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Até o final do século XIX a Psicologia não existia como disciplina específica. Emergiu
de duas tradições: a filosofia e as ciências naturais. Enquanto os filósofos do século
XIX preparavam o caminho para a abordagem experimental do funcionamento da
mente, os fisiologistas buscavam as mesmas respostas a partir de outro enfoque
procurando compreender os mecanismos corporais que estão na base dos processos
mentais. No início, a Psicologia procurou conciliar os pontos conflitantes de cada uma
dessas abordagens. Com o tempo, porém, a Psicologia alcança identidade própria.
Esta difinição, que iremos analisar em detalho, afasta imediatamente a ideia simplicista
de que a Psicologia seria simplesmente o estudo de comportamento anormal e das
desordens e pertubações Psiquicas.Todo tipo de comportamento e de processos mentais
interessam a investigação Psicolóogica.
Estudo cientifico – Significa que os Psicologos usam métodos bem organizados para
descrever, explicar, e interpretar factos psiquicos. Não se limitam a observar, acumular
e catalogar factos.
O criador de tal modelo psicológico foi Sigmund Freud (1856-1939), que aglutinou ao
seu redor um grupo interessante de médicos psiquiatras e de outros profissionais, que
levaram a cabo inovações tanto na teoria como na técnica psicanalítica, o que lhes fez
distanciarem-se de Freud. Dentre os primeiros dissistentes encontram-se o C. Gustav
Jung (1875-1961) e A. Adler (1870-1937), criadores respectivamente do conceito de
complexo e sentimento de inferioridade, deduzindo-se por isso que quem diz complexo
de inferioridade mistura conceitos de autores diferentes.
ele de carácter geral ou específico. Enquanto que na segunda caberia falar de tantas
psicologias aplicadas como parcelas da actuação humana, destacando como
especialidades mais conhecidas as de psicologia de saúde, (que alguns pensam que é
semelhante à psicologia Clínica), a psicologia escolar, a psicologia da educação ( em
ocasiões realizando tarefas similares às da psicologia da saúde), a psicologia do
trabalho e a psicologia comunitária, entre outras.
Outras áreas de aplicação da psicologia que estão adquirindo na actualidade cada vez
maior protagonismo, são a psicologia desportiva, psicologia ambiental, etc.
Dado o carácter da actividade do professor a psicologia tem muita importância, uma vez
que a sua actividade está orientada para o processo pedagógico. Assim, o estudo dos
processos de educação tais como:
controlo. Estes grupos, idênticos entre si, são tratados de igual modo em todos os
aspectos, excepto num: o grupo experimental é sujeito a mudanças na variável
independente enquanto que o grupo de controlo não. Desta forma, garante-se que as
eventuais diferenças encontradas entre estes dois grupos devem-se necessariamente à
variável independente.
Ela tem por objectivo verificar a existência de uma relação entre duas ordens do
fenómeno. O princípio geral é sempre o mesmo. Fazer variar um dado e observar numa
conduta as consequências dessa variação.
Desvantagens
Contudo, o método experimental pode implicar erros, como sejam o erro na planificação
da experiência (mesmo o psicólogo mais experiente não pode prever factores que
causam o insucesso e fracasso da experiência), o erro de isolamento (o caracter artificial
das situações experimentais, provocadas em laboratório, pode alterar comportamentos),
o excesso de generalização (produz-se quando se cai na aplicação das conclusões muito
para além dos limites permitidos face aquela amostra com que se trabalhou) e até o erro
de alcance (a planificação experimental reduz as possibilidades de investigação aos
dispositivos operacionais, dissolvendo problemas importantes, pois o psicólogo pode ser
levado a uma demonstração metódica de uma hipótese, em vez de procurar novidades
naquilo que está a estudar).
1.4.3. A Observação
ou dela apenas tem uma ideia vaga. Pelo contrário, na experiência, a questão tornou-se
hipótese, quer dizer, supõe a existência de urna relação entre factos que a experiência
tem como finalidade verificar.
A observação sistemática intervém num processo determinado que reduz por isso
mesmo o campo estudado. Esta observação diz-se naturalista se estuda o
comportamento de indivíduos nas circunstâncias da sua vida quotidiana. Também
podemos chamar clinica à observação. Neste caso, as condições ambientais são fixadas
pelo investigador.
Técnicas de observação
São comuns a todas as situações que o psicólogo enfrenta, no laboratório, nos empregos,
nas consultas, no estudo de grupos e de populações. Consistem, num sentido lato, na
sistematização das percepções.
Na observação de grupos (pode ser efectuada dentro de uma empresa, num clube de
futebol, numa escola, num bairro, num hospital, num sindicato), o realce é colocado na
dinâmica que surge no seu interior, isto é nos seus movimentos e transformações, na
forma como o líder se relaciona com os subordinados, no tipo de hierarquia, nas
relações interpessoais, nos conflitos que surgem.
Desvantagens
O efeito de halo - que também é designado como «efeito de aura». Pode tomar a forma
do «efeito de apetência», segundo o qual o investigador faz uma escolha de observações
que vão num sentido já esperado. Pode manifestar-se a «tendência centrípeta», quando o
investigador manifesta uma preferência pela observação de valores médios. Pode surgir
o «efeito de indulgência», quando o investigador dá um aspecto positivo ao que observa
porque conhece já previamente as pessoas que está a estudar, ou pode ainda ocorrer o
«efeito de Barnum», que sucede quando o investigador manifesta uma propensão aguda
para aceitar observações imprecisas.
O Método Clinico
Os Testes
Podem ser aplicados a todas as faixas etárias, a grupos laborais diversos, a populações
de todo o tipo durante largos períodos de tempo, permitindo que os seus resultados
sejam interpretados com rapidez. Para serem válidos, devem possuir as seguintes
características:
A vantagem dos testes é assim a de permitir uma recolha eficaz e rápida de informação,
fornecendo aos psicólogos a possibilidade de comparar respostas de um indivíduo com
as de milhares de outros que se submeteram ao mesmo teste.
Método Psicanalítico
confrontar-se de novo com esse acontecimento para que este perca a sua força e
intensidade.
Vantagens
Desvantagens
1. O Inato e o Adquirido
2. O Interno e o Externo
3. O Individual e o Social
4. A Estabilidade e a Mudança
5. A Continuidade e a Descontinuidede
Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo,
quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de
"psicologia" para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa
seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de "psicologia"; e quando
procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos
que ele tem "psicologia" para entender as pessoas.
Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no
cotidiano
pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso
deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas,
normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento
acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus
problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida Por excelência: é a vida
do cotidiano. É no cotidiano que tudo flui que as coisas acontecem, que nos sentimos
vivos, que sentimos a realidade. Neste instante estou lendo um livro de Psicologia, logo
mais estarei numa sala de aula fazendo uma prova e depois irei ao cinema. Enquanto
isso, tenho sede e tomo um refrigerante na cantina da escola; sinto um sono irresistível e
preciso de muita força de vontade para não dormir em plena aula; lembro-me de que
havia prometido chegar cedo para o almoço. Todos esses acontecimentos denunciam
que estamos vivos. Já a ciência é uma atividade eminentemente reflexiva.
Ela procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de seu estudo
sistemático.
O fato é que a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente,
sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum
cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da
termodinâmica.
Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo, que é
uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o
princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo
farmacológico. E nós mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida
movimentada, com o tráfego de veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente
medir a distância e a velocidade do automóvel que vem nossa direção. Até hoje não
conhecemos ninguém que usasse máquina de calcular ou fita métrica para essa tarefa.
Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de
senso comum. Sem esse conhecimento espontâneo, de tentativas e erros, a nossa vida no
dia-a-dia seria muito complicada.
Imagine termos de descobrir diariamente que as coisas tendem a cair, graças ao efeito
da gravidade; intuitivo, termos de descobrir diariamente que algo atirado pela janela
tende a cair e não a subir; que um automóvel em velocidade vai se aproximar
rapidamente de nós e que, para fazer um aparelho eletrodoméstico funcionar,
precisamos de eletricidade.
A Psicologia Científica
O que é Ciência
A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objetividade. Suas
conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para assim,
tornarem-se válidas para todos. Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e
técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da
ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo
do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos
científico a um conjunto de conhecimentos.