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Antropologia Cultural
Objectivos Gerais..............................................................................................................4
Objectivos Específicos......................................................................................................4
Antropologia Cultural........................................................................................................5
Características da Cultura..................................................................................................5
Ramificações.....................................................................................................................6
Culturas de Desenvolvimento............................................................................................7
Mapeamento Histórico......................................................................................................7
Rede de Significados.........................................................................................................8
Metodologia.....................................................................................................................15
Conclusão........................................................................................................................16
Referencias Bibliográficas...............................................................................................17
Introdução
As sociedades estudadas pelos primeiros antropólogos são sociedades longínquas às quais são
atribuídas as seguintes características: sociedades de dimensões restritas; que tiveram poucos
contactos com os grupos vizinhos; cuja tecnologia é pouco desenvolvida em relação à nossa; e
nas quais há uma menor especialização das actividades e funções sociais. São também
qualificadas de “simples”; em consequência , elas irão permitir a compreensão, como numa
situação de laboratório, da organização “complexa” de nossas próprias sociedades. Castro, C.
(2009).
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Objectivos Gerais
Objectivos Específicos
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Antropologia Cultural
A Antropologia Cultural é o estudo das práticas sociais, formas de expressão, e dos usos da
linguagem por intermédio dos quais se constroem significados, frequentemente invocados e
contestados nas sociedades humanas.
Com essa área de estudo as pessoas compreendem melhor as muitas visões a respeito da
existência humana. Apesar de essa disciplina ser complexa, os estudiosos explicam como ela
foca no desenvolvimento do homem sem apegos à teoria. Assim, todos nós podemos entender
na prática a mudança na linguagem, sistemas e cultura que passamos.
Edward Taylor foi um dos primeiros antropólogos que se dedicou ao estudo dessa disciplina.
Para ele, a cultura é um complexo de saberes, arte, crenças, costumes, leis e capacidades que o
homem adquire na sociedade. Assim como eles, outros estudiosos indicam que a cultura não é
algo hereditário.
Características da Cultura
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Entretanto, os antropólogos indicam que a cultura tem atributos que são clássicos. Assim, a
cultura é:
Algo aprendido, não passada por genética ou nascida com cada pessoa;
Integrada, pois muitos dos seus aspectos são interligados entre si. Por exemplo,
linguagem, economia e religião que não são independentes entre si, mas se conectam
como fenómenos culturais;
Ramificações
A partir daqui estudiosos afirmam que a antropologia cultural vai em direcção as pesquisas
científicas. Uma forma de nós entendermos melhor é estudar as teorias de Charles Sanders
Pierce a respeito da imagem e Ferdinand Saussure da língua. Como resultado, nós percebemos
como esse encontro origina a antropologia visual e oral.
Pode-se perceber que esse encontro de teorias ajuda a exemplificar como a nossa influência
no mundo é complexa. À medida que nós tentamos nos conhecer mais perguntas surgem para
serem respondidas.
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Nós Somos Natureza
Culturas de Desenvolvimento
Desde que o homem aprendeu a conviver em grupos e sociedades que ele desenvolve culturas
diferentes. Os antropólogos afirmam que essas culturas têm segmentos diferentes e a
antropologia explora outras áreas enquanto aborda essas questões. Por exemplo:
Ciências humanas
Área de estudo que foca no indivíduo como um todo, sem desconsiderar cada parte da sua
construção. Ou seja, Ciências Humanas acompanha as nossas crenças, filosofia de vida,
linguagem, mente, ética, história e outros aspectos.
Ciências sociais
Com as ciências sociais é possível estudar as pessoas como participantes de camadas sociais
organizadas. Não somente como indivíduos, mas como peças relevantes que um esquema de
interacções sociais complexo.
Mapeamento Histórico
Por meio da antropologia cultural as pessoas podem compreender melhor como a humanidade
se desenvolve. Com a ajuda dessa disciplina os estudiosos investigam como grupos
humanos evoluem ao redor do planeta. É um processo imprevisível, visto que nós não
somos mais quem fomos ontem e ainda não somos o amanhã.
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Além disso, todos nós podemos entender o contexto de nascimento das religiões. E também
como as pessoas interagem diante do mecanismo de formalidade social, interacção familiar e
progresso das técnicas de comunicação.
Rede de Significados
Estudiosos como Bronislaw Malinwski e Franz Boas continuaram os seus estudos para definir
o que é cultura para a antropologia. Segundo eles, a cultura observa todas as manifestações
a respeito dos hábitos sociais de um grupo. Além disso, também considera as reacções das
pessoas que são afectadas pelos hábitos da comunidade em que está.
Para Clyde Kluckhohn, teorista social e antropólogo, existe uma lista de 11 interpretações do
que é a cultura:
A própria designação “primitivo” já indicava esta visão depreciativa. Entretanto, com o passar
do tempo, todos os povos e religiões passaram a ser analisados e comparados pelos
antropólogos.
Antropologia da Religião é considerada por alguns como uma parte dos estudos realizados
pela Antropologia Cultural ou Social, que pretende fazer uma análise sobre o mundo
simbólico da religião.
Procura-se analisar o sentido que o fenómeno religioso traz para o quotidiano do ser
humano, especialmente as crenças e rituais com critérios científicos.
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continua sendo visto por ele mesmo e por uma das suas mais significativas e originais
manifestações – a religião.
Geertz define religião como “um sistema de símbolos que atua para estabelecer poderosas,
penetrantes e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de
conceitos de uma ordem de existência geral e vestindo essas concepções com tal aura de
factualidade que as disposições e motivações parecem singularmente realistas”.
Lê-se na história que alguns missionários não conseguiram expor a mensagem do evangelho
com uma fundamentação bíblico-teológica, e também considerar a singularidade da cultura
receptora, mas levaram seus padrões culturais e estilo de vida da cultura enviadora.
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Sentido de vida - redescoberta da nossa participação no cumprimento dos propósitos
de Deus para o mundo.
Helman (2003) destaca que a antropologia, como espaço de análise, denomina-se a partir de
vários campos: A antropologia física que trabalha as questões relativas à evolução humana,
com inquietações em esclarecer as razões das contradições das populações humanas. A
antropologia social que destaca as dimensões sociais da vida humana. O ser humano é um ser
social, que integra uma sociedade e estrutura seu olhar de mundo. É a antropologia cultural
que enfatiza uma ordem de símbolos, ideias e significados que constrói uma cultura.
A antropologia da doença abandona muitas vezes a compreensão que pode estar contida no
campo da saúde. Da mesma forma, a antropologia médica envolve a submissão do seu objecto
ao paradigma biomédico, pois não congrega integralmente a pluralidade, diversidades e a
interligação de todas as feições da vida humana.
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fundamental pensar em cultura e sociedade, analisando o significado atribuído pelo próprio
doente e para as pessoas que o rodeiam.
A antropologia tem buscado demonstrar que a doença e o corpo são condições reais e imersas
nos âmbitos culturais e contextos sociais, contrariando o que se estabeleceu até então, na qual
a doença liga-se à mera condição biológica e pertence ao reino animal (SOUZA, 1999).
A doença não é um evento primariamente biológico, mas é concebida em primeiro lugar como
um processo experienciado cujo significado é elaborado através de episódios culturais e
sociais, e em segundo lugar como um evento biológico. A doença não é um estado estático,
mas um processo que requer interpretação e acção no meio sociocultural, o que implica numa
negociação de significados em busca da cura (LAGDON, 1995).
Canesqui (2003) relata que a sensação da doença é percebida através de alguns sinais,
demonstrando que algo não está bem, impedindo o funcionamento do corpo. Sendo que as
actividades quotidianas e de trabalho acabam por tornar inviável sua realização.
A doença neste sentido remete-se à significação de ordem social, atingindo tanto a estrutura
biológica do indivíduo quanto o social.
Num significado mais aprofundado, refere-se à doença como edificação cultural, ou seja, a
doença é acção social, e a cultura, com significações somente tem vigor se partilhada no
grupo social (CANESQUI, 2003). A mesma autora salienta que a dor é influenciada por
inúmeros rudimentos, assim constituídos “vivências culturais do doente, o seu repertório
linguístico, o seu domínio ou não dos termos médicos, suas crenças e representações sobre o
corpo e a doença”.
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A doença como processo não é um momento único nem uma categoria fixa, mas uma
sequência de eventos que têm o objectivo de entender o sofrimento no sentido de organizar a
experiência vivida e se possível aliviar o sofrimento. Lagdon (1995) refere que a doença como
processo caracteriza-se nos seguintes passos: reconhecimento dos sintomas, diagnóstico e
escolha do tratamento e avaliação. O reconhecimento da doença baseia-se nos sinais que
indicam que o todo não vai bem. Quais sinais são reconhecidos como indicadores de doença,
depende da cultura, não são universais como pensado no modelo biomédico. Cada cultura
reconhece sinais diferentes que indicam a presença de doença, o prognóstico, e possíveis
causas, e estes sinais, em várias culturas, não são restringidos ao corpo ou sintomas corporais,
à situação ambiental, seja do grupo ou da natureza, fazem parte também das possíveis fontes
de sinais a serem considerados na tentativa de identificação da doença.
O que se observa actualmente é que a maioria dos programas de saúde partem do pressuposto
de que a informação gera uma transformação automática dos comportamentos das populações
frente às doenças, desconsiderando os diferentes factores sociais e culturais que interferem
nas condutas das pessoas.
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Antropologia Cultural e Etnocentrismo
Segundo Everardo Rocha o outro conceito, o qual dialoga com o de cultura e é fundamental
para o desenvolvimento da ciência antropológica é o de etnocentrismo. Pois é justamente o
contacto com a diferença cultural que provoca em nós sentimentos os mais diversos: de
fascínio, de rejeição, de estranhamento, de curiosidade.
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como
centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores,
nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser
visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afectivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade. Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre
um fenómeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos
emocionais e afectivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano – sentimento
e pensamento – vão juntos compondo um fenómeno não apenas fortemente arraigado na
história das sociedades como também facilmente encontrável no dia-a-dia das nossas vidas.
Sem dúvida, a experiência do confronto com uma forma de viver diferente da nossa – o
choque cultural – é desencadeadora de um julgamento de valor que impede o
reconhecimento da diferença sem que esta seja enquadrada em estereótipos e valorações
negativas e mesmo pejorativas. O etnocentrismo demonstra a incapacidade de se compreender
a cultura do outro a partir de parâmetros estranhos à nossa. Este impulso etnocêntrico é
comum a todas as culturas, não está localizado em períodos nem em sociedades específicas.
Segundo Everardo Rocha, o contacto com a diferença é sempre ameaçador, pois fere a nossa
própria identidade cultural. Pode-se dizer mesmo que um certo grau de etnocentrismo é
necessário para a preservação das formas culturais dos grupos sociais. Se por um lado a
atitude etnocêntrica reforça e enfatiza a legitimidade e coerência da nossa própria forma de
viver, por outro ela pode assumir uma face violenta e autoritária quando nega ao outro o
direito de falar sobre si próprio. O grande problema é quando o pensamento etnocêntrico é a
base que edifica a criação de políticas públicas ou de doutrinas e teorias científicas sobre a
alteridade. Podemos encontrar facilmente exemplos na política, na ciência e na educação.
O esquema de pensamento dos evolucionistas culturais, por exemplo, tomava como ápice do
desenvolvimento humano, a própria sociedade dos pesquisadores.
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A civilização não era apenas o topo desta escala evolutiva, era também o centro a partir do
qual se estabeleciam os critérios de evolução das sociedades. As doutrinas deterministas
também eram fortemente etnocêntricas, pois de modo geral consideravam a raça branca como
superior às demais.
Metodologia
O objectivo deste trabalho foi alcançado à proporção em que foi desenvolvida a pesquisa
académica, através de pesquisas bibliográficas, sendo descritiva e explicativa, possuindo
como bases teóricas artigos e livros publicados por renomados autores da área.
Na concepção de Gil (2002) pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como
objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos e exigindo que as acções
desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efectivamente planejadas. Assim, através
dessas pesquisas, objectiva-se elucidar a problemática inicial proposta.
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Conclusão
Com a ajuda da antropologia cultural nós compreendemos melhor o que a cultura significa
para a humanidade. Mesmo que os antropólogos culturais não tenham um consenso, é
possível afirmar que cultura é algo aprendido. Logo, as pessoas não aprendem de forma igual
o seu significado ou nascem com ela no sangue. Castro, C. (2009).
Além disso, é importante saber que a cultura não é homogénea, atemporal e não está imune às
críticas. Nós devemos pensar a respeito de como muitos dos hábitos que aprendemos podem
fazer mal para muitas pessoas. Assim, é importante que nós questionemos com frequência se
estamos avançando ou regredindo como pessoas e sociedade.
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Referencias Bibliográficas