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Inaugurado no início do século XX, o Relógio Municipal foi instalado na

avenida Eduardo Ribeiro, em 1927, compondo a paisagem arquitetônica


da praça XV de Novembro, mais conhecida como praça da Matriz. No
próximo dia 15, o espaço será novamente devolvido para a população
totalmente revitalizado e o Relógio será reinaugurado como marco da
história de Manaus.
Para o coordenador do PAC Cidades Históricas, Rafael Assayag, a
restauração de um dos principais monumentos históricos da capital, além
de lembrar o passado, marca uma nova história de crescimento para
Manaus. Ele lembra que, em 1927, o Relógio tinha o simbolismo de
marcar uma mudança de tempo na cidade. Naquela época, Manaus vivia
uma crise, devido ao fim do ciclo da borracha.
O Relógio Municipal possui uma frase em latim gravada em volta do
mostrador – “vulnerant omnes, ultma necat”, que em tradução livre diz:
“todas ferem, a última mata”, significando que para tudo a um tempo de
acabar, até mesmo a vida. As palavras lembram que um dia todos
enfrentarão um momento crucial, para o qual nunca se está preparado,
porque não há como saber a data exata de tudo.
O maquinário do Relógio Municipal foi todo importado da Suíça e
montado em base de pedra, pelos antigos ourives da cidade de Manaus,
conhecidos como Pelosi e Roberti. Em 1945, a prefeitura abriu um edital
que selecionou o senhor Faeiz Isaac Sahdo para atuar na administração
do Relógio. Lá, ele atuou com sua barraca de conserto de relógios e
também era responsável pela manutenção do maquinário suíço.

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