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Av1 Matéria de Aula Const. II
Av1 Matéria de Aula Const. II
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SEMANA 1
REGRAS DE ORGANIZAÇÃO
ADOÇÃO DA FEDERAÇÃO:
A Constituição da República de 1988 adotou como forma de Estado o federalismo, que constituí-se em uma
aliança ou união de Estados, baseada em uma Constituição. Merece destacarmos que os Estados que aderem à
federação perdem sua soberania, mantendo uma autonomia política limitada.
- 1824 – o estado era unitário. Após a proclamação da república - adoção do estado federal por inspiração
norte americana. Os EUA eram uma confederação que depois mudaram para federação. No Brasil o artífice
foi Rui Barbosa. Adotamos uma federação sui generis, pois ela possui, ao invés de 2 (federação tradicional),
3 níveis, com a adoção do municipialismo. Nossa federação é assimétrica, por conta das diferenças
regionais. A partir daí a federação passa ser cláusula pétrea, é imutável. Não pode ser mudada nem por
reforma constitucional – vide art. 60 §4º, I, CF (abolir = qualquer prejuízo).
Art. 18 cc (combinado com) art. 1º caput CF. Autonomia possui limites ( OBS.: a soberania é que não tem
limites). Estados membros possuem autonomia, liberdade limitada, não podem aviltar a constituição. A
união, também, não é soberana. Soberana é a república federativa. A união é autônoma, ela é soberana,
somente, quando representa os interesses do país.
Todos os estados membros perdem soberania, mas eles nunca a tiveram, pois viemos de um estado unitário.
O mais correto dizer que os estados membros ganharam autonomia.
Organização Político-Administrativa
Os princípios federativos são invioláveis, portanto fazem parte da cláusula pétrea – art. 60 §4º
Princípios Federativos
Estado uninacional: vários estados, uma única nacionalidade
Repartição constitucional de competência – entre União, Estados, DF e Municípios
Cada ente federativo possui uma parcela para legislar e competência tributária que garanta aos estados renda
própria.
Poder de auto-organização dos estados membros
Sistema constitucional das crises – alguns autores entendem que somente estado de sítio e estado de defesa fazem
parte desse sistema, nas nosso professor entende que também a intervenção federal. A intervenção é considerada
uma pena política e é a mais grave apicada a um ente federado.
A adoção da espécie federal de Estado gravita em torno do princípio da autonomia e da participação política
dos entes federativos, pressupondo a consagração de certas regras previstas no Texto Constitucional. A
caracterização da organização constitucional federal, exige do constituinte a decisão de criar o Estado Federal
e suas partes indissociáveis (Estados-membros) com um governo geral, que pressupõe a renúncia e o
abandono de certas porções de competências administrativas, legislativas e tributárias por parte dos
governos locais. Previsão constitucional: Arts. 1o. e 18, da CRFB/88
Necessidade de cada ente federativo possuir uma esfera de competência tributária que lhe garanta renda
própria;
Participação dos Estados no Poder Legislativo Federal, de forma a permitir-se a ingerência de sua vontade na
formulação da legislação federal;
Existência de um órgão de cúpula do Poder Judiciário com competência para interpretar e proteger a
Constituição da República, atuando como guardião desta.
Finalidades:
A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e municípios e do Distrito Federal (Art.
1o.). A organização político-administrativa da República compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
municípios, todos autônomos e possuidores da tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria,
autogoverno e auto-administração.
PRINCÍPIOS DA FEDERAÇÃO:
CAPITAL FEDERAL
O art. 18, par.1o., da CF, determina que Brasília é a Capital Federal, estando inserida geograficamente no
Distrito Federal, sendo este o ente federativo.
Segundo preleciona o mestre José Afonso da Silva: “ Brasília assume uma posição jurídica específica no
conceito brasileiro de cidade. Brasília é civitas civitatum, na medida em que é cidade-centro, pólo irradiante,
de onde partem, aos governados, as decisões mais graves, e onde acontecem os fatos decisivos para os
destinos do País.
UNIÃO
A União, pessoa jurídica de Direito Público Interno, é entidade federativa cabendo-lhe exercer as atribuições
da soberania do Estado brasileiro. A União poderá agir em nome próprio, ou em nome de toda Federação,
quando relaciona-se internacionalmente com os demais países
CAPITAL FEDERAL – art. 18 §1º CF – Distrito Federal é ente federativo. Brasília não é ente federativo. O
DF não é subdividido em municípios.
A união é ente federativo dotado de autonomia política. A união não é soberana. Soberano é a república
federativa do Brasil. A união é soberana quando representa o estado federal em certas situações.
Autonomia = tríplice capacidade: a) auto organização e normativa própria, b) auto governo e c) auto
administração
A federação é assimétrica – pois temos várias realidades. É dada uma margem de liberdade para que os
estados atendam às suas peculiaridades.
O princípio da simetria é para as normas de reprodução obrigatória.
VER – EMENDA NO SIA – ministro Celso de Melo – sobre a auto organização – ADIn
São assim denominados pois a sua inobservância pelos Estados-membros no exercício de suas competências
legislativas, administrativas ou tributárias, pode acarretar a sanção politicamente mais grave existente em
um Estado Federal, a intervenção na autonomia política. (Art. 34, inc. VII, da CRFB/88)
São as normas centrais comuns à União, estados, Distrito Federal e municípios, portanto, de observância
obrigatória no poder de organização do Estado. Ex. Arts. 1o. I a V; 3o., Ia IV; 4o. I a X; 2o.; 5o.; 6o a 11; 93, I a
XI; 95, I, II e III.
Consistem em determinadas normas que se encontram espalhadas pelo texto da constituição, e, além de
organizarem a própria federação , estabelecem preceitos centrais de observância obrigatória aos Estados-
membros em sua auto-organização.
a) a forma republicana – mas com o plebiscito a monarquia poderia ter sido a forma de governo.
c) Municípios foram alçados a autônomos. A questão do petróleo – estado não pode reter os recurso,
pois pode afrontar a autonomia do município.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESTABELECIDOS – para organizar a própria federação – art. 23, 24,
25, 27, 28 e 37 CF.
AUTOGOVERNO
O autogoverno caracteriza-se pelo fato de ser o próprio povo de Estado quem escolhe diretamente seus
representantes nos Poderes Legislativos e Executivos locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação
ou tutela por parte da União.
A CF prevê expressamente a existência dos Poderes Legislativo (art. 27), Executivo (art. 28) e Judiciário (125),
no âmbito dos estados.
AUTO-ADMINISTRAÇÃO
- AUTO GOVERNO – escolha de seus representantes: executivo e legislativo, sem interferência da união.
OBS.: a partir da CF de 1988, os municípios passam a ter a tríplice capacidade. A federação brasileira é sui
generis pois possue 3 níveis, diferente da tradicional de 2 níveis. Os municípios e DF não tem constituição e
sim lei orgânica. Os territórios jamais constituíram entes federativos, não tinham a tríplice capacidade, se
apresentavam como uma autarquia, não são dotados de autonomia. Atualmente não os temos.
MUNICÍPIOS
A Constituição Federal elevou o município ao status de ente indispensável ao nosso sistema federativo,
integrando-o na organização político-administrativa e garantindo-lhe plena autonomia. (Arts. 1o.; 18; 29; 30
e 34, VII, CF/88)
AUTONOMIA MUNICIPAL
A autonomia municipal, da mesma forma que a dos Estados-membros, configura-se pela tríplice capacidade
de auto-organização e normatização própria, autogoverno e auto-administração.
Autogoverna-se mediante a eleição direta de seu prefeito, Vice-prefeito e vereadores, sem qualquer
ingerência dos Governos Federal e Estadual;
Exercício
A Lei Orgânica organizará os órgãos da Administração, a relação entre os órgão do executivo e Legislativo,
disciplinando a competência legislativa do município, observada as peculiaridades locais, bem como sua
competência comum, disposta no art. 23, e sua competência suplementar, disposta no art. 30, II, da CF/88;
além de estabelecer as regras do processo legislativo municipal e toda regulamentação orçamentária
DISTRITO FEDERAL
A Constituição assegura ao Distrito Federal a natureza de ente federativo autônomo, em virtude da tríplice
capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-administração (arts. 1o.; 18; 32; 34, da CF/88),
vedando-lhe a possibilidade de subdividir-se em municípios.
O DF também se auto-governará por lei orgânica, e também reger-se-a pelas leis distritais, editadas no
exercício de sua competência legiferante.
TERRITÓRIOS
Os Territórios não são componentes do Estado Federal, pois constituem simples descentralizações
administrativas-territoriais da própria União.
A divisão político-administrativa da República Federativa do Brasil não é imutável (CF art. 18, par. 3o).
A divisão político-administrativa interna poderá ser alterada com a constituição de novos Estados-membros,
pois a estrutura territorial interna não é perpétua.
Desmembramento: Consiste em separar uma ou mais partes de um Estado-membro, sem que ocorra a perda
da identidade do ente federativo primitivo, ou seja, o Estado que sofre a mutação não deixa de existir,
mantendo sua personalidade primitiva.
Oitiva das respectivas Assembléias Legislativas dos Estados interessados (CF. art. 48, VI) – Função
meramente consultiva.
Lei ordinária federal prevendo os requisitos genéricos exigíveis, bem como a apresentação e publicação dos
Estudos de Viabilidade Municipal;
Consulta prévia mediante plebiscito, às populações dos municípios diretamente interessados – (O art. 5o. Da
Lei n. 9.709, de 18/11/1998, regulamentou a hipótese plebiscitária).
NOTA IMPOSTANTE: Proclamado pelo TRE o resultado negativo da consulta, a decisão negativa –
preclusa no âmbito da Justiça Eleitoral - ,tem eficácia definitiva e vinculante da Assembléia Legislativa,
impedindo a criação do Município projetado, sob pena de inconstitucionalidade por usurpação de
competência judiciária. (RTJ. 158/36)
CARACTERÍSTICAS DA AUTONOMIA:
Requisitos:
Mutações territóriais
Incorporação ou fusão – as pessoas políticas deixam de existir e fundem-se em outro estado.
Subdivisão – quando um estado se divide em vários estados. O estado que sofre divisão não deixa de existir.
Desmembramento – anexação: a parte desmembrada poderá anexar-se a outra parte
Desmembramento – formação: a parte desmembrada será transformada em outro estado ou até mesmo
território.
Requisitos para mutação territorial:
A EC N. 15/96, trouxe profundas alterações ao texto original do art. 18,§4º da CF/88, alterando os requisitos de
observância obrigatória para todos os Estados-membros, para criação, incorporação, fusão e desmembramento de
municípios, a saber: Lei complementar federal estabelecendo genericamente o período possível para a criação,
incorporação, fusão ou desmembramento
Exercício
Em outubro de 1996, determinado município teve seus limites territoriais redefinidos em decorrência do
desmembramento de parte do seu território, que foi incorporada ao território do município limítrofe. A alteração se
deu em atenção ao clamor da população do município que sofreu o desmembramento, anseio constatado através de
pesquisa de opinião, vários abaixo assinados e declarações de associações comunitárias. Cabe ressaltar que o
desmembramento fez-se por lei estadual atendendo aos requisitos previstos em Lei Complementar estadual. O
processo de desmembramento seu deu amparado na redação originária do parágrafo 4º, do artigo 18, da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, uma vez que a Emenda Constitucional nº 15/96, revestiu o
mencionado parágrafo de eficácia limitada, dependente de complementação infraconstitucional. A validade do
desmembramento foi questionada perante o Supremo Tribunal Federal. Indaga-se:
a) Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de organizações comunitárias, favoráveis à criação, à
incorporação ou ao desmembramento de Município, são capazes de suprir os requisitos constitucionais de validação
do ato?
b) Como deveria ocorrer a manifestação popular, como forma de democracia participativa, indispensável ao
pretendido desmembramento?
c) Como a questão do desmembramento deveria ser enfrentada à luz da eficácia e aplicabilidade da norma contida
no § 4º, do artigo 18, da Constituição da República?
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
"Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, b e § 4º, da Constituição. Instituição
religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b,
CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços
'relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas'. O § 4º do dispositivo constitucional
serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as
hipóteses das alíneas referidas." (RE 325.822, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14/05/04)
II - recusar fé aos documentos públicos (em todo território nacional); e III - criar distinções entre brasileiros ou
preferências entre si. Obs.: cota é uma decisão política. É diferente da proteção do estado para os brasileiros
discriminados
A decisão do plesbicito transforma-se em coisa julgada. É imutável. Somente o poder constituinte originário poderia
alterar essa decisão.
Quando o Papa vem ao Brasil vem como chefe de Estado e não somente como chefe religiosa.
Uma única nacionalidade. Concurso público em São Paulo veda a inscrição de candidato do nordeste. É
inconstitucional.
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SEMANA 2
Onde foi atribuído o ônus a uma unidade federativa, deve ser reservado, ainda que implicitamente, o
respectivo bônus além de ser cumprida a obrigação firmada em nível constitucional.
Se ultrapassa os limites municipais ou está vinculado a toda unidade estadual (Interesse Estadual) outorga-se
a competência ao Estado;
Se ultrapassa os limites estaduais ou compreende todo território nacional (Interesse Nacional) demarca-se a
união a competência para atuar.
Lei Municipal determinou tempo máximo de espera em fila para atendimento em agência bancária. Inconformado,
um banco impetrou Mandado de Segurança preventivo contra atos do Prefeito e do Coordenador do Procon do
Município, objetivando que suas agências e seus postos de serviços bancários sejam desobrigados do cumprimento
das exigências impostas pela Lei Municipal. Em síntese, alega a instituição financeira que o tempo de atendimento ao
cliente das agências bancárias, correntista ou não, é também matéria suscetível de ser disciplinada por legislação
federal, assim como aquela referente ao horário de funcionamento dos estabelecimentos bancários. Nos autos da
ação constitucional, o Prefeito e o Coordenador do Procon local asseguram inexistir usurpação de competência por
parte do município, defendendo a possibilidade de legislação municipal versar sobre o tema, uma vez que não está
sendo disciplinado o horário de funcionamento dos bancos, mas sim o tempo máximo de espera em fila, estando a
norma dentro da órbita do art. 30, inciso I da Carta da República. Indaga-se:
Qual o princípio que norteia a repartição de competências dentro de um Estado Federal? PRINCÍPIO DA
PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE
Com base no princípio apontado, assim como na jurisprudência do STF, estaria correta a tese defensiva do
Prefeito e o Coordenador do Procon local ? SIM. A MATÉRIA É DE INTERESSE LOCAL, RELACIONADA À CONSUMO. A
MATÉRIA NÃO DIZ RESPEITO À ATIVIDADE FIM DO BANCO (EX.: HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO)
COMPETÊNCIAS EM ESPÉCIES
OBS¹: Não há possibilidade de qualquer delegação. É matéria de competência administrativa. E de interesse nacional.
OBS²: Pela natureza da competência arrolada, surge evidente a indelebilidade da atribuição direcionada a
união porque todas elas descrevem atividades personalíssimas ao órgão central em um Sistema Federativo
OBS²: REQUISITOS
a) Delegação expedida através de Lei Complementar. OBS.: a própria constituição diz. Não é lei ordinária, ou
seja, está condicionada à CF.
b) Caráter genérico da Norma de delegação destinando a todos os Estados-Membros
e) OBS³: Não se estendem aos Municípios pois as teorias não se inserem no rol dos assuntos de interesse local a
que se refere o art. 30, I, CF/88
OBS: de acordo com art. da CF – inciso III – obra de arte – atuação da PF.
Responsabilidade solidária. Exemplo: educação ( direito de todos e dever do estado), saúde ( mesmo
existindo o SUS.
OBS²: Não são atribuídas aos Municípios (art. 30, II, CF/88 - norma para atendimento aos interesses locais)
Enquanto a competência residual tem a base constitucional vinculada ao §1º do art. 25 e possui objeto
abrangente, a competência suplementar se acha disciplinada no §2º do art. 24 e tem por conteúdo exclusivo a edição
de leis pelos Estados e Distrito Federal.
Como observado há poderes enumerados à União e aos Municípios, concluindo-se logicamente que os
Estados apenas podem exercitar a autonomia política no contexto do que remanescer das competências que
foram, de modo expresso, entregues ao órgão central e às unidades municipais. Exemplo: legislar sobre a
utilização do espaço aéreo é competência da União – art. 22 CF (privativa). Como residual podemos ter a
legislação estadual sobre o uso do espaço para táxi aéreo.
Principal característica do estado federal é a autonomia. Comporta três capacidades. A mais importante é a auto-
administração. Há uma distrbuiição de poder chamado de repartição constitucional de competências.
Temos 3 modalidades de competências:
Competencia Privativa – Cabe delegação, mas é discricionário. É competência legislativa. Quando feita vale para todos
os Estados e DF. A união delega para estado delegar sobre questões específicas. Matérias arroladas no art. 22.
(Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo.)
Obs.: Nem sempre a CRFB dispensa uma característica uniforme em delegação de competência. Não houve do
constituinte cuidado no trabalho de especificação da palavra EXCLUSIVA e PRIVATIVA
Competencia Comum – Também é administrativa. Exige uma responsabilidade solidária entre todos os entes
federativos. A educação por exemplo, dever de todos e dever do Estado, também a saúde. (vide art 23)
Competência residual ou remanescente não é taxativa. Não é da união e não é do Município, então é dos Estados.
O Governador de determinado Estado da federação apresentou projeto de lei que tem por escopo limitar em R$ 3.00
(três reais) a cobrança de estacionamentos em shopping, independente do tempo de utilização pelos usuários dos
espaços destinados à guarda dos veículos. O projeto converteu-se em lei. Indignada com a edição da lei, por
achá-la inconstitucional, a Associação dos Administradores de Shopping, afora a medida judicial cabíveis no sentido
de assegurar a livre estipulação de valores e cobrança, pela utilização dos espaços destinados à guarda de veículos
nestes estabelecimentos comerciais, e o faz alicerçando sua tese na possível usurpação de competência pela lei
estadual. Indaga-se:
Quais as matérias objeto da questão? Uso do direito de propriedade privada– art. 22 I CF/88
A Lei 11.387/00, do Estado de Santa Catarina, isenta do pagamento de multas, nas hipóteses que menciona, os
motoristas infratores da lei de trânsito. À luz do critério e da técnica empregados pelo legislador constituinte
originário para partilhar as competências entre os entes da federação, podemos afirmar que referida a lei estadual se
compatibiliza formalmente com a CRFB/88? Não, pois trânsito (CTB) é afeto à União – art. 22 CF
SEMANA 3
Introdução
Após a análise das normas que regem o Estado Federal, percebe-se que a regra é a autonomia dos entes
federativos (União / Estados / Distrito Federal e municípios), caracterizada pela tríplice capacidade de auto-
organização e normatização, auto-governo e auto-administração.
INTERVENÇÃO – medida excepcional, pois a 1ª regra é autonomia. Ela é temporária, com a supressão
da autonomia. Para alguns autores é uma pena política. Medida fundada nas hipóteses da constituição –
não existe subjetividade. Visa a manutenção da autonomia. Quais os critérios a adotar? Não é tipificado,
usar o princípio da proporcionalidade ou decretação vinculada – provocada não de ofício. Cabe ao
procurador geral com origem no STF. Incisos VI e VII por decreto governamental. Passa por um controle
político.
Art. 35 CF – intervenção da União nos Territórios e dos Estados nos seus Municípios
União não poderá intervir diretamente nos municípios, salvo se existentes dentro de Território Federal (CF,
art. 35, caput- OBS. território é descentralização administrativa da União – um autarquia). Como ressaltado
pelo Supremo Tribunal Federal, "os Municípios situados no âmbito territorial dos Estados membros não se
expõem à possibilidade constitucional de sofrerem intervenção decretada pela União Federal, eis que,
relativamente aos entes municipais, a única pessoa política ativamente legitimada a neles intervir é o Estado-
membro".
Diante da total falência do sistema de saúde no Município do Rio de Janeiro, o Presidente da República editou
Decreto declarando o estado de calamidade pública do setor hospitalar do Sistema Único de Saúde – SUS, e, dentre
outras determinações, autoriza, nos termos do inciso XIII do art. 15 da Lei 8.080/90, a requisição, pelo Ministro da
Saúde, dos bens, serviços e servidores afetos a hospitais do Município ou sob sua gestão. Indignado com a medida
adotada pelo Governo Federal, o Prefeito do Rio de Janeiro manifestou-se argüindo a inconstitucionalidade da
medida, o que faz com escopo na vedação constitucional que inibe a possibilidade de a União intervir no Município.
Por outro lado, o Governo Federal aponta possível equívoco na posição do Governo local, sustentando que apenas se
aplicou o disposto na Lei 8.080/90:
"Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as
seguintes atribuições:... XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de
situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da
esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas,
sendo-lhes assegurada justa indenização;“
Diante do impasse, o Governo local impetrou Mandado de Segurança distribuído perante o Supremo Tribunal
Federal. Com base na jurisprudência do STF, aponte as possíveis inconstitucionalidades encontradas no caso, que
revestem de vício a intenção do governo federal. A Intervenção é ato privativo do Chefe do Poder Executivo
Esse ato extremado e excepcional de intervenção na autonomia política dos Estados-membros / Distrito
Federal, pela União, somente poderá ser consubstanciado por decreto do Presidente da República (CF, art.
84, X); No caso da intervenção Municipal, pelos governadores de Estado. É, pois, ato privativo do Chefe do
Poder Executivo. É um ato político discricionário (cabe ao chefe do executivo decidir), exclusivo – indelegável
Diante do impasse quanto à criação de um Município em área disputada por Estados-membros, um deles decide
incorporar a parte do território que cabia ao outro. Após tomar ciência do fato, o Presidente da República decide não
lançar mão da extraordinária prerrogativa de decretar a intervenção federal (CRFB, art. 34, II), o que motiva o
Governador do Estado prejudicado a impetrar mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal. Entende o chefe
do Poder Executivo estadual que a abstenção presidencial quanto à concretização da intervenção aflige o vínculo
federativo e a integridade do território nacional, o que autorizaria o Tribunal a ordenar a decretação da medida. A
tese do Governador tem procedência? Em hipótese alguma, pois, de acordo com o art. 34, II, CF/88 – esse é um
poder discricionário do Presidente da República. OBS.: no art. 102, I,f CF/88 – temos a competência do STF.
Requisitos da Intervenção:
uma das hipóteses taxativamente descritas na Constituição Federal (CF, art. 34 - Intervenção Federal; CF, art.
35 - Intervenção Estadual), pois constitui uma excepcionalidade no Estado Federal;
intervenção do ente político mais amplo, no ente político, imediatamente menos amplo (União nos Estados e
Distrito Federal; Estados nos municípios);
ato político - decretação exclusiva - de forma discricionária ou vinculada dependendo da hipótese - do Chefe
do Poder Executivo Federal (Presidente da República - intervenção federal; governador de Estado -
intervenção municipal), a quem caberá, igualmente, a execução das medidas interventivas.
Informe Jurisprudencial
Conforme salientado pelo Ministro Celso de Mello, "o mecanismo de intervenção constitui instrumento
essencial à viabilização do próprio sistema federativo, e, não obstante o caráter excepcional de sua utilização
- necessariamente limitada às hipóteses taxativamente definidas na Carta política -, mostra-se impregnado
de múltiplas funções de ordem político-jurídica, destinadas (a) a tornar efetiva a intangibilidade do vínculo
federativo;
(b) a fazer respeitar a integridade territorial das unidades federadas; (c) a promover a unidade do Estado Federal e
(d) a preservar a incolumidade dos princípios fundamentais proclamados pela Constituição da República" (STF –
Intervenção Federal n.° 591-9/BA - Rel. Ministro-Presidente Celso de Mello, Diário da Justiça, Seção I, 16 set. 1998, p.
42).
Defesa da ordem pública, CF, art. 34, III. OBS.: no complexo do Alemão é colaboração, não é uma
intervenção.
Defesa das finanças públicas, CF, art. 34, V
Por solicitação – (governo solicita) defesa dos Poderes Executivo ou Legislativo locais, CF, art. 34, IV. OBS.: a
solicitação pode ser do presidente da assembléia legislativa, quando, por exemplo, o governador inviabiliza o
funcionamento da câmera.
Por requisição – não é discricionário do Presidente da República. É por decretação. E é utilizado quando não
há outros meios. Tramitação, por exemplo: por provocação o TJ vai ao STF ( único com poder discricionário)-
em caso de sim – requerimento ao PresRep.
STF, STJ ou TSE (CF, art. 34, VI – ordem ou decisão judicial) – vide art. 36, I CF/88
STJ (CF, art. 34, VI – execução de lei federal) - vide art. 36, III CF/88 – recusa à execução de lei federal
STF (CF, art. 34, VII) - vide art. 36, III CF/88
Hipóteses
A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas nesta constituição dentro dos prazos estabelecidos
em lei;
c) autonomia municipal;
iniciativa;
fase judicial (somente presente em duas das hipóteses de intervenção - CF, art. 34, VI e VII);
decreto interventivo;
controle político (não ocorrerá em duas das hipóteses de intervenção - CF, art. 34, VI e VII).
Iniciativa
A Constituição Federal, dependendo da hipótese prevista para a intervenção federal, indica quem poderá
deflagrar o procedimento interventivo:
a. Presidente da República: nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III, V ex officio poderá tomar a iniciativa
de decretar a intervenção federal.
b. solicitação dos Poderes locais (CF, art. 34, IV): os Poderes Legislativo (Assembléia Legislativa ou Câmara
Legislativa) e Executivo (Governador do Estado ou do Distrito Federal) locais solicitarão ao Presidente da
República a decretação da intervenção no caso de estarem sofrendo coação no exercício de suas funções. O
Poder Judiciário local, diferentemente, solicitará ao Supremo Tribunal Federal que, se entender ser o caso,
requisitará a intervenção ao Presidente da República;
c. requisição do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral ,
na hipótese prevista no art. 34, VI, segunda parte, ou seja, desobediência a ordem ou decisão judiciária.
Assim, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior Eleitoral poderão requisitar, diretamente ao
Presidente da República a decretação da intervenção, quando a ordem ou decisão judiciária descumprida for
sua mesma.
Ao Supremo Tribunal Federal, porém, além da hipótese de descumprimento de suas próprias decisões ou ordens
judiciais, cabe-lhe, exclusivamente, a requisição de intervenção para assegurar a execução de decisões da Justiça
Federal, Estadual, do Trabalho ou da Justiça Militar, ainda quando fundadas em direito infraconstitucional. A iniciativa
deverá ser endereçada ao próprio Presidente da República.
Nota Importante
Observe-se que somente o Tribunal de Justiça local tem legitimidade para encaminhar ao Supremo Tribunal
Federal o pedido de intervenção baseado em descumprimento de suas próprias decisões. Assim, a parte
interessada na causa somente pode se dirigir ao Supremo Tribunal Federal, com pedido de intervenção
federal, para prover a execução de decisão da própria Corte Maior.
Quando se tratar de decisão de Tribunal de Justiça, o requerimento de intervenção deve ser dirigido ao
respectivo Presidente do Tribunal Local, a quem incumbe, se for o caso, encaminhá-lo ao Supremo Tribunal
Federal, sempre de maneira fundamentada.
Preocupado com a situação de um determinado Estado que, por várias vezes, deixou de cumprir decisões e ordens
judiciais, o Presidente da República lhe questiona, na qualidade de Advogado-Geral da União, se seria necessário o
ajuizamento de uma ação direta interventiva para decretar a intervenção federal. Como você responderia à consulta?
E se a mesma consulta fosse formulada por um Governador de Estado, que pretendesse decretar a intervenção em
um determinado Município?
d. Ação proposta pelo procurador-Geral da República nas hipóteses previstas no art. 34, inciso VI "início" e
VII, respectivamente endereçada ao Superior Tribunal de Justiça (ação de executoriedade de lei federal) e ao
Supremo Tribunal Federal (ação direta de inconstitucionalidade interventiva).
Fase Judicial
Essa fase apresenta-se somente nos dois casos previstos de iniciativa do Procurador-Geral da República (CF,
art. 34, VI, "execução de lei federal" e VII), uma vez que se trata de ações endereçadas ao Superior Tribunal
de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Nota Importante
Em ambos os casos os Tribunais Superiores, para o prosseguimento da medida de exceção, deverão julgar
procedentes as ações propostas, encaminhando-se ao presidente da República, para os fins de decreto
interventivo. Nessas hipóteses, a decretação da intervenção é vinculada, cabendo ao Presidente a mera
formalização de uma decisão tomada por órgão judiciário.
Decreto Interventivo
A intervenção será formalizada através de decreto presidencial (CF, art. 84, X), que, uma vez publicado,
tornar-se-á imediatamente eficaz, legitimando a prática dos demais atos conseqüentes à intervenção.
O art. 36, § 1.°, determina que o decreto de intervenção especifique a amplitude, o prazo e as condições de
execução e, se necessário for, afaste as autoridade locais e nomeie temporariamente um interventor,
submetendo essa decisão à apreciação do Congresso Nacional no prazo de 24 horas.
O Interventor
O interventor nomeado pelo Decreto presidencial será considerado para todos os efeitos como servidor
público federal, e a amplitude e executoriedade de suas funções dependerá dos limites estabelecidos no
decreto interventivo.
Limites
A Constituição Federal não discriminou os meios e as providências possíveis de ser tomadas pelo Presidente
da República, por meio do decreto interventivo, entendendo-se, porém, que esses deverão adequar-se aos
critérios da necessidade e proporcionalidade à lesão institucional. OBS.: deve ser observado o princípio da
proporcionalidade e subprincípio da necessidade.
Controle Político
A Constituição Federal prevê a existência de um controle político sobre o ato interventivo, que deve ser
realizado pelos representantes do Povo (Câmara dos Deputados) e dos próprios Estados-membros (Senado
Federal), a fim de garantir a excepcionalidade da medida;
Submetido o decreto à apreciação do Congresso Nacional, no prazo de vinte e quatro horas, este poderá
rejeitá-la ou, mediante decreto legislativo, aprovar a intervenção federal (CF, art. 49, IV).
Caso o Congresso Nacional não aprove a decretação da intervenção, o Presidente deverá cessá-la
imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade (CF, art. 85, II).
Nota Importante
Nas hipóteses previstas no art. 34, VI e VII, o controle político será dispensado, conforme expressa previsão
constitucional, e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade (CF, art. 36, § 3.°). OBS.: o art. 36 CF dá orientações.
Decretação
Por ser um ato político, somente o governador do Estado poderá decretá-la, dependendo na hipótese do art.
35, IV, de ação julgada procedente pelo Tribunal de Justiça.
Tempo – o prazo é de 30 dias prorrogáveis por mais 30. O interventor nomeado será considerado funcionário
público e ele atuará de acordo com o que estiver expresso no decreto. Limites.
Sistemas de Crises
Intervenção Federal – a regra é a autonomia dos entes federativos. A intervenção é medida excepcional que
temporariamente suspende a autonomia do ente federativo. Essa medida é taxativa, somente a CF trata das
possibilidades de intervenção. É possível também a supressão de direitos. Tem de atender a uma regra onde
somente o ente politicamente mais amplo poderá intervir em um ente politicamente menos amplo. A União intervém
no Estado, Estado intervém no Município. Não pode a União intervir no município, tem uma exceção que é a
intervenção de município localizado em Território Federal, atualmente não temos território.
Caso conhecido de intervenção da União que praticou uma intervenção no sistema de saúde do município do RJ. O
prefeito impetrou um mandato de segurança contra e logrou êxito. É um ato privativo do chefe do Executivo, é ato
discricionário, excepcional, indelegável. (art. 84, X). Pode ocorrer a decretação vinculada, não pode o presidente
decretar de ofício, tem de ser provocado, mas ele é quem decide. No caso do art. 34, IV é uma requisição que não
cabe discricionariedade no caso do Poder Judiciário requisitar. No caso do estado não é o Presid. Do Tribunal de
Justiça que solicita. O Presidente do TJ pede ao STF que requisite ao Presidente da República. O presidente do STF
pode não pedir, é discricionário do STF. Mas se o STF pedir o Presid. da República é obrigado a decretar, caso
contrário responderá por responsabilidade... (ler art. 85).
Espécie normativa: decreto interventivo. Passa por um controle político, vai para o Congresso Nacional, exceto em
intervenção na requisição. O presidente conta com órgãos de consulta que são Conselho de Defesa Nacional e
Conselho da República. A opinião deles não vincula o Executivo, é mera consulta.
Os requisitos
. tem que especificar a amplitude, ou seja, quais as medidas que serão adotadas, se haverá afastamento do
governador.
. O prazo máximo é de até 30 dias, prorrogáveis uma única vez por mais 30 dias.
Se o presidente nomear interventor, não é obrigatório, mas se o fizer deverá ser nomeado no decreto, será
considerado para todos os efeitos como um servidor público federal. Não existe uma discriminação das medidas e
como serão utilizados. Deve obedecer aos princípios da proporcionalidade e da necessidade.
O controle se dará pelo CN que apreciará o decreto. Se não aprovar a medida a intervenção deverá cessar
imediatamente. Se não cessar é ato inconstitucional.
SEMANA 4
Medidas excepcionais para manter ou restabelecer a ordem nos momentos de anormalidade constitucionais.
A legalidade normal é substituída por uma legalidade extraordinária, que é caracterizada por um “ estado de
exceção”. Por instrumento extraordinário, mas legal, não é arbitrário
O Sistema Constitucional das Crises fixa “normas que visam à estabilização e à defesa da Constituição contra
processos violentos de mudança ou de perturbação da ordem constitucional, mas também á defesa do
Estado quando a situação crítica derive de guerra externa. Para defesa do estado, do território nacional.
• Defesa do território nacional contra invasões estrangeiras (art. 34, II, e 137, II, da CF/88)
Visa-se o equilíbrio entre os grupos de poder. Caracteriza-se como o equilíbrio da ordem constitucional.
Princípios da Necessidade e Temporariedade – OBS.: são necessários para a deflagração do estado de defesa.
A deflagração do sistema deve respeitar o Princípio da Necessidade, sob pena de configurar arbítrio e
verdadeiro golpe de estado. Tem que estar taxativamente no texto constitucional.
A deflagração deve respeitar o Princípio da Temporariedade, sob pena de configurar verdadeira ditadura.
Estado de Defesa
Art. 136. O Presidente da República pode (decisão política), ouvidos (obrigatoriamente) o Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional (órgãos consultivos que fazem a aferição de necessidade),
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a
ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza.
Procedimento
Competência (privativa)e Titularidade – Presidente da República (art. 84, IX c/c art. 136, da CF/88).
Medidas coercitivas
Conselhos consultivos
Medidas
§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a
serem abrangidas (não é para todo o território nacional) e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas
coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: OBS.: que são taxativas:
§ 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de
cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar (OBS.: também na prorrogação) a execução das medidas
referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. Por maioria absoluta ( metade mais um da totalidade dos
congressistas das 2 casas )
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua
vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e
justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Hipóteses de decretação
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar
ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada
durante o estado de defesa; temporalidade: 30 dias + prorrogação indefinida a cada 30 dias.
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. temporalidade: 30 dias + prorrogação
indefinida.
OBS.: em razão da gravidade, o PresRep. não pode decretar, ele antes solicita permissão.
Procedimento
Competência do Presidente da República.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as
garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará
o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
Duração
30 dias (pode ser prorrogado sucessivamente, sem limites, com prorrogação não superior a 30 dias) - Art.
137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ( diferente do
estado de guerra) ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; (norma de eficácia contida
– já existe a lei)
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Medidas coercitivas – Art. 137, inciso II, CF/88 – observados os princípios da necessidade, da ponderação, da
proporcionalidade
Em tese, qualquer medida restritiva de direitos poderá com suspensão de direitos poderá ser tomada, desde
que:
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de
cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao
estado de sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Controle jurisdicional
Qualquer lesão ou ameaça a direito, abuso ou excesso de poder durante a execução do estado de sitio
poderão ser apreciados pelo Poder Judiciário.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Há uma alteração de legalidade normal para uma excepcional, extraordinária, mas é legalidade.
Estado de Defesa
Comentário art. 136 – Competência privativa do Pres. República. É uma decisão política (pode decretar, não deve). Os
conselhos da República e da Defesa Nacional devem ser ouvidos, obrigatoriamente, pois são órgãos consultivos
instituídos pela CRFB, mas a decisão é discricionária do PR. Depois enviado ao CN que decidirá pela manutenção ou
cessação do Estado de Defesa.
Locais restritos e determinados, entende-se que não é nacional, as medidas não são em todo o território nacional.
As medidas coercitivas são taxativas. Dentre as seguintes tem de escolher as citadas, não pode inovar.
Geralmente o executor do Estado de Defesa e Estado de Sítio é o Ministro da Justiça.
Estado de Sítio – prorrogações indeterminadas, mas a cada trinta dias. No caso de guerra decreta por trinta dias e a
prorrogação é por quanto tempo perdurar o problema.
Art. 137, II não há rol taxativo para a adoção das medidas no Estado de Sítio por motivo de guerra.