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O Domínio do simbólico
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Anatoly Olímpio
O Domínio do simbólico
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução 4
1. O domínio do simbólico 5
3. Ritos de passagem 7
6.1. Feitiçaria 8
6.2. Ciência 9
6.3. Racionalidade 9
Conclusão 11
Bibliografia 12
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Introdução
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Antropologia Cultural de Moçambique,
com o tema o domínio do simbólico, este que é de extrema importância, pois aborda
sobre os ritos, estes que têm um impacto muito grande na produção social em
particular em Moçambique concretamente nas zonas rurais.
Tendo em conta que rituais são variedade de comportamentos repetitivos que podem
ser observados em praticamente todas as sociedades e culturas, relacionados às mais
diversas situações: cerimónias religiosas, ritos de passagem, funerais, geralmente
com um claro sentido simbólico, com a finalidade de solicitar a protecção da divindade
invocada ou de afastar perigos ou desgraças, ou ainda para garantir sorte (por
exemplo, os rituais realizados na passagem do ano ou na cerimónia do casamento).
1. O domínio do simbólico
Os valores que definem uma cultura são baseados sobre tais representações. Estas
representações são amplamente colectivas embora elas sejam vividas individualmente
na nossa compreensão e na nossa análise dos fatos e das coisas do mundo.
Para que os valores sociais, baseados nas representações, consigam uma certa
permanência, devem ser constantemente reiterados; daí a importância que tomam,
nas nossas culturas, as diversas formas de representação. Refiro-me aqui tanto ao
que diz respeito à literatura, às artes, às comunicações mediáticas quanto a todos os
rituais que marcam a nossa vida colectiva. Uma integração à sociedade pressupõe um
conhecimento dos valores fundamentais que a definem, portanto, das representações.
E tem mais: uma plena integração à sociedade pressupõe também um conhecimento e
uma certa habilidade no que concerne aos processos e mecanismos de constituição
destas representações. É preciso reconhecer que, na medida em que estas
representações são sempre mutantes, todos os membros da sociedade estão
constantemente colocados em uma situação de aprendizagem da formação do
simbólico. Não existe aquisição definitiva. Aceder aos valores estabelecidos para
conquistar seu espaço na sociedade e compreender os processos de constituição
destes valores ou representações é uma única e mesma tarefa, é participar da vida
social.
Para Durkheim:
Pode-se observar que para Durkheim, os símbolos não são propriamente o que produz
a
coe são nos agrupamentos, mas o sentimento produzido pela manipulação desses
símbolos através dos rituais; os sentimentos e ideias colectivas que são os elementos
de coesão, se conservam e se reafirmam em intervalos regulares. A colectividade ao
reafirmar seus sentimentos através dos rituais pode renovar ou incorporar outros
símbolos através da dinâmica social, mas o sentimento e as ideias permanecem.
O rito designa-se “um conjunto de actos repetitivos e codificados, por vezes solenes,
de ordem verbal, gestual ou de postura, com forte carga simbólica, fundado sobre a
crença actuante de seres ou de poderes sagrados, com os quais o homem tenta
comunicar, visando obter um determinado efeito” (Rivrère, 2000, p.154).
Segundo Mello (2013) ao dos grandes ritos que a comunidade toda é chamada a deles
participar activamente ou como espectadores, existem pequenos rituais particulares
também de uso colectivo. Os antropólogos concordam geralmente em afirmar que o
ritual é uma prescrita, respectiva, pela qual a prescrição pode caminhar desde a
rigorosa afirmação da forma e da sequência até a possibilidade de escolher entre um
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3. Ritos de passagem
5.1.primeira cerimónia
Em relação aos rapazes, há todo um processo da escolha da rapariga, após isso, dá-se
início as reuniões demoradas entre familiares, negociações seriam e com
testemunhas. Em relação as raparias, há todo um processo que já vem desde a
segunda cerimónia.
5.4.Quarta cerimónia
Está ligada aos momentos fúnebres, que são considerados como momentos da última
transição, ou seja, aquela que leva a entrada no reino dos mortos, é respeitado e
louvada ao longo dos tempos.
6.1.Feitiçaria
A feitiçaria pode ser descrita como uma acção maliciosa, levada a cabo através do
recurso a forças místicas ou mesmo pela violência, resultante de ódios e tensões
intensas presentes na sociedade, e que as pessoas interpretam como actuam sobre si
independentemente da sua vontade (Ashforth, 2005: 87).
As acusações de feitiçaria são uma forma de controlo social face à turbulência das
relações sociais provocadas pelo aumento da mobilidade, o êxodo rural, o colapso das
expectativas no papel facilitador do Estado e na estabilidade do emprego, com o
consequente aumento da insegurança, a desestruturação das relações familiares, a
exclusão social, o enriquecimento e o empobrecimento rápidos, a emergência dos
valores do individualismo e da autonomia em conflito com os valores da família e da
comunidade (um conflito que é muitas vezes geracional), o aumento da concorrência
na luta pela ascensão social ou pela promoção no interior dos aparelhos de Estado,
etc. (Gimbel-Sherr e Augusto, 2007).
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6.2.Ciência
6.3.Racionalidade
Conclusão
Podemos concluir que para que os valores sociais, baseados nas representações,
consigam uma certa permanência, devem ser constantemente reiterados; daí a
importância que tomam, nas nossas culturas, as diversas formas de representação,
estas representações se caracterizam por uma certa estabilidade (que assegura uma
coerência aos valores sociais); por outro lado, elas estão sempre submissas a
modificações mais ou menos importantes. Os símbolos se envolvem com o processo
social e o desempenho ritual constitui fases distintas no processo social. Através
desses processos, os grupos se ajustam às mudanças internas e se adaptam ao mundo
externo.
Bibliografia