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Renat

adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

CI
ÊNCI
APOLÍ
TICA
PROFESSOR:
JAI
MEBARREI
ROSNETO

NOÇÕESI
NTRODUTÓRI
ASDACI
ÊNCI
APOLÍ
TICA
 OCONHECI
MENTOCI
ENTÍ
FICO
Oconheci mentomí ti
coéaf ormamai spr i
mi t
ivadeconheci mentoequeai ndat em
repercussãoat éhojenonossocot idi
ano.Éaquel equesef undament anomi t
o,ouseja,
na existênci
a do dogma ( o dogma é uma v erdade i
nquest i
onávelou seja é um
parâmet roapar t
irdoqualadi scussãosei ni
cia,quenãosebasei aem nenhumaf orma
decompr ovação,baseia-sesimpl esmentenaf é)ondet eoricament enãoháoquese
contestar,éabasedoconheci ment omíti
co.Aspr imeir
asf ormasdeconheci mentose
fundament avam nodogmapor quenospr imórdiosdahumani dadeoserhumanoj á
ti
nhacomocar acter
íst
icaabuscadoconheci ment o,masai ndanãot i
nhamei osmais
efi
cazespar achegarasr epostasqueexpl icassem,porexempl o,osfenômenosda
natureza.Apr ópri
areli
giãosef undament aem dogmas.

Esseconheci ment omí ti


cof oievoluindopar achegar mosaoconheci ment omet afi
sico,
queédot adodeumaabst r
açãoousej adacr ítica,elev aial ém dof í
sico,vaialém do
dogma,éum conheci ment obaseadonoquest ionament o.Af i
l
osofia,porexempl o,se
fundament anal ógicadoconheci ment omet afisico.Omai simpor t
antenãoéem sia
resposta,masa pr ópri
a per gunta.Sem o conheci ment o metafisi
co não há uma
evolução cri
ti
ca.Masacompl exidadedassoci edadesmoder naspassou aexi gir
respostasmai sdoqueper guntas,masnãor espost asbaseadasem dogmas,esi m
teori
cament epassiv ei
sdeser em compr ovadas.Ar espost abuscadaapar ti
rdoest ado
moder noéar espost adaci ência.O conheci ment oci enti
ficoof er
ecer espostasque
são alcançadas a par t
irde uma l ógica de compr ovação,da exi stência de uma
met odologi
aeficaz .Oconheci ment oci enti
fi
cot em comomet aabuscader epostas
construí
dasat r
av ésdemét odoseat ravésdeumacompr ov açãoef undadasnar azãoe
menosnacr ença.Met odologia,r acionali
dadeeempi r
ismo( compr ovação)sãoas
basesdoconheci ment ocientifi
co.

Doisi mportantes pensadores que tem per spect


ivas di
ferentes em r el
ação ao
conhecimentoci enti
fi
co,masquesecompl et
am são:RenéDescar tes-quediz“penso,
l
ogoexi sto”al ógicadarazão,oconheciment obaseadonar acionali
dade-eFr anci
s
Bacon-quev aidif
undiroempiri
smoeleenf at
izaalógi
cadacompr ovação.Nav erdade,
BaconeDescar tessecompl ementam porqueoconheciment ocienti
fi
coéaquel eque
vaiatravésdeumal ógi
caracionalbuscarrepostasparaasper guntascolocadano
coti
dianoatravésdabuscadacompr ovação.

Oconhecimentoci
ent
if
icopassouasedi fundi
rcadavezmaisnomundomoder noem
especi
alnomoment oem queasr evol
uçõesburguesasocorr
em,com adefesada
i
gualdadel
iber
dadefr
ater
nidade,queatéentãoestav
arefém deum est
adot
eocrát
ico
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

(oreiabsol ut
istafundament avaoseupodernai dei
aqueel eer aoescol hidopordeus)
equandoabur guesiarompecom oabsol uti
smoelav aibuscarum nov ofundament o
deor ganizaçãodasoci edade,opodernãov aisermaisdivino,v aisercultur
al,vaiser
humanoeport antodev eserbaseadonar azãoenãonar eli
gião,aci ênciapassa
portantoapar t
irdoséculo16,masespeci al
mentedosécul o18em di anteat eruma
rel
ev ânciagrandedent rodasesf erasdoconheci mentosuper andooconheci mento
met afi
sicomasnãooexcl uindo.Oquesecr i
ti
canoconheci ment ocientí
fi
coéqueel e
também podeset ornardogmát i
co.Noâmbi todaf í
sica,porexempl o,exist
iaaf í
sica
ari
stotéli
ca quedet er
minou pr incípiosquepormui tot empo f or
am acei toscomo
verdadeequef oram super adospel afísicanewtoniana,edepoi sv ei
oEi nstei
nj á
quest i
onandodogmasdeI saacNewt on.

Aciênci
apolí
ti
caéoconhecimentosist
emati
zadobaseadoem met
odologi
avolt
ado
narespost
a,masrespost
asbaseadasnarazão,naempiri
aquetem comoobjet
oa
pol
í
tica.

 OFENÔMENOPOLÍ
TICO
Paraent enderpr i
mei r
oqueépol ít
icaénecessár i
oent enderpri
mei r
ooqueépoder .O
estudoacer cadaor gani zaçãoedadi nâmi cadopoderéogr andeobj etodaci ência
políti
ca.Essalógi cadaanál i
sedacondi çãohumanasebasei anopensament odedoi s
grandesf il
ósofos:Ar istótel
eseHobbes.Ar i
stótel
esv aiafirmarqueohomem éum
animalsoci al,dent ro dessa per specti
va,el e querdi zerque o homem v i
v e em
sociedadequenóspr ecisamosunsdosout ros,não consegui mosv i
veri solados.
TomasHobbesaf i
rmaqueohomem éol obodohomem,quer endodi zerqueé
i
ner enteaoserhumanoanecessi dadedequer erdomi naroout r
oei ssoexistepor que
naescal adasel eçãonat ur
alv encem osmai sadapt ados.Ohomem seadapt ouem
vi
rtudedasuacapaci dadecr iati
va,essacapaci dadequef azcom quenósconsi gamos
nosadapt araadv ersidades,domi naret ransformaroambi ent
eem quev iv
emosi sso
acabanoscompel indoaquer erdomi naret ransformarosnossossemel hantes,ent ão
ohomem set ornaol obodohomem pori sso.Di ant
edi sso,équesur geum par adoxo,
umacont radi
ção,queéi nerenteacondi çãohumanaqueé:aomesmot emponós
precisamosunsdosout ros,porém temosanecessi dadededomi narunsaosout r
os.É
diantedessepar adoxoquev aisurgiropoder .

SegundoBonav idesopoderéumaener gi
aabst r
ataqueat uasobr eassoci edades
humanasl i
mitandoal i
berdadei ndivi
dualem proldaconvivênci a.Elequerdizerquehá
umanecessi dadedeest abel eci
ment o delimit
esnal iber dadei ndi
vi
dualpar aque
possamosconv iver.Em r esumoopoderéal goquesei mpõeper anteasoci edade
estabelecendonor masdecondut a(imposiçõespostascul turalmenteexpr essando
escolhasev aloresquev ar i
am not empoenoespaço,f azendosur giraetiqueta,a
mor aleodi reito).O exer cí
ciodopoderf azcom quenossasv ontadesindividuais
sej
am r estr
ingidas,somosl i
mitadosnasnossasv ont
adesem v ir
tudedanecessi dade
det er
mosdeconv iv
ercom osout ros,opoderl i
mitaali
ber dadei ndivi
dualessepoder
sei mpõeat r
av ésdenor masdecondut aousej aeleest abel ececompor tament os.
Essasnor masdecondut assãor el
ativ
asaopadr ãocult
uraldecadasoci edade,v ão
Renat
adeAndradeTinoco
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ti
ca
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vari
arnotempoenoespaço.Um mesmocompor t
amentopodeserapl
audidoem uma
soci
edadeesercriminali
zadoem out
ra,porexemplooconsumodebebi daalcoól
ica.
OálcoolnoBahr
einépr oi
bido,
jánoBr
asil,
nãoé.Opadrãocult
ural
,por
tantodeter
mina
asnormasdeconduta.

O poderpol í
ti
co é cul turale det ermi na essas nor mas de condut a que t ambém
refl
eti
rãoumaescal adev aloresquecadasoci edadeest abel eceeédaíquenóst emos
comopr odutosdopoderaet iqueta,amor aleodi reit
o.Par ar esguar daromí nimo
éti
cosoci al
,onúcl eodasoci edade,quesur geodi r
ei t
o.Odi reit
oéum conj untode
normasdemí nimoét i
cosoci al,queépr odutodev aloreseescol hasquev ar i
am no
tempoenoespaçoquesãodet ermi nadospel opoder .O di reit
ov em,por tanto,do
poder,éum pr odut odopoderopoder ,port
antoaocr iarodi rei t
o,amor aleaet i
quet a
busca equili
brara necessi dade que a gent et em de v iverem soci edade com a
necessidadededomi narunsaosout ros.O poderédi nâmi co porquenósser es
humanoscont i
nuamosa l utarpel o poder ,nóscont i
nuamosa serl obosde nós
mesmos.Maqui avel:
“ apolí
ticasi gnificaaar tedeconqui star,mant ereexer ceropoder ”
tendoem v i
staqueopoderéal godi nâmi co.Essepodernãoest ápr esent esoment eno
estado.Apol ít
icaéaét icadapol is,ousej a,apol ít
icacomoal goqueocor renaesf era
públi
casóquenaesf erapr ivadat ambém exi st
epol íti
caMi chaelFoucal tdef endea
tesedequeasr el
açõesdepoderocor rem em qual querr elaçãohumana( ai deiada
microfí
sicadopoder ).Aiai dei adequet odosnóssomosani mai spol í
ticos.Aci ênci a
polí
ti
caest udaasr elaçõesdepoder ,essadi nâmi cadopodernãoapenasnoest ado,
mast ambém naesf er apri
vada, em qual querâmbi todasr elaçõessoci ais.

SURGI
MENTODACI
ÊNCI
APOLÍ
TICA
MaxWeberf alavaasobr e“ odesencant ament odomundo” .O encant ament oser i
a
baseadonal ogi camí ticaaindacom apr esençadaf i
l
osof i
a,mascom asust ent ação
domi toondeamesmaf ontedepoderer aaquel aquedet ermi nav aquaset udo, nãosó
opoderpol í
tico,masasabedor i
aoconheci ment o.O desencant ament oéaquel e
geradoapar tirdomoment oem queháumaespeci alizaçãocadav ezmai ordos
diversossegui ment osdoconheci ment o,hát ambém umabur ocratizaçãodoest ado
com af or
maçãodai deiadaadmi nistraçãopúbl icadescent r
alizadanaf i
gurador eieaí
essedesencant ament odomundoéoquev aicar acterizaroi níciodopr edomí nio
cienti
f i
co,entãoháaf ormaçãodev áriasci ênciasmoder nasenãomai sdeumaúni ca
fonte de conheci ment o específi
co cent ralizada numa f i
gur a mí tica.Essa é uma
tendênci aquev aiserobser vadaapar t
irdoi ní ciodai dademoder naequev aise
consol i
darcom adef l
agr açãodaer acont empor âneacom asr evoluçõesbur guesase
em especi alcom a r evolução francesa.Ter emos,ent ão,o desenv olvi
ment o da
economi acomoaci ência,dahi stória,daci ênciapol í
ti
ca,dasoci ologiacom basena
l
ógi cadar acionalidadeedaexper iment ação.Aci ênci
apol í
tica,dent rodessai dei ade
desencant ament odomundopassaaseconst i
tuirem um r amoespeci ali
zadodo
conheci mento.Essaconcepçãoposi tivi
sta,quef oiumaper spect i
vadar acionalidade
cienti
f i
caquesedesenv ol
veuapar tirdo i l
umi nismo,éf al ha.Nósnão podemos
i
magi narqueosdi versosconheci ment os,apar tirdessai dei adodesencant ament odo
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

mundo,sãoestanquesisol
ados.Eaci ênci
apol ít
ica,emboratenhaseconst
it
uído
hi
stor
icament
ecomoum r amodaci ênci
a,precisasercompreendi
dacomoum ramo
doconheci
mentoint
er-
rel
aci
onadocom outr
osr amosdoconhecimento.

 CI
ÊNCI
APOLÍ
TICAXHI
STÓRI
A
Arelaçãoentr
eciênciapol
íti
caehist
óri
aémui t
opróxi
ma.Est udamosv ár
iosf
atos
hi
stóri
cosquecontr
ibuí
ram par
aodesenvol
vi
mentodapolí
ti
ca,dasrel
açõesdepoder
,
dasrel
açõeshumanas.Porexempl
o,est
umadosodesenvol
vimentodoEstado.

 CI
ÊNCI
APOLÍ
TICAXECONOMI
A
A discipl
ina economi a no passado er a chamada de economi a polí
tica.Há uma
proximidademui t
ogr andeent reosf atospol íti
coseosf atoseconômi cos.NoBr asi
l
,
observamosmui t
oessapr oxi
mi dadepor quemui t
asdasnossascr isespol í
ti
castem a
vercom asquest õeseconômi cas.Por tantohi stor
icament e,podemosobser varalguns
fatosmar cantesrelacionadosàeconomi aequer epercutir
am naest r
uturapolíti
cada
sociedade,naf or
maçãoi nclusivedei deol ogiaspol ít
icas.Omai smar cantedet odosé
acr i
sede29,com aquebr adabol sadeNY,amai orcr i
seeconômi caglobalquenós
ti
vemoseessacr isesusci touimedi atament eaascensãodonazi facismo,asegunda
guerramundi aleaguer r afr
iacomoconsequênci a.Entãomui todonossomundo
contempor âneotev eav ercom acr iseeconômi cade29.A r elaçãodepol ít
icae
economi atambém émar cantenomar xismo.

 CI
ÊNCI
APOLÍ
TICAXPSI
COLOGI
A
Apsi cologiaestudaocompor tament ohumano, sejael eindiv i
dualoucol et i
vo.Existem
corrent esdet eor i
apol í
ticaquet em naanálisedapsi col ogiaumadassuasbases, por
exempl oat eoriaelit
istadademocr aciaeat eor i
adaescol har acional,analisam o
compor t amentopol ít
ico,el eitoral.Par aosel i
tistasoshomenssãoem suamai oria
i
gnor anteseademocr aciaéumaameaçapor quev ocêdar i
av ozaosi gnorantes,os
eli
tistas def endem que a democr aci
a deve sermer ament e um pr ocedi mento de
escol hadasel iteseaquel esel i
ti
stasmai sr adicaisdef endendor acional i
dadedas
massasv ãodef enderqueapenasumami nor i
apossat omarasdeci sões,ami noria
mai spr eparada.Gust av oLebondef endiai
ssonasuaobr a“ Psicologi
adasmul ti
dões”,
poisoci dadãohaj adeumaf or maquandoest asozi nhoedeout r
aquandoest áem
grupo,t udoissopar ateor izarqueademocr aciaéi nef iciente.Porout r
ol ado,alguns
revisores da t eoria eliti
st a,v ão dizerque as pessoas não são i gnorantes e
compl etament ealheiosquandoagem pol i
ticament e.Ant oniDowns,porexempl o,vai
dizerque t odos os el eitores at uam na def esa dos seus pr óprios interesses no
processopol í
ti
co,queael eiçãoser i
aum gr andemer cadoequeospar t
idosf azem
tudopar aganharasel eiçõesequeosel eit
or esporsuav ezf azem tudopar at i
rar
vant agenspessoai sdaquel epr ocesso.Éumav i
sãobast ant epessi mista.Essat eoria
tem basenapsi cologia,naanál isedocompor tament o.

Out
roexempl
ot em avercom aguer
raf
ri
a.Aofi
m dasegundaguer
ramundi
al,duas
pot
enci
asemergir
am,osEUAeaURSSehav i
aumatendênci
adehaverumatercei
ra
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

guer ramundi alesónãoacont eceuporcausadaconst ruçãodabombaat ômi ca.


Diant edaquel eriscoemi nent edeumaguer ra, Geor geKennanpensounaf or mul ai deal
paraav i
tóriaamer icanacont r aossov iéticos,quenão adi antariapar t
irpar aum
conf li
t o armado.Ent ão aest r
at égiaser iabaseadanaanál isedo compor tament o
humano,osoci ali
smoest avaganhandoespaçoem r elaçãoaosoci al i
smo,por queo
social ismo t eor i
cament e pr egav a i gual dade e di gni dade, t eor icament e os
tr
abal hador esv i
ver i
am nopar aíso,aquel er egi mepol ít
icoondeoest adov aicont r olar
osbensdepr odução,t odosser ãol i
vre,hav iaaaut onomi apl enadecadai ndi víduo,
ondeopr ópr i
oest adoi radesapar ecercom ot empo, masocer toéquehav iaumaboa
propagandadeum r egimei gual i
tárioqueer aum cont rapont oaoomodel ol i
ber al
,
democr áti
coquet inhaest abel ecidoum capi t
al ismosel vagem, degr andedesi gual dade.
Liber dadeei gualdadeconv i
v em numabal ançapar tirdomoment oqueal i
ber dadef oi
l
iber ada,ai gual dadef oidest r
uí daeaíaper spectivadadesi gualdadeabr angent e
estar ia,aosol hosdeKennan,i ncent ivandoost rabalhador esabuscarumaal t
er nat iva
que ser i
a o soci alismo.No si stema do capi t
ali
smo sel vagem,onde o mí nimo
existenci alnãoest av asendoobser vado,ondeot rabal hadornãoest av at endosua
dignidadegar antidaqual queral ternativasoar iamel hordoqueaquel aent ãodent ro
dessaper spect i
v aosoci ali
smoest av acr escendopoi sv endi aumai magem deum
sistemamai sj usto,j áqueaspessoasest av am i nsat i
sfeitascom adesi gual dade,el e
dizqueni nguém querseri gualani nguém,oserhumanonãoquerseri gualaoout ro,
nóssomosani mai spol íti
cos,l utamospel opoder ,háumat endênci anat uralaquer er
i
mpornossasv ontades,ent ãoaspessoasnãoest ãodi spost aaabdi cardol uxo,dos
prazer esem nomedeumai gual dade.O di scur sosoci alistaéat raent epor quepar a
quem nãot em nadat eriaal gumacoi sa,escol a,empr ego,mor adi a,masapar tirdo
moment oem queocapi tali
smosemodi ficar ,deum passoat rásnasanhapel ol ucr o
estabel ecendo um pat amarmí nimo ci v i
lizat ór i
o,o mí ni mo de di gni dade par a os
tr
abal hador es, natur alment eai lusãosoci al i
st av aisedi ssi parpor queat endênci aser á
ot r
abal hadorsesat i
sf azercom aaquel emí nimoexi stenci alemant erv ivoosonhode
set or narr i
co,set ornarum capi tali
sta.Kennandi zqueoserhumanosonhacom o
poder ,diant edessaper spect i
vadêomí nimodedi gnidadeael e,at endaàpr imei ra
chamadaqueésobr eviver,ocapi tal
ismonãoest av aat endendoai ssoapar tirdo
moment oquepassasseaat enderessapr imei rachamada, naturalment eoserhumano
i
abuscarmai s, eosoci ali
smonãoi r
iaat enderessemai spor queosoci al i
smopr egaa
i
gual dadeenãool uxo,opr azer .Dessaf or ma,dandoomí nimodedi gni dadeao
i
ndi víduo, osoci ali
smoacabou.

 CI
ÊNCI
APOLÍ
TICAXDI
REI
TO
O poderpol ít
icosemani festaapar ti
rdenormasdecompor tamentoquer efletem
escolhasev al
oresvariáv
eisnot empoenoespaço, dentr
odessaper spect
ivatemosas
normasdeet i
queta,moraisej ur í
dicas.Nessaescalanormati
va,odi r
eit
or esguar dao
mínimoéticosocial,ouseja,existeum núcleodecompor tamentoconsideradosbasi l
ar
paraumasoci edadeeéessenúcl eoqueépr ot
egidopelodireit
o.Entãoapr incipal
rel
açãoentreaci ênciapolí
ti
caeodi rei
toéqueodi rei
toéum fenômenodopoder .Éo
poderpolí
ticoquepr oduzodi reito.Nãoéqual querrel
açãohumanaqueépaut adano
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

dir
eito,masaqui loqueéessenci alparaapr eser vaçãodasoci edade,quef azpar te
dessemí nimoét icosoci al,queépr otegidopel odi r
eito.Opoderpol í
ti
coest abelece
normasdecompor tament o,dentreelaasnor masj urí
dicas, quev ãot eressecar áterde
essencial
idadedent rodasoci edade,tendoem v istaqueel assãoapr oteçãodesse
mínimoét icosoci al.Sendoassi m,est udarciênci apol í
ticaéf undament alpar aque
compr eendamosaessênci adof enômenoj ur
ídico.Mui tasv ezest emosai lusãoqueo
dir
eitoéum i nstr
ument odet ransformaçãodasoci edade,masnãoé,éum mei opelo
qualasoci edadeest abelecel i
mitespar aaaçãoi ndiv i
dualem pr oldaconv i
vênciaou
em pr oldosi nteressesdeum gr upo domi nant e.A v erdadeirat ransfor mação da
sociedadeéat ravésdamudançadasuaest r
ut urapol í
tica,quer efleteasi nsti
tuições
i
nclusivenodi reit
o. O di r
eitoémui tomai sum pr odut odopoderpol í
ticodoque
autônomo, émui t
omai sum i nstr
ument odecont ençãodoquedet ransformação.

 CI
ÊNCI
APOLÍ
TICAXTEORI
AGERALDOESTADO
At eor i
ager aldoest adoénav erdadeum capí tulodaci ênciapolít
ica.O objet oda
ciênciapol ít
icaéopodereoest adoéumaf ormadeor ganizaçãodopoder ,masnãoé
aúni caf ormadeor gani
zaçãodopoder .Asr el
açõesdepodernãoest ãoapenasna
esferapúbl i
ca,masem qual querrel
açãohumana.Dent rodessaper spectiv
a, aopensar
ciênciapol ít
icapensamosnoest udodopoderem suasdi versasfacet
asAt eori
ager al
doest adoéapenasumadessasf acetas.Nóspodemosest udaropoderdent rodo
estadoouf or adele.At eor iageraldoest adoéum capí tul
odaci ênciapol í
ti
ca,um
capituloquei deol
ogicament eteveumar elevânciamui t
ogr andeapoucot empoat rás
aquinoBr asilcomoum r eflexodor egimemi l
it
ar.Oregi memi li
taral
terouocur rí
culo
doscur sosdedi r
eitoedef ormager alret
irouaci ênciapol í
ti
caecol ocounol ugara
teori
ager aldoest ado,por queoobj eti
vomai oreraestudarpol í
ti
caapar ti
rdaót icado
estado,nãosópar av al
or izaroest adocomopr inci
palf ontedopoder( perspectiva
total
itária),maspar areti
raroespi r
itocríti
codadi scipl
ina.

ORI
GENSDASSOCI
EDADES
Vivemosem soci edade,danossaconv i
v ênciaem soci edadeopr ópri
odirei
tosur ge
comoi nstrument odecont enção,
deequi l
íbrio,comopr odutodopoder.“Ubissocietas,
i
bij us”,ondeest áasoci edadeháodi reito.Existeumanecessi dadedecont enção
dessesconf li
tossoci ai
sent ãoopoderageapar tirdessanecessidadedeequi l
íbri
o
entreav ontadeeai mpor t
ânci
adeconv ivermoscom anecessi dadequet emos
i
ner ente a cada i ndiv
íduo de querer t ransformar e domi nar os semelhant es.
Const atandoof atodequesomossoci ai
sr est aasegui ntepergunt
a=por quevivemos
em soci edade? Podemos dest acar duas cor rentes:a per specti
va do impul so
associ ati
vonat uraleper specti
vacont
ratualista.

 CONCEPÇÃODOI
MPULSOASSOCI
ATI
VONATURAL
Oimpul
soassoci
ati
vonaturaltem comopr
incipalnomeAr i
stótel
es,elev
aiaf
ir
marque
ohomem viv
eem sociedadeporumaquest ãobiológi
ca,ousej a,nãoháescol
ha.O
homem nãoconseguevi
verf oradasoci
edade,elenecessar i
ament eéum sersoci
al
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

(
impul
soassoci
ati
vonat
ual
).Porout
rol
ado,
temosascor
rent
escont
rat
ual
i
stas.

 OSCONTRATUALI
STAS
Ascor rent
escontratual
i
stasf alam docont
ratosocial
,ousej a,viverem soci edade
seri
aumaopção,umaescol ha,enãoumai mposiçãodanat ureza.Ohomem poder i
a
vi
verforadasociedade,masopt ouporumav i
daem sociedadepordi ver
sosmot i
vos.E
quais seri
am esses mot iv
os? Dent r
o das corr
entes cont
ratual
istas temos duas
ver
tentes ini
ciai
s, conrtatual
istas do equil
íbri
o social e cont r
atuali
stas do
desenvolvi
mentohumano.

Osdef ensor esdoequi lí


bri
osoci alpr egam ai deiadequeosser eshumanoopt aram
porv iverem soci edade,masessaopçãoporv iv
erem soci edadet eri
adecor ri
doda
necessi dadedecont eraguer r
adet odoscont rat odos,pr omov endoaconv ivencia
(expressãodeTomasHobes) ,ousej a,ai dei
adequeant esdeexi st i
rsoci edadeexi sti
a
ocaoseasoci edadeépr odutodeumanecessi dadedeequi l
íbr i
o, com i ntuitoi nclusive
deev it
araext i
nçãodapr ópriahumani dade.Dent r
odessacor rent epodemosdest acar
HobeseJohnLocke, Johntambém v aiconcordarcom Hobesnesseaspect odequeo
contratosoci alfoi f
or madocom oi ntuitodeev itaroconf li
to,gar ant i
rapaz.Ocor reque
existeumadi f
erençaf undament alent reHobeseLocke.Ai deiadeHobeséqueno
estadopr é-socialexi sti
aocaosent ãoem al gum moment of oif eitoum cont r
at osoci al
para uma nov af ase onde os ser es humanos est abeleci am um par âmet ro de
conv i
vência,maspar aHobesessecont ratodev eri
aserf i
rmadoem cl ausulasbast ante

gidas,r estri
ngidas,ousej a,nav isãodel eoserhumanonãopodev i
verem uma
l
iberdademui toampl apor queel et
ender áaabusardessal iber dade, jáqueohomem é
ruim pornat ureza.Ent ãoomodel oqueHobesdef endedesoci edade,deest adoéo
l
ev i
atãqueéumaal egoriaquer epr
esent aopr ópr i
oest adot ot al (est adoabsol uto) ,que
l
imi t
ariadr asti
cament eal i
berdade.JáLocket em umaper spect ivaopost a,embor a
também sej aum cont rat
ualistadoequi l
íbri
o.El eéum t eóricodol iber al
ismoent ãoel e
defendequeasr egrassãonecessár ias,masel asdev em serasmí nimasnecessár ias,
ousej a,el edef endeoest adomí nimo,quenãoi ntervém nomer cado,queéum
medi adormui t
omai sdoqueum pr otagonist
a,opapeldoest adoésubsi diár io.Par a
Lockeacr iati
vidadehumanaéopr incipalfat
orqueosdi fer enci adosani mai separ a
queessacr iati
v i
dadesej aexer ci
daénecessár io quehaj al iber dadeent ão Locke
defendeal i
berdade.

A cor r
ente do desenvolvi
ment o humano apr esentaaf igur a de Rousseau,que é
também éum cont rat
uali
sta,masel efundament aocont ratosoci alapartirdeoutra
perspecti
va.Eleacr edi
taqueo cont rato socialépr odut o eumanecessi dadede
desenv ol
vi
ment ohumano.El evaidizerqueant esdasoci edadeohomem éobom
selvagem,“ohomem ébom easoci edadeocor r
ompe” .Por que,então,ohomem f oi
viv
erem soci edadeseel aocor r
ompe?I ssoocor reporqueocont ratosocialsetorna
necessárioparaquehaj aopr ópri
odesenv olvi
ment odasoci edade,ossereshumanos
percebem queal i
ando forças,agindo colet
ivament e,podem pr ogredi
reo gr ande
objeti
vodoserhumanoéopr ogr
esso.
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

OESTADO
 CONCEI
TOEELEMENTOSCONSTI
TUTI
VOS
Quandopensamosnoest adof al amosnumadaspr incipai sf ormasdeor gani zaçãode
poder ,que,par aosnossosest udosj ur í
di cos,ganhaumar elev ânci agr ande,umav ez
quenaev oluçãohi stór i
cadodi r eito,osur giment odoest adopr opor cionouumamai or
clarezanadi fer enci açãoent reamor aleodi reito,apar tirdomoment oem queo
estadocomoent idadeor gani zadapassouaassumi ropapeldecr iadoreapl icadordo
direito.Oest adonãonasceucom amoder nidade,j áexi stianaant iguidade.Oest ado
nem sempr eexi stiu,masel et bm nãoét ãor ecent eassi m.Oest adoéumaf ormade
organi zaçãopol ít
icacompost ade3el ement osf undament ais:opov oot er r
itórioea
sober ania.Opov oéoel ement ohumanodoest ado,éoconj untodepessoasquev ai
exer ceropodersober anoem um t er r
itório.Qualéadi f erençaent r epov oepopul ação
epor queoel ement odoest adoéopov oenãoapopul ação?Popul açãoéasomadas
pessoasqueseencont ram not er rit
óriodoest adoem um det erminadomoment o, isso
excluiosbr asileirosqueest ãonoext eri
or ,porexempl o.I ssoquerdi zerquenãohá
distinçãoent reosnaci onaiseosest rangei ros,sãot odasaspessoas.Ov í
ncul oent r e
popul ação eest ado éum v í
ncul o mer ament ej urídico,o dev erdeobedi ênciado
ordenament oj ur í
di copar aoexer cíci
odedev er esededi retos.Exempl o:ocasodo
nadadorRy anLoche.A di f erençadapopul açãopar aopov oéqueopov oéum
conj unt o depessoasqueguar dacom o est ado v í
ncul osdei dent i
dade,quesão
víncul osj urídicosepol í
ticos,opov oper t
enceaoest adoeoest adoper tenceaopov o.
Aquel equef azpar tedopov o, far apar tedessepov oindependent ement edasf ronteiras,
em qual querlugardomundo.Por queopov oéel ement odoest adoenãoapopul ação?
Por queénecessár iopar aqueoest adoexi sta,queexi stam pessoasquet enham a
capaci dadedeexer cerat ivi
dadesdegov er no( vot ar,porexempl o).Oqueéanação?É
um conj untodepessoasqueguar daent resiv ínculoscul turaissemel hant es,i sso
signif i
caqueai dei adenaçãonãoest ánecessar iament ev incul adaai dei adeest ado
oudepov o,oquef ormaumanaçãoéaexi st ênci adeumai dentidadecul tural,enão
política.Exempl o:Judeus.Ter r i
tór ioéaár eadogl obot errestresobaqualoest ado
exer ceasober ani a.El ecompr eendet r
êsel ement osbási cos:o domí niot err
est re,
mar ítimoeaér eo.Asober aniaéopoderpr ópr iodoest adoo, opoderquecar acterizao
estadocomot al ,éoquedái dent i
dadeaoest ado,equeser ev elaapar tirdeduas
dimensões:adi mensãoext er naeadi mensãoi nterna.Adi mensãoext er nasi gni fi
ca
queoest adoésober anoext ernament epor queel etem i ndependênci apol í
ticaper ant e
osent esext ernos,est rangei ros.Asober ani aext er naéexer cidaquando,porexempl o,
um paí stem uni cament eapr er rogat i
vadet omarumadeci sãosobr eum det er minado
assunt osem asubmi ssãoaum out ropaí s.Exempl o:ocasodoci dadãoamer i
canoem
Singapur a( chibat adas) ,o caso da I ndonési a.Já a sober aniai nterna si gni f
ica a
i
mper ativi
dadedo poderdo est ado.I sso si gnificaqueno exer cício dasober ani a
i
nt ernaoest adot em acapaci dadedecr iarnor masj urídicasef aze- l
ascumpr irpor
todasaspessoas( popul ação) .

 SURGI
MENTODOESTADO
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Aspr imei r
associ edadeshumanaser am nômadesehav i
am l açosdei dentifi
cação
entreaspessoas,masnãoum l acocar acterizadocomoum l acoest atal
.Ant esde
existi
rest adoexi stiam nações,mascomonãohav iat er
rit
ór io,nãohav i
aest ado.A
evoluçãodahumani dadel evouàsedent ar
izarãoef oielaquepat r
oci nouosur giment o
doest ado.Par at ent arexpl icarosur giment odoest adosur gi ram al gumast eorias.A
teoria da pot enci ali
dade di zque osser eshumanosno exer cício da cr i
ati
vidade,
evoluíram desoci edadesnômadespar asoci edadessedent áriasapar t
irdadomi nação
daagr i
cul t
ura,dapecuár iaeaísur geoest ado,por queapar tirdosedent arismosur ge
ot err
itório.At eoriaf ami li
art ambém f aladoexer cí
ciodacr i
at ivi
dadeedodomí niode
técnicasquel evaram aosedent arismo, porém, sedi stinguedat eoriadapot enciali
dade
porqueel ar essaltaoaspect of ami l
iarcomoonúcl eodosur giment odospr i
mei ros
estados, ouseja, aidei adequeasf amí l
i
asf oram ospr imeir
osgr upossoci aiseapar ti
r
daconi vênciadasdi versasf amí li
asent resiedaconsequent esedent ar
izarãodessas
famí l
iaséqueoest adot eri
asur gido.Teor i
adaconqui staapr esent aai dei
adequea
sociedadeer anômadeeel asedi vi
diaem gr upos,masdar ival
idadeent reesses
gruposéquet eriasur gidooest ado.Doi sgr uposnômadesent ram em conf l
it
oe
quandoum ganhaeoout roper deel essesedent arizam,osv encedor esexpl orandoa
forçadet r
abalhodosv encidos.Teor i
apat ri
moni alout eor iaeconômi capar tedo
pressupost osegundooqualem um det ermi nadomoment oum gr upodenômades
teri
acer cadoum pedaçodet erraf azendosur girapr opri
edadepr i
vada,apar ti
rdaío
mundot eriasedi vididoent r
eospr opr i
etári
osdosmei osdepr oduçãoeosquet i
nham
af orça de t rabal ho,se est abel ecendo ent ão uma di vi
são do t rabalho e uma
sedent arização, osquet em at er raexpl oravam osquenãot inham at err
aepassav am
adependerdel apar aasobr eviv ênci a.

 OESTADOANTI
GO
Aev oluçãohi stóri
cadoest adoseconf undecom aev oluçãohi st
óri
cadopr ópri
odireit
o.
O di r
eitov em dasr elaçõesdepoder ,queéum pr essupost odaor ganizaçãodas
soci edades, que at ua cr iando nor mas de compor tamento que podem ser
hier arquizadas.O di reit
o,por tant o,r esguarda o “ mínimo ét i
co social”.Desde a
ant iguidade,com osur gimentodoest ado,passaaexi stirumadi st
inçãomai sclar
a
ent re dir ei
to e mor alpor que a mor ali mpõe compor t
ament os,e quando um
compor t
ament omor alnãoéobser vadoexi stesançãodi fusa.Jáquandopensamosno
direitot emosasançãoj urídi
caor ganizada.Masnem sempr ef oiassi m porqueo
est adonem sempr eexi sti
u.Ant esdeexi sti
rest adoexi sti
aodi rei
topor queelese
preocupaem r esguar daro“ mí nimoét icosocial”equal quersociedadet em omí nimo
ético, sejaelaumasoci edadeor gani zadasobaf ormadoest adoounão“ ubissocietas,
í
bisj us”.O queacont eciaer aqueant esdeexi sti
restadoosconcei t
osdemor ale
direitoseconf undiam.Odi reit
oer aumamor almai selevada.Osur gi
ment odoest ado
per mi ti
uumadi ssociaçãoent reodi reit
oeamor al
.Eessamor almai sel evadaera
fundada pr inci
pal ment e na religião que pr evaleceu no i ní
cio do sur gi
ment o dos
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

pr
imei
rosest
ados,
issopodeserv
eri
fi
cadonoEgi
to,
naÍ
ndi
a.

Dentreosest adosant i
gos,odest aquemai orv aiparaaChi na.Aocont r
áriodoEgi toe
daíndia,porexempl o,tinhaum car átermai shumaní sti
copor queaf il
osof i
achi nesa
temper ouomi sti
cismodaépoca.Éi mportantedest acartambém aMesopot âmi a, que
foipalcodosur giment odocódi godeHamur abiquer epr esent oupar aahi stóri
ado
dir
eitooadv entodopr i
ncípi
odapr oporci
onalidadeeessepr i
ncí pi
of oirevel adopel a
famosal eidotali
ão“ ol
hoporol ho,dentepordent e”,passandoaexi sti
rum par âmet ro
paraasanção.Ocódi godeHamur abierabem di f
erentedoscódi gosat uai s,queno
casodoBr asilécompost opornor masger aiseabst ratas.Nor mager aleabst rata
prevêumacondut aqual querabstratament e,ousej a,dissoci adadeumasi t
uação
concretaepr evêtambém umasançãopar aessacondut a.Porexempl o:artigo121do
códigopenal ,mataralguém,pena:6a20anosder eclusão.Essanor maapl i
ca-sea
todos,pori sso éger al,eéabst ratapor quenão est áv i
ncul adaaumasi t
uação
concreta.Ocódi godeHamur abieraumacompi laçãodesi t
uaçõesconcr etasenão
compost odenor masger aiseabst r
atas.Entãoer aum códi goj urisprudencial.

A mudançadepar adi gmasmai si mpor tantedesseper íodo ant i


go par ao mundo
ocidentalsedeunaGr éciaem At enas.QuandopensamosnaGr éciapensamosem
vári
asci dadesest ado,aspol i
s.Inicialment eem At enast í
nhamosumacl assepol íti
ca
domi nantequeer am oseupát ridasqueer am pr oprietáriosdet erraquesecol ocav am
em umasi tuaçãopol íti
caeeconômi cadesuper iori
dadeper anteaor est odasoci edade.
Só queo desenv olvi
ment o comer ci
aldeAt enaseo pr óprio desenv olvimento da
fi
losofiafizeram com queopoderdoseupát r
idasf ossequest ionadooquel evoua
democr ati
zaçãodeAt enasquesi mbol izouat ransposi çãodopodert eocr áticopar ao
poderhumano.Oseupát r
idasper deram pr esti
gio,for am l evadosaf azerr eformas
polít
icas,primeiradel ascom Dr aconqueer aum eupát r
idaef ezumar efor maquenão
atendeuaosi nt
eressesdasout rascl assessoci ais.Depoi sv eioSól onquef oiopai
teóri
codademocr acia,quef oiimpl ement adaporPér icles.Ademocr aciaat eni
ensese
desenv ol
veucomoum r egimepol í
t i
cobaseadonopoderdohomem enãodeDeuse
naideiadei gual
dade, i
sonomi a.Em At enast odososhomensl ivreseadul tostinham a
prerr
ogat i
vadeser euni rem pr açapúbl i
caet omardeci sões.Hav i
ar epresentação
polít
icanaépocaeosr epresentant eser am escol hidosat r
av ésdesor t
ei o.Sóquecom
aascensãodoI mpér ior omanoocor rear etomadadat eocr acia,daf i
gur adoI mper ador
comoumaf i
guradi vina.Com Teodósi oeConst antinot eremosumasuper açãoda
naturezadi vinador eipelai nvestiduradi vina.Romaent ãov ivenciaai ndaum per íodo
humani zado do poderquev aiseencer rando com o desenv olvi
ment o do impér i
o
romanoquet erminasendodi v
ididoem doi satéqueadecadênci adoi mpér ioocident al
ocorreof i
m dai dadeant i
gaeoi níciodai dademédi a.

 OESTADONAI
DADEMÉDI
A
Naal t
aidademédi
a,omodelodeest adocentral
i
zadorquei mpõer egrasdedi r
eit
o,as
fazcumpr i
reépl enament
ei ndependent
epol i
ticamente,desaparecepr at
icamente
porquehouveumagr ander
earrumaçãopolít
icadaEur opaquef oicaracteri
zadapela
for
maçãodenov osreinosejuntamentecom af ormaçãodessesr einos,surgi
ram os
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

feudos e nessa estrutur


af eudalde suser anos e vassalos uma das princi
pai
s
caracter
íst
icasquevaiseobser varéqueum suser anoét ambém ov assal
odosenhor
maispoder oso,port
antoexisteumahi erar
quiasocial
,queécombi nadacom uma
ati
vidadeeconômicaessencialmenter ur
al,poucamobi l
idadesocialepolít
icaeuma
fort
epr esençadopl urali
smoj urí
dico.O plural
i
smoj urídi
cof oiamai simpor t
ant
e
caracter
íst
icadodir
eit
omedi eval.

Oor denament ojur í


dicoéum si stemadenor mas,edopodernascem asnor masde
compor tamento,el eaf i
rmaquenãoexi stesi st
emaj urí
di codeumanor masó.Por
exempl o,um sistemaj urí
dicodeumanor masóondet udoser iaper miti
doser áum
caos,eset udof ossepr oibi
dotambém ser i
aocaos.Opl ur al
i
smoj ur í
dicoéal goum
poucomai scompl exo,poi svocêt em mai sdeum or denament oem umamesma
sociedade.Por quehav iaaf ort
epr esençadopl ural
ismoj urí
diconai dademédi a?
Porquehav i
aessaconf usãoentr
equem mandav aedequef or
mamandav a?Por quea
i
deiadoest adocomot odopoderoso,comoaent i
dadequeér esponsáv elporcr iaro
dir
eitoeaplica-
loessai deiaseesfacel ou,auni dadepol ít
icadoest adof oimitigadana
i
dademédi apel osur gimentodosf eudos.Of eudoest avageogr aficament edent rode
um reino,masnapr ati
caosenhorf eudalmandav amai sdoqueor ei.Issosi gnif
icava
napr ati
caqueor eitinhaumasober aniaext erna,masnãot inhainternament e.Nem os
rei
nosnem osf eudosconseguem combi narsoberaniai nternaeext er napori ssopode-
sedi zerqueoest adodesapar ececomof ormadeor gani zaçãopol í
ticanaal t
ai dade
médi a.

Homensl i
vresexi stiam naEur opanaquel aépocaemui tosdesseshomensl ivres
desenhar am nov asr ot ascomer ci ai
scom oor iente,expandi ram seusnegóci osei sso
possi bilitouor essur giment ocomer cial.AEur opamedi ev alsof reuv áriasepi demi as
quedi zimar am boapar tedapopul açãoev i
abi l
izaram ami graçãopopul acionalgr ande.
Issoper mi ti
uum i nter câmbi oentr easdi ver sasr egiõeseur opeiaseconsequent ement e
umar eat ivaçãodocomer ci oedoespaçour bano.Al ém di sso,osf eudospr oduzi am
suaspr ópr i
assubsi stênci asóqueset ornoucomum oexcedent edepr oduçãof eudal o
quev i
abi li
zout ambém ocomer ciopopul açõesdeum f eudot rocandomer cador iacom
aspopul açõesdeout rofeudo,i ssoéi mpor t
ant epar aqueasci dadeseoscomér cios
ressur gi ssem.E,f inalment e,aI grej
aCat óli
caat ravésdascr uzadaspat r
ocinouum
i
nt ercambi opolíticocul t
uraleeconômi copor quemui taspessoas, atravésdachamada
l
ut acont raosi nfiéis,mi gr aram geogr aficament eei ssot ambém at i
vouasr elações
comer ci ais.Todosessesf atosem comum ger ouum r essur giment odocomer cioedo
espaçour bano.Ej untament ecom osur giment odasci dadesedocomer ciosur gem os
bur gueseseocapi t
alismo.Oquenóst er emosnosécul o15em especi aléumauni ão
dei nt
er essesent reosr eiseabur guesi a,com essaal iançamui tosr eisuni fi
car am
feudos,uni ficar
am amoedaeabur guesi aapoi out udoi ssopor quepar aabur guesi a
ser i
af undament ala f or mação do est ado naci onalmoder no. O absol uti
smo
monár qui cov aisur girapar ti
rdesseapoi odabur guesi aequepossi bili
taessanov a
format açãopol íti
ca.

Um out
rof
atoi
mpor
tant
epar
a sedest
acarsobr
eo di
rei
to na i
dademédi
a éa
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

for
maçãodasduaspr i
ncipaisf amíliasjurídicasquenóst emoshoj e,af amí l
i
adoci v
il
l
aw edocommonl aw.O ci villaw éumat radiçãojurídicadeor i
gem ger mânicaou
romanaquesebasei afundament alment enal ei,aleiger aleabst rata.Aquinobr asil
nóst emosat radiçãodoci vi
llaw.At radiçãododi rei
toamer i
canojáest udaocommon
l
aw,j uri
sprudência.Jáocommonl aw sebasei anapr incipalfontedodi reit
ocomo
sendoopr ecedentej uri
sprudenci al,ocost umedost ribunai s.Ocommonl aw seri
ao
dir
eitocomum det odososi ngleses.Ant esde1066aI nglaterraeratomadaporf eudos
epel afort
epr esençadeum pl uralismoj ur í
dico,quandoGui l
hermeoconqui st
ador
chegaaI nglaterr
ael eprocur auni f
icaropoder ,entãoelecr i
at ri
bunais.Ocommonl aw
foiaconstruçãoj ur
isprudencial dessest ribunais, ouseja,ospr ecedentescriadospelas
decisõesdost r
ibunaisset or navam v i
nculat i
vos.Odi reitoinglêséum di reitoquese
baseianatradição,ocommonl awt em essaconcepção.

 OESTADOMODERNO
Amoder nidadeéum per íodohi stór i
cocompr eendidoent r
eosécul o15eosécul o18.
Oanode1463f oium mar codeci sivopar aat ransiçãodai dademédi apar aamoder na
quandoouv eof im doimpér iobi zant ino.Ai dademoder naéumaer adet ransi çãoent r
e
um f eudal ismodecadent eeum capi talismoascendent e.Aconsol i
daçãodopodernas
mãos do r eicom a f ormação do est ado moder no absol utist av aisera gr ande
consequênci adaj unçãodabur guesi aedor eicont raosenhorf eudal .Ocapi t
alismode
fatov aisei mporet ornarpr edomi nantecom ar evoluçãoi ndust rialeai dademoder na
éopal codessasr evoluçõesbur guesasedar evoluçãoi ndust rial.Noi níciodai dade
moder na,t eremos de i mpor tant e par a dest acara f ormação do est ado moder no
absol utist a.O absol utismov aiserconsol idadoapar ti
rdaf ormaçãodeum poder
central,da uni f
icação da moeda,de uma super ação do pl ur ali
smo j ur í
dico pelo
moni smoj urídi
co.Issoocor r epor quenóst emosaf or maçãodoest adoqueassumea
responsabi lidadedecr iareapl icaro di rei t
o.Junt ament ecom essaascensão do
estadot er emosadecadênci adaI grej
aCat ólica.Ar ef ormapr ot estantev aiocor rere
vailimi taropoderdaI greja.Sur get ambém oconheci ment omet afisico.Ecom o
passardot empo,com amoder nidadesur geauni ãodabur guesi acom or eisóque
essabur guesi at i
nhacom o r eiumauni ão dei nt eresseseem um det er minado
moment oessabur guesiav aiper ceberasuaf orça,ar evoluçãoi ndust ri
alv aieclodire
faracom queabur guesiaper cebaqueor eiset ornai nimigo,por queor eijánãoser á
mai snecessár i
oj áqueosenhorf eudal foider rotado.Quandoi ssoocor recami nhamos
paraof im doabsol uti
smomonár quicoepar aaf ormaçãodoest adol iberal.

Surgeent ãooest adomoder noque,por tanto,vaiserconst it


uídosobr eaégidedo
absoluti
smomonár quico.Entãooabsol uti
smomonár quicovaiseraprimeir
aideol
ogia
moder naquev aiserapl i
cadadi r
etament esobaf ormaçãodoest ado.Oabsoluti
smo
monár qui
co vaise car acter
izarpel a centrali
zação pol í
ti
ca nas mãos do rei
,que
i
nclusivetem l
egit
imidadet eocráti
ca.Esseper í
ododai dademodernaéum per í
odode
contr
adiçõesideológicas,éum per í
ododet ransi
çãoent r
eum feudali
smodecadentee
um capi t
ali
smocadav ezmai sfor
teeacar acterí
sticadoabsol uti
smomonár quico
ref
let
eum poucoessat ransi
ção,or eisetornaosenhorabsol utodoest adocom f
orte
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

concentraçãodepoder esnassuasmãosecom umaf undament açãoi deol


ógi cado
seupoderapar ti
rdai deiadai nvesti
duradi vi
nadosr ei
s,quepr egaqueor eiéum
representantedeDeusnaTer ra.Masaomesmot empooest adomoder noi ntroduzna
sociedadeopensament ocientif
ico,abur guesiav aitrazerparaasoci edadeem ger ala
defesadaci ênci a,algoquej ápodemosobser varnoper í
odomedi ev al
,mascom uma
forteoposi çãodai grej
a.Énai dademoder naqueopoderdaI grejav aiseabal area
reformapr otest antev aireti
rardaigrejamui todoseupoder .Eaíar eformapr otest ante
vaisofrerumacont rarr
eforma, t
eremosr efl
exodessadual idadeem v ári
osâmbi tosdo
conheciment o,t eremos,porexempl o,na lit
er atura,o homem bar roco.Mas no
moment oi niciala bur guesia apoia o absol utismo porconv eniência.E aív ári
os
fi
lósofos v ão sust entaro di scurso absol uti
sta,porexempl o Tomas Hobes.Ao
defenderai deiadequeohomem éol obodohomem equeénecessár i
oum est ado
l
ev i
atãcapazdeest abelecerum equi líbr
iosoci al,vaidefenderopoderdor ei.Out r
o
pensadorquef undament aoabsol utismoéJeanBodi n,quedef endequeasober ani aé
umacar aterí
sticaabsol utadoest ado, ouseja,quet odopoderest ánoest ado, ousej a,
nasmãosdor ei.A pr imeiraideologiaquev aiseapl i
caraoest adomoder noéo
absoluti
smo, quet eráumaser i
edeant agonismoj áquev aiserapoi adopel abur guesia
quepr egaodi scur socientif
icoeoest adolaico.

Ent ãooabsol utismomonár quicov aipr evalecernospr i


mórdi osdoest adomoder no,
masaer amoder naer aumaer adet ransiçãoent r
eum f eudali
smocadav ezmai sfraco
eum capi t
ali
smomai sf orte,et ransiçãoent reum podercent r alfor
teeum est ado.Eaí
o sécul o 17 v aisermui toi mpor tante par a compr eender mos esse pr ocesso de
transiçãonaI ngl at
er r
a.AI ngl at
er r
av aiserober çodeTomasHobesquev aidefendero
l
ev iatãnum per íododecr iseger adapel ar evoluçãobur guesa,desencadeadaapar t
irda
máqui naav apor ,apar t
irdar evoluçãoi ndustrial
.Osécul o17v aiseropal cof érti
lpar a
aoposi çãoaopoderabsol utodor ei.Abur guesiaapoi ouor eiporumaquest ãode
i
nt eresse,hav i
anaquel emoment oanecessi dadeporpar t
edabur guesiadepr omov er
um podercent ralf ort
ecapazdeuni ficaramoeda,v i
abili
zarocomér ci
oeenf raquecer
opoderdossenhor esfeudai saf im dedesenv olverocapi t
alismo.Masopoderdor ei
foisendomi nadoembor aor eif osseum al i
ado.O r eient ãoser ádestronado.A
bur guesiav aiobser varqueoi nimigocomum ent renobrezaebur guesia,ousej a,o
senhorf eudalest aderrotado.Ar evol uçãoi ndustri
alvaisinali
zarpar aabuguer si
aque
ocapi t
alismov enceu.Seosenhorf eudal estaderrotadonãosej usti
ficamai saal iança
com o r eipor que o r eié i nconv eniente par a os interesses bur gueses,el eé
cent ral
izador ,viveàscust asdosbur gueses,éaut ori
tári
o,ent ãoelesacabam com o
poderdor ei
.

Em 1628t eremosopet i
ti
onofr ight
squef oiumacar t
aqueopar l
ament oinglêsdir
igi
u
ao r eiCar l
os Ipedindo a ele que ouvi
sse os par l
ament ares,que conv ocasse o
parlament o,queel
ev al
orizasseopar l
amento, queest
av aesqueci do.Essepar l
amento
i
ngl êséacasadosr epresentantesdopov o,nocasodaI nglaterraexist
eopar l
amento
bicamer al,exi
steacâmar adoscomunseadosl or
des.Em 1628quem mandav ade
fatoer aor ei
,sóqueant esdor eiCarl
osIpr i
meir
oal gunsepi sódiosmer ecem ser
dest acados.Em 1066 a I nglater
ra se tornou um est ado quando Gui l
herme o
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

conqui stadorchegoueest abel eceuocommonl aw.Sóqueem 1215t ínhamosum r ei


na I nglaterr
a chamado João sem- t
erra,ganhou esse apel ido poi s não t i
nha
propr iedades,aiel eaument ouost ri
butosoqueger ouumar ev oltaqueor iginoua
criaçãodopar lament oi nglês.Opar lament oinglêsf oiumaassembl eiadenobr esque
ser euniram par acont estarosabusosdor ei.O r eiJoãosem- terraf oiobr i
gadoa
assi nar um document o chamado magna car ta que compõe hoj e o que nos
conhecemos como const ituição da I nglaterra e est abel eceu v ári
os di reit
os
fundament ais par a a nobr eza na época.A magna car t
a si mbol iza a cr iação do
par l
ament oingl êscomoesseór gãof iscali
zadordor eiev aiimporl imi t
esàat uaçãodo
rei.Sóqueem 1485t eremosumaguer raci vi
lnaI nglaterr
aquev aiconsol idaropoder
dos? ,omai sconheci dodos?f oiHenr i
queVI II
,quev aiset ornarum r eiabsol ut oeo
par l
ament ov aipassarasermai sdecor ati
vo.Em 1628opar lament ov aiser ebel are
exigir um enf raqueci ment o do r ei.Ent ão o pet it
ion of r ightsf oia pr i
mei r
a
demonst raçãodessai nsatisfação.Sóquenãodeumui tocertoi nicialment e, eosanos
passar am eogov er nodeCar losIf i
coucadav ezmai sfragil
izadoat équeel eter minou
sendopr esoeassassi nado.Eoassassi natodeCar losIcul mi nouem umar ev olução
bur guesaconheci dacomor ev oluçãodecr onwel l
,quei mpl ement ounaI nglat err
ao
únicoper í
ododaI ngl aterr
aquenãof oimonár quicoesi m umar epúbl i
ca, massódur ou
5anoseamonar quiaf oir eest abelecidanaI nglaterr
amasnãocomoant es.Out r
o
episódi ohi stóricoquev aleapenadest acarf oiem 1679quandot ivemosapubl icação
dohabeascor pusact ,dal eidohabeascor pus,quev aisigni fi
carumal eisegundoa
qualni nguém ser ápr eso def ormaar bit
rári
a,sem di rei
to adef esa.Essaéuma
per spect ivatambém dopet i
tionofr ightset ambém damagnacar t
a.Odi reitor omano
também pr eviaohabeascor puscom onomedei nterdi
ctodehomi nel i
ber oexhi bendo.
Issov aidemonst r
arqueor ei estáf r
aco.

 OESTADOLI
BERALCLÁSSI
CO
Quase10anosdepoi s(1688-89)t eremosar evoluçãoglori
osa.Or eiinglêst i
nhase
tornadoum r eifr
aco,queestavasof rendoumaf or t
eoposiçãodopar l
ament o,nessa
perspectivaháumaameaçadeumaguer racivi
leatédamor t
edopr ópri
or ei,eleentão
fogeeabr eespaçopar aogenr odel echamadoGui l
her
medeOr angequev aiser
coroador eicom oapoi odabur guesia,porqueacondi çãoqueaburguesi aimpõepar a
queel eset ornereiéqueel eassi neum document ochamadobi l
lofr i
ghtsquev ai
signif
icarof i
m doabsol uti
smo.Com obi l
lofright
samonar quiaémant ida,ocommon
l
awét ambém mant ido,masorei vaiadmi ti
rqueopodermai simportantenaI nglaterr
a
será o par l
ament o,o reiset ornara um mer o executorda lei
.Ter emosent ão a
perspectivadeJohn Lockedesepar ação dospoder es,o poderexecut i
vo( rei)e
l
egi sl
ati
vo( parlamento:cri
arasleisef iscali
zaraat uaçãodopoderexecut ivo,função
quedecor redapr ópriamagnacar t
a).

Em 1789ter
emosar evol
uçãofrancesaqueseráconsoli
dadanof i
naldoséculo18.A
revol
uçãofr
ancesasepropôsaserumar upturacom oant i
goregime.Enquantona
Ingl
ater
raaburguesi
afazum acordocom orei,naFrançaocorr
eumar upt
uraefet
iva
com oanti
goregimeeor eiem 16él ev
adoagui l
hot
ina.Arevol
uçãofrancesavaiser
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

const ruídaapar ti
rdeum mov iment opol ít
icosoci alqueéchamadodei l
umi nismo.
Uma das pr i
ncipais hi storiador as do mundo chamada Ger t
rude,v aidizerque o
i
lumi nismonãoépr odut odaFr ança.El adi zqueexi stiri
am 3i l
umi nismos, ofrancês, o
i
nglêseoamer i
cano.El av aidi zerqueháumadi st i
nçãoent reoi l
umi ni
smoi ngl êse
fr
ancêspor queoi l
umi nismof r
ancêsf oidef atoum mov imentopol íti
coquet inhauma
fi
nalidade,um mov iment o par a a el ev ação da Fr ança à pr ot agonista do mundo
ocident al,ai deiadequeosv aloresbur gueses,f rancesesdev er i
am serexpor t
ados
parat odoomundo.Éessaper spect i
v adeum i l
umi ni
smov oltadoaconst r
uçãode
dir
eitoshumanos, dedi reitosquedev eriam serexpor tadospar at odoomundocr iando,
portant o,umahegemoni apol í
ticasoci aldaFr ançaem r elaçãoaosout r
ospaí ses.E
essei lumi ni
smov aiserr efleti
vonar ev oluçãof rancesa, tantoéqueémui toconheci do
ol ema da r evolução f r
ancesa cr iado pel os i l
umi nistas:liberdade,i gualdade e
fr
ater nidade.Eessal iberdade,i gual dadeef raternidadev aiseracompanhadapel a
declar ação uni versaldos di reitos do homem e do ci dadão onde nós t emos a
demar caçãodosur giment odat eoriadosdi r
eitosf undament ai
s,ai deiadequeaquel es
val
or es dev eriam ser obser vados em t odo o mundo,por t odas as pessoas,
i
ndependent ement edasquest õescul turais.Nessaper spect i
va,aFr ançaest abel ece
essel ema,dai gualdadel i
ber dadeef rat ernidadeapar t
irdeumaót icadapr ev alência
dar azãohumana, eessasoci edader aci onal, v
ai encont r
arsuar acional i
dadenal ei.

Ant esdar evol uçãof rancesa, com oest adot eocr át i


co, oqueuni fi
cav aasoci edadeer a
o podert eocr áti
co do r eibaseado na i nv est i
dur a di vina.Pensament or acional,
cient ifi
co, aidei adel i
ber dade, igual dadeef rat ernidade, ir
ar ompercom essal ógi ca.O
est ador acionalci entif
icoqueosf rancesesv ãodef enderéoest adol aico.Oqueéa
pol í
t i
ca?Éaar tedeconqui star,mant ereexer ceropoder .Par aconqui staropodera
bur guesi af rancesabuscoui deologi cament er omperar elaçãoent r
eest adoer el
igião,
criaranoçãodequet odossãoi guai sper ant eal ei,cri
arumasoci edadebaseadana
ciênci aenar azão.Par amant eropoderabur guesi anãopodi amai sr ecor reradeus, à
reli
gi ão,er anecessár iocr iarum nov oel ement ouni ficadordasoci edadequeer aal ei
baseadanar azãohumana,baseadanaci ênci a,al eiem t eseser iaigualpar at odos.A
respost adaci ênciapar aaor gani zaçãoeest abi l
idadedasoci edadeser iaal eicr i
adaa
par tirdar azãohumana.Ent ãoal eipassaasert ratadacomoel ement odeuni dadeda
soci edade,oest adodedi rei
tobaseadonal eienãoapenasnal ei,naconst it
uição.Na
revol ução f rancesa t eremos o pensament o de EmanuelSi éves,que é um dos
princi paisconst rutoresdoconst itucionalismomoder no.El ev aiescr everumaobr a
chamadaoqueéot ercei roest ado.Nessaobr aelev aidizerqueexi stem l eiscomuns,
ordi nárias,masquesef undament am naconst i
tuição,ousej a,nal eimai or ,eessal ei
mai orser i
acr iadapel ar azãohumana, teriaum car átercient ifi
co, seriaigual parat odos.
Al einascedeescol has,dav ontadepopul ar.Seal eiépr odut odev aloreseescol has
quev ari
am not empoenoespaço,seal eiépr odut odopoder ,quandodi zemosque
todossãoi guai sper anteal ei,leiqueporsuav ezécr i
adapel oshomensdef orma
desi gual ,algunst erãoopoderpar ai mporasl eiseout rost er ãoopoderdeobedece- l
as.
Ent ãoquandoabur guesi adi zquet odossãoi guai sper ant eal eiebuscaai deiadeque
al eiéci ent i
ficaeobj etiva,dequeoj uizéabocadal ei(queapl i
caal eimasnãoa
i
nt er preta),al ei passaaserum dogma.
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Liber dade, igualdadeef rater nidadepodesert raduzidocomol iberdade, l


i
berdade.Qual
eraai gualdadequeabur guesi afrancesaquer i
a?A i gual dadepol í
ticabaseadana
supr emaci adal ei.Quandosef alaem igualdadenaper spect i
vadabur guesiaf r
ancesa,
oquenóst emoséai gualdadef ormal“todosi guaisper anteal ei
”em t eset odossão
i
guai s,sóqueal eiédesi gual .SóqueAr i
stótelesj ádizia,quandov ocêt rat
adesi guais
def or mai gual,adesi gual dadenãoapenasper manececomot endeaaument ar.Ele
falav adai gualdademat er ial,comoumaper spect i
vadej ustiça,queéot r
atament o
desi gualaosdesi guaisnamedi dadadesi gual dade.A f raternidadel i
beralpodeser
obser vadaapar tirdopensament oeconômi codeAdam Smi th.El ev aienxer gara
solidar i
edadesoci al
,elev aidi zerquesev ocêquerobem- estarsoci al,vocêdev eser
i
ndi vidualista.Aper spectivaéasegui nte:seeuf oregoí staeuv oubuscaromel hor
par ami m, voubuscarenr i
quecer ,equandoeuenr i
queçoeuger omai sempr egoemai s
dinhei ronaeconomi a.Ent ãoaper spectiv
ai ndi vi
duali
staéumaper spect i
v atambém
solidar i
ano sent ido dequev ocênão est ái solado,v ocêv aiagi rconf ormeseus
i
nt eressespar ti
cul ar
es,masdent rodeum gr upoedeal gumaf ormav ocêv aicumpr i
r
um papel nasoci edadeet odaasoci edadev ai ganharcasov ocêcumpr aessepapel de
formaef i
caz.

ASI
DEOLOGI
AS
 LI
BERALI
SMO
Oliberalismov aipr egaraci ênci a,ar azão,aobj eti
vi
dade,oest adomí ni
mo,ai dei
ade
queomer cadoer ar egidoporumamãoi nvi
sív eleque,por tant o,oest adonãodev e
i
nterferi
rnaeconomi a.O l iber al
ismot evecomopr i
ncipaisexpoent esteóricosJohn
Locke,Dav i
d Ri car do,Adam Smi th.O l i
beralismo sobr evi
veat éhoj ecom mui tas
vari
antes, ol i
ber alismocl ássi cof oioliberali
smonasci dol ánosécul oXVI I
Imast emos
o neo- l
iberalismo,o pr ópri
ol iberali
smo soci al .Parao pensament oliberal,quanto
menorf orai nf l
uênci adoest adonav idadoci dadão, mel horpor queoest adoescr avi
za,
eoci dadãot em queserl iv repar at omarsuasdeci sões.Fr ederi
chv onHay ekque
afi
rmai sso( oest adoescr av i
za) ,el
edi zquemui tasvezesodi scursodai gualdadenão
observaqueal iber dadepodeger ar,mesmonum mundodesi gual ,ganhospar atodos.
Umadascar act erísticasf undament aisnaper cepção dosl iberaiséav ontadede
desenv olveracr iativi
dade, equandov ocê, atr
av ésdeumaf orçaqueéoest ado, i
mpõe
umai gual dadeat odos,v ocêest át oli
ndoacr iat i
vi
dadedecadaum,al iberdade,eno
fi
naldascont ast odosacabam sendoni veladosporbai xo.

 REPUBLI
CANI
SMO
Namesmaépocadol i
beral
i
smo,sur geumat eor
iaquer i
v al
i
zacom ol iberal
ismono
pl
anodat eori
apolít
ica,queéor epubl
icani
smo.Or epublicani
smosebasei anai deia
doequilí
bri
odasf orçaspolít
icas,naideiadequeem umasoci edader epublicanaa
umanecessidadedeseequi li
brarosmai sdiv
ersosinteresses.Republ
icav em decoi sa
públ
i
ca,enasceem Roma,naRomaant i
ga.Vainascercom pensador escomoCí cero,
quedefendi
aqueoest adodev er
iaserorganizadoapar tirdeum logi
cadesepar ação
dospoderes,porexemploanecessi dadedeexi st
ênciadosenadoquev airepresent ar
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

aar istocr aci a,deum t ri


bunaldapl ebequev air epr esentaropov o,deum l íderpol ítico
quev air epr esent aromonar caeaíoequi l
íbrioent reessast rêsv ertent esser iaabase
deor gani zaçãodasoci edade.Ai deiader epubl icamui tasv ezesseconf undecom a
i
dei adedemocr aci a,nospr imór diosdai dademoder nal ánaépocadar ev olução
francesa,sef alarem r epubl i
caeem democr aci aer asef alarem coi sasdi ferent es
porqueademocr aci anaquel aépocaest av amui t
ov oltadaai dei adademocr aci adiret a,
dademocr aciaat eni enseear epúbl icaai deiader epresent açãopol ít
icaabasemai or
dopensament or epubl i
canoer a:separ açãodospoder es,def esadal eier epr esent ação
políti
ca.Al ém desses3aspect os,podemosdest acarosegui nt e,or epubl icanismo
pregai deol ogi cament eocompr omi ssodoci dadãocom oest ado,com ar epúbl ica,ou
seja,ai deiadequeoci dadãodev esei nt egrarasoci edade.Aíagent ev êadi ferença
entreol iber alismoeor epubl icani smo,aper spect i
v al i
ber alsepar aasesf er aspúbl ica
epr ivada,nav isãodosl iberai saesf erapr i
vadaexi st
eedev eserr espei t
adaeel aéa
mai si mpor tant eesubsi di ariament eexi steumaesf erapúbl i
caqueénecessár i
apar aa
manut ençãodasegur ançapúbl icaedoequi líbrio, masqueest áem segundopl ano.Já
osdef ensor esdor epubl icani smodef endem ai deiadequeoi ndi v í
duosóécompl eto
quandoel esei nt egr anasoci edade,ent ãoel esdef endem queaesf er apúbl i
caea
privadadecer taf ormasecompl etam,ousej a,quenóst emosdev eresacumpr i
r,os
chamados dev er es f undament ais,que é uma per spect iva que est á no cer ne do
pensament or epubl i
canoai deiadequeoi ndi víduodev esei nt egr arnasoci edadee
dev e,mai sdoquedi r
eitos,buscarexer cerseusdev eres,seuscompr omi ssoscom o
outro,dev er de sol idar iedade,de par t
icipação pol ítica. Ent ão o pensament o
republ i
canodef endeumai dei adepar ti
cipaçãoenãoapenasder epresent ação.Par a
osl iber aisapol íticaér epr esent ativa,j áosr epubl i
canospr egam ai dei adequeo
cidadãodev eserpar ti
cipat i
vo,t em queat uarcadadi a,dequeav idapr ivadanãov ale
nadasem av idapúbl ica.Um dospr incipaisnomesdahi stór i
ador epubl icani smof oi
Maqui av el,el eév i
st ocomoum dout rinadordoabsol ut i
smo,masel eer aum ci entista
políti
coqueanal isav aar ealidadedosf atoscomoocor reu.Or epubl icani smoéuma
dout ri
naquev em sendor esgat ada,t em suasor i
gensr emot asem Roma,masnos
últi
mosanosv áriosest udossobr eor epubl i
cani smov êm sendor etomadosdent r
oda
perspect ivadequeoci dadãodev esermai sat ivo,éumaoposi çãodecer taf or maà
perspect ival iber al.Oquedi ferenci aor epubl icani smodademocr acia?Ademocr acia
erai dent ificada com a i dei a da par ti
cipação di r
eta,enquant o que a r epúbl ica
pressuponha um at ivismo do ci dadão na soci edade,mas t ambém com a
represent açãopol í
tica.

 SOCI
ALI
SMO
Nosécul oXI Xv aihaverli
ber
dadedemai sigualdadedemenos,por queliberdadee
i
gualdadeconv ivem em umabal ançaequando hámui t
al i
berdade,exist
epouca
i
gualdade,eaiol i
beral
i
smoexacer bado,ocapi tali
smosel v
agem v ailev
araum a
grandedesigualdadesocial
.Osoci al
ist
av aidefenderqueoest adot em queassumi r
um papelinterv
entornasociedadeaf im degarantiraigual
dade,aigualdademat eri
al
(t
ratamentodesi gualaosdesiguaisnamedi dadadesi gual
dade)em det ri
ment oda
i
gualdadef ormal(trat
amentodet odosiguaisper antealei)
,oliberali
smopr egavaa
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

i
gual dadef or malqueger avadesi gualdade.Ar ev oluçãoi ndust ri
alpossi bil
itouqueos
empr egadospassassem aconv ivernol ocaldet rabal ho,eécom baseni ssoqueos
sindicatos v ão sur gir.Os pr imei ros soci ali
stas f or am apel idados de soci alistas
utópicospoi snãot inham umaexpl i
caçãomai sconv i
ncent eacer cadopr ocessode
l
iber t
açãodocapi t
alismo,el esdi agnost icar am opr oblema( desi gual dade) ,masnão
apresent aram acur apar aessepr oblema.Em cont raposi çãoaossoci alistasut ópi cos
surgiram ossoci al
istasci ent í
f i
cos,quef oram Mar xeEngel s,quev ãoescr ev erem
1848 o mani fest o comuni st a.El es def endi am que dur ant et oda a hi stór ia da
humani dadeaeconomi afoiabasedeor gani zaçãopol íti
ca,ent ãoel esv ãodi zerque
existem a i nf raestrut ura e a super est rutura,a i nfraest rutura são as r elações
econômi caseasuper est r
utur aser iatudoaqui loquedecor redasr el açõeseconômi cas,
i
ncl usiveopr ópr i
odi reito,ocer ne,por tant odadesi gual dadesoci alser i
aal ut ade
classesdent rodachamadai nf raestruturanopl anoeconômi co.Aíel esv ãor etomara
l
ógi cadadi al
ét i
ca, quef oitrazidaporHegel , quedi ziaqueasoci edadeev oluidat esee
daant í
tesequedãoor igem aumasí ntese,easí nteseset or nariaumanov at ese,e
entãoumanov aant íteseeumanov así nteseeassi m sucessi vament e.Mar xt raza
i
dei adadi aléticanopl anopol í
t i
coapar t
irdoaspect oeconômi coedal ut adecl asses.
At eseéquenahi stór iadahumani dadeof atoreconômi cosempr ef oiodeci siv o,a
disputaeconômi capel opoder ,ainóst ivemosumacl assedomi nant eeumacl asse
quebuscav aconqui staropoderdaquel ecl assedomi nant e.Porexempl o,al ut ado
trabalhoescr av ocont raot rabal hoassal ariado, ondev enceuoassal ar iado.Nav isãode
Mar xeEngel sháum pl anoev olutivoapar t
irdal utadecl asseseopr óxi mopl anoser i
a
asoci edadei gual i
tária,ocomuni smo.Maspar achegaraocomuni smo,dev emos
passarpel osoci al i
smo.Nosoci al
ismooest adosef arapr esent e,masnãocomopar t
e
dasuper estrutur a,sendoum i nst rument odedomi naçãoaf av ordacl assedomi nant e,
opapeldoest adonosoci alismoécomandarapr oduçãodasr i
quezasedi stribuir
essasr i
quezas.Nocomuni smo,t odost er i
am consci ênciadoseupapelnasoci edade,
fari
am exat ament eopapel desi gnadoet odosv iveriam em har moni a.

FI
NALI
DADESDOESTADO
SegundoJel li
nek,oest adot eriafinsessenciai
sef i
nsnãoessenci ais.Ofim essenci al
éaquel equet odoest adodev ecumpr ireosf i
nsnãoessenci ai
ssãoacessór ios,o
estadopoder áounãocumpr i
ressesf i
nsadependerdoseuper f
ilideol
ógico.Osf i
ns
essenciai
ssãot ambém chamadosdef insjurí
dicoseosf insj ur
ídicosconsi derados
essenciai
spar aaexi st ênciadoest adosão:adef esadasober aniadoest adoea
garantiadasegur ançapúbl i
ca.Todoequal querest ado,independent edoseuper fi
l
i
deol ógi
co,dev econteressaf inali
dade,éumaf inal
idadequeest ánaessênci ado
estado.Estánaessênci adoest ado,oest adonasceupar agarant irasegurança,par a
cri
areapl icarodi rei
to,pr otegendoasuasober aniaegar antindoasegur ançadas
pessoas.Todoequal querest ado,sejaelamí nimoout otal
itár
io,tem essaf inali
dade.
Jell
inekdizqueoest adopoder ácumpr i
rosf insnãoessenci aisquesãot ambém
chamadosdef inssociais,garant i
raeducação, saúde,mor adia.

Osf
insdoest
adodent
rodeumaót
icar
elaci
onalcom osi
ndi

duos,ousej
a,comoo
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

estadosecompor tanar eaçãocom aspessoas.Oest adopodet erfinsexpansi vos,


fi
nsl i
mi t
adosouf i
nssol idár
ios.Oest adoquet em finsexpansivosnasuar el
açãocom
aspessoaséaquel eest adoqueseagi gant a,quesecol ocaaci madaspessoas,éo
estadoLev i
atã.Ogr andepr oblemadoest adocom f insexpansi voséqueel ecr esce
demai sasuabur ocraci
aeaiosuj eitocomeçaav ir
arescravodopr óprioest ado.O
opostodoest adocom f insexpansi voséoest adocom f i
nsli
mi tados, oestadomí nimo,
porexempl o,finslimitadospor queapost uradeleéumapost uradel i
mi t
ação, quando
el
eser elacionacom aspessoasel esecol ocaabai xodaspessoasent ãoel etem uma
posturasubsi diar
iaem r el
açãoal i
ber dadei ndivi
dual.Oest adol iberalclássi
coéum

picoexempl odeest adocom f i
nslimi t
ados.Osf i
nssol i
dári
osoest adoest áaol ado
doindivíduopor queoest adopr omov epol ít
icaspúbl i
casquei ntervêm naeconomi a,na
sociedade,masaomesmot empopr eservaal i
berdadedei niciati
va,apr opr iedade
pri
vada, éoest adodebem est arsocial.

CLASSI
FICAÇÃODOSESTADOS
 ESTADOUNI
TÁRI
O,ESTADOFEDERALECONFEDERAÇÃODEESTADOS
Osest adospodem sercl assifi
cadosem:uni t
ário,também chamadoest adosimpl ese
federal
,também chamadodeest adocompost o.Paracompr eenderadi f
erençaent re
estadounitári
oef eder al,
énecessár i
oentenderpr i
meiroadi ferençaent reautonomi ae
soberania.Autonomi aéacapaci dadedecriarnormasj urí
dicas.Aaut onomi aprivadaé
aaut onomi aqueaspessoast êm paraf i
rmarcont ratosj urídi
cos,j áaaut onomi a
públi
caest áv i
nculadaacapaci dadequeent espúbl i
costêm decr i
arnor maspúbl icase
fazê-l
ascumpr i
r.Nat eor i
apol íti
caquandopensamosem aut onomi a,pensamosem
capacidadedeaut o-organização,um ent eautônomoéum ent equef azasuapr ópr i
a
gestão.Jáum ent esober anoéum ent equet em capacidadedecr iarnor masef azê- las
cumpr i
r.Adi f
erençaent r
easober aniaeaaut onomi aéqueasober ani aémai sampl a
doqueaaut onomi a,todoent esober anoét ambém aut ônomo,masnem t odoent e
autônomoésober ano.Porexempl o,oest adodaBahi atem aut onomi a,poist em
governopr ópri
o,crialeis,apli
caasl ei
s,masnãot em personal i
dadei nternaci
onal ,não
tem soberania,quem tem sober aniaéoEstadobr asil
eir
o.

Diferença ent r
e estado uni t
ár i
o ou est ado si mpl ese est ado f ederal.Ambossão
estadossober anos.Noest adouni t
ár i
o,t ambém chamadodeest adosimpl es,nãohá
i
nt ernament eumadi visãopol íti
caem ent esaut ônomosexi steum podercent ralqueé
hierarquicament esuper i
or.Possuinomáxi modi visõesadmi nistrat i
vas.Jánoest ado
feder alexist
eumadi visãoem uni dadespol iti
casaut ônomas.Naépocadoi mpér ioo
Brasileraum est adouni tári
o,ousej a,oBr asileradi vidi
doem pr ov ínci
as,aspr ovíncias
eram di vi
sõesmer ament eadmi nistrativas, nãoer am aut ônomas.ABahi aporexempl o,
ti
nhaum gov er
nadorqueer apol i
ticament esubor di nadaaopodercent raldoImper ador .
Depoi squeoBr asilset ornouumar epública,aBahi apassouat eraut onomi apol í
ti
ca,
ousej a,
oest adodaBahi aarrecadat r
ibutos, cri
al eis,etc.OBr asi léum est adof eder al
poiséumasober aniasómasi nternament eel etem di vi
sõespol ít
icascom aut onomi a.

OsEUAéum est
adof
eder
al.Tem essenomepor
queat
é1776exi
sti
am 13col
ôni
as
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

i
nglesasqueser ebelar
am cont
raamet rópoleeset ornar
am i ndependentes,cri
ando
umaconf ederaçãoquenãoéum est ado,éum conjuntodeest adossoberanos, paí
ses
i
ndependentes,sóquepar aal
gunsfinsessespaísescami nham j unt
os.Sóqueessa
união f
oit r
ansfor mada em um úni co país,e a antiga confederação vir
ou uma
feder
ação. Mas as 13 ex- col
ônias ti
nham um i nteresse de pr eservar suas
i
ndependênciasr elati
vas,emanti
ver
am fort
esautonomi as.

Adiferençaent reof ederal


ismoclássicooudualeochamadof eder alismocooper ati
vo
équenof ederali
smocl ássi
co,queét ípicodeest adosl i
berais,exi steumadi v i
são
muitoclaraent reasf unçõesdosest adosmembr osedauni ão,daíai deiadaduali
dade.
Sóqueoest adol iberalfoisendosubst i
tuídopeloestadosoci al,um est adoquet i
nha
fi
nslimitadospassouat erfi
nssolidári
os.Ent ãoapar ti
rdomoment oqueosest ados
passaram at erout r
asat ri
buiçõesquenãot inham antes,acompl exidadedamáqui na
públi
caaument oueaípar adarv azãoaessacompl exidadeof ederalismopassoudo
dualpar aocooper at i
vo.Nof ederali
smocooper ati
vo( casodoBr asil)conti
nuam a
exi
stiratri
buiçõesquesãopr ópri
adecadaent e,por
em exi st
em det er minadostemas
queaconst i
tuiçãoest abel
ecedecompet ênciacompar t
il
hada( saúde,educação,mei o
ambiente).

ELEMENTOSDOESTADO
 OPOVOEODI
REI
TODENACI
ONALI
DADE
(Rel
embrarconcei
tosdenação,pov
osober
ani
a–oest
ado,concei
toseel
ement
os
consti
tut
ivos)

Aspr imei rasf ormasdei dentidadedegr uposser efer


em àsnações, pori ssoapal av r
a
nacional idadecont inuouaserut il
izadamesmoquandooest adoseconst it
uiucomo
um ent esober anopar adesi gnaroseuel ement oconst itutivohumano:opov o.Na
verdade, quandot ratamosdedi reitodenaci onal idade, est amosf alando, j
ur i
dicament e,
denor masdei dentifi
caçãodopov oenãodanação.Fal a-sedenaci onal i
dade,mas
nãof alamosdenação, f
alamosdepov o.Critérioshi st
or icament eut ili
zadospel osmai s
div
er sospaí sesdomundopar adef inirquem éopov odecadaum del es.Di stinção
entre a naci onal i
dade pr imár ia ou or i
ginár i
a e naci onal idade secundár i
at ambém
chamadadeadqui ri
daouder i
v ada.A naci onal i
dadepr imar iadecor r
edeum f ato
natural:o nasci ment o,a naci onal i
dade pr imar i
a nasce com o i ndivíduo.Já a
nacional idadesecundar i
adecor redeum at odev ontade, v ont adedoi ndivíduoquequer
se naci onali
zare v ontade do est ado que desej a naci onali
za- l
o,é a chamada
naturalização,oi ndiv í
duopassaai ntegraropov odeum det ermi nadoest ado.O
cri
tériodoj ussol i
sest áprev ist
onaconst i
tui çãode88dasegui ntef orma:em r egr a,
quem nascenoBr asilébr asileir
osal voquandooi ndivíduonascenoBr asileambosos
paisest ãoaser viçodeest adoest rangei r
o.Exi stet ambém ocr itérioj ussangui ni
s
(cr
itéri
omai susadonaEur opa) .Pel oj ussangui nis,v ocêadqui reanaci onal idade
pri
mar ia, nata, nãoem v irt
udedol ocalondev ocênasceu, masdaf amí li
anaqualv ocê
nasceu.Fi l
ho de br asilei
ro nasci do em qual querl ugardo mundo,t em di reitoa
nacional idadebr asil
eiranat a.Deacor docom aconst ituição,seoi ndivíduoéf il
hode
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

brasi
lei
ro,nasce no exteri
or,mas o paiou a mãe est á a servi
ço do Br asi
l,
automaticamenteeleser
iabrasil
eir
o.Outrahi
pótese,
seoindiví
duonasce,paioumãe
brasi
lei
ronoext eri
oreér egistr
adonaembai xadaouconsuladobrasil
eir
o.Terceir
a
hi
pótese, seacri
ançanasceunoext eri
or,
paioumãebr asi
l
eir
a,masnãof oiregi
str
ada
comobr asil
eir
a,podevi
raoBr asi
lret
ir
arseusdocumentos.

NoBr asil
,em regr a,nãoexi st
edi stinçãoent reobr asil
eironat oeonat urali
zado.O
naturali
zadoéaquel equeadqui reanaci onalidadeporv ontadepr ópri
aet ambém
vontadedoest adobr asilei
ro.Anossaconst i
tuiçãopr evêduassi tuaçõesem queo
estrangeiropodeset ornarbr asileirosedesej areset ambém oest adobr asil
eiro
desejar.Apr i
mei r
ahi póteseé:seoest rangei roest i
verresi dindoamai sde15anosno
Brasilet i
verboacondut a,elepoder áset or narbr asil
eir
o.Aout r
ahi póteseépar aquem
tem menosde15anos.Noest atut odoest rangei r
oest abel ececr itéri
os:tem quet er
pelomenos4anos, sem condenaçãocr imi nal,com r endapr ópri
a, saberlereescr ever
em por tuguês,boasaúde.Exi steduassi t
uaçõesdenat ur ali
zação.Apr imei r
aé:um
estrangeiroqueéor iundodepaí sdel í
nguapor tuguesa,essaspessoaspodem se
naturali
zarbrasil
eirabast andopr ov ar1anoder esidêncianoBr asil.Eopor tuguêst em
um casoespeci al
,el epodesenat ural i
zarbr asil
eirobast andopr ov ar1anonoBr asil
.
Masseel enãoqui sersenat ur
alizarbr asileir
o, aindaassi m el epoder áexercerdireitos
polí
ticosnobr asilcomosebr asi l
eirof osse,éochamadopor tuguêsequi paradoa
brasil
eiro.Eomesmoocor r
ecom obr asileiroem Por t
ugal.

 OTERRI
TÓRI
OESEUSELEMENTOS
Ot erri
tóri
oéaár eadogl obot errest r
esobaqualoum est adoexer cesuasober ania.O
estadoéf or
madopel opov oqueexer cesober aniaem um t errit
ór i
o.Ot erritóriot em
trêselement os:odomí niot errestre,odomí ni
omar íti
moeodomí ni oaér eo.Odomí nio
terrestr
ecompr eendeosol oeosubsol odoest adocompr eendi dodent r odassuas
fronteir
as,ousej a,aár easobaqualoest adoexer cesuasober ani a.O domí nio
terrestr
et ambém podecompr eenderaext r
ater ri
torial
idade, quedesr espei toaespaços
desober aniadoest adof oradesuasf ronteirasem r egiõesdesober ani aest rangei ra,
exempl o:aembai xada.Oest adoev entualment epoder áexer cersober aniasobpar te
domar ,dosoceanos( domí ni
omar í
ti
mo)eéaiquef ala-sedemart er ri
torial.Omar
terri
tori
aléumaf aixaquehoj eest ádet ermi nadai nternaci onal ment eem 12mi l
has
mar íti
masnaqualoest adocost ei
rot em pl enasober ania,ousej a,écomoseo
i
ndi ví
duoest ivesseem t erraf i
rmeem t ermosj ur í
dicos.Al ém domart er ri
torialexi stea
prev i
sãonodi reitoi nternaci onaldachamadazonacont igua,el aéumaf ai
xadomar
que t ambém t em r econheci ment oi nternaci onal ,só que é um r econheci ment o
exclusivo paraf inseconômi cos,masnessazonacont iguanão hámai sapl ena
sober ani
adoest adocost eiro,éumacont inuidadedomart er r
itorial.Azonaeconômi ca
exclusivaéi guala zona cont igua no sent ido de que ser ia apenasum f aixa de
exclusivi
dadeeconômi ca,masnãodesober ani apol í
tica.Adi ferençaéquenazona
cont i
gua,essemonopól ioeconômi coér econheci donopl anoi nternaci onal ,eazona
econômi caexcl usi v aéuni l
ateral,nãoér econheci dai nternaci onal ment e.Opr é- salest á
nosubsol odomar ,assim comoapl ataformacont inental,queéapar tedocont i
nent e
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

que est á submer sa.O domí nio aér


eo passou a serr egulament ado no pl ano
i
nter naci
onalem 1944,quando houv eaconv enção deChi cago sobr eosdi r
eit
os
aéreos,por queat éosécul oXX,nãohav iadef at oumapr eocupaçãocom odomí ni
o
aéreo.Todooespaçoaér eoat éaat mosf eraqueseencont raaci madodomí ni
o
terr
est r
e e do mart erri
tori
alé ár ea de sober ani
a do est ado.Por ém,com essa
conv enção,há uma necessi dade de transpor t e aéreo e de t ransi t
o ent r
e out r
os
domí niosaér eos.Par aisso,existeochamadodi r ei
todepassagem i nocente,queéo
dir
eitoquequal queraer onaveci vi
ltem,em r egr a,desobr evoart erri
tór i
oestrangeiro,
sem pedi raut ori
zaçãopr évi
a,masessedi reitodepassagem i nocent enãoéabsol uto,
elet em r estri
ções.Pr i
mei r
ar estri
ção:umaaer onaveest r
angei rat em odi reit
ode
passagem i nocente, masopai ssoboqualaaer onav eestasobr ev oandot em odi r
eit
o
demoni t
or arov oo.Segunda: opaí spodepr oibirosobr ev
oodedet er
mi nadasár easdo
seut erri
tório.At erceirarestr
içãoéapossi bilidadedeoest ado,def ormat empor ári
a,
proibirqualquersobr evoodurant eum determi nadot empo, i
ssoacont eceunodi a11de
setembr onosEUA.

 OPODERSOBERANOEAQUESTÃODATI
TULARI
DADE
(
olharconcei
todesober
ani
a)

Exi
stem duascor r
entesdefini
dasem t orno da quest
ão da ti
tul
ari
dade do poder
soberano.Temosacor rentedast eori
asdemocr át
icaseascor r
entesteocr
áticas.
Dentr
eascor r
ent
esteocráti
cas,podemosdestacarateori
adanaturezadi
v i
nadosr eis,
ateoriadai nv
est
iduradi
v i
naeat eori
adainvesti
duraprovi
denci
al.Edentreasteorias
democr át
icas,at
eoriadasoberanianaci
onaleateori
adasoberaniapopular.

Asdout ri
nast eocr áti
casr elacionadasàt it
ularidadedopodersober anot êm como
fundament ocomum ai deiadequeopoderquenor t
eiaoest adoédeor i
gem di v
ina,ou
seja,dequeasober ani
aépr odut odav ontadedeDeusenãodoshomens.Adout ri
na
danat urezadi v
inadosr eisdequeopoderdoest adoser ásinteti
zadonaf i
gur adeum
i
ndi ví
duo,or ei
,queéopoderdopr ópr ioDeus,ent ãooest adoseconf undecom o
poderdor eiqueseconf undecom opoderdeDeus,l ogoor eiéumadi v
indade,por
exempl o,os f araós do Egi to,essa é uma per spect i
va da ant i
guidade ant es da
expansãodomonot eí
smo.Sef alav aqueopr ópr i
or eieraum deus,sóque,apar ti
rdo
cri
stiani
smo,f i
camui toclaronasr el
igiõesmonot eístasdequeaquel ei ndivíduoque
eraum r einãopoder i
aserconsi deradoum Deus.Em compensação,esser einão
queriaper deral iderançar eli
giosaqueel ei mpunhaper anteasoci edadeequel hedav a
l
egi t
imidade.Ent ãoat endênci anat uralf oiasubst it
uiçãodadout r
inadanat ur
eza
divi
nadosr eispeladout ri
nadai nvest i
dur adivi
nadosr eis.Nai nvesti
duraor eijánãoé
mai sum Deus, maséum r epr esent ante, éaquelequef alaporDeus, éav ozdeDeusna
terr
a,ei ssov air epercutirat éoi níci
odai dademoder na. A t endêncianai dade
moder na f oia mi tigação do poderabsol uto do r eiem f avorde uma ascensão
democr áticadopoderbur guês.( olharbi l
lofr ight ser evol
uçãogl oriosa–oest ado
l
iberalclássi co).Nopr ocessodemanut ençãodor eieaomesmot empodei nserção
da soci edade em uma per spect iva mai sl aica,mai s humaní st
ica,hav ia uma
contradição.Mas ao mesmo t empo hav ia uma necessi dade de se l egiti
mara
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

conti
nuidadedamonar qui a.Nessedi l
ema,équesur geadout r
inadai nv esti
dur
a
provi
dencial,
queéumadout rinadet ransiçãoentreat eocraciaeademocr acia.Eladi
z
queor eiéum r epr
esent ant edeDeus,por ém opoderqueor eiexerceél i
mitadopelo
povo,or eiéoescol hidodeDeus,masav ozdeDeuséav ozdopov o.Elaéuma
doutri
nadet ransi
çãopoi spr eser
v aaf igurador eicomoal guém queédot adodeum
carát
erdivino( t
eocr
acia) ,mas,aomesmot empo,ent regaopoderpol í
ti
coaopov o
(democracia).Com arevol uçãof rancesahouv eumar upt ur
amai sef eti
vaentreonov o
regi
meeoant i
gor egime,or eif oilevadoàgui l
hoti
na.A per specti
vapol ít
icade
fundamentaçãodopoderdoest adoj ánãosej ust
if
icavamai ssobr eumaégi dedi vi
na.

A democr aci anessecaso t em o sent ido dequeo poderdo est ado nasceese
fundament anoshomensenãoem Deus.Dent r
easdout ri
nasdemocr áticassur gem
duasconcepções:adout rinadasober ani anaci onaleadasober aniapopul ar.A
doutrinadasober anianaci onalf oidef endi daporEmmanuelSi ey és,el enãoapenas
fal
oudai mpor tânciadeumaconst it
uiçãoescr it
a, dif
erenci andoasl eisdaconst ituição,
masel et inhaumapr eocupaçãocom ai deiader epresent açãopol ít
icaqueer auma
preocupação al i
nhada a uma per spect iva el itista do que ser ia a democr acia.A
democr aciasei mpôscomoum poderpopul arapar t
irdomoment oem queopoder
divi
nodor eif oisuper ado.Si eyesdi f
undi uaconcepçãodasober anianaci onal,éuma
doutrinahumaní stica,masnãodemocr áticanosent i
dodesuf rági ouni versal,éuma
doutrinael itista.Ai dei acent raldadout rinadasober anianaci onaléasegui nte:todoo
podernascenanação,anaçãopar aeleser iat odaasoci edade,um col eti
voenãoum
i
ndiv í
duo.Essadout rinapr essupõequeopodernascedacol etividade,esenasceda
coleti
v idade,v ocênãopr ecisaquet odosf alem em nomedacol et i
vi
dade,v ocêpode
escolheral gunspar aqueel esf al
em em nomedet odos.Si eyesv aidef enderai dei ade
queosuf rági oéumaf unçãopúbl i
caaserexer cidaporal gunsmai sapt os,mai s
prepar ados.O poderemana da col etividade,masa col eti
vidade não pr ecisa ser
represent adaport odasaspessoas.Asober aniapopul arf oiumaconcepçãodi fundi da
porRousseau,el eacr edi t
avaquear epresent açãopol í
t i
caer aal goi nacei tável,queo
poderpopul ardev eri
adef atoserexer cidopel opov o,sem i nt ermedi ár i
os.Dent ro
dessai deiadeum poderessenci al ment epopul aréqueel evaiconst ruiradout ri
nada
soberani apopul ardi zendoque“ todopoderemanadopov o,um homem,um v oto”.
Segundoel e,asober ani adoest adonadamai sédoqueasomadasf r
açõesde
soberani a pr esent es em cada i ndivíduo,i sso si gnifi
ca que a v ont ade col etiva
pressupõequet odosf alem.Ent ãoRousseauf azadef esadai ncl usão,dai deiado
sufrágiouni versal.NoBr asil
, t
emosapr ev i
sãodasober ani apopul ar .

OSPODERESDOESTADO
Moder namenteaseparaçãodospoderesvainascercom acri
sedoabsoluti
smo.Na
Ingl
aterra,com a revol
ução gl
ori
osa,ocorr
e a assinat
ura do bi
l
lofr i
ghts que
repr
esent ouasepar
açãodospoderesnaquel
epaís,ondeaconcepçãodeLockesobre
separaçãodospoderesfoiapl
i
cada.

 CLASSI
FICAÇÃODELOCKE
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Par aLocke, dev eri


aexist
irnoest adoumabi parti
çãodospoder es, ent
reoexecut iv
oeo
l
egi sl
ativo,por queo j udiciari
a,na v i
são deLocke,er a um podermenor ,er a um
apêndi ce do execut i
vo.Tant o o poderexecut ivo como o j udici
ári
ot em uma
característicaem comum queéapl icarodi r
eito,oj udiciárioapl i
caodi r
ei t
opar a
resolverconf li
toseo execut i
vo apl i
ca o direit
o par ar ealizara admi nistração.O
j
udi ci
árioest ar i
adent r
odoexecut iv
o.Lockeaf irmaai ndaqueopodermai simpor tant e
seriaol egislativo.Nãoex isti
a,por tanto,ahar moni aentreosdoi spoder esdef orma
plena.Cabi aaoexecut i
voapl i
carodi r
eito,sej
apar ar esol
v erconf li
to,sej
apar ar ealizar
admi nistração.Caber i
aaol egisl
at i
vo,criarasleiseal ém disso, opoderl egislat i
vot eria
funçãof i
scal i
zat ór
iadopoderexecut i
vo.Em 1215, Joãosem- terraestavaabusandoda
suaaut oridadepar acobrart ri
but osef oicr i
adooór gãof i
scalizadordor eiquef oio
par l
ament o( legisl
ati
vo)(olharmagnacar t
a).NaFr ança,aper spectivafoider uptur a
com oant i
gor egimeenãohav iaumaper spect iv
at ambém desubv alor i
zaçãodo
j
udi ci
ário,hav iaaper spectivadeum di rei
tocriadoeposi t
ivadonopapelpel opoder
l
egi sl
ativoet ambém deum j udiciári
oindependent equet eri
aaf unçãodeapl icaresse
direit
or esolv endoconf l
it
os.

 CLASSI
FICAÇÃODEMONTESQUI
EU
Elev aidefenderquesãot rêsospoder esdoest ado:executi
vo,legi
sl ati
voejudi ci
ário.
Elev aidef enderqueost r
êspoder eser am i
ndependent esehar môni cosent r
esi ,ou
seja,nãoexi sti
ri
ahi erar
qui
aent r
eost r
êspoder es,elesestariam nomesmopat amar .
Mont esquieudesenv olv
euat eori
adat ri
part
içãonomoment oem queol i
ber ali
smo,
estadomí nimo,estavaganhandof orçaeessaper specti
valiberall
ev ouMont esqui eua
acreditarqueessahar moniaentr
eost r
êspoder esseriaalgonat ur
al,nãohav eriarisco,
nav isãodel e,deum poderi nt
erfer
irnoout r
o.Masnar eali
dadeexi steumat endênci a
dei nterf
erênciadeum podernoout ro,porissoadout r
inadeMont esquieupassoua
serquest i
onada.

 CLASSI
FICAÇÃODECONSTANT
Bejami nConst antrevisitouadout r
inadeMont esquieuef ezum apr imorament onessa
doutrina,propondoumaout raf ormadedi visãodospoder esdoest ado.Apr eocupação
deBej ami nfoiqueoequi l
íbrionat uralpropost oporMont esquieuser iainv i
áv eleque
naturalment ehaveriaumat endênci adedesequi lí
brioedei nterferênci
adeum poder
em relaçãoaout ro.Comosol uçãoel epensouem umanov ateor i
ader epar tiçãodos
poderesquesuger eat etrapar ti
ção( 4poder es),executivo, l
egislativ
o, j
udiciári
oepoder
moder ador.Opodermoder adorser vi
riapar aequi li
brarosout rost rês,par aev it
arque
um podersesobr essaí sseem r elaçãoaosdemai secaber i
aaochef edeest ado, aorei,
exerceropodermoder ador( podersubsi diário).Anossapr imeiraconst it
uiçãopr evi
aa
exi
stênci adopodermoder adorqueser i
aexer ci
dopel oimper adorbr asil
eiro.Napr at
ica,
com opodermoder ador ,oi mper adordoBr asilexerciaum poderquasequeabsol uto
porqueel etinhapr errogat i
v asconst i
tuci
onai squef aziam com queel et ivesseum
poderquesesobr epunhaaosdemai s,quandonav erdadeel edev i
aequi li
braros
demai spoder es.NosEUAoapr imorament odasi deiasdeMont esquieuf oialcançado
apar t
irdor esgatedasi deiasr elati
vasaosi stemadef r
eioecont rapesos.
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

 OSI
STEMADEFREI
OSECONTRAPESOS
Osi stemadef reiosecont r
apesoséum apr i
mor amentodasideiasdeMont esquieua
parti
rdaper spect i
vadequet odosospoder esdoest adodev em reali
zartodasas
funçõesestatai
s,por ém cadaum dessespoder esteráumadet erminadafunçãoque
seráconsideradat ípi
cadessepoder ,enquantoqueasdemai sser ãoconsi der
adas
atí
picas.Exemplo:af unçãoiner
enteaopoderexecutivoéadministr
ar,masnosi stema
defreiosdecont r
apesodef ormaatípi
ca,excepci
onal,
eletambém legisl
aejulga.

SEPARAÇÃODEPODERES
 SEPARAÇÃODOSPODERESNOBRASI
L
Nobr asil,
queadot aosi st
emadet r
iparti
çãodospoder esapar tirdosi stemadef rei
os
e contrapeso,t emos o poderl egisl
ati
vo,execut i
voej udiciário,cada um del es
real
izandoasuaf unçãot ípica,nocasodol egi
slati
vo,legislaref iscali
zar,nocasodo
executi
v oaf unçãoadmi nistrativ
a,enocasodoj udi
ciário,jul
gar .Quandof al
amosde
l
egislat
ivo,executi
voej udiciário,fal
amosnopont odev istadadout r
inaem separação
hori
zont aldos poder es.Porout rol ado,no âmbi t
o dout r
inár i
o encont r
amos a
denomi naçãodesepar açãov ert
icaldospoder esqueser i
aof eder ali
smo,ai dei
ade
separaçãodopoderem esf erasaut ônomas, municípi
os, estados, distri
tofeder
al,
união.

O brasi ltem ost r


êspoder eseporserum est adof eder alel et ambém t er áuma
reparti
çãov erticaldessest rêspoder espor quehav er áexecut ivomuni cipal ,est adual,
federal,legislat ivot ambém eoj udi ciáriof ederaleest adual .O poderl egi slat ivo,no
Brasil
,éaquel equet em af unçãodel egisl
ar ,ousej a, cri
arl eis.Além def azerl ei s,cabe
aosi ntegrant esdopoderl egisl
at iv oapr ov arour ej ei
tarl eispr opost aspel opoder
executivo,f iscal i
zar( oex ecut i
vo)edef or maat ípi caadmi nistrar( opr esi dent eda
câmar aousenado)ej ulgar .Ol egisl at i
voseor gani zade2f or mas:ouni camer alismoe
o bicamer alismo.A di fer ença é que no uni camer alismo t emos uma úni ca casa
l
egislativa( úni cacâmar a), j
ánobi camer al
ismot emosduascasasl egislativ as( câmar a
dosdeput adosesenadof eder al)
.Opoderl egislativomuni cipalédot adodeumaúni ca
casal egislat i
v a:acâmar adosv er eador es,ousej a,éosi st emadeuni camer alissmo,
hajav i
staquet alesf era(muni cipal )édot adadeapenasumacasal egislat ivanoqual
exercesuasr espect i
vasf unções, sej am el ast í
picasouat ípicas.Noâmbi toest adual,o
poderl egislat i
v ot ambém éconst ituídodeapenasum ór gãol egislativo:aassembl ei
a
l
egislativaest adual ,cujaqual seusi nt egrant essãoosdeput adosest aduai s.Nodi st
rit
o
federal(Brasí lia)v i
gor atambém ouni camer al i
smo.Val eressal tarqueodi stritof ederal
nãoémuni cí piot ampoucoum est adoaut ônomo,nãoobst ant e,écomosef osseuma
fusãodosdoi s.Nãoháv ereador es,poi sosi nt egr antesdacâmar adi st ritalsãoos
chamadosdeput adosdi str i
tais.O di str
itof eder aléconsi deradopel aCFde88uma
unidadef eder ativa,tendoum gov ernant enoqual exer ceaf unçãoexecut i
v a.Noâmbi t
o
federal,opoderl egislat
ivof ederalécompost odedoi sent esl egislati
v os,cont udohá
sempr eum quest i
onament o porqualr azão sef aznecessár i
o hav erdoi sór gãos
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

l
egi slati
vosfederais.A razãoéasegui nte:acâmaradosdeput adoséacasada
“vont ade”do pov o,é a casa que “fer
ve”,há uma agi
tação maiorpordefender
diretament eav ont
adedopov o.Osenadoéacasa“ tr
anquil
a”queénecessári
apar a
freara v ont
ade do pov o manifest
ada na câmara dos deput
ados.O senado é
responsáv elporestabel
ecerum fr
eioaoímpetodopovo.

O poderexecut i
vot em af unçãodegov er
naropov oeadmi nist
rarosi nt
eresses
públicos,deacordocom asl ei
spr evi
stasnaconst it
uição.NoBr asil
,paísqueadot ao
regimepr esi
denciali
sta,olí
derdopoderexecut i
v oéopr esi
dentedar epúbl
ica,quetem
opapeldechef edeest adoedegov erno.Opresidenteéel ei
todemocr ati
cament epara
mandat ocom dur açãodequat roanosepossi bil
i
dadedeumar eeleiçãoconsecut i
va
parai gualperí
odo.Def ormaat í
pica,opoderexecut ivopodel egisl
arej ulgar.–nas
esferasmuni ci
pal,estadualefederal
.

Opoderj udiciári
o,noBr asil,tem af unçãoj udici
ár ia,ousej a,admi nistr
açãodaj usti
ça
nasoci edadeat ravésdocumpr i
ment odasnor masel eisconst itucionais.Éconst i
tuí
do
pormi nistros,desembar gador esej uízes,quet em aobr igaçãodej ulgaraçõesou
sit
uações que não se enquadr am com as l eis cr i
adas pel o poderl egisl
ati
voe
aprov adaspel opoderexecut ivo,oucom asr egrasdaconst it
uiçãodopaí s.Suaf unção

picaédef enderosdi reitosdecadaci dadãopr omov endoaj ust i
ça.NoBr asil
,não
existeum ór gãoj udici
áriomuni cipal,sef azendopr esent eapenasnasesf er asestadual
ef ederal.Opoderj udici
ár i
oésubdi vi
didoem ór gãosqueat uam em ár easespecí fi
cas,
tendocomo“ l
íder”oSTF, queéasupr emacor t
e, ousej a,ainst anciamáxi madopoder
j
udi ciári
o.Eapar ti
rdel eexi stem 5di visõesespecí fi
cas:osupr emot r
ibunaldej usti
ça
(STJ) ,tri
bunai sr egionaisf ederais( TRF) ,tri
bunai sdot rabalho,t r
ibunaisel eit
oraise
tri
bunai smi li
tares.O STFéoór gãomáxi modopoderj udiciáriof ormadopor11
mini str
osnomeadospel opr esident edar epúbli
ca.Apr i
ncipalf unçãodoSTFédara
últ
imai nterpretaçãoacer cadeumadeci sãoj udicial,umaúl timai nterpretaçãosobr ea
const it
uição.Assuasdeci sõesf ormam um pr ecedent ev i
ncul ante.

Comoseor
gani
zaopoderj
udi
ciár
io:

STF

STJ TSE TST STM

TJ TRF TRE TRT AM

J JF JE JUNTA JT

FUNÇÕES ESSENCI
AIS À JUSTI
ÇA:ADVOCACI
A E MI
NISTÉRI
O
PÚBLI
CO
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Além dos3 poder es,nóst emosaschamadasf unçõesessenci aisà j ust i


ça que
engl obam aadv ocaci aeomi nistér iopúbl ico,noqualnãof azem par tenenhum dos
trêspoder es,t endoem v istaquepossuem aut onomi a.Aadv ocaci a,noBr asi l,tem
comof unçãodef enderosdi reitosdoci dadãooudeal gum ór gãogov ernament ale
podeserpr ivadaoupúbl i
caeor equi sit
opar aoexer cíciodeambaséobachar elado
em di r
eito,nem sempr ef oiassi m,um i ndivíduoquenãot inhaf ormaçãoem di reito,
principalment eem mat ériadedi r
ei topenal ,podi aadv ogar .Par aal gumassi t
uações
excepci onais a nossa l egi slação pr ev ê a possi bil
idade de def esa em j uízo de
i
nt eressessem adv ogadosochamadoj uspost ulandi .Assi tuaçõescl ássicasondeo
j
uspost ulandipodeserexer cidasão:j ust i
çadot rabal hoenoj uizadodepequenas
causas par a mat éri
as at é 20 sal ários mí ni mos ( estaduai s).Out ra hipót ese que
também não pr eci sadeum adv ogado éaassi nat uradeum habeascor pus.Na
adv ocaciapr ivada, oindi víduopr eci saal ém deserbachar elem di reito,oi ndiví
duopar a
seradv ogadopr ecisat ersi doapr ov adonoexamedaOAB.Aadv ocaci apúbl i
canão
necessi tadoexamedaOAB.Em r egra,par asei ngressarnaadv ocaciapúbl i
caé
necessár i
of azeroconcur sopúbl i
co.Aadv ocaci apúbl icasedi vi
deem doi sr amos:
def ensoriapubl icaepr ocur ador i
a.Odef ensorpúbl i
coéum adv ogadocont ratadopel o
estadoquedef endepessoasquenãot em condi çõesdear carcom oscust osda
cont rataçãodeum adv ogadopr ivado.A def ensor iapubl i
cahoj esesubdi videem
def ensoriapúbl icaest adualedauni ão.Odef ensordoest adoat uaj untoaot r
ibunalde
j
ust iça.Odef ensordauni ãov aiat uarnasmat ér i
asquesãocompet ênci asdasj ust iças
mant i
dasdauni ão( feder al ).Pr ocur ador essãoosqueat uam em def esadoest ado,
sendoqueopr ocur adorf eder aldef endeosi nt eressesdauni ão.

O mi ni
stéri
opúbl icoéumai nstit
uiçãocom af unçãodedef enderosi nteressesda
sociedadebr asi
leira,com obr igaçãodeserapar t
idári
oepr ofissionalnascausasde
suacompet ênci
a.Omi nistéri
opúbl i
conãof azpartedostrêspoder eset em aut onomia
concedida pel a const i
tuição par a or ganizar suas f unções admi ni
strativ
as e
i
ndependênci apar aexecut areger arseu--.AntesdaCFde88t inhaduasf unções, das
quaisapenasumapr evaleceat ualmente.Eleéot i
tul
ardaaçãopenalpúbl ica,função
naqualai ndaost entaat ualment e.Aout r
af unçãonaqualf oiext i
ntadoMPapósaCF
de88éadedef ensor i
adauni ão,ousej a,doEst ado,queat ualmentef i
caacar goda
procuradori
adauni ão.Com aCFde88o MP ganhouaf unção deguar dião da
sociedade,nãosedel i
mi t
andoapenasnaaçãopenalpúbl ica,comonasár eascí v
eis,
meioambi ente,trabalhista,etc.Val elembr arqueomi nistériopúblicodef endeos
i
nteressesdasoci edadeenãodoEst ado,podendof i
carcont raomesmocasoel eviol
e
oucausedanosasoci edade.Oscar gosdoMPsão:pr ocur adorger aldar epúbl i
caeo
promot ordejusti
ça.

FORMASDEGOVERNO
Oconcei
toestárelaci
onadoàformadeorgani
zaçãopol í
ti
cadeum Estado.Oconcei t
o
deFGécompl exoenãoháconsensonadout r
ina.Algunsl
ivr
osnãodi
ferenciam Forma
deGovernocom regimepolí
ti
co,
queestárel
acionadocom af or
madeor ganizaçãodo
poder
,seopoderémai sconcentr
adooumaisdi f
usocomoseobser v
ounosconcei t
os
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

dedemocr aci
aeautocracia.JáaFGnãonecessariament
eestárel
acionadaàf or
ma
depoder,seopoderémai sconcentr
adooumenos,massim àf
ormadeor gani
zação
dessepoder.Éaformadei nvest
idur
adogover
nante.Comoasinsti
tuiçõespolí
ti
cas
dosest
adosi r
ãoseorganizar.

 CLASSI
FICAÇÃODASFORMASDEGOVERNO
 CONCEPÇÃODEARI
STÓTELES

Car
áterét
icodogov
erno.I
magi
nav
aqueexi
sti
a6f
ormasdegov
erno,
sendo3r
etase3
cor
rupt
as.

Nasfor
masr etas,ogover
noéexerci
doem proldointeressegeral
,dointer
essepúbli
co.
Nasformascor r
uptasháumadist
orção,umacorrupção.Ogov er
nodeixadeexercero
i
nter
essepúbli
copar acuidardoi
nteressedosgov ernantes,afavordeumami noria,
quedetém opoder.

 1ªf
ormaReta:Monarqui
a-mono=um;ar
qué=gov
erno.Gov
ernodeum,v
olt
ado
aoi
nter
essedetodos.

 1ªfor
macorrupt
a:Tir
ani
a-éacor r
upçãodamonar
qui
a.Ogov
ernodeum em pr
ol
depoucos(
um grupopri
ori
tár
io)
.

 2ªfor
mar eta:Ari
stocr
aci
a-gov er
nodepoucos,dosmaisaptos,
dosmelhores,
dos
maispreparadosparaexerceropoder-osfi
lósofos.Navi
sãodeAri
stótel
esessa
ser
iaamel horfor
madegov er
no.

 2ªformacorr
upt
a:Oli
gar
quia-cor
rupçãodaAr i
stocr
aci
a-gover
nodepoucospar
a
poucos.Di
vi
sãoser
iadet
urpadapar
aoi nt
eressedepoucos.

 3ªformar eta:Repúbl
ica(res-coi
sapúbli
ca)ouDemocracia-gover
nodet
odos
paratodos.Todosexer cem opoderem funçãodointer
essegeral
.For
mamais
fr
ágil
dasfor masretasporqueéamaisfaci
lmentecor
rompida.

 3ªforma cor
rupt
a:Demagogi a:Adestr
amento/domíni
o do povo.Teor
icamente
ser
iaumademocr aci
a,napráti
ca,al
gunspoucos,em nomedepov o,r
epresent
am
osseuspr
ópri
osinter
esses.Vê-semuit
onodia-a-
diadapolí
ti
ca.

 CONCEPÇÃODEMAQUI
AVEL

Éacl assi
fi
caçãouti
li
zadaat ual
mente-autordeO Pr í
ncipe-dizqueem todosos
temposeem t odososl ugaressempreexisti
ram esempreexist
ir
ãoduasformasde
gover
no-sóqueoconcei t
odeMaqui avelmudoudeant igament
eparaagora.Oque
mudouf oiqueMaquiaveldiziaque:Monarqui
aeraogov ernodeum eaRepública,o
gover
nodemai sdeum.

Com opassardotempochegamosaosegundoestágiodadif
erençaent
reMonar
qui
a
eRepúbl
ica,quef
oram v
eri
fi
cadosdur
ant
easRev oluçõesbur
guesasqueti
ver
am em
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

comum o combate às monarqui


as absolut
as.É dessa época a i
dent
idade da
Monarqui
a como gov erno aut or
it
ári
o e a Repúbl ica como gov erno
democrát
ido/
popul
ar(
gov
ernodacoisapúbl
ica)
.

Hoje não exi


ste mais essa di
fer
ença,a monarqui
a pode serdemocr
áti
ca como
acont
ece na I ngl
ater
ra e a democr aci
a pode ser aut
ori
tár
ia,j
á que exist
em
democraci
asquesãodi tadur
as.

Oquedi
fer
enci
aumamonar
qui
adeumar
epúbl
i
ca?Exi
stem doi
scr
it
éri
osut
il
izados:

 Chef
iadoEst
ado

Aquel
apessoaqueencarnasi mbol
icamenteasober
aniadoEst
ado,éorepr
esent
ant
e
maiordoEstado,équem repr
esent
aoEst adonoexter
ior
,éopont
odeequil
í
bri
oentr
e
asdiver
sascorr
entesem conf
li
to.OsímbolodoEst
ado.

 Chef
iadeGov
erno

Éaquel
equeadmi
nist
raqueef
eti
vament
egov
ernaquet
omaasdeci
sões.

NaInglat
err
a,ar ainhaEl
i
sabet
héaChef edeEst ado.Eopr i
mei
romini
str
o,Davi
d
Cameron,éoChef edoGover
no.Damesmafor
ma, naItál
i
a,queéumaRepúbl
i
ca,t
em-
seochefedeest adoqueéoPr esi
dent
edaRepúblicaeoChefedeGover
noqueéo
Pri
meir
omi ni
str
o.

OPar l
amentari
smopodeexi st
irtantodaRepúbl i
cacomonaMonar quia.OChefede
EstadonaRepúbl i
catem umacar acter
íst
ica,eleétransi
tóri
o.Eleexer ceum mandat o
polí
tico(tem pr
azodevali
dade),estaéar egra.Di
lmaRoussel ffoieleit
apar agov
ernar
oBr asilpor4anos.El
aatépoder áserreeleit
aparamai s4anosdemandat o,masao
fi
m domandat oel
atem quesair
.ARepúbl icasecaracter
izapelaalternânciadopoder.

NaMonar qui
a,di
fer
entementedaRepúbli
ca,oChefedeEst
adoév i
tal
í
cio-el
efi
capor
pr
azoindeter
minado.ARainhaEl
isabet
h,porexempl
o,t
em 85anosenãotem pr
evi
são
dedei
xaropoder.

Aoutr
adi fer
ençar esidenof at
odequeamesmoaMonar qui
asendodemocráti
ca,
comoaI nglater
ra,sempreser ápar
lamentar
ist
a.Éi
mpossí
velexi
sti
rnaMonarqui
a
pl
enal
iberdadepolít
ica,di
fer
entedaRepubl
i
ca.

NaRepúblicadoBrasil
,teor
icamente,qualquerum poderáserPr
esi
dentedaRepúbl
i
ca.
Apr ovadisso,équeum r eti
rantenordestinoquefoiparaSãoPauloem um paude
arar
aconsegui uchegaràPr esi
dênci
adaRepúbl i
ca.Jápar aserReiouRainhada
Ingl
ater
ratem quenascernaFamí l
iaReal ,mai
squei ssotem queseropri
mogênito,
tem queestarnaf
il
a.

Afor
mamai scomum daescol
hadomonarcaéaf ormaheredi
tár
ia-depaipara
f
il
ho(
a).NaIngl
ater
ra,
ofi
lhomai
svel
hoéoherdei
ro.Podesert
ambém porcoopt
ação,
émai
sdifí
cil
,masnaépocadeRomaexi
sti
u-oReiindi
caoseusucessor
.

Exi
stet
ambém umaf
ormamai
srar
a,queéael
eição.OMonar
caéel
eit
o.Apopul
ação
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

escolhequem seráoRei,comoacont ecenoVaticano.Geograf


icament
e,oVaticano
estádentr
odeRoma,masopaí séi ndependent
e.OPapaéoMonar ca,éum agente
polí
ti
co,éoChefedeEstado.El
eéeleit
opeloconclave.
Cuba-paraalgunsumaRepúbli
ca,
par aoutr
osumaDemagogi a.

SI
STEMASDEGOVERNO
NaépocadoAbsol ut
ismoMonárqui
cohav i
aumaconcent raçãodepoder,opoder
estav
at odo concentr
ado nasmãosdo Rei .Com o passardostempos,com as
Revoluçõesbur guesasocorreumaseparaçãodospoderes.O poderpassouaser
div
idi
doapar tirdodomí ni
odemocr
áti
co.

A moder naconcepçãodasepar açãodospoder espartedosegui ntepressupost


o:
todosospoder esreali
zam assuasf unções.Tem-seasfunçõestí
picaseasf unções
atí
picasnochamadosi st
emadef r
eiosecont r
apesos.Mesmoassi m,asfunçõesde
governo são reali
zadas basi
cament e pel
o poderexecuti
vo e pelolegisl
ati
vo.O
j
udiciár
io nem tanto.Asdeci sõesmai simportant
essão t omadaspelospoder es
executi
voel egi
slat
ivo.

O Sistema de Gov er
no vaise caracteri
zarporum conj unto de cri
téri
os que irá
determinarosl i
mitesdaaçãodospoder esnoexer cí
ciodasfunçõesgov er
nament ais,
ousej a,éapar ti
rdoestudodosi stemadegov ernoquenóssaber emosse,em um
determinado país o Executi
vot erá mai s ou menos atri
buições em r el
ação ao
Legisl
ativo,porquenumaDemocr aciabuscar -
se-
áoequi lí
bri
o.Dentrodele,exist
irão
atr
ibuiçõesdecadaPodereest asat ribui
çõespoder ámudardepaí spar apaís,a
dependerdosi stemadegov er
no.

Exi
stem 4 tipos de si
stema de gov
erno: Par
lament
ari
smo,Pr
esi
denci
ali
smo,
Semipr
esi
dencial
i
smo,Di
ret
ori
al.

 OPARLAMENTARI
SMO

Vem deParlamento,queéoPoderLegi
slat
ivo.Ospar
lament
aressãoosmembr
osdo
poderl
egi
slati
vo.

O Parl
ament ar
ismoéum si stemadegov er
noquesecar act
eri
zapel
acisão,pel
a
div
isãoentr
eaChef iadeEstadoeaChef i
adeGoverno.OChefedeEst
adopodeser
Rei,opri
ncípe,oimperadorouoPresi
dentedaRepúbl
icapor
queoParl
amentari
smo
exi
stetant
onaRepúbl i
cacomonaMonar qui
a.

AInglat
err
aatualéParl
amentari
sta.OPar
lament
ari
smoatualnasceul
á.AItál
i
aéuma
Repúbli
ca,maséParl
ament ar
ist
atambém.Tem OPresi
dent
edaRepública,
masquem
gover
naéoPr imei
ro-
Minist
roSil
vioBel
l
usconi
.

O Chef
edeGov er
nonoParl
amentari
smoéchamadodePr i
meiro-
Mini
str
o,queéo
Mini
str
o maisi
mport
anteo Gover
no -o Gover
no éexerci
do porum gabinet
ede
mini
str
oseessegabi
net
eéchefi
adopelopr
imeir
o-mi
nist
ro.
PorissoqueeleéoChef
e
deGoverno.
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

O Parlament
ari
smosur gi
uporacasoem 1608,naI ngl
ater
ra,ocor
reuaRev ol
ução
Glor
iosacom um pact
oentreabur guesi
aeorei
.Oreiconti
nuougovernando,
mascom
poderesli
mit
adoscom aassi naturadobil
lofri
ght
.OPar lamentocomeçaaexer cer
um podermaior
,orei,
opoderr esi
dual.

Depoi
sdealgunsv
aimudaradinast
iamonár
qui
cadaIngl
ater
raevãochegarosr
eis
deHanôv
er,
queéaatual
dinast
iaequehoj
echama-
sedeWindsor
(Cast
elo)
.

Ospr imei rosreisdeHanov erforam apelidadosder eisimpossíveis(Jor geI,IIeI I


I)
.
Eram r eisfracos,ospr imeiros,nem i ngl
êsf alavam,sóf al
avam alemão.Nãoquer iam
governar .Começar am,poucoapouco,adel egarpoder esaum auxi l
iar,aum br aço
dir
eito.JorgeI I
Iéoquemai sdelegapoder ,éem seugov ernoquesei nici
ali
zauma
real
idadequej áéumapr áti
capor queodi rei
toi nglêséconsuet udinári
o-sebasei anos
costumes,eocost umeéqueor eiémui tomai sumaf i
gurasimból icadoqueum
ChefedeGov ernopor quehav i
aoPr imeir
o-mi nsit
roquepassav aachef iar.Eapar ti
rde
JorgeI II
,esseMi nistro seria escol
hido pel o Par l
amento.O par t
ido pol í
ti
co ou a
coali
zãodepar t
idosmaj oritári
adacâmar adoscomuns( equivalenteàcâmar ados
deput ados na I nglaterr
a)i ndica o pr i
meiro- ministr
o.O Par lament arismo t em as
seguint escaracterí
sticas:

-Um Chef
edegov
ernoéescol
hidopel
amai
ori
apar
lament
ar;

-Elegover
naráenquantotiv
eressamaior
ia,
elepodefi
carmuit
otemponopodercomo
também podeficarpouco.Avant
agem égover
narpormaior
ia,
masquandoel
eaperde,
serásubst
it
uído.

Nessesist
emapodeat éhavermaiorest
abi
lidadepolít
ica,masexi steoout r
oladoda
moedaporquequandoset em osi
stemapar
lament ar
ist
amul t
ipar
tidár i
o,comooBrasi
l
,
porexemplo,adi
versi
dadedeparti
dospodeger arumagr andeinst abi
li
dadedopoder
porcausadosconchavos.

Hoj
e,Dil
mat em mai
ori
anoCongressoporqueoPMDBest ádoladodel
a,masseo
Br
asi
lfossepar
lament
ari
staeoPMDBdeixasseogov
erno,
oprimei
ro-
mini
str
ocai
ri
a.

O Brasi
ljáfoiparl
amentar
ist
aduasv ezes.Umacom D.Pedr oII
,ef icouconhecido
comoPar l
amentari
smoàsav essasporqueexisti
aopodermoderador,eraoimperador
quem nomeav a o pri
meiro-
minist
ro e não o par l
amento.O Brasiltambém f oi
parl
amentari
stanaépocadeJango( JoaoGourlat)
,ent
re1961-
1963(Repúbli
ca)
.

OParlament ari
smonoBr asi
lfoium fr
acasso,em um anoemei ot
iver
am 3primei
ros-
mini
stros,dentreel
es,Tancr
edoNev es.Em 63teveum plebisci
toeopov ovotoupel
a
vol
tadoPr esidenci
ali
smo.Em 1993,opovov ot
ouparacontinuaroPresi
denci
ali
smo.

 OPRESI DENCIALISMO
Nasceu nos EUA como f orma de oposi
ção à I
ngl
ater
ra.Adot
ou-
se o r
egi
me
r
epubli
canoeapr i
ncipalcar
act
erí
sti
caaj unçãodaChefi
adeEstadoeChefi
ade
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Gov ernonumamesmapessoa,oPr esidentedaRepública.Maiori


ndependênciaem
rel
ação ao par l
amento.O Pr esi
dencial
ismo só existe na Repúbli
ca.Si st
ema
predomi nant
ement eameri
cano.
Apr inci
palvantagem éaest abi
l
idadenor egi
mepl
uriparti
dári
o,por
queindependente
de t er maiori
a ou mi nor
ia no Congr esso,o Presidente cont
inua gover
nando.
I
ndependênci aem rel
açãoaoPar lament
o.

O Presidenci
ali
smo t
em poderdemais,o que é v
ant
agem também passa a ser
desvantagem.O poderé relat
ivo,mesmo que eletenha mi
nori
a,el
e conti
nua
governando.

 SEMI
PRESI
DENCI
ALI
SMO

Sistema que combi na o Pr esidenciali


smo com o Par l
ament ari
smo.Na t eoria
funcionariacomoum si stemapar l
ament arista.OPr esidencial
ismo, chefedeEst ado e
oPr i
mei r
o-mi nistrochef edegov erno.O Pr esidenciali
smonãoéapenaschef ede
estado,elepassat ambém at erat ri
buiçõesgov ernament ais.Surgi
unaFr ança,depoi s
daI IGuer raMundi al,porqueaFr ançaest avadest ruídadepoi sdaI IGuerra,mesmo
sendov itoriosa.Fi coudest r
uídaeconomi cament e,pol i
ti
cament e.Char l
esdeBoul ef oi
elei
toPr esidente, queer aum l íderdeal tapopul aridadeegov ernoucom mãos- de-f
erro.
Dizi
aqueoBr asiler aum paí squenãodev er i
aserl ev adoasér i
o.Tinhapersonal i
dade
fort
eepoucoapoucocomeçouaassumi ratr i
buiçõest ambém gov ernamentais.Com
opassardot empoaConst i
tuiçãof oimodi f
icadapar adarpoder esmai sampl osao
Presidenteef azercom queaChef i
adeGov ernopassasseasercompar t
il
hadaent reo
Primeiromi nistroeoPr esidente.

 SI
STEMADI
RETORI
AL

O Sist
ema Di
retor
ial 
ouGov ernodeAssembl éi
aéaquel eem quet odoopoderdo
Estado se encontra no Par lament o,ocasionando uma pr edominância do Poder
Legisl
ati
voem det ri
mentodosdemai s.Caracteri
za-sepelanomeaçãodosmembr os
doPoderExecut ivopelaAssembl éiaLegislati
va;mandat oindeterminado( porém,é
costume que dure uma l egi sl
atura);impossibil
idade de demi ssão dos mi nist
ros
componentesdaj untagover nati
vapel ov ot
odedesconf i
ançadoPar lamento,comose
dánoRegi mePar lamentari
st a,determinandoocar átereminentementedelegat i
vodo
PoderExecutiv
o.Essaf ormadegov er
nat em lugarnaSuí ça,porém teveensai ono
Uruguai,
naFrançaenoBr asilduranteaRegênci aTri
na.

REGI
MESPOLÍ
TICOS
ORegimePol í
ti
coéaf ormacomoopoderseor gani
zaem umasoci
edade.O
r
egi
mepodeser :concentr
ado(háat endênci
aaoabusodepoder)oudifuso
(
poderdescentr
ali
zado,com menorabuso)
.
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

 AUTOCRACI
AxDEMOCRACI
A

 Aut
ocr
aci
a

Oregi
mepolít
icoem queháumaf
ort
econcent
raçãodopoder
,abusodepoder
.
ComoacontecenaDi t
adur
aenoAbsol
uti
smoMonár qui
co.OTotali
tar
ismoé
umaformadeAutocr
acia.

 Democr
aci
a

Nestecaso,opoderestádiv
idido,dif
uso.Éor egi
mequepr ev
alecehojeno
mundo.ADemocr aci
aéumai deologi
afor t
e,queal mejal
egi
ti
midade–éum
regi
mepol í
ti
col
egít
imo,quegar anteai gualdade.Exemplodei nst
rument
os
uti
li
zadospel
aDemocraci
a:el
eições,pl
ebisci
to,refer
endo.

Um concei
toem const
rução

Demo=pov
o kr
atos=aut
ori
dade

Gov
ernodaaut
ori
dadedopov
o.

Li
nconem 1863nodiscur
sodeGettsbur
gdizquenadanem ni
nguém ser
á
capazdeder
rot
arogov
ernodopov
o,pel
opovoepar
aopovo.(
complet
ar)

Saddam Russeinteve100% dev ot


açãoem umaelei
çãonoI r
aqueháalguns
anosat r
ás.El
ediziaqueopov oestavatododoseulado.Éumalegi
timi
dade
completa,massef or
mosanalisaroseugov er
no,Saddam cometi
amui t
as
atr
ocidadescont
raapopulaçãoi
raquiana.

 ORI
GENSEEVOLUÇÃODADEMOCRACI
A

Aori
gem daDemocr
aciaest
áem Atenas,
masláoperfi
ler
adif
erent
edoqueé
hoj
e,por
queaDemocraci
aerapar
apoucos(um gr
upodomi
nant
e).

Em Atenas,ademocr
aciafoicr
iadapar
aatenderaumaclassedominante,
eraa
melhorformadeseestabel
eceradivi
são.Er
aademocraciaqueconviv
iacom o
suf
rágiorest
ri
to.

Ademocr aci
amui tasv ezesnãopassoudeumademagogi a.Ademocr aciafoi
cri
adacomo di sputadepoderpar adomi narum povo.Eladesapareceu e
retorna com a bur guesia.A burguesia pr
eci
sav
a de um novo discurso,a
i
gual dadeer apreci
so, porem ademocracianãodavadi
rei
toatodos,nav er
dade
elar etor
nanaI dadeModer nadeumaf or
mamai sampla,r
etor
nacom um per fi
l
eli
tista.Nosec.XI Xv em osoci ali
smo,nosec.XX v em asguerrasedaía
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

democr
aci
amudou.

 CARACTERÍ
STI
CASDADEMOCRACI
A

RobertDahlqueescr
eveuaobrasobr
eDemocr
aci
aaf
ir
maqueamesmapossui
5caracter
íst
icasf
undament
ais:

1.I
ncl
usão deadult
os– quando há par t
ici
pação det
odososadul
tos
(
homens,mul
heres,r
eli
giosos,
ateus.
..
)

2.Par
ticipaçãoefet
iva–nãobastateri
ncl
usãodeadul
tos,el
espreci
sam
par
ticiparat
ivamente,nãosónomomentodovot
o,mast r
abal
handono
di
a-a-dia.

3.I
gual
dadedevoto–um homem,um vot
o–i déi
adeRousseaudeque
t
odossãoi
guai
s,ovot
odecadaum t
em omesmopeso.

4.Cont
roledopl
anej
ament
o–f i
scal
ização,t
ransparência.Aspessoast
em
odir
eit
oaoacessoàsi
nfor
mações,dir
eit
odeopi nar,dedeci
dir.

5.O entendi
mentoesclareci
do– educação,consci
ênci
acr
ít
ica,pol
í
tica.
Pr
ecisaterconsci
ênci
adoseupapelnasociedade.

Diantedascaract
erí
sti
cassur
geum probl
emanãohádef at
oademocraci
a,
poisdeal gumaformaalgum t
ipodascar
act er
íst
icasémut
il
adoper
ant
eos
países.I
stosi
gni
fi
caquenãoháumademocr aciapl
ena.

Est
aidéi
adeRober
tDahldeveserest
udadaconj
unt
amentecom asdeGeov ani
Sar
tor
iquedi
zqueademocraci
arealnãoseconf
undecom ademocraci
aideal.

Oi
deal
democr
áti
coéumaut
opi
aser
vecomoi
nspi
ração.

Ar
eal
i
dadedemocr
áti
caser
iaabuscadoI
deal
.

Democr aciaser
iaum regi
mepolí
ti
coondeseal
mej
aodirei
todei revi
r,a
l
iberdade,aigual
dade.Def
endequeademocr
aci
aéum pr
ocesso,éal
goem
construção.

Parasimboli
zarai
déi
at em umafrasedeChurchi
l
l:“ademocraciaéopi
orde
todososregi
mespolí
ti
cos,aexceçãodetodososdemai
sjátestados”
.

 VANTAGENSDADEMOCRACI
A
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

Agradevant
agem dademocr
aci
aésimboli
zadapel
afr
asedeRobert
oBobbi
o:

Ninguém émel
horjui
zdoseupr
ópr
iodest
inodoqueoprópr
ioi
ndi

duo”
.

ADemocr aci
at em oli
vrear
bít
rio.Aspessoasescolhem oquev ãofazer
.Na
democraci
av ár
iaspessoast
erãoacessoaopoder ,exi
sti
rãodi
fer
enças,masa
democraci
apr eval
ece.Éum r egi
mequepr essupõeoabuso,masháuma
menordist
anciaentr
eoprimi
doseopr essor
es,j
áqueademocr aci
aregulaesse
procedi
mento.

 ESPÉCI
ESDEDEMOCRACI
A

 Dir
eta– at
eniense(reuni
ãonaagor
a)v
iáv
elpar
apequenadi
mensão
popul
aci
onal
,terr
it
ori
al,

 Indi
ret
a/r
epresent
ati
va – povo como t
it
ular
,por
ém el
egendo seus
repr
esent
antes.Ocorr
eodi st
anci
ament
oent r
epov
oepodert í
picoda
épocadoliber
ali
smo.

 Semidi reta/par t
icipati
va– at ualmentev alor
iza-secadav ezmaisa
parti
cipaçãodemocr aciasemiindireta.Pov
oét i
tulardopodereoexer
ce
atravésdosi nst
it
utosdademocr aci
apar t
icipat
iva,elei
çãoperi
ódi
cade
representant
esmai sosi nst
it
utos:

1)Plebi
sci
to–espéciedeconsult
apopular.Assunt
os:adi f
erençaresi
de
no momento da def
lagr
ação.Plebi
sci
to é sempre pr
évio( é o mai
s
comum)

2)Refer
endo– dei nter
essegeral
.Refer
endoépost
eri
or,j
áexi
steal
go
concr
etoeadiscussãogeraem t
ornodi
sso:

Pl
ebi
sci
tonoBr
asi
l–ocor
reuem 196331993

Refer
endonoBrasil–ocorreuem 2005,sobreodesar
mament
o.Est
eano
acont
ecer
aum plebisci
tonoPar
adivi
diroestado.

3)I
nici
ati
vapopulardelei–povonãotem acapaci
dadedecri
arlei
.opovo
poder
áapresentarproj
etodel
eiquepoder
áounãoseraprovado.Pr
ojet
o
dever
asersubscrit
opornomínimo1%doel ei
tor
adonaci
onal,
5estados,
0,
3%eleit
oradolocal
.

OBr
asi
lhoj
eéumademocr
aci
asemi
indi
ret
a.

 SUFRÁGI
O

Todosuf
rági
otem r
estri
ção(ex.cri
ançanãovot
a),votoéapenasinstr
ument o
par
aexer
cerosufr
ágio.Inst
it
utofundament
aldarepresent
açãopol
ít
ica,poder
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

i
ner
ent
eaopov
odepar
ti
cipardav
idapol
í
ticadoest
ado.

Osuf
rági
opodesercl
assi
fi
cado:

 Universal:ofatodeumacr iançanãopoderv ot
arnãor eti
raocar át
eruniversaldo
sufr
ági o,sedifer
enciam pel
ar azoabil
idade.
 Restri
to:sufr ági
o com gêner o( restr
it
o,exmul hernão v ot
a);sufrági
or acialé
rest
rit
o( negronãov otava)
 Sufrágiocapaci t
ado:pelograudei nstr
uçãoépol emico,éuniver
saloupol emi co?
Garantiro v oto deum anal fabet o étambém gar anti
ra digni
dadeda pessoa
humana.
MANDATOPOLÍ
TICO
MandatoPolí
ti
coéoinst
rumentoatr
avésdoqualopov
odel
egapoder
esaosseus
r
epresent
ant
espar
aat
uarnavidapol
í
ticadoEst
ado.

MandatodeDirei
toPr
ivadoéum t
ipodecontrat
oqueest
ámui
topr
óxi
moaocont
rat
o
deadvogado.Éocont
ratoder
epr
esentação.

Cl
i
ent
e:mandat
ári
o

Adv
ogado:
repr
esent
aocl
i
ent
e.

Car
acter
íst
ica:os l
imi
tes do mandat
ári
o est
ão expr
essos no mandat
o.El
e est
á
l
imi
tadopeloprópr
iomandato.

 ESPÉCI
ESDEMANDATOPOLÍ
TICO
OMandat
oPol
í
ticopodeserdet
rêsespéci
es:
repr
esent
ati
vo;
imper
ati
vooupar
ti
dár
io.

 MANDATOREPRESENTATI
VO

Éaquel
eem queomandatár
iot
em tot
all
iber
dadepar aexer
ceromandat
o.Pr
essupõe
queomandatár
ioét
otal
mentel
i
vreparaoexercí
ciodestemandat
o.

 MANDATOI
MPERATI
VO

Omandatár
ioéobr
igadoaobedeceràsrecomendaçõesdoel
eit
or.Ouent
ão,
elepode
per
deromandat
o.Estávi
ncul
adoaoelei
tor.

 MANDATOPARTI
DÁRI
O

NoBrasi
lor
epr
esent
ant
etem l
i
ber
dadeper
ant
eoel
eit
orecompr
omi
ssoper
ant
eo
par
ti
do.

Qualomelhormodelo?Mui
taspessoaspensam queéoI mperat
ivopor
queháum
cont
rol
emaior
(vant
agem)
.Mas,porout
rol
ado,per
de-seaf
lexi
bil
i
dade.

O Brasi
ladot
avaomandat orepresent
ati
vo,mashoj enãomai s.Adotaum t er
ceir
o
ter
mo-um mei otermoent r
eomandat orepresentati
voeoi mperati
vo.Opolí
ti
cot em
queseguirasdi
retr
izeslegi
ti
mament eestabeleci
daspeloseupar t
idopol
ít
ico.Seele
nãosegueospreceitosdoparti
do,elecomet einfi
del
idadepar
ti
dáriaepodeper dero
Renat
adeAndradeTinoco
CiênciaPolí
ti
ca
2016.2–T1A

mandat
o.

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