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Origens e Contraprojecção................................................................................................6
Exemplos De Projecção.....................................................................................................7
Os Mecanismos De Defesa................................................................................................9
Conclusão........................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas...............................................................................................14
Introdução
Alguns clínicos adoptam uma abordagem psicodinâmica na avaliação do funcionamento
psíquico e do mal-estar psicológico (Campos, 2017). Esta abordagem permite uma
compreensão rica e integradora e, fornece um contexto teórico para a leitura das queixas
dos indivíduos avaliados. Nesta lógica, a avaliação dos mecanismos de defesa, para
além da avaliação de outros elementos do funcionamento psíquico, como as
representações objectais e do self, assume um papel fundamental (e. g., Campos, 2017).
Naturalmente que muitas vezes, os clínicos avaliam os mecanismos de defesa de forma
mais "informal", através do material obtido em entrevista.
A complexidade da rica estrutura mental humana pode nos levar a situações e lugares
desconfortáveis às vezes. Por isso que é tão comum a gente abrir mão desse desconforto
para que possamos evitar ao máximo qualquer tipo de sofrimento. Por isso, é importante
o estudo de projecção em Psicologia e como se manifesta em nossas vidas.
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Analise Do Conceito De Projecção
Hermann Hesse (1919) expressava algo parecido com a teoria da projecção como
um mecanismo de defesa, e o fez com a seguinte frase:
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Quando odiamos alguém, odiamos em sua imagem algo que está dentro de nós.
A projecção como mecanismo de defesa nos faz cuspir ou expelir sobre o mundo as
vivências, emoções ou traços da personalidade que desejamos desalojar de nós
mesmos pelo fato de serem inaceitáveis. Tudo o que é relativamente gratificante é aceito
pelo eu - como algo que pertence a ele - mas tudo que se mostra doloroso e pouco
gratificante é considerado como algo alheio a você.
Origens e Contraprojecção
Giambattista Vico é visto como precursor do princípio da projecção, junto com uma
formulação dada pelo escritor grego Xenófanes. Ludwig Feuerbach se valeu desse
conceito para criar uma base crítica a respeito da religião.
Exemplos De Projecção
A frustração que caracteriza uma pessoa que cria projecções de si mesma nos outros
desaparece quando começa a acreditar que seus defeitos, deficiências e fracassos são
compartilhados pelos outros, ou que são os outros que provocam estes fracassos,
deficiências (ou qualquer coisa que não desejam ter). A seguir temos alguns exemplos
de projecções psicológicas:
Outro exemplo de projecção muito frequente é a dos pais para com os filhos. Por
exemplo, o pai demanda e reclama constantemente sobre o comportamento da criança,
que vai contra os princípios que ensinou para ela, assim como os fracassos que esta
criança possa ter. Todas essas coisas que são as mesmas que o pai não conseguiu
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superar e os mesmos princípios que ele em várias ocasiões transgrediu, tanto em sua
juventude quanto no momento actual.
As projecções são conflitos ou elementos internos que se colocam para fora em uma
tentativa de dissolução, mas que, evidentemente, provocam o efeito contrário: a
sustentação das frustrações e pressões. É importante uma análise minuciosa e dirigida
por um profissional para determinar quais são esses elementos internos que provocam
essa inconsistência com o ambiente.
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Nas organizações, auxiliam a selecção e classificação de pessoal para as funções
seja das mais ou menos especializadas favorecendo um melhor ajustamento do
homem ao seu trabalho.
Os Mecanismos De Defesa
Basicamente, são formas com que o ego busca se esquivar de seu encontro com
elementos potencialmente inconscientes e que possam levar a uma autocrítica que
coloque em risco uma capa protectora do próprio ego.
O conceito foi criado pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), o pai da
psicanálise, e aprofundado por sua filha e discípula, a psicanalista Anna Freud (1895-
1982). Mecanismos de defesa são subterfúgios criados pelo ego (a ideia que todo mundo
tem a respeito de si mesmo) diante de determinadas situações, com o objetivo de
proteger a pessoa de prováveis dores, sofrimentos e decepções.
Além disso, eles são mobilizados diante de um sinal de perigo e abertos para impedir a
vivência de fatos dolorosos que o sujeito não está preparado para suportar. Ou seja, essa
é mais uma função da análise e da terapia psicanalítica, a saber, preparar o indivíduo
para suportar tais eventos dolorosos sobre si mesmo e sobre fatos externos.
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transforma-se em mal-estar, transferindo-se para o próprio organismo as dores do
inconsciente e transforma elas em sonhos ou em algum sintoma da neurose.
Além disso, o recalque é uma força contínua de pressão, que baixa a energia psíquica
do sujeito. Por isso, o recalque pode surgir na forma de sintomas e o tratamento visa o
reconhecimento do desejo recalcado. O fim dos sintomas é consequência do processo da
análise.
2. Negação
3. Regressão
Outro exemplo é quando nasce um irmão, e a criança mais velha volta a usar chupeta ou
urinar na cama como defesa.
4. Deslocamento
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inofensiva. Ou seja, quando muda os sentimentos da sua fonte provocadora de
ansiedade original, para quem você percebe ser menos provável de lhe causar mal.
5. Projecção
6. Isolamento
Isso porque, ao invés de manifestarem seus instintos tais como eram, eles sublimaram
os instintos egoístas e transformaram essas forças em realizações sociais de grande
valor.
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O problema a sublimação não permite a realização nem de uma pequena parte da
satisfação do desejo e não gera ao sujeito a mesma gratificação, aí podemos ter a origem
de neuroses. Por exemplo, quando uma pessoa reprime sua libido para um trabalho
obsessivo (workaholic).
8. Formação Reactiva
Esse mecanismo de defesa ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer
alguma coisa, mas faz o oposto. Assim, surge como defesa de reacções temidas e a
pessoa procura cobrir algo inaceitável por meio da adopção de uma posição oposta.
9. Racionalização
Quando falamos da Racionalização como defesa, não se trata de uma crítica à razão e à
lógica, pelo contrário. Trata-se de um recurso “pouco racional”, em que o sujeito usa de
argumentos lógicos, simplificações e estereótipos para que o ego permaneça em sua
situação actual de “conforto”.
Por exemplo, ocorre a racionalização como mecanismo de defesa quando listamos uma
série de argumentos lógicos para criticar uma pessoa (estando ou não o nosso raciocínio
correto), para evitar compreender as causas inconscientes que nos levam a isso. A
racionalização funciona bem para a nossa psique, porque quando estamos raciocinando
acreditamos que estamos correctos.
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Conclusão
A projecção se revela como uma válvula de escape, transmitindo ao outro tudo aquilo
que portamos em nosso interior. É uma forma imediata de cessar um incómodo, fazendo
com que a responsabilidade por essa instância seja remanejada.
Além disso, o aumento dessa pressão, reflectindo-se sob a forma de medo, cria uma
ameaça para a estabilidade do ego, daí ele faz uso de certos mecanismos para se
defender ou se ajustar. Como os mecanismos de defesa podem também falsificar a
percepção interna da pessoa, o psicanalista deve estar atento para perceber os fatos, já
que o que se apresenta é apenas uma representação deformada da realidade. (FREUD, S.
1915)
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Referencias Bibliográficas
9. NASIO, J. -D. Trad. Vera Ribeiro. Segunda lição: O inconsciente. In: Cinco
lições sobre a teoria de Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
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