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1. Ritos de iniciação...................................................................................................5
2. Conclusão..............................................................................................................9
Bibliografia....................................................................................................................10
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1. Introdução
1. Ritos de iniciação
Os ritos de iniciação nas zonas rurais , são determinados por cerimónias especiais que
determinam a aceitação na sociedade rural. Estes ritos são estruturados por um simbolismo
forte por todo o mundo rural , que fornece imediatamente a sua legitimidade . Em várias partes
de Moçambique ( províncias , distritos e localidades ) existem cerimónias que são muito
semelhantes em vários locais, mas com procedimentos distintos variando as suas culturas
locais. Temos no mundo rural cerimónias completamente diferentes e interessantes no seu
contexto cultural e até em algumas localidades podemos encontrar cerimónias secretas, longe
do olhar de estranhos (Helena, 2000).
Na sociedade moçambicana, os ritos de iniciação não se manifestam de maneira
homogénica. Eles variam de província para província, de região para região, de religião para
religião, e de sexo para sexo. O objectivo destas cerimónias é de preparar os rapazes e as
raparigas para a vida matrimonial e social e com o rito de iniciação os rapazes e as raparigas
têm o acesso a participação e ao conhecimento de certos mistérios (Dinis, 2003). Cada
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sociedade tem a sua forma de realizar os rituais, de acordo com a sua cultura. Em
comunidades onde há caça, guerras, ou atividades que requeiram força e coragem, os rituais
são mais doloridos e violentos, e o iniciando pode até desmaiar durante a cerimônia. Durante o
rito, é o momento onde será mostrada a capacidade da pessoa para se tornar adulto, suas
habilidades, força e coragem. Para alguns, a partir desses ritos, é como se a criança morresse
ali e o adulto fosse outra pessoa. Em sociedades onde predominam atividades como
agricultura, os ritos são menos dolorosos (Moore, 2004).
Informar sobre um rito de iniciação simboliza a aceitação do indivíduo como parte
daquela sociedade, significa que ele aceita as regras, normas, religião e costumes daquele
povo. Nas sociedades modernas os ritos de passagem existem, mas não têm a mesma
importância social do que em sociedades. De modo geral os ritos tem como base os seguinte
procedimentos: A primeira cerimónia está ligada ao nascimento, onde é enterrado o cordão
umbilical , momento em que os pais apresentam a criança.
Ritos de iniciação são cerimónias de carácter tradicional e cultural praticado nas
sociedades africanas que visa preparar o adolescente para encarar a outra fase da vida, isto é, a
fase adulta. Visam essencialmente a integração pessoal, social e cultural do indivíduo, permite
ao indivíduo reunir múltiplas influências do seu meio para em seguida integrá-la na sua
maneira de pensar, de agir e de si comportar, o indivíduo participa activamente nas actividades
e na vida do grupo que pertence (Santos, 191977).
do outro na realidade é uma manifestação de brutal submissão. Tudo isto que acabámos de
referir pode-nos transmitir uma ideia de impotência face à realidade actual.
O sentido que é conferido ao respeito está, assim, intimamente relacionado com a
desigualdade entre mulheres e homens. Isto é, ao distinguir o conteúdo da aprendizagem sobre
o respeito que é ensinado aos rapazes e raparigas, estamos desde logo a afirmar e a transmitir
uma concepção que evidencia uma estrutura de poder. Por exemplo, a forma de olhar, a
obediência ao marido, são sinais que mostram que as mulheres e homens têm direitos e
deveres diferenciados (Joao, 1983).
O incumprimento do que é tomado como respeito é apresentado como argumento para
a violência doméstica, porque significa transgressão à aprendizagem ritual. Contudo, esta
complacência com a violência doméstica (embora alguns e algumas a rejeitem) não significa
que não conheçam os direitos e a lei contra a violência doméstica. Trata-se antes da
conformação a um modelo cultural que produz a aceitação da discriminação e da
desigualdade, naturalizando-as. Esta forma de pensar e viver o respeito, está bem manifesta na
aprendizagem da sexualidade.
Desde que entram nos ritos os rapazes aprendem como controlar o corpo da mulher, o
corpo que trabalha, que se deve reproduzir e que deve constituir uma fonte de prazer sexual
para os homens. Nos ritos de iniciação masculina são realizadas práticas que exercitam a
sexualidade e potenciam a virilidade através do uso de plantas como o gonandzlolo e kisangongo,
que prolongam a relação sexual e que permitem realizá-la muitas vezes. As palavras “malhar”,
“furar” e “meter”, constantemente referidas pelos rapazes quando falam de sexualidade,
representam o exercício do poder masculino que em nenhum momento pode ser questionado
ou negado. Em circunstância algumas as mulheres podem rejeitar a relação sexual ou
manifestar desejos que impliquem a mudança do comportamento sexual do homem.
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2. Conclusão
Bibliografia