriam sustentar o
ânimo de viver.
c) O que não lhes (dever) convir é abandonar todos esses sonhos que ajudam a viver.
d) Nunca me (sobrevir), como agora, os sobressaltos que cada sonho traz consigo.
e) -se (dever) a essas miragens o esforço com que muitos conduzem seu trabalho.

Resposta: Letra D
Para resolver esse tipo de questão, devemos buscar nossos conhecimentos de
concordância verbal, descobrir o sujeito, verificar se o núcleo está no singular ou plural e
marcar a alternativa correta. É claro que os professores da banca não colocarão “sujeitos”
tão evidentes. Lembrem-se de que há orações sem sujeito – verbo no singular.
Nunca me sobrevieram ...os sobressaltos sujeito

40
Só Questões

Assinalar a opção que apresenta ERRO na colocação pronominal:

a) Nunca me importei com esse assunto.


b) Quando se levantou, olhou‐me fixamente.
c) A mãe jamais o entendeu.
d) Todos a querem para o trabalho escolar.
e) Não falar‐lhe‐ei a teu respeito.

Resposta: Letra E
(A) está correta porque nunca (advérbio) é palavra de atração (advérbio); (B) está correta
porque quando é palavra de atração; após vírgula, o pronome vem depois do verbo; (C)
está certa porque jamais é palavra de atração (advérbio de tempo); (D) temos o pronome
indefinido todos atraindo o pronome oblíquo átono. (E) está errada, pois o advérbio não
atrai o pronome; o correto é: Não lhe falarei a teu respeito.

As conjunções coordenativas podem ser:

a) subjetivas, completivas relativas, completivas nominais, apositivas


b) causais, concessivas, consecutivas, temporais, integrantes
c) de dúvida, de intensidade, de modo, de lugar, de tempo
d) aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas
e) pessoais, indefinidas, relativas, interrogativas, possessivas

Resposta: Letra D
As conjunções coordenativas estão empregadas nas orações coordenadas, isto é,
independentes e são classificadas como aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e
conclusivas.

Assinale a alternativa em que o elemento SE foi classificado corretamente:

a) “A questão complica se persistimos com essa analogia...” (pronome)


b) “...as fronteiras entre ciência e religião meio que se misturam.” (pronome)
c) “...se bem que é importante lembrar que não é o único.” (pronome)
d) “...Como surgiu se nada existia antes?” (pronome interrogativo)
e) “...como surgiu a primeira entidade viva, se nada vivo havia...” (índice de
indeterminação do sujeito)

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Só Questões

Resposta: Letra B
O vocábulo “se” realmente é um pronome, que recebe a classificação de pronome
reflexivo. Nesse caso, a ação verbal recai no próprio sujeito.

Leia o Texto:
Eles furtavam, brigavam nas ruas, xingavam nomes, derrubavam negrinhas no areal, por
vezes feriam com navalhas ou punhal homens e polícias. Mas, no entanto, eram bons, uns
eram amigos dos outros. Se faziam tudo aquilo é que não tinham casa, nem pai, nem
mãe, a vida deles era uma vida sem ter comida certa e dormindo num casarão quase sem
teto. Se não fizessem tudo aquilo, morreriam de fome porque eram raras as casas que
davam de comer a um, de vestir a outro. E nem toda a cidade poderia dar a todos. Pirulito
pensou que todos estavam condenados ao inferno.
(Fonte: Capitães da Areia, de Jorge Amado. Editora Record, 1995)

Qual das afirmações seguintes descreve corretamente os aspectos gramaticais de uma das
passagens do trecho de Jorge Amado?

a) O uso do pronome SE no início da terceira frase é uma marca de oralidade tipicamente


brasileira.
b) A expressão É QUE usada na terceira frase é expletiva e pode ser retirada do período
sem prejuízo de sentido.
c) A primeira frase do parágrafo gera ambiguidade pela falta da conjunção E ao final da
enumeração verbal.
d) A penúltima frase do parágrafo repete a ideia de totalidade como argumento afirmativo
da caridade das pessoas.
e) A combinação de MAS e NO ENTANTO tem valor expressivo de reforço da ideia
adversativa.

Resposta: Letra E
A frase “Mas, no entanto, eram bons, uns eram amigos dos outros” estabelece uma
relação com a frase anterior. A frase com os as conjunções introduzem ideias contrárias à
frase dita anteriormente: eles faziam várias coisas erradas, MAS, NO ENTANTO, eram
bons, ou seja, realizavam vários feitos contrários às suas respectivas índoles.

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