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(AULA 1)
Origem => Surgiu enquanto ciência a partir do 1º laboratório criado por Wilhelm Wundt.
“Ciências Psicológicas”
Por fim a “Psicologia Jurídica” => seu objeto de estudo localiza-se nas relações e
interações entre o indivíduo, o Direito e o Judiciário. (psicossocial)
“Ciências Psicológicas”
Todos nós usamos o que poderia ser chamado de psicologia de senso comum em nosso
cotidiano. Observamos e tentamos explicar o nosso próprio comportamento e o dos outros.
Tentamos predizer quem fará o que, quando e de que maneira. E muitas vezes sustentamos
opiniões sobre como adquirir controle sobre a vida (Ex: o melhor método para criar filhos,
fazer amigos, impressionar as pessoas e dominar a cólera). Entretanto, uma psicologia
construída a partir de observações casuais tem algumas fraquezas críticas.
SIGMUND FREUD
Ego – Significa “eu” em latim. E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo
objetivo da realidade. O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o
equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do superego com as do mundo
externo. É o componente psicológico da personalidade. As funções básicas do Ego são: a
percepção, a memória, os sentimentos e os pensamentos. Localiza-se na zona consciente da
mente.
Superego – Atua como censor do Ego. É o representante interno das normas e valores
sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas
impostos à criança. São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. O Superego nos
controla e nos pune (através do remorso, do sentimento de culpa) quando fazemos algo
errado, e também nos recompensa (sentimos satisfação, orgulho) quando fazemos algo
meritório. O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a
moralidade. É o componente social da personalidade.As principais funções do Superego são:
inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela
perfeição. Localiza-se consciente e pré-consciente.
3. O Superego diria ser inaceitável faltar com um compromisso assumido, por exemplo,
com o supervisor ou colegas de trabalho.
Consciente – inclui tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento.
Recebe ao mesmo tempo informações do mundo exterior e do mundo interior.
1.
2.
3.
O que seria então Personalidade? A personalidade é uma estrutura interna, formada por
diversos fatores em interação. Não se reduz a um traço apenas, como a autodeterminação ou
um valor moral. Pode ser muito ou pouco valorizada. Não importa. Uma pessoa mesmo sem
valores, mal formada, com falhas morais ou limitações psicológicas, não deixa de ter
personalidade porque tem uma estrutura interna, embora defeituosa.
Nos grupos sociais: como a família,a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-se a
interação dos fatores sociais.
Como tal, a psicose pode ser causada por predisposição genética, fatores exógenos
orgânicos mas desencadeados por fatores ambientais, psicossociais, com acentuadas falhas
no desempenho de papéis, na comunicação, no autocontrole, no comportamento da
afetividade, na percepção sensorial, na memória, no raciocínio, no pensamento e linguagem.
Há perda do senso da realidade e da capacidade de testá-la e, em casos extremos, do
autoconhecimento, deixando opaciente de cuidar-se no aspectos mais triviais, como a
alimentação e a higiene pessoal.
Na psicanálise, a psicose causou dificuldades teóricas para Freud, mas não para Lacan.
Se o primeiro demonstrou-se hesitante em enquadrá-la teoricamente, concentrando-se na
neurose, Lacan, tomando-a constantemente em suas conferências, associou-a à forclusão do
nome-do-pai.Conceito forjado por Jacques Lacan para designar um mecanismo específico da
psicose, através do qual se produz a rejeição de um significante fundamental para fora do
universo simbólico do sujeito. Quando essa rejeição se produz, o significante é foracluído. Não
é integrado no inconsciente, como no recalque, e retorna sob forma alucinatória no real do
sujeito.
NEUROSE
O termo neurose foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1769 para indicar
"desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na
psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose oudistúrbio neurótico e se refere a qualquer
desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou
com a capacidade funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação àpsicose,
desordem mais severa.
A neurose, na teoria psicanalítica, é uma estratégia ineficaz para lidar com sucesso com
algo, o que Sigmund Freudpropôs ser causado por emoções de uma experiência passada
causando um forte sentimento que dificulta reação ou interferindo na experiência presente.
Por exemplo: alguém que foi atacado por um cachorro quando criança pode terfobia ou um
medo intenso de cachorros. Porém, ele reconheceu que algumas fobias são simbólicas e
expressam um medo reprimido.
PERVERSÃO
* Segundo Kraepelin, "Delírios são idéias morbidamente falseadas que não são
acessíveis à correção por meio do argumento". Bleuler, por sua vez, dizia que " Idéias
Delirantes são representações inexatas que se formaram não por uma causal insuficiência da
lógica, mas por uma necessidade interior.
GÊNERO
1. Gênero => seria determinado pelo processo de socialização e outros aspectos da vida
em sociedade e decorrentes da cultura, que abrange homens e mulheres desde o nascimento
e ao longo de toda a vida - diferenças de género são socialmente construídas.
1. Gênero => conjunto de arranjos através dos quais a sociedade transforma a biologia
sexual em produtos da atividade humana e nos quais essas necessidades transformadas são
satisfeitas. Este sistema incluiria vários componentes, entre outros adivisão sexual do trabalho
e definições sociais para os géneros e os mundos sociaisque estes conformam.
1.autoridade através do papel de mãe em oposição aos outros papéis familiares, tais
como esposa, filha, irmã, ou tia.
1. Subordinação pode ser definida como uma relativa falta de poder. Em termos de
autoridade social, um grupo subordinado tem pouco ou nenhum controle sobre a tomada de
decisões que afetam o futuro daquele grupo.
A mulher => relativamente incapaz, passando a ser assistida pelo marido nos atos da
vida civil.
Ao marido competia:
1.
1.
Ilegítimos => os que não procediam de justas núpcias, aqueles que não tinham sua
filiação assegurada pela lei.
2 - Espúrios => aqueles que descendiam de pessoas impedidas de casar por parentesco,
afinidade ou casamento subsistente.
1. Adulterinos.
Primeira alteração:
1949 => permitiu-se o reconhecimento do filho havido fora do matrimônio desde que
dissolvida a sociedade conjugal (exigência que se manteve até 1977).
1. Garantidos foram aos filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção,
iguais direitos e qualificações, proibidas qualquer designações discriminatórias.
1. A instituição familiar, idealizada pelo legislador de 1916, cede lugar a seus integrantes,
igualados em direitos e obrigações.
1.
1. Norma de inclusão - o que não permite excluir qualquer entidade que preencha os
requisitos daafetividade,estabilidade e ostensividade.
Uniões homoafetivas => vêm sendo reconhecidas pela jurisprudência como entidades
familiares.
1. O prestígio à afetividade fez surgir uma nova figura jurídica, a filiação socioafetiva,
que acabou se sobrepondo à realidade biológica.
1. A nossa vida cotidiana é demarcada pela vida em grupo => As pessoas precisam
combinar algumas regras para viverem juntas.
EX: Se estiver num ponto de ônibus às sete horas da manhã, eu preciso ter alguma
certeza de que o transporte aguardado passará por ali mais ou menos neste horário. Alguém
combinou isso com o motorista. Ao chegar à escola, encontro colegas que também têm aulas
no mesmo horário.
O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
2. As pessoas vão, aos poucos, descobrindo a forma mais rápida, simples e econômica
de desempenhar as tarefas do cotidiano.
TAREFAS
Ex: um Ministério, como, por exemplo, o Ministério da Saúde; uma Igreja, como a
Católica; uma grande empresa, como a Volkswagen do Brasil.
Olmsted (1970, p. 12) => entende grupo como "uma pluralidade de indivíduos que estão
em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que estão conscientes de
que têm algo significativamente importante em comum".
1. Pode-se definir o grupo como um todo dinâmico (o que significa dizer que ele é mais
que a simples soma de seus membros), e que a mudança no estado de qualquer subparte
modifica o estado do grupo como um todo.
1. A coesão é a forma encontrada pelos grupos para que seus membros sigam as regras
estabelecidas.
Tipos de grupo
O grupo primário se caracteriza pela presença de laços afetivos íntimos e pessoais entre
seus membros, pela espontaneidade no comportamento interpessoal, por possuir objetivos
comuns (apesar de não necessariamente explícitos). A família é o exemplo de grupo primário
por excelência. Nela, o objetivo comum em geral não está explicitado, e pode ser
simplesmente a convivência. É o caso, também, da "turma" ou "gangue" juvenil, outro
exemplo típico de grupo primário.
O grupo secundário, por sua vez, não se constitui num fim em si mesmo, mas num meio
para que seus componentes atinjam fins externos ao grupo. É o caso de um grupo de estudo,
que se dissolverá quando tiver concluído sua tarefa. As relações interpessoais num grupo
secun-dário costumam ser mais "frias", impessoais, racionais e formais.
Dentro dos grupos => existemo clima grupal e a influência das lideranças na produção
da atmosfera dos grupos.
Democrático => decide junto com o grupo as diretrizes, de modo que todos saibam
antecipadamente o que vai acontecer.
Ação que auxilia o grupo a atingir seus objetivos dentro de uma determinada situação.
PAPÉIS SOCIAIS
1.Posição
Status
1. Entende-se por papel o comportamento que se espera de quem ocupa uma dete
minada posição com determinado status.
DEFINIÇÃO:
1. Exclusão social aplicável à realidade de uma sociedade capitalista => "excluídos são
todos aqueles que são rejeitados de nossos mercados materiais ou simbólicos, de nossos
valores" (Martine Xiberas).
2. minorias religiosas;
3. minorias culturais.
Excluídos por aparência física: obesos, deficientes físicos, pessoas calvas, pessoas
mulatas ou pardas, portadores de deformidades físicas, pessoas mutiladas.
1. "...um processo (apartação social) pelo qual denomina-se o outro como um ser "à
parte", ou seja, o fenômeno de separar o outro, não apenas como um desigual, mas como um
"não-semelhante", um ser expulso não somente dos meios de consumo, dos bens, serviços,
etc., mas do gênero humano. É uma forma contundente de intolerância social..." (Cristóvão
Buarque, professor, ex-reitor da Universidade de Brasília, ex-governador do Distrito Federal e
atual Ministro da Educação).
1. Segundo Buarque, a exclusão social passa a ser vista como um processo presente,
visível e que ameaça confinar grande parte da população num apartheidinformal, expressão
que dá lugar ao termo “apartação social”. Para ele, fica evidente a divisão entre o pobre e
rico, em que o pobre é miserável e ousado enquanto o outro se caracteriza como rico,
minoritário e temeroso.
1. “...a desinserção trabalhada por Gaujelac e Leonetti (1994) como algo que questiona
a própria existência das pessoas enquanto indivíduos sociais, como um processo que é o
inverso da integração.../..."é o sistema de valores de uma sociedade que define os "fora de
norma " como não tendo valor ou utilidade social", o que conduz a tomar a desinserção como
fenômeno identitário na "articulação de elementos objetivos e elementos subjetivos ".
(AULA 7) PRECONCEITO, ESTEREÓTIPOS E DISCRIMINAÇÃO.
1. Nossos limitados recursos cognitivos, diante de um mundo cada vez mais complexo, é
que nos fazem optar por estes atalhos, que se às vezes nos poupam, cortando
significativamente o caminho, em outras, nos conduzem aos indesejáveis becos do
preconceito e da discriminação.
ROTULAÇÃO
A norma genérica dominante ainda exige dos homens que sejam machistas, narcisistas,
onipotentes, impenetráveis e ousados. Qualquer desvio em relação a esta norma pode
significar fracasso, debilidade ou sinal de homossexualismo.
ESTEREÓTIPOS E ATRIBUIÇÃO
1. A ação de uma pessoa => deduções acerca dos motivos que possam ter causado
aquele comportamento. E o preconceito frequentemente contamina nossas percepções.
PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
O preconceito poderia ser definido como uma atitude hostil ou negativa com relação a
um determinado grupo, não levando necessariamente, pois, a atos hostis ou
comportamentos persecutórios.
Tipologia Embora a forma mais evidente de violência seja a física, existem diversas
formas de violência, caracterizadas particularmente pela variação de intensidade,
instantaneidade e perenidade.
Violência física => Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em
relação à outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou
de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas.
Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera
violência física.
Violência sexual =>É toda a ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio
de força física, coerção ou intimidação psicológica, obriga uma outra ao ato sexual contra a
sua vontade, ou que a exponha em interações sexuais que propiciem sua vitimização, da qual
o agressor tenta obter gratificação.
Estupro =>O estupro é todo ato de penetração oral, anal ou vaginal, utilizando o pênis
ou objetos e cometido à força ou sob ameaça, submetendo a vítima ao uso de drogas ou
ainda quando esta for incapaz de ter julgamento adequado. A definição do Código Penal, de
1940, delimita os casos de estupro à penetração vaginal, e mediante violência. Esta definição
é considerada restrita e atualmente encontra-se em revisão. A nova redação propõe definição
mais ampla, que acompanha as normas médicas e jurídicas preponderantes em outros países.
3. Assédio sexual =>O assédio sexual pode ser definido por atitudes de conotação sexual
em que haja constrangimento de uma das partes, através do uso do poder de um(a) superior
na hierarquia, reduzindo a capacidade de resistência do outro.
COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL
2. predisposição genética
Código Penal Do ponto de vista penal existe o dilema, amplamente discutido, sobre se
uma personalidade doente é imputável, especialmente se é de origem psicótica. Mesmo que
se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoassádicas, violadoras, etc.) há
tendência para sustentar que há uma punição correspondente, dado que, mesmo doente, a
pessoa mantém consciência dos seus atos e pode evitar cometê-los.
Os psicopatas, no entanto, muitas vezes conseguem entender que seus atos são
errados, porém não conseguem se autodeterminar com relação ao seu entendimento,
ocasionando com isso os crimes bárbaros, podendo os psicopatas tornarem-se assassinos em
série.
AULA 9 - Início da relação entre a Psicologia e o Direito
1. Final do século XIX => a Psicologia privilegiava o método científico empregado pelas
Ciências Naturais (Biologia possibilidade de explicação dos comportamentos humanos), dando
ênfase a uma prática profissional voltada, quase que unicamente, à perícia, ao exame
criminológico e aos laudos psicológicos baseados no psicodiagnóstico. (Altoé, 2001).
Contribuições da Psicologia:
• detectar a mentira;
Psicanálise e Direito
A primeira lei é uma lei de Direito de Família: a lei do pai e o fundamento da lei (Rodrigo
da Cunha Pereira)
A ideia de Lei
Esta norma fictícia, a que se refere Kelsen, autorizadora de todo o sistema jurídico e na
verdade de todas as leis jurídicas e morais, é a norma fundante, pressuposto de validade de
todas as normas.
Freud em seu texto Totem e Tabu => nos remete também às primeiras leis do homem.
Descreve o "tabu" como o código de leis não escrito mais antigo do mundo, anterior a
qualquer espécie de religião. Nesse trabalho, Freud nos remete a um lugar de surgimento da
lei, que é anterior ao culto das religiões e das prescrições das religiões mais primitivas.
1. Essa lei inconsciente é dada pelo que Freud chamou de lei do incesto, ou depois Lévi-
Strauss ou Lacan, como a Lei do Pai, que é exatamente a Lei (inconsciente) que possibilita a
passagem da natureza para a cultura, (p. 24).
1. Essa obra veio demonstrar que o incesto é a base de todas as proibições. É então a
primeira lei. A lei fundante e estruturante do sujeito, consequentemente da sociedade e
obviamente do ordenamento jurídico. " [...] podemos dizer que é exatamente porque o
homem é marcado pela Lei do Pai que se torna possível e necessário fazer as leis da sociedade
onde ele vive, estabelecendo um ordenamento jurídico" (p. 27).
Quando afirmamos que alguém transgrediu, estamos dizendo que alguma coisa foi
violada: uma regra, uma lei, um pacto, um contrato ou mesmo um acordo não falado, nem
escrito entre duas ou mais pessoas. Quer dizer, alguma combinação foi desrespeitada. Pode
ser uma leve ultrapassagem de algum limite estabelecido, sem maior gravidade, ou um ato
violento com conseqüências danosas.
Se pensarmos na sociedade, por exemplo, há uma série de contratos sociais que exigem
responsabilidade dos governantes, daqueles que detém algum tipo de poder. Aí, qualquer ato
ilícito tem conseqüência sobre inúmeras pessoas. É o caso das atuais denúncias envolvendo
juizes, que nos deixam inseguros, já que justamente quem deveria cuidar do cumprimento das
leis é o primeiro a usar seu poder pra transgredir. Será que os roubos feitos por poderosos
acabam justificando roubos feitos pelos menos favorecidos? Se os que têm muito roubam,
por que quem não tem nada não pode se aproveitar?
Na verdade, o que estão em jogo são valores e princípios que organizam a vida
civilizada. O processo do animalzinho humano até chegar a ser um homem civilizado é longo e
trabalhoso. Esse processo inclui cuidados, nutrição, ensinamentos, e uma coisa muito
importante que a gente quase não nota: a transmissão de códigos que caracterizam o
indivíduo, e que são como marcas que ficam registradas dentro da mente. Essas marcas são
heranças, que passam de geração em geração, há muitos milhares de anos, e que
estabelecem certos limites pra vida em grupo.
No plano da sexualidade, por exemplo, os tabus do incesto, e das gerações: não pode
haver relações sexuais entre pai e filhos ou entre mãe e filhos. Tios e avós devem respeitar os
membros mais novos da família e não interagir sexualmente, o que seria um abuso. Enfim,
algumas barreiras que vão se formando no nosso mundo psíquico, como nojo, horror e
vergonha de certas práticas, nós vamos adquirindo desde a primeiríssima infância, na relação
com aqueles que cuidam da gente, aqueles que exercem a função de pais. Esses códigos são
como que depositados na cultura e transmitidos de geração em geração, através da
linguagem verbal e também da não verbal, isto é, através do que se diz, das histórias que se
conta, e também do que se passa através de atos, gestos, sinais...E isso tudo que é passado
pra nós por uma figura de autoridade é que vai nos servir de referência. E nos dar condições
de viver em sociedade.
Então, existe uma lei que é transmitida de forma invisível, é uma lei simbólica. E que
está inscrita internamente como uma tatuagem psíquica que sustenta a nossa existência. É
um pacto que nos faz respeitar o próximo, e reconhecer as diferenças sexuais, sociais,
geracionais, culturais. É mais ou menos como um contrato social e pessoal que a gente assina
para poder ser humano,civilizado. Mas nem todo mundo têm esse contrato pessoal e social
firmado dentro de si mesmo. Aí, o pacto fracassa. O indivíduo fica sem qualquer compromisso
com o próximo e sem as barreiras que interditam o livre curso dos impulsos sexuais e
agressivos. É quando o ser humano mata, abusa, destrói. A primeira pessoa com quem nos
relacionamos no início da vida, a mãe, ou quem exerce essa função, é quem transmite as
primeiras leis organizadoras da vida em sociedade, à medida que vamos sendo apresentados à
linguagem.
Logo, outras pessoas importantes nos deixam suas marcas pela vida afora, ou seja
durante toda vida novos registros são internalizados. Então, a mensagem é a seguinte: aquilo
que os adultos dizem, vivem e fazem têm incidência sobre crianças e adolescentes. Se existem
abusos, violência e ausência de uma autoridade protetora, a resposta é quase sempre
desestruturação, desamparo, loucura e mesmo a morte.
AULA 10 - TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO E MEDIAÇÃO.
MEDIAÇÃO
CONFLITO
MEDIAÇÃO - OBJETIVO
1. Prevista para ser célere, informal e sigilosa, atua propiciando redução de custos
financeiros, emocionais e de tempo em função de, em curto espaço de tempo, promover a
instalação de um contexto colaborativo em lugar de adversarial.
MEDIAÇÃO – PROPOSTA
MEDIADOR, O QUE É?
5. Saúde;
6. Família. .
1. Em qualquer contexto capaz de produzir conflitos que envolvam questões tais como:
1. Comerciais;
2. Trabalhistas;
3. Comunitárias;
4. Meio ambiente;
Via judicial => o juiz aplica a lei à lide. Ele decide e impõe sua decisão às partes.
Arbitragem => o árbitro decide e impõe sua decisão às partes. O processo é mais flexível
(adaptável ao caso) que no judiciário.
1. acolhe
2. Respeita
3. Revaloriza
4. Reconhece
“ESPÉCIE MEDIAÇÃO”
1. A maioria dos conflitos não envolvem apenas direitos e deveres regulados por lei, mas
muitos outros fatores que a lei não pode regular e que são de grande importância para a
satisfação das partes. A proposta do mediador leva em conta estes fatores alheios ao
ordenamento jurídico.
O mediador:
5. Considera, dá crédito.
1. Entrevistas individuais;
1. Identificação do problema;
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Mudança de foco.
A Justiça Restaurativa valoriza a autonomia dos sujeitos e o diálogo entre eles, criando
espaços protegidos para a auto-expressão e o protagonismo de cada um dos envolvidos e
interessados - transgressor, vítima, familiares, comunidades.
Valores Restaurativos.
A lei confere ao genitor que não possui a guarda, o direito de visitas, que constitui o
direito de personalidade do filho de ser visitado não só pelos pais, como qualquer pessoa que
por ele tenha afeto. Cabe salientar que o direito de visitas é extensivo aos avós, sendo muito
comum requerer a regulamentação da visita mesmo em procedimento judicial consensual.
Afinal, um dos objetivos da visita é o de fortalecer os laços de amizade entre pais, filhos e
familiares, já enfraquecidos pelo processo de separação.
Na realidade o maior interesse dos filhos está em conviver o máximo possível com
ambos os pais, salvo exceções. Enfim, resta claro que o poder da guarda para a mãe, uma
questão cultural, já não mais prevalece. A nítida preferência reconhecida à mãe para a guarda,
já vinha sendo criticada como abusiva e contrária a igualdade, como supramencionamos no
direito constitucional. No código de 1916, foi criado para acomodar as necessidades de uma
sociedade quando a profissão da mulher era do lar, o que já não condiz com a nossa
realidade, já que a mulher se tornou independente.
Sem dúvida alguma não se pode deixar de ressaltar que o modelo de guarda
compartilhada não deve ser imposto como solução para todos os casos, havendo situações
em que o modelo é inadequado e até mesmo contra-indicado, como no exemplo da tenra
idade dos filhos.
As vantagens da guarda compartilhada são maiores que as desvantagens, basicamente
em função de uma melhora na auto-estima do filho, melhora no rendimento escolar
(enquanto que na guarda monoparental decai), diminuição do sentimento de tristeza,
frustração, rejeição e do medo de abandono, já que permite o acesso sem dificuldade a
ambos os pais. Também ajuda na inserção da nova vida familiar de cada um dos genitores,
além de ter uma convivência igualitária.
Não são muitas as desvantagens neste tipo de guarda. Cabe lembrar que, através de
informações fornecidas por psicólogas da teoria sistêmica, puderam constatar em seus
consultórios no atendimento dos filhos (crianças e adolescentes) que o maior sintoma é a
falta dos pais, o medo do abandono, as conseqüências de uma separação seja consensual ou
litigiosa. Na guarda compartilhada o filho não perde o vínculo com os pais. Um triste exemplo
e ao mesmo tempo muito comum de ocorrer é o pai pensar que se não é o guardião, deve
manter-se distante da educação do filho, pois considera que a justiça dá plenos poderes a
guardiã que detém a guarda. Alguns desses pais acabam por afastar-se de seus filhos
provocando, sem dúvida alguma, sentimentos de angústia desnecessários. São os filhos quem
acabam por pagar o maior tributo por tais comportamentos, visto que sofrem por viver em
meio ao fogo cruzado de seus pais e podem apresentar sérios sintomas, como dificuldades
afetivas, sociais e de aprendizado.
ALIENAÇÃO PARENTAL.
Euclydes de Souza
A alienação parental é a rejeição do genitor que "ficou de fora" pelos seus próprios
filhos, fenômeno este provocado normalmente pelo guardião que detêm a exclusividade
Esta guarda única permite ao genitor que detêm a guarda com excluvidade, a
capacidade de monopolizar o controle sobre a pessoa do filho, como um ditador, de forma
que ao exercer este poder extravagante, desequilibra o relacionamento entre os pais em
relação ao filho. A situação se caracteriza quando, a qualquer preço, o genitor guardião que
quer se vingar do ex cônjuge, através da condição de superioridade que detêm, tentado fazer
com que o outro progenitor ou se dobre as suas vontades, ou então se afaste dos filhos.
Levando em consideração que as Varas de família agraciam as mulheres, com a guarda
dos filhos, em aproximadamente 91% dos casos (IBGE/2002), salta aos nossos olhos que a
maior incidência de casos de alienação parental é causada pelas mães, podendo, todavia ser
causada também pelo pai, dentro dos 9% restantes.
Com o objetivo de ajudar aos pais a identificar quando é que seus filhos podem estar
sendo vítimas da alienação parental, juntamos as seguintes situações que demonstram em
menor ou maior grau o risco da rejeição paterna.
• ...”Cuidado ao sair com seu pai . Ele quer roubar você de mim”...
• ...”Você não gosta de mim!Me deixa em casa sozinha para sair com seu pai”...
Com isso, ocorrem casos de crianças com problemas psicológicos diversos, onde vemos
tais reflexos somatizados, de uma culpa que elas não tem, ora em forma mais grave, como o
desvio de comportamento, e outras copiando o modelo materno ou paterno de forma
inadequada. Outras características de mães, ou pais, que induzem a alienação parental aos
filhos:
• Pais monoparentais, não participam ao pai que “ficou de fora” informações escolares
como os boletins escolares, proíbe a entrada destes na escola, não fornece fotografias, datas
de eventos festivos escolares e tentam macular a imagem do pai junto ao corpo
docente do colégio.
• Pais que induzem a alienação parental, ao ser necessário, deixam seus filhos com
babás, vizinhos, parentes ou amigos, mas nunca com o pai não residente, (mesmo que ele seja
o seu vizinho), a desculpa clássica é: ” Seu pai está proibido de ver as crianças fora do horário
pré-estipulado para ele “ , ” Seu pai só pode ficar com vocês de 15 em 15 dias. Foi o Juiz que
disse “ ou “ Não permito, porque seu pai vai interferir na rotina da nossa família”
• Pais que induzem a alienação parental, normalmente são vítimas do seu próprio
procedimento no futuro, sendo julgados pelos seus próprios filhos impiedosamente.
• Não percebe o cônjuge na sua angustiante revolta e infelicidade que o seu “maior
inimigo” poderia ser seu maior aliado, sendo enormemente beneficiada dividindo a
responsabilidade no compartilhamento da guarda do filho, com o ex-cônjuge.
• Muitas vezes negam ao pai não residente o direito de visitar seus filhos nos horários
pré-estipulados, desaparecendo por semanas a fio, ou obrigando as crianças a dizerem, que
não querem sair com o pai, não permitindo nem mesmo que ele se aproxime de sua casa,
chamando a polícia sob a alegação que está sendo ameaçada ou perseguida.
• Não permitem o contato telefônico do pai com o filho em momento algum, proibindo
inclusive que o filho ligue para ele.
etc.
Altera os arts. 1.583 e 1.584 da Lei n e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil,
para instituir e disciplinar a guarda compartilhada.
Art. 1 a Os arts. 1.583 e 1.584 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil,
passam a
§ 2 º - A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para
exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:
II - saúde e segurança
III - educação.
§ 4 º - (VETADO)." (NR)
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação
autónoma de separação, de divorcio, de dissolução de união estável ou em
medida cautelar;
§ 5 e Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,
deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida,
considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade."
(NR)
Art. 2- Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto José António Dias Toffoli
AULA 12 -
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentaria, prever
recursos para manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da
Infância e da juventude.
Art. 151. Compete à equipe interprofissional, dentre outras atribuições que lhe forem
reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou
verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos de aconselhamento,
orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico.
g) Direito Penal: avaliações psicológicas no que pese a sanidade mental das partes;
violência doméstica contra a mulher, intervenções junto às famílias vitimizadas;
h) Pessoal do Judiciário (Magistrado, Serveatuários): aconselhamento psicológico;
estudos e pesquisas sobre o perfil profissiográfico (podendo colaborar nos processos de
recrutamento, seleção e treinamento desse pessoal).
Em suma, as principais atividades exercidas pelos psicólogos jurídicos que atuam nas
instituições governamentais ou não governamentais de âmbito do Direito referem-se às
atuações junto às varas cíveis, criminais, da família, da criança, do adolescente e o exercício
profissional nas penitenciárias.
Uma das atividades dos psicólogos diz respeito à participação nos processos de adoção
junto aos Juizados da Infância e adolescência.
DEFINIÇÃO DE ADOÇÃO
Segundo o Estatuto, o adolescente que comete ato infracional só pode ser apreendido
em duas hipóteses: em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada do Juiz da
Infância e Juventude.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e concisa, ou seja, deve-
se restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando qualquer
tipo de consideração que não tenha relação com a finalidade do documento específico.
l . Modalidades de documentos
b) Parecer psicológico
c) A perícia psicológica
Por exemplo: "a maneira como foi praticado o crime precisa ser bem similar à maneira
de ser do autor e às fantasias que tinha para com a vítima." (CAÍRES, 200Í)
"Ao psicólogo perito cabe fornecer um laudo psicológico com informações pertinentes
ao processo judicial e à problemática diagnosticada, visando auxiliar o magistrado na
formação de seu convencimento sobre a decisão judicial a ser tomada, como forma de
realização do direito objetivo das partes em oposição. [...]
iii A escola psicanalítica surgiu em Viena no final do século XIX e início do século XX, com
Sigmund Freud. O objetivo inicial de Freud era o de desenvolver um método de tratamento
para os casos de neurose. Porém, as do inconsciente.