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I Ano – Pós-laboral
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
III Grupo
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
1.1. Objectivo geral:.................................................................................................................4
1.1.1. Objectivos específicos...............................................................................................4
2. REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................................5
2.1. Sensação...........................................................................................................................5
2.1.1. Leis Gerais das Sensações.........................................................................................6
Lei do limite inicial..................................................................................................................6
2.1.2. Características da Sensação.......................................................................................6
2.2. Percepção.........................................................................................................................8
2.2.1. Leis da Percepção....................................................................................................10
2.2.2. Características da percepção....................................................................................11
2.2.3. Propriedades da percepção......................................................................................11
2.3. Memória.........................................................................................................................13
2.3.1. Leis da memória......................................................................................................14
2.3.2. Características de memória......................................................................................15
2.3.3. Propriedades da memória.......................................................................................16
2.4. Pensamento....................................................................................................................16
2.4.1. Leis do pensamento.................................................................................................17
2.4.2. Características do pensamento.................................................................................18
2.4.3. Propriedades do pensamento...................................................................................19
2.5. Imaginação.....................................................................................................................19
2.5.1. Tipos de imaginação................................................................................................20
2.5.2. Leis da imaginação..................................................................................................23
2.5.3. Características..........................................................................................................23
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................25
4. FICHA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................................26
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1. INTRODUÇÃO
Ao realizar acções, tomar decisões ou simplesmente pensar sobre algo, não nos atemos ao facto
de que um intenso processo cognitivo está a aconter em nossa cabeça. Mas, afinal, o que é
cognitivo? A cognição é o nome dado a essa actividade cerebral que realizamos cotidianamente.
Em outras palavras, toda a interpretação das informações armazenadas pelo cérebro é de
competência cognitiva. Esse processo é o que nos permite entender as situações e nos posicionar
em relação a elas de alguma forma; sem ele, seríamos incapazes de assimilar, interpretar e
imaginar coisas.
2. REVISÃO DA LITERATURA
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2.1. Sensação
Segundo Ebbinghaus são sensações aqueles conteúdos da consciência “produzidos
imediatamente na alma por excitações exteriores, sem intermediários específicos, em especial
sem experiências; puramente à mercê da estrutura inata dos órgãos materiais de uma parte e, por
outra, a maneira original da alma reagir frente aos impactos nervosos”.
Em tal definição, tem-se a sensação como algo que, segundo ela mesma, não poderia estar na
consciência real de um indivíduo adulto. Nessa consciência adulta todo o conteúdo se apresenta
fundido nas experiências (recordação, imagens, etc.). Segundo essa concepção, a maioria de tais
sensações “puras”, só poderá existir na consciência do recém-nascido.
Com essa observação, parece claro que se trata de uma hipótese análoga aos átomos da física.
Assim, a “sensação pura” constitui um objecto ideal, construído por reflexão metódica, com o
fim de fazer possível a explicação da gênese psíquica. Porém, longe de colocá-la presente na
consciência real, por ser isso um problema inconcluso, ou seja, um x a determinar
assintomaticamente.
A simplicidade ou irredutibilidade de uma análise maior constitui a sensação, segundo Wundt (se
entende, deixando de lado todo o âmbito sentimental da consciência). Se o conceito de
Ebbinghaus era genético, construtivo e hipotético, o de Wundt satisfaz aos propósitos da
psicologia descritiva, mantendo-se na imanência do espontaneamente dado.
aplicadas na psicologia. Visto que nem todo estímulo era capaz de ser reflectido no organismo
humano, essas leis tinham como objectivo de explicar e demarcar a intensidade em que um
estímulo podia produzir uma sensação.
A Lei de Fechner e Weber afirma que a sensação depende da intensidade da estimulação, ou seja,
quanto maior for a intensidade do estímulo maior seria a sensação.
Também conhecida como Lei do Limite de Eficácia ou Lei Primitiva, ela afirma que a produção
da sensação dependia condicionalmente do estímulo atingir ou não um valor mínimo de duração,
intensidade, frequência, altura e que não ultrapasse um valor máximo.
O limite de intensidade para a sensação é de 1,3 a 1,4 mg em média por centímetro quadrado.
Para que uma pessoa possa ouvir o limite mínimo e máximo de modo a excitar o ouvido é de 20
a 20.000 ciclos por segundo respectivamente, enquanto o limite de frequência de luz é de 375e
750 triliões ciclos por segundo respectivamente, para máximo e mínimo.
Sensações interoceptivas - São assim conhecidas por recebem os estímulos a partir dos
órgãos viscerais internos (digestão respiração, circulação sanguínea, etc.). Têm a função
de equilibrar o organismo e responsáveis pelas sensações de fome, sede, bem-estar, mal
estar. O sentido cenestêsico ou visceral é o principal deste sentido que também
compreende o sentido álgido interno, o tacto interno, etc.
As sensações interoceptivas são de extrema importância para o nosso organismo. Sentimos por
exemplo que estamos com fome, com sede, com dores nos órgãos internos, graças a este tipo de
sensações.
Qualidade: a primeira propriedade fundamental das sensações é a sua qualidade. Tem a ver com
o tipo de estímulo que os produz; Por exemplo, um som produz uma sensação com uma
qualidade diferente de um sabor.
Por outro lado, dentro de estímulos do mesmo tipo, aqueles que produzem uma sensação
diferente também diferem em qualidade. Por exemplo, a cor vermelha tem uma qualidade
diferente da amarela e ambas têm uma cor diferente da cor azul. O mesmo vale para sons,
cheiros ou sabores. Essa diferença de qualidade é explicada pela teoria de Muller sobre energia
nervosa específica. Segundo esse psicólogo da perceção, cada estímulo carrega consigo um tipo
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de energia que estimula um órgão sensorial. Por sua vez, isso transmite um tipo específico de
energia ao cérebro através dos nervos sensoriais (como o nervo óptico ou o nervo auditivo).
Modalidade: é a propriedade que permite-nos distinguir os diferentes tipos de sensações entre si.
De modo geral, as sensações são processos do organismo vivo para a obtenção de informações
sobre o meio ambiente. Elas se iniciam nos órgãos sensoriais e chegam ao cérebro, onde são
interpretadas por um outro processo chamado percepção. Os dois processos são independentes e
se influenciam mutuamente.
2.2. Percepção
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico
de memórias. Através da perceção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões
sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, selecção e
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organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção envolve também os processos
mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados
percebidos.
Um dos mais famosos estudiosos do processo de percepção foi o alemão Immanuel Kant (1724-
1804). Kant dizia que quando percebemos o que chamamos de objecto, encontramos os estados
mentais que parecem compostos de partes e pedaços. Para ele, estes elementos são organizados
de forma que tenham algum sentido, e não simplesmente por meio de processos de associação.
Durante o processo de percepção, a mente cria uma experiência completa. Assim, a percepção
não é uma impressão passiva e uma combinação de elementos sensoriais, mas uma organização
activa dos elementos, de modo a formar uma experiência coerente.
Ernest Mach (1838-1916) discutia as sensações do ponto de vista espacial e temporal e dizia que
elas não dependiam dos elementos individuais, por exemplo, que a área do espaço de um círculo
pode ser preta ou branca, grande ou pequena, mas ainda manterá a qualidade elementar circular.
Ele dizia, ainda, que um objecto não muda, mesmo que modifiquemos nossa orientação em
relação a ele. Assim, uma mesa será sempre uma mesa, mesmo se a olharmos de cima, de lado
ou de qualquer outro ângulo. Da mesma forma um som será percebido da mesma forma, mesmo
que tocado de maneira mais lenta ou rápida.
Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao transitar
pelo mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona. Ou seja, elas
sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da mesma
forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou refutada ou novas
informações serem acrescentadas ao modelo.
À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos
com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir
novas informações. As ilusões de óptica se baseiam nesse facto.
Assim como um objecto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode ocorrer de um
objecto não gerar percepção nenhuma: Se o objecto percebido não tem embasamento na
realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo. As percepções são normais se
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realmente correspondem àquilo que o observando vê, ouve e sente. Contudo, podem ser
deficientes, se houver ilusões dos sentidos ou mesmo alucinações.
Tendência à estrutura – de acordo com esta estratégia, o indivíduo é levado, de uma forma
natural, a organizar ou a estruturar os diferentes elementos que aparecem no seu campo de
estimulações. Essa estrutura pode ser feita de 2 maneiras:
Pelas semelhanças: quando os elementos visuais que têm cor, forma ou textura
semelhantes, são vistos como pertencentes de uma mesma categoria, de uma mesma
estrutura.
Pelas proximidades: quanto mais próximo, maior a possibilidade de agruparmos os
objectos.
Pregnância ou Boa – Forma – Também conhecida por Lei da Continuidade, traduz-se como
a qualidade que determina a facilidade com que percecionamos as formas como as figuras
inscritas num fundo. Quando apresentam figuras ou objectos incompletos a tendência é
percepcionar como completos. O indivíduo percepciona, de uma forma mais fácil, as figuras
de boas formas, ou seja, simples, regulares, simétricos e equilibrados.
Organização: ocorre quando os ouvintes identificam o tipo de som e o comparam com outros
sons ouvidos no passado.
Estruturalidade: A percepção não é uma simples soma de sensações. Percebemos uma estrutura
generalizada realmente abstraída dessas sensações. Por exemplo, ao ouvir música, percebemos
não sons individuais, mas uma melodia, embora as sensações sonoras individuais sejam
diferentes.
2.3. Memória
A memória é compreendida, em diversos campos da Psicologia, como um local de
armazenamento, em que as informações ficam guardadas e, quando há necessidade, recuperadas
de forma quase literal.
De acordo com essa ideia, uma boa memória é aquela em que o sujeito é capaz de guardar o
máximo de informações possível e depois recuperá-las com muita exactidão. Este modelo de
memória, bastante difundido, ganhou força com os experimentos de Ebbinghaus, em que
relacionava a capacidade de rememoração com a repetição de informações. A memória permite a
aprendizagem pois é através dela que os conhecimentos se consolidam. E só o que aprendemos
com a memória, nos possibilita aprender coisas novas.
Portanto, podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera,
toda a informação que aprendemos. A memória é um sistema de armazenamento que permite
reter a informação aprendida e permite evocar essa mesma informação, mas a sua representação
na memória não é uma reprodução fiel.
Codificação: É a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais para serem
posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados num código, que pode
ser acústico, visual ou semântico. Kandel (2006) chama a este processo de Aquisição.
Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como: uma
imagem de sinais que são letras (código visual); uma sequência de sons (código acústico); tomar
consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código semântico).
informações que desejamos memorizar o que leva a uma codificação mais profunda. Depois de
codificada a informação, a mesma vai ser armazenada.
Armazenamento: Consiste no registo de informação sobre algo como por exemplo a última
passagem de ano que celebramos. Ao relembrarmos essa última passagem de ano, lembramo-nos
das pessoas com quem a celebramos, o que comemos, etc.
Lei do Reconhecimento
Recordação
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Para testar se um indivíduo é ou não capaz de se recordar sobre o que já viu ou ouviu num
determinado lugar, basta apenas fazer-lhe as seguintes perguntas: Quem realizou a primeira
investigação sobre a memória? Quando é que isso ocorreu?
Memória Declarativa
Também chamada de Memória de curto prazo, a memória declarativa é aquela que pode ser
declarada (factos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais
rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram,
mas obviamente lembram), essa memória também é chamada explícita. Memórias explícitas
chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo
temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).
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Memória não-eclarativa
Memória de fixação. Processo pelo qual se percebe algo e se consegue que fique
na memória, tornando-se um dado disponível.
Memória de conservação. Permite armazenar as lembranças e mantê-las com o
passar do tempo. Aparentemente tudo fica guardado na memória, mas não
lembramos de tudo conscientemente.
Memória de evocação. Permite desenterrar no presente as lembranças
do passado armazenadas. Isso pode ocorrer de forma automática ou de forma
deliberada.
Memória de reconhecimento e localização. É o processo que permite definir os
detalhes de uma lembrança evocada e situá-los em um contexto.
[...] desempenha papel fundamental para nossa qualidade de vida, pois é a condição
primordial ao aprendizado. A capacidade de evocar esses conteúdos condiciona nossa
adaptação ao mundo, nossos relacionamentos sociais, o planejamento e a tomada de
decisões. Quando isso não ocorre de forma satisfatória, afeta diretamente nosso
emocional, através de sentimentos de fracasso ao não conseguir realizar algo que
depende do nosso esquema de memória, resultando em autoestima rebaixada,
sentimentos de inadequação e, algumas vezes, até relacionados à depressão. (CORSO,
Adiele apud MACHADO, Sandra. 2014)
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2.4. Pensamento
Pensamento é um processo psíquico socialmente condicionado de busca e descobrimento do
essencial novo e está indissoluvelmente ligado à linguagem. Ela é a representação de uma ideia
desprovida de palavras e de imagens, esta actividade envolve-se a representação de itens que não
estão imediatamente presentes.
Segundo Piaget citado por Ariel (1996), pode-se afirmar que o pensamento e a linguagem têm
raízes genéticas diferentes; o pensamento aparece antes da linguagem, e que a linguagem é
apenas uma das suas formas de expressão; as duas funções (pensamento e linguagem)
desenvolvem-se segundo trajectórias diferentes e independentes; e a formação do pensamento
depende basicamente da coordenação dos esquemas sensoriomotores e não da linguagem.
Segundo esta ordem de ideias, é complicado quase impossível ter a certeza que as pessoas
pensam em palavras ou imagens. Porém, foram desenvolvidos alguns estudos cujos resultados
demonstram que, habitualmente, surgem imagens nas mentes das pessoas quando elas estão a
pensar, o que coloca a possibilidade de que embora isso aconteça, geralmente, não pensamos em
palavras.
Lei da não-contradição
O princípio da não-contradição afirma que duas afirmações contraditórias não podem ser
verdadeiras ao mesmo tempo, exemplo: as duas proposições "A é B" e "A não é B" são
mutuamente exclusivas, dito de outra forma: "nada pode ser e não ser simultaneamente".
O princípio da não-contradição foi (primeiramente) formulado por Aristóteles e diz-nos que uma
proposição verdadeira não pode ser falsa e uma proposição falsa não pode ser verdadeira.
Nenhuma proposição (na lógica clássica), portanto, pode ser os dois ao mesmo tempo.
Na lógica formal, o princípio do terceiro excluído afirma que uma proposição é verdadeira, ou
então sua negação é verdadeira. Por exemplo, Sócrates está vivo ou morto, e não há caso
intermediário entre esses dois estados de Sócrates, é por isso que falamos de "terceiro excluído":
todos os outros casos são necessariamente excluídos.
O princípio de razão suficiente é um princípio filosófico segundo o qual tudo o que acontece tem
uma razão suficiente para ser assim e não de outra forma, em outras palavras, tudo tem uma
explicação suficiente.
O processo lógico exige uma razão suficiente, tal razão é a relação necessária de um objecto ou
acontecimento com os outros. Em virtude desse princípio, consideramos que nenhum facto pode
ser verdadeiro ou existente, e nenhuma enunciação verdadeira, sem uma razão suficiente
(bastante) para que seja assim e não de outra forma. Essa definição é de Leibniz.
A razão, como actua sobre esquemas da comparação do semelhante, tende, em seu desenvolver,
a elaborar o conceito de idêntico. A razão suficiente liga, coordena um facto a outro, procura
entre eles um homogêneo, um parecido, uma “razão suficiente”. Se não o encontrar, ela não pode
compreender. Dessa forma, a razão necessita das categorias, isto é, de elementos homogêneos
que liguem um facto a outro.
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A imagem refere-se a aparência física dos objectos e fenómenos. Por ex.: se quiser descrever a
aparência física de seu pai você formará uma imagem visual do seu pai; A acção acompanha o
pensamento. As pessoas geralmente limitam os seus movimentos a gestos como franzir a cara,
morder o lápis, coçar a cabeça. Estas acções ocorrem quando estamos a pensar.
2.5. Imaginação
A imaginação e pensamento caminham em paralelo. Vigotsky citado por Clark (2000), afirma
que a imaginação é a base de toda actividade criadora, se manifesta igualmente em todos os
aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica. Wallon citado por
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Segundo Jung citado por Clark (2000), a imaginação é um processo pelo qual o ser humano
interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade
existencial. A imaginação começa com a captação dos sentidos e em seguida ocorre a percepção.
É portanto, um processo de pensamento, que tem como material a informação do meio em que
vivemos e o que já está registado na nossa memória. Por outro lado, Aristóteles citado por Clark
(2000), defende que o pensamento procede da imaginação.
Após a imaginação, como acontece quando nos distanciamos daquilo que estávamos a ver, uma
imagem deve permanecer na mente sobre o qual construímos um pensamento mais avançado.
Para Clark (2000), a imaginação é o processo de pensamento que evoca o uso dos sentidos:
visão, audição, olfacto, gustação, o sentido do movimento, posição e toque. É o mecanismo não-
verbal e não-lógico de comunicação entre a percepção, a emoção e a mudança corporal.
Freud citado por Clark (2000), defende que a criatividade está relacionada com imaginação, que
estaria presente nas brincadeiras e nos jogos da infância. A criança produz um mundo
imaginário, com o qual interage rearranjando os componentes desse mundo de novas maneiras.
Da mesma forma, o indivíduo criativo na vida adulta comporta-se de maneira semelhante,
fantasiando sobre um mundo imaginário, que, porém, discrimina da realidade.
Imaginação involuntária
A imaginação passiva é encontrada em crianças pequenas. Ela se manifesta com mais frequência
quando uma pessoa está em um estado sonolento, meio adormecido, depois as imagens aparecem
por si próprias, algumas mudam para outra, conectam-se, assumem formas e tipos mais irreais.
Não apenas em estado de sonolência essa imaginação funciona, ela também se manifesta em
estado de vigília. Nem sempre novas idéias aparecem quando uma pessoa propositalmente dirige
sua consciência para a criação. Uma característica das imagens criadas é sua variabilidade como
resultado da instabilidade das excitações do cérebro traçado e da facilidade de sua relação com
os processos de excitação nos centros cerebrais adjacentes.
Imaginação arbitrária
Imaginação recriativa
Uma imaginação recriadora ajuda a pessoa a viajar para outros países, para o espaço, para ver
eventos e objectos históricos que nunca tinha visto em sua vida, mas pode recriar através da
recreação. Esse processo permite que as pessoas que lêem obras de arte recriem pinturas, eventos
e personagens em suas cabeças.
Imaginação criativa
A imaginação criativa é também considerada uma imaginação activa, está envolvida na formação
de novas imagens em actividade criativa, arte, ciência, actividade técnica. Compositores,
escritores, artistas recorrem a tal processo para exibir a vida em imagens em sua arte. Criam
imagens artísticas através das quais reflectem a vida da forma mais sincera possível e não
copiam fotograficamente os eventos da vida. Essas imagens também reflectem a individualidade
da pessoa criativa, sua abordagem da vida, o estilo artístico.
A imaginação criativa é também usada na actividade científica, que não pode ser interpretada
como uma cognição mecânica comum dos fenômenos. A construção de hipóteses é um processo
criativo, que é então confirmado pela prática.
Há outro tipo peculiar desse processo - isto é um sonho, como uma representação do que é
desejado no futuro. É criado de forma significativa, em contraste com sonhos não intencionais.
Uma pessoa dirige conscientemente seus pensamentos para a formação dos objectivos desejados,
planeando estratégias para atingir esses objectivos e traduzi-los em vida real.
Imaginação efectiva
Essa imaginação é a que, basicamente, da origem a novos conceitos e ideias. É muito flexível,
podendo estar em constante mudança, permite alterações e pode levar a outros tipos de
imaginação. Além disso, ela pode nascer ou ser guiada de pensamentos aleatórios, que
normalmente são baseados em experiências passadas.
Construtiva ou intelectual
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Usamos quando desenvolvemos diferentes teses para uma informação, ou seja, quando pensamos
em diferentes possibilidades. No entanto, é originada apenas de uma ideia. Por isso, pode
demorar muito tempo para ser desenvolvida, igualmente a um estudo ou tese.
Esta é a parte que nos conecta com outras pessoas, pois permite que você sinta ou imagine o que
a outra pessoa está sentindo. Ou seja, é a nossa compaixão, que faz com que possamos ver
diferentes realidades e perspectivas.
Sonhar acordado
Sonhar acordado pode ser benéfico, mas prejudicial também. Quando um sonho está além, irreal,
não conectado com a vida, ele relaxa a vontade de uma pessoa, reduz sua actividade e retarda o
desenvolvimento psicológico. Esses sonhos são vazios, sem sentido, eles são chamados de
sonhos. Quando um sonho está conectado com a realidade e potencialmente real, isso ajuda a
pessoa a mobilizar, combinar esforços e recursos para alcançar um objectivo. Tal sonho é um
incentivo à acção e ao rápido desenvolvimento das melhores qualidades do indivíduo.
Nossa imaginação compreende o ser, entende tudo que é, porém, ela não compreende o não ser,
nós não conseguimos compreender tudo aquilo que não é. Entretanto, a imaginação é
verdadeiramente infinita, pois o conjunto de seres é infinito.
Pense no maior número que você puder imaginar, dependendo da sua noção matemática, o
número que você pensou pode ser bem grande, porém, é só você somar mais um que este número
já não é o maior que você pensou, e desta forma, você pode realizar este processo para sempre e
conseguirá pensar em outro número. Através disso, percebemos que assim como nossa
habilidade de pensar em números diversificados, nossa imaginação também é infinita, pois nossa
mente sempre conseguirá fazer junções e acrescentar pensamentos, idéias e ideais e criar novos
seres.
Para Alexandre Chernichenco, a imaginação é porta para o divino. Ela funciona como
laboratório de ideias onde você tem toda a liberdade de experimentá-lo, sem pagar nenhum preço
adicional, não há limite na sua imaginação.
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2.5.3. Características
A imaginação é uma especificidade do ser humano, aliás de todos e varia de pessoa para pessoa,
portabto, não existem características específicas. Em alguns casos pode ser mais intensa e em
outros um pouco ausente, ainda mais quando se adiciona criatividade, o que faz com que se
explore cada vez mais a imaginação principalmente se você estimulá-la positivamente. Pois
assim as possibilidades de se ter pontos de vistas distintos aumenta, e com isso o optimismo
também e, inclusive a conscientização.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Feito o trabalho, constatamos que a sensação e percepção são processos quase similares, a
diferença, porém, está no facto de que a sensação reflecte as propriedades particulares de um
objecto, enquanto que a percepção apresenta o objecto como um todo.
Já a imaginação é a base de toda actividade criadora. Sem a imaginação, o ser humano não tem a
possibilidade de realizar qualquer trabalho.
Compreendemos que os pensamentos realizam coisas em nossas vidas; que isso seja uma forma
positiva de estimular o bom pensamento na prática e assim, possamos, de certa forma, viver uma
vida mais feliz. Devemos salientar que é mais fundamental que juntarmos dias às nossas vidas é
termos a chance de uma existência melhor.
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4. FICHA BIBLIOGRÁFICA