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Hoje, � luz do racioc�nio tra�ado acima, e num esfor�o para oferecer uma formula��o

mais positiva, eu proporia considerar como uma �inscri��o� qualquer tipo de


comunica��o escrita humana do tipo que hoje chamar�amos unidirecional, no sentido
de que ela n�o antecipa que uma resposta ser� providenciada ao emissor, e que
possui a caracter�stica de n�o ser endere�ada a uma pessoa ou grupo, mas a uma
coletividade, e por essa raz�o � feita com a localiza��o, t�cnica e escrita, forma
gr�fica e marca��o, modo e registro de express�o escolhidos porque eles s�o os mais
adequados para a obten��o de seu objetivo intencionado e que diferencia a si
pr�pria de outras formas de comunica��o verbal contempor�nea (oral, liter�ria ou
document�ria). Com isso eu reafirmo o conceito de escrita epigr�fica como a escrita
que � desviante (de acordo com o tempo e lugar, naturalmente) pelo que ela adota
uma forma de escrita que � diferente, em seu meio ou t�cnica ou ambos, conforme a
finalidade pretendida. Ao mesmo tempo, por�m, eu tamb�m quero chamar a aten��o para
outra caracter�stica essencial e peculiar de uma inscri��o, ou seja, seu
direcionamento a uma coletividade (PANCIERA, 2012, p. 8).

Nota-se, a partir das palavras de Buonopane, que a inscri��o se caracterizou como


um dos meios de comunica��o mais eficazes do mundo antigo. Refletindo mais
profundamente sobre esse papel das inscri��es, elas constituem um tipo de
comunica��o escrita humana que � endere�ada a um ou mais determinados grupos de
leitores, apresentando em seu texto, f�rmulas, abreviaturas ou express�es com as
quais esses grupos se familiarizam. A escrita utilizada nessas inscri��es, chamada
de epigr�fica, possu�a algumas particularidades como possuir o objetivo
intencionado de passar uma mensagem num determinado contexto (juridico, pol�tico,
hist�rico, social, etc.) num espa�o limitado e com a maior quantidade de
informa��es poss�veis.

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