Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“A Psicologia reúne tudo aquilo que o homem sente, tudo aquilo que ele pensa, tudo
aquilo que ele quer, tudo aquilo que ele gosta, tudo aquilo que ele rejeita” (Amar,
1987).
A Psicologia vai estudar todos os actos e/ou reacções observáveis, bem como os
sentimentos, as emoções, as atitudes, as representações mentais, as fantasias…
Estuda questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à memória, à inteligência,
funcionamento do sistema nervoso, à comunicação interpessoal, o desenvolvimento,
o comportamento sexual e em grupo, à agressividade, os processos
psicoterapêuticos, o sono e o sonho, o prazer e à dor, entre outros
Objectivos da Psicologia
a) Descrever e explicar os comportamentos e processos mentais, o que significam
e as causas que os determinam;
b) Indicar os factores objectivos e subjectivos que formam o psiquismo do homem;
c) Indicar os mecanismos fisiológicos das actividades psíquicas do individuo;
d) Prever/predizer comportamentos futuros, o que só é possível a partir da
identificação das causas que lhe estão na origem;
e) Conhecer o indivíduo e aproximá-lo dos demais, de acordo com as exigências
da sociedade;
f) Aplicar os conhecimentos psicológicos adquiridos na resolução de problemas
de vida prática.
“Nós somos o que fazemos; e o que nós fazemos é o que o meio nos faz fazer”
(Watson)
John Watson opõe-se às concepções de Wundt salientando que não se podia
construir uma ciência com um objecto que não pode ser observado – os estados
da consciência. Para Watson, a Psicologia só deveria ter como objecto de estudo
o comportamento observável (behavior) totalmente dependente do meio em que
o sujeito se encontra inserido. Segundo Watson, só se pode estudar directamente
o comportamento observável, isto é, a resposta (R) de um indivíduo a um dado
estímulo (E) do ambiente. Por estímulo entende-se o conjunto de excitações que
agem sobre o organismo.
Com o Behaviorismo a Psicologia assume o estatuto de ciência, o objecto muda é
agora o comportamento e método também muda e torna-se experimental.
E-R= a cada estímulo uma resposta.
2
R= F (S_J) - O comportamento/a resposta (R) é função (f), isto é, depende da
situação.
Limitações
- Não há distinção entre o observador e o individuo observado.
Individuo Meio
É pela equilibração que o sujeito se adapta ao meio, isto é, que a sua inteligência
progride num sentido de um pensamento cada vez mais complexo.
ID (infra-eu):
EGO (eu):
SUPEREGO (Supereu):
Este critica as concepções psicanalíticas por considerar que Freud não teve em
conta, na sua concepção de desenvolvimento, as interacções entre o indivíduo e o
meio. Por outro lado, enquanto Freud defendia que a energia que orientava o
desenvolvimento era de natureza libidinal, Erickson enfatiza o processo de
construção da identidade e a sua dimensão psicossocial.
Erickson propõe oito estádios psicossociais: perspectiva oito idades no
desenvolvimento do ciclo de vida, desde o nascimento até à morte, tendo em conta
aspectos biológicos, individuais e sociais. Segundo este psicólogo, cada idade ou
período é caracterizado por tarefas especificas (necessárias para se progredir para
o estádio posterior) e pela experiencia de determinado conflito ou crise. É através
da resolução do conflito de cada estádio que o individuo adquire novas capacidades
e se desenvolve.
14
Sorriso
Vinculação
2.5. A adolescência
A adolescência é uma época da vida humana marcada por profundas
transformações fisiológicas, psicológicas, pulsionais, afectivas, intelectuais e
sociais vivenciadas num determinado contexto cultural, que se caracteriza por uma
intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade.
Mais do que uma fase, a adolescência é um processo dinâmico de passagem
entre a infância e a idade adulta.
Conceito recente, suscita, na segunda metade do século XX, grande profusão
de investigações em áreas diversificadas: psicologia, sociologia, história,
antropologia, medicina...
Uma das dificuldades do conceito de adolescência advém da delimitação etária
deste período, pois existem diferenças entre os sexos, etnias, meios geográficos,
condições socioeconómicas e culturais. Porem, Daniel Sampaio define a
adolescência como sendo uma etapa de desenvolvimento, que ocorre desde a
puberdade á idade da identidade estabelecida.
A adolescência é um espaço/tempo onde os jovens através de momentos de
maturação diversificados fazem um trabalho de reintegração do seu passado e das
suas ligações infantis, numa nova unidade. Esta reelaboração deverá dar
capacidades para optar por valores, fazer a sua orientação sexual, escolher o
caminho profissional, integrar-se socialmente.
Como vistes, este processo de crescimento faz-se também com retrocessos
(às vezes dá vontade de voltar a ser criança), com tarefas e crises que representam
conflitos de natureza psicossocial que tendem a ser superados permitindo, assim,
a aquisição de novas competências, o equilíbrio psicológico, a vivência de
sentimentos positivos ou ainda a inviabilidade do processo de desenvolvimento
quando os conflitos não são superados. Este crescer faz-se sozinho, com o melhor
amigo, com e contra os pais, com os outros adolescentes e com os outros adultos.
Numa fase de pré-puberdade, que dura mais ou menos dois anos, ocorrem
mudanças corporais (caracteres sexuais secundários) que preparam as
transformações fisiológicas da puberdade, isto é, a possibilidade de ejaculação e a
menstruação. 18
Os órgãos sexuais entram em funcionamento e são estas modificações que
vão marcar a sexualidade adolescente por uma genitalidade e possibilitam a
capacidade da função reprodutora.
São muitas as transformações que ocorrem durante a puberdade. Nos rapazes
aparecem pelos nas pernas, no peito, nos braços, nas axilas e na região púbica. A
voz muda e aparece a barba. O pénis cresce e a sua pele fica mais escura; os
testículos aumentam.
Aspectos Afectivos
As transformações corporais levam o jovem a voltar-se para si próprio,
procurando perceber o que se está a passar, para se entender mais profundamente
enquanto pessoa.
Escrever um diário, isolar-se, ter devaneios, solilóquios, pintar ou tocar música
correspondem a necessidades interiores e podem contribuir para melhor se
conhecer. Alguns adolescentes fecham-se muito sobre si próprios, comunicando
pouco com os adultos.
O melhor amigo, do mesmo sexo, tem, para muitos adolescentes, uma função muito
importante, pois pode encontrar algumas respostas para várias inquietações: Serei
normal; Como vai ser o futuro?, Sou o único a sentir as coisas desta maneira?
Nesta fase, manifestam-se súbitas mudanças de humor. São, assim,
frequentes as crises de choro, os estados de euforia, de melancolia, bem como os
transtornos de conduta. As grandes e globais transformações causam uma tensão
que se traduz em impulsos não controlados. Na adolescência, os modelos de
identificação deixam de ser os pais para passar a ser jovens da mesma idade, num
processo de autonomia, de individualização.
Aspectos intelectuais
A adolescência é uma fase em que se obtém uma maturidade intelectual. O
pensamento formal vai abrir novas perspectivas; exercitá-lo é pôr-se questões, é
problematizar jogando com as várias perspectivas dos assuntos, é aprender, é
criticar, é interrogar o futuro e a sociedade.
O raciocínio hipotético-dedutivo é, no desenvolvimento psicossocial, uma arma
poderosa nas opções profissionais, nos caminhos que aspiram, na construção de
projectos de futuro. O exercício destas novas capacidades cognitivas de
abstracção, de reflectir antes de agir, pode permitir uma distância relativamente aos
conflitos emocionais.
O gosto pela fantasia e pela imaginação, pelo debate de valores, leva a uma melhor
compreensão de si próprio e do mundo. Há uma exigência de coerência nas
discussões intermináveis, no questionar dos problemas e nos argumentos
expressos na defesa de uma filosofia de vida, que são importantes na formação de
ideias próprias.
Esta mudança intelectual da adolescência vai, pois, permitir construir o “seu
sistema pessoal” como diz Piaget. Existe como que um reaparecimento do 19
egocentrismo. Mas trata-se agora de um egocentrismo intelectual as suas teorias
sobre o mundo aparecem como as únicas correctas.
Aspectos sociomorais
Moratória Psicossocial 20
Outro dos conceitos importantes Eriksoniano foi o de moratória psicossocial.
Esta moratória é “um compasso de espera nos compromissos adultos”. É um
período de procura de alternativas e de experimentação dos papéis que vai permitir
um trabalho de elaboração interna.
Antecipa-se o futuro, exploram-se alternativas, experimenta-se, dá-se tempo...
Na moratória existe uma verdadeira procura de alternativas… o indivíduo sente
uma grande necessidade de se testar a si próprio, numa variedade de experiências
21
“NÃO PODEMOS VIVER ISOLADOS PORQUE AS NOSSAS VIDAS ESTÃO LIGADAS POR MIL LAÇOS INVISÍVEIS.”
MORIN
3.1.1. A Socialização
Muito do nosso comportamento surge da influência do meio social. Designamos
por socialização o processo de integração do indivíduo numa determinada
sociedade. Este processo iniciasse no acto de nascer decorre ao longo de toda a 23
vida e só termina quando o indivíduo morre. Consiste na apropriação de
comportamentos e atitudes que permitem a inserção da pessoa numa sociedade.
Os comportamentos são modelados pelos valores, crenças, normas, e padrões
específicos da cultura em que o individuo está inserido fazendo com que o mesmo
pense, sinta e actue de forma muito semelhante aos demais com quem vive.
Contudo, este processo não pode ser encarado de forma mecânica: as pessoas não
são um mero ´´produto´´ da influência social. O individuo é um elemento activo na
construção da personalidade e no modo como se integra na vida social. É por essa
Psicologia | Valdmir C. Guedes Candundo
razão que a socialização é um processo dinâmico, interactivo e permanente de
integração social.
É no grupo em que nasce - a família - que vai decorrer o processo inicial de
socialização: o modo como a criança é tratada e aprende os horários alimentares,
os gostos, a linguagem, as normas de comportamento e relacionamento, os hábitos
de higiene e outros. Daí o papel activo e decisivo da família, particularmente a mãe,
neste período maturação. Contudo, o processo de integração social decorre ao longo
da vida, sempre que seja necessária a adaptação a novas situações.
Distinguem-se dois tipos de socialização:
Socialização primária: é o processo de integração social que decorre durante
a infância e a adolescência. Processo em que o individuo adquire
competências sociais, comportamentos, normas e valores aceites e
indispensáveis à vida em sociedade.
Socialização secundária: designa o processo de integração social do indivíduo
a partir da idade adulta, no grupo ou situação social específica, que implique
novas competências: quando inicia ou muda de profissão, quando se casa ou
divorcia, quando tem um filho, quando ingressa num grupo cultural,
desportivo, sindical ou partidário, etc. Em todas estas situações a pessoa tem
que adoptar novos papéis, novos modos de agir, interiorizar normas e
modelos.
No entanto, a socialização só é possível devido ao papel preponderante dos agentes
de socialização, isto é, as pessoas, os grupos sociais, as instituições que veiculam
as normas, valores e comportamentos vigentes numa sociedade. Estas normas são
interiorizadas e integradas na personalidade do sujeito, condicionando o seu
comportamento.
Na infância e na adolescência, a família, a escola e os grupos de pares são os
principais modelos de integração social transmitindo atitudes, valores,
comportamentos desejáveis. Na idade adulta, ganham especial importância os
grupos socioprofissionais, os grupos de amigos, os grupos religiosos, políticos, etc.
Os meios de comunicação social actualmente, também desempenham um papel
muito importante no processo de socialização. Estes diferentes agentes de
socialização são responsáveis pela formação, desenvolvimento e mudança das
atitudes.
3.2.3. Liderança
No interior dos grupos estabelece-se uma divisão de funções e relações de
cooperação entre os seus membros. Contudo, há um elemento comum a quase
todos os grupos: a existência de um coordenador, de um líder. Mesmo nos grupos
mais pequenos, há a tendência para se escolher ou não entre os seus membros, um
elemento que coordene a actividade colectiva, para melhor atingir os objectivos
definidos, para afirmar o próprio grupo. Assim, um líder utiliza essa posição para
influenciar, dirigir e coordenar os comportamentos de outros membros do grupo.
Define-se Liderança como o processo de exercer influências sobre um individuo ou
grupo de indivíduos, nos esforços para a realização de objectivos em determinada
situação. Desde o grupo de amigos aos partidos políticos, aos bandos, aos grupos
religiosos, às empresas e instituições, existem indivíduos que desempenham
funções de liderança de forma esporádica ou continuada, de modo formal ou
informal. O líder exerce influência ou modifica o comportamento e atitudes dos outros
e mobiliza as actividades do grupo de modo a este atingir os seus objectivos.
Líder autoritário:
- Comanda todas as actividades definindo e distribuindo tarefas (não há espaço
para a iniciativa pessoal);
- Toma todas as decisões sem consultar o grupo;
Psicologia | Valdmir C. Guedes Candundo
- Não comunica os objectivos a atingir;
- Toda a comunicação passa pelo líder;
- Não é objectivo nas apreciações que faz, recorrendo ao elogio e a crítica
destrutiva;
- Não esclarece os critérios subjacentes à avaliação que faz;
- A produtividade é elevada, mas a realização das tarefas é baixa e
acompanhada de insatisfação geradora de conflitos, frustração, submissão e
desinteresse, entre outras.
Líder permissivo, liberal ou laissez-faire:
- Apresenta uma liderança não-directiva, isto é, não assume a orientação do
grupo;
- O líder só intervém se for solicitado;
- É o grupo que levanta os problemas, discute as soluções e decide;
- Procura não avaliar os elementos do grupo;
- Quando avalia é muito subjectivo nas suas apreciações;
- Quando o grupo não tem capacidade de auto-organização, podem surgir
frequentes discussões, balbúrdia e conflitos, com desempenho das tarefas
pouco satisfatórias e de baixa qualidade e quantidade.
Líder democrático:
- Consulta o grupo sobre a forma como o trabalho deve decorrer, isto é, não
impõe;
- O grupo participa na discussão das decisões, contribuindo na definição de
trabalho, sintetizando o pensamento do grupo e meios de atingir os objectivos;
- Procura ser objectivo nas avaliações que faz sobre o trabalho produzido;
- O grau de produtividade, satisfação, empenho e solidariedade entre os
elementos do grupo é elevado.
REDES CENTRALIZADAS
REDES DESCENTRALIZADAS
3.4. As Atitudes
Ao nível da linguagem do senso comum, confunde-se atitude com
comportamento. O termo atitude, deriva da palavra latina “aptitude” que significa a
disposição natural para realizar determinadas tarefas. A atitude é uma tendência
para responder a um objecto social – situação, pessoa, acontecimento – de modo
favorável ou desfavorável. A atitude implica um estado que orienta o indivíduo a
reagir de determinado modo a um objecto, que pode ser: uma pessoa, um grupo
social, uma instituição, uma coisa, um valor, um conceito, etc.
Não se pode confundir atitude com comportamento: a atitude é um potencial para
reagir de determinado modo a um objecto. Por exemplo, se uma pessoa tem uma
atitude negativa relativamente aos pedintes, provavelmente não lhes dará esmola
quando for solicitado, apoiará medidas que visem erradicar os mendigos das ruas,
produzirá um discurso contra a mendicidade, etc.
As atitudes não são directamente observáveis: é através do comportamento
manifestado pelo indivíduo que poderemos depreender as atitudes. Manifestam-se
através de expressões verbais ou não verbais, de opiniões, de comportamentos, etc.
Elas ajudam-nos a definir os grupos sociais, a estabelecer as nossas identidades e
a guiar o nosso pensamento e comportamento.
Em geral, o indivíduo considera que as suas atitudes são correctas e, por isso,
devem ser aceites como tal. Contudo, pode haver dissonância cognitiva, isto é,
existência simultânea de cognições que não se ajustam entre si, ou ainda, quando a
presença de uma cognição implica a existência do seu contrário.
Quando as atitudes são partilhadas pelos grupos a que o indivíduo pertence e pelas
pessoas com quem se relaciona, considera-as verdades naturais.
Esquematizando:
--- Antes do condicionamento:
Estímulo não condicionado (ENC) = Resposta não condicionado (RNC). Não há
resposta ou esta é inadequada.
Carne (ENC) Salivação (RNC)
--- O Durante o condicionamento:
Estímulo não condicionado (ENC) + O Estimulo neutro (EN) = Resposta não
condicionado (RNC). Não há resposta ou esta é inadequada.
Carne (ENC) + Campainha (EN) Salivação (RNC)
A EXPERIÊNCIA DE THORNDIKE
4.2. Motivação
A motivação tem sido definida como uma tensão interna/conjunto de impulsos que
levam o indivíduo a agir com dinamismo e empenho em determinada direcção fim ou
objectivo. Na vida corrente, justificamos muitos comportamentos pela motivação: Ela
aprendeu tão depressa a conduzir porque o desejava muito; Quando estou motivada,
sou capaz de estudar horas afio; e ainda: Querer é poder.
De acordo com alguns estudos realizados, a motivação contribui com cerca de 35%
para o rendimento escolar; outros estudos referem que a inteligência, a motivação e
a personalidade, em conjunto, explicariam apenas 25% da variância do sucesso
escolar, sendo parte desta variação explicada por factores, tais como: os professores,
os pais, os programas, os factores sociais, etc.
As crianças motivadas mostram envolvimento comportamental continuado,
acompanhado de uma tonalidade emocional positiva, mostram curiosidade, tomam
iniciativa, exercem esforço e concentração na implementação das tarefas de
aprendizagem. Por outro lado, as crianças desinteressadas são, habitualmente,
passivas, não se esforçam muito, não tentam, desistem facilmente quando enfrentam
desafios podem mostrar-se aborrecidas, deprimidas, ansiosas ou mesmo irritadas. 38
Deste modo, professores necessitam de, simultaneamente, ajudar os alunos a
valorizar as actividades escolares e a faze-los acreditar que poderão ter sucesso na
realização dessas actividades se desprenderem um esforço razoável.
A pesquisa sobre a motivação evidenciou que os alunos enfrentam o seu trabalho com
mais ou menos interesse e esforço devido a três tipos de facotres:
Memória sensorial
É pelos sentidos que as informações entram no sistema da memória. As entradas
(imputs) sensoriais são mantidas armazenadas durante fracções de segundo: a
informação sensorial do estímulo (visual, auditivo, táctil) mantém-se após o seu
desaparecimento por um curtíssimo espaço de tempo. Podemos assim referir vários
tipos de memória sensorial: visual, auditiva, olfactiva, táctil, gustativa... De entre as
memórias sensoriais, as mais estudadas são a visual e a auditiva.
Inibição retroactiva corresponde ao efeito negativo que a informação nova tem sobre
a anterior: a tarefa B inibe a recordação da tarefa A. Neste caso, o processo de
interferência aumenta com o exercício. Retomemos o exemplo anterior: depois de
uma pessoa usar o cartão várias vezes com o novo código, tem dificuldade em
recordar o código anterior.
42
TEORIA HUMANISTA
É também conhecida como a teoria fenomenológica da personalidade, ou ainda, a
teoria centrada na pessoa: De acordo com Carl Rogers, as pessoas procuram
desenvolver o seu potencial ao longo da vida, isto é, procuram auto-realizar-se, bem
como manter boas relações com os outros. Considerava o sujeito na sua totalidade,
atribuindo grande importância a criatividade, intencionalidade, livre arbítrio e
espontaneidade. Rogers concede um lugar importante a noção de EU e define o modo
como as experiências são vividas e o modo como se apreende o mundo, isto é, a
pessoa tem a capacidade e oportunidade de se desenvolver de modo positivo e
realista: a pessoa tem um potencial de crescimento.
Segundo o autor, a personalidade consta três de factores primordiais que contribuem
para o crescimento pessoal: a empatia, a visão positiva (aceitação) e as relações
congruentes.
45
47
48