Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução à Psicologia
Universidade Púnguè
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 2
Sensação .......................................................................................................................................... 3
Percepção ........................................................................................................................................ 4
Teorias da percepção....................................................................................................................... 5
Memória .......................................................................................................................................... 7
Pensamento ..................................................................................................................................... 9
Imaginação .................................................................................................................................... 11
Conclusão...................................................................................................................................... 12
Bibliografia ................................................................................................................................... 13
i
1. Introdução
A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do
comportamento. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre
a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e
resolução de problemas.
Do processo de aquisição dos elementos, faz parte a percepção e a sensação enquanto a maneira
como se conservam e combinam os conhecimentos adquiridos constituem a imagem, a memória,
a associação e a imaginação e finalmente a elaboração péla inteligência das ideias, juízos e
raciocínios a partir dos dados sensoriais.
Wundt o pai da psicologia estudava a consciência, por muito tempo ela não foi aceita como
objecto de estudo na ciência, mas a psicologia cognitiva promove uma revolução paradigmática
ao colocar a consciência no centro das pesquisas em psicologia novamente.
2
2.1. Sensação
Segundo SARAIVA (S/D:96) “Sensação, é o estado da consciência provocado péla excitação de
um órgão sensorial”. É o fenómeno primário e mais simples de toda a vida prática, falando com
rigor não pode definir-se mas pode descrever-se como:
É um dado imediato da consciência pêlo qual ela intui uma qualidade sensível dos
objectos (cor, som, sabor)
Os objectos externos excitam os órgãos dos sentidos por meio de estímulos e provocam as
sensações graças as quais o espírito os percebe.
Exemplo: raios luminosos, vibrações, Impressão provocada péla excitante nas células terminais,
a condução pélos nervos sensitivos aos centros nervosos cerebrais e a recepção da impressão do
cérebro Fenómeno fisiológico;
A sensação que se produz no termo de todo este processo constitui o fenómeno psíquico.
3
Aspecto Activo – a sensação corresponde um movimento e até frequentemente ela exige
uma adaptação motriz do órgão sensorial;
Leis Psicofisiológicas – respeitam ao papel dos aparelhos receptores e podem ser: leis de
especialização dos órgãos receptores e a lei específica dos neuros;
2.2. Percepção
Segundo FOUQUIÉ citado por RIBEIRO (2005:118) “ Percepção é o acto pélo qual o espírito
interpreta os dados sensoriais e os refere a um objecto exterior ou é o conhecimento de um
objecto externo, provocado por uma excitação sensorial e acompanhado de um sentimento da
realidade”.
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico
de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas
impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação,
selecção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Ela pode ser estudada do ponto
de vista Psicológico ou fisiológico, envolvendo estímulos eléctricos evocados pelos estímulos
nos órgãos dos sentidos.
4
2.2.1. Teorias da percepção
a) Percepção visual
A visão é a percepção de raios luminosos pélo sistema visual.)
b) Percepção auditiva
A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e a psicoacústica
estudam a forma como percebemos os fenómenos sonoros.
c) Percepção olfactiva
O olfacto é a percepção de odores pélo nariz. Este sentido é relativamente ténue nos humanos,
mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem uma grande importância
afectiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção olfactiva.
Nota: Em alguns animais, como os cães, a percepção olfactiva é muito mais desenvolvida e tem
uma capacidade de discriminação e alcance muito maior que nos humanos.
5
d) Percepção Gustativa.
O paladar é o sentido de sabores péla língua. Importante para a alimentação. Embora seja um dos
sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a
sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos
alimentos.
e) Percepção táctil
O tacto é sentido péla pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma e tamanho de
objectos em contacto com o corpo e também sua temperatura. Além disso o tacto é importante
para o posicionamento do corpo e a protecção física.
O tacto não é distribuído uniformemente pélo corpo. Os dedos da mão possuem uma
discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao
calor.
f) Percepção temporal
Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as pessoas são
capazes de sentir a passagem do tempo. A percepção temporal esbarra no próprio conceito da
natureza do tempo, assunto controverso e tema de estudos filosóficos, cognitivos e físicos, bem
como o conhecimento do funcionamento do cérebro (neurociência).
A percepção temporal já foi objecto de diversos estudos desde o século XIX até os dias de hoje,
quando é estudado por técnicas de imagem como a ressonância magnética.
g) Percepção espacial
Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção espacial, mas as
distâncias entre os objectos podem ser efectivamente estimadas. Isso envolve a percepção da
distância e do tamanho relativo dos objectos. A razão para separar a percepção espacial das
outras modalidades repousa no fato de que aparentemente a percepção espacial é supra-modal,
ou seja, é compartilhada pélas demais modalidades e utiliza elementos da percepção auditiva,
visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um
objecto visto e se esse objecto (ou o som) está aproximando-se ou afastando-se.
6
2.3. Memória
Para SARAIVA (S/D:138) “A memória é o conjunto das funções psíquicas de fixação, evocação
e reconhecimento”
Memória é o poder que o espírito tem de conservar, reproduzir, reconhecer e localizar os estados
da consciência anteriormente experimentados” segundo RIBEIRO (2005:136).
Ela está intimamente relacionada com os fenómenos de associação. Porém, para que estes sejam
associados é necessário que se tenham conservado no espírito e possam reaparecer pois a
associação é a lei fundamental da memória.
a) Memória imediata
É a memória que dura de fracções a poucos segundos, como por exemplo: a capacidade de
repetir imediatamente um número de telefone que é dito.
Tulving (1972, p. 386) definiu a memória semântica como “uma enciclopédia mental do
conhecimento organizado que uma pessoa mantém sobre palavras e outros símbolos mentais”,
tendo mais tarde alargado o seu âmbito para incluir “o conhecimento do mundo de que um
organismo seria portador” (Tulving, 1985, p. 388).
Tulving (1985, p. 387) definiu a memória episódica como a recordação consciente de
“acontecimentos pessoalmente vividos enquadrados nas suas relações temporais”. É o sistema de
8
memória mais especializado, o último a desenvolver-se na infância e o primeiro a deteriorar-se
na velhice.
2.4. Pensamento
Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo, podemos
dizer que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.
Pensamento é um processo mental que permite aos seres modelarem o mundo e com isso lidar
com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. O pensamento é
considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias
revela justamente a vontade deste.
10
2.5. Imaginação
Imaginação é etimologicamente ” Pensar e exprimir-se por imagens “ porém o modo de utilizar
as imagens com o que pensamos ou nos exprimimos é extremamente variável.
Nosso espírito não se limita a ser imóvel, encerrado no mundo das imagens, mas procura obter
delas certos resultados. É a partir delas que elabora as ideias, combina-as em juízos, e estes m
raciocínios. Porém é necessário que as imagens estejam armazenadas no espírito para as
podermos reproduzir e combinar.
Ela divide-se em imaginação reprodutora (poder do espírito de fazer reviver as imagens dos
objectos sensíveis, tais como aparecem péla primeira vez) e criadora (o poder do espírito de
combinar imagens antigas para formar novos agregados que os sentidos nunca presenciaram).
Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas sustentam a tese de que, ao transitar
pélo mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona (paradigma. Ou
seja, elas sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da
mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou refutada ou novas
informações serem acrescentadas ao modelo (v. Método científico).
11
3. Conclusão
Depois de uma longa abordagem sobre os processos mentais ou simplesmente aqueles que estão
por detrás do comportamento. A vida cognitiva como um conjunto de fenómenos representativos
ou do conhecimento sabe-se que conhecer é representar alguma coisa; conhecemos um objecto
quando a sua representação existe no nosso espírito. A descrição feita sobre os vários processos
cognitivos, permite dar-nos uma ideia geral sobre o funcionamento destes processos e as leis que
regem.
Péla memória, o homem fixa o passado, péla percepção, apreende o presente e a imaginação
ajuda a alargar os horizontes da memória e da percepção, isto é, a reconstruir o passado distante,
ou devassar o presente oculta.
Desde já, espera-se que os leitores façam um uso proveitoso deste trabalho que foi
carinhosamente produzido e compilado pelos membros do grupo e caso não se sintam saciados
com as informação constantes neste trabalho sobre o tema poderão buscar informação recorrendo
a outras fontes bibliográficas.
12
4. Bibliografia
James, W. (1890). The principles of psychology. Boston: Henri Holt.
RIBEIRO, J. Bonifácio & SILVA, José da; Compêndio de Filosofia 6º e 7º ano Liceal; 9.
ed.; Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa; 2005
13