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Texto de Apoio de N ° 1 - Pscologia Geral - 2020

1. A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

1. 1 PENSAMENTO PSICOLÓGICO ANTES e DEPOIS Do SÉCULO XVIII

Até o final do século XIX a Psicologia não existia como disciplina específica. Emergiu
de duas tradições: a filosofia e as ciências naturais. Enquanto os filósofos do século
XIX preparavam o caminho para a abordagem experimental do funcionamento da
mente, os fisiologistas buscavam as mesmas respostas a partir de outro enfoque
procurando compreender os mecanismos corporais que estão na base dos processos
mentais. No início, a Psicologia procurou conciliar os pontos conflitantes de cada uma
dessas abordagens. Com o tempo, porém, a Psicologia alcança identidade própria.

O primeiro indício de um campo distinto de pesquisa conhecido como Psicologia


foi a adoção do método científico como um recurso para tentar resolver problemas
psicológicos. Durante esse período, manifestaramse diversas indicações formais de
que essa ciência começava a florescer:Wilhelm Wundt (1832-1920), implanta o
primeiro laboratório de Psicologia do mundo. é considerado como o verdadeiro
fundador da psicologia moderna, por ter criado, em 1879 , o primeiro Laboratorio de
psicologia na Universidade de Leipzig, Alemanha. A Psicologia se tornou uma ciência
independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a partir deste
acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as investigações em
psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo
múltiplas escolas e teorias.

Wundt, deu a Psicologia o estatuto de Verdadeira ciência. Conjugou os seus


conhecimentos de medicina fisiológica com os da filosofia e dentro desta, o associa
sionismo inglês. Interessava-se principalmente pelas sensações, sem deixar de se
preocupar com o sentimento e a vontade, aplicando como método a introspecção. Ao
tratar do problema Alma-corpo, a sua posição foi a do paralelismo psicofísico e
procurou encontrar a natureza dos processos mentais superiores no estudo da psicologia
dos povos que deu titulo a uma de suas obras. Podemos dizer ainda que a psicologia
experimental de Wundt, tem mérito histórico de ter dado passo definitivo para a criação
da psicologia autónoma embora devam se assinalar dois grandes defeitos:

 Reduzir o campo da psicologia a consciência, quando o homem e a sua conduta


são muito mais do que isso;
 Utiliza além disso o método de introspecção, que por mais controlado que seja
não perde o seu carácter subjectivo, que não se coordena com a objectividade da
ciência.

O que caracteriza uma ciência? Objeto de estudo específico Utilização do método


científico proporciona diretrizes lógicas para avaliar a evidência e técnicas elaboradas
para verificar seus princípios A Ciência (do latim scientia, conhecimento) é o conjunto
de informações sobre a realidade acumuladas pelas várias gerações de investigadores

Elaborado: Lord Chissiua


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depois de devidamente validadas pelo método científico. Também se designa ciência o


processo de recolher e validar informações sobre a realidade.

Conceito de Psicologia, Origem grega LOGOS + PSIQUE= estudo acerca da alma ou


espírito Ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. Temas de
interesse: o desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a aprendizagem,
a percepção, a memória, o pensamento, a linguagem, a motivação, a emoção, a
inteligência, a personalidade, o comportamento anormal e seu tratamento, as influências
sociais e o comportamento social.

Actualmente a Psicologia é o estudo científico do comportamento e processos


mentais.

Esta difinição, que iremos analisar em detalho, afasta imediatamente a ideia simplicista
de que a Psicologia seria simplesmente o estudo de comportamento anormal e das
desordens e pertubações Psiquicas.Todo tipo de comportamento e de processos mentais
interessam a investigação Psicolóogica.

Analisemos então a definição sublinhada:

Estudo cientifico – Significa que os Psicologos usam métodos bem organizados para
descrever, explicar, e interpretar factos psiquicos. Não se limitam a observar, acumular
e catalogar factos.

Comportamento - em sentido restrito, significa um conjunto de actos directamente


observáveis tais como falar alto, correr,andar etc.

Contudo, a Psicologia não se limita a estudar o que as pessoas fazem, Interessa-se


igualmente por fenómenos ou factos que não são exteriormente observavéis tais como o
pensamento e raciocinio, o sono, sonho, a sensãção e a percepção, os sentimentos, as
atitudes, etc. Estes fenómenos tem o nome de Processos mentais.

1.2 ESTRUTURA DA PSICOLOGIA,

O Psicólogo age em diversas áreas e é importante entender primeiramente onde e como


se forma o conhecimento da ciência "Psicologia": a área científica. O psicólogo, em sua
graduação, aprende a pesquisar novos caminhos a partir de dados já existentes; forma
opiniões convergentes ou divergentes, podendo ser na forma de crítica ou avanço em
uma determinada pesquisa; monta estudos com bases em experimentos, observação,
estudos de casos, análises neurológicas e farmacológicas, além de estudar em grupos
multidisciplinares vários outros conteúdos (mostrados à seguir). As áreas mais
conhecidas desta criação científica são, entre outras,

 PSICOLOGIA PSICOLOGIA GERAL Busca determinar o objeto, os


métodos, os princípios gerais e as ramificações da ciência.
 PSICOLOGIA FISIOLÓGICA Investiga o papel que eventos e estruturas
fisiológicas desempenham no comportamento.

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 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Estuda o desenvolvimento


ontogenético, isto é, as mudanças que ocorrem no ciclo vital de um indivíduo
desde da concepçao ate a morte.
 PSICOLOGIA JURÍDICA Aplica os conhecimentos da Psicologia no campo
do Direito.
 PSICOLOGIA ANIMAL OU COMPARADA Estuda o comportamento
animal com objetivo de, comparandoo ao ser humano, melhor
compreendêlo e, também, busca a compreensão do comportamento animal
em si.
 PSICOLOGIA SOCIAL - Investiga todas as situações em que a conduta
humana é influenciada e influencia a de outras pessoas e grupos na sociedade.
 PSICOLOGIA DIFERENCIAL - Busca estabelecer as diferenças entre os
indivíduos em termos de idade, classe social, raças, capacidades, sexo...
Suas causas e efeitos sobre o comportamento, além de procurar criar e
aperfeiçoar técnicas de mensuração das variáveis consideradas.
 PSICOPATOLOGIA - Preocupase com o comportamento anormal: psicoses,
neuroses.
 PSICOLOGIA APLICADA AO TRABALHO - Através de informações
psicológicas é possível viabilizar uma maior rendimento no trabalho.
 PSICOLOGIA APLICADA À MEDICINA - Auxilia os profissionais da
saúde em suas tarefas de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças.
 PSICOLOGIA JURÍDICA - Aplica os conhecimentos da Psicologia no campo
do Direito.
 PSICOLOGIA ANIMAL OU COMPARADA - Estuda o comportamento
animal com objetivo de, comparandoo ao ser humano, melhor
compreendêlo e, também, busca a compreensão do comportamento animal
em si.
 PSICOLOGIA APLICADA À MEDICINA - Auxilia os profissionais da
saúde em suas tarefas de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças.

 PSICOLOGIA EXPERIMENTAL - A sua consolidação foi em grande


parte fruto do trabalho pioneiro de Watson, que a partir de 1913 iniciou uma
psicologia de evidente carácter objectivo, a psicologia condutista, que se
baseia na observação científica e na metodologia experimental de
fundamento indutivo, que consiste em estudar uns casos particulares para
depois extrair leis gerais, julgando como objecto de estudo a busca de
relações entre os estímulos do meio e as respostas do organismo (explicação
causal), trabalha com animais de laboratório, para tal.

 Psicologia Cognitiva, diferentemente do conductismo em qualquer das


versões anteriormente indicadas, interessou-se pela actividade mental dos
sujeitos, ao considerar que nela repousavam as variáveis essenciais para
explicar o comportamento. Apoiando o seu trabalho em estratégias
hipotético-dedutivas, isto é, partindo de uma hipótese ( ou tentativa

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explicativa) extrai uma série de deduções que tratam de corroborar mediante


a realização de uma investigação, servindo-se também de modelos teóricos
diversos para investigar no laboratório ou fora dele o funcionamento
psicológico. Neste último caso, estudam-se condutas no meio natural dos
sujeitos ou no mais semelhante possível a aquele, o que se conhece como
método ecológico.

 PSICOLOGIA DINÂMICA OU PROFUNDA - Conhecida também como


psicanálise que postula que nossa conduta está governada fundamentalmente
pelos processos inconscientes, isto é, desconhecidos para o sujeito, parte dos
quais podem desvendar-se quando uma pessoa se submete a uma terapia de
porte psicanalítico, quer seja clássica ou freudiana bem como de inspiração
psicanalítica como a psicoterapia breve.

O criador de tal modelo psicológico foi Sigmund Freud (1856-1939), que aglutinou ao
seu redor um grupo interessante de médicos psiquiatras e de outros profissionais, que
levaram a cabo inovações tanto na teoria como na técnica psicanalítica, o que lhes fez
distanciarem-se de Freud. Dentre os primeiros dissistentes encontram-se o C. Gustav
Jung (1875-1961) e A. Adler (1870-1937), criadores respectivamente do conceito de
complexo e sentimento de inferioridade, deduzindo-se por isso que quem diz complexo
de inferioridade mistura conceitos de autores diferentes.

 PSICOLOGIA CLÍNICA - Emprega diferentes técnicas e estratégias


metodológicas, facto que a torna difícil definir, para além de estar interessada em
questões tão diferentes que afectam a saúde e doença mentais das crianças e adultas. Foi
definida, num dado momento, por Schraml (1975) como aplicação de diversos
conhecimentos, técnicas e métodos das disciplinas psicológicas básicas e de outras
disciplinas afins (psicanálise, antropologia, sociologia, etc.)

FUNÇÕES E FINALIDADES DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO


PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO A Psicologia da Educação se concentra no
estudo psicológico dos problemas cotidianos da educação, dos quais se derivam
princípios, modelos, teorias, procedimentos de ensino e métodos práticos de instrução
e avaliação, bem como métodos de pesquisa apropriados para estudar o
pensamento e os processos afetivos dos estudantes e os processos cultural e
socialmente complexos das escolas. Em resumo: A Psicologia da Educação estuda
os processos de ensino e aprendizagem; aplica os métodos e teorias da
Psicologia e também têm seus próprios métodos e teorias.

No respeitante aos objectivos que perseguem, a psicologia pode dividir-se em


psicologia teórica e psicologia aplicada, acolhendo a primeira no seu seio todas as
investigações e conhecimentos psicológicos que persigam fundamentalmente a
construção de um campo sistemático de saber científico sobre o comportamento, seja

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ele de carácter geral ou específico. Enquanto que na segunda caberia falar de tantas
psicologias aplicadas como parcelas da actuação humana, destacando como
especialidades mais conhecidas as de psicologia de saúde, (que alguns pensam que é
semelhante à psicologia Clínica), a psicologia escolar, a psicologia da educação ( em
ocasiões realizando tarefas similares às da psicologia da saúde), a psicologia do
trabalho e a psicologia comunitária, entre outras.

Outras áreas de aplicação da psicologia que estão adquirindo na actualidade cada vez
maior protagonismo, são a psicologia desportiva, psicologia ambiental, etc.

1.3 IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Dado o carácter da actividade do professor a psicologia tem muita importância, uma vez
que a sua actividade está orientada para o processo pedagógico. Assim, o estudo dos
processos de educação tais como:

 As condições psicológicas do processo de ensino-aprendizagem,

 As leis psicológicas no processo ensino - aprendizagem; portanto os mecanismos


psicológicos que estão por detrás da aprendizagem,

 E a fundamentação cientifica da aprendizagem, revela-se fundamental.

 O estudo da psicologia vai permitir ao futuro professor aprofundar o seu


conhecimento sobre os principais elementos do processo pedagógico, nomeadamente:

a) Professor- Suas particularidades fisiológicas e psicológicas

b) Ensinar - os fins, meios, condições espaciais e temporais

c) Educando (aluno) - Suas particularidades fisiológicas e psicológicas

d) Aprendizagem - os fins, meios, condições espaciais e temporais

e) Conteúdos da aprendizagem - Estabelecimento dos níveis,


relacionamento com o desenvolvimento humano.

 A Psicologia contribui decisivamente para estabelecer atitudes de abertura e de


comunicação em relação aos educandos.

 A tendência crescente para acentuar a vertente auto - desenvolvimento do


professor, levando-o a adquirir competências relacionais, cada vez mais necessárias para
o adequado exercício das suas funções.

 A formação psicológica permitirá ao professor obter competências específicas


para o controlo da turma no sentido de evitar comportamentos perturbadores e de
assegurar uma adequada liderança da mesma.

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1.4 OBJECTIVO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA

Como campo de actuação cientifica a Psicologia tem os seus objectivos por


alcancar:

 Descrever comportamento e processos mentais com base na observação


Sistématica;
 Explicar porque razão ocorrem tais comportamentos e processos mentais;
 Predizer enventos futuros com base em enventos passados;
 Modificar comportamentos e processos mentais de modo a torna-los mais
apropiados e adaptativos.

1.5 OS MÉTODOS EM PSICOLOGIA

A palavra método significa os procedimentos sistemáticos englobados na investigação


de factos ou conceitos. A metodologia em ciências do comportamento se situa na
descoberta de condições antecedentes, que dão origem ao comportamento, o psicólogo
tenta descobrir essas condições empregando dois métodos básicos: o método
experimental e o método da observação natural.Estes dois processos baseiam-se
finalmente na observação. No nosso curso referir-nos – hemos, também a métodos tais
como: introspecção, método clinico e testes.

1.4.1. O Método Introspectivo

o método introspectivo foi o primeiro método usado em Psicologia cientifica. A


introspectivo analítica ou introspecção controlada, usada pelos estruturalistas (em que,
através de sujeitos altamente treinados se procuravam os elementos básicos da
experiência consciente), não vingou, dada a impossibilidade de encontrar resultados
estáveis e validos. No entanto, a introspecção continua a ser largamente usada na
investigação dos nossos dias.

1.4.2. O Método Experimental

No Método experimental o psicólogo manipula activamente condições antecedentes e


observa variações de comportamentos daí resultantes ou paralelos.O método
experimental é a forma que permite estabelecer uma relação de causa e efeito entre as
variáveis. Uma tal relação causal difere duma correlação, muitas vezes obtida por
observação.

Normalmente consideram-se dois grupos de sujeitos: o grupo experimental e o grupo de

Elaborado: Lord Chissiua


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controlo. Estes grupos, idênticos entre si, são tratados de igual modo em todos os
aspectos, excepto num: o grupo experimental é sujeito a mudanças na variável
independente enquanto que o grupo de controlo não. Desta forma, garante-se que as
eventuais diferenças encontradas entre estes dois grupos devem-se necessariamente à
variável independente.

Ela tem por objectivo verificar a existência de uma relação entre duas ordens do
fenómeno. O princípio geral é sempre o mesmo. Fazer variar um dado e observar numa
conduta as consequências dessa variação.

O factor manipulado pelo experimentador designa-se por variável independente, ao


factor que ela modifica dá-se o nome de variável dependente.

Desvantagens

Contudo, o método experimental pode implicar erros, como sejam o erro na planificação
da experiência (mesmo o psicólogo mais experiente não pode prever factores que
causam o insucesso e fracasso da experiência), o erro de isolamento (o caracter artificial
das situações experimentais, provocadas em laboratório, pode alterar comportamentos),
o excesso de generalização (produz-se quando se cai na aplicação das conclusões muito
para além dos limites permitidos face aquela amostra com que se trabalhou) e até o erro
de alcance (a planificação experimental reduz as possibilidades de investigação aos
dispositivos operacionais, dissolvendo problemas importantes, pois o psicólogo pode ser
levado a uma demonstração metódica de uma hipótese, em vez de procurar novidades
naquilo que está a estudar).

1.4.3. A Observação

Há circunstâncias em que, por razões práticas ou deontológicas, não é possível a


aplicação do método experimental. Desejando efectuar estudos, os psicólogos formulam
hipóteses e recorrendo a certas técnicas de observação procuram obter dados válidos
que permitem testar as hipóteses.

Em qualquer observação o investigador constata um facto. Esta é sempre a resposta a


uma interrogação. Banalidade esquecida por muita gente: só se encontra aquilo que se
procurou.

Dito isto, a diferença entre a observação e a experiência liga-se à natureza da questão.


Na observação, a questão é de certo modo aberta. O investigador não conhece a resposta

Elaborado: Lord Chissiua


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ou dela apenas tem uma ideia vaga. Pelo contrário, na experiência, a questão tornou-se
hipótese, quer dizer, supõe a existência de urna relação entre factos que a experiência
tem como finalidade verificar.

Distinguimos a observação ocasional da observação sistemática. A observação


ocasional não obedece a nenhuma regra. É uma observação que qualquer psicólogo
pode realizar na sua vida de todos os dias, sobre ele próprio ou sobre os que o rodeiam.
O seu papel no desenvolvimento geral de uma ciência diminui a medida que esta se
constitui como um corpo de conhecimentos, mas continua a influenciar todos os
psicólogos, quer nas suas atitudes quer nos seus pensamentos.

A observação sistemática intervém num processo determinado que reduz por isso
mesmo o campo estudado. Esta observação diz-se naturalista se estuda o
comportamento de indivíduos nas circunstâncias da sua vida quotidiana. Também
podemos chamar clinica à observação. Neste caso, as condições ambientais são fixadas
pelo investigador.

Técnicas de observação

São comuns a todas as situações que o psicólogo enfrenta, no laboratório, nos empregos,
nas consultas, no estudo de grupos e de populações. Consistem, num sentido lato, na
sistematização das percepções.

Observação naturalista - Se a observação for realizada no ambiente natural ou


ecológico daqueles que estão a ser observados é designada como naturalista. Os
indivíduos são estudados no seu meio, no seu ambiente habitual, num elemento que não
lhes é estranho. É feito um registo exaustivo de tudo quanto se vê.

Observação sistemática - pode decorrer igualmente no meio natural, o observador


dispõe logo a partida de grelhas e de códigos de registo previamente determinados, de
tal forma que tudo o que sai fora dos códigos não é registado. Nesta observação, o
psicólogo pode utitilizar Grelhas de registo – em que o observador dispõe de símbolos
que correspondem aos diversos comportamentos ou aspectos que se estipulou registar.
Entrevistas - podem ser mais ou menos estruturadas, mais ou menos directivas,
conforme os objectivos. Os questionários - podem ter objectivos diversos: permitem
vários tipos de resposta respostas abertas, respostas fechadas «sim/não», respostas
fechadas de escolha múltipla.

Existiu nos primórdios da observação científica uma forma subjectiva, a auto-

Elaborado: Lord Chissiua


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observação. No final do século XIX, o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus,


investigador dos fenómenos psíquicos da memória e do esquecimento, conseguiu
demonstrar o seu valor cientifico aprendendo de cor silabas desprovidas de sentido
( «nem» , «mev») e anotando a curva do esquecimento das mesmas ao longo dos anos.
Os resultados da sua auto-observação e medição ainda hoje tem validade.

A observação do outro está sem duvida na origem da maioria dos conhecimentos


psicológicos. Para evitar importunar a(s) outra(s) pessoa(s) utilizam-se muitas vezes
máquinas de filmar, gravadores, ou então os investigadores estão colocados atrás de um
espelho com vidro unidireccional, de forma a não interferir nos comportamentos e
atitudes que pretendem estudar.

Na observação participante, o investigador também colabora nas actividades que se


propõe estudar. Pode colaborar em tarefas do grupo que investiga.

Na observação de grupos (pode ser efectuada dentro de uma empresa, num clube de
futebol, numa escola, num bairro, num hospital, num sindicato), o realce é colocado na
dinâmica que surge no seu interior, isto é nos seus movimentos e transformações, na
forma como o líder se relaciona com os subordinados, no tipo de hierarquia, nas
relações interpessoais, nos conflitos que surgem.

Desvantagens

No decorrer deste método de investigação podem surgir erros de observação,


nomeadamente:

subjectividade - que ocorre quando o investigador selecciona valores centrados sobre o


seu «eu», sobre a sua experiência pessoal, em detrimento de características objectivas;
pode ainda dar uma coloração afectiva, por deformação dos sentimentos, ao que
observou, sen- do parcial porque transporta consigo preconceitos, crenças e ideias
profundamente enraizadas que não avaliou previamente; devido aos seus interesses
particulares determinados, pode não dar atenção a uns comportamentos e sobrevalorizar
outros.

O efeito de halo - que também é designado como «efeito de aura». Pode tomar a forma
do «efeito de apetência», segundo o qual o investigador faz uma escolha de observações
que vão num sentido já esperado. Pode manifestar-se a «tendência centrípeta», quando o
investigador manifesta uma preferência pela observação de valores médios. Pode surgir
o «efeito de indulgência», quando o investigador dá um aspecto positivo ao que observa

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porque conhece já previamente as pessoas que está a estudar, ou pode ainda ocorrer o
«efeito de Barnum», que sucede quando o investigador manifesta uma propensão aguda
para aceitar observações imprecisas.

3. A fadiga, quando a atenção diminui ao longo do período de observação.

4. A precipitação, pois podem ser formuladas apreciações prematuras que não


confirmam as características observadas.

O Método Clinico

Trata-se de uma série de procedimentos para diagnóstico e tratamento de pessoas com


problemas de comportamento e/ou emocionais.

O método clinico não é, na sua essência um método de pesquisa (o método clinico-


critico de Piaget é uma excepção). Assim, os procedimentos clínicos não se destinam a
descobrir tendências gerais ou leis do comportamento. Ocupam-se geralmente de um
único indivíduo que precisa e/ou procura ajuda. O ponto de partida do estudo clinico
centra-se na questão imediata e prática de como responder ao pedido de ajuda.

Características essenciais dos procedimentos científicos podem estar presentes no


método clinico:

 Começa-se normalmente por estudar a natureza do pedido e observar o


comportamento do paciente.

 Formulam-se hipóteses ou influencias sobre o que causa o sofrimento do paciente.

 Passa-se depois a recolha de dados (onde se pode incluir a história passada do


sujeito, aplicação de testes, entrevistas com o paciente e/ou pessoas próximas).

 Confirmam-se ou infirmam-se as hipóteses avançadas.

 Deduz-se qual o tratamento provável (em função da confirmação de alguma


hipótese).

O propósito principal de um psicólogo clinico é ajudar as pessoas na resolução dos seus


problemas pessoais. Redige-se um relatório clinico de caso, visto que se trata de fazer
um exame aprofundado de uma situação pessoal, individual.

Comporta o estudo de casos individuais e também inclui um método de intervenção,


uma estratégia de tratamento, uma terapia com vista a uma possível cura ou resolução
de problemas.

Elaborado: Lord Chissiua


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Os Testes

Os testes dividem-se em testes de aptidão e testes de personalidade. Independentemente


do contexto em que são usados, os testes são aferidos para a população a que se
destinam, ou seja. o teste é aplicado a uma amostra representativa dessa população. Os
resultados obtidos servem de «normas», permitindo posteriormente «classificar» um
dado indivíduo em relação a essa população.

Chama-se teste mental «a uma situação experimental estandardizada que serve de


estímulo a uma conduta. Esta conduta é avaliada por uma comparação estatística com a
de outros indivíduos colocados na mesma situação, permitindo assim classificar o
sujeito examinado, quer quantitativa quer tipologicamente», segundo a definição de
Pierre Pichot na sua obra intitulada Os Testes Mentais.

Existem testes para avaliar a inteligência, as aptidões, as capacidades manuais e


intelectuais, as destrezas, as atitudes, as performances,ou desempenho nos domínios
sensoriais {o da audição, visão, tacto, por exemplo) e nos domínios motores. Os testes,
utilizados de forma sistemática na selecção de pessoal, na investigação e na actividade
clínica do psicólogo, avaliam ainda a personalidade do indivíduo, a sua memória, a
fluência verbal, a linguagem, entre outras coisas.

Podem ser aplicados a todas as faixas etárias, a grupos laborais diversos, a populações
de todo o tipo durante largos períodos de tempo, permitindo que os seus resultados
sejam interpretados com rapidez. Para serem válidos, devem possuir as seguintes
características:

A vantagem dos testes é assim a de permitir uma recolha eficaz e rápida de informação,
fornecendo aos psicólogos a possibilidade de comparar respostas de um indivíduo com
as de milhares de outros que se submeteram ao mesmo teste.

Método Psicanalítico

Descrição: começou por ser um método terapêutico e tornou-se também um método de


investigação. É constituído por duas técnicas- a livre associação de ideias e a
interpretação dos sonhos – e por dois processos ( a resistência e a transferência ).

O seu objectivo é trazer á consciência impulsos e desejos que supostamente estão na


origem dos sintomas que fazem sofrer o paciente. A “ causa ” é quase sempre um
trauma ou um problema infantil que foi mal resolvido ( recalcado ). O paciente deve

Elaborado: Lord Chissiua


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confrontar-se de novo com esse acontecimento para que este perca a sua força e
intensidade.

Vantagens

1. Chama a atenção para o papel de forças, pulsões, desejos e inclinações


inconscientes na vida do ser humano;

2. Apesar da comunidade cientifica não reconhecer actualmente a utilidade do


método psicanalitico, é inegável, para os seus defensores, que nos esclareceu acerca do
modo de funcionamento de regiões psiquicas profundas, afastadas da consciência

Desvantagens

A principal crítica dirigida ao método psicanalítico insiste no facto de as suas


conclusões não serem refutáveis, isto é, não poderem ser submetidas ao teste da
experiência, ao confronto com os factos.

AS GRANDES DICOTOMIAS RELACIONADAS COM A EXPLICAÇ.ÃO DO


COMPORTAMENTO HUMANO.

Na tentativa de compreender o ser humano, os psicologos foram fazendo investigações


e recolhendo dados de outras ciências que mantem afinidades co a psicologia: a
biologia, a etnologia, as ciências sociais, a antropologia, a linguista e outras.

Apesar do esforço da cientificidade, os psicologos não souberam escapar a exageros


assumindo posições extremadas e unidericionais, base acentuada dicotomias, tendentes
a perspectivas parcelares.

Deste modo, acerca da determinação do comportamento e do desenvolvimento humano,


surgem as seguintes questões dicotomicas:

1. O Inato e o Adquirido

2. O Interno e o Externo

3. O Individual e o Social

4. A Estabilidade e a Mudança

5. A Continuidade e a Descontinuidede

Elaborado: Lord Chissiua


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1.6 PSICOLOGIA DO SENSO COMUM & PSICOLOGIA CIENTÍFICA

Quantas vezes, no nosso dia-a-dia, ouvimos o termo psicologia? Qualquer um entende


um pouco dela. Poderíamos até mesmo dizer que "de psicólogo e de louco todo mundo
tem um pouco".O dito popular não é bem este ("de que médico e de louco todo mundo
tem um pouco"), mas pareceservir aqui perfeitamente. As pessoas em geral têm a "sua
psicologia".

Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo,
quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de
"psicologia" para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa
seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de "psicologia"; e quando
procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos
que ele tem "psicologia" para entender as pessoas.

Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no
cotidiano

pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso
deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas,
normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento
acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus
problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.

É a Psicologia científica que pretendemos apresentar a você. Mas, antes de iniciarmos o


seu estudo, faremos uma exposição da relação ciência/senso comum; depois falaremos
mais detalhadamente sobre ciência e, assim, esperamos que você compreenda melhor a
Psicologia científica.

O Senso Comum: Conhecimento Da Realidade

Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida Por excelência: é a vida
do cotidiano. É no cotidiano que tudo flui que as coisas acontecem, que nos sentimos
vivos, que sentimos a realidade. Neste instante estou lendo um livro de Psicologia, logo
mais estarei numa sala de aula fazendo uma prova e depois irei ao cinema. Enquanto
isso, tenho sede e tomo um refrigerante na cantina da escola; sinto um sono irresistível e
preciso de muita força de vontade para não dormir em plena aula; lembro-me de que
havia prometido chegar cedo para o almoço. Todos esses acontecimentos denunciam
que estamos vivos. Já a ciência é uma atividade eminentemente reflexiva.

Ela procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de seu estudo
sistemático.

Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela.


Afastamo- nos dela para refletir e conhecer além de suas aparências. O cotidiano e o
conhecimento científico que temos realidade aproximam-se e se afastam: aproximam-
se porque a ciência se refere ao real; afastam- se porque a ciência abstrai a realidade

Elaborado: Lord Chissiua


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para compreendê-la melhor, ou seja, a ciência afasta-se da realidade, transformando-a


em objeto de investigação – o que permite a construção do conhecimento científico
sobre o real.

Para compreender isso melhor, pense na abstração (no distanciamento e trabalho


mental) que Newton teve que fazer para, partindo da fruta a árvore (fato do cotidiano),
formar a lei da gravidade (fato científico). Ocorre que, mesmo o mais especializado dos
cientistas, quando sai de seu laboratório, está submetido à dinâmica do cotidiano, que
cria suas próprias "teorias" a partir das teorias científicas, seja como forma de
"simplificá-las" para o uso no dia-a-dia, ou como sua maneira peculiar de interpretar
fatos, a despeito das considerações feitas pela ciência. Todos nós - Estudantes
psicólogos, físicos, artistas, operários, teólogos vivemos a maior parte do tempo esse
cotidiano e as suas teorias, isto é aceitamos as regras do seu jogo.

O fato é que a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente,
sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum
cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da
termodinâmica.

Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo, que é
uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o
princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo
farmacológico. E nós mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida
movimentada, com o tráfego de veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente
medir a distância e a velocidade do automóvel que vem nossa direção. Até hoje não
conhecemos ninguém que usasse máquina de calcular ou fita métrica para essa tarefa.
Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de
senso comum. Sem esse conhecimento espontâneo, de tentativas e erros, a nossa vida no
dia-a-dia seria muito complicada.

A necessidade de acumularmos esse tipo de conhecimento espontâneo parece-nos


óbvia.

Imagine termos de descobrir diariamente que as coisas tendem a cair, graças ao efeito
da gravidade; intuitivo, termos de descobrir diariamente que algo atirado pela janela
tende a cair e não a subir; que um automóvel em velocidade vai se aproximar
rapidamente de nós e que, para fazer um aparelho eletrodoméstico funcionar,
precisamos de eletricidade.

O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento, percorre um caminho que


vai do hábito à tradição, a qual, quando estabelecida, passa de geração para geração.
Assim, aprendemos com nossos pais a atravessar uma rua, a fazer o liqüidificador
funcionar, a plantar alimentos na época e de maneira correta, a conquistar a pessoa que
desejamos e assim por diante. E é nessa tentativa de facilitar o dia-a-dia que o senso
comum produz suas próprias "teorias"; na realidade, um conhecimento que numa
interpretação livre, poderíamos chamar de teorias médicas, físicas, psicológicas etc.

Elaborado: Lord Chissiua


Texto de Apoio de N ° 1 - Pscologia Geral - 2020

A Psicologia Científica

Apesar de reconhecermos a existência de uma psicologia do senso comum e, de


certo modo, estarmos preocupados em defini-la, é pertinente perceber que a outra
psicologia que tem como origem a senso comum e a Psicologia científica. Foi preciso
definir o senso comum, para que o leitor pudesse demarcar o campo de atuação de cada
uma, sem confundi-las. Entretanto a tarefa de definir a Psicologia como ciência é bem
mais árdua e complicada. Comecemos por definir o que entendemos por ciência (que
também não é simples), para depois explicarmos por que a Psicologia é hoje
considerada uma de suas áreas.

O que é Ciência

A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da


realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e
controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar
o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo
foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. Dessa forma, o saber pode
ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.

Essa característica da produção científica possibilita sua continuidade: um novo


conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-
se, reafirmam–se descobrem- se novos aspectos, e assim a ciência avança. Nesse
sentido, a ciência caracteriza-se como um processo.

Pense no desenvolvimento do motor movido a álcool hidratado. Ele nasceu de uma

necessidade concreta (crise do petróleo) e foi planejado a partir do motor a gasolina,


com a alteração de poucos componentes deste. No entanto, os primeiros automóveis
movidos a álcool apresentaram muitos problemas, como o seu mau funcionamento nos
dias frios. Apesar disso, esse tipo de motor foise aprimorando.

A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objetividade. Suas
conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para assim,
tornarem-se válidas para todos. Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e
técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da
ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo
do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos
científico a um conjunto de conhecimentos.

Elaborado: Lord Chissiua


Texto de Apoio de N ° 1 - Pscologia Geral - 2020

1.7 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PSICOLOGIA

A psicologia encontra-se num esta de auge e de indiscutivel desenvolvimento


progressivo e se fundamenta nos seguintes princípios básicos:

1. Princípio do monismo materialista. Estabelece que a psiqui é uma


propriedade do cérebro, e por consequência os psicólogos devem estudar as leis
da actividade nervosa superior para compreenderem de forma objectiva a
natureza dos processos psíquicos e conhecer os mecanismos fisiológicos desses
processos a fim de “sobrepor” os fenómenos psíquicos aos processos
fisiológicos;
2. Princípio do determinismo.Mediante este, se reconhece a condicionalidade
causal dos fenómenos psíquicos pelos processos da actividade nervosa superior
e as influências do meio exterior.
3. Princípio do reflexo. Segundo o qual a consciência é reflexo subjectivo do
mundo objectivo. A partir deste critério os psicólogos devem estudar a psíquis,
a consciência, não como algo independente e que se desenvolve segundo suas
próprias leis imanentes, mas como algo condicionado pela existência objectiva
do mundo que reflecte.
4. Princípio unidade entre a consciência e a acção.Pressupõe que a consciência
é inseparável da actividade e não apenas manifesta-se nela, mas também forma-
se durante a actividade. Guiando-se por este princípio, os psicólogos devem
estudar os processos psíquicos não de forma abstracta, mas com relação aos
tipos concretos de actividade.
5. Princípio da historicidade. Estabelece que a psique, a consciência, desenvolve-
se no processo de desenvolvimento histórico do homem, por isso é necessário,
estudar os fenómenos psíquicos no seu desenvolvimento, esclarecendo a
condicionalidade social dos diferentes aspectos da consciência humana e da
personalidade.
6. Princípio da unidade entre a teoria e a prática. Significa que os psicólogos
devem estruturar os seus trabalhos de investigação científica de tal forma que
os ajude a resolver tarefas práticas da construção social.

Elaborado: Lord Chissiua

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