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Cronometros Da Terra - o Tempo Geológico
Cronometros Da Terra - o Tempo Geológico
http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Tempo%20Geologico.htm#_Toc42676804
Conteúdos
Introdução2
Datação Relativa2
CORRELAÇÃO
Continuidade física6
Posição estratigráfica7
Métodos biológicos7
Datação Absoluta8
INTRODUÇÃO
Idade da Terra13
Bibliografia recomendada16
Introdução
O tempo é uma grandeza fundamental da Física, assim como a massa e a distância (o Sistema
Internacional define o segundo como unidade de tempo, o kg como unidade de massa e o metro como
unidade de distância). É necessário quantificar o tempo para definir o que são processos e mudanças e para
que relações de antes e depois possam ser estabelecidas.
Uma vez que as rochas são registros de processos geológicos é possível determinar processos que
ocorreram no passado através do estudo dessas rochas e, assim, entender como era o nosso planeta em
tempos anteriores ao surgimento das formas de vida complexa. Diferentes ramos da geologia estudam os
processos e respectivos registros geológicos. Por exemplo: a petrologia analisa as rochas e os processos
formadores de rocha, a geologia estrutural estuda as estruturas deformacionais e os mecanismos de
deformação das rochas, e a paleontologia investiga os fósseis e a evolução da vida. Entretanto, o
entendimento da evolução da Terra e do significado de cada um dos processos geológicos nessa evolução só
é possível após o estabelecimento das relações temporais entre os registros geológicos. Definir métodos para
estabelecer estas relações é, portanto, fundamental na geologia e um dos principais objetivos de todos os
geológos, independentemente de sua especialidade.
A Estratigrafia é o ramo das ciências geológicas que investiga a distribuição temporal do registro geológico.
De modo geral a estratigrafia dedica-se principalmente ao estudo das rochas estratificadas, i.e. sedimentares.
Mas, porque o estudo das rochas enquanto registro do tempo geológico teve início nesse tipo de rocha, a
estratigrafia também estuda os diversos métodos datação dos eventos geológicos (neste caso não se
restringindo às rochas sedimentares). Além disso, a estratigrafia também é responsável pela normatização da
nomenclatura utilizada para designar grupos de rochas.
Tratando-se de relações temporais duas abordagens podem ser adotadas. Por um lado, pode-se
determinar uma sucessão temporal de eventos, sem que se saiba exatamente quando e quanto tempo esses
evento levaram para acontecer, estabelecendo assim uma datação relativa de eventos. Outra alternativa é
determinar quando os eventos aconteceram através da obtenção de uma idade absoluta. De modo geral o
geólogo trabalha com as duas formas de abordagem do tempo de forma complementar.
Datação Relativa
Os métodos de datação relativa foram os primeiros a serem desenvolvidos, pois não dependiam de
desenvolvimento tecnológico e sim do entendimento de processos geológicos básicos e do registro desses
processos. Os princípos que permitem a datação relativa são bastante simples e sua aplicação é quase sempre
possível em campo quando mais de uma rocha ocorre em um mesmo afloramento. A datação relativa
permite estabelecer a sucessão temporal das rochas de uma região, formando uma coluna estratigráfica. As
rochas são representadas em uma coluna estratigráfica, de modo que as rochas mais antigas são colocadas na
base e as mais jovens no topo. Esta formalidade tem origem em um dos princípios fundamentais da
estratigrafia (o da Superposição Vertical das Camadas) que veremos a seguir.
Figura 1 – Foto do Grand Canyon com camadas horizontais em sua posição original. As camadas mais
antigas são aquelas localizadas na base da seqüência.
Figura 2 - Siccar Point. Discordância angular reconhecida por Hutton para ilustrar o conceito proposto por
ele.
Figura 3 – Esquema ilustrando vários principíos de datação relativa. O granito corta as camadas da
seqüência sedimentar localizada abaixo da discordância angular e contém xenólitos dessa seqüência. Essas
relações indicam que as rochas sedimentares localizadas abaixo da discordância são as mais antigas. Acima
da discordância encontram-se as rochas sedimentares mais jovens. Note que essas rochas contem clastos
(pebbles) do granito.
O Princípio da Sucessão Faunística diz que os grupos de fósseis (animal ou vegetal) ocorrem no
registro geológico segundo uma ordem determinada e invariável, de modo que, se esta ordem é conhecida, é
possível determinar a idade relativa entre camadas a partir de seu conteúdo fossilífero. Ou seja, pode-se
dizer que fóssil = tempo. Esse princípio, inicialmente utilizado como um instrumento prático, foi
posteriormente explicado pela Teoria da Evolução de Darwin: uma vez que existe uma evolução biológica
irreversível através dos tempos geológicos, os fósseis devem se ordenar no tempo segundo uma escala
evolucionária. Diversos períodos marcados por extinção de grande parte do conteúdo fossilífero são
conhecidos na história da Terra e levaram ao desevolvimento da Teoria do Catastrofismo (Cuvier 1796).
Fóssil: todo e qualquer vestígio de atividade biológica registrada nas rochas (e.g. conchas, ossos, buracos de
vermes, etc).
Fóssil-índice: correponde a um organismo que viveu por um período de tempo geologicamente curto, mas
que ocupou um grande espaço geográfico. Normalmente são animais marinhos, e.g. Grupo das Trilobitas
(foto abaixo), típico do Perído Cambriano (570-505 Ma).
Figura 5 – Foto de Trilobita. Fóssil-guia do Período Cambriano.
Associação Faunística. um conjunto de fósseis, que embora isoladamente não tão restritos a um intervalo de
tempo, em conjunto caracterizam um intervalo de tempo específico.
Correlação
Em cada afloramento encontra-se apenas uma parte da história geológica de uma região. Para se
determinar a história completa de toda a região e até do continente e da Terra é necessário “somar” os
fragmentos da história geológica de vários locais. Uma vez determinadas as idades relativas entre as rochas
de um afloramento, construindo assim uma coluna estratigráfica local, tenta-se correlacionar essa coluna à
de outros pontos de modo a abranger um intervalo de tempo maior “empilhando” o registro geológico de
todos os afloramentos.
Continuidade física
É o método de correlação que se baseia na existência de camadas cuja continuidade pode ser
observada. Este método, embora muito seguro é limitado espacialmente e por condições ideais de
afloramento (e.g. Grand Canyon) tais como: vegetação esparsa, solos pouco desenvolvidos terreno com
ausência de pertubação estrutural.
Considera as semelhanças litológicas entre corpos isolados tais como: composição mineral, textura,
estruturas primárias, espessura, etc. Dois problemas devem ser considerados nessa metodologia:
* a possibilidade de convergência litológica através dos tempos. Isto porque os processos formadores de
rochas repetem-se no tempo, podendo gerar rochas semelhantes com idades muito distintas;
* a existência de variação espacial nos ambientes sedimentares, originando diferentes tipos de rochas no
mesmo intervalo de tempo. Neste caso, o trabalho de correlação requer o reconhecimento das variações
laterais existentes no campo para que a correlação possa ser corretamente estabelecida.
Posição estratigráfica
É comum reconhecer-se em um afloramento mais de uma camada de uma mesma rocha. Como
correlacionar estas camadas a uma única camada, da mesma litologia (ex. calcário) observada em outra
região? Uma característica importante a ser considerada é a posição relativa dessas camadas em relação a
outras rochas associadas espacialmente. Estão elas no topo da unidade litoestratigráfica, ou na porção basal?
Estão abaixo ou acima de uma determinada camada facilmente reconhecida e correlacionável nos dois
locais? Neste caso o conceito de camada-guia é fundamental.
Camada-guia: é uma camada com características particulares e com grande expressão regional o que permite
reconhecê-la em diversas regiões distantes. De grande auxílio para a correlação estratigráfica com base na
posição das demais camadas em relação a ela.
Métodos biológicos
Esses métodos baseiam-se essencialmente no Princípio da Sucessão Faunística, descrito acima, que
permite que camadas que afloram a longa distância sejam correlacionadas por seu conteúdo fossilífero. O
maior problema na utilização de fósseis na correlação estratigráfica está na possibilidade desses fósseis
trascenderem, ainda que localizadamente, o intervalo de tempo a que são normalmente atribuídos. Além
disso, existe um forte controle ecológico sobre o desenvolvimento das espécies animais e vegetais (ex.
ambiente lacustre x ambiente marinho), além do controle da seleção natural. Assim, rochas de mesma idade
podem apresentar associações fossilíferas bem distintas.
Texto Complementar
Datação Absoluta
Introdução
" Por volta de 1540 o arcebispo Ussher estabeleceu uma cronologia "geológica", segundo a qual a Terra teria
sido criada a 26 de outubro do ano 4004ac, às nove horas da manhã!" (Allégre, 1987)
Embora já no século XIX existisse um conhecimento geral das colunas estratigráficas da Inglaterra
e França, não se sabia ao certo quanto tempo estava envolvido na formação desses empilhamentos. Sabia-se,
sim, que a espessura dos "terrenos estratigráficos" refletia um determinado intervalo de tempo. Com o
acúmulo de dados verificou-se que havia terrenos que apresentavam características similares. Portanto, estes
terrenos podiam ser correlacionados e, com base nos métodos de datação relativa, ser empilhados, formando
uma coluna estratigráfica geral: a Escala Geológica do Tempo. Com o passar do tempo (humano) começou a
fazer-se sentir a necessidade de calibrar a escala geológica em unidade de tempo. Para isso era necessário
desenvolver métodos de datação absoluta.
Em contrapartida, geólogos como Hutton e Lyell defendiam que o tempo geológico era profundo,
muito superior ao que a humanidade era capaz de compreender. Essa idéia está bem expressa nas afirmações
de Hutton de 1788 (Gould 1987):
"O tempo, que é a medida de todas as coisas em nossa idéia e costuma ser deficiente para nossos projetos, é
infindo na natureza e como que nulo."
" Se a sucessão de mundos está determinada no sistema da natureza, é vão buscar algo superior na origem da
Terra. O resultado, portanto, da nossa investigação é que não encontramos nenhum vestígio de um princípio
- nenhuma perspectiva de um fim."
Essas duas idéias de uma cronologia relativamente curta (100 Ma) e de uma cronologia
extremamente longa, tanto que não tinha nem princípio nem fim, deu origem a duas correntes do
pensamento geológico que dominaram por muito tempo: o catastrofismo (Seta do Tempo Curta) e do
Uniformitarismo (Ciclo do Tempo Longo).
Os métodos de datação radiométrica baseiam-se no fato de que o decaimento de cada tipo de átomo
ocorre em proporções constantes, segundo taxas exponenciais, que não são afetadas por agentes físicos ou
químicos externos. A velocidade de decaimento depende apenas da estabilidade dos núcleos radioativos e é
constante para cada tipo de isótopo radioativo. A equação que rege o decaimento é a seguinte:
onde N é o número atual de núcleos radioativos, No o número original, a taxa de decaimento e t o tempo.
A lei probabilística que rege o decaimento não permite prever quando um determinado átomo deve
decair, mas permite afirmar com precisão, que em determinado tempo a metade de uma amostra de isótopos
radioativos terá decaído para o isótopo radiogênico. Este tempo é denominado de Meia-vida (t½). Está
relacionado com a taxa de decaimento da seguinte forma:
Cada elemento possui um número atômico (número p de prótons no núcleo) característico, mas
pode apresentar isótopos com número de massa diferente (número de prótons mais neutrons). Da grande
quantidade de nuclídeos que se conhece (cerca de 2000), a maioria é radioativa, isto é decai para núcleos
com número de massa menor. Os elementos gerados por decaimento radioativo são denomindados de
radiogênicos. O decaimento ocorre principalmente pela emissão de dois tipos de partículas: a partícula alfa
(um núcleo de He, consistindo de 2p+2n) e a partícula beta (um elétron proveniente do núcleo por
decaimento de um neutron em um próton e um elétron) e pode ser simples (elemento pai para elemento
filho) ou serial (elementos radioativos intermediários). As meias-vidas são na maioria das vezes muito curtas
- de frações de segundos a alguns dias. Dentre os inúmeros isótopos radioativos existentes na natureza
apenas cinco tem meias vidas suficientemente longas, para serem utilizadas na datação de materiais
geológicos. Os elementos pai (radioativos), elementos filho (radiogênicos) e suas meias-vidas estão na
tabela seguinte:
O método de Carbono 14 (14C 14N) não é normalmente aplicado em Geologia, pois a meia-vida
do 14C é muito curta (= 5730 anos), não sendo compatível com a taxa da maior parte dos processos
geológicos. É conveniente apenas para datação em estudos arqueológicos, compreendendo bem o espaço da
existência de humanóides na Terra dentro de um intervalo de tempo equivalente a 7-10 meias-vidas do 14C.
ou
1. a rocha ou mineral tenha se comportado como um sistema fechado após a sua formação;
2. que na sua origem a rocha ou mineral não tenha contido elementos-filho, ou que o número de elementos-
filhos existentes inicialmente seja conhecido;
4. que a rocha/mineral contenha os elementos-pai e filho em quantidades analisáveis, o que depende, além
da questão comentada no ítem 3, da afinidade geoquímica desses elementos.
Embora o princípio básico da datação radiométrica seja bastante simples, o procedimento real é
relativamente complicado e a interpretação dos resultados ainda mais complexa. Os elementos radioativos
ocorrem em proporções muito pequenas nos minerais e rochas, requerendo métodos analíticos muito
precisos, capazes de separar isótopos de um mesmo elemento pelo seu número de massa. O equipamento
utilizado para este fim é o espectrômetro de massa que permite a detecção de elementos com concentrações
de até n partes por trilhão (ppt).
D e modo geral, quando se pretende datar uma rocha diversos tipos de métodos são utilizados. A
idade obtida com cada método pode não ser igual às determinadas por outros métodos radiométricos. Isso
não significa necessáriamente que existe algum problema com a datação, pode significar de fato que as
idades representam eventos geológicos distintos porque cada tipo de elemento possui um comportamento
químico diferente durante os processos geológicos. Assim, cada método de datação vai permitir a obtenção
de idades de formação da rocha ou de processos geológicos superpostos que afetaram essa rocha. De
maneira geral, os métodos radiométricos aplicados em geologia permitem datar minerais ou rochas e o
significado normal do dado obtido é o que segue:
Figura 7 – Exemplo esquemático de isócrona Rb-Sr com amostras com razão inicial Rb/Sr diferente. A
idade é proporcional a inclinação da reta isócrona. A isócrona pode ser obtida com amostras de rochas
ígneas geneticamente relacionadas ou a partir de amostras de rocha e seus diferentes minerais.
* Sm-Nd: idade de separação do magma do manto, idade de formação crustal, metamorfismo, idade de
cristalização ígnea.
Figura 8 – A figura ilsutra uma isócrona Sm-Nd que baseia-se no mesmo princípio que a isócrona Rb-Sr.
Neste exemplo a isócrona foi obtida para uma rocha a partir de seus minerais constituintes
Figura 10 – Idades U/Pb em zircão também podem ser obtidas puntualmente através do método analítico
SHRIMP. No exemplo acima o núcleo e a borda do grão de zircão foram datados e forneceram idades com
uma diferença de aproximadamente 100 milhões de anos. Isso quer dizer que o grão de zircão cresceu
durante diferentes eventos geológicos (por exemplo magmatismo e metamorfismo).
A datação absoluta também pode ser realizada por meior do método de traços de fissão. Este
método baseia-se no fato de que certos elementos decaem por fissão danificando a estrutura do material
circundante (o mineral). Cada emissão de dois núcleos é registrada como “traços”. O número de traços
depende da quantidade de urânio no mineral e do tempo decorrido, o que posibilita sua utilização na datação
absoluta. Os traços da fissão só ficam registrados nos minerais até uma certa tempertura, acima da qual são
apagados. Por outro lado se o tempo decorrido for muito grande, a contagem do número de traços (que é
feita com um microscópio) torna-se difícil devido ao excessivo número de traços formados. Assim, o
método de traço de fissão só pode ser aplicado para datação de eventos não muito antigos e de baixa
temperatura (até 200oC).
Idade da Terra
A determinação da idade da Terra esbarra em dois problemas principais. Em primeiro lugar é
necessário ter um método capaz de avaliar uma dimensão de tempo tão vasta quanto do tempo geológico.
Esse problema foi resolvido com o advento dos métodos de datação radiométrica utilizando elementos com
meia-vida longa. O outro ponto, de mais difícil solução, é a escolha do material a ser utilizado para a
datação. Depois de sua formação a Terra sofreu intensa diferenciação que resditribuiu os elementos
químicos e moficou as concentrações pai-filho originais.
Tentando obter essa mesma idade em materiais terrestres, Patterson utilizou meteoritos sem traços
de U, mas com Pb, para determinar a composição isotópica original do Pb quando na formação do sistema
solar e planitesimais. Conhecendo a proporção de Pb original Patterson era capaz de descontar a quantidade
original elementos-filhos de Pb dos sistemas químicos terrestres. Mas o que datar? Procurando encontrar
sistemas químicos que representassem a média composicional da crosta e manto terrestre, Patterson analisou
nódulos manganês nos sedimentos marinhos (média da crosta) e basaltos do Havai (média do manto),
descontou o valor de Pb orginal e obteve a idade de 4,55 Ga. Desde então esta é considerada a idade da
Terra.
Será que você é capaz de imaginar o que significa todo ese intervalo de tempo? Provavelmente
não. Para melhor compreender essa escala de tempo nos podemos fazer uma pequena simulação:
"Imagine que os 4,5 bilhões de anos da Terra foram comprimidos em um só ano (entre parênteses colocamos
a idade real de cada evento). Nesta escala de tempo, as rochas mais antigas que se conhece (~3,6 bilhões de
anos) teriam surgido apenas em março. Os primeiros seres vivos (~3,4 bilhões de anos) apareceram nos
mares em maio. As plantas e os animais terrestres surgiram no final de novembro (a menos de 400 milhões
de anos). Os dinossauros dominaram os continentes e os mares nos meados de dezembro, mas
desapareceram no dia 26 (de 190 a 65 milhões de anos), mais ou menos a mesma época em que as
montanhas rochosas começaram a se elevar. Os humanóides apareceram em algum momento da noite de 31
de dezembro (a aproximadamente 11 milhões de anos). Roma governou o mundo durante 5 segundos, das
23h:59m:45s até 23h:59:50s. Colombo descobriu a América (1492) 3 segundos antes da meia noite, e a
geologia nasceu com as escritos de James Hutton (1795), Pai da Geologia Moderna, há pouco mais que 1
segundo antes do final desse movimentado ano dos anos." (extraído de Eicher, 1968)
Essas subdivisões foram estabelecidas ainda antes do desenvolvimento dos métodos de datação
absoluta. As subdivisões de tempo definidas, portanto, não representam intervalos de tempo equivalentes,
mas refletem a possibilidade de desvendar os detalhes da evolução geológica em todos os tempos. O registro
geológico mais recente é mais completo e apresenta maior número de fósseis, permitindo delimitar
intervalos temporais menores. O registro da evolução geológica antiga é muito mais fragmentado e com a
ausência de fósseis possibilita apenas a delimitação de intervalos de tempo maiores, marcados por grandes
eventos globais.
Figura 13 – A história geológica da Terra é atualmente descrita por uma espiral temporal indicando
que processos atuais ocorreram no passado (Uniformitarismo), mas não da mesma forma, com mesma
intensidade e não necessariamente todos os processos do passado ocorrem no presente e vice-versa.
Que tal fazer outra comparação? Experimente comprimir a idade da Terra a 100 metros. Qual seria o
comprimento de cada éon, era e período da escala do tempo geológico?
Trabalho de Casa: Faça sua escala do tempo geológico com as principais subdivisões e seus
respectivos intervalos temporais.
Bibliografia recomendada
Allegrè, C.1987. Da Pedra à Estrela. Edições Dom Quixote, Lisboa. 261pp. Capítulo III – O Calendário
Geológico (complementar)
Eicher, D.L. 1969. Tempo Geológico. Ed. Edgar Blücher Ltda., São Paulo. 172pp. Cap. 1 – Evolução dos
Conceitos. (complementar)
Hamblin, W.K. & Christiansen, E.H. 1995. Earth’s Dynamic Systems. Prentice Hall, London. 7a ed. 710pp.
Cap. Geologic Time (BÁSICA)
Ozima, M. 1989. Geo-história - a evolução global da Terra. Editora UnB, Brasília. 166pp. Cap.2.3 – Lua,
meteoritos e outros planetas: A chave para a compreensão da história primitiva da Terra. (complementar)
TEIXEIRA, W.; de TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R. & TAIOLI, F. (org.) 2000. Decifrando a Terra.
Oficina de Textos, São Paulo. 568pp. (BÁSICA)
Nota para os internautas: Visite o site da United States Geologic Survey (USGS) sobre o Tempo
Geológico (http://pubs.usgs.gov/gip/geotime) e aproveite para espiar os links para outros temas (vulcões,
terremotos, minerais, etc). Boa viagem!!!
Mais informações
http://www.seara.ufc.br/donafifi/datacao/datacao5.htm