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Extensão Comunitária I
2º Ano, 1º Semestre
3º Grupo
Estudantes:
Amina da Graça
Francelina Francisco
Docente:
2.4.1. Canto........................................................................................................... 8
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
➢ Compreender acerca das Instituições culturais comuns entre sociedades
moçambicanas e seus valores na sociedade.
1.1.2. Específicos
➢ Demostrar as congregações religiosas existentes em Moçambique;
➢ Caracterizar os grupos de cantos, dança, teatrais e artísticos;
➢ Enunciar as teorias de mudanças sociais;
➢ Identificar a ligação entre sociologia rural e desenvolvimento agrário.
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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Numa instituição cultural, o gestor desempenha um papel essencial, pois, é o responsável
pelo desempenho do trabalho de uma ou mais pessoas e pela disponibilização de recursos
humanos e materiais para a instituição alcançar os seus objectivos. Para isso é necessária
uma capacidade de liderança eficaz para gerir pessoas e realizar objectivos.
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categorizada como sem religião, uma parte significativa da qual provavelmente pratica
crenças animistas tradicionais.
As comunidades religiosas estão dispersas por todo o país. As províncias do Norte são
predominantemente muçulmanas, especialmente ao longo da faixa costeira, mas algumas
áreas do interior do Norte têm uma concentração mais forte de comunidades protestantes
ou católicas. Protestantes e católicos são geralmente mais numerosos nas regiões sul e
central, mas as populações de minorias muçulmanas também estão presentes nessas áreas.
As comunidades religiosas estão dispersas por todo o país. As províncias do Norte são
predominantemente muçulmanas, especialmente ao longo da faixa costeira, mas algumas
áreas do interior do Norte têm uma concentração mais forte de comunidades protestantes
ou católicas. Protestantes e católicos são geralmente mais numerosos nas regiões sul e
central, mas as populações de minorias muçulmanas também estão presentes nessas áreas.
2.3. AMETRAMO
A Associação de Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) foi criada em
Setembro de 1992, com a Guerra Civil em Moçambique (1977/1992), após o processo de
separação de sua metrópole, Portugal, em 1975. A Associação se constitui em um órgão
regulamentado pelo governo e reúne os curandeiros que realizam atendimentos através
de consultas com um oráculo ou recebimento de espíritos de antepassados e que, para
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atuarem, necessitam de uma carteira que comprove sua filiação a AMETRAMO. Desde
o nascimento até após a morte os curandeiros interferem na vida da comunidade. Após
um período de perseguição às manifestações, considerada pela Frelimo (partido político
de base marxista vencedor da Guerra Civil) como fruto da ignorância e do obscurantismo,
ocorre o processo de reconhecimento e institucionalização de tais práticas. (Acçolini1 e
Teixeira de Sá Júnior, 2016).
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2.4. Grupos de canto e dança
2.4.1. Canto
Em todo o território de Moçambique encontramos o canto como forma musical. Cantos
de pessoas a solo, em geral só de «profissionais», ou sejam «bardos», frequentemente
cegos ou aleijados, que se especializaram em entreter os outros, cantando histórias,
literatura de cordel, ou episódios e lamentações pessoais, andando de terra em terra, sendo
chamados, às vezes, para longe. Têm bastante fama e são recompensados por umas
moedas ou ovos, que os ouvintes lhes dão.
Talvez possa aqui ser incluído, como exemplo, o canto de uma cerimónia dos Makonde:
o pedido de chuva a Nnungu (Deus). Os vizinhos de várias aldeias, homens, mulheres e
crianças, juntam-se e dirigem-se, em fila indiana, a um lugar distanciado na floresta,
escolhido previamente. Depois de uma refeição, cada chefe de aldeia faz o chamamento:
Chonde! (Perdoa-nos!) e, em seguida, toda a população entra com a oração, o canto para
pedir chuva. (Margot Dias, 1962).
2.4.2. Dança
A dança, cremos, foi desde os princípios remotos uma necessidade espontânea, seja como
expressão natural da vibração física, seja como meio de exteriorizar estas forças interiores
da vida e impressionar ou influenciar o ambiente
A dança tem lugar em todas as cerimónias, como nos ritos da puberdade - as danças dos
vanalombo, mestres da circuncisão e a dança do mapiko, de investidura de iniciados em
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poderes superiores a dança dos vahumu, em ritos de passagem a dança por ocasião de um
casamento, e sobretudo em todas as cerimónias de exorcismo, onde o curandeiro precisa
de chamar à superfície as grandes forças vitais. (Margot Dias, 1962).
A sua origem é associada à formação do Estado Undi, por volta do século XVII, (Gabinete
de Organização do 1º Festival de Dança Popular, 1978), altura em que se supõe ter sido
adoptado como uma forma de manifestação do seu poderio perante os povos
conquistados. A dança Nhau foi certificada pela Organização das Nações Unida para
Educação Ciência e Cultura (UNESCO) em Novembro de 2005, como uma obra-prima
do património oral e intangível da humanidade.
Essa dança era praticada de noite, por jovens entre rapazes e meninas da mesma idade ou
aproximadas. Entre eles, tocavam batuques, apitos, xipalapala (chifres de gazela) e
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vestiam-se de peles de animai, saias de palha, pulseiras de linhas de saco, atravessavam
entre as costas e a cintura um pedaço de pele.
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após a introdução de um instrumento de percussão chamado «ngoma», muito pequeno.
Massessa, é dança mãe do Xingomana.
2.5. Rituais
São ações relacionadas aos misticismos e a religião, que podem ser praticadas
individualmente ou não. Podem ser cerimoniais, quando há a necessidade de uma
preparação quanto ao local, a vestimenta, aos materiais e aos instrumentos utilizados.
(Mello, 2013).
➢ A primeira cerimónia
Está ligada ao nascimento, os pais apresentam a criança aos seus antepassados directos
para serem reconhecidos como parte da linha dos seus ancestrais. Onde o nome escolhido
será pronunciado de forma solene.
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➢ A segunda cerimónia
São os ritos de iniciação, é feita após os rapazes e as raparigas se tornarem aptos para a
procriação, este rito tem como regra fundamental, o juramento de manter em segredo toda
a aprendizagem. As danças, os cantos e as músicas tradicionais são uma obrigação
permanente durante o tempo em que a cerimónia é realizada.
➢ Quarta cerimónia
Está ligada aos momentos fúnebres, que são considerados como momentos da última
transição, ou seja, aquela que leva a entrada no reino dos mortos, é respeitado e louvada
ao longo dos tempos. (Mello, 2013).
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➢ Fenômeno colectivo: abrange um sector significativo de uma colectividade,
afectando as condições ou as formas de vida de seus componentes, nos aspectos
material, espiritual e/ou psicológico;
➢ Mudança de estrutura: altera certo componente da organização social ou sua
totalidade. É necessário identificar os elementos estruturais ou culturais da
organização social que sofreram alterações;
➢ Identificação no tempo: é preciso identificar um ponto de referência a partir do
qual o conjunto de transformações pode ser localizado no tempo.
2.7. Teorias de mudanças sociais
As principais teorias que buscam explicar o fenómeno da mudança social são a
evolucionista, funcionalista e de conflito.
2.7.1. Teoria evolucionista
É utilizada na sociologia para dizer que as sociedades estão em constante processo de
evolução, de forma mais simples para outra mais complexa. Ademais, a teoria
evolucionista multilinear defende que essas mudanças ocorrem em várias formas e
sentidos
2.7.2. Teoria funcionalista
A teoria funcionalista defende que todas as sociedades constituem um único sistema e
que as diferentes alterações vivenciadas por cada uma ocorrem em equilíbrio, de modo
que uma não altere o bom funcionamento da outra.
2.7.3. Teoria do conflito
Essa teoria destaca as mudanças sociais enfrentadas pelos grupos, que enfrentam papeis
de desigualdade. A principal visão definida aqui é a de Karl Marx e de sua luta de classes,
que dá ênfase na manutenção do status que na redução das injustiças e desigualdades.
Nesse sentido e, ao contrário das duas teorias anteriores (evolucionista e funcionalista),
as mudanças sociais repentinas são bem-vindas, sendo essências na quebra do sistema
opressor e estigmatizante. (Conhecimento científico, s/d).
2.8. Estímulos a mudanças sociais (cultura/costumes)
A definição de cultura é muito alargada. Vai dos usos e costumes às histórias que passam
de pais a filhos. O modo de vestir, as cores garridas das capulanas e os penteados
elaborados, e o modo como as mães mantêm os filhos colados a si. Os gostos alimentares
e a dieta feita à base de milho, mandioca, peixe e aves. A simpatia e hospitalidade com
que recebem um forasteiro, em contraponto com outros povos que os recebem armados e
desconfiados. Moçambique tem um território extenso povoado por várias etnias com
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características culturais próprias - as tatuagens faciais dos macondes e a sua arte em talhar
o pau-preto; a mistura branca, feita com certas raízes e água, com que as macuas tratam
a sua beleza facial; e em Zavala encontramos os marimbeiros mais conhecidos de
Moçambique. (Moçambique - População e Cultura -Xirico, s/d)
Conforme os autores os trabalhadores rurais estão mais expostos às flutuações das várias
condições climáticas. Mais do que isto, eles estão em uma proximidade muito maior e em
relação mais directa com a natureza (solo, flora, fauna, água, sol, lua, céu, vento, chuva)
(Sorokin; Zimmerman; Galpin, 1981, p. 200).
Os estudos sociologia rural podem nos ajudar a entender a relação entre produção de
alimentos agrogeológicos e orgânicos e o mercado consumidor. Esta ligação, cada vez
mais presente na sociedade, transpassa toda a cadeia agroalimentar e envolve diversos
actores e diversos segmentos, formando uma grande teia de relações sociais.
Com exceção das relações diretas entre os produtores e consumidores, como no caso das
feiras livres, as demais relações são caracterizadas pelos produtores vendendo seus
produtos para intermediários compradores (mercados de pequeno, médio, grande varejo;
restaurantes e lojas), que vão ofertar os produtos aos consumidores finais. Neste contexto,
as relações permeiam acordos, contratos, entregas, reposições, acertos e desacertos e, ao
final, a utilidade dos negócios para ambas as partes. Quando uma das partes não se torna
viável, a cadeia se rompe, gerando impactos negativos para o produtor e para o
consumidor.
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III. PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES
As organizações religiosas” são organizações de caridade ou humanitárias, enquanto
“grupos religiosos” se refere a denominações religiosas específicas. Os grupos religiosos
registam-se como denominação religiosa, ou como congregação, se não tiverem afiliação.
A dança tem lugar em todas as cerimónias, como nos ritos da, em ritos de passagem a
dança por ocasião de um casamento, e sobretudo em todas as cerimónias de exorcismo.
Cada região do pais tem um tipo de dança tradicional.
Os estudos sociologia rural podem nos ajudar a entender a relação entre produção de
alimentos agrogeológicos e orgânicos e o mercado consumidor.
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IV. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACÇOLINI, Graziele e TEIXEIRA DE SÁ JUNIOR, Mário, Tradição-Modernidade: a
Associação de Médicos Tradicionais de Moçambique (Ametramo), Dossiê - Perspectivas
contemporâneas sobre o mundo Lusófono, Londrina, 2016.
GRANJO, Paulo. Saúde, doença e cura em Moçambique. In: LECHNER, Elsa (Ed.).
Migração, saúde e diversidade cultural. Lisboa: ICS, 2009.
MALANDRINO, Brígida Karla. Os mortos estão vivos: a influência dos defuntos na vida
familiar segundo a tradição Bantú. Revista Último Andar, São Paulo, n. 10, 2010.
Os Macondes de Moçambique -Vida Social e Ritual, por Jorge Dias e Margot Dias, JICU,
Lisboa, 1970, cap. II.
https://sopraeducacao.com › dancastradicionaisdemocambique
https://www.indexmundi.com/mozambique/religions.html
https://conhecimentocientifico.com/mudanca-social
https://organis.org.br/pensando_organico/a-importancia-da-sociologia-rural-na-
producao-e-mercado-de-alimentos-agroecologicos-e-organicos
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