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Cultura Documentos
1º Ano turma, B
Tema:
Discentes:
Rei Na N,deckpa
Quetes Pirislão
A cultura é o elemento mais imprescindível que a possuímos no nosso viver como seres
humanos. É também a única característica que nos torna únicos em toda a vasta gama de seres
vivos. Mas também é detentora duma complexidade merecedora de uma atenção muito
especial.
Para poder ter ideia da complexidade do tema da cultura fala-se da cultura nos vários sentidos.
A estabilidade e a dinâmica cultural, a os símbolos culturais, a universidade da cultura muitos
outros aspectos tangentes ao significados do termos cultura são explicados nesse conjunto
trabalho.
Procurar-se-á ver por outro lado entender o dinamismo cultural. A cultura como algo não
acabado mas que constantemente tende a evoluir e ganhar novos traços e novas facetas. No
seu dinamismo notar-se-á que existe aquela parte fixa da cultura que geralmente não sofre
transformações significáveis. Essa parte é a que compõe os aspectos sincrónicos, mas também
a cultura tem a possibilidade de ser influenciada e assim sofrer algumas transformações e essa
parte que sua possibilidade de mudar compõe a parte dos aspectos diacrónicos.
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O CONCEITO DE CULTURA
O conceito de cultura é o ponto do nosso estudo pelo que é necessário precisar bem o sentido
que lhe damos e como é utilizado como ponto de referência. A cultura é usada pela nossa
sociedade com uma infinidade de sentidos. Ao longo da história o conceito de cultura foi
evoluindo até aos nossos dias, juntos às diversas escolas de pensamento os autores criaram
teorias e definições que configuraram o edifício que hoje consideramos cultura no sentido
antropológico. Com as suas teorias os estudiosos enriqueceram o sentido de cultura.
1. 2 Etimologia
O vocábulo cultura provém do particípio passivo do verbo latino colo, colis, colore, colui,
cultum, que significa: cultivar, cuidar, ter cuidado, prestar atenção. Expressa a relação
dinâmica e estável a um lugar. Os seus derivados são: agri-cola ═ cultivador da terra; agri-
cultura — cultivo do campo; in-cola — morador; colonus — a pessoa que cultiva; colónia—o
local cultivado. (MARTÍNEZ. 2009. Pag.44)
Definições
A definição clássica
Nos fins dos oitocentos apareceram duas discrições de cultura que representam orientações
tão importantes que enriqueceram e influenciaram toda antropologia posterior. Em1869,
Matthew Arnold, definiu a cultura como o conseguimento da perfeição, que implica condição
interna da mente e do espírito. Em Edward B. Taylor, pai da antropologia moderna, formulou
a sua definição que se tornou clássica na antropologia cultural. É uma definição descritiva.
Podemos então afirmar que a cultura, não é nada mais, nada menos, que o conjunto de saberes
(axiológicos, estéticos, técnicos, teológicos, epistemológicos), característicos de um
determinado grupo humano ou de uma sociedade, ou seja, o conjunto de comportamentos,
saberes-fazeres adquiridas através de aprendizagem e transmitidas ao conjunto de seus
membros. Taylor foi o primeiro a formular um conceito de cultura. Para ele essa “é aquele
todo complexo que inclui comportamentos, conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes, hábitos, aptidões, tanto adquiridos como herdados. (MARTÍNEZ. 2009. Pag.45)
O conceito de cultura foi-se enriquecendo com outros contributos que completaram o que
actualmente se entende por cultura antropologia. O Antropologia Italiana Vinigi L. Grotanelli,
afirma que a cultura é toda actividade consciente e deliberada do homem como ser racional e
como membro de uma sociedade e o conjunto das manifestações concretas que derivam
daquela actividade. Neste ponto compreendemos uma cultura centrada no homem.
(MAARTÍNEZ. 2009. Pag.46).
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de geração em geração. A cultura é um modo de vida total, e não apenas de elementos parciais
de usos e costumes. (MARTÍNEZ. 2009. Pag.47)
Características da cultura
O símbolo é uma chave para a compreensão da cultura. Ao estudar uma cultura é necessário
referir-se a função e simbolismo de determinados objectos, acções e instituições. O homem
vive entre dois espaços, dois mundos que se completam: a) o mundo do referente, isto é, o
espaço exterior; b) o mundo simbólico ou espaço imagético, como afirma C. Lévi-Strauss.
Podemos considerar a pessoa humana como um animal simbólico. Neste sentido não só a
linguagem verbal, mas também os ritos, as instituições culturais, as relações, os costumes,
etc.. (MARTÍNEZ. 2009. Pag.49).
2.2 Noções
Os símbolos não são objectos ou gestos directamente utilitários, que se tomaram simbólicos
ao perderem a sua significação. Não se trata, pois, de sinais sem significação actual.
O seu significado não é arbitrário: o seu significado não pode ser determinado arbitrariamente
pela fantasia ou imaginação de um individuo. A relação entre sinal e coisa significada vai
além da simples conveniência racional: trata-se de uma relação estabelecida pelo grupo social
em questão. Enquanto sinais, os símbolos foram escolhidos pela sua aptidão natural e
afinidade com a coisa significada. (MARTÍNEZ, 2009, Pag.51).
Os sinais usados pelos símbolos (objectos, gestos. linguagem) degradam-se com os tempos
podem perder a sua compreensão com as mudanças que vão aparecendo ou até pela rotina. Os
símbolos são expressões da vida que se enquadram no comportamento social, pelo que se
tornam formas comuns de expressão acções dos membros da sociedade.
Os sinais
Os sinais podem ser: a) naturais, isto é, aqueles que a própria natureza fornece, por exemplo,
o fumam sinal do fogo; b) convencionais, isto é, atribuídos livremente num determinado
contexto cultural, sem olhar a sua afinidade natural, por exemplo, a linguagem. c) Simbólicos,
são sinais usados nos ritos com determinados significados, que podem ser objectos, eventos,
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pessoas, relações, gestos, lugar, períodos de tempo, cores, música, luzes. O símbolo é meio de
comunicação: O símbolo é social, pois é meio de comunicação de mensagens entre os
membros da sociedade. Por isso no símbolo consideramos o que chamamos polo emissor,
pólo receptor, e código:
A cultura é social
A cultura segundo MARTÍNEZ, 2009, pertence á sociedade, pois ela representa uma
conquista e um cúmulo de conhecimentos, valores e comportamentos de séculos, isto é, o
património cultural que a sociedade foi formada durante toda a sua história. Neste sentido,
nenhum membro da sociedade é desprovido completamente de cultura ele é uma criação da
cultura, até ao ponto que antes de fazer o seu primeiro acto consciente, já tem uma conduta
padronizada que modela os seus comportamentos e processos intelectuais. Ele poderá
modificados no futuro, em base à sua maturidade e liberdade.
A cultura é social quanto aos agentes dos processos de transmissão e aprendizagem. Quem
transmite age em nome da sociedade e quem a recebe, tais como indivíduo e como membro de
um grupo com status próprio na sociedade iniciando, noviços, alunos. Os processos de
transmissão são sociais, tanto nas sociedades de pequena como nas de grande escala
instituições de iniciação, escolas, universidades e outras instituições de educação de
formação. (MARTÍNEZ, 2009, Pag.51).
Uma sociedade é o maior número de seres humanos que agem conjuntamente para satisfazer
suas necessidades humanas, individuais e sociais e compartilham uma cultura comum.
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3.2 A Cultura é Dinâmica
A soma de variações inconscientes acaba por determinar uma certa eliminação de traços em
relação ao modelo de cultura precedente. A cultura é dinâmica graças a mais outras causas.
Existem forças exógenas à cultura que a fazem mudar e transformar. A cultura se desenvolve
como um movimento em espiral, que, em cada giro, vai encontrando elementos novos que
pode incorporar na sua constituição.
Segundo MARTÍNEZ, 2009, a cultura faz o homem e este for a cultura. A cultura se impõe
aos indivíduos e estes pouco podem fazer no sentido de fugir aos padrões culturais A cultura
determina, em parte, o comportamento humano, e dela de pende a sua padronização. A
herança cultural é suficientemente forte para conformação dos hábitos e costumes e o modo
de pensar e de agir do homem. Nesse aspecto, é correcto dizer que a cultura e determinante
param o ser humano.
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A cultura é também determinada pelo homem. Ele é o agente activo da própria cultura. As
mudanças culturais provocadas geralmente pelas modificações geofísicas, sociais,
demográficas, económicas ou políticas, encontram no homem o condutor nato dos processos
em causa; pelo que a nova reformulação obtida é o resultado da acção dos indivíduos de cada
geração. (MARTÍNEZ, 2009, Pag.59).
3.4 Explicação
O uso do termo subcultura não significa que se trate de uma cultura inferior. Não. Não tem
uma conotação valorativa. Também devemos dizer que não está unida ao problema do espaço.
A subcultura quase sempre se identifica com a cultura regional ou com parte da cultura
nacional. A subcultura em certas sociedades pode estar ligada a certos estratos sociais, castas
ou classes sociais. As subculturas são partes constitutivas da cultura global considerada.
Significados operativos
Significados cosmológicos:
Significados morais
A ética, Os significados dos valores, o que é desejável, bom, belo, o contrário, não desejável,
não bom, não belo: os valores, a ética.
O DINAMISMO CULTURAL
Toda cultura pode e deve ser entendida em dois estremos: um estado de estabilidade e o outro
de mudança. A estabilidade consiste naquela parte da cultura que a torna idêntica em
diferentes etapas e circunstâncias e a parte da mudança é aquela transformação e crescimento.
A cultura, não é algo acabado e definitivo mas sim, algo em contínuo aperfeiçoamento com
duas componentes estruturais que fazem uma e única realidade. Veremos a cultura
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institucionalizada com o processo correspondente, isto é, a enculturação ou enculturação que
é o aspecto sincrónico da cultura. (MARTÍNEZ, 2009, Pag.63).
Aspectos Sincrónicos
Aspectos gerais
Características
Função normativa: que são leis que controlam a funcionalidade e estabilidade da cultura.
Função controlo social: estabelece ordem social através do uso do poder judicial e das
sanções.
2.1 Definição
Através desse processo o individuo se habita a vida social, a expressão individual, modos de
vida do seu grupo, a formação da personalidade do individuo. Este processo começa com o
nascimento e vai até a morte, dura toda a vida. Ao nascemos temos mais dependência dos
factores biológicos e quase 100٪ da assimilação desses factores culturais e deixamos de
depender das factores biológicos até sermos totalmente imbuídos e depender só dos factores
culturais. (MARTÍNEZ, 2009, Pag.66).
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Assimilação: acilação do comportamento pela criança.
Aspectos Diacrónicos
Os aspectos diacrónicos são aquelas que relativas as mudanças na cultura. Essas mudanças
que podem ter factores endógenos, através dos processos da invenção e da descoberta e por
factores exógenos por meio de processos como a difusão, aculturação e da globalização.
Definição
R.Linton citado por MARTÍNEZ, 2009, define a descoberta como todo acréscimo do
conhecimento; e a invenção é definida por ele como aplicação do conhecimento. Depois duma
descoberta duma situação ou um facto não conhecido anteriormente avança-se para a
implementação na vida desse facto.
Os dois termos trazem a ideia de novidade. Em ambos trata-se, de novos elementos culturais
que surgem dentro do complexo cultural de uma determinada cultura.
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3.2 Características próprias
Finalistas: são aquelas invenções básicas que abrem novas potencialidades de progresso.
Exemplo: o arco, a roda, o tubo. Normalmente as invenções básicas são resultados do trabalho
de inventares consoantes.
O processo da difusão
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Princípios da difusão de culturas, segundo MARTÍNEZ, 2009.
Chama-se cultura marginal é aquela que está mais longe do original, um traço cultural
difundido e na cultura original. O Mesmo, sofre traço significáveis transformações a ponto de
não ser possível a reintegração.
As fases da difusão
O processo da aculturação
Tipos de contacto
O processo de Desculturacão
1ª Causas Internas: trata-se da perda natural de energias dos elementos de uma cultura, que
vão ficando sem significado e já não dizem nada à gente atual, e assim caem em desuso e
desaparecem.
O processo da globalização
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A globalização como compreensão e tomado de consciência do mundo como um todo, é tão
antiga como a história da humanidade e das culturas, que se pode considerar como uma
sequência de pequenas globalizações. A sistematização e transformação do processo da
globalização é um verdadeiro projecto que começou praticamente a partir do século XVI, com
o expansionismo europeu numa fase inicial que podemos chamar de " idade de ferro da
globalização." (MARTÍNEZ, 2009, Pag.90).
O conceito de globalização
Vertente espiritual – forma uma única identidade, o ser humano e a terra. A pessoa humana
como síntese dos cosmos que caminha, que pensa, que fala, e que ama.
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CONCLUSÃO
A cultura é muito sensível a interferência e sendo assim precisa de ser preservada e bem
cuidada para que não venha a desaparecer. É belo, importante e muito gratificante poder
entender ao certo o que é na verdade a cultura; oque é na verdade e como entender a
composição da cultura, a estrutura e assim a tendência da cultura, só assim torna-se possível a
sua preservação.
A cultura engloba muito mais factos do que o habitual pensado. Ela parte dos aspectos mais
comuns e espontâneos da vida e se estende aos mais complexos e mais científicos. É na
verdade uma vastíssima gama do corpo da cultura, é indispensável um profundo estudo a
respeito e assim torna-se possível a fidelidade e respeito por ela o que é aliás a necessidade e
obrigatoriedade de cada membro de cada cultura.
A globalização, a enculturação são realidades que nos ficam connosco lado a lado cada dia
singularmente e torna-se missão de cada um de nos orientar essas realidades para que não
deturpe aquela parte sincrónica da cultura, aquela parte que deve se manter sempre fixa e
imutável.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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