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Segundo Freud, projeção é uma forma da gente se defender daquilo que existe na gente e
não temos condições de assumir. Algo que não reconhecemos como nosso, mas incomoda.
Jogar para o outro é uma forma de me isentar, não lidar com algo que traz incômodo e
sofrimento para a pessoa.
Anastasi e Urbina chamam atenção para o fato de que a maioria dos instrumentos projetivos
passou a ser considerada mais como instrumentos clínicos. Assim, eles podem servir como
auxílios suplementares qualitativos a entrevistas. Seu valor como instrumento clínico é
proporcional à habilidade do terapeuta que os utiliza.
TÉCNICAS PROJETIVAS EXPRESSIVAS
Investigam características de personalidade através das diferentes manifestações do sujeito.
Caracteriza o estilo pessoal de resposta diante das situações, oferecendo oportunidade para a
pessoa reagir de forma individual ou característica, quando maneja ou organiza um material. As
técnicas expressivas são simultaneamente projetivas e tem a vantagem de não precisar da fala.
Servem como instrumentos de diagnóstico e também são material terapêutico. A partir da auto
expressão, a pessoa não só revela suas dificuldades como se livra delas. Ex: desenho, pintura,
atividade do brinquedo nas sessões livres, testes lúdicos.
As técnicas expressivas configuram situações nas quais há uma ampla liberdade, tanto de
instruções, quanto do material utilizado; São consideradas técnicas expressivas aquelas que
investigam características de personalidade através dos padrões dos movimentos e ritmos
corporais (SCHEEFFER, 1962).
GENEALOGIA DO CONCEITO DE PROJEÇÃO
A projeção é a expulsão de um desejo intolerável e sua rejeição para fora da pessoa. Projeção
daquilo que não quer ser. Freud amplia o conceito: entende- se projeção como o simples
desconhecimento por parte do sujeito sobre desejos e emoções não aceitos por ele como seus,
dos quais é parcialmente consciente e cuja existência atribui a realidade externa.
Freud cita dois exemplos de projeção: na Superstição e na Paranoia. Na Paranoia existe o
mecanismo de defesa, projeção – o ego rechaça conteúdos ameaçadores, projetando-os no
mundo externo. Na Superstição, a pessoa por desconhecer a causa interior, acaba
projetando a causalidade psíquica no exterior, distorcendo perceptivamente a realidade.
A essência da projeção está no DESLOCAMENTO. A projeção como Mecanismo de Defesa é
INCOSCIENTE. Fantasias projetadas para o exterior podem ser conscientes.
A projeção é um processo psíquico primário: obedece ao principio do prazer e visa instaurar a
identidade das percepções. Já os processos secundários tendem à identidade de pensamentos e
palavras racionais.
Com a extensão do conceito, passa-se a utilizar a projeção como explicação para o deslocamento
de sentimentos, ideias e emoções consideradas positivas e valorizadas, e, até mesmo,
conscientes.
PROJEÇÃO
Conceito influenciado pelo autor Hebart. O sistema herbartiano incorporou dois princípios da
física: “toda ação provoca uma reação”, e “a natureza resiste à destruição”, ou seja, apresenta
uma ideia de Mecanismo de Defesa. Segundo ele, a alma responderia aos estímulos externos por
meio de respostas defensivas, às quais ele denominou percepções.
No início, projeção era apenas o deslocamento de sentimentos hostis sobre outra pessoa. Com a
ampliação do conceito, a ideia de determinismo psíquico (cada evento psíquico é determinado por
aqueles que o precederam) é inserida. A partir desse conceito, jamais admitiremos qualquer
fenômeno psíquico como sem significação ou acidental.
A projeção ganha outra qualidade: representa também o simples desconhecimento, por parte do
sujeito, de desejos e emoções que não são aceitas por ele como sendo seus (ou então dos quais
é parcialmente inconsciente), e cuja existência atribui à realidade externa.
Entende-se como sendo resultante da projeção sobre o mundo exterior os seguintes processos:
Animismo: crença de que alguns objetos são dotados de alma ou alojamento de espíritos,
exercendo influência real ou causal;
Pensamento Mágico: crença de que certos pensamentos levariam não apenas à realização
de desejos, mas também à prevenção de eventos problemáticos ou desagradáveis;
Onipotência das Ideias: alimentar fantasias que não conhecem limites.
Segundo Bellack, o caráter consciente das projeções seriam um processo de externalização.
Existem três tipos de Projeção:
Autor: John N. Buck - Divulgado em 1948. - Versão Favorável: Renato Cury (2003), editora Vetor.
Técnica: desenhos temáticos sem modelos.
Investiga a visão subjetiva que o sujeito tem de si mesmo e de seu ambiente, das coisas
que considera importante, das que enfatiza e das que ignora. A escolha pelos elementos ‘casa,
árvore e pessoa’ se deve ao fato de serem elementos que todos conhecem, são facilmente aceitos
para serem desenhados por todas as idades, estimulam verbalizações mais espontâneas e são
simbolicamente férteis em significados inconscientes.
O que é?
Segundo Buck (2003), o H.T.P. serve para obter informações de como uma pessoa
experiência a sua individualidade em relação ao ambiente do lar e em relação a outras
pessoas. É um instrumento sistematizado, que tem várias respostas. E como toda técnica
projetiva, ele “estimula a projeção de elementos da personalidade de áreas de conflito dentro
da situação terapêutica” (Buck pg.1), permitindo assim que conflitos, interesses gerais dos
indivíduos e aspectos específicos do ambiente que ele ache problemático sejam identificados,
além de estabelecer o rapport entre paciente e terapeuta.
Objetivo:
todas as posições, detalhes ou relações incomuns entre detalhes devem ser anotados e
investigados. Qualquer detalhe implícito deve ser investigado, bem como qualquer aspecto do
desenho que não estiver claro. Detalhes adicionados no inquérito também devem sem
identificados.
Comportamentos indicativos de autocrítica:
Abandono de objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar da página e não
apagando o anterior. -- Apagar sem tentar redesenhar. O detalhe apagado pode indicar um
conflito. - Apagar e redesenhar. Se o novo desenho for melhor, ok; se for uma correção
meticulosamente exagerada, pode indicar alguma patologia.
Duas fases iniciais:
-- Não verbal, criativa e não estruturada: pedir para fazer os desenhos, a mão livre e acromático. --
Inquérito sobre os desenhos.
Duas fases posteriores:
-- Repetir os desenhos, desta vez usando cores. -- Novas perguntas são feitas.
Avaliação deve contemplar:
● observação dos possíveis sinais de psicopatologia;
● observação das características do desenho como tamanho, localização na
página, presença/ausência de partes que chamem a atenção;
● respostas do inquérito.
Material complementar do Manual:
-- Diferença entre os desenhos de crianças e adultos; -- Resumo de pesquisas sobre desenhos
feitos por crianças que sofreram abuso; -- Protocolo de interpretação – Inquérito posterior ao
desenho (para cada desenho); -- Lista de conceitos interpretativos
TAT – Teste de Apercepção Temática
Apercepção é a interpretação da sua percepção. Autor: Henry A. Murray , em Universidade de
Harvard, nos EUA (1935).
TAT atualmente é aplicado em adultos, em pré-adolescentes ou adolescentes.
Fundamento Teórico: Murray partiu do princípio de que diferentes indivíduos, frente a uma
mesma situação vital, a experimentam cada um a seu modo, de acordo com sua perspectiva
pessoal. Essa forma pessoal de elaborar uma experiência revela a atitude e a estrutura do
indivíduo frente à realidade experimentada.
Imagens das pranchas: situações dramáticas, de contornos imprecisos, impressão difusa e
tema não explícito. Exposto a esse material, o indivíduo, sem perceber, identifica-se com uma
personagem por ele escolhida e, com total liberdade, comunica, por meio de uma história
completa, sua experiência perceptiva, mnêmica, imaginativa e emocional.
MATERIAL DO TESTE
O conjunto completo: 31 pranchas que abrangem situações humanas clássicas. A cada
sujeito devem ser aplicados 20 estímulos, perfazendo o total de vinte histórias. As 10
primeiras são mais estruturadas e as 10 últimas menos estruturadas. Cada prancha
apresenta impressos no verso, apenas um número ou um número seguido de uma ou mais
letras. O número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado, na série, e as
letras referem-se ao gênero e/ou idade ao qual o estímulo se destina.
Tipo de Estímulo Convenção
O TAT deve ser aplicado individualmente. Há duas formas possíveis de administração: a total
(aplicação das 20 lâminas) ou a reduzida (consiste em uma seleção segundo a idade ou
gênero do examinando).
Murray recomenda que se aplique o teste em duas sessões de, aproximadamente, uma hora
cada e com um intervalo entre ambas de um dia pelo menos.
O sujeito deve levar 5 minutos, mais ou menos, em cada lâmina. Deve-se marcar o tempo de
reação ao estímulo, ou seja, o tempo que o sujeito leva desde a entrega da lâmina até
começar a história e o tempo total em cada lâmina. Ao terminar cada relato, pede-se ao
sujeito que ponha um título.
A entrevista do inquérito deve-se processar quando o paciente já tenha produzido o total de
histórias do teste.
Os quadros, impressos em branco e preto, representam as mais variadas situações, tais como: de
trabalho, relações familiares, perigo e medo, atitudes sexuais, agressão. A prancha em branco
permite associações mais livres.
Na análise do TAT, o psicólogo deve examinar as histórias do sujeito e a sua conduta durante
a testagem. A história representa o conteúdo manifesto e subentende um conteúdo latente,
que reflete os dinamismos associados à personalidade do sujeito.
As instruções serão lidas para ele devagar, utilizando-se uma das seguintes formas:
Aconselhável para adolescentes e adultos de grau médio de inteligência e cultura: “Este é um
teste de imaginação que é uma das formas da inteligência. Vou mostrar-lhe algumas pranchas,
uma de cada vez, e a sua tarefa será inventar, para cada uma delas, uma história com o máximo
de ação possível.
Conte-me o que levou ao fato mostrado na prancha, descreva o que está acontecendo no
momento, o que as personagens estão sentindo e pensando. Conte depois como termina a
história. Procure expressar seus pensamentos conforme eles forem ocorrendo em sua mente.
Você compreendeu? Como você tem cinqüenta minutos para as 10 pranchas, você pode utilizar
cerca de 5 minutos para cada história. Aqui está a primeira prancha”.
Aconselhável para crianças, adultos pouco inteligentes ou de pouca instrução: “Este é um teste
para contar histórias. Eu tenho aqui algumas pranchas que vou lhe mostrar. Quero que você faça
uma história para cada uma delas. Conte o que aconteceu antes e o que está acontecendo agora.
Fale o que as pessoas estão sentindo e pensando e como termina a história.
Você pode fazer o tipo de história que quiser. Compreendeu? Bem, então aqui está a primeira
prancha. Você tem 5 minutos para fazer uma história. Faça o melhor que puder”.
Segunda sessão
É desejável que haja um intervalo de, pelo menos, um dia entre a primeira e a segunda sessão.
Nessa segunda parte, o procedimento é semelhante ao utilizado na anterior, salvo num aspecto: a
ênfase nas instruções sobre a completa liberdade da imaginação.
A prancha 16 é dada com uma instrução especial: “Veja o que você pode ver nesta prancha em
branco. Imagine alguma cena aí e descreva-a em detalhe”. Se o sujeito não conseguir, o
examinador deve dizer: “Feche os olhos e imagine alguma coisa”. Depois que o sujeito der uma
descrição completa daquilo que imaginou, o psicólogo deve dizer: “Agora me conte uma história
sobre isso”.
Análise e Síntese:
Após o procedimento de análise, levando-se em consideração aspectos da observação, e da
história, deve-se elaborar uma síntese, que traduza a dinâmica da personalidade do indivíduo
testado. A síntese deve descrever uma pessoa real e não uma coleção de itens isolados. Pela
própria natureza da técnica, o TAT é essencialmente indicado para o entendimento dinâmico da
personalidade. A análise dos dados deve ser enfocada de modo a apresentar “um quadro global
do mundo interno do indivíduo”, ou seja, é preciso compreender o sujeito em função de suas
principais áreas vitais, em suas relações familiares, em suas relações afetiva, sexual e/ou
matrimonial, em suas relações sociais (e anti-sociais) e com o trabalho.
Aplicação reduzida:
Procedimento reduzido, administrando, numa única sessão, o número máximo de 12 lâminas,
para economizar tempo e obter material dinâmico do paciente.
É essencial administrar 9 lâminas que investigam todas as relações humanas básicas:
-- Para os homens, 1, 2, 3RH, 4, 6RH, 7RH, 11, 12H e 13HF.
-- Para as mulheres, 1, 2, 3RH, 4, 6MF, 7MF, 9MF, 11 e 12HF (a lâmina 3RH para as mulheres
por ter comprovado, empiricamente, que ela funciona tanto
Questões:
7) Descreva o Teste HTP (objetivos, faixa etária, gênero, metodologia (é como ele é aplicado)
Resultados (o que se espera)
8) Descreva o Teste TAT (objetivos, faixa etária, gênero, metodologia (é como ele é aplicado)
Resultados (o que se espera)
12) Procure no DSM 5 o Transtorno de Estresse Pós-Traumático em Crianças com 6 anos ou menos e
descreva suas cracterísticas.?