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DEFINIÇÕES

LEITE PASTEURIZADO TIPO A: classificado em relação ao teor de gordura em integral, padronizado,


semi-desnatado e desnatado, produzido, beneficiado e envasado em estabelecimento denominado
“Granja leiteira”.

LEITE CRU REFRIGERADO TIPO B: integral quanto ao teor de gordura, resfriado em propriedade
rural produtora de leite e nela mantido por um período máximo de 48h em temperatura igual ou inferior
a 4oC, transportado para estabelecimento industrial para ser processado, e apresentar, no momento do
seu recebimento, temperatura igual ou inferior a 7oC.

LEITE PASTEURIZADO TIPO B: classificado em relação ao teor de gordura em integral, padronizado,


semi-desnatado e desnatado, submetido a temperatura de 72 a 75oC por 15 a 20 segundos (HTST*)
seguindo-se resfriamento imediato à temperatura igual ou inferior a 4oC, e envase no menor prazo
possível.

LEITE CRU TIPO C: produto não submetido a qualquer tipo de tratamento térmico e integral quanto ao
teor de gordura, transportado em vasilhame adequado e individual de capacidade até 50L e entregue
em estabelecimento industrial adequado até as 10:00h do dia da sua obtenção.

LEITE CRU REFRIGERADO TIPO C: produto entregue em temperatura ambiente até as 10:00h do dia
da sua obtenção, em posto de refrigeração de leite ou estabelecimento industrial adequado e nele ser
resfriado e mantido em temperatura igual ou inferior a 4oC.

LEITE PASTEURIZADO TIPO C: classificado ao teor de gordura em integral, padronizado, semi-


desnatado e desnatado, submetido a temperatura de 72 a 75oC por 15 a 20 segundos (HTST*)
seguindo-se resfriamento imediato à temperatura igual ou inferior a 4oC e envase no menor prazo
possível.

*HTST = High Temperature Short Time


LTLT = Low Temperature Long Time: 62 – 65oC/30min
LEITE UHT/UAT: leite homogeneizado que foi submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura
130º C, mediante um processo térmico de fluxo contínuo, imediatamente resfriado a uma temperatura
inferior a 32º C e envasado sob condições asséptica em embalagens estéreis e hermeticamente
fechadas. Será denominado “leite UAT (UHT) integral, semi-desnatado ou parcialmente desnatado e
desnatado”.

HIGIENIZAÇÃO DOS VASILHAMES E EQUIPAMENTOS

Importância: Evitar recontaminação ou contaminação do leite

Higienização dos vasilhames:


- Manual: 1o Tanque: pré-lavagem
2o Tanque: lavagem com detergente 45-50oC
3o Tanque: enxaguagem
Desinfecção com vapor.
- Mecânica: Máquinas lavadoras de latões
Água 60-65oC em todas as fases
Desinfecção com vapor ou solução hiperclorada

Caminhões Tanque:
- Manual: Pré-lavagem
Lavagem
Enxágue
Desinfecção bactericida a base de iodo ou cloro
Enxágue
-CIP
OBTENÇÃO HIGIÊNICA DO LEITE

MEDIDAS HIGIÊNICAS E MEDIDAS SANITÁRIAS

1. OBTENÇÃO DO LEITE
1.1 FATORES QUE INFLUEM NA QUALIDADE HIGIÊNICA DO LEITE
- Inerentes ao animal: Microrganismos
Alimentos
Medicamentos
- Inerentes ao meio: Corpos estranhos
Pessoal
Insetos
Vasilhames
Água

1.2 CUIDADOS NA OBTENÇÃO


- Estábulo/Sala de ordenha (local de trabalho)
- Animal
- Pessoal
- Ordenha
- Material
2. TRATAMENTO DO LEITE NA FONTE
- Coagem (coador de aço inox, náilon, alumínio ou plástico atóxico) e resfriamento
(máx. 40C em até 3h após o término da ordenha).
- Abrigo e transporte.

OBS: - Para o leite tipo "A" ou "B" a ordenha deve ser feita em sala ou
dependência apropriada.
- Para os demais tipos de leite a ordenha pode ser feita no próprio estábulo
ou em instalações simples, porém, higiênicas.
CONTROLE FÍSICO-QUÍMICO DO LEITE
FINALIDADES:
a. ANTES DO BENEFICIAMENTO
-estabelecer base para pagamento do produto: teor de G
-verificar o estado de conservação do leite: acidez;
-apurar possíveis fraudes: adição de água, leite desnatado, amido ou urina,
neutralizantes, conservadores.

b. APÓS BENEFICIAMENTO:
-determinação do teor de G (padronização);
-eficiência da pasteurização (provas enzimáticas)

PROVAS DE ROTINA
Constatar padrões e dar destino a matéria prima ou produto.

PRIMEIRA AVALIAÇÃO → SENSORIAL: Aspecto, coloração, odor, sujidades ou insetos.


Retirada da temperatura

HOMOGENEIZAÇÃO ANÁLISES SUBSEQUENTES.

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO LEITE


- Fraude por aguagem.

RTIQ de Leite Cru Refrigerado Integral: D = 1,028 –1,034 g/mL a 15oC

Causas de variação: - NORMAIS: Composição: G↓ D↑; G↑ D↓


Temperatura: T↓ D↑; T↑ D↓
- ANORMAIS: adição de água, desnate, amido.

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO

- PESAGEM: balança de Westfall; de Mohr; tubos de Sprengel; Picnômetros.

- DENSÍMETROS: termolactodensímetro ou lactodensímetro

>15oC → + 0,0002
Leite a 15oC ou correção com a tabela / cálculo a cada grau

<15oC → - 0,0002

DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO LEITE

- Para verificar o estado de conservação.

RIISPOA: 15-20oD. (pH 6,5-6,6)

RTIQ de leite Cru Refrigerado Integral: 0,14 – 0,18 g de ác. Lático/100mL de leite

Causas de variação:
- NORMAIS: raça, individualidades, colostro, composição do leite, período da lactação.
- ANORMAIS: mastite: diminui a acidez; soluções neutralizantes.

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO:

* VOLUMÉTRICOS - Acidez Titulável:

Método Dornic → NaOH N/9 ou 0,111N (0,1mL ≈ 1oD ≈ 0,01g de ác. Lático)

NaOH 0,1N (1mL ≈ 0,009g de ác. Lático)

* RÁPIDOS:

- Determinação do pH;

- Método do alizarol (método colorimétrico)

Coloração Qualidade do leite pH


Roxo Indica leite alcalino >6,6
Vermelho violáceo Leite fresco normal 6,5
Vermelho pardo Início da acidificação 6,4
Marrom Acidificação fraca 6,3 – 6,1
Marrom amarelado Limite de resistência à fervura 5,9
Amarela Ultrapassou a resistência a fervura <= 5,7
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE GORDURA DO LEITE:
- Base para pagamento, verificação do padrão, fraude por adição de água.

RIISPOA e RTIQ do Leite Cru Refrigerado Integral: mínimo de 3,0%

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO:

- MÉTODO DE PRECISÃO: Gravimétricos: - Soxhlet: extração etérea da G.

- MÉTODO RÁPIDO: Butirometria: - Butirômetro de Gerber.

Princípio: o ácido sulfúrico digere a proteína (caseína) sem atacar a matéria gordurosa, que é separada da fase

aquosa por centrifugação.

DETERMINAÇÃO DO EXTRATO SECO TOTAL E DESENGORDURADO:


(Sólidos Gordurosos e Sólidos Não Gordurosos)

ESD = mín 8,4g/100g

Água + ptn + lactose + cinzas + G

EST

FINALIDADES: verificar fraudes por adição de água, estimar rendimento na indústria de


produtos lácteos. (verificar a integridade do leite)
MÉTODOS → EST:
-DIRETO: secagem em estufa: lento 2 a 4h /100oC;
-INDIRETOS: baseia-se no conhecimento do teor de G do leite e da densidade a 15 oC do
leite.
- Fórmula de Fleischmann: %EST = G/5 + d/4 + G + 0,26
- Disco de Ackermann
%ESD = %EST - %G
CUIDADOS NO TRANSPORTE DO LEITE

- O vasilhame contendo leite deve ser resguardado da poeira, dos raios solares e
das chuvas.
- Os latões com leite, colocados à margem de estradas, devem ser protegidos
pelo menos em abrigos rústicos.
- Durante o transporte o leite será protegido dos raios solares por meio prático e eficiente, usando-
se pelo menos lona ou toldo sobre a armação.
- Não se permite medir ou transvasar leite em ambiente que o exponha a
contaminações.
- No transporte do leite das propriedades rurais aos postos de leite e derivados e
destes às usinas de beneficiamento, entrepostos-usinas, fábricas de laticínios ou
entrepostos de laticínios, será observado o seguinte:
a) os veículos devem ser providos de molas e ter proteção contra o sol e a chuva; b) com os latões
de leite não pode ser transportado qualquer produto ou mercadoria que lhe seja prejudicial.
- É permitida a colheita de leite em carro-tanque, diretamente em fazendas
leiteiras, desde que se trate de leite mantido no máximo a 10ºC .
- O leite deve ser enviado ao estabelecimento de destino, imediatamente após a
ordenha.
- O leite só pode ser retido na fazenda quando refrigerado e pelo tempo
estritamente necessário à remessa.
- Permite-se, como máximo entre o início da ordenha e a chegada ao
estabelecimento de destino, o prazo de 6 horas para o leite sem refrigeração.

LEITE CRU:
Art. 509 - Nas localidades onde existir usina de beneficiamento de leite, não é
permitida a venda de leite cru, não podendo a autoridade estadual ou municipal dar
concessão para o comércio deste tipo de leite.
§ 1º - O leite cru deve ser produzido e distribuído com observância das seguintes
exigências:
- proceder de fazenda leiteira devidamente instalada;
- ser distribuído ao consumo dentro de 3 horas posteriores ao término da ordenha;

- ser integral e satisfazer às características do padrão normal;


- ser distribuído engarrafado;
§ 2º - A distribuição desse leite a granel só é permitida excepcionalmente e pelo
tempo necessário á instituição da obrigatoriedade do engarrafamento.
TERMINOLOGIA APLICADA AO LEITE

DEFINIÇÕES

- Art. 475 - Entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da
ordenha completa, ininterrupta em condições de higiene, de vacas sadias, bem
alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se
segundo a espécie de que proceda.
- Art. 532 - considera-se "leite individual" o produto resultante da ordenha de
uma só fêmea; "leite de conjunto", o resultante da mistura de leites
individuais.
- Art. 478 - Entende-se por "leite de retenção" o produto de ordenha, a partir de
30º (trigésimo) dia antes da parição.
- Art. 479 - Entende-se por "colostro" o produto da ordenha obtido após o parto
e enquanto estiverem presentes os elementos que o caracterizem.
É proibido o aproveitamento para fins de alimentação humana, do leite de retenção e do
colostro.
- Art. 483 - Denomina-se "gado leiteiro" todo rebanho explorado com a
finalidade de produzir leite.
O gado leiteiro será mantido sob controle veterinário permanente nos estabelecimentos produtores
de leite dos tipos "A" e "B" e periódico nos demais.

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE


Art. 476 RIISPOA
1 - caracteres normais; Composição do leite:
2 - teor de gordura mínima de 3%;
3 - acidez em graus Dornic entre 15 e 20; ÁGUA: 87,5%
MATÉRIA GORDA: 3,6%
4 - densidade a 15ºC entre 1.028 e 1.033;
CASEÍNA: 3,0%
5 - lactose - mínimo de 4,3%; ALBUMINA: 0,6%
6 - extrato seco desengordurado - mínimo 8,5%; LACTOSE: 4,6%
7 - extrato seco total - mínimo 11,5%; SAIS MINERAIS: 0,7%
8 - índice crioscópico mínimo : -0,55ºC;
9 - índice refratométrico:não inferior a 37º Zeiss.
Art. 486 - Só se permite o aproveitamento de leite de vaca, de cabra, da ovelha e de outras
espécies, quando:
- as fêmeas se apresentem clinicamente sãs e em bom estado de nutrição;
- não estejam no período final de gestação, nem na fase colostral;
- não reajam á prova de tuberculose (tuberculina), nem apresentem reação positiva às provas do
diagnóstico da brucelose, obedecidos os dispositivos da legislação em vigor.
Art. 488 - É obrigatório o afastamento da produção leiteira das fêmeas que:
- se apresentem em estado de magreza extrema ou, caquéticas;
- sejam suspeitas ou atacadas de doenças infecto-contagiosas;
- se apresentem febris, com mamite, diarréia, corrimento vaginal ou qualquer manifestação patológica, a
juízo da autoridade sanitária.

Art. 491 - A ordenha deve ser feita com regularidade e diariamente, adotando-se o espaço
mínimo de 10 (dez) horas no regime de duas ordenhas de 8 (oito) horas no de três ordenhas.
Parágrafo único - A ordenha deve ser feita observando-se:
- horário que permita a entrada do leite no estabelecimento de destino, dentro dos prazos
previstos neste Regulamento;
- vacas limpas, descansadas, com úberes lavados e enxutos e a cauda presa;
- ordenhador ou retireiro asseado, com roupas limpas, mãos e braços lavados e unhas cortadas,
de preferência a uniformizado, de macacão e gorros limpos;
- rejeição dos primeiros jatos de leite, fazendo-se a mungidura total e ininterrupta com
esgotamento das 4 (quatro) tetas.
§ 1º - É permitida a ordenha mecânica; em tal caso é obrigatória a rigorosa lavagem e
esterilização de todas as peças de ordenhadeira, as quais serão mantidas em condições
adequadas.
§ 2º - Na ordenha manual é obrigatório o uso de baldes com abertura lateral, inclinada,
previamente higienizados.
Art. 492 - Logo após a ordenha o leite deve ser passado para vasilhame próprio, previamente
higienizado, através de tela milimétrica inoxidável, convenientemente limpa no próprio
estabelecimento momentos antes do uso.
Art. 493 - O vasilhame com leite deve ser mantido em tanque com água corrente ou
preferentemente sob refrigeração a 10ºC (dez graus centígrados).
Art. 494 - O leite da segunda ordenha, quando destinado a fins industriais, pode ser mantido no
estabelecimento produtor até o dia seguinte, mas não poderá ser misturado ao leite da primeira
ordenha do dia imediato, devendo ser entregue em vasilhame separado e convenientemente
refrigerado.

INSTRUÇÃO NORMATIVA NO 51 DE 18 DE SETEMBRO DE 2002.


Resolve: Aprovar os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do
Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru
Refrigerado e seu Transporte a Granel.

Entende-se por LEITE sem outra especificação, o produto oriundo da


ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas
sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve
denominar-se segundo a espécie de que proceda.

Atribuições do Médico Veterinário Responsável:

- Controle Sistemático de parasitoses;


- Controle Sistemático de Mastites;
- Controle de Brucelose (Brucella bovis) e Tuberculose
(Mycobacterium bovis);

Controle Zootécnico dos animais:

- Não é permitido o processamento na Granja ou o envio de leite a Posto


de Refrigeração ou Estabelecimento Industrial, quando oriundo de
animais que:
a . Estejam em fase colostral;
b. indicação de doenças infecto-contagiosas transmissíveis ao
Homem através do leite;
c. em tratamento com medicamentos passíveis de eliminação pelo
leite.

GARANTIA DA QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA

LEITE TIPO A
- Contagem Padrão em Placas** (CPP);
- Contagem de Células Somáticas** (CSS);
- Pesquisa de Resíduos de Antibióticos***;
- Determinação do Índice Crioscópico*;
- Determinação de Teor de Sólidos Totais e Não Gordurosos*;
- Determinação da Densidade Relativa*;
- Determinação da Acidez Titulável*;
- Determinação do Teor de Gordura*;
- Teste de Redução do Azul de Metileno*;
- Medição da Temperatura do Leite Cru refrigerado*.
* Diário.
** Pelo menos duas análises mensais.
*** Pelo menos uma análise mensal.
LEITE TIPO B
- Medição da Temperatura do Leite Cru refrigerado* ←;
- Seleção do leite, tanque por tanque, através do teste do
álcool/alizarol 72% ←;
- Contagem Padrão em Placas** (CPP);
- Contagem de Células Somáticas** (CSS);
- Teste de Redução do Azul de Metileno**;
- Determinação do Índice Crioscópico** ←;
- Determinação de Teor de Sólidos Totais e Não Gordurosos** ←;
- Determinação da Densidade Relativa** ←;
- Determinação da Acidez Titulável** ←;
- Determinação do Teor de Gordura** ←;
- Pesquisa de indicadores de fraudes e adulterações**;
- Pesquisa de Resíduos de Antibióticos***;
- Pesquisa de Fosfatase alcalina e Peroxidase ←;
- Pesquisa de neutralizantes da acidez e reconstituintes da
densidade←.
*Diariamente/produtor
** Pelo menos duas vezes ao mês/produtor.
***Pelo menos uma vez ao mês/por produtor.
← Diariamente do conjunto de produtores.
LEITE TIPO C

- Seleção diária do leite, vasilhame por vasilhame ou tanque por


tanque, através do teste do álcool/alizarol 72%;
- Colheita de amostra, por produtor, no mínimo 2 vezes por mês, para
análise completa, incluindo pelo menos os seguintes parâmetros:
Teste de Redução do Azul de Metileno;
Determinação do Índice Crioscópico ←;
Determinação de Teor de Sólidos Totais e Não Gordurosos ←;
Determinação da Densidade Relativa ←;
Determinação da Acidez Titulável ←;
Determinação do Teor de Gordura ←;
Medição da Temperatura do Leite Cru refrigerado ←;
Pesquisa de indicadores de fraudes e adulterações.
- Pesquisa de Resíduos de Antibióticos (pelo menos uma análise
mensal).
← controle diário do conjunto de produtores no Estabelecimento
beneficiador (incluindo Pesquisa de Fosfatase alcalina e Peroxidase;
Pesquisa de Neutralizantes da acidez e Reconstituintes da Densidade.)

INSPEÇÃO DE LEITE e DERIVADOS


CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS
1. PROPRIEDADES RURAIS
GRANJA LEITEIRA: produção, pasteurização e envase de leite pasteurizado tipo
“A”, podendo, ainda, elaborar derivados lácteos a partir do leite de sua própria
produção.
- Localização: fora da área urbana, dispondo de terreno para as pastagens, manejo
do gado e construção para dependências e anexos. Afastada no mínimo 50m das
vias públicas.
- Instalações e equipamentos:
• Currais de espera e de manejo;
• Dependências de abrigo e arraçoamento;
• Dependências de ordenha (ordenha mecânica em circuito fechado);
• Dependência de higienização e guarda do material de ordenha;
• Dependências de beneficiamento, industrialização e envase;
• Câmara frigorífica;
• Dependências de recepção e higienização das caixas plásticas;
• Expedição;
• Laboratórios;
• Dependência para guarda de embalagens;
• Abastecimento de água: Volume total disponível = Σ de 100 L por
animal a ordenhar e 6 L para cada litro de leite produzido
• Redes de esgoto e de resíduos orgânicos;
• Anexos e outras instalações: bezerreiro; dependência para isolamento
e tratamento de animais doentes; Silos, depósitos de feno,
dependência para preparo e depósito de ração, banheiro ou
pulverizadores de carrapaticida e brete para inseminação; Sala de
máquinas; Caldeira; Sanitários e Vestiários; Refeitório; Almoxarifado,
escritório, farmácia veterinária; Sede do Serviço de Inspeção Federal;
Garagem, oficinas e local para lavagem dos veículos.

ESTÁBULO: Produção do leite Tipo “B”.

- Localizado em área distante de fontes produtoras de mau cheiro,


dispondo de currais de espera com área mínima de 2,5m2 por animal do
lote a ser ordenhado, de fácil higienização.
- Possuir abastecimento de água de boa qualidade e em volume suficiente.
- Possuir rede de esgoto.
- Ordenha no Estábulo deverá ser mecânica;
- Sala de leite: dependência apropriada para a ordenha (mecânica ou
manual), e refrigeração do leite.

FAZENDA LEITEIRA: produção do leite Tipo “C”.

- Dispor de instalações rústicas indispensáveis à permanência do gado


durante o trato e o preparo da ordenha;

- Dependência para ordenha que pode ser de construção rústica, porém


sólida e higiênica, com pisos impermeabilizados, tanque cimentado com
água corrente, estrados de madeira para o vasilhame, dispositivos de
contenção durante a limpeza e a ordenha; pode ser simplesmente
cercado, dispor ou não de paredes inteiras, possuir cobertura simples de
telha ou mesmo de sapé e ter no mínimo 3 m (três metros) de pé-direito.

2. POSTOS DE LEITE E DERIVADOS


Recebimento de leite, de creme, e outras matérias primas, para depósito de
curto tempo, transvase, refrigeração, desnatação ou coagulação e transporte
imediato aos estabelecimentos registrados.

a. Posto de recebimento: recebimento de creme ou de leite de consumo ou


industrial, onde ocorra operações de medida, pesagem ou transvase para
acondicionamento ou atesto.

b. Posto de refrigeração: destinado ao tratamento pelo frio de leite reservado ao consumo ou

à industrialização.

c. Posto de coagulação: destinado a coagulação do leite e sua parcial


manipulação, até obtenção de massa dessorada, enformada ou não, destinada a
fabricação de queijo, requeijão ou de caseína.

d. Queijaria: estabelecimento situado em fazenda leiteira e destinado a fabricação de queijo

minas.

As "queijarias" só podem funcionar quando filiadas a entrepostos de laticínios


registrados, nos quais será complementado o preparo do produto com sua
maturação, embalagem e rotulagem.

3. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS
Recebimento de leite e derivados para beneficiamento, manipulação,
conservação, fabricação, maturação, embalagem, acondicionamento, rotulagem, e
expedição.

a. Usina de beneficiamento: recebe, filtra, beneficia, e acondiciona higienicamente o leite

destinado ao consumo público ou a entreposto usina.

b. Fábrica de laticínios: recebe leite e creme para preparo de quaisquer produtos


de laticínio.
c. Entreposto-usina: localizado em centro de consumo, dotado de aparelhagem moderna e

mantido em nível técnico elevado para recebimento de leite e creme, possuindo

dependências para industrialização previstas para fábrica de laticínios.

d. Entreposto de laticínios: recebe, matura, classifica e acondiciona produtos lácteos

excluindo o leite em natureza.

CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO DO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS

PRODUTO DESTINO
1.LEITE CRU REFRIGERADO APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
1.1. Temperatura acima do Constatação, durante a Auditoria:
limite máximo Notificação à indústria através de Auto de
estabelecido. Infração (A.I.);
1.2 Corpos estranhos que - Sabão e outros produtos gordurosos
causem repugnância (insetos, não comestíveis;
roedores, outros animais, - Alimentação animal;
fezes, urina, produtos - Caseína industrial.
químicos e outros que venham
alterar os caracteres
organolépticos).
1.3 Acidez fora do padrão Leite em pó industrial
(acima de 0,18%, expressa -Desnate (Creme de indústria, e o leite
em ácido lático), na indústria. desnatado para leite em pó industrial e
caseína industrial).
1.4 Aguagem - Sabão e outros produtos gordurosos
não comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal, após
desnaturação* .
1.5 Leite fisiologicamente Não se aplicam critérios de julgamento,
anormal (constatado no ato da exigindo-se correção do problema.
ordenha).
1.6 Leite com colostro - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
1.7 Leite coagulado. - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Alimentação animal.
1.8. Contagem de Células Os resultados analíticos parciais
Somáticas acima do limite serão comunicados pela indústria ao
máximo estabelecido produtor rural, de forma compulsória e
na medida em que forem sendo
obtidos.
Suspensão do recolhimento do leite,
após constatação de média
geométrica superior ao limite máximo
permitido.
A suspensão deverá ser levantada
após orientação técnica ao produtor,
adoção de medidas corretivas e
normalização dos resultados
analíticos.
1.9. Resíduos de - Sabão e outros produtos gordurosos
Conservadores e ou não comestíveis.
inibidores(antibióticos, sulfas e - Caseína industrial.
outros quimioterápicos, - Aterros sanitários / lagoas de
peróxido de hidrogênio, estabilização / lagoas secas /
resíduos de sanitizantes em outras alternativas propostas ou
geral) . aceitas pela legislação específica.
1.10. Neutralizantes da acidez - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal após
desnaturação.
1.11. Reconstituintes da - Sabão e outros produtos gordurosos
densidade/crioscopia. não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal após
desnaturação.
1.12. Indices de composição Se de natureza fisiológica, não se aplicam
centesimal fora das critérios de julgamento, exigindo-se
especificações do RTIQ correção do problema.
(proteína, gordura, lactose, Evidenciada fraude, deverão ser aplicados
SNG/ST) os procedimentos usuais previstos na
legislação.
1.13. Acidez titulável fora das Desnate, com o creme destinado à
especificações do RTIQ produção de manteiga comum e o
leite desnatado para Alimentação
Animal, após desnaturação.
1.14. Densidade a 15C

1.11 Soro de leite - Sabão e outros produtos gordurosos


não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
1.12 Leite viscoso, com - Sabão e outros produtos gordurosos
sangue ou pus não-comestíveis.
- Caseína industrial.
1.14 Leite parcialmente - Leite em pó industrial.
desnatado (na propriedade - Desnate (Creme da indústria e o leite
rural) desnatado para leite em pó industrial) ou
caseína industrial.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - Leite em pó industrial. Os resultados analíticos parciais serão
DO PNQL - Desnate (Creme de indústria e o leite comunicados pela indústria ao produtor
1.15 Contagem total de desnatado para leite e pó industrial. rural, de forma compulsória.
mesófilos (32°C) maior que - Caseína industrial. Suspensão do recolhimento do leite,
1x106 UFC/ml (média -Outros produtos lácteos, à exceção do após constatação de média geométrica
geométrica dos dados obtidos leite para consumo direto. superior ao limite máximo permitido.
no período compreendido A suspensão deverá ser levantada
pelos últimos 02 meses, com após orientação técnica ao produtor,
pelo menos 02 análises por adoção de medidas corretivas e
mês), por produtor. normalização dos resultados analíticos.

2. LEITE “PRÉ-BENEFI- APROVEITAMENTO CONDICIONAL CONDENAÇÃO


CIADO”
2.1 Acidez fora do padrão - Leite em pó industrial.
(acima de 20ºD) - Desnate (Creme da indústria e o leite
desnatado para leite em pó industrial) ou
caseína industrial.
2.2 Aguagem - Sabão e outros produtos gordurosos
não comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
2.3 Leite coagulado - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Alimentação animal.
- Caseína industrial.
- Sabão e outros produtos gordurosos
2.4 Conservador e/ou Inibidor não-comestíveis.
- Alimentação animal.
2.5 Neutralizante da Acidez - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Alimentação animal.
2.6 Reconstituinte da - Sabão e outros produtos gordurosos
densidade/crioscopia não-comestíveis.
- Caseína industrial.
“LEITE PRÉ-BENEFICIADO” APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
2.7 Soro de leite - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação industrial.
2.8 Pasteurizado (remetido ou - Leite em pó industrial.
não, como leite pré-benefici- - Desnate (Creme de indústria, e o leite
ado) desnatado para leite em pó industrial ou
caseína industrial).
2.9 Adição de leite - Sabão e outros produtos gordurosos
reconstituído não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3. LEITE BENEFICIADO APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
3.1 Acidez fora do padrão - Leite em pó industrial.
(acima de 20ºD) - Desnate (Creme de indústria, e o leite
desnatado para leite em pó industrial ou
caseína industrial).
3.2 Aguagem - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3.3 Leite coagulado - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3.4 Conservador e/ou Inibidor - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
3.5 Neutralizante da acidez - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
3.6 Reconstituinte da densida- - Sabão e outros produtos gordurosos
de/crioscopia não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3.7 Soro de leite - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3.8 Leitelho - Sabão e outros produtos gordurosos
não-comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal.
3.9 Leite de “retorno” - Leite em pó industrial.
- Desnate (Creme de indústria, e o leite
desnatado para leite em pó industrial ou
caseína industrial).
3.10 Leite de embalagens - Qualquer produto lácteo, exceto leite de
danificadas durante o ensaca- consumo humano direto (quando dentro
mento/volumetria inferior à das especificações do tipo).
declarada
3.11 Adição do leite - Qualquer produto lácteo, exceto leite de
reconstituído consumo humano direto (quando dentro
das especificações do tipo).
3.12 Problemas de rotulagem - Qualquer produto lácteo, exceto leite de
(leite de um determinado tipo, consumo humano direto (quando dentro
embalado como sendo de das especificações do tipo).
outro tipo superior)

Quando ficar comprovado não ter havido dolo ou má fé: Leite em pó industrial,
caseína industrial, ou desnate (Creme de indústria, e o leite desnatado para leite em pó
ou caseína industrial).

O destino a ser dado ao leite estará na dependência direta das instalações,


equipamentos industriais e do resultado das análises regulamentares.
Quanto à destinação para ALIMENTAÇÃO ANIMAL, FABRICO DE SABÃO e
OUTROS PRODUTOS GORDUROSOS NÃO-COMESTÍVEIS, há de se observar a
necessidade de existirem recipientes próprios para a sua guarda e transporte, além de
produto indicado para sua desnaturação.
O LEITE só poderá ser destinado à ALIMENTAÇÃO ANIMAL, desde que atendidas
exigências da LEGISLAÇÃO que rege a matéria.
Em se tratando de condenação, a CASEÍNA INDUSTRIAL produzida não poderá
se destinar à INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PARA CONSUMO HUMANO e/ou para a
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA.
Quando o estabelecimento não apresentar meios capazes de atender às
especificações exigidas pelo SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL, ou deixar de
apresentar a solução adequada ao caso, o LEITE será sumariamente INUTILIZADO.
A critério da INSPEÇÃO FEDERAL, o LEITE será destinado ao
APROVEITAMENTO CONDICIONAL ou CONDENAÇÃO poderá ser transferido para
outra indústria registrada no SIF e sob regime de INSPEÇÃO PERMANENTE, desde que
o transporte seja realizado em veículo e em recipientes próprios, devidamente lacrados,
acompanhado do respectivo CERTIFICADO SANITÁRIO, ou GUIA DE TRÂNSITO,
obedecidas à LEGISLAÇÃO e às NORMAS vigentes.
Em se tratando de LEITE “IN NATURA” e/ou “PRÉ_BENEFICIADO” destinado à
PASTEURIZAÇÃO, ESTERILIZAÇÃO E FABRICAÇÃO DE LEITE EM PÓ PARA
CONSUMO HUMANO DIRETO, deverá ser observado o limite máximo de acidez de
18ºD.
A constatação de MICRORGANISMOS patogênicos, toxinas de origem microbiana
e resíduos de defensivos agropecuários determinará a destinação de acordo com normas
sanitárias específicas.
Finalmente, o LEITE “PRÉ-BENEFICIADO” que apresentar temperatura entre 7ºC
e 10ºC poderá ser “LIBERADO”, desde que atendidos os demais PADRÕES
regulamentares. Isto não ocorrendo, o destino dar-se-á em função da causa identificada,
observados os critérios estabelecidos no presente Manual.

4. CREME APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO


CONDICIONAL
4.1. Sujidades - Após remoção, fabricação de
manteiga, de acordo com a
classificação da matéria-
prima.
4.2. Corpos estranhos ou - Sabão e outros produtos gordurosos não
causas de repugnância (inse comestíveis.
tos, roedores, outros animais,
fezes, urina, objetos, produtos
químicos e outros que venham
alterar os caracteres
organolépticos).
4.3. Acidez acima do padrão - Fabricação de manteiga
(desclassificação para o tipo
inferior).
4.4. Conservador e/ou Inibidor - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
4.5. Neutralizante da acidez - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis (somente quando a fraude for
oriunda do produtor do creme, tendo em
vista ser permitido o uso de neutralizante
de acidez pela indústria manteigueira
quando da utilização de creme na
fabricação de manteiga comum).
4.6. Putrefação - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
4.7. Ranço - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
5. CREME PASTEURIZA-
DO
5.1. Sujidades - Após remoção, fabricação de
manteiga, de acordo com a
classificação do creme.
5.2. Corpos estranhos ou - Sabão e outros produtos gordurosos não
causas de repugnância comestíveis.
(insetos, roedores, outros
animais, fezes, urina, objetos,
produtos químicos e outros
que venham alterar
os caracteres organolép-
ticos).
5. CREME PASTEURIZADO
5.3. Creme de “retorno” - Quando a embalagem - Sabão e outros produtos gordurosos não
estiver íntegra e após as comestíveis.
análises o creme for julgado (quando a embalagem não estiver íntegra
em boas condições: manteiga, e/ou na análise o produto apresentar-se
de acordo com a classificação sem condições de aproveitamento
do creme. condicional).
- Queijo fundido
- Requeijão
5.4. Putrefação - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
5.5. Ranço - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
5.6. Embalagem “estufada” - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
6. CREME ESTERILIZADO APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
6.1. Creme de “retorno” - Quando a embalagem - Sabão e outros produtos gordurosos não
estiver íntegra e após as comestíveis.
análises o creme for (quando a embalagem não estiver íntegra
julgado em boas e/ou na análise o produto apresentar-se
condições: sem condições de aproveitamento
- -manteiga, de acordo com condicional).
a classificação do creme:
requeijão
- Queijo fundido

6.2. Putrefação - Sabão e outros produtos gordurosos não


comestíveis.
6.3. Ranço - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
6.4. Embalagem “estufada” - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
7. MANTEIGA APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
7.1. Sujidades (quando - Sabão e outros produtos gordurosos não
incorporadas) comestíveis.
7.2. Corpos estranhos ou
causas de repugnância - Sabão e outros produtos gordurosos não
(insetos, roedores, outros comestíveis.
animais, fezes, urina, objetos,
produtos químicos e outros
que venham alterar os
caracteres organolépticos).
7.3. Acidez fora do padrão - Desclassificação para o tipo
inferior.
7.4. Umidade acima do padrão - Liberação após a
malaxagem e correção
(quando constatado na
indústria)
- Fusão (quando constatado
no comércio).
7.5. Ranço - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
7.6. Mofo - Liberação após ser removido - Sabão e outros produtos gordurosos não
(desde que não esteja comestíveis.
disseminado, haja sido
constatado na indústria e não
esteja fracionada).
7.7.Caracteres organolépticos - Sabão e outros produtos gordurosos não
anormais de qualquer comestíveis.
natureza
7.8. Conservadores e/ ou - Sabão e outros produtos gordurosos não
Inibidores comestíveis.
7.9. Misturada a gorduras - Sabão e outros produtos gordurosos não
estranhas comestíveis.
7.1. Sal acima do padrão - Quando constatado na
indústria: manteiga (após
correção).
- Quando constatado no
comércio: fusão.
7.11. Manteiga de “retorno” - Reinspeção e destinação
conforme os critérios
estabelecidos pela presente
Portaria, após reinspeção.
7.12.Substâncias anti- - Sabão e outros produtos gordurosos não
oxidantes comestíveis.

A critério da INSPEÇÃO FEDERAL, os cremes de INDÚSTRIA, PASTEURIZADO e


MANTEIGA serão destinados ao APROVEITAMENTO CONDICIONAL poderão ser
transferidos para outra indústria registrada no SIF e sob regime de INSPEÇÃO
PERMANENTE, desde que o transporte seja realizado em veículo e em recipientes
próprios, devidamente lacrados, acompanhado do respectivo CERTIFICADO SANITÁRIO,
obedecidas a LEGISLAÇÃO e NORMAS vigentes.
A constatação de microorganismos patogênicos, toxinas de origem microbiana e
resíduos de defensivos agropecuários determinará o destino de acordo com normas
sanitárias específicas.

8. QUEIJOS APOVEITAMENTO CONDENAÇÃO


CONDICIONAL
8.1. Sujidades
8.1.1. Superficiais - Liberação após limpeza
8.1.2. Incorporadas na massa - Queijo fundido
8.1.3. Disseminadas na massa - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
8.2. Corpos estranhos ou - Sabão e outros produtos gordurosos não
causas de repugnância comestíveis.
8.3. Mofo/Fungos
8.3.1. Superficial - Liberação após limpeza
8.3.2. Interno - Queijo fundido
8.4. Defeito de crosta - Fatiamento, ralação, fusão
8.5. Fendido (rachado) - Ralação, fusão
8.6. Defeito de forma - Ralação, fusão
8.7. “Estufamento” - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
8.8. Caracteres organolépticos
8.8.1. Atípicos, sem que sejam
considerados anormais ou
repugnantes
8.8.2.Anormais ou - Sabão e outros produtos gordurosos não
repugnantes comestíveis.
8.9.Aditivos e/ou ingredientes - Sabão e outros produtos gordurosos não
não permitidos comestíveis.
8.10. Parasitos - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
8.11. Substâncias estranhas - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
8.12. Composição química
divergente da indicação
tecnológica para o tipo de
queijo
8.13. Maturação
8.13.1. Incompleta - Liberação após sua
complementação.
8.13.2. Inadequada - Liberação após correção da
maturação, caso a tecnologia
o permita.
- Fusão se não houver recurso
tecnológico para
complementação da
maturação.
8.14. Queijo de retorno - Reinspeção com aplicação
dos critérios da presente
portaria

A constatação de microrganismos patogênicos, toxinas de origem microbiana e resíduos


agropecuários, determinará o destino de acordo com normas sanitárias específicas.

9. LEITE ESTERILIZADO APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO


CONDICIONAL
Os mesmos critérios adotados
para leite beneficiado
acrescidos de:
9.1. Resíduos de sanitizantes - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
9.2. Estufamento das - Sabão e outros produtos gordurosos não
embalagens comestíveis.
9.3. Caramelização - Doce de leite - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
- Caseína industrial.

10. LEITE EM PÓ DE CON- APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO


SUMO HUMANO CONDICIONAL
DIRETO
10.1. Sujidades (corpos - Sabão e outros produtos gordurosos não
estranhos e causas de comestíveis.
repugnância)
10.2. Umidade acima dos - Para qualquer produto lácteo
padrões (na indústria) exceto consumo humano
direto.
10.3. Conservadores/Neutrali- - Sabão e outros produtos gor-
zantes durosos não comestíveis.
10.4. Gordura abaixo do pa- - Desclassificação - Sabão e outros produtos gordurosos não
drão comestíveis.
10.5. Estufamento da - Sabão e outros produtos gordurosos não
embalagem comestíveis.
10.6. Leite em pó de retorno - Dentro dos padrões lácteos, - Alimentação animal (quando as
qualquer produto, exceto especificações não permitirem o
consumo humano direto. aproveitamento condicional).
- Fora dos padrões: leite em
pó industrial, observadas as
especificações físico-
químicas/microbiológicas do
tipo.
10.7. Embalagem defeituosa - Dentro dos padrões: - Sabão e outros produtos gordurosos não
qualquer produto, exceto comestíveis.
consumo humano direto. - Caseína industrial.
- Fora dos padrões: leite em - Alimentação animal (quando as
pó industrial, (observadas as especificações não permitirem o
especificações físico- aproveitamento condicional).
químicas/microbiológicas do
tipo).
10.8. Com substâncias não - Dentro dos padrões, - Sabão e outros produtos gordurosos não
aprovadas qualquer produto lácteo, comestíveis.
exceto consumo humano - Caseína industrial.
direto. - Alimentação animal (quando as
- Fora dos padrões: leite em especificações não permitirem o
pó industrial, (observadas as aproveitamento condicional).
especificações físico-
químicas/microbiológicas do
tipo).
10.9. Parasitos - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
- Caseína industrial.
- Alimentação animal .
10.10. Propriedades - Sabão e outros produtos gordurosos não
organolépticas anormais comestíveis.
(ranço, sebo, pescado, queijo, - Caseína industrial.
sabão ou outros objetáveis) .
10.11. Acidez acima dos - Qualquer produto lácteo,
padrões (de acordo com exceto consumo humano
referência técnica) direto.
10.12. Resultante de - Sabão e outros produtos gordurosos não
“varredura” comestíveis.
- Alimentação animal.
- Caseína industrial.

10.13. Índice de solubilidade - Qualquer produto lácteo,


baixo exceto consumo humano
direto.
10.14. Carga bacteriana acima - Qualquer produtolácteo, - Sabão e outros produtos gordurosos não
dos padrões exceto consumo humano comestíveis.
direto. - Alimentação animal.
-Caseína industrial (quando
as especificações não permitirem
aproveitamento
condicional).
.
10.15. Partículas queimadas - Leite em pó industrial
(máximo tolerado para (Disco“C” e “D” ,
consumo humano direto: respectivamente 22,5mg a
Disco “B” ou 15,0mg). 32,5mg).
- Doce de leite

10.16. Aferição qualitativa do - Dentro dos padrões,


produto estocado qualquer produto lácteo,
inclusive consumo humano.
- Fora dos padrões (os mes-
mos critérios adotados neste
capítulo).
11. LEITE EM PÓ INDUS- APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
TRIAL CONDICIONAL
(os mesmos critérios adotados
para Leite em pó de consumo
humano direto, ressalvadas as
características físico-químicas
e microbiológicas do produto).
11.1. Umidade acima dos - Sem alterações das demais - Sabão e outros produtos gordurosos não
padrões características: uso segundo comestíveis.
indicação tecnológica do
produto.
12. LEITES FERMEN APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
TADOS CONDICIONAL
12.1. Sujidades - Alimentação animal.
- Caseína industrial.
12.2. Contaminação - Alimentação animal.
microbiológica - Caseína industrial.
12.3. Ausência/Inviabilidade - Alimentação animal.
da flora específica - Caseína industrial.
12.4. Acidez fora do padrão - Alimentação animal.
- Caseína industrial.
12.5. Substâncias estranhas à - Alimentação animal.
composição do produto - Caseína industrial.
12.6. Estufamento das - Alimentação animal.
embalagens - Caseína industrial.
12.7. Produto de retorno - Alimentação animal.
- Caseína industrial.
12.8. Conservadores/Ingre- - Alimentação animal.
dientes não permitidos - Caseína industrial.
12.9. Defeitos de embalagem - Alimentação animal.
- Caseína industrial.
12.10. Putrefação - Incineração.
12.11. Caracteres - Alimentação animal.
organolépticos anormais
13. SOBREMESAS LÁC-
TEAS: GELIFICADO E
OUTRAS (os mesmos
Critérios estabelecidos
para leites fermentados, ex-
cetuando a presença de flora
específica, e acidez fora do
padrão)
14.LEITES PARCIALMEN TE APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
DESIDRATADOS CONDICIONAL
(CONDENSADO/EVAPORAD
O/DOCE DE LEITE)
14.1. Impurezas - Alimentação animal.
- Caseína industrial.
14.2. Caracteres - Sabão e outros produtos gordurosos não
organolépticos anormais comestíveis.
- Caseína industrial.
14.3. Estufamento de - Sabão e outros produtos gordurosos não
embalagem comestíveis.
- Alimentação animal.
- Caseína industrial.
14.4. Arenosidade - Aproveitamento em produtos
de confeitaria.
14.5. Corpos estranhos - Alimentação animal.
14.6. Embalagens defeituosas - Alimentação animal.
14.7.Aditivos e ingredientes - Alimentação animal.
não aprovados
14.8. Acidez fora do padrão - Alimentação animal.
14.9. Mofo - Sabão e outros produtos gordurosos não
comestíveis.
- Caseína industrial.

15. LEITES AROMATI APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO


ZADOS CONDICIONAL
(os mesmos critérios
estabelecidos para leite
beneficiado/esterilizado exceto
para acidez,
observando os ingredientes
adicionados e as
características do produto)
16. LEITE EM PÓ APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
MODIFICADO CONDICIONAL
(os mesmos critérios
estabelecidos para leite em
pó, observando-se os
ingredientes adicionados e as
características
do produto).
17. FARINHAS LÁCTEAS APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
(os mesmos critérios
estabelecidos para leite em
pó, observando-se os
ingredientes adicionados e as
características
do produto).

O destino a ser dado aos produtos correspondentes aos ÍTENS 4 a 16, estarão
também, na dependência direta das instalações, equipamentos industriais e do resultado
das análises regulamentares.
Quanto ao destino para ALIMENTAÇÃO ANIMAL, FABRICO DE SABÃO, e outros
produtos gordurosos não comestíveis, há de se observar a necessidade de existirem
recipientes próprios para a sua guarda e transporte, além do produto indicado para a sua
desnaturação. Os produtos só poderão ser destinados a ALIMENTAÇÃO ANIMAL, desde
que atendidas exigências da LEGISLAÇÃO que rege a matéria.

Quando o estabelecimento sob SIF não apresentar meios capazes de atender as


especificações exigidas pelo SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL, ou deixar de
apresentar a solução adequada ao caso, o PRODUTO será sumariamente INUTILIZADO.

A constatação de microorganismos patogênicos, tóxicos de origem microbiana e


resíduos de defensivos agropecuários determinará o destino de acordo com normas
sanitárias específicas.

A critério da INSPEÇÃO FEDERAL, o PRODUTO destinado ao


APROVEITAMENTO CONDICIONAL ou CONDENAÇÃO, poderá ser transferido para
outra indústria registrada no SIF e sob regime de INSPEÇÃO PERMANENTE, desde que
o transporte seja realizado em veículo e recipientes próprios, devidamente lacrados,
acompanhados do respectivo CERTIFICADO SANITÁRIO, ou GUIA DE TRÂNSITO,
obedecidas a LEGISLAÇÃO e normas vigentes.

18. BEBIDAS LÁCTEAS, LEITE APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO


BENEFICIADO HIDROLIZADO, ENRI- CONDICIONAL
QUECIDO COM VITAMINAS E SAIS
MINERAIS, FARINÁCEOS, OVOS,
AÇÚCARES E OUTROS.
(a matéria-prima deverá ser selecionada
de acordo com os critérios para leite “in
natura” e leite beneficiado, ressalvando-
se as alterações físico-químicas e
microbiológicas decorrentes o emprego
dos ingredientes e da natureza do
produto).
19. MARGARINAS APROVEITAMENTO CONDENAÇÃO
CONDICIONAL
19.1. Sujidades (quando incorporadas) - Sabão e outros produtos
gordurosos não comestíveis
19.2.Corpos estranhos ou causas de - Sabão e outros produtos
repugnância (insetos, roedores, outros gordurosos não comestíveis
animais, fezes, urina, objetos, produtos
químicos e outros que venham alterar
os caracteres organoléticos).
19.3. Acidez acima do padrão - Sabão e outros produtos
gordurosos não comestíveis.
- Alimentação animal.
19.4. Umidade acima do padrão (na - Liberação após correção.
indústria) - Fusão.
- Panificação/confeitaria.
19.5. Ranço - Sabão e outros produtos
gordurosos não comestíveis
19.6. Mofo - Liberação após ser - Sabão e outros produtos
removido (desde que não gordurosos não comestíveis
esteja disseminado, haja sido
constatado na indústria e não
esteja fracionada).
19.7. Propriedades organolépticas - Sabão e outros produtos
anormais gordurosos não comestíveis
19.8. Aditivos e ingredientes não - Sabão e outros produtos
aprovados gordurosos não comestíveis

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