Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
A nulidade no Processo Penal pode ser entendida como um equívoco
que torna inválido ou destituído de valor um ato ou o processo, de forma total
ou parcial. São, portanto, defeitos ou vícios no decorrer do processo penal,
podendo, também, aparecer no inquérito policial.
1. Conceitos de nulidades
Além das nulidades absolutas e relativas, as mais conhecidas e faladas,
existem situações em que o vício é tão óbvio que gera a inexistência do ato,
como sentença prolatada por quem não é juiz. Por outro lado, o
desatendimento da formalidade pode ser incapaz de gerar qualquer prejuízo ou
anular o ato, então falamos de mera irregularidade ritualística.
Quanto ao fundamento, a nulidade absoluta, em geral, ocorre se a
norma em apreço considerada defeituosa e houver sido instituída para
resguardar, predominantemente, o interesse público. Se a regra viciada
contiver violação a um princípio constitucional, a nulidade deverá ser absoluta,
ou até mesmo, inexistente. Verificamos que o processo penal nacional está
resguardado, não apenas pela legalidade, mas também, por princípios mais
abrangentes, com embasamento constitucional que, em certos pontos, chegam
a ser desnecessários.
2. Tipos de nulidades
A formalidade é essencial ao ato, pois visa resguardar interesse de um
dos integrantes da relação processual, não tendo um fim em si mesma. Por
esta razão, seu desatendimento é capaz de gerar prejuiź o, dependendo do
caso concreto. O interesse, no entanto, é muito mais da parte do que de
ordem pública, e, por isso, a invalidação do ato fica condicionada à
demonstração do efetivo prejuiź o e à arguuição do vić io no momento
processual oportuno.
Suas características:
3. Princípios em nulidades
O princípio processual da causalidade demonstra que ao se viciar um
ato todos aqueles que desse decorrem estarão também corrompidos. Portanto,
faz-se obrigatório o estabelecimento da nulidade de ambos, conforme art. 573,
§ 1º do Código de Processo Penal.
4. Conclusões Finais
Os momentos em que mais ocorrem nulidades são:
no oferecimento/recebimento da denúncia;
quando um requerimento defensivo é negado (cerceamento de
defesa ou ausência de fundamentação, por exemplo);
quando um requerimento da acusação é acolhido;
durante os atos judiciais, especialmente nas audiências (de
custódia, de conciliação ou de instrução);
sentença.
5. Referências
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 13.ed. rev. e atual. São Paulo :
Saraiva, 2006.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal.
3. ed. rev., atual. e ampl. 2. tir. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.