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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências de Saúde


FCS

Licenciatura em Psicologia Clínica

Análise De Conceito De:


Projecção E Mecanismo De Defesa

Docente: Francisco Armando


Nampula
2022
Adelaide Paula Teodósio da Trindade
Ali Paulino Caleque
Estácio João Madeira
Amina Xabregas

Análise De Conceito De:


Projecção E Mecanismo De Defesa

O presente trabalho em grupo


é de carácter avaliativo e
enquadra-se no âmbito da
Cadeira de Avaliação
Psicológica 3 leccionada pelo
docente Francisco Armando

Docente: Francisco Armando


Nampula
2022
Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Analise Do Conceito De Projecção...................................................................................5

A Projecção Como Mecanismo De Defesa Na Psicologia................................................5

Origens e Contraprojecção................................................................................................6

Exemplos De Projecção.....................................................................................................7

Formas De Evitar As Projecções.......................................................................................8

Os Mecanismos De Defesa................................................................................................9

Principais Mecanismos De Defesa....................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................13

Referencias Bibliográficas...............................................................................................14
Introdução
Alguns clínicos adoptam uma abordagem psicodinâmica na avaliação do funcionamento
psíquico e do mal-estar psicológico (Campos, 2017). Esta abordagem permite uma
compreensão rica e integradora e, fornece um contexto teórico para a leitura das queixas
dos indivíduos avaliados. Nesta lógica, a avaliação dos mecanismos de defesa, para
além da avaliação de outros elementos do funcionamento psíquico, como as
representações objectais e do self, assume um papel fundamental (e. g., Campos, 2017).
Naturalmente que muitas vezes, os clínicos avaliam os mecanismos de defesa de forma
mais "informal", através do material obtido em entrevista.

A complexidade da rica estrutura mental humana pode nos levar a situações e lugares
desconfortáveis às vezes. Por isso que é tão comum a gente abrir mão desse desconforto
para que possamos evitar ao máximo qualquer tipo de sofrimento. Por isso, é importante
o estudo de projecção em Psicologia e como se manifesta em nossas vidas.

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Analise Do Conceito De Projecção

A projecção se trata de um mecanismo de defesa psíquico para que possamos nos


proteger daquilo que a gente não pode lidar. Com isso, podemos montar, de forma
involuntária, estratégias que nos desviam daquilo que a gente não pode pensar ou
trabalhar agora. Assim, podemos aliviar a ansiedade, os sentimentos de culpa ou
dolorosos que surgem desse conflito.

No momento em que ela se activa, a gente passa a perceber pensamentos e sensações


desagradáveis como se pertencessem a outra pessoa. Em vez de assumirmos como
nossos, indicamos ser de outro alguém para aliviar nossa carga emocional.

De acordo com os psicólogos, esse é um mecanismo primitivo de protecção que se


manifesta já na nossa infância. À medida que a gente cresce, podemos construir meios
sofisticados de utilizar dessa ferramenta, principalmente quando adultos, para trabalhar
nossas emoções.

A projecção é um termo de psicanálise. A definição de projecção a descreve como


um mecanismo que consiste em atribuir a outra pessoa algo que acontece com si
mesmo. A projecção é uma forma de funcionamento observada em pessoas que
atribuem a outro o que está acontecendo com elas mesmas, normalmente de forma
inconsciente. A projecção não permite o contacto consigo mesmo nem com os outros.
Por exemplo, muitas pessoas que utilizam a projecção consideram que todas as outras
pessoas possuem defeitos, mas elas não.

Em psicologia, utilizamos a projecção para detectar determinados traços do carácter,


como as motivações, os problemas e frustrações. As tendências projectivas das
pessoas se desenvolvem de maneira forte em pessoas de tipo paranóico. Algumas das
pessoas com esta patologia manifestam uma tendência a julgar constante os outros, são
muito sensíveis e capazes de perceber o inconsciente dos outros e, ao interpretá-lo, se
esquecem de seu próprio inconsciente. Nos casos graves, a projecção leva à deformação
viciosa ou a uma falsa imagem da realidade (delírio paranóico). Em alguns casos, a
projecção bem canalizada pode gerar criações artísticas ou científicas incríveis.

A Projecção Como Mecanismo De Defesa Na Psicologia

Hermann Hesse (1919) expressava algo parecido com a teoria da projecção como
um mecanismo de defesa, e o fez com a seguinte frase:

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Quando odiamos alguém, odiamos em sua imagem algo que está dentro de nós.

A projecção é um dos mecanismos de defesa mais utilizados contra as ameaças


materiais externas, imputando a responsabilidade de nossos próprios traços, sentimentos
e comportamentos a outra pessoa ou ambiente. O indivíduo atribui a outras pessoas as
próprias carências, virtudes ou defeitos, incluindo até mesmo seus próprios conflitos
internos de ambivalência.

A projecção como mecanismo de defesa geralmente opera em situações de conflitos


afectivos/emocionais ou de conflitos internos, onde acaba se atribuindo ao ambiente
(pessoas ou coisas) os próprios sentimentos, pensamentos ou impulsos que são
incómodos ou inaceitáveis para a pessoa. Além do conteúdo negativo, também se
transmite tudo aquilo que garante e assegura a continuidade do narcisismo, a
manutenção dos vínculos intersubjectivos, os processos de conservação: identificações,
mecanismos de defesa, ideais, dúvidas e certezas.

Assim, entendemos que a projecção pode funcionar como resistência a enfrentar o


contacto com a própria identidade, atribuindo assim aos outros as emoções que nós
mesmos sentimos.

A projecção como mecanismo de defesa nos faz cuspir ou expelir sobre o mundo as
vivências, emoções ou traços da personalidade que desejamos desalojar de nós
mesmos pelo fato de serem inaceitáveis. Tudo o que é relativamente gratificante é aceito
pelo eu - como algo que pertence a ele - mas tudo que se mostra doloroso e pouco
gratificante é considerado como algo alheio a você.

Origens e Contraprojecção

Giambattista Vico é visto como precursor do princípio da projecção, junto com uma
formulação dada pelo escritor grego Xenófanes. Ludwig Feuerbach se valeu desse
conceito para criar uma base crítica a respeito da religião.

Indo na contramão, ao se abordar o trauma psicológico, o mecanismo de defesa pode


criar a contraprojecção, o seu oposto. Em suma, se trata de um esforço para manter a
posição recorrente desse trauma. Nisso, surge a obsessão compulsiva na percepção do
indivíduo que causou o trauma ou a sua projecção.

De acordo com Carl Jung, “todas as projecções provocam contra-projecção quando o


objecto está inconsciente da qualidade projectada pelo sujeito”. Por sua vez, Nietzsche
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diz que “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não se tornar também um
monstro. Pois quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo também olha para
você”.

Exemplos De Projecção

A frustração que caracteriza uma pessoa que cria projecções de si mesma nos outros
desaparece quando começa a acreditar que seus defeitos, deficiências e fracassos são
compartilhados pelos outros, ou que são os outros que provocam estes fracassos,
deficiências (ou qualquer coisa que não desejam ter). A seguir temos alguns exemplos
de projecções psicológicas:

 Roubar e acreditar que os outros também roubariam

Pessoas que pensam de determinada forma (por exemplo, justificando um ato de


corrupção) acreditam que os outros pensam da mesma forma. Por exemplo, o dono de
uma loja rouba alguns gramas de cada quilo do produto que vende e, quando vai
comprar em outra loja, será o cliente mais desconfiado.

 Pensar em ser infiel e ter medo de que seu(sua) namorado(a) o seja

Em um relacionamento, um dos dois começa a apresentar sintomas de ansiedade (por


exemplo, diz se sentir inseguro e sem esperança), como consequência de ideias
constantes de infidelidade de seu(sua) namorado(a), que várias vezes tentou deixar claro
e evidente de que esta infidelidade não é real. Através de uma análise, se descobre que
esta pessoa com sintomas de ansiedade também não foi infiel, mas que existem muitas
pessoas que pareceram atraentes para ela e com as quais ela tem muita vontade de ter
relações sexuais. Sua própria consciência - e respeito pelo(a) namorado(a) - não
permite que o faça. Além desta projecção, a pessoa também projecta sua insegurança
sobre seu físico e personalidade, se comparando com as pessoas próximas de seu(sua)
namorado(a) que ela considera atraentes.

 Repreender os filhos por comportamentos que a própria pessoa tem

Outro exemplo de projecção muito frequente é a dos pais para com os filhos. Por
exemplo, o pai demanda e reclama constantemente sobre o comportamento da criança,
que vai contra os princípios que ensinou para ela, assim como os fracassos que esta
criança possa ter. Todas essas coisas que são as mesmas que o pai não conseguiu

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superar e os mesmos princípios que ele em várias ocasiões transgrediu, tanto em sua
juventude quanto no momento actual.

Formas De Evitar As Projecções

Os mecanismos de defesa implicam um comportamento defensivo que a personalidade


utiliza para manter o equilíbrio, ou seja, uma regulação da pressão e da empolgação.

Com este comportamento defensivo, o organismo pretende alcançar um ajuste ou


adaptação que dissolva todo tipo de insegurança, frustração, perigo, pressão ou
ansiedade. No entanto, o comportamento defensivo não soluciona os conflitos, apenas
se limita a restringir a capacidade de actuação do eu diante dos objectos perturbadores.

As projecções são conflitos ou elementos internos que se colocam para fora em uma
tentativa de dissolução, mas que, evidentemente, provocam o efeito contrário: a
sustentação das frustrações e pressões. É importante uma análise minuciosa e dirigida
por um profissional para determinar quais são esses elementos internos que provocam
essa inconsistência com o ambiente.

Algumas características dos Métodos Projectivos: (Pinto, 2014)

 Proporcionam conhecimento mais efectivo da personalidade do sujeito;


 Material ambíguo, permite a expressão com liberdade, sem relação com acertos
ou erros. Liberdade para verbalizar o que desejar; tendo um material ao qual ele
deve estar conectado;
 O tempo de duração da testagem e o número de sessões varia e é determinado
pelo teste projectivo aplicado;
 Partem dos mesmos princípios teóricos; o registro de conteúdos internos que têm
dificuldades de manifestação à consciência.

Importância dos métodos projectivos em psicologia: (Formiga e Mello, 2000)

 Instrumento de trabalho para psicólogos.


 Diferenças individuais em relação à inteligência, aptidões específicas,
conhecimentos escolares, adaptabilidade vocacional e dimensões da
personalidade.
 Formulação, comprovação, refutação ou reformulação de diagnósticos.
 Compõem o processo de psicodiagnóstico como mais um instrumento.

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 Nas organizações, auxiliam a selecção e classificação de pessoal para as funções
seja das mais ou menos especializadas favorecendo um melhor ajustamento do
homem ao seu trabalho.

Os Mecanismos De Defesa

Basicamente, são formas com que o ego busca se esquivar de seu encontro com
elementos potencialmente inconscientes e que possam levar a uma autocrítica que
coloque em risco uma capa protectora do próprio ego.

O conceito foi criado pelo psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), o pai da
psicanálise, e aprofundado por sua filha e discípula, a psicanalista Anna Freud (1895-
1982). Mecanismos de defesa são subterfúgios criados pelo ego (a ideia que todo mundo
tem a respeito de si mesmo) diante de determinadas situações, com o objetivo de
proteger a pessoa de prováveis dores, sofrimentos e decepções.

Em outras palavras, os mecanismos de defesa são as estratégias do ego, de forma não


consciente, para proteger a personalidade contra o que ela considera ameaça. É mais
cómodo ao ego continuar a reproduzir sua auto-verdade, sua auto-imagem, em sua
redoma. Esses mecanismos são diversos tipos de processos psíquicos, cuja finalidade é
afastar o evento que gera sofrimento da percepção consciente. (FREUD, S. 1915)

Além disso, eles são mobilizados diante de um sinal de perigo e abertos para impedir a
vivência de fatos dolorosos que o sujeito não está preparado para suportar. Ou seja, essa
é mais uma função da análise e da terapia psicanalítica, a saber, preparar o indivíduo
para suportar tais eventos dolorosos sobre si mesmo e sobre fatos externos.

Principais Mecanismos De Defesa

1. Recalcamento, recalque ou repressão

O Recalque, repressão ou recalcamento em Psicanálise nasce do conflito entre as


exigências do Id e a censura do Superego. Assim, é o mecanismo que impede que os
impulsos que causam ameaças, desejos, pensamentos e sentimentos dolorosos cheguem
à consciência.

Através da Repressão, o histérico vai a fundo no inconsciente da causa de seu distúrbio.


Então, o acesso ao elemento recalcado é censurado. Sua energia se sintomatiza, isto é,

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transforma-se em mal-estar, transferindo-se para o próprio organismo as dores do
inconsciente e transforma elas em sonhos ou em algum sintoma da neurose.

Os processos inconscientes se tornam indirectamente conscientes através dos sonhos,


neuroses e outros mecanismos. Assim, o recalque é uma defesa para a dificuldade em
aceitar ideias penosas. Ou seja, é um processo que tem por objectivo proteger o
indivíduo, mantendo no inconsciente as ideias e representações das pulsões que
afectariam o equilíbrio psíquico.

Além disso, o recalque é uma força contínua de pressão, que baixa a energia psíquica
do sujeito. Por isso, o recalque pode surgir na forma de sintomas e o tratamento visa o
reconhecimento do desejo recalcado. O fim dos sintomas é consequência do processo da
análise.

2. Negação

A negação (ou negativa, em algumas traduções) é um mecanismo de defesa que nega a


realidade exterior e a substitui por outra realidade que não existe. Portanto, ela tem
a capacidade de negar partes da realidade que não são agradáveis, pela fantasia de
satisfação dos desejos ou pelo comportamento. Assim, a negação pode ser pontual (e ser
uma neurose) ou se tornar sistémica e combinar uma sequência de negações para a
criação de um universo paralelo, que é uma condição essencial para o desencadeamento
de uma psicose.

3. Regressão

A regressão, em psicanálise e psicologia, é o recuo do ego, fugindo de situações de


conflitos atuais para o estágio anterior. Um exemplo é quando um adulto volta a um
modelo infantil, no qual se sentia mais feliz e mais protegido. Assim, a infantilização é
uma forma de regressão que protege o ego do encontro com as dificuldades do mundo
adulto.

Outro exemplo é quando nasce um irmão, e a criança mais velha volta a usar chupeta ou
urinar na cama como defesa.

4. Deslocamento

O deslocamento acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são


projectados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais

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inofensiva. Ou seja, quando muda os sentimentos da sua fonte provocadora de
ansiedade original, para quem você percebe ser menos provável de lhe causar mal.

Por exemplo, quando um adolescente pratica o bullying contra um colega de escola


pode estar deslocando a raiva que tem por também ser submetido a condições
opressivas em seu contexto familiar.

5. Projecção

O mecanismo de defesa da projecção é um tipo de defesa primitiva. Assim, é


caracterizada pelo processo no qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro ou em
alguma coisa, qualidades, desejos, sentimentos que ele desconhece ou recusa nele. Por
isso, a projecção é muito vista na paranóia.

6. Isolamento

O isolamento é o mecanismo de defesa típico das neuroses obsessivas. Ele atua de


forma a isolar um pensamento ou comportamento, fazendo com que as demais ligações
com o conhecimento de si ou com outros pensamentos fiquem interrompidos. Assim, os
outros pensamentos e comportamentos são excluídos da consciência.

7. Sublimação: um dos principais mecanismos de defesa

O conceito psicanalítico da sublimação só existe pois um recalque o precede. Ou seja, a


sublimação é o processo através do qual a libido se afasta do objecto da pulsão para
outra espécie de satisfação. Isto é, o sujeito transforma a energia da libido (desejo
sexual, agressividade e necessidade imediata de prazer) em trabalho ou arte, sem saber
que o faz.

Com isso, o resultado da sublimação é a mudança da energia do objecto de desejo para


outras áreas, como realizações culturais ou produtivas, por exemplo. A sublimação, para
Freud, é um mecanismo de defesa muito positivo para a vida em sociedade, pois grande
parte dos artistas, dos grandes cientistas, das grandes personalidades e dos grandes
feitos só foram possíveis graças a esse mecanismo de defesa.

Isso porque, ao invés de manifestarem seus instintos tais como eram, eles sublimaram
os instintos egoístas e transformaram essas forças em realizações sociais de grande
valor.

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O problema a sublimação não permite a realização nem de uma pequena parte da
satisfação do desejo e não gera ao sujeito a mesma gratificação, aí podemos ter a origem
de neuroses. Por exemplo, quando uma pessoa reprime sua libido para um trabalho
obsessivo (workaholic).

8. Formação Reactiva

Esse mecanismo de defesa ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer
alguma coisa, mas faz o oposto. Assim, surge como defesa de reacções temidas e a
pessoa procura cobrir algo inaceitável por meio da adopção de uma posição oposta.

Ademais, padrões extremos de formação reactiva são encontrados na paranóia e


no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), quando a pessoa se prende em um ciclo
de repetição de comportamento que ela sabe, a nível profundo, que é errado.

9. Racionalização

Quando falamos da Racionalização como defesa, não se trata de uma crítica à razão e à
lógica, pelo contrário. Trata-se de um recurso “pouco racional”, em que o sujeito usa de
argumentos lógicos, simplificações e estereótipos para que o ego permaneça em sua
situação actual de “conforto”.

Os limites de um mecanismo em relação a outro nem sempre são exactos e estanques.


Por exemplo, se você voltar ao mecanismo do isolamento, verá que ele pode ser
elaborado pela racionalização, quando isolamos um raciocínio de outros e impedimos
que este raciocínio seja problematizado ou questionado.

Por exemplo, ocorre a racionalização como mecanismo de defesa quando listamos uma
série de argumentos lógicos para criticar uma pessoa (estando ou não o nosso raciocínio
correto), para evitar compreender as causas inconscientes que nos levam a isso. A
racionalização funciona bem para a nossa psique, porque quando estamos raciocinando
acreditamos que estamos correctos.

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Conclusão

A projecção se revela como uma válvula de escape, transmitindo ao outro tudo aquilo
que portamos em nosso interior. É uma forma imediata de cessar um incómodo, fazendo
com que a responsabilidade por essa instância seja remanejada.

O psicanalista deve estar atento e preparado para perceber as manifestações dos


mecanismos de defesa do ego, que surgem da tensão entre o Id e o Superego. E o ego,
sofrendo pressão de ambos, se defende por meio de alguns mecanismos.

Além disso, o aumento dessa pressão, reflectindo-se sob a forma de medo, cria uma
ameaça para a estabilidade do ego, daí ele faz uso de certos mecanismos para se
defender ou se ajustar. Como os mecanismos de defesa podem também falsificar a
percepção interna da pessoa, o psicanalista deve estar atento para perceber os fatos, já
que o que se apresenta é apenas uma representação deformada da realidade. (FREUD, S.
1915)

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Referencias Bibliográficas

1. Hermann Hesse. (1919). Demian. Alianza de novelas.


2. PINTO, E. R. & Campos, 2017 Conceitos fundamentais dos métodos projetivos.
Ágora (Rio J.),
3. RMIGA, N. S.; MELLO, I. Testes psicológicos e técnicas projetivas: uma
integração para um desenvolvimento da interação interpretativa indivíduo-
psicólogo. Psicologia, ciência e profissão, Brasília

4. FREUD, S. (1901). Trad. Jayme Salomão. A psicopatologia da vida cotidiana.


Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud, vol. VI p. 59).

5. FREUD, S. (1915). Trad. Jayme Salomão. O Inconsciente. In: História do


movimento Psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos. Rio
de Janeiro: Imago, 1996. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud, vol. XIV p. 165).

6. GARCIA-ROZA, L. A. Freud e o inconsciente. 22. Ed. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar, 2007.

7. KUSNETZOFF, J. C. Introdução à psicopatologia psicanalítica. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 1982.

8. LAPLANCHE, J.; PONTALIS J. B. (1982). Trad. Pedro Tamen. Vocabulário da


psicanálise. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

9. NASIO, J. -D. Trad. Vera Ribeiro. Segunda lição: O inconsciente. In: Cinco
lições sobre a teoria de Jacques Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

10. ROUDINESCO, E.; KAPNIST, E. Documentário Sigmund Freud: a invenção da


psicanálise. (Sigmund Freud: L’invention de la psychanalyse). Vídeo. Co-
produção de France 3 e BFC production, 1997 (1h 55min).

11. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. 5. ed. São


Paulo: Cultrix, 1992

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